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Fu = ŋL . ŋR S3 = 9S1
Símbolo: Fd
Unidade: % S2 = 4S1 4 lux
Determinados catálogos indicam tabelas Todo o sistema de iluminação tem, S1 9 lux
36 lux
de Fatores de Utilização para suas luminá- após sua instalação, uma deprecia-
rias. Apesar destes serem semelhantes às ção no nível de iluminância ao longo
tabelas de Eficiência do Recinto, os valo- do tempo. Esta é decorrente da de- 1m
res nelas encontrados não precisam ser preciação do fluxo luminoso da lâm- 2m
multiplicados pela Eficiência da Luminária, pada e do acúmulo de poeira sobre 3m
uma vez que cada tabela é específica para lâmpadas e luminárias. Para compen-
uma luminária e já considera a sua perda sar parte desta depreciação, estabe-
na emissão do Fluxo Luminoso. lece-se um fator de depreciação que Figura 28 - Lei do inverso do quadrado da distância
Esta tabela nada mais é do que o valor é utilizado no cálculo do números de
da Eficiência do Recinto já multiplicado luminárias. Este fator evita que o nível
pela Eficiência da Luminária, encontrado de iluminância atinja valores abaixo critórios e afins) e de 40% para ambien-
pela interseção do Índice do Recinto (K) e do mínimo recomendado. Para efei- tes com manutenção crítica (galpões in- E=
φ
A ( mlm )
2
das Refletâncias (1) do teto, paredes e pi- tos práticos pode-se utilizar a tabela dustriais, garagens etc.), dando origem a
so, nesta ordem (Fig. 27). (Fig. 27). Fatores de Depreciação, respectivamen- É também a relação entre intensidade
Nesta publicação, iremos considerar te, Fd = 0,8 e Fd = 0,6. luminosa e o quadrado da distância (I/
4.5.4 Fator de Depreciação (ou Fator uma depreciação de 20% para ambien- h²) (fig.28). Na prática, é a quantidade
de Manutenção) tes com boa manutenção / limpeza (es- 4.6 Nível de Iluminância de luz dentro de um ambiente, e pode
Símbolo: E ser medida com o auxílio de um luxí-
TETo (%) 70 50 30 0 Unidade: Lux (lm/m2) metro. Como o fluxo luminoso não é
PAREDE (%) 50 30 10 50 30 10 30 10 0 A luz que uma lâmpada irradia, rela- distribuído uniformemente, a iluminân-
PISo (%) 10 10 10 0 cionada à superfície à qual incide, cia não será a mesma em todos os
Kr Fator de utilização define uma nova grandeza lumino- pontos da área em questão. Conside-
0,60 34 29 26 33 29 26 29 26 25 técnica denominada de Iluminamen- ra-se, por isso, a iluminância média
0,80 40 36 33 39 35 32 35 32 31
to, nível de iluminação ou Iluminân- (Em). Existem normas especificando o
1,00 45 41 38 44 41 38 40 38 36
cia (fig. 28). valor mínimo de Em, para ambientes
1,25 50 46 43 49 45 43 45 42 41
Expressa em lux (lx), indica o fluxo lumi- diferenciados pela atividade exercida,
1,50 53 50 47 52 49 46 48 46 45
2,00 58 55 52 56 54 52 53 51 50
noso de uma fonte de luz que incide so- relacionados ao conforto visual. Alguns
2,50 60 58 56 59 57 55 56 55 53 bre uma superfície situada à uma certa dos exemplos mais importantes estão
3,00 62 60 58 61 59 58 58 57 55 distância dessa fonte. relacionados no anexo 2 desta publica-
4,00 64 63 61 63 62 60 61 59 58 A equação que expressa esta grandeza é: ção (ABNT - NBR 5413).
5,00 66 64 63 64 63 62 62 61 59
Figura 27 - Exemplo de tabela de Fator de Utilização de Luminária 1Refletância ou Reflexão, vide anexo 3
22 23
04 | Conceitos básicos
150
125
Margem para depreciação
de fluxo luminoso e acúmulo
100 de sujeira
80
Iluminância %
Tempo
24 25
04 | Conceitos básicos
Ofuscamento 45º
Iluminância Superfície aparente Reflexivo
Luz refletida não é visível A . cos α 3
Ofuscamento
Direto
10
α
2
3
Superfície iluminada
A 1
Figura 34 - Luminância (percepção de brilho) Figura 35 - Ofuscamento Figura 36 - Proporção harmoniosa de luminâncias
Luminância
Luz refletida é visível
Como os objetos refletem a luz dife- moda a partir de 200 cd/m², valores Efeitos Luz e Sombra
rentemente uns dos outros, fica expli- acima deste não devem ultrapassar Deve-se tomar cuidado no direcio-
cado porque a mesma Iluminância o ângulo de 45º, como indicado na namento do foco de uma luminária,
pode dar origem a Luminâncias dife- fig. 35. para evitar que essa crie sombras
rentes. Vale lembrar que o Coeficien- O posicionamento e a Curva de Dis- incômodas, lembrando, porém, que
te de Reflexão é a relação entre o tribuição Luminosa devem ser tais a total ausência de sombras leva à
Fluxo Luminoso refletido e o Fluxo que evitem prejudicar as atividades perda da identificação da textura e
Figura 33 - Luminância X Iluminância
Luminoso incidente em uma superfí- do usuário da iluminação. do formato dos objetos. Uma boa
cie. Esse coeficiente é geralmente iluminação não significa luz distribu-
A = área projetada, em m² dado em tabelas, cujos valores são Proporção Harmoniosa entre Lu- ída por igual.
α = ângulo considerado, em graus em função das cores e dos materiais minâncias
utilizadas (exemplos no anexo 3). Acentuadas diferenças entre as Lu- 4.9 Índice de reprodução de cores
Como é difícil medir-se a Intensidade minâncias de diferentes planos cau- Símbolo: IRC ou Ra
Luminosa que provém de um corpo não Limitação de Ofuscamento sam fadiga visual, devido ao exces- Unidade: %
radiante (através de reflexão), pode-se Duas formas de ofuscamento podem sivo trabalho de acomodação dos Objetos iluminados podem nos pare-
recorrer a outra fórmula, a saber: gerar incômodos: olhos, ao passar por variações cer diferentes, mesmo se as fontes
bruscas de sensação de claridade. de luz tiverem idêntica tonalidade.
ρ.E • Ofuscamento direto, através de luz Para evitar esse desconforto, reco- As variações de cor dos objetos ilu-
L=
π direcionada diretamente ao campo visual. menda-se que as Luminâncias de minados sob fontes de luz diferentes
• Ofuscamento reflexivo, através da piso, parede e teto se harmonizem podem ser identificadas através de
onde reflexão da luz no plano de traba- numa proporção de 1:2:3, e que, no um outro conceito, a Reprodução de
ρ = Refletância ou Coeficiente de lho, direcionando-a para o campo caso de uma mesa de trabalho, a Cores, e de sua escala qualitativa, o
Reflexão visual. Considerando que a Lumi- Luminância não seja inferior a 1/3 Índice de Reprodução de Cores (IRC
E = Iluminância sobre essa superfície nância da própria luminária é incô- da do objeto observado. (fig. 36) ou RA). O IRC é estabelecido em fun-
26 27
04 | Conceitos básicos
100
1a Ra 90-100 Testes de cor - Floricultura,
Muito Bom Nível 1 escritórios - residências - lojas
1b Ra 80-100
80 2a Ra 70-79
Bom Áreas de circulação - Escadas
Nível 2 oficinas - ginásios esportivos
2a Ra 60-69
60
Razoável Depósitos - Postos de gasolina
Nível 3 Ra 40-59 Pátio de montagem industrial
40
Vias de tráfego - Canteiro de
Ruim Nível 4 Ra 20-39 obras - Estacionamentos
ção da luz natural que tem reprodu- luz branca. Espectros contínuos ou
ção fidedigna, ou seja, 100%. No ca- descontínuos resultam em fonte de luz
so das lâmpadas, o IRC é estabeleci- com presença de comprimentos de
do entre 0 e 100, comparando-se a ondas de cores distintas. Cada fonte
sua propriedade de reprodução de de luz tem, portanto, um espectro de
cor à luz natural (do sol). radiação próprio que lhe confere ca-
Portanto, quanto maior a diferença na racterísticas e qualidades específicas.
aparência de cor do objeto iluminado em A cor de um objeto é determinada pela re-
relação ao padrão, menor é seu IRC. flexão de parte do espectro de luz que in-
Com isso, explica-se o fato de lâmpadas cide sobre ele. Isso significa que uma boa
de mesma Temperatura de Cor possuí- Reprodução de Cores está diretamente li- Figura 40 - Espectro das lâmpadas fluorescentes LUMI- Figura 41 - Espectro das lâmpadas fluorescentes LUMI-
rem Índice de Reprodução de Cores dife- gada à qualidade da luz incidente, ou seja, LUX® 830. LUX® 860.
rentes (figs. 37 e 38). à distribuição equilibrada das ondas cons-
tituintes do seu espectro. Ao lado, apre-
4.9.1 Espectro de Radiação Visível sentam-se alguns espectros de lâmpadas
Como já mencionamos nos ítens 4.1 e (figs. 39 a 43).
4.2, luz é uma faixa de radiação ele-
tromagnética, com comprimento de 4.10 Temperatura de cor
onda entre 380 a 780 nm (nanôme- Símbolo: T
tros), ou seja, da cor ultravioleta à ver- Unidade: K (Kelvin)
Figura 47
melha, passando pelo azul, verde, Em aspecto visual, admite-se que é bas-
amarelo e roxo. As cores azul, verme- tante difícil a avaliação comparativa entre a
lho e verde, quando somadas em sensação de Tonalidade de Cor de diver- Figura 42 - Espectro das lâmpadas POWERSTAR® HCI® Figura 43 - Espectro das lâmpadas de sódio NAV
®
930.
quantias iguais, definem o aspecto da sas lâmpadas. Para estipular um parâme-
28 29
04 | ConCeitos básiCos
tro, foi definido o critério Temperatura de psicológico, quando dizemos que um sis-
Cor (Kelvin) para classificar a luz. Assim tema de iluminação apresenta luz “quente”
como um corpo metálico que, em seu não significa que a luz apresenta uma
aquecimento, passa desde o vermelho até maior temperatura de cor, mas sim que a
o branco, quanto mais claro o branco (se- luz apresenta uma tonalidade mais amare-
melhante à luz diurna ao meio-dia), maior lada. Um exemplo deste tipo de ilumina-
é a Temperatura de Cor (aproximadamen- ção é a utilizada em salas de estar, quartos
te 6500K). A luz amarelada, como de uma ou locais onde se deseja tornar um am-
lâmpada incandescente, está em torno de biente mais aconchegante. Da mesma for-
2000K
2700K
3000K
3800K
4000K
4200K
5200K
6000K
6100K
2700 K. É importante destacar que a cor ma, quanto mais alta for a temperatura de
da luz em nada interfere na Eficiência cor, mais “fria” será a luz (figs. 44 e 45).
Energética da lâmpada, não sendo válida Um exemplo deste tipo de iluminação
100 Incandecente DECOSTAR® T8
a impressão de que quanto mais clara, é a utilizada em escritórios, cozinhas Halógenas
COOL BLUE®
HQI® E
mais potente é a lâmpada. ou locais em que se deseja estimular HCI - T
90
Convém ressaltar que, do ponto de vista ou realizar alguma atividade laborativa. LUMILUX ® LUMILUX® T5
DULUXSTAR® 827 HQI® NDL DULUXSTAR® 860
HQI® WDL DULUXSTAR® 840
80
Luz do dia Luz do dia 10
Especial
70
HWL®
60
HQL®
< 50
NAV®
30 31
04 | Conceitos básicos
Iluminância
E (lx)
Alta
750 lx
Conforto
Média
300 lx
Baixa
32 33
05 | Critérios de desempenho
Função
34 35
06 | Modelos de avaliação em iluminação
φ
a a a a a
2 2
b
2
φ Luminária b
φ Plano
b
2
f) Cálculo da iluminação geral (Mé- c) Cálculo da quantidade de luminárias Para se saber o número de luminárias, Recomenda-se que a distância “a” ou
todo das Eficiências); basta dividir o número de lâmpadas pela “b” entre as luminárias seja o dobro da
g) Cálculo de controle; Para o cálculo da quantidade de luminá- quantidade delas por luminária. distância entre estas e as paredes late-
h) Distribuição da luminária; rias, usa-se o seguinte método, neces- rais (fig. 48).
i) Definição dos pontos de iluminação; sário para se chegar à Iluminância Mé- Distribuição das Luminárias
j) Cálculo de iluminação dirigida; dia (Em) exigida por norma, sendo: Se a quantidade de luminárias resul- 6.2 Cálculo de Iluminação Dirigida
k) Avaliação do consumo energético; A = Área do local tantes do cálculo não for compatível (Método Ponto a Ponto)
l) Avaliação de custos; n = quantidade de lâmpadas com sua distribuição desejada, reco- Se a distância “d” entre a fonte de luz e
m) Cálculo de rentabilidade. φ = luxo luminoso das lâmpadas em lú- menda-se sempre o acréscimo de lu- o objeto a ser iluminado for no mínimo 5
mens minárias e não a eliminação, para que vezes maior do que as dimensões físi-
Os itens B a E já foram tratados nesta publi- Fd = fator de depreciação (Fd = 0,8 pa- não haja prejuízo do nível de Ilumi- cas da fonte de luz, pode-se calcular a
cação. Vejamos agora os itens de F a M em ra boa manutenção; Fd = 0,6 para ma- nância desejado. Iluminância pelo Método de Iluminância
função, obviamente, das definições do item nutenção crítica) Pontual, aplicando-se a fórmula:
A. Passemos a tratar um pouco sobre a BF = fator de fluxo luminoso do reator Cálculo de Controle
metodologia de avaliação quantitativa do (considerar apenas quando utilizado Definida a quantidade de luminárias de- I
E=
projeto luminotécnico. com lâmpadas de descarga) sejada, pode-se calcular exatamente a h2
Fu = Fator de Utilização (que já conside- Iluminância Média alcançada.
6.1 Método de Cálculo de Ilumina- ra o rendimento da luminária - η l - e do onde:
ção Geral - Método das Eficiên- recinto - η r). Definição dos Pontos de Iluminação I = Intensidade Luminosa lançada vertical-
cias (também conhecido como Os pontos de iluminação devem ser pre- mente sobre o ponto considerado (fig. 49).
Método dos Fluxos ou de Cavida- A quantidade de lâmpadas (n) é dada ferencialmente, distribuídos de maneira
des Zonais) pela fórmula: uniforme no recinto, levando-se em con- Esse método demonstra que a Iluminância
ta o layout do mobiliário, o direciona- (E) é inversamente proporcional ao quadra-
Seqüência de cálculo: mento da luz para a mesa de trabalho e do da distância. Por exemplo, dobrando-
Em . A
a) Escolha da lâmpada adequada n= o próprio tamanho da luminária. se a distância entre a fonte de luz e o obje-
φ . Fu. BF . Fd
b) Escolha da luminária adequada
36 37
06 | Modelos de avaliação em iluminação
α
I ά
ß
ά
h
h d
h Iά
r
E I I
E r 2 2
D
Figura 49 - Distância entre a fonte de luz e objeto Figura 50 - Incidência de luz não perpendicular ao
Figura 52 - Grandezas fotométricas
a ser iluminado. plano do objeto
ß= α e D = 2r
to, reduz-se a Iluminância sobre o objeto a 2
um quarto de seu valor anterior (fig. 28)
ά
Se a incidência da luz não for per- tgß = r e ß = arc tg r
I
Iά I1
h h
pendicular ao plano do objeto, a fór-
h
mula passa a ser (fig. 50):
α = 2 . arc tg r
lα . cos α
E= E h Figura. 53 - Converção da abertura de facho
h2
como Figura 51 - Iluminância oriunda de diferentes O ângulo de radiação fornecido nos culado, pode ser o indicador de pro-
pontos de luz
catálogos OSRAM é definido pelo limite jetos luminotécnicos mais econômi-
h
d= de 50% da Intensidade Luminosa máxi- cos. Para tanto, calcula-se inicial-
cos α
Dimensionamento do Grau de Aber- ma (fig. 53). mente a potência total instalada.
tem-se: tura do Facho Luminoso
O grau de abertura do facho luminoso é Avaliação do Consumo Energético 6.3 Avaliação de Custos
lα . cos 3 α
E= função do ângulo ß dado por: Além da quantidade de lâmpadas e Um projeto luminotécnico somente é
h2
luminárias, bem como do nível de Ilu- considerado completo quando se atenta
Assim, a Iluminância (E) em um ponto é o r minância, é imprescindível a determi- para o cálculo de custos, que são:
tgß =
somatório de todas as Iluminâncias inciden- h nação da potência da instalação, pa-
tes sobre esse ponto provenientes de dife- ra se avaliar os custos com energia e 6.3.1 Custos de Investimento
rentes pontos de luz, ou seja (fig. 51): r = h . tg ß assim desenvolver-se um estudo de É a somatória dos custos de aquisi-
rentabilidade entre diversos projetos ção de todos os equipamentos que
E=
I1
h2
+Σ
( lα . cos 3 α
h2 ) D = 2 . h . tg a
apresentados. O valor da “Potência
por m²” é um índice amplamente di-
compõem o sistema de iluminação,
tais como lâmpadas, luminárias, rea-
2 vulgado e, quando corretamente cal- tores, transformadores, ignitores e a
38 39