Você está na página 1de 18

Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

Índice
1. Objectivo ....................................................................................................................................... 2

2. Introdução ..................................................................................................................................... 2

3. Traçado do perfil longitudinal do terreno...................................................................................... 3

a. Cotas do terreno ............................................................................................................................ 3

b. Marcação do traçado longitudinal ................................................................................................. 4

4. Traçado das concordâncias verticais ............................................................................................. 4

a. Determinação da inclinação dos traíneis ....................................................................................... 4

b. Dimensionamento das concordâncias verticais ............................................................................. 6

i. Concordância côncava................................................................................................................... 6

ii. Traçado da concordância côncava................................................................................................. 7

iii. Concordância convexa .................................................................................................................. 8

iv. Traçado da concordância convexa ................................................................................................ 8

5. Determinar cotas da rasante. ......................................................................................................... 9

6. Perfil transversal tipo .................................................................................................................. 13

a. Bermas......................................................................................................................................... 14

b. Valetas ......................................................................................................................................... 14

c. Taludes ........................................................................................................................................ 14

d. Sobrelargura ................................................................................................................................ 15

e. Sobreelevação ............................................................................................................................. 15

7. Exemplo de como desenhar um perfil transversal tipo ............................................................... 16

8. Conclusão .................................................................................................................................... 18

1
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

1. Objectivo

O objectivo deste trabalho, com base no traçado da directriz do trabalho n.º1, é calcular e
desenhar o perfil longitudinal da rasante que se ajustará melhor ao perfil longitudinal do
terreno, calculando-se também as cotas da rasante.

Pretende-se ainda desenhar, á escala 1/200, quatro perfis transversais da estrada, cada um
localizado em alinhamento recto, em disfarce de sobreelevação em recta, na curva de
transição e na parte circular da curva.

Consideraram-se os seguintes dados:

 Inclinação transversal em recta: 2,5 %


 Largura da valeta revestida c/ 0,10m de espessura: 1,20 metros
 Espessura da caixa do pavimento: 0,50 metros.

2. Introdução

Refere-se a presente Memória Descritiva ao Projecto de Execução da EN120- Lagos do


Perfil Longitudinal e do Perfil Transversal em vários quilómetros ao longo do traçado.

Perfil Longitudinal é a representação gráfica de um corte vertical no corpo de uma


estrada, através de uma superfície perpendicular e coincidente com o eixo da rodoviária.
Por sua ver, o Perfil Transversal permite dar volume á estrada, projectada como uma
linha.

Desenhou-se à escala 1/200 quatro perfis transversais da estrada, cada um


localizado em alinhamento recto, em disfarce de sobreelevação, em recta, na
curva de transição e na parte circular da curva.

Para o desenho dos perfis transversais considerou-se ainda os seguintes dados:


- Inclinação longitudinal máxima dentro do túnel: 2,5 %
- Inclinação transversal em recta: 2,5 %
- Largura da valeta revestida c/ 0,10 m de espessura: 1,20 m
- Inclinação dos taludes de aterro: 2/3 (V/H)
- Inclinação dos taludes de escavação: 1/1
- Desenvolvimento da concordância de aterro: 1,20 m
- Espessura da caixa do pavimento: 0,50 m
- A faixa de rodagem tem 8 metros de largura e 1,5 m de bermas.

Perfil longitudinal – escala vertical 1/200 ; escala horizontal 1/200.

2
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

3. Traçado do perfil longitudinal do terreno

a. Cotas do terreno

Através da recta de maior declive entre curvas de nível, obtivemos as cotas dos pontos de
25 em 25 metros desde o inicio ate ao final do traçado.

Pontos Km Cota do Terreno (m) Pontos Km Cota do Terreno (m)


A 0+000 108,00 0+500 153,00
0+025 110,25 P`2 0+512,493 153,20
0+050 111,08 0+525 154,25
0+075 111,38 O`2 0+542,479 155,82
0+100 116,63 0+550 154,13
O1 0+104,270 117,38 0+575 150,90
0+125 120,38 0+600 150,00
0+150 118,48 0+625 148,50
P1 0+154,270 117,84 O3 0+625,213 148,44
0+175 117,26 0+650 143,50
0+200 125,67 P3 0+669,687 140,80
0+225 132,50 0+675 140,22
P`1 0+232,427 133,21 0+700 143,17
0+250 134,40 0+725 148,44
O`1 0+267,427 134,13 0+750 150,36
0+275 133,63 0+775 148,25
0+300 131,97 0+800 148,50
0+325 134,80 P`3 0+820,993 149,81
0+350 141,29 0+825 150,00
O2 0+356,000 142,63 0+850 147,88
0+375 145,88 O`3 0+865,467 146,67
P2 0+385,986 147,67 0+875 145,77
0+400 149,23 0+900 145,72
0+425 149,85 0+925 146,48
0+450 148,38 0+950 148,31
0+475 152,28 B 0+964,883 146,38

3
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

b. Marcação do traçado longitudinal

Através das cotas do terreno que obtivemos, escolhemos a cota com o valor mais baixo
como cota de referência – 108,00 metros. Ou seja, o eixo das ordenadas da planta inicia-
se com a cota de 108,00 metros, estando as seguintes cotas desfasadas de 1 metro, uma
vez que a escala neste eixo é 1/100.

No eixo das abcissas, á escala 1/1000, apresentam-se as distâncias, as cotas e os


elementos geométricos de que falaremos mais adiante.

Para traçarmos o perfil intersectamos as cotas do terreno situadas no eixo das ordenadas
com as distâncias apresentadas no eixo das abcissas.

Obtendo assim uma ideia geral de como se encontra o terreno ao longo do traçado.

4. Traçado das concordâncias verticais

a. Determinação da inclinação dos traíneis

Para se realizar o traçado das concordâncias verticais é necessário determinar quais são as
inclinações dos traíneis que as definem.

A inclinação do trainél é a tangente do ângulo formado com a horizontal (em %) e


não poderá exceder a rampa limite fixada para a velocidade base em estudo, nem
deverá ser inferior a 0,5% para assegurar uma drenagem satisfatória das águas
superficiais. Para uma velocidade base de 50Km/h considerámos uma inclinação
de 8%.

Para o trabalho em causa, o trainél que parte do ponto A tem valor igual a 8%, por forma
a não haver excesso de aterros nem de escavações, tornando a construção mais
económica.

A seguinte imagem é um esquema simplificado de como de traçou este trainél.

4
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

De seguida foi-se ao ponto B, e marcou-se um trainél com inclinação de 0,5%, como


ilustra a imagem que se segue.

Como se pode verificar, é possível traçar mais um trainél, e em vez de uma concordância
passa-se a ter duas.

Decidiu-se então traçar um trainél com inclinação de 10% condicionando o seu


desenvolvimento a 150m.

Obtendo-se um resultado final como a imagem que se segue demonstra.

Uma vez traçados os traíneis, é necessário dimensionar as concordâncias, isto é,


determinar os seus raios e desenvolvimentos.

5
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

b. Dimensionamento das concordâncias verticais

i. Concordância côncava

Os raios mínimos são estabelecidos de modo a assegurar uma distância de


visibilidade igual ou superior â distância de visibilidade de paragem, para assim se
garantir a segurança de circulação.

Para uma velocidade base de 50 km/h o raio mínimo absoluto e normal são 1500,
e 2100m, respectivamente.

Arbitrou-se um desenvolvimento para a primeira concordância de 200m.

Sendo as inclinações associadas a esta concordância de 8% e 10%.

A partir da fórmula que se segue determina-se o raio da concordância.

𝐷1
𝑅1 =
𝑖1 − 𝑖2

200
𝑅1 =
0,08 − 0,10

𝑅1 = −10000𝑚

É possível utilizar este raio porque é maior que os raios mínimos estabelecidos para a
velocidade base de 50 km/h.

Convenção de sinais:
 As inclinações são positivas ou negativas conforme
o trainel suba ou desça, relativamente ao sentido
crescente dos XX positivos.
 O raio R é positivo quando a curva volta a
convexidade para cima (concordâncias convexas) e
negativo quando volta a convexidade para baixo
(concordâncias concavas).

6
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

ii. Traçado da concordância côncava

Para traçar a concordância côncava, é necessário determinar a localização do vértice


formado pelo trainél com 8% de inclinação e o outro trainél com 10% que se segue. Este
vértice localiza-se ao quilómetro 0 + 175,00 m.

A partir do vértice qualquer concordância tem para ambos os lados á distancia d/2 o inicio
ou o fim da concordância. Sendo assim, para trás á distancia d/2 = 100m tem-se o ponto
inicial desta concordância que se encontra ao quilómetro 0+75m, e o ponto final ao
quilómetro 0+275m; como se pode verificar na imagem que se segue.

Está definido então, o ponto inicial e o ponto final da concordância côncava.

Fez-se uma piquetagem de 25 em 25m, obtendo os valores apresentados no quadro.


Partindo do ponto 0+75m, faz-se a piquetagem como exemplificado no esquema que se
segue:

X Y
𝑥2
𝑦 =𝑖×𝑥− 25 2,03
2×𝑅
50 4,13
Com i = 8% 75 6,28
100 8,50
125 10,78
150 13,13
175 15,53
200 18,00

Oool os referenciais têm de se colocar


assim, para se conseguir definir a
concordância

7
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

iii. Concordância convexa

Para dimensionar a concordância convexa arbitrou-se que o raio da concordância é igual


ao raio mínimo normal relativamente a uma velocidade base de 50 km/h.

Efectuaram-se as seguintes operações:

𝐷2
𝑅2 =
𝑖1 − 𝑖2

D2
2100 =
0,10 − (−0,005)

𝐷2 = 220,5𝑚

Se admitir, que o raio da concordância é igual ao raio mínimo normal obtém-se uma
extensão de 220,5m, foi-se então aumentar a extensão conduzindo a um raio maior.

Teve-se em conta uma extensão com valor múltiplo de 5 igual a 225m, obtém-se o
seguinte raio e o que será
usado.

𝐷2
𝑅2 =
𝑖1 − 𝑖2

225
R2 =
0,10 − (−0,005)

𝑅2 = 2142,86 𝑚

iv. Traçado da concordância convexa

O traçado desta rasante faz-se exactamente da mesma forma que a anterior.

Existe apenas uma diferença, o vértice desta é condicionado pelo vértice definido para a
concordância côncava.

Isto é, como quando se traçou a concordância côncava definiu-se o vértice no quilometro


0+175m, agora, tem-se que prolongar o trainel que parte desse vértice com 10% de
inclinação até este interceptar o trainel traçado desde o ponto B com 0,5% de inclinação.

Portanto, o vértice desta concordância convexa encontra-se no quilómetro 0+442m.

8
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

Uma vez que o desenvolvimento desta concordância é 225m, o ponto inicial localiza-se
ao quilómetro 0+329,5 m e o final ao quilómetro 0+554,5m.

𝑥2
𝑦 =𝑖×𝑥−
2×𝑅 X Y
25 2,35
Com i = 10%
50 4,42
75 6,19
100 7,67
125 8,85
150 9,75
175 10,35
200 10,67
225 10,69
Da mesma forma que se obteve o traçado da concordância concava, aqui repete-se o
procedimento, usando os valores apresentados na tabela.

5. Determinar cotas da rasante.

Para determinar as cotas da rasante, é necessário ter em conta quando se está a lidar com
pontos dos alinhamentos rectos ou das concordâncias, pois as formulas usadas para
determinar as cotas são ligeiramente diferentes.

Os esquema que se segue, indica como devem ser usadas as formulas, estando a cor da
caixa onde se encontram as formulas associadas às varias partes ao longo do traçado.

9
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

O esquema apresentado, demonstra que para determinar as cotas nos traíneis utiliza-se a
seguinte formula:

𝐶𝑜𝑡𝑎𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 = 𝐶𝑜𝑡𝑎𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑖1 × 𝑑 𝑖1 = 8%

d- distância entre pontos

Obtendo os seguintes valores:


1º trainel
0+000 108,00
0+025 110,00
0+050 112,00
0+075 114,00

De seguida, associada à cor verde temos a concordancia concava, para determinar as


cotas da rasante, é necessario recorrer à seguinte formula:

𝑑2
𝐶𝑜𝑡𝑎𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 = 𝐶𝑜𝑡𝑎𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑖1 × 𝑑 −
2×𝑅
d- distância entre pontos

Obtendo os seguintes valores:


Concordância côncava
0+075 114,00
0+100 116,03
0+104,270 116,42
0+125 118,13
0+150 120,28
0+154,270 120,66
0+175 122,50
0+200 124,78
0+225 127,13
0+232,427 127,83
0+250 129,53
0+267,427 131,25
0+275 132,00

10
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

Volta-se a encontrar um trainel, portanto usa-se novamente a formula:

𝐶𝑜𝑡𝑎𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 = 𝐶𝑜𝑡𝑎𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑖2 × 𝑑 𝑖2 = 10%

d- distância entre pontos

Obtendo os seguintes valores:


2º trainel
0+275 132,00
0+300 134,50
0+325 137,00
0+329,5 137,45

De seguida, associada à cor roxa temos a concordancia convexa, para determinar as cotas
da rasante, é necessario recorrer à seguinte formula:

𝑑2
𝐶𝑜𝑡𝑎𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 = 𝐶𝑜𝑡𝑎𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑖2 × 𝑑 −
2×𝑅
d- distância entre pontos

Obtendo os seguintes valores:

Concordância convexa
0+329,5 137,45
0+350 139,40
0+356,000 139,94
0+375 141,52
0+385,986 142,35
0+400 143,34
0+425 144,87
0+450 146,11
0+475 147,06
0+500 147,72
0+512,493 147,94
0+525 148,08
0+542,479 148,16
0+550 148,16
0+554,5 148,14

11
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

Para finalizar, vai-se calcular as cotas da rasante do ultimo trainel, que no esquema
apresentado está definida a cor azul.

Calculam-se estes pontos pela formula:

𝐶𝑜𝑡𝑎𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 = 𝐶𝑜𝑡𝑎𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑖3 × 𝑑 𝑖3 = −0,5%

d- distância entre pontos

Obtendo os seguintes valores:


3º trainel
0+554,5 148,14
0+575 148,04
0+600 147,91
0+625 147,79
0+625,213 147,79
0+650 147,66
0+669,687 147,56
0+675 147,54
0+700 147,41
0+725 147,29
0+750 147,16
0+775 147,04
0+800 146,91
0+820,993 146,81
0+825 146,79
0+850 146,66
0+865,467 146,59
0+875 146,54
0+900 146,41
0+925 146,29
0+950 146,16
0+964,883 146,09
Os valores nas tabelas apresentadas estao em metros, sendo a primeira coluna dedicada a
determinar em que quilometro do traçado se encontra, e a segunda coluna refere as cotas
associadas a esses mesmos quilometros.

12
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

6. Perfil transversal tipo

É o perfil transversal que vai dar volume à estrada, projectada como uma linha.

A segurança a capacidade e a economia são as razões determinantes na selecção


das componentes dos perfis transversais das estradas. Na configuração do perfil
transversal deve ter-se em conta a protecção da natureza e dos terrenos
circundantes. A segregação do ponto de vista da segurança rodo viária.

O perfil transversal é constituído pelos seguintes elementos:


 Faixa de rodagem, com duas vias no caso estudado;
 Bermas;
 Concordâncias;
 Valetas;
 Taludes de Escavação e Aterro.

13
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

a. Bermas

Funções das bermas:

 Refúgio para veículos avariados;


 Circulação de veículos de socorro;
 Suporte lateral de faixa de rodagem;
 Evitar acidente eminente ou reduzir sua severidade;
 Aumentar a capacidade da estrada.

b. Valetas

 Instalam-se entre as bermas (concordância) e os taludes de escavação;


 Destinam-se a colectar e recolher as águas superficiais caídas sobre a plataforma e
taludes de escavação as águas superficiais e a conduzi-las para fora da estrada;
 Devem ser convenientemente dimensionadas para os caudais a escoar;
 A sua geometria deve ser triangular;
 O seu fundo deve situar-se, pelo menos, a 0.20 m abaixo do nível do leito do
pavimento.
 Inclinações dos panos:
o Interior: iintmax= 2/3 => adopta-se iint =1/2
o Exterior: iext pode ser igual à inclinação do talude

c. Taludes

A inclinação dos taludes é definida tendo em conta:


 Características geotécnicas do terreno;
 Adaptação da estrada à paisagem;
 Protecção contra desmoronamentos;
 Inclinação normal dos taludes deve ser: i = 2:3 (H:b);
 Evitar taludes elevados com inclinação constante;
 Recurso a banquetas (definido com base em estudos geotécnicos) é excepcional e
destina-se a:
o Instalar drenos horizontais
o Controlar erosão superficial
o Interceptar a queda de rochas

14
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

A característica principal do perfil transversal é a largura das vias de tráfego. Esta


largura é definida de acordo com a largura dos veículos e o espaço lateral de
segurança. Alem disso junto a uma via com sentido contrário devem ainda ter uma
largura adicional. Nas estradas rurais o espaço lateral de segurança depende
essencialmente da velocidade.

d. Sobrelargura

Assunto abordado no primeiro trabalho.

e. Sobreelevação

Este é um exemplo de como fica


distribuída a sobreelevação
numa estrada em vários
pontos.
Neste trabalho realizou-se 4 perfis
em que um se encontrava
numa recta, numa parte
circular, na clotoide e
imediatamente antes da
clotóide (no intervalo da Ld).

O tópico sobreelevação já foi tratado no trabalho anterior pelo que reforçamos apenas que
esta tem como objectivo compensar parte da força centrífuga, favorecendo a percepção
das curvas, e consequentemente a orientação óptica.

15
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

7. Exemplo de como desenhar um perfil transversal tipo

Para se desenhar um perfil transversal é necessário em primeiro lugar definir em que km


do traçado irá ser efectuado esse corte.

No trabalho realizado, efectuamos 4 perfis transversais:

 km 0 + 025m – alinhamento recto;


 km 0 + 075m – recta (Ld),
 km 0 + 125m – clotóide;
 km 0 + 225m – parte circular.

Para o km 0 + 025m – alinhamento recto -, a partir do perfil longitudinal retirou-se as


respectivas Cotas de Terreno. Para o cálculo destas, mediu-se na perpendicular ao traçado
a distância entre o ponto de km 0 + 025m e as curvas de nível mais próximas á esquerda e
á direita, de forma a obter o volume desta secção.

Cota do terreno no km 0 + 025 m =110,25m

A partir da Cota da Rasante – 110,00m - (calculada para o perfil longitudinal),


desenhou-se a plataforma sendo que a sua inclinação é de -2,5% para ambos os lados e
tem uma espessura de 0,10m.

As bermas e faixa de rodagem têm como medidas 1,5 e 8m respectivamente.

Quanto a sua sobrelargura temos que Sl=0, pelo que é uma recta, não necessitando a que
esta esteja inclinada para que se mantenha a segurança de veículos com menor capacidade
de percorrer determinadas trajectórias.

Para a realização dos outros perfis recorreu-se ao mesmo método, sendo as diferenças as
seguintes:

Km 0+ 025 m - alinhamento recto Km 0 + 075 m - Ld


 iesq = -2,5% , idir = -2,5%  iesq = -0,16% , idir = -2,5%
 Sl = 0m  Sl = 0m
 CT = 110,25m  CT =111,38m
 CR = 110,000m  CR =114,000m

Km 0 + 125 m - Clotoide Km 0 + 225 m – Curva circular


 iesq = 4,39% , idir = -4,39%  iesq = 7% , idir = -7%
 Sl = 0,249m  Sl = 0,6m
 CT = 120,38m  CT = 132,50m
 CR =118,130m  CR =127,1300m

16
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

Para determinar o iesq e o idir para o quilómetro 0 + 125m foi necessário fazer
interpolações, uma vez que estas inclinações correspondem à clotóide que a inclinação
varia entre 2,5% e 7%, 2,5% vem do Ld e quando começa a curva circular tem 7%.

Fazendo um interpolação encontra-se facialmente o valor das sucessivas inclinações que


durante a clotóide vai tomar desde o valor de 2,5 até 7%.

Assim como foi necessário repetir o procedimento para determinar a inclinação em Ld


uma vez que varia de -2,5% da recta, até 2,5% da entra da clotóide.

Ainda foi necessário realizar cálculos auxiliares no que diz respeito à determinação do Sl
para a clotoide, que atraves de uma regra de 3 simples rapidamente se determinou qual o
seu valor para o quilometro escolhido.

Ou seja, se no quilometro 0 + 104,27m tinha um Sl = 0m e no quilometro 0 + 154,270m


tinha um Sl= 0,60m; quer dizer que em 50 m aumentou o Sl em 0,60. Subtraindo a 0 +
125m a distancia de 0 + 104,27 temos uma diferença de 20,73m.

Portanto:

50 − 0,6

20,73 – 𝑥

Portanto x = 0,249m que significa o aumento de Sl no quilometro 0 + 125m.

Depois de obtidos estes dados, é necessário verificar se o terreno se encontra em aterro ou


em escavação relativamente á via de comunicação que se pretende construir.

Se se verificar que está em Escavação, procede-se á construção de uma Valeta, caso


contrário como solução para que seja possível o escoamento de águas pluviais temos de
construir uma concordância de aterro, - senão existisse o terreno fragilizava, podendo
ocorrer fragmentação.

Para que seja possível melhor entendimento


recorremos aos seguintes esquemas:

0,40

0,4 0,8

Valeta.

Concordância de aterro

17
Perfil Longitudinal e Perfil Transversal Tipo

8. Conclusão

A realização deste trabalho permitiu tomar conhecimento de algumas noções acerca de


vias de comunicação, vias que usamos todos os dias e não temos noção de como são
dimensionadas nem quais são os critérios a ter em conta.

Por exemplo a inclinação das estradas em alinhamento recto, a sobrelargura nas


curvas, a sobreelevação e visibilidade do condutor, etc.

Todos estes são pormenores bastante importante uma vez que permitem aos
utilizadores de veículos percorrerem a sua trajectória em segurança.

Enquanto realizávamos o traçado perfil longitudinal verificamos que quanto


menor for a inclinação das estradas melhor, pois permite mais conforto aos
utilizadores de veículos e previne acidentes como projecção de um carro e
consequente despiste, exemplo exagerado.

Ganhamos noção do quão importante é a valeta, da funcionalidade dela, porque se


estas não existissem as águas pluviais não teriam para onde escoar.

Da mesma forma tratamos o papel das concordâncias de aterro que evitam a


fragmentação do terreno, que ao longo do tempo vai-se deslocando por acção das
águas que se infiltram no terreno.

É importante a realização deste trabalho uma vez que permite ter noção dos
conceitos a ter em conta para que se consiga realizar a construção de uma estrada
em que esta seja viável, segura e cómoda e ambientalista.

18

Você também pode gostar