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D.O.U.: 11.08.2010
CAPÍTULO I
DOS BENEFICIÁRIOS
I - aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não
eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor
empregado;
VII - o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas
Autarquias e Fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não
esteja amparado por Regime Próprio de Previdência Social - RPPS;
XII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei
nº 11.788, de 25 de setembro de 2008;
XVI - o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem
como pelas respectivas Autarquias e Fundações, por tempo determinado, para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art.
37 da Constituição Federal e da Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993;
XXI - o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais
internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e
contratado, salvo se amparado por RPPS;
XXII - o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art.
14-A da Lei nº 5.889, de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária
por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano.
§ 2º Entende-se por serviço prestado em caráter não eventual aquele relacionado direta
ou indiretamente com as atividades normais da empresa.
§ 3º Aplica-se o disposto nos incisos XIV e XV do caput ao ocupante de cargo de
Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem vínculo efetivo
com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas Autarquias, ainda que em
regime especial, e Fundações.
IV - o amarrador de embarcação;
IX - o guindasteiro; e
II - cada um dos condôminos de propriedade rural que explora a terra com cooperação
de empregados ou não, havendo delimitação formal da área definida superior a quatro
módulos fiscais, sendo que, não havendo delimitação de áreas, todos os condôminos
assumirão a condição de contribuinte individual, salvo prova em contrário;
III - o marisqueiro que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerce atividade de captura
ou de extração de elementos animais ou vegetais que tenham na água seu meio normal
ou mais frequente de vida, na beira do mar, no rio ou na lagoa, com auxílio de
empregado em número que exceda à razão de cento e vinte pessoas/dia dentro do ano
civil;
IV - a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral -
garimpo - em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de
prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que
de forma não contínua, observado o art. 114;
VIII - o médico residente de que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, na redação
dada pela Lei nº 10.405, de 9 de janeiro de 2002;
XI- o membro de cooperativa de trabalho que, nesta condição, preste serviço a empresas
ou a pessoas físicas mediante remuneração ajustada ao trabalho executado;
XIII - o membro do conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990, quando remunerado;
XVIII - o síndico da massa falida, o administrador judicial, definido pela Lei nº 11.101,
de 9 de fevereiro de 2005, e o comissário de concordata, quando remunerados;
XXI - quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual a uma ou
mais empresas, fazendas, sítios, chácaras ou a um contribuinte individual, em um
mesmo período ou em períodos diferentes, sem relação de emprego;
XXII - a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza
urbana, com fins lucrativos ou não;
XXV - o diarista, assim entendido a pessoa física que, por conta própria, presta serviços
de natureza não contínua à pessoa ou à família no âmbito residencial destas, em
atividade sem fins lucrativos;
XXIX - aquele que, na condição de pequeno feirante, compra para revenda produtos
hortifrutigranjeiros ou assemelhados;
XXX - a pessoa física que habitualmente edifica obra de construção civil com fins
lucrativos; e
XXXI - o Micro Empreendedor Individual - MEI, de que tratam os arts. 18-A e 18-C da
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos
impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais,
observado:
a) que é considerado MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no
10.406, de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário
anterior, de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional e
que não esteja impedido de optar pela sistemática de recolhimento mencionada neste
inciso; e
§ 1º Para os fins previstos na alínea "b" do inciso I e no inciso IV deste artigo, entende-
se que a pessoa física, proprietária ou não, explora atividade por intermédio de
prepostos quando, na condição de parceiro outorgante, desenvolve atividade
agropecuária, pesqueira ou de extração de minerais por intermédio de parceiros ou
meeiros.
III - cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de dezesseis anos de idade ou a
este equiparado do segurado de que tratam os incisos I e II deste artigo que,
comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar.
II - parceiro: aquele que tem contrato escrito de parceria com o proprietário da terra ou
detentor da posse e desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira,
partilhando lucros ou prejuízos;
III - meeiro: aquele que tem contrato escrito com o proprietário da terra ou detentor da
posse e da mesma forma exerce atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira,
partilhando rendimentos ou custos;
V - comodatário: aquele que, por meio de contrato escrito, explora a terra pertencente a
outra pessoa, por empréstimo gratuito, por tempo determinado ou não, para desenvolver
atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira;
VI - condômino: aquele que explora imóvel rural, com delimitação de área ou não,
sendo a propriedade um bem comum, pertencente a várias pessoas;
VII - usufrutuário: aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural, tem direito à
posse, ao uso, à administração ou à percepção dos frutos, podendo usufruir o bem em
pessoa ou mediante contrato de arrendamento, comodato, parceria ou meação;
VIII - possuidor: aquele que exerce sobre o imóvel rural algum dos poderes inerentes à
propriedade, utilizando e usufruindo da terra como se proprietário fosse;
IX - pescador artesanal: aquele que, individualmente ou em regime de economia
familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que não
utilize embarcação; ou utilize embarcação de arqueação bruta igual ou menor que seis,
ainda que com auxílio de parceiro; ou, na condição exclusiva de parceiro outorgado,
utilize embarcação de arqueação bruta igual ou menor que dez, observado que:
§ 5º Não é segurado especial o membro de grupo familiar (somente ele) que possuir
outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de:
VIII - atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de
prestação continuada da Previdência Social; e
§ 13 Considera-se segurada especial a mulher que, além das tarefas domésticas, exerce
atividades rurais com o grupo familiar respectivo ou individualmente.
III - o servidor civil amparado por RPPS ou o militar, cedido para outro órgão ou
entidade, observado que:
I - a dona-de-casa;
III - o estudante;
VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 1990,
quando não remunerado e desde que não esteja vinculado a qualquer regime de
Previdência Social;
VII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, de acordo com a Lei nº
11.788, de 2008;
VIII - o bolsista que se dedica em tempo integral à pesquisa, curso de especialização,
pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja
vinculado a qualquer regime de Previdência Social;
IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer
regime de Previdência Social;
I - sem limite de prazo, para aquele em gozo de benefício, inclusive durante o período
de recebimento de auxílio-acidente ou de auxílio suplementar;
II - até doze meses após a cessação de benefícios por incapacidade ou após a cessação
das contribuições, para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada
abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
III - até doze meses após cessar a segregação, para o segurado acometido de doença de
segregação compulsória;
VI - até seis meses após a cessação das contribuições, para o segurado facultativo.
§ 1º O prazo previsto no inciso II do caput será prorrogado para até vinte e quatro
meses, se o segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem
interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
Art. 11. Durante os prazos previstos no art. 10, o segurado conserva todos os seus
direitos perante a Previdência Social.
§ 5º Se, por força de lei, ocorrer alteração nas datas de vencimento de recolhimento,
deverão ser obedecidos para manutenção ou perda da qualidade de segurado os prazos
vigentes no dia do desligamento da atividade ou na data da última contribuição.
Art. 12. No caso de fuga do recolhido à prisão, será descontado do prazo de manutenção
da qualidade de segurado a partir da data da fuga, o período de graça já usufruído
anteriormente ao recolhimento.
Art. 13. Para benefícios requeridos a partir de 25 de julho de 1991, data da publicação
da Lei nº 8.213, de 1991, o exercício de atividade rural ocorrido entre atividade urbana,
ou vice-versa, assegura a manutenção da qualidade de segurado, quando, entre uma
atividade e outra, não ocorreu interrupção que acarretasse a perda dessa qualidade.
Art. 14. A perda da qualidade de segurado importa em extinção dos direitos inerentes a
essa qualidade.
Art. 16. A pensão por morte concedida na vigência da Lei nº 8.213, de 1991, com base
no art. 240 do Regulamento dos Benefícios da Previdência Social - RBPS, aprovado
pelo Decreto nº 611, de 21 de julho de 1992, sem que tenha sido observada a qualidade
de segurado, não está sujeita à revisão específica para a verificação desse requisito,
sendo indispensável a sua observância, para os benefícios despachados a partir de 21 de
dezembro 1995, data da publicação da ON/INSS/SSBE nº 13, de 20 de dezembro de
1995.
Parágrafo único. Poderá ser concedida, a qualquer tempo, outra pensão com o mesmo
instituidor em decorrência de desdobramento com a anteriormente concedida, e ainda
ativa, na forma do caput, para inclusão de novos dependentes, sendo devidas as parcelas
somente a partir da data da entrada do requerimento, conforme art. 76 da Lei nº 8.213,
de 1991.
II - os pais; ou
Art. 18. Considera-se por companheira ou companheiro a pessoa que mantém união
estável com o segurado ou a segurada, sendo esta configurada na convivência pública,
contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de
constituição de família, observando que não constituirá união estável a relação entre:
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do
adotante;
Art. 19. Filhos de qualquer condição são aqueles havidos ou não da relação de
casamento, ou adotados, que possuem os mesmos direitos e qualificações dos demais,
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação, nos termos do § 6º
do art. 227 da Constituição Federal.
Art. 20. Os nascidos dentro dos trezentos dias subseqüentes à dissolução da sociedade
conjugal por morte são considerados filhos concebidos na constância do casamento,
conforme inciso II do art. 1.597 do Código Civil.
Parágrafo único. Para caracterizar o vínculo deverá ser apresentada a certidão judicial
de tutela do menor e, em se tratando de enteado, a certidão de nascimento do
dependente e a certidão de casamento do segurado ou provas da união estável entre o(a)
segurado(a) e o(a) genitor(a) do enteado.
Art. 22. O filho ou o irmão inválido maior de vinte e um anos somente figurará como
dependente do segurado se restar comprovado em exame médico-pericial,
cumulativamente, que:
II - a invalidez é anterior a eventual ocorrência de uma das hipóteses do inciso III do art.
26 ou à data em que completou vinte e um anos; e
Art. 23. A emancipação ocorrerá na forma do parágrafo único do art. 5º do Código Civil
Brasileiro:
II - pelo casamento;
Parágrafo único. A união estável do filho ou do irmão entre os dezesseis e antes dos
dezoito anos de idade não constitui causa de emancipação.
Art. 25. Por força da decisão judicial proferida na Ação Civil Pública nº
2000.71.00.009347-0, o companheiro ou a companheira do mesmo sexo de segurado
inscrito no RGPS integra o rol dos dependentes e, desde que comprovada a vida em
comum, concorre, para fins de pensão por morte e de auxílio-reclusão, com os
dependentes preferenciais de que trata o inciso I do art. 16 da Lei nº 8.213, de 1991,
para óbito ou reclusão ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, conforme o disposto no
art. 145 do mesmo diploma legal, revogado pela MP nº 2.187-13, de 2001.
I - para o cônjuge pela separação judicial ou o divórcio, desde que não receba pensão
alimentícia, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada
em julgado;
b) do casamento;
b) pelo falecimento.
Art. 28. A pessoa cuja designação como dependente do segurado tenha sido feita até 28
de abril de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.032, de 28 de abril de 1995, fará jus
à pensão por morte ou ao auxílio-reclusão, se o fato gerador do benefício, o óbito ou a
prisão, ocorreu até aquela data, desde que comprovadas as condições exigidas pela
legislação vigente.
Art. 29. Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a
Previdência Social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações.
§ 2º A filiação do trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física por prazo
de até dois meses dentro do período de um ano, para o exercício de atividades de
natureza temporária, decorre automaticamente de sua inclusão na Guia de Recolhimento
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP,
mediante identificação específica.
§ 3º O segurado que exerce mais de uma atividade é filiado, obrigatoriamente, à
Previdência Social em relação a todas essas atividades, obedecidas as disposições
referentes ao limite máximo de salário-de-contribuição.
Artigo 30. O limite mínimo de idade para ingresso no RGPS do segurado obrigatório
que exerce atividade urbana ou rural, do facultativo e do segurado especial, é o seguinte:
Art. 30. Observado o disposto no art. 76, o limite mínimo de idade para ingresso no
RGPS do segurado obrigatório que exerce atividade urbana ou rural, do facultativo e
do segurado especial, é o seguinte: Alteração dada pela Instrução Normativa INSS
70/2013.)
Art. 31. O segurado, ainda que tenha trabalhado para empregador rural ou para empresa
prestadora de serviço rural, no período anterior ou posterior à vigência da Lei nº 8.213,
de 1991, será considerado como filiado ao regime urbano como empregado ou
contribuinte individual, conforme o caso, quando enquadrado, dentre outras, nas
seguintes categorias:
V - motosserrista;
Art. 34. A filiação na condição de facultativo não poderá ocorrer dentro do mesmo mês
em que cessar o exercício da atividade sujeita à filiação obrigatória ou pagamento do
beneficio previdenciário.
Art. 37. O exercício de atividade prestado de forma gratuita ou voluntária não gera
filiação obrigatória à Previdência Social.
Art. 38. Considera-se inscrição, para os efeitos na Previdência Social, o ato pelo qual a
pessoa física, é cadastrada no Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS,
mediante informações prestadas dos seus dados pessoais e de outros elementos
necessários e úteis à sua caracterização.
Subseção I - Do filiado
Art. 39. Filiado é aquele que se relaciona com a Previdência Social na qualidade de
segurado obrigatório ou facultativo, mediante contribuição.
a) que ainda não possui cadastro no CNIS, a inscrição em NIT Previdência será feita
pelas informações prestadas pelo segurado, declarando sua condição e exercício de
atividade;
a) a inscrição será feita de forma a vinculá-lo ao seu respectivo grupo familiar e conterá,
além das informações pessoais, a identificação:
d) as informações contidas no cadastro de que trata a alínea "b" deste inciso não
dispensam a apresentação dos documentos previstos no inciso II do § 2º do art. 62 do
RPS, exceto as que forem obtidas e acolhidas pela Previdência Social diretamente de
banco de dados disponibilizados por órgãos do poder público;
e) a aplicação do disposto neste inciso não poderá resultar nenhum ônus para os
segurados, sejam eles filiados ou não às entidades conveniadas;
f) as informações obtidas e acolhidas pelo INSS, diretamente de bancos de dados
disponibilizados por órgãos do poder público, serão utilizadas para validar ou invalidar
informação para o cadastramento do segurado especial, bem como quando for o caso,
para deixar de reconhecer no segurado essa condição;
g) o segurado especial integrante de grupo familiar que não seja proprietário do imóvel
rural ou embarcação em que desenvolve sua atividade deve informar, no ato da
inscrição, conforme o caso, o nome e o Cadastro de Pessoa Física - CPF do parceiro ou
meeiro outorgante, arrendador, comodante ou assemelhado;
j) nos locais onde não esteja disponível o acesso à internet, para o cadastramento,
complementação das informações e manutenção da atividade do segurado especial,
poderão ser utilizados pelas entidades representativas os Anexos XXXV e XXXVI e
pela Fundação Nacional do Índio - Funai, o Anexo XXXVII, para posterior inclusão dos
dados no Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS; e
j) nos locais onde não esteja disponível o acesso a internet, para o cadastramento,
complementação das informações e manutenção da atividade do segurado especial,
poderão ser utilizados pela FUNAI o Anexo I e pelas entidades representativas os
Anexos XXXV e XXXVI, para posterior inclusão dos dados no CNIS; e ( Alteração dada
pela Instrução Normativa INSS/PRES 51/2011).
§ 3º Na impossibilidade de a inscrição ser efetuada pelo próprio filiado, ela poderá ser
providenciada por terceiros, sendo dispensado o instrumento de procuração no ato da
formalização do pedido, observado o previsto na alínea "c" do inciso IV do § 1º deste
artigo.
§ 4º Nos casos dos incisos II, III e IV do § 1º deste artigo, o INSS poderá solicitar a
comprovação das informações prestadas a qualquer tempo, caso necessário, para
atualização de dados de cadastro.
Art. 40. Observado o disposto nos incisos II a V do art. 39, as inscrições do empregado
doméstico, contribuinte individual, segurado especial e facultativo, poderão ser
efetuadas no INSS:
Art. 41. A inscrição formalizada por segurado em categoria diferente daquela em que a
inscrição deveria ocorrer, deve ser alterada para a categoria correta mediante
apresentação de documentos comprobatórios, inclusive alterando-se as respectivas
contribuições, quando pertinente.
§ 1º A inscrição post mortem será solicitada por meio de requerimento pelo dependente
ou representante legal, sendo atribuído o NIT Previdência somente após comprovação
da atividade alegada.
Art. 43. O Não Filiado é todo aquele que não possui forma de filiação definida no art.
39, mas se relaciona com a Previdência Social na condição de dependente, representante
legal, procurador, titular, bem como o titular ou componente de grupo familiar em
requerimentos dos benefícios de prestação continuada da Lei Orgânica de Assistência
Social - LOAS.
Art. 45. A inscrição do dependente será realizada mediante a apresentação dos seguintes
documentos:
§ 7º Somente será exigida a certidão judicial de adoção quando esta for anterior a 14 de
outubro de 1990, data da vigência da Lei nº 8.069, de 1990.
§ 8º O fato superveniente à concessão de benefício que importe em exclusão ou inclusão
de dependente deve ser comunicado ao INSS, com a apresentação das provas que
demonstrem a situação alegada.
III - declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu
dependente;
IV - disposições testamentárias;
XII - apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa
interessada como sua beneficiária;
CAPÍTULO II
Subseção I - Dos critérios para inclusão, exclusão, validação e retificação dos dados
do Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS
a) do segurado empregado:
1. ficha financeira;
a) após o último dia do quinto mês subsequente ao mês da data de prestação de serviço
pelo segurado, quando se tratar de dados informados por meio da GFIP; e
b) após o último dia do exercício seguinte a que se referem as informações, quando se
tratar de dados informados por meio da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS;
e
III - relativos às contribuições, sempre que o recolhimento tiver sido feito sem
observância do estabelecido em lei.
II - o segurado não tenha se valido da alteração para obter benefício cuja carência
mínima seja de até doze contribuições mensais.
§ 7º O INSS poderá definir critérios para apuração das informações constantes da GFIP
que ainda não tiverem sido processadas, bem como para aceitação de informações
relativas a situações cuja regularidade depende de atendimento de critério estabelecido
em lei.
Art. 50. Entende-se por ajuste de Guia, as operações de inclusão, alteração, exclusão ou
transferência de recolhimentos a serem realizadas em sistema próprio, a fim de corrigir
no CNIS as informações divergentes dos comprovantes de recolhimentos apresentados
pelo contribuinte individual, empregado doméstico, facultativo e segurado especial que
contribui facultativamente, sendo que:
III - exclusão é a operação a ser realizada para excluir contribuições quando estas forem
incluídas indevidamente por fraude ou erro do servidor e não for possível desfazer a
operação de inclusão; e
IV - transferência é a operação a ser realizada entre NIT's diferentes, sejam eles válidos
ou inválidos, e de NIT para Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ/Cadastro
Específico do INSS - CEI.
Art. 54. Observado o art. 53, a SOFC que receber cópia da guia, cujo registro de
recolhimento não foi localizado, após a análise, deverá notificar o agente arrecadador,
para que este proceda à regularização da situação junto à SRFB ou se pronuncie sobre a
autenticidade da guia em questão.
III - para o contribuinte individual que encerre atividade cadastrada no CNIS e reinicie
atividade por conta própria sem o cadastramento, corresponderá ao primeiro dia da
competência do primeiro recolhimento sem atraso, sendo que, para os períodos
anteriores ao primeiro recolhimento em dia, deverá comprovar o exercício de atividade,
nos termos do art. 60, ainda que concomitantemente possua remuneração declarada em
GFIP, a partir de abril de 2003, por serviços prestados à pessoa jurídica;
II - ausência de registro contábil nos livros fiscais da empresa ou elementos afins que
levem à convicção quanto ao não funcionamento da empresa, juntamente, se for o caso,
com o disposto no inciso III;
Art. 57. Se o contribuinte individual, com atividade autônoma, declarar que ocorreu
encerramento e reinício de atividade dentro do período de interrupção das contribuições,
o reinício deverá ser comprovado, mediante documento contemporâneo, caso o
pagamento da contribuição tenha ocorrido em atraso.
Art. 61. O contribuinte individual que pretenda contar como tempo de contribuição,
para fins de obtenção de benefício no RGPS, período de atividade remunerada
alcançada pela decadência quinquenal, seja filiação obrigatória ou não, deverá indenizar
o INSS.
I - para fins de contagem no RGPS: da média aritmética simples dos maiores salários-
de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo
constante no CNIS decorrido desde a competência julho de 1994, ainda que não
recolhidas as contribuições correspondentes, corrigidos mês a mês pelos mesmos
índices utilizados para a obtenção do salário-de-benefício na forma do RPS, observados
os limites a que se referem os §§ 3º e 5º do art. 214 do RPS; e
I - as contribuições ainda que não recolhidas referem-se àquelas devidas pelas empresas
e equiparadas, em relação aos empregados e contribuintes individuais que lhe prestem
serviço, empregadores domésticos e órgãos gestores de mão-de-obra e que devem
integrar o período básico de cálculo - PBC;
Art. 62. Caberá ao INSS, promover o reconhecimento de filiação, na forma desta seção
e proceder ao cálculo para apuração da contribuição previdenciária devida e as demais
orientações pertinentes ao recolhimento do débito ou indenização, ressalvando-se a
competência para a cobrança, que é da SRFB, nos termos do art. 2º da Lei nº 11.457, de
16 de março de 2007.
Parágrafo único. No caso de cálculo posterior à inscrição do filiado e quando não existir
dúvida do exercício da atividade correspondente, esse poderá ser realizado sem
formalização de processo administrativo.
Art. 63. As informações obtidas pelo INSS dos bancos de dados disponibilizados por
órgãos do poder público poderão ser utilizadas para a construção do cadastro do
segurado especial, para fins de reconhecimento desta atividade.
§ 2º Os dados da FUNAI serão obtidos por meio de inscrição e certificação dos períodos
de exercício de atividade do indígena na condição de segurado especial, além de
declaração anual confirmando a manutenção desta condição, que serão realizados por
servidores públicos da FUNAI, mediante sistema informatizado disponibilizado no sítio
da Previdência Social, nos termos do Acordo de Cooperação Técnica
MPS/MJ/INSS/FUNAI nº 00350.000764/2007-26, publicado no Diário Oficial da União
- DOU de 28 de julho de 2009.
III - recebimento de benefício pelo RGPS, exceto pensão por morte, auxílio-acidente ou
auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da
Previdência Social conforme inciso I, § 8º do art. 9º do RPS; ou
§1º Havendo migração de períodos concomitantes de mais de uma fonte, deverão ser
observados os seguintes critérios:
I - quando os indicadores dos incisos I a III do caput deste artigo forem iguais para
todos os períodos, estes deverão ser mantidos, observando-se que, quando positivos, o
exercício de mais de uma atividade na condição de segurado especial não descaracteriza
tal condição; na situação de pendentes ou negativos, caberá análise pelo servidor, para
conclusão da caracterização ou não dessa condição no período; e
II - quando os indicadores dos incisos I a III do caput deste artigo forem distintos,
caberá análise pelo servidor, para conclusão da caracterização ou não da condição de
segurado especial no período.
Art. 66. Serão migrados para o CNIS, como positivos, os períodos de atividade de
segurado especial, constantes dos sistemas de benefícios, reconhecidos pelo INSS,
utilizados na concessão de benefício anterior e submetidos ao processo de validação de
que trata § 1º do art. 64.
Art. 67. A Pessoa Física, regularmente cadastrada no CNIS, poderá obter senha em
qualquer APS para autoatendimento na Internet.
Parágrafo único. O cadastro da senha será efetuado pelo segurado ou seu representante
legal, mediante procuração pública ou particular.
Art. 68. Mediante senha eletrônica, o cidadão poderá ter acesso às informações
referentes aos dados cadastrais, vínculos e remunerações ou contribuições, constantes
do CNIS, no sítio da Previdência Social www.previdencia.gov.br, além de outros
serviços que porventura vierem a ser disponibilizados por este meio.
Art. 69. Mediante o disposto no art. 29-A da Lei nº 8.213, de 1991 e no art. 19, 19-A e
19-B do RPS e manifestação da Consultoria Jurídica do Ministério da Previdência
Social - MPS por meio do Parecer/Conjur/MPS nº 57, de 5 de fevereiro de 2009, serão
consideradas quitadas em tempo hábil as contribuições previdenciárias devidas pelos
contribuintes individuais, contribuintes em dobro, facultativos, equiparados a
autônomos, empresários e empregados domésticos, relativas ao período compreendido
entre abril de 1973 e fevereiro de 1994, quitadas até essa data, dispensando-se a
exigência da respectiva comprovação por parte do contribuinte quando estas constarem
do CNIS.
Art. 71. Fica o INSS, por meio da APS, obrigado a fornecer aos segurados contribuinte
individual, facultativo e empregado doméstico, quando por eles solicitados, extrato de
recolhimento das suas contribuições conforme disposto no inciso I do art. 368 do RPS,
podendo valer-se, para esta finalidade, do disposto no art. 68.
CAPÍTULO III
Art. 72. Considera-se tempo de contribuição o lapso transcorrido, de data a data, desde a
admissão na empresa ou o início de atividade vinculada à Previdência Social Urbana e
Rural, ainda que anterior à sua instituição, até a dispensa ou o afastamento da atividade,
descontados os períodos legalmente estabelecidos como de suspensão do contrato de
trabalho, de interrupção de exercício e de desligamento da atividade.
Art. 73. Poderá ser objeto de contagem do tempo de contribuição para o RGPS,
observado o disposto no art. 47:
Parágrafo único. Para fins de contagem recíproca, poderá ser certificado para a
administração pública o tempo de contribuição do RGPS correspondente ao período em
que o exercício de atividade exigia ou não a filiação obrigatória à Previdência Social,
desde que efetivada pelo segurado a indenização das contribuições correspondentes.
Art. 74. Subsidiariamente ao disposto no art. 19 do RPS, servem para a prova do tempo
de contribuição de que trata o caput do art. 62 do mesmo diploma legal, para os
trabalhadores em geral, os seguintes documentos:
III - contrato social e respectivo distrato, quando for o caso, ata de assembléia geral e
registro de empresário; ou
Art. 75. As anotações em CP e/ou CTPS relativas a férias, alterações de salários e outras
que demonstrem a sequência do exercício da atividade podem suprir possível falha de
registro de admissão ou dispensa.
§ 3º Quando ocorrer contrato de trabalho, cuja data fim seja anterior à data da emissão
da CP ou da CTPS, deverá ser exigida prévia comprovação da relação de trabalho, por
ficha de registro de empregado, registros contábeis da empresa ou quaisquer
documentos que levem à convicção do fato a se comprovar.
Art. 76. A atividade sujeita à filiação obrigatória exercida com idade inferior à
legalmente permitida, conforme o art. 30, será considerada como tempo de
contribuição, a contar de doze anos de idade, desde que comprovada mediante
documento contemporâneo em nome do próprio segurado na forma do art. 48.
(Revogaçao dada pela Instrução Normativa INSS 70/2013)
Art. 78. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo de
contribuição, entre outros, observado o disposto nos arts. 19 e 60, ambos do RPS:
a) os servidores de Justiça dos Estados, não remunerados pelos cofres públicos, que não
estavam filiados a RPPS;
b) aquele contratado pelos titulares das Serventias de Justiça, sob o regime da CLT, para
funções de natureza técnica ou especializada, ou ainda, qualquer pessoa que preste
serviço sob a dependência dos titulares, mediante salário e sem qualquer relação de
emprego com o Estado; e
a) pelo detentor de mandato eletivo estadual, municipal ou distrital até janeiro de 1998,
observado o disposto no inciso VIII deste artigo e o contido nos arts. 94 a 104;
XXI - o de tempo de serviço dos escreventes e dos auxiliares contratados por titulares
de serviços notariais e de registros, quando não sujeitos ao RPPS, desde que
comprovado o exercício da atividade, nesta condição;
b) até dois anos a contar da admissão no novo emprego, se esta tiver ocorrido a partir de
15 de dezembro de 1960, data da publicação da Lei nº 3.841, de 1960, não podendo o
requerimento ultrapassar a data de 30 de setembro de 1975, nos termos da Lei nº 6.226,
de 1975;
XXIII - o período de que trata o art. 206, desde que intercalado entre períodos de
atividade; e
II - em que o segurado era amparado por RPPS, exceto se certificado regularmente por
CTC nos termos da contagem recíproca;
III - que tenham sido considerados para a concessão de outra aposentadoria pelo RGPS
ou qualquer outro regime de Previdência Social;
V - exercidos com menos de dezesseis anos, observado o disposto no art. 30, salvo as
exceções previstas em lei;
VII - do bolsista e do estagiário que prestam serviços à empresa, de acordo com a Lei nº
11.718, de 2008, exceto se houver recolhimento à época na condição de facultativo;
Subseção I - Do empregado
I - CP ou CTPS;
VII - cópia autenticada do cartão, livro ou folha de ponto ou ainda outros documentos
que poderão vir a comprovar o exercício de atividade junto à empresa.
§ 1º No caso de trabalhador rural, além dos documentos constantes no caput, poderá ser
aceita declaração do empregador, comprovada mediante apresentação dos documentos
originais que serviram de base para sua emissão, confirmando, assim, o vínculo
empregatício, a qual deverá constar:
III - contrato onde se perceba que a intenção foi apenas para garantir a qualidade de
segurado, inclusive para percepção de salário-maternidade;
V - para o contribuinte individual que presta serviços por conta própria a pessoas
físicas, a outro contribuinte individual equiparado a empresa, a produtor rural pessoa
física, a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira; para o
contribuinte individual brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial
internacional do qual o Brasil é membro efetivo; para o contribuinte individual que
presta serviços a entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições
sociais; e para o que está obrigado a complementar a contribuição incidente sobre a
diferença entre o limite mínimo do salário-de-contribuição e a remuneração total por ele
recebida ou a ele creditada (em relação apenas a este complemento), a apresentação das
guias ou os carnês de recolhimento;
VIII - a partir de abril de 2003, conforme os arts. 4º, 5º e 15 da Lei nº 10.666, de 2003,
para o contribuinte individual prestador de serviço à empresa contratante e para o assim
associado à cooperativa, deverá apresentar os comprovantes de pagamento do serviço a
ele fornecidos, onde conste a identificação completa da empresa, inclusive com o
número do CNPJ, o valor da remuneração paga, o desconto da contribuição efetuado e o
número de inscrição do segurado no RGPS; até março de 2003, se este contribuinte
individual tiver se beneficiado do disposto nos §§ 4º e 5º do art. 30 da Lei nº 8.212, de
1991, deverá apresentar, além da guia ou carnê, o recibo fornecido pela empresa.
Art. 85. Para comprovar o exercício da atividade remunerada, com vistas à concessão do
benefício, será exigido do contribuinte individual, a qualquer tempo, o recolhimento das
correspondentes contribuições, observado o disposto no art. 447.
VII - qualquer outro documento que possa levar à convicção do fato a comprovar.
Parágrafo único. O tempo de serviço comprovado na forma deste artigo somente será
computado se forem apresentados os recolhimentos a seguir:
I - até 31 de dezembro de 1975, véspera da vigência da Lei nº 6.260, de 1975, desde que
indenizado na forma do art. 122 do RPS;
Subseção V - Do facultativo
Art. 89. Observado o art. 47, os períodos de contribuição em dobro e facultativo serão
comprovados mediante a inscrição perante a Previdência Social acompanhada das
contribuições respectivas.
II - não será exigido início de prova material, considerando que existe anteriormente a
prova de vinculação trabalhista; e
II - de frequência em escolas técnicas a que se refere o inciso II do art. 92, por certidão
escolar, a qual deverá constar que:
IV- por meio de certidão emitida pela instituição onde o ensino foi ministrado no caso
de ente federativo sem RPPS, constando as seguintes informações:
b) o curso frequentado;
Parágrafo único. Para efeito do disposto na alínea "a" do inciso IV do caput, deverá
restar comprovado que o funcionamento da instituição foi autorizado pelo Governo
Federal, conforme art. 60 do Decreto-Lei nº 4.073, de 1942.
Art. 95. Para instrução e análise do direito à opção pela filiação ao RGPS na qualidade
de segurado facultativo, o INSS encaminhará o pedido à SRFB, com solicitação de
informações relativas:
Art. 96. O pedido de opção de que trata esta subseção será recepcionado pela APS e
deverá ser instruído com os seguintes documentos:
Parágrafo único. O INSS poderá exigir do requerente outros documentos que se façam
necessários à instrução e análise do requerimento de opção, desde que os dados não
estejam disponíveis nos sistemas informatizados da Previdência Social.
Art. 97. Compete à APS decidir sobre o requerimento de opção pela filiação na
qualidade de segurado facultativo, a que se refere o art. 94.
Art. 98. Após retorno do processo da SRFB, em caso de deferimento total ou parcial do
requerimento de opção, a APS, obrigatoriamente, providenciará a alteração na categoria
do filiado, efetuando o cadastramento na qualidade de segurado facultativo nos sistemas
informatizados da Previdência Social.
Art. 100. Deverá ser indeferida a opção pela filiação a que se refere o art. 94, quando:
Art. 101. O INSS deverá rever os benefícios em manutenção para cuja aquisição do
direito tenha sido considerado o período de exercício de mandato eletivo, bem como as
CTC emitidas com a inclusão do referido período, quando não verificada a opção de que
trata o art. 94 e da complementação prevista no inciso II do § 2º do mesmo artigo.
§ 2º Não havendo a opção de que trata o art. 94, o período de 1º de fevereiro de 1998 a
18 de setembro de 2004, em que o segurado tenha atuado na condição de exercente de
mandato eletivo, será excluído nos casos de revisão de benefício e de emissão de CTC.
Art. 102. O exercente de mandato eletivo que obtiver a restituição dos valores referidos
junto à Receita Federal do Brasil - RFB ou que os tiver restituído pelo ente federativo,
somente poderá ter incluído o respectivo período no seu tempo de contribuição
mediante indenização das contribuições, exclusivamente, na forma estabelecida no art.
122 do RPS.
Art. 104. No caso de inexistência de recurso, no prazo previsto, o processo deverá ser
arquivado com parecer conclusivo.
Art. 105. Conforme definição dada pelo art. 56 da Lei nº 11.440, de 29 de dezembro de
2006, auxiliar local é o brasileiro ou o estrangeiro admitido para prestar serviços ou
desempenhar atividades de apoio que exijam familiaridade com as condições de vida, os
usos e os costumes do país onde esteja sediado o posto.
§ 2º A regularização da situação dos auxiliares locais de que trata o caput será efetivada
mediante o recolhimento de contribuições relativas ao empregado e ao empregador, em
conformidade com as Leis nº 8.212, de 1991, nº 8.745, de 1993 e nº 9.528, de 1997, e
com o disposto a seguir:
II - para apuração dos valores a serem indenizados, serão adotadas as alíquotas a que se
referem os arts. 20 e 22 da Lei nº 8.212, de 1991, e o salário-de-contribuição vigente no
mês da regularização, observadas as disposições do art. 28 do mesmo diploma legal; e
Art. 107. A comprovação dos períodos de atividade no serviço público federal, estadual,
distrital ou municipal, para fins de contagem de tempo de contribuição no RGPS, será
feita mediante a apresentação de certidão na forma da Lei nº 6.226, de 1975, com as
alterações da Lei nº 6.864, de 1 de dezembro de 1980 e da Lei nº 8.213, de 1991,
observado o disposto no art. 130 do RPS.
Subseção XI - Do magistrado
II - a partir de 10 de dezembro de 1999, não existe mais nomeação para juiz classista
junto à Justiça do Trabalho, ficando resguardado o cumprimento dos mandatos em vigor
e do tempo exercido até a extinção do mandato, mesmo sendo posterior à data da
referida emenda.
Art. 110. Será computado como tempo de contribuição o tempo de serviço marítimo
exercido até 16 de dezembro de 1998, vigência da Emenda Constitucional nº 20, de
1998, em navios mercantes nacionais, independentemente do momento em que o
segurado venha a implementar os demais requisitos para a concessão de aposentadoria
no RGPS.
d) desarmamento da embarcação;
Art. 112. Não se aplica a conversão para período de atividade exercida em navegação de
travessia, assim entendida a realizada como ligação entre dois portos de margem de rios,
lagos, baias, angras, lagoas e enseadas ou ligação entre ilhas e essas margens.
Art. 113. A conversão do marítimo embarcado na forma do art. 111 não está atrelada
aos anexos dos Decretos nº 53.831, de 25 de março de 1964 e nº 83.080, de 24 de
janeiro de 1979, não sendo exigido o preenchimento do Perfil Profissiográfico
Previdenciário - PPP.
§ 1º Os documentos de que tratam os incisos I, III a VI, e VIII a X do caput devem ser
considerados para todos os membros do grupo familiar, para concessão dos benefícios
previstos no inciso I e Parágrafo único do art. 39 da Lei nº 8.213, de 1991, para o
período que se quer comprovar, mesmo que de forma descontínua, quando corroborados
com outros que confirmem o vínculo familiar, sendo indispensável a entrevista e, se
houver dúvidas, poderá ser realizada a entrevista com parceiros, confrontantes,
empregados, vizinhos e outros, conforme o caso.
§ 1º Os documentos de que tratam os incisos I, III a VI, VIII e IX do caput devem ser
considerados para todos os membros do grupo familiar, para concessão dos benefícios
previstos no inciso I e Parágrafo único do art. 39 da Lei nº 8.213, de 1991, para o
período que se quer comprovar, mesmo que de forma descontínua, quando
corroborados com outros que confirmem o vínculo familiar, sendo indispensável a
entrevista e, se houver dúvidas, deverá ser realizada a entrevista com parceiros,
confrontantes, empregados, vizinhos e outros, conforme o caso. (Alteração dada
pela Instrução Normativa INSS/PRES 51/2011).
§ 2º Para aposentadoria por idade de que trata o inciso I do art. 39 da Lei nº 8.213, de
1991, a ausência da documentação prevista no § 1º deste artigo, em intervalos não
superiores a três anos não prejudicará o reconhecimento do direito, independente de
apresentação de declaração do sindicato dos trabalhadores rurais, de sindicato dos
pescadores ou colônia de pescadores.
§ 4º Os documentos referidos nos incisos I, III a VI, e VIII a X deste artigo, ainda que
em nome do cônjuge ou, em caso de comprovação da união estável, do companheiro ou
companheira, inclusive os homoafetivos, que tenha perdido a condição de segurado
especial, poderão ser aceitos para os demais membros do grupo familiar, desde que
corroborados com a declaração do sindicato que represente o trabalhador rural e
confirmado o exercício da atividade rural e condição sob a qual foi desenvolvida, por
meio de entrevista com o requerente, e se for o caso, com testemunhas, tais como
vizinhos, confrontantes, entre outros. (NR)
§ 4º - Os documentos referidos nos incisos III e X deste artigo, ainda que em nome do
cônjuge, e este tendo perdido a condição de segurado especial, poderão ser aceitos
para os demais membros do grupo familiar, desde que corroborados pela Declaração
do Sindicato que represente o trabalhador rural e confirmado o exercício da atividade
rural e condição sob a qual foi desenvolvida, por meio de entrevista com o requerente,
e se for o caso, com testemunhas, tais como vizinhos, confrontantes, entre outros.
(Alteração dada pela Instrução Normativa INSS 61/2012).
§ 4º Os documentos referidos nos incisos III e IX deste artigo, ainda que estando em
nome do cônjuge, e este tendo perdido a condição de segurado especial, poderão ser
aceitos para os demais membros do grupo familiar, desde que corroborados pela
Declaração do Sindicato que represente o trabalhador rural e confirmado o exercício
da atividade rural e condição sob a qual foi desenvolvida, por meio de entrevista com o
requerente, e se for o caso, com testemunhas, tais como vizinhos, confrontantes, entre
outros. (Alteração dada pela Instrução Normativa INSS/PRES 51/2011)
Art. 116. A comprovação do exercício de atividade rural, para os filhos casados que
permanecerem no exercício desta atividade juntamente com seus pais, deverá ser feita
por contrato de parceria, meação, comodato ou assemelhado, para regularização da
situação daqueles e dos demais membros do novo grupo familiar, assegurando-se a
condição de segurados especiais deste novo grupo. (Alteração dada pela Instrução
Normativa INSS 61/2012)
Art. 117. Poderá ser aceita a declaração de atividade rural de que trata o inciso II do art.
115, emitida pelo sindicato dos produtores rurais ou sindicato patronal, para os
segurados que exercem a atividade em regime de economia familiar enquadrados como
empregadores rurais na forma das alíneas "a" e "b" do inciso II, do art. 1° do Decreto-
Lei n° 1.166, de 15 de abril de 1971.
Art. 117. Poderá ser aceito como comprovante de tempo de atividade rural do segurado
especial o certificado do INCRA, no qual o proprietário esteja enquadrado como
empregador "2-B" ou "2-C", desde que o processo de requerimento de benefício seja
instruído com a declaração de que trata o inciso II do art. 115, ou com outro
documento que confirme o trabalho em regime de economia familiar, e ainda, ser
corroborado por meio de verificação junto ao CNIS.(Alteração dada pela Instrução
Normativa INSS 61/2012)
Art. 119. No caso de óbito do proprietário rural, enquanto não for realizada a partilha,
a comprovação do exercício de atividade rural para os herdeiros se dará da mesma
forma que para os condôminos. (Alteração dada pela Instrução Normativa INSS
61/2012)
Art. 120. Quando ficar evidenciada a existência de mais de uma propriedade em nome
do requerente, observado o disposto nos arts. 64 a 66, deverá ser anexado ao processo o
comprovante de cadastro do INCRA ou documento equivalente, relativo a cada uma das
propriedades, tendo em vista a caracterização do segurado.
Art. 121. A simples inscrição do segurado especial no CNPJ não será suficiente para
descaracterização da qualidade de segurado especial, se comprovado o exercício da
atividade rural na forma do inciso VII do art. 12 da Lei nº 8.212, de 1991, com as
alterações da Lei nº 11.718, de 2008.
Art. 122. Considera-se início de prova material, para fins de comprovação da atividade
rural, entre outros, os seguintes documentos, desde que neles conste a profissão ou
qualquer outro dado que evidencie o exercício da atividade rurícola e seja
contemporâneo ao fato nele declarado, observado o disposto no art. 132:
IV - procuração;
XV - carteira de vacinação;
XXVI - declaração de aptidão fornecida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais para
fins de obtenção de financiamento junto ao PRONAF;
§ 1º Para fins de concessão dos benefícios de que tratam o inciso I do art. 39 e seu
parágrafo único e o art. 143, ambos da Lei 8.213, de 1991, serão considerados os
documentos referidos neste artigo, desde que não contenham rasuras ou retificações
recentes e conste a profissão do segurado ou qualquer outro dado que evidencie o
exercício da atividade rurícola, de seu cônjuge, companheiro ou companheira, inclusive
os homoafetivos, enquanto durar a união estável, ou de seu ascendente ou descendente,
enquanto componente do grupo familiar, salvo prova em contrário.
§ 1º - Para fins de concessão dos benefícios de que trata o inciso I do art. 39 e seu
parágrafo único e o art. 143, ambos da Lei nº 8.213, de 1991, serão considerados os
documentos referidos neste artigo, desde que não contenham rasuras ou retificações
recentes e conste a profissão do segurado ou qualquer outro dado que evidencie o
exercício da atividade rurícola, de seu cônjuge, quando casado, ou companheiro,
enquanto durar a união estável, ou de seu ascendente, enquanto dependente deste,
salvo prova em contrário.(Alteração dada pela Instrução Normativa INSS 61/2012)
§ 1º Para fins de concessão dos benefícios de que trata o inciso I do art. 39 e seu
parágrafo único e o art. 143, ambos da Lei 8.213, de 1991, serão considerados os
documentos referidos neste artigo, desde que não contenham rasuras ou retificações
recentes e conste expressamente a qualificação do segurado, de seu cônjuge, quanto
casado, ou companheiro, enquanto durar a união estável, ou de seu ascendente,
enquanto dependente deste, como rurícola, lavrador ou agricultor, salvo a existência de
prova em contrário. (Alteração dada pela Instrução Normativa INSS/PRES 51/2011).
Art. 124. A declaração expedida por sindicato que represente os trabalhadores rurais,
sindicatos patronais, no caso previsto no art. 117, e de sindicatos de pescadores ou de
colônias de pescadores, conforme modelo constante do Anexo XII, deverá ser fornecida
em duas vias, em papel timbrado da entidade, com numeração seqüencial controlada e
ininterrupta, e conter as seguintes informações, referentes a cada local e períodos de
atividade:
VII - fontes documentais que foram utilizadas para emitir a declaração, devendo ser
anexadas as respectivas cópias reprográficas dos documentos apresentados;
VIII - dados de identificação da entidade que emitiu a declaração com nome, CNPJ,
nome do presidente ou diretor emitente da declaração, com indicação do período de
mandato, do nome do cartório e do número de registro da respectiva ata em que foi
eleito, assinatura e carimbo;
VIII - dados de identificação da entidade que emitiu a declaração com nome, CNPJ,
registro no órgão federal competente, nome do presidente ou diretor emitente da
declaração, com indicação do período de mandato, do nome do cartório e do número
de registro da respectiva ata em que foi eleito, assinatura e carimbo; (Alteração dada
pela Instrução Normativa INSS 61/2012)
§ 4º Na hipótese da ata de eleição da diretoria da entidade ainda não ter sido levada a
registro no Cartório, cópia dela deverá acompanhar a declaração, conforme § 5º do art.
8º da Portaria MPS nº 170, de 2007.
Art. 125. Para subsidiar o fornecimento da declaração por parte dos sindicatos de que
trata o inciso II do art. 115, poderão ser aceitos, entre outros, os documentos
mencionados no art. 122 do mesmo ato normativo, desde que neles conste a profissão
ou qualquer outro dado que evidencie o exercício da atividade rurícola e seja
contemporâneo ao fato nele declarado, sem exigir que se refira ao período a ser
comprovado, observado o disposto no art. 132.
Art. 126. O fato do sindicato não possuir documentos que subsidiem a declaração
fornecida, deverá, obrigatoriamente, ficar consignado na referida declaração, devendo
constar, também, os critérios utilizados para o seu fornecimento.
Art. 127. Caso as informações constantes das declarações de que tratam o inciso II do
art. 115 e o art. 129, desta IN, sejam insuficientes, deverá ser cadastrada exigência para
o segurado constando os dados a serem complementados, acompanhada de cópia da
declaração.
I - o segurado terá prazo de trinta dias para complementar as informações, período que
poderá ser prorrogado mediante justificativa; (Revogado dada pela Instrução
Normativa INSS 61/2012)
III - poderá ser enviada cópia da relação de que trata este parágrafo à entidade que
emitiu a declaração. (Revogado dada pela Instrução Normativa INSS 61/2012)
Art. 128. A declaração mencionada no inciso II do art. 115 e art. 117, poderá ser
considerada para fins de comprovação do exercício da atividade rural, em relação ao
período em que o segurado exerceu ou exerce atividade na respectiva jurisdição do
sindicato, observando que:
III - a base territorial de atuação do sindicato pode não se limitar à base territorial do
município em que o sindicato tem o seu domicílio sede, sendo que, em caso de dúvidas,
deverão ser solicitadas informações ao sindicato, que poderão ser confirmadas por meio
da apresentação do estatuto social do próprio sindicato.
Art. 129. Onde não houver Sindicato que represente os trabalhadores rurais, Sindicato
de Pescadores ou Colônia de Pescadores, a declaração de que trata o inciso II do art.
115, poderá ser suprida mediante a apresentação de duas declarações firmadas por
autoridades administrativas ou judiciárias locais, conforme o modelo constante no
Anexo XVI.
Art. 133. Após análise da declaração a que se refere o art. 132 e dos documentos
apresentados como início de prova material, deverá o servidor da APS confrontar as
informações declaradas pelo segurados com aquelas de que o INSS dispõe em seus
bancos de dados, conforme previsto no art. 333 do RPS.
Seção VI - Da Entrevista
Art. 134. Salvo nas situações previstas no §2º deste artigo, a entrevista é elemento
indispensável à comprovação do exercício da atividade rural e da forma como essa
atividade foi exercida, inclusive para confirmação dos dados contidos em declarações
sindicais e de autoridades, com vistas ao reconhecimento ou não da atividade e do
período pleiteado, sendo obrigatória a sua realização, independente dos documentos
apresentados.
II - formular tantas perguntas quantas julgar necessário para formar juízo sobre o
exercício da atividade do segurado;
II - para a categoria de empregado que comprove essa condição na forma do art. 80,
desta IN; e (Inclusão dada pela Instrução Normativa INSS 61/2012).
III - nas hipóteses previstas de migração de períodos positivos de atividade de segurado
especial, na forma dos arts. 65 e 66, desta IN. (Inclusão dada pelaInstrução Normativa
INSS 61/2012).
Art. 137. A comprovação de atividade rural para fins de cômputo em benefício urbano
ou certidão de contagem recíproca será feita na forma do art. 80 para a categoria de
empregado, dos artigos 84 a 86 para o contribuinte individual e dos artigos 115 e 122
para o segurado especial.
Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput, deverá ser apresentada prova
material relativa a cada ano de exercício de atividade rural, observado o disposto no §
1º do art. 600. (Revogado pela Instrução Normativa INSS 61/2012).
Art. 138. A declaração referida no inciso II do art. 115, desta IN, será homologada
mediante a apresentação de início de prova material, contemporânea ao fato que se quer
provar, por elementos de convicção em que conste a profissão ou qualquer outro dado
que evidencie o exercício da atividade rurícola, observando que:
I - servem como início de prova material os documentos relacionados nos arts. 115 e
122, desta IN, devendo ser observado o ano de expedição, de edição, de emissão ou do
assentamento dos documentos;
Art. 138. A declaração referida no inciso II do art. 115, será homologada mediante a
apresentação de início de prova material, contemporânea ao fato que se quer provar,
por elementos de convicção em que conste expressamente a atividade exercida pelo
requerente, observando que: (Alteração dada pela Instrução Normativa INSS 61/2012).
Art. 139. Observado o disposto nos arts. 137 e 138, quando se tratar de comprovação do
exercício de atividade rural de segurado especial, exercida a partir de novembro de
1991, na forma do inciso II do art. 39 da Lei 8.213, de 1991, deverá ser verificado:
Seção I - Da Carência
Parágrafo único. A carência exigida para a concessão dos benefícios devidos pela
Previdência Social será sempre aquela prevista na legislação vigente, na data em que o
interessado tenha implementado todas as condições para a concessão, mesmo que, após
essa data venha a perder a qualidade de segurado, observado o disposto no art. 15.
Art. 143. O período de carência será considerado de acordo com a filiação, a inscrição
ou o recolhimento efetuado pelo segurado da Previdência Social, observando os
critérios estabelecidos no quadro constante no Anexo XXV e será contado da seguinte
forma:
Art. 144. Para o segurado especial que não contribui facultativamente, o período de
carência de que trata o § 1º do art. 26 do RPS é contado a partir do efetivo exercício da
atividade rural, mediante comprovação, na forma do disposto no art. 115.
Art. 146. Ressalvado o disposto no art. 152, a concessão das prestações do RGPS
depende dos seguintes períodos de carência:
Art. 147. A carência a ser considerada para fins de concessão das aposentadorias por
tempo de contribuição, inclusive de professor, especial e por idade, para os segurados
inscritos no RGPS até 24 de julho de 1991, véspera da publicação da Lei nº 8.213, de
1991, bem como para os trabalhadores rurais amparados pela antiga Previdência Social
Rural, ainda que haja reingresso posterior a esta data, será a da tabela do art. 142 do
respectivo diploma legal, conforme Anexo XXVI, levando-se em conta o ano em que o
segurado implementou todas as condições necessárias à obtenção do benefício.
Art. 148. Para fins de concessão dos benefícios devidos ao trabalhador rural previstos
no inciso I do art. 39 e art. 143, ambos da Lei nº 8.213, de 1991, considera-se como
período de carência o tempo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma
descontínua, correspondente ao número de meses necessários à concessão do benefício
requerido, computados os períodos a que se referem os incisos III a VIII do § 5º do art.
7º, observando-se que:
I - para a aposentadoria por idade prevista no art. 215 do trabalhador rural empregado,
contribuinte individual e especial será apurada mediante a comprovação de atividade
rural no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, conforme o
caso, no mês em que cumprir o requisito etário, computando-se exclusivamente, o
período de natureza rural; e
Art. 149. Observado o disposto no inciso II do art. 148, para fins de benefícios de
aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, auxílio-acidente, pensão por morte,
auxílio-reclusão e salário-maternidade, o segurado especial deverá estar em atividade ou
em prazo de manutenção desta qualidade na data da entrada do requerimento - DER ou
na data em que implementar todas as condições exigidas para o benefício requerido.
§ 1º Será devido o benefício, ainda que a atividade exercida na DER seja de natureza
urbana, desde que preenchidos todos os requisitos para a concessão do benefício
requerido até a expiração do prazo para manutenção da qualidade de segurado na
categoria de segurado especial e não tenha adquirido a carência necessária na atividade
urbana.
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, não será permitido somar, para fins de carência, o
tempo de efetivo exercício de atividade rural com as contribuições vertidas para o
RGPS na atividade urbana.
Art. 150. Para a aposentadoria por idade do trabalhador rural com renda mensal superior
ao valor do salário mínimo e com redução de idade, ou seja, sessenta anos se homem,
cinquenta e cinco anos, se mulher, as contribuições para fins de carência serão
computadas, exclusivamente, em razão do exercício da atividade rural, observando que
serão exigidas cento e oitenta contribuições ou, estando o segurado enquadrado no art.
142 da Lei nº 8.213, de 1991, satisfaça os seguintes requisitos, cumulativamente:
III - para as aposentadorias por idade, por tempo de contribuição, inclusive de professor
e especial, a regra de um terço incide sobre a carência de cento e oitenta contribuições
mensais, cuja observância encontra-se prejudicada para requerimentos protocolados a
partir de 13 de dezembro de 2002, data da publicação da MP nº 83, de 12 de dezembro
de 2002, conforme art. 15.
b) hanseníase;
c) alienação mental;
d) neoplasia maligna;
e) cegueira;
g) cardiopatia grave;
h) doença de Parkinson;
i) espondiloartrose anquilosante;
j) nefropatia grave;
o) hepatopatia grave; e
IV - Reabilitação Profissional.
Art. 156. Ressalvado o disposto no art. 15, o período em que o segurado tenha exercido
atividades na mesma categoria ou em categorias diferenciadas como empregado,
trabalhador avulso, empregado doméstico e contribuinte individual, e não tenha
ocorrido a perda da qualidade de segurado entre os períodos de atividade, será
computado para fins de carência.
Parágrafo único. Aplica-se, também, o disposto no caput, quando for comprovado o
recolhimento de contribuição em todo o período, desde a filiação como empregado ou
como trabalhador avulso, mesmo que na categoria subsequente, de contribuinte
individual e de empregado doméstico, tenha efetuado recolhimentos em atraso,
inclusive quando se tratar de retroação de DIC.
Art. 158. O Período Básico de Cálculo - PBC é fixado, conforme o caso, de acordo com
a:
Art. 160. Para o segurado oriundo de outro regime de previdência, após a sua filiação ao
RGPS, para formação do PBC e apuração do salário-de-benefício serão considerados os
salários-de-contribuição, de acordo com o disposto no art. 214 do RPS, vertidos para o
RPPS.
Parágrafo único. Se o período em que o segurado exerceu atividade para o RGPS for
concomitante com o tempo de serviço prestado à administração pública, não serão
consideradas no PBC as contribuições vertidas no período para o outro regime de
previdência, conforme as disposições estabelecidas no art. 96 da Lei nº 8.213, de 1991.
Art. 161. Se no PBC o segurado tiver recebido benefício por incapacidade, considerar-
se-á como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base
para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e nas mesmas bases dos
benefícios em geral, não podendo ser inferior ao salário mínimo nem superior ao limite
máximo do salário-de-contribuição.
Art. 162. Por ocasião do requerimento de outro benefício, se o período de que trata o art.
47 da Lei nº 8.213, de 1991 integrar o PBC será considerado como salário-de-
contribuição o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da aposentadoria
por invalidez, reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não
podendo ser inferior ao valor de um salário mínimo nem superior ao limite máximo do
salário-de-contribuição.
Art. 165. Para óbito ocorrido a partir de 11 de novembro de 1997, data da publicação da
MP nº 1.596-14, de 1997, convertida na Lei nº 9.528, de 1997, aplicam-se as mesmas
disposições do art. 163, à pensão por morte do segurado em gozo de auxílio-acidente,
que falecer em atividade, observado, no que couber, o disposto no art. 190 do mesmo
ato normativo.
Art. 167. Fica garantido ao segurado que até o dia 28 de novembro de 1999, véspera da
publicação da Lei nº 9.876, de 1999, tenha cumprido os requisitos necessários para a
concessão do benefício, o cálculo do valor inicial segundo as regras até então vigentes,
considerando como PBC os últimos trinta e seis salários-de-contribuição, apurados em
período não superior a quarenta e oito meses imediatamente anteriores àquela data,
assegurada a opção pelo cálculo na forma prevista nos arts. 169, 175 e 176.
(Figura1 em processamento)
onde:
f = fator previdenciário;
Art. 170. O fator previdenciário de que trata o art. 169, será aplicado para fins de
cálculo da renda mensal inicial - RMI de aposentadoria por tempo de contribuição,
inclusive de professor, observando que será adicionado ao tempo de contribuição do
segurado:
III - dez anos, se professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício
das funções de magistério na educação infantil, ensino fundamental ou médio.
Art. 171. Observado o disposto no art. 31 do RPS, o valor dos seguintes benefícios de
prestação continuada será calculado com base no salário-de-benefício:
Parágrafo único. As prestações previstas nos incisos VII e VIII do caput são regidas por
legislação especial.
Art. 172. Não será calculado com base no salário-de-benefício o valor dos seguintes
benefícios de prestação continuada:
II - auxílio-reclusão;
III - salário-família;
IV - salário-maternidade;
VIII - pensão especial mensal aos dependentes das vítimas fatais de hemodiálise
(acidentes ocorridos em Caruaru/PE), na forma da Lei nº 9.422, de 24 de dezembro de
1996.
Parágrafo único. As prestações dos incisos V a VIII do caput são regidas por legislação
especial.
Art. 175. Para o segurado filiado à Previdência Social até 28 de novembro de 1999,
véspera da publicação da Lei nº 9.876, de 1999, inclusive o oriundo de RPPS, que vier a
cumprir os requisitos necessários à concessão de benefício a partir de 29 de novembro
de 1999, o salário-de-benefício consiste:
I - para benefícios com data de início até 30 de novembro de 2004, data finda da
aplicabilidade do fator previdenciário proporcional, devem ser somadas as seguintes
parcelas, conforme fórmula abaixo:
(Figura2 em processamento)
Onde:
f = fator previdenciário;
SB = f . M
Onde:
f = fator previdenciário;
Parágrafo único. Para os benefícios com data de início nos meses de novembro e
dezembro de 1999, a fração referida na alínea "a", inciso I do caput, será considerada
igual a um sessenta avos.
Art. 178. Para cálculo do salário-de-benefício com base nas regras previstas para
múltiplas atividades será imprescindível a existência de remunerações ou contribuições
concomitantes, provenientes de duas ou mais atividades, dentro do PBC.
II - nos meses em que o segurado contribuiu apenas por uma das atividades
concomitantes, em obediência ao limite máximo do salário-de-contribuição;
III - nos meses em que o segurado tenha sofrido redução dos salários-de-contribuição
das atividades concomitantes em respeito ao limite máximo desse salário;
Art. 180. Nas situações mencionadas no art. 179, o salário-de- benefício será calculado
com base na soma dos salários-de-contribuição das atividades exercidas até a data do
requerimento ou do afastamento da atividade, observado o disposto no art. 32 do RPS.
Art. 181. Será considerada múltipla atividade quando o segurado exercer atividades
concomitantes dentro do PBC e não cumprir as condições exigidas ao benefício
requerido em relação a cada atividade, devendo ser adotado os seguintes critérios para a
caracterização das atividades em principal e secundária:
II - se a atividade principal cessar antes de terminar o PBC, esta será sucedida por uma
ou mais atividades concomitantes, conforme o caso, observada, na ordem de sucessão a
de início mais remoto ou, se iniciadas ao mesmo tempo, a de salário mais vantajoso; e
III - quando a atividade principal for complementada por uma ou mais concomitantes ou
secundárias, elas serão desdobradas em duas partes: uma integrará a atividade principal
e a outra constituirá a atividade secundária.
a) para aposentadoria por idade aos segurados inscritos até 24 de julho de 1991,véspera
da publicação da Lei nº 8.213, de 1991, ao número estipulado como período de carência
constante na tabela transitória e aos inscritos após esta data, a cento e oitenta
contribuições; b) para auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, ao número
estabelecido como período de carência, ou seja, doze contribuições;
mais um por cento deste por grupo de doze contribuições mensais, até o máximo de
trinta por cento;
a) para a mulher: cem por cento do salário-de-benefício aos trinta anos de contribuição;
b) para o homem: cem por cento do salário-de-benefício aos trinta e cinco anos de
contribuição; e
c) para o professor e para a professora: cem por cento do salário-de-benefício aos trinta
anos de contribuição, se do sexo masculino, e aos vinte e cinco anos de contribuição, se
do sexo feminino, de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no
ensino fundamental ou no ensino médio;
Art. 187. O valor mensal da pensão por morte ou do auxílio-reclusão será de cem por
cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se
estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, observado o disposto no
art. 191.
§ 1º Não será incorporado ao valor da pensão por morte o acréscimo de vinte e cinco
por cento recebido pelo aposentado por invalidez que necessita da assistência
permanente de outra pessoa, na forma do art. 204.
I - a opção pelo benefício mais vantajoso deverá ser manifestada formalmente, por
declaração escrita dos dependentes, juntada ao respectivo processo de concessão,
inclusive no de auxílio-reclusão; e
Art. 188. O valor da RMI do auxílio-acidente com início a partir de 29 de abril de 1995,
data da publicação da Lei nº 9.032, de 1995, será calculado, observando-se a DIB do
auxílio-doença que o precedeu, conforme a seguir:
I - quando o segurado especial não contribuir facultativamente, não sendo, neste caso,
aplicada a limitação de um salário mínimo;
Art. 191. No caso de óbito de segurado instituidor de pensão por morte, em gozo de
auxílio-acidente, observar-se-á para apuração da RMI para óbitos ocorridos a partir de
11 de novembro de 1997, data da publicação da MP nº 1.596-14, de 1997, convertida na
Lei nº 9.528, de 1997:
Art. 192. A aposentadoria por idade do trabalhador rural com renda mensal superior ao
valor do salário mínimo e com redução de idade, ou seja, sessenta anos, se homem,
cinquenta e cinco anos, se mulher, dependerá da comprovação da idade mínima e da
carência exigida na forma do art. 150, observando que para o cálculo da RMI serão
utilizados os salários-de-contribuição vertidos ao RGPS.
Art. 193. Se mais vantajoso, fica assegurado o direito à aposentadoria, nas condições
legalmente previstas na data do cumprimento de todos os requisitos necessários à
obtenção do benefício, ao segurado que, tendo completado trinta e cinco anos de
serviço, se homem, ou trinta anos, se mulher, optou por permanecer em atividade.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo somente será aplicado à aposentadoria
requerida ou com direito adquirido a partir de 28 de junho de 1997, data da publicação
da MP nº 1.523-9, de 27 de junho de 1997, e reedições, convertida na Lei nº 9.528, de
1997, observadas as seguintes disposições:
II - a renda mensal apurada deverá ser reajustada, nos mesmos meses e índices oficiais
de reajustamento utilizados para os benefícios em manutenção, até a DIB;
III - na concessão serão informados a RMI apurada, conforme inciso I deste parágrafo e
os salários-de-contribuição referentes ao PBC anteriores à DAT ou à DER, para
considerar a renda mais vantajosa; e
IV - para a situação prevista neste artigo, considera-se como DIB, a DER ou a data do
desligamento do emprego, nos termos do art. 54 da Lei nº 8.213, de 1991, não sendo
devido nenhum pagamento relativamente ao período anterior a essa data.
Art. 194. Para apuração da RMI do benefício, a APS deverá promover a análise
contributiva somente quando o segurado voluntariamente efetuar complementação dos
recolhimentos a partir da data de publicação da Orientação Normativa MPS/SPS nº 5,
de 23 de dezembro de 2004.
I - para a segurada empregada, consiste numa renda mensal igual à sua remuneração no
mês do seu afastamento, ou se for o caso de salário total ou parcialmente variável, na
igualdade da média aritmética simples dos seus seis últimos salários, apurada de acordo
com a lei salarial ou o dissídio coletivo da categoria, excetuando-se o décimo terceiro-
salário, adiantamento de férias e as rubricas constantes do § 9º do art. 214 do RPS,
observado o § 2º deste artigo;
III - para a segurada empregada doméstica, corresponde ao valor do seu último salário-
de-contribuição sujeito aos limites mínimo e máximo de contribuição, observado o
inciso II, § 1º do art. 159;
I - fixa, é aquela constituída de valor fixo que varia em função dos reajustes salariais
normais;
Art. 197. Se após a extinção do vínculo empregatício a segurada tiver se filiado como
segurada contribuinte individual ou facultativa e, nessas condições, contribuir há menos
de dez meses, serão consideradas as contribuições como empregada, as quais se
somarão as de contribuinte individual ou facultativo e, se completar a carência exigida,
fará jus ao benefício, observado o disposto abaixo:
Art. 198. Nas situações em que a segurada estiver em gozo de auxílio-doença e requerer
o salário-maternidade, o valor deste corresponderá:
b) com remuneração variável, à média aritmética simples das seis últimas remunerações
recebidas da empresa, anteriores ao auxílio-doença, devidamente corrigidas;
Art. 199. Para efeito de salário maternidade, nos casos de pagamento a cargo do INSS,
os eventuais valores decorrentes de aumentos salariais, dissídios coletivos, entre outros,
serão pagos da seguinte forma:
Art. 200. Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados na mesma data de
reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou
do seu último reajustamento, com base na variação anual do INPC, apurado pela
Fundação IBGE, conforme definido no art. 41-A da Lei nº 8.213, de 1991, exceto para o
ano de 2010, no qual foi atribuído reajuste excepcional específico pela Lei nº 12.254, de
15 de junho de 2010.
§ 1º No caso de benefício precedido, para fins de reajuste, deverá ser considerada a DIB
anterior.
Art. 201. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida a carência exigida, quando
for o caso, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for
considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nessa
condição.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao RGPS não lhe
conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier
por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
Art. 202. A concessão de aposentadoria por invalidez, inclusive decorrente da
transformação de auxílio-doença concedido a segurado com mais de uma atividade, está
condicionada ao afastamento por incapacidade de todas as atividades, devendo a DIB
ser fixada levando em consideração a data do último afastamento.
Art. 203. A aposentadoria por invalidez consiste numa renda mensal calculada na forma
do inciso II do art. 185.
Art. 204. O aposentado por invalidez a partir de 5 de abril de 1991, que necessitar da
assistência permanente de outra pessoa, terá direito ao acréscimo de vinte e cinco por
cento sobre o valor da renda mensal de seu benefício, a partir da data do pedido do
acréscimo, ainda que a soma ultrapasse o limite máximo do salário-de-contribuição,
independentemente da data do início da aposentadoria.
§ 1º Constatado por ocasião da perícia médica que o segurado faz jus à aposentadoria
por invalidez deverá, de imediato, verificar se este necessita da assistência permanente
de outra pessoa, fixando-se, se for o caso, o início do pagamento na data do início da
aposentadoria por invalidez.
§ 3º O acréscimo de que trata o caput cessará com a morte do aposentado, não sendo
incorporado ao valor da pensão por morte.
Art. 205. O aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar a atividade deverá
solicitar a realização de nova avaliação médico-pericial.
I - quando a recuperação for total e ocorrer dentro de cinco anos contados da data do
início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem
interrupção, o beneficio cessará:
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que
desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, valendo
como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdência
Social; ou
II - quando a recuperação for parcial ou ocorrer após cinco anos contados da data do
início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem
interrupção, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho
diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da
volta à atividade:
a) pelo seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a
recuperação da capacidade;
c) com redução de setenta e cinco por cento, também por igual período de seis meses, ao
término do qual cessará definitivamente.
Art. 207. Durante o período de que trata o art. 206, apesar do segurado continuar
mantendo a condição de aposentado, será permitido voltar ao trabalho sem prejuízo do
pagamento da aposentadoria, exceto na situação prevista na alínea "a" do inciso I do art.
206.
§ 1º Durante o período de que trata a alínea "b" do inciso I e na alínea "a" do inciso II,
do art. 206, não caberá concessão de novo benefício.
§ 2º Durante o período de que trata as alíneas "b" e "c" do inciso II do art. 206, poderá
ser concedido novo benefício.
Art. 209. O segurado que retornar a atividade poderá requerer, a qualquer tempo, novo
benefício, tendo este processamento normal.
Art. 210. A Perícia Médica do INSS deverá rever o benefício de aposentadoria por
invalidez, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, a cada dois anos, contados da
data de seu início, para avaliar a persistência, atenuação ou o agravamento da
incapacidade para o trabalho, alegada como causa de sua concessão, nos termos do art.
46 do RPS.
Art. 213. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência
exigida, completar sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta, se mulher.
Parágrafo único. Os limites fixados no caput serão reduzidos para sessenta e cinquenta e
cinco anos de idade no caso dos trabalhadores garimpeiros, respectivamente, homens e
mulheres, que comprovadamente trabalharem em regime de economia familiar.
Art. 214. A aposentadoria por idade dos trabalhadores rurais referidos na alínea "a" do
inciso I, na alínea "g" do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11 da Lei nº 8.213, de
1991, será devida para o segurado que, cumprida a carência exigida, completar sessenta
anos de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos, se mulher.
Art. 215. Para fins de aposentadoria por idade prevista no inciso I do art. 39 e art. 143
da Lei nº 8.213, de 1991 dos segurados empregados, contribuintes individuais e
especiais, referidos na alínea "a" do inciso I, na alínea "g" do inciso V e no inciso VII
do art. 11 do mesmo diploma legal, não será considerada a perda da qualidade de
segurado os intervalos entre as atividades rurícolas, devendo, entretanto, estar o
segurado exercendo a atividade rural ou em período de graça na DER ou na data em que
implementou todas as condições exigidas para o benefício.
Art. 216. Na hipótese do art. 215, será devido o benefício ao segurado empregado,
contribuinte individual e segurado especial, ainda que a atividade exercida na DER seja
de natureza urbana, desde que o segurado tenha preenchido todos os requisitos para a
concessão do benefício rural previsto no inciso I do art. 39 e no art. 143 da Lei nº 8.213,
de 1991 até a expiração do prazo para manutenção da qualidade, na atividade rural,
previsto no art. 15 do mesmo diploma legal e não tenha adquirido a carência necessária
na atividade urbana.
Art. 218. A comprovação da idade do segurado será feita por meio de qualquer
documento oficial de identificação com foto ou certidão de nascimento ou certidão de
casamento.
Art. 220. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o
segurado tenha cumprido a carência, quando este completar setenta anos de idade, se do
sexo masculino, ou sessenta e cinco, se do sexo feminino, sendo compulsória, caso em
que será garantida ao empregado a indenização prevista na legislação trabalhista,
considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à
do início da aposentadoria.
Art. 221. A aposentadoria por idade consiste numa renda mensal calculada na forma do
inciso III do art. 185.
Art. 222. A aposentadoria por tempo de contribuição será devida aos segurados da
Previdência Social que comprovem o tempo de contribuição e a carência, na forma
disciplinada nesta Instrução Normativa.
Art. 223. Os segurados inscritos no RGPS até o dia 16 de dezembro de 1998, vigência
da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, desde que cumprida a carência exigida, terão
direito à aposentadoria por tempo de contribuição nas seguintes situações:
II - aposentadoria por tempo de contribuição com renda mensal proporcional, desde que
cumpridos os seguintes requisitos, cumulativamente:
a) idade: cinquenta e três anos para o homem e quarenta e oito anos para a mulher;
Art. 227. A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao professor que
comprovar, exclusivamente, tempo de atividade exercida em funções de magistério em
estabelecimento de educação básica, bem como em cursos de formação autorizados e
reconhecidos pelos Órgãos competentes do Poder Executivo Federal, Estadual, do
Distrito Federal ou Municipal, após completar trinta anos e vinte e cinco anos, se
homem ou mulher, respectivamente, independente da idade, e desde que cumprida a
carência exigida para o benefício, observado o art. 229.
I - da habilitação:
II - da atividade:
c) CTC nos termos da Contagem Recíproca para o período em que esteve vinculado a
RPPS.
Art. 229. Para fins de aposentadoria por tempo de contribuição de professor prevista no
art. 227, observado o direito adquirido, poderão ser computados os períodos de
atividades exercidas pelo professor, da seguinte forma:
Art. 230. Considera-se, também, como tempo de serviço para aposentadoria por tempo
de contribuição de professor:
Art. 231. O professor universitário deixou de ser contemplado com a aposentadoria por
tempo de contribuição de professor com a publicação da Emenda Constitucional nº 20,
de 1998, porém, se cumpridos todos os requisitos exigidos para a espécie até 16 de
dezembro de 1998, data da publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, terá
direito de requerer a aposentadoria, a qualquer tempo, observada a legislação vigente na
data da implementação das condições.
Art. 232. O professor, inclusive o universitário, que não implementou as condições para
aposentadoria por tempo de serviço de professor até 16 de dezembro de 1998, vigência
da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, poderá ter contado o tempo de atividade de
magistério exercido até esta data, com acréscimo de dezessete por cento, se homem, e
de vinte por cento, se mulher, se optar por aposentadoria por tempo de contribuição,
independentemente de idade e do período adicional referido na alínea "c" do inciso II do
Art. 223 desta, desde que cumpridos trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e
trinta anos, se mulher, exclusivamente em funções de magistério.
Art. 235. São consideradas condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade
física, conforme definido no Anexo IV do RPS, a exposição a agentes nocivos
químicos, físicos, biológicos ou à associação de agentes, em concentração ou
intensidade e tempo de exposição que ultrapasse os limites de tolerância ou que,
dependendo do agente, torne a simples exposição em condição especial prejudicial à
saúde.
Art. 237. O direito à concessão de aposentadoria especial aos quinze e aos vinte anos,
constatada a nocividade e a permanência nos termos do art. 236, aplica-se às seguintes
situações:
I - quinze anos: trabalhos em mineração subterrânea, em frentes de produção, com
exposição à associação de agentes físicos, químicos ou biológicos; ou
II - vinte anos:
V - da higienização.
Art. 239. A exposição ocupacional a ruído dará ensejo à aposentadoria especial quando
os níveis de pressão sonora estiverem acima de oitenta dB(A), noventa dB(A) ou oitenta
e cinco dB(A), conforme o caso, observado o seguinte:
I - se individual ou coletivo;
II - identificação da empresa;
IV - descrição da atividade;
X - conclusão do LTCAT;
XI - assinatura do médico do trabalho ou engenheiro de segurança; e
I - mudança de layout;
Art. 249. O Perito Médico Previdenciário - PMP emitirá parecer técnico na avaliação
dos benefícios por incapacidade e realizará análise médico-pericial dos benefícios de
aposentadoria especial, elaborando relatório conclusivo no processo administrativo ou
judicial que trata da concessão, revisão ou recurso dos referidos benefícios, inclusive
para fins de custeio.
Art. 250. O PMP poderá, sempre que julgar necessário, solicitar as demonstrações
ambientais de que trata o § 1º do art. 254 e outros documentos pertinentes à empresa
responsável pelas informações, bem como inspecionar o ambiente de trabalho.
§ 1º O PMP não poderá realizar avaliação médico-pericial nem analisar qualquer das
demonstrações ambientais de que trata o § 1º do art. 254, quando estas tiverem a sua
participação, nos termos do art. 120 do Código de Ética Médica e do art. 12 da
Resolução CFM Nº 1.488, de 11 de fevereiro de 1998.
Art. 251. Em análise médico-pericial, além das outras providências cabíveis, o PMP
emitirá:
II - RA, aos conselhos regionais das categorias profissionais, com cópia para o MPT
competente, sempre que a confrontação da documentação apresentada com os
ambientes de trabalho revelar indícios de irregularidades, fraudes ou imperícia dos
responsáveis técnicos pelas demonstrações ambientais de que trata o § 1º do art. 254;
III - Representação para Fins Penais - RFP, ao Ministério Público Federal ou Estadual
competente, sempre que as irregularidades previstas nesta Subseção ensejarem a
ocorrência, em tese, de crime ou contravenção penal;
§ 3º A PFE junto ao INSS deverá emitir um comunicado, Anexo XIX, para o sindicato
da categoria do trabalhador para as ações regressivas decorrentes da IMP, de que trata o
§ 4º deste artigo.
Art. 254. As condições de trabalho, que dão ou não direito à aposentadoria especial,
deverão ser comprovadas pelas demonstrações ambientais e documentos a estas
relacionados, que fazem parte das obrigações acessórias dispostas na legislação
previdenciária e trabalhista.
§ 2º Os documentos referidos nos incisos I, II, III e IV do § 1º deste artigo poderão ser
aceitos pelo INSS desde que contenham os elementos informativos básicos constitutivos
do LTCAT.
§ 3º Os documentos referidos no § 1º deste artigo serão atualizados pelo menos uma vez
ao ano, quando da avaliação global, ou sempre que ocorrer qualquer alteração no
ambiente de trabalho ou em sua organização, por força dos itens 9.2.1.1 da NR-09,
18.3.1.1 da NR-18 e da alínea "g" do item 22.3.7.1 e do item 22.3.7.1.3, todas do MTE.
Parágrafo único. Para as atividades exercidas até 31 de dezembro de 2003, serão aceitos
os antigos formulários, desde que emitidos até essa data, observando as normas de
regência vigentes nas respectivas datas de emissão.
Art. 259. São considerados períodos de trabalho sob condições especiais, para fins desta
Subseção, os períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive
férias, os de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez acidentários, bem como os de recebimento de salário-
maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo
atividade considerada especial.
Art. 261. A redução de jornada de trabalho por acordo, convenção coletiva de trabalho
ou sentença normativa não descaracteriza a atividade exercida em condições especiais.
Art. 262. Qualquer que seja a data do requerimento dos benefícios previstos no RGPS,
as atividades exercidas deverão ser analisadas, conforme quadro constante no Anexo
XXVII.
§ 1º As alterações trazidas pelo Decreto nº 4.882, de 2003, não geram efeitos retroativos
em relação às alterações conceituais por ele introduzidas.
Art. 265. Existindo dúvidas com relação à atividade exercida ou com relação à efetiva
exposição a agentes nocivos, de modo habitual e permanente, não ocasional nem
intermitente, a partir das informações contidas no PPP e no LTCAT, quando estes forem
exigidos, e se for o caso, nos antigos formulários mencionados no art. 258, quando esses
forem apresentados pelo segurado, poderá ser solicitado pelo servidor do INSS
esclarecimentos à empresa, relativos à atividade exercida pelo segurado, bem como
solicitar a apresentação de outros registros existentes na empresa que venham a
convalidar as informações prestadas.
Art. 266. O período em que o empregado esteve licenciado da atividade para exercer
cargo de administração ou de representação sindical, exercido até 28 de abril de 1995,
véspera da publicação da Lei nº 9.032, de 1995, será computado como tempo de serviço
especial, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade
considerada especial.
Art. 267. Somente será permitida a conversão de tempo especial em comum, sendo
vedada a conversão de tempo comum em especial.
Art. 268. O tempo de trabalho exercido sob condições especiais prejudiciais à saúde ou
à integridade física do trabalhador, conforme a legislação vigente à época da prestação
do serviço, será somado após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em
atividade comum, qualquer que seja o período trabalhado, aplicando-se para efeito de
concessão de qualquer benefício, a tabela de conversão constante no Anexo XXVIII.
Art. 269. Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades
sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar
em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos
períodos serão somados, após a conversão do tempo relativo às atividades não
preponderantes, cabendo, dessa forma, a concessão da aposentadoria especial com o
tempo exigido para a atividade preponderante não convertida.
Parágrafo único. Será considerada atividade preponderante aquela que, após a conversão
para um mesmo referencial, tenha maior número de anos.
Art. 270. Serão considerados, para fins de alternância entre períodos comum e especial,
o tempo de serviço militar, mandato eletivo, aprendizado profissional, tempo de
atividade rural, contribuinte em dobro ou facultativo, período de CTC do serviço
público e benefício por incapacidade previdenciário (intercalado).
§ 3º Quando o enquadramento dos períodos laborados for devido apenas por categoria
profissional, na forma do Anexo II do RBPS, aprovado pelo Decreto nº 83.080, de 1979
e a partir do código 2.0.0 do quadro anexo ao Decreto nº 53.831, de 1964, e não se
optando pela apresentação dos formulários previstos para reconhecimento de períodos
laborados em condições especiais vigentes à época, o PPP deverá ser emitido,
preenchendo-se todos os campos pertinentes, excetuados os referentes à exposição a
agentes nocivos.
§ 4º O PPP deverá ser emitido pela empresa empregadora, no caso de empregado; pela
cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperado filiado; pelo órgão gestor
de mão de obra ou pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso portuário
que exerça suas atividades na área dos portos organizados e pelo sindicato da categoria,
no caso de trabalhador avulso portuário que exerça suas atividades na área dos terminais
de uso privado e do não portuário.
§ 4º O PPP deverá ser emitido pela empresa empregadora, no caso de empregado; pela
cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperado filiado; pelo órgão
gestor de mão-de-obra, no caso de trabalhador avulso portuário e pelo sindicato da
categoria, no caso de trabalhador avulso não portuário.(Alteração dada pela Instrução
Normativa INSS 69/2013)
§ 7º O PPP deverá ser atualizado sempre que houver alteração que implique mudança
das informações contidas nas suas seções, com a atualização feita pelo menos uma vez
ao ano, quando permanecerem inalteradas suas informações.
§ 8º O PPP deverá ser emitido com base nas demais demonstrações ambientais de que
trata o § 1º do art. 254.
Art. 273. Caberá às APS a análise dos requerimentos de benefícios e dos pedidos de
recurso e revisão, com inclusão de períodos de atividades exercidas em condições
especiais, para fins de conversão de tempo de contribuição ou concessão de
aposentadoria especial, com observação dos procedimentos a seguir:
Subseção VI - Do auxílio-doença
Art. 274. O auxílio-doença será devido ao segurado que, após cumprida, quando for o
caso, a carência exigida, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade
habitual por mais de quinze dias consecutivos.
Parágrafo único. Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao RGPS já
portador de doença ou lesão invocada como causa para a concessão do benefício, salvo
quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa
doença ou lesão.
Art. 277. O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médico-pericial, o prazo que
entender suficiente para a recuperação da capacidade para o trabalho do segurado.
Art. 278. Sem prejuízo do disposto no parágrafo único do art. 274, da conclusão
médico-pericial contrária à existência de incapacidade laborativa caberá Pedido de
Reconsideração - PR.
Art. 278. Sem prejuízo do disposto no parágrafo único do art. 274, na conclusão
médico-pericial contrária à existência de incapacidade laborativa, o segurado poderá
requerer novo exame médico- pericial, que será realizado por profissional diferente
daquele que efetuou o último exame.(Alteração dada pela Instrução Normativa INSS
64/2013).
III - da data da realização do exame da decisão contrária do PP, quando a perícia for
realizada após a DCB; e(Inclusão dada pela Instrução Normativa INSS
64/2013).(Alteração dada pela Instrução Normativa INSS 65/2013).
"Art. 278-A. Nos casos em que for constatada a incapacidade decorrente de doença
diversa da geradora do benefício objeto do PR ou PP, com modificação do Código
Internacional de Doenças - CID, da Data do Início da Doença - DID, e da Data do Início
da Incapacidade - DII, justificando-se em campo próprio, a razão da mudança, deve-se
observar:(Inclusão dada pela Instrução Normativa INSS 64/2013).
I - se a DID e a DII forem menores ou iguais à DCB e desde que atendida a exigência de
carência, o benefício será restabelecido;
II - se a DII for maior que a DCB e desde que atendida a exigência administrativa de
carência, o PR ou PP será transformado em requerimento de novo benefício; e
III - se a DID e a DII forem maiores que a DCB e não atendido o requisito de carência,
o PR ou PP será transformado em requerimento de novo benefício, o qual será
indeferido por falta de período de carência."
Artigo 278-B. No caso de indeferimento de perícia inicial (AX1) poderá ser interposto
recurso à JR/CRPS no prazo de até trinta dias, contados da comunicação da conclusão
contrária.).(Inclusão dada pela Instrução Normativa INSS 65/2013).
Art. 281-A. Somente poderá ser realizado novo requerimento de benefício por
incapacidade após trinta dias, contados da Data da Realização do Exame Inicial
Anterior - DRE, ou da Data da Cessação do Benefício - DCB, ou da Data da Cessação
Administrativa - DCA, conforme o caso.(Inclusão dada pela Instrução Normativa INSS
64/2013).
III - se a DID for fixada anterior ou posteriormente à primeira contribuição e a DII for
fixada anteriormente à décima segunda contribuição, não caberá a concessão do
benefício, ressalvadas as hipóteses previstas no art. 280.
Parágrafo único. Havendo a perda da qualidade de segurado e fixada a DII após ter
cumprido um terço da carência exigida, caberá a concessão do benefício se, somadas às
anteriores, totalizarem, no mínimo, a carência definida para o benefício, observado o
disposto no art. 85.
Art. 280. Por ocasião da análise do pedido de auxílio-doença, quando o segurado não
contar com a carência mínima exigida para a concessão do benefício, deverá ser
observado:
I - se é doença que isenta de carência, conforme especificação do inciso III do art. 152;
ou
§ 1º Se a doença for isenta de carência, a DID e a DII devem recair a partir do segundo
dia da data da filiação para que o requerente tenha direito ao benefício.
§ 2º Quando se tratar de acidente de trabalho típico ou de trajeto, haverá direito ao
benefício, ainda que a DII venha a recair no primeiro dia do primeiro mês da filiação.
Art. 281. No caso de novo pedido de auxílio-doença, se a perícia médica concluir pela
concessão de novo benefício de mesma espécie, decorrente da mesma doença, e sendo
fixada a DIB até sessenta dias contados da data da cessação do benefício - DCB
anterior, será indeferido o novo pedido prorrogando-se o benefício anterior, descontados
os dias trabalhados, quando for o caso.
b) tratando-se de subgrupo de doença de acordo com o CID diferente e DII menor, igual
ou maior à DCB anterior, será concedido novo benefício; e
b) tratando-se de mesmo subgrupo de doença de acordo com o CID e DII maior que a
DCB anterior:
1. se a DER for até trinta dias da DII e a DIB até sessenta dias da DCB,
restabelecimento, visto o disposto no § 3º do art. 75 do RPS; e
2. se a DER e a DIB forem superiores a sessenta dias da DCB, deverá ser concedido
novo benefício, considerando não tratarse da situação prevista no § 3º do art. 75 do
RPS; e
Art. 282. Ao segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela Previdência
Social, e estando incapacitado para uma ou mais atividades, inclusive em decorrência de
acidente do trabalho, será concedido um único benefício.
Parágrafo único. Nas situações em que a ciência do INSS ocorrer após transcorridos
trinta dias do afastamento da atividade, aplica-se o disposto inciso III do art. 276.
III - ao trabalhador rural aposentado por idade aos sessenta anos, se do sexo masculino,
ou cinquenta e cinco anos, se do sexo feminino; e
IV - aos demais aposentados com sessenta e cinco anos ou mais de idade, se homem, ou
sessenta anos ou mais, se mulher.
Art. 290. O salário-família será devido a partir do mês em que for apresentada à
empresa ou ao órgão gestor mão-de-obra ou ao sindicato dos trabalhadores avulsos ou
ao INSS, a documentação abaixo:
I - CP ou CTPS;
III - caderneta de vacinação ou equivalente, quando dependente conte com até seis anos
de idade;
Art. 294. O salário-maternidade é devido para as seguradas de que trata o art. 371
durante cento e vinte dias, com início até vinte e oito dias antes do parto e término
noventa e um dias depois dele, considerando, inclusive, o dia do parto, podendo, em
casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto serem
aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico, observado o §
7º deste artigo.
§ 5º Tratando-se de parto antecipado ou não, ainda que ocorra parto de natimorto, este
último comprovado mediante certidão de óbito, a segurada terá direito aos cento e vinte
dias previstos em lei, sem necessidade de avaliação médico-pericial pelo INSS.
Art. 295. A segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de
criança, e em decorrência desse evento se afastar de suas atividades, fará jus ao salário-
maternidade a partir de 16 de abril de 2002, data da publicação da Lei nº 10.421, de 15
de abril de 2002, de acordo com a idade da criança, conforme segue:
III - a partir de quatro anos até completar oito anos, por trinta dias.
§ 3º Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é
devido um único salário-maternidade relativo à criança de menor idade, observando que
no caso de empregos concomitantes, a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo
a cada emprego.
I - até 28 de novembro de 1999, véspera da Lei nº 9.876, de 1999, para fazer jus ao
benefício era obrigatória a comprovação de atividade rural, ainda que de forma
descontínua, nos doze meses imediatamente anteriores ao parto; e
Art. 301. A segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao pagamento do
salário-maternidade, de acordo com o art. 294.
Art. 302. A renda mensal do salário-maternidade será calculada de acordo com a forma
de contribuição da segurada à Previdência Social nos termos do art. 195.
II - a segurada empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção
poderá requerer e receber o salário-maternidade por intermédio da empresa se esta
possuir convênio com tal finalidade; e
Art. 304. O pagamento do salário-maternidade não pode ser cancelado, salvo se após a
concessão forem detectados fraude ou erro administrativo.
Art. 305. O salário-maternidade poderá ser requerido no prazo de cinco anos, a contar
da data do parto, observado o prazo decadencial conforme art. 441.
a) se contribuinte individual: vinte por cento ou onze por cento, conforme a última
contribuição;
c) se facultativa: vinte por cento ou onze por cento, conforme a última contribuição; ou
Art. 308. Observado o disposto no inciso VIII do art. 216 do RPS, no período de
salário-maternidade da segurada empregada doméstica, a parcela da contribuição devida
por esta será descontada pelo INSS no benefício.
Subseção IX - Do auxílio-acidente
§ 5º Observado o disposto no art. 104 do RPS, o médico residente fará jus ao beneficio
de que trata este artigo, quando o acidente tiver ocorrido até 26 de novembro de 2001,
data da publicação do Decreto nº 4.032, de 26 de novembro de 2001.
Art. 314. Quando o segurado em gozo de auxílio-acidente fizer jus a um novo auxílio-
acidente, em decorrência de outro acidente ou de doença, serão comparadas as rendas
mensais dos dois benefícios e mantido o benefício mais vantajoso.
Art. 315. Para apurar o valor da renda mensal do auxílio-acidente deverá ser observado
o disposto no art. 188.
Art. 317. Ressalvado o direito adquirido, na forma do inciso V do art. 421 não é
permitido o recebimento conjunto de auxílio-acidente com aposentadoria, a partir de 11
de novembro de 1997, data da publicação da Lei nº 9.528, de 1997, devendo o auxílio-
acidente ser cessado:
Art. 318. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer, aposentado ou não, observando que:
1. pelo dependente maior de dezesseis anos de idade, até trinta dias da data do óbito; e
2. pelo dependente menor até dezesseis anos, até trinta dias após completar essa idade,
devendo ser verificado se houve a ocorrência da emancipação, conforme disciplinado no
art. 23;
Art. 319. Caso haja habilitação de dependente posterior à concessão da pensão pela
morte do instituidor, aplicam-se as seguintes regras, observada a prescrição quinquenal:
a) se não cessada a pensão precedente, deve ser observado o disposto no art. 76 da Lei
nº 8.213, de 1991, fixando-se os efeitos financeiros a partir da DER, qualquer que seja o
dependente; e
b) se já cessada a pensão precedente, a DIP será fixada no dia seguinte à DCB, desde
que requerido até trinta dias do óbito. Se requerido após trinta dias do óbito, a DIP será
na DER, ressalvada a existência de menor de dezesseis anos e trinta dias ou incapaz ou
ausente, em que a DIP será no dia seguinte à DCB de pensão, relativamente à cota parte.
Art. 320. A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez
tenha ocorrido antes da ocorrência de uma das hipóteses do inciso III do art. 26 e desde
que reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da
invalidez até a data do óbito do segurado.
Art. 321. Para óbitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, é devida a pensão por
morte ao companheiro e ao cônjuge do sexo masculino, desde que atendidos os
requisitos legais.
Parágrafo único. Para cônjuge do sexo masculino, será devida a pensão por morte para
óbitos anteriormente a essa data, desde que comprovada a invalidez, conforme o art. 12
do Decreto nº 83.080, de 1979.
Art. 322. Por força de decisão judicial, Ação Civil Pública nº 2000.71.00.009347-0, fica
garantido o direito à pensão por morte ao companheiro ou companheira do mesmo sexo,
para óbitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, desde que atendidas todas as
condições exigidas para o reconhecimento do direito a esse benefício, observando-se o
disposto no art. 318.
Art. 323. O cônjuge separado de fato, divorciado ou separado judicialmente, terá direito
à pensão por morte, mesmo que este benefício já tenha sido requerido e concedido à
companheira ou ao companheiro, desde que beneficiário de pensão alimentícia,
conforme disposto no § 2º do art. 76 da Lei nº 8.213, de 1991.
II - a pessoa designada cuja designação como dependente do segurado tenha sido feita
até 28 de abril de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.032, de 1995, se o óbito tiver
ocorrido até aquela data e desde que atendidas as demais condições.
Art. 325. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos,
em partes iguais, sendo revertido em favor dos demais dependentes a parte daquele cujo
direito à pensão cessar, atentando-se que o pagamento da cota individual da pensão por
morte cessará quando da perda da qualidade de dependente, na forma prevista no art.
26.
§ 1º Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será encerrada.
§ 2º O dependente que recebe pensão por morte na condição de menor que se invalidar
antes de completar vinte e um anos ou de eventual causa de emancipação deverá ser
submetido a exame médico-pericial, não se extinguindo a respectiva cota se confirmada
a invalidez, independentemente da invalidez ter ocorrido antes ou após o óbito do
segurado.
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º deste artigo àquele que possuía direito à pensão por
morte na condição de menor e não a havia requerido antes de tornar-se inválido.
§ 6º A pensão por morte concedida para filho adotado em razão da morte dos pais
biológicos, e mantida mesmo após a alteração do regulamento, deverá ser cessada a
partir de 23 de setembro de 2005, data de publicação do Decreto nº 5.545, de 22 de
setembro de 2005, observando que não é devida a pensão por morte requerida por filho
adotado em razão da morte dos pais biológicos após a alteração do respectivo decreto,
independente da data da adoção.
Art. 327. Caberá a concessão de pensão aos dependentes mesmo que o óbito tenha
ocorrido após a perda da qualidade de segurado, desde que:
Art. 328. Caberá a concessão nas solicitações de pensão por morte em que haja débito
decorrente do exercício de atividade do segurado contribuinte individual, desde que
comprovada a manutenção da qualidade de segurado perante o RGPS na data do óbito.
Art. 329. Para a concessão da pensão, em caráter provisório, por morte presumida em
razão do desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre,
nos termos do inciso II do art. 112 do RPS, servirão como prova hábil do
desaparecimento, entre outras:
Art. 330. Nas situações de morte presumida relacionadas no art. 112 do RPS, a cada seis
meses o recebedor do benefício deverá apresentar documento da autoridade competente,
contendo informações acerca do andamento do processo, relativamente à declaração de
morte presumida, até que seja apresentada a certidão de óbito.
Subseção XI - Do auxílio-reclusão
Art. 331. O auxílio-reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte aos
dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber remuneração da empresa
nem estiver em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência ao
serviço, observado o disposto no art. 334.
§ 3º A opção pelo benefício mais vantajoso deverá ser manifestada por declaração
escrita do(a) segurado(a) e respectivos dependentes, juntada ao processo de concessão,
inclusive no auxílio-reclusão, observado o disposto no inciso II do art. 344.
§ 6º O segurado que recebe por comissão, sem remuneração fixa, terá considerado como
salário-de-contribuição mensal o valor auferido no mês do efetivo recolhimento à
prisão, observado o disposto no § 2º deste artigo.
Art. 335. Por força de decisão judicial, Ação Civil Pública nº 2000.71.00.009347-0, fica
garantido o direito ao auxílio-reclusão ao companheiro ou companheira do mesmo sexo,
para óbitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, desde que atendidas todas as
condições exigidas para o reconhecimento do direito a esse benefício, observando-se o
disposto no art. 318.
Art. 336. O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito ao
benefício de auxílio-reclusão a partir da data do seu nascimento.
Art. 338. A pessoa cuja designação como dependente do segurado tenha sido feita até
28 de abril de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.032, de 1995, fará jus ao auxílio-
reclusão, se o recolhimento à prisão tiver ocorrido até aquela data, desde que atendidas
todas as condições exigidas.
Art. 339. Fica mantido o direito à percepção do auxílioreclusão ao menor sob guarda,
desde que a prisão tenha ocorrido até 13 de outubro de 1996, véspera da vigência da MP
nº 1.523, de 1996, e reedições, convertida na Lei nº 9.528, de 1997, desde que atendidos
todos os requisitos da legislação em vigor à época.
Art. 340. A habilitação posterior de outro possível dependente que importe na exclusão
ou inclusão de dependentes somente produzirá efeito a contar da data da habilitação,
conforme disposto no art. 107 do RPS.
IV - na data da soltura;
V - pela ocorrência de uma das causas previstas no inciso III do art. 26, no caso de filho
ou equiparado ou irmão, de ambos os sexos;
VII - pela adoção, para o filho adotado que receba auxílio-reclusão dos pais biológicos,
exceto quando o cônjuge ou o companheiro(a) adota o filho do outro.
I - no caso de fuga;
Art. 345. O abono anual, conhecido como décimo terceiro salário ou gratificação
natalina, corresponde ao valor da renda mensal do benefício no mês de dezembro ou no
mês da alta ou da cessação do benefício, para o segurado que recebeu auxílio-doença,
auxílioacidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-
reclusão, na forma do que dispõe o art. 120 do RPS.
§ 2º O período igual ou superior a quinze dias, dentro do mês, será considerado como
mês integral para efeito de cálculo do abono anual.
§ 4ºO abono anual incidirá sobre a parcela de acréscimo de vinte e cinco por cento,
referente ao auxílio acompanhante, obsevado o disposto no art. 120 do RPS.
§ 5º O pagamento do abono anual de que trata o art. 40 da Lei no 8.213, de 1991,
poderá ser realizado de forma parcelada, na forma de ato específico.
Art. 346. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício da atividade a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.
I - a doença degenerativa;
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta
dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do
meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; e
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Art. 350. Para a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo, que caracteriza o
acidente do trabalho, a perícia médica do INSS, se necessário, poderá ouvir
testemunhas, efetuar pesquisa ou realizar vistoria do local de trabalho ou solicitar o PPP
diretamente ao empregador para o esclarecimento dos fatos.
Art. 352. Quando do acidente resultar a morte imediata do segurado, deverá ser exigido:
I - cópia da CAT;
II - Certidão de Óbito;
Parágrafo único. Nos casos em que entender necessário, a perícia médica acionará os
órgãos citados no caput para que determinem a adoção por parte da empresa de medidas
de proteção à saúde do segurado, aplicando-se, no que couber, as disposições previstas
no art. 251.
Art. 356. A CAT poderá ser registrada em uma das APS ou pela Internet, no sítio
eletrônico www.previdencia.gov.br.
§ 1º A CAT registrada pela Internet é válida para todos os fins perante o INSS.
§ 3º A CAT registrada por meio da Internet deverá ser impressa, constar assinatura e
carimbo de identificação do emitente e médico assistente, a qual será apresentada pelo
segurado ao médico perito do INSS por ocasião da avaliação médico-pericial.
Art. 357. A CAT deverá ser preenchida com todos os dados informados nos seus
respectivos campos, em quatro vias, com a seguinte destinação:
Art. 359. A empresa deverá comunicar o acidente ocorrido com o segurado empregado,
exceto o doméstico, e o trabalhador avulso até o primeiro dia útil seguinte ao da
ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de
multa aplicada e cobrada na forma do art. 286 do RPS.
§ 4º A CAT formalizada nos termos do § 1º deste artigo, não exclui a multa prevista no
caput.
Art. 361. Para efeito de contagem recíproca, hipótese em que os diferentes sistemas de
Previdência Social compensar-se-ão financeiramente, é assegurado:
II - para fins de emissão de CTC, pelo INSS, para utilização no serviço público, o
cômputo do tempo de contribuição na atividade privada, rural e urbana, observada a
disciplina prevista na Subseção I desta Seção.
Art. 362. O segurado terá direito de computar, para fins de concessão dos benefícios do
RGPS, o tempo de contribuição na administração pública federal direta, autárquica e
fundacional.
Art. 363. O tempo de contribuição de que trata esta seção será contado de acordo com a
legislação pertinente, observadas as seguintes normas:
III - não será contado por um regime o tempo de contribuição utilizado para concessão
de aposentadoria por outro regime;
Art. 364. A CTC emitida a partir de 16 de maio de 2008, data da publicação da Portaria
MPS nº 154, de 15 de maio de 2008, norma que disciplina procedimentos sobre a
emissão de CTC pelos RPPS, somente poderá ser aceita para fins de contagem
recíproca, desde que emitida na forma do Anexo XXX.
Parágrafo único. A certidão de que trata o caput, será acompanhada de relação dos
valores das remunerações a partir da competência julho de 1994, por competência, que
serão utilizados para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria, conforme modelo
constante no Anexo XXXI.
Art. 365. A CTC relativa ao militar, tanto o integrante da Força Armada quanto o
militar dos Estados e do Distrito Federal, por ter regras constitucionais previdenciárias
deferenciadas do servidor titular de cargo efetivo, não se submete às normas definidas
na Portaria MPS nº 154, de 2008.
Art. 366. Para efeito de contagem recíproca, o tempo de contribuição para RPPS ou para
RGPS, no que couber, deverá ser provado com certidão fornecida:
I - órgão expedidor;
IV - fonte de informação;
§ 3º O tempo de serviço considerado para efeito de aposentadoria por lei e cumprido até
15 de dezembro de 1998, véspera da vigência da Emenda Constitucional nº 20, de 1998,
será contado como tempo de contribuição.
§ 1º Para efeito do disposto no caput, a pedido do interessado, a CTC poderá ser emitida
para períodos fracionados, o qual deverá indicar os períodos que deseja aproveitar no
órgão de vinculação, observando que o fracionamento poderá corresponder à totalidade
do vínculo empregatício ou apenas parte dele.
Art. 368. Será permitida a emissão de CTC pelo INSS, na forma do artigo 364, ao
segurado que exercer cargos constitucionalmente acumuláveis na administração pública
federal, estadual, distrital ou municipal, conforme previsto nas alíneas "a" a "c" do
inciso XVI do art. 37 da Constituição Federal, com destinação do tempo de contribuição
para, no máximo, dois órgãos distintos.
§ 2º A CTC deverá ser expedida em três vias, das quais a primeira e a segunda serão
fornecidas ao interessado, mediante recibo passado na terceira via.
Art. 369. Para a expedição da CTC, não será exigido que o segurado se desvincule de
suas atividades abrangidas pelo RGPS.
Art. 370. Será permitida a emissão de CTC, pelo INSS, para os períodos em que os
servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
estiveram vinculados ao RGPS, somente se, por ocasião de transformação para RPPS,
esse tempo não tiver sido averbado automaticamente pelo respectivo órgão.
Art. 373. Observado o disposto no § 1º do art. 128 do RPS, e com exceção das situações
elencadas no artigo seguinte, a CTC deverá ser emitida somente para os períodos de
efetiva contribuição para o RGPS, devendo ser desconsiderados aqueles para os quais
não houver contribuição.
Art. 374. Observado o disposto no art. 373, mesmo na ausência de prova do efetivo
recolhimento das contribuições previdenciárias, poderão ser certificados os períodos:
III - de benefício por incapacidade referido nos incisos XVIII e XIX do art. 78;
Art. 375. O período de trabalho exercido sob o Regime Especial de que trata o parágrafo
único do art. 3º da Lei nº 3.807, de 1960, não será passível de CTC no RGPS,
considerando que não atende o disposto no art. 126 do RPS.
Art. 376. No caso de emissão de CTC com conversão de tempo de serviço exercido em
atividade sujeita a condições especiais, observar-se-á:
II - ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º deste artigo, não será emitida CTC
com conversão de tempo de serviço exercido em atividade sujeita a condições especiais,
nos termos dos arts. 66 e 70 do RPS, em tempo de contribuição comum, bem como a
contagem de qualquer tempo de serviço fictício, conforme o Parecer CJ/MPAS nº 846,
de 26 de março de 1997 e o art. 125 do RPS.
Art. 377. Observado o disposto no art. 376, quando for solicitada CTC com conversão
do tempo de serviço prestado em condições perigosas ou insalubres, o servidor deverá
providenciar a análise do mérito da atividade cujo reconhecimento é pretendido como
atividade especial e deixar registrado no processo se o enquadramento seria devido ou
não, ainda que a CTC não seja emitida com a conversão na forma do inciso I do art. 96
da Lei nº 8.213, de 1991.
Art. 379. O órgão concessor de benefício com contagem recíproca deverá emitir oficio
ao órgão público emitente da CTC, para que este proceda às anotações nos registros
funcionais e/ou na segunda via da certidão ou efetue os registros cabíveis, conforme o
disposto no art. 131 do RPS.
Art. 380. A CTC que não tiver sido utilizada para fins de averbação no RPPS ou, uma
vez averbada, o tempo certificado, comprovadamente não tiver sido utilizado para
obtenção de aposentadoria ou vantagem no RPPS, será revista, a qualquer tempo, a
pedido do interessado, inclusive para incluir novos períodos ou para fracionamento,
mediante a apresentação dos seguintes documentos:
Art. 381. Observado o disposto no § 3º do art. 380, para o requerimento da segunda via
da CTC, deverá ser juntada ao processo, além de justificativa por parte do interessado,
os documentos constantes nos incisos I e III do caput do respectivo artigo.
Art. 382. Caberá revisão da CTC de ofício, observado o prazo decadencial, em caso de
erro material e desde que tal revisão não importe em dar à certidão destinação diversa
da que lhe foi dada originariamente, mediante informação do ente federativo quanto à
possibilidade ou não da devolução da original, e na impossibilidade, será adotado o
procedimento contido no § 2º do art. 380.
Parágrafo único. Os ocupantes do cargo efetivo de Assistente Social, além das unidades
de exercício previstas na Portaria nº 2.721, de 29 de fevereiro de 2000, desempenharão
atividades de apoio nos Comitês Regionais do Programa de Educação Previdenciária
conforme Portaria Ministerial.
Art. 384. O Serviço Social executará ações profissionais em articulação com outras
áreas do INSS, com organizações da sociedade civil que favoreçam o acesso da
população aos benefícios e aos serviços do RGPS, e com organizações que favoreçam a
participação na implementação da política previdenciária, com base nas demandas
locais e nas diretrizes estabelecidas pela Diretoria de Benefícios.
Art. 385. Os recursos técnicos utilizados pelo Assistente Social são, entre outros, o
parecer social, a pesquisa social, o cadastro das organizações da sociedade e a avaliação
social da pessoa com deficiência aos requerentes do Benefício de Prestação Continuada
- BPC/LOAS, estabelecida pelo Decreto 6.214, de 26 de dezembro de 2007.
Art. 386. Serão encaminhados para o Programa de Reabilitação Profissional, por ordem
de prioridade:
VII - as Pessoas com Deficiência - PcD, ainda que sem vínculo com a Previdência
Social.
§ 2º Não terão direito à concessão dos recursos materiais de que trata o caput desse
artigo os encaminhamentos decorrentes da celebração de convênios de cooperação
técnico- financeira.
Art. 390. Nos casos de solicitação de novo benefício por segurado que já tenha se
submetido ao Programa de Reabilitação Profissional, o perito médico deverá rever o
processo anteriormente desenvolvido, antes de indicar novo encaminhamento à
Reabilitação Profissional.
Art. 391. Para o atendimento ao beneficiário da Previdência Social poderão ser firmados
convênios de cooperação técnico-financeira no âmbito da Reabilitação Profissional,
com entidades públicas ou privadas de comprovada idoneidade financeira e técnica,
conforme previsto no art. 317 do RPS, nas seguintes modalidades:
Seção I - Da Procuração
Art. 394. O instrumento de mandato poderá ser outorgado a qualquer pessoa, advogado
ou não.
Art. 395. Todas as pessoas capazes, no gozo dos direitos civis, são aptas para outorgar
ou receber mandato, excetuando-se:
I - os incapazes para os atos da vida civil, ressalvado o menor entre dezesseis e dezoito
anos não emancipado, que poderá ser apenas outorgado, conforme o inciso II do art. 160
do RPS e o art. 666 da Lei nº 10.406, de 2002; e
II - endereço completo;
§ 2º Na situação do caput, deverá ser exigida pela APS uma declaração da pessoa que se
apresenta no INSS, alegando a situação vivida pelo beneficiário.
Art. 400. Para fins de recebimento de benefício, o titular poderá se fazer representar por
procurador somente nos casos de ausência, moléstia contagiosa ou impossibilidade de
locomoção, cujo mandato não terá prazo superior a doze meses, podendo ser renovado
ou revalidado, observado o previsto no art. 109 da Lei nº 8.213, de 1991 e no art. 156 do
RPS.
I - nos casos da outorga motivada por moléstia contagiosa ou doença que impossibilite a
locomoção, a comprovação será feita mediante apresentação de atestado médico;
Art. 401. Quando não for possível o deslocamento do titular do benefício e houver
dúvidas quanto ao atestado médico ou atestado de recolhimento à prisão, poderá ser
realizada Pesquisa Externa por servidor designado, na forma do art. 618.
Art. 403. O atestado de vida, atestado médico ou a declaração de cárcere, terá prazo de
validade de trinta dias a partir de sua expedição.
Art. 404. O instrumento de mandato perderá validade, efeito ou eficácia nos seguintes
casos:
I - revogação ou renúncia;
Art. 406. O titular do benefício, civilmente incapaz, será representado pelo cônjuge, pai,
mãe, tutor ou curador, admitindo-se, na sua falta e por período não superior a seis
meses, o pagamento a herdeiro necessário, na forma da lei civil, mediante termo de
compromisso firmado no ato do recebimento.
§ 3º Com exceção do tutor e curador, deverá sempre ser exigida declaração da pessoa
que se apresenta no INSS para receber o benefício.
§ 6º Tutela é a instituição estabelecida por lei para proteção dos menores, cujos pais
faleceram, foram considerados ausentes ou decaíram do poder familiar.
§ 7º Curatela é o encargo conferido a uma pessoa para que, segundo limites legalmente
estabelecidos, cuide dos interesses de alguém que não possa licitamente administrá-los,
estando, assim, sujeitos à interdição, na forma do Código Civil.
§ 8º Aplica-se o disposto neste artigo aos casos de guarda legal de menor incapaz,
concedidas no interesse destes.
§ 9º Não caberá ao INSS fazer exigência de interdição do beneficiário, seja ela total ou
parcial, consistindo ônus do interessado ou do Ministério Público, conforme art, 1.768
do Código Civil.
§ 10 O dirigente de entidade de atendimento de que trata o art. 90 do Estatuto da
Criança e do Adolescente - ECA, na qualidade de guardião da criança ou adolescente
abrigado, será autorizado a receber o benefício devido ao menor sob sua guarda,
mediante a apresentação dos seguintes documentos:
Art. 407. O curador e o tutor somente poderão outorgar mandato a terceiro mediante
instrumento público, na forma do art. 400.
Art. 408. Os pagamentos dos benefícios de prestação continuada não poderão ser
antecipados.
Art. 409. O pagamento será efetuado diretamente ao titular do benefício, salvo no seu
impedimento, conforme previsto nos arts. 400 e 406.
Parágrafo único. O titular do benefício, após dezesseis anos de idade, poderá receber o
pagamento independente da presença dos pais ou do tutor.
I - com renda mensal superior a um salário mínimo, do primeiro ao quinto dia útil do
mês subsequente ao de sua competência, observada a distribuição proporcional do
número de beneficiários por dia de pagamento; e
II - com renda mensal no valor de até um salário mínimo, serão pagos no período
compreendido entre o quinto dia útil que anteceder o final do mês de sua competência e
o quinto dia útil do mês subsequente, observada a distribuição proporcional dos
beneficiários por dia de pagamento.
I - se cada um dos benefícios tiver a renda mensal no valor de até um salário mínimo,
haverá antecipação de pagamento, conforme inciso II do caput; e
II - se pelo menos um dos benefícios tiver a renda mensal no valor superior a um salário
mínimo, o pagamento será efetuado nos cinco primeiros dias úteis do mês subsequente
ao da competência.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se dia útil aquele de expediente bancário com
horário normal de atendimento.
§ 5º No caso de benefício pago por meio de conta bancária, tendo o INSS tomado
conhecimento de fatos que levem à sua cessação com data retroativa, deverá a APS
comunicar imediatamente à instituição financeira para bloqueio dos valores, proceder ao
levantamento daqueles creditados após a data da efetiva cessação e emitir GPS ao órgão
pagador, por meio de ofício.
III - nas revisões com apresentação de novos elementos a correção monetária incidirá
sobre as diferenças apuradas a partir da Data do Pedido da Revisão - DPR, data a partir
da qual são devidas as diferenças decorrentes da revisão;
Art. 414. O primeiro pagamento do benefício será efetuado até quarenta e cinco dias
após a data da apresentação, pelo segurado, da documentação necessária a sua
concessão.
V - priorizar a reemissão do PAB, se for o caso, com a devida correção dos créditos até
a data de sua efetiva liberação, para aqueles processos que contarem com
fundamentação e conclusão definitiva; e
Subseção II - Do resíduo
Art. 417. O valor devido até a data do óbito mas não recebido em vida pelo segurado
somente será pago aos seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta
deles, aos seus sucessores, na forma da lei civil, independentemente de inventário ou de
arrolamento.
d) a isenção dos beneficiários portadores das doenças citadas no item 2 da alínea "c" do
inciso III deste artigo, deverá ser comprovada mediante laudo pericial emitido por
serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
f) o desconto do IRRF não incidirá sobre as importâncias pagas como pecúlio de que
trata o art. 509.
IV - os alimentos decorrentes de sentença judicial, observando o disposto no § 3º deste
artigo;
2. a operação financeira tenha sido realizada por instituição financeira ou pela sociedade
de arrendamento mercantil a ela vinculada;
3. a instituição financeira tenha celebrado convênio com o INSS para esse fim; e
b) entende-se por valor disponível do benefício, aquele apurado após as deduções das
seguintes consignações:
2. imposto de renda;
7. pagos por intermédio de cooperativas de créditos que não possuam contratos para
pagamento e arrecadação de benefícios; e
§ 3º O beneficiário deverá ser cientificado, por escrito, dos descontos efetuados com
base nos incisos I, II, IV e VI do caput devendo constar da comunicação a origem e o
valor do débito.
Art. 419. Mediante ofício ou apresentação da escritura pública expedida de acordo com
o art. 1.124-A do Código de Processo Civil, a pensão alimentícia, é concedida em
cumprimento de decisão judicial em ação de alimentos ou dos termos constantes da
escritura, devendo o parâmetro determinado ser consignado do benefício de origem.
§ 1º A pensão alimentícia deverá ser concedida pela unidade do INSS onde reside(em)
o(s) beneficiário(s) ou naquela onde lhe(s) for mais conveniente.
§ 2º A DIB e DIP será aquela determinada pelo juiz ou a constante na escritura pública,
ou na ausência desta data, a da emissão do ofício ou da lavratura da escritura.
§ 3º A alteração do parâmetro da pensão alimentícia poderá ocorrer por força da
apresentação de novo ofício judicial ou escritura pública, sendo a DIP fixada na forma
estabelecida no § 2º deste artigo.
§ 4º Não incide pensão alimentícia sobre o acréscimo de vinte e cinco por cento,
previsto no art. 45 da Lei 8.213, de 1991, por ser verba de natureza indenizatória, salvo
quando vier expressamente consignado na decisão judicial.
Art. 421. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto
dos seguintes benefícios, inclusive quando decorrentes de acidentes do trabalho:
III - renda mensal vitalícia com qualquer outra espécie de benefício da Previdência
Social;
VI - mais de uma aposentadoria, exceto com DIB anterior a janeiro de 1967, de acordo
com o Decreto-Lei nº 72, de 21 de novembro de 1966; VII - aposentadoria com abono
de permanência em serviço;
X - mais de um auxílio-acidente;
XII - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro com auxílio-reclusão de
cônjuge ou companheiro, para evento ocorrido a partir de 29 de abril de 1995, data da
publicação da Lei nº 9.032, de 1995, facultado o direito de opção pelo mais vantajoso;
§ 3º Se, em razão de qualquer outro acidente ou doença, o segurado fizer jus a auxílio-
doença, o auxílio-suplementar será mantido, concomitantemente com o auxílio-doença
e, quando da cessação deste será:
Art. 423. Dada a natureza indenizatória, a Pensão Especial aos Deficientes Físicos da
Síndrome da Talidomida é inacumulável com qualquer rendimento, com indenização
por danos físicos, com o benefício de prestação continuada, previsto no art. 20 da Lei nº
8.742, de 1993, ou com renda mensal vitalícia que, a qualquer título, venha a ser paga
pela União, ressalvada a hipótese do § 7º do art. 421.
Art. 425. O titular de benefício de prestação continuada e de renda mensal vitalícia que
vier a requerer benefício previdenciário, deverá optar expressamente por um dos dois
benefícios, cabendo ao servidor do INSS esclarecer qual o benefício mais favorável para
o beneficiário.
§ 1º A DIP do benefício previdenciário será fixada na DER e o benefício incompatível
deverá ser cessado no dia imediatamente anterior.
II - para o menor antes de completar dezesseis anos e trinta dias, o pagamento da pensão
será devido desde a data do óbito, devendo ocorrer a devolução dos valores recebidos
no benefício assistencial, observado o disposto no art. 319; e
III - para o incapaz curatelado será devida a pensão por morte desde a data do óbito se o
representante legal se manifestar pela opção até o final dos trinta dias, devendo ocorrer
a devolução dos valores recebidos no benefício assistencial.
Art. 427. O direito de opção de que tratam os arts. 425 e 426 poderá ser exercido uma
única vez.
Art. 428. O perito médico poderá, quando entender necessário, solicitar ao médico
assistente do beneficiário que forneça informações a ele relativas para fins do disposto
nos § 2º do art. 43 e § 1º do art. 71 do RPS ou para subsidiar emissão de laudo médico
pericial conclusivo, conforme Anexo VI.
Art. 429. O segurado poderá solicitar remarcação do exame médico pericial por uma
vez, caso não possa comparecer.
§ 3º No caso de não haver sido registrado nenhum óbito, deverá o Titular do Cartório de
Registro Civil de Pessoas Naturais comunicar este fato ao INSS no prazo estipulado no
caput deste artigo.
Art. 432. A revisão é o procedimento administrativo utilizado para reavaliação dos atos
praticados pelo INSS, observado o disposto nos arts. 441 a 446.
c) reforma total do ato denegatório, por ter sido indevido, alteração do despacho, de
imediato, concedendo o beneficio; ou
Art. 434. Os efeitos das revisões solicitadas pelo beneficiário, representante legal ou
procurador legalmente constituído, retroagirão:
Art. 435. Para as revisões efetuadas por iniciativa do INSS, para correção de erro
administrativo ocorrido na concessão ou manutenção do benefício, observado o disposto
nos arts. 441 a 446 quanto à decadência e prescrição, deverá ser observado:
Art. 437. Na hipótese da revisão acarretar redução do valor da RMI ou falta de direito
ao benefício, esta deve ser sobrestada, devendo o beneficiário ser notificado sobre a
nova situação e valor encontrado, facultando-lhe o direito de defesa em conformidade
com o disposto nos arts. 449 a 458, relativos ao Monitoramento Operacional de
Benefícios.
Parágrafo único. A revisão mencionada no caput só poderá ser concluída após análise da
defesa apresentada ou expiração do prazo de apresentação desta.
Art. 438. Nas revisões processadas para atender disposição legal, deverá ser observado
o objeto da revisão determinada, sendo dispensada a revisão geral sobre a legalidade e a
regularidade dos fundamentos da concessão do benefício, se o respectivo dispositivo
legal não exigir.
Parágrafo único. Para o processamento de revisões previstas em lei que tenha como
objetivo a reparação de cálculos elaborados com base em lei anterior, fica dispensada a
prévia verificação da regularidade da concessão, sem prejuízo de outras revisões
efetuadas para este fim.
Art. 439. O segurado poderá solicitar revisão de cálculo do valor do benefício, nas
situações previstas nos §§ 2º e 3º do art. 36 do RPS, mediante a comprovação dos
valores dos salários-de-contribuição, por meio da apresentação de documentos
comprobatórios dos referidos valores, na forma do art. 48.
§ 1º A RMI, recalculada de acordo com o caput, deverá ser reajustada como a dos
benefícios correspondentes com igual data de início e substituirá, a partir da data do
requerimento de revisão do valor do benefício, a renda mensal que prevalecia até então.
§ 2º Para fins da substituição da renda mensal de que trata o § 1º deste artigo, o pedido
de revisão deverá ser aceito pelo INSS, a partir da concessão do benefício em valor
provisório, sendo devida a correção monetária a partir da data do pedido desta.
Art. 440. Os benefícios concedidos para a segurada empregada doméstica, com base no
art. 36 da Lei nº 8.213, de 1991, que tiveram o valor fixado em um salário-mínimo,
diante da inexistência da comprovação do recolhimento da primeira contribuição sem
atraso, conforme exigência do inciso II do art. 27 da Lei nº 8.213, de 1991, somente
terão seus valores revistos se houver comprovação posterior do efetivo recolhimento da
primeira contribuição sem atraso.
Art. 441. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do
segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do
dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o
caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva, no âmbito
administrativo, levando-se em consideração:
Art. 444. Não se aplica a decadência aos casos em que o ato concessório está correto
mas a manutenção do benefício está irregularpor falta de cessação do beneficio ou cota
parte, cuja causa esteja expressamente prevista em lei, podendo, neste caso, o beneficio
ou a cota parte, ser cessado a qualquer tempo.
Art. 445. A revisão para inclusão de novos períodos ou para fracionamento de períodos
de trabalho não utilizados no órgão de destino da CTC poderá ser processada, a
qualquer tempo, não se aplicando o prazo decadencial de que trata o art. 441.
Art. 446. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveria ter sido paga, toda e
qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças
devidas pela Previdência Social.
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Art. 449. O controle dos atos operacionais para prevenção de desvios de procedimentos
normativos, a verificação da regularidade dos atos praticados na execução e a
consequente garantia de qualidade do trabalho, serão operados por ações adotadas por
amostragem pela área de Benefícios no âmbito da Gerência-Executiva, na forma do
Regimento Interno, sendo competência da Auditoria Regional verificar a qualidade
desses controles.
II - definir, por amostragem, aqueles benefícios que serão revistos com o objetivo de
verificar a regularidade dos atos praticados;
Art. 452. O processo de benefício ou CTC que for considerado regular, após a
realização das apurações, deverá conter no relatório conclusivo com a descrição da
regularidade. (Alteração dada Instrução Normativa INSS/PRES 68/2013)
§ 1º A notificação a que se refere o caput deverá ser realizada por via postal com Aviso
de Recebimento - AR, sendo o (s) interessado (s) considerado (s) notificado (s), mesmo
que o AR não tenha sido recebido pessoalmente por ele, mas por terceiro (esposa, filho,
parente, porteiro do prédio, dentre outros) em seu domicílio.
§ 5º A notificação de que trata o § 4º deste artigo poderá ser coletiva e deverá trazer
referência sumária do assunto, que será divulgado na imprensa do município ou, na
hipótese de inexistência desse veículo de comunicação na localidade, na imprensa do
estado, em jornal de maior circulação na área de domicilio do interessado.
§ 10. Ainda que em fase de apuração do processo, o (s) interessado (s) que manifestar
(em) o desejo de ressarcir as importâncias recebidas indevidamente poderão fazê-lo por
meio de guia específica.
§ 11. A defesa apresentada no prazo estabelecido deverá ser apreciada quanto ao mérito,
podendo ser considerada procedente no todo ou em parte ou improcedente
Art. 453. Após análise do processo no qual se constatou indício de irregularidade, será
expedida notificação com a descrição da irregularidade detectada, devidamente
fundamentada, bem como o montante dos valores passíveis de devolução,
oportunizando ao segurado, beneficiário, procurador, representante legal ou terceiro
interessado o direito de apresentar, no prazo legal, defesa escrita, provas ou
documentos de que dispuser, bem como de ter vista do processo. (Alteração
dada Instrução Normativa INSS/PRES 68/2013)
§ 1º A notificação a que se refere o caput deverá ser realizada por via postal com Aviso
de Recebimento - AR, sendo o segurado, beneficiário, procurador, representante legal
ou terceiro interessado considerado notificado, mesmo que o AR não tenha sido
recebido pessoalmente por ele, mas por terceiro (esposa, filho, parente, porteiro do
prédio, dentre outros) em seu domicílio.
§ 4º A notificação de que trata o § 3º deste artigo poderá ser coletiva e deverá trazer
referência sumária do assunto, que será divulgado na imprensa do município ou, na
hipótese de inexistência desse veículo de comunicação na localidade, na imprensa do
Estado, em jornal de maior circulação na área de domicilio do segurado ou
beneficiário.
Art. 454. Após a apreciação da defesa e, quando for o caso, a análise do resultado de
Pesquisa Externa ou de ofícios emitidos para apurar a real situação do processo de
benefício ou CTC, e decorrido o prazo regulamentar, caso a defesa seja considerada
insuficiente para modificar a conclusão anterior, em se concluindo:
Artigo 456. Quando não se tratar de fraude, o levantamento dos valores recebidos
indevidamente será efetuado retroagindo cinco anos, contados da data de início do
procedimento de apuração, incluindo, ainda, os valores recebidos a partir dessa data,
que serão atualizados até a data da constituição do crédito, na forma do art. 175 do RPS,
aprovado pelo Decreto nº 3.048, 6 de maio de 1999.
I - empresas;
II - sindicatos;
§ 1º Considera-se empresa, para os fins previstos nesta Seção, de acordo com o art. 14
da Lei 8.213, de 1991, a firma individual ou a sociedade que assume o risco de
atividade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e
as entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional.
§ 6º Para a celebração dos convênios sem encargos de pagamentos somente deverão ser
exigidos o constante dos incisos I, II, III, VI, VII e VIII, todos do § 3º deste artigo.
Art. 460. A Previdência Social poderá firmar convênio para consignação e retenção de
empréstimos e/ou financiamentos em benefícios previdenciários, em favor das
instituições financeiras e desconto de mensalidades de entidades de classe conforme
previsto nos incisos V e VI do art. 418.
III - pagamento de pensão por morte e de auxílio-reclusão devidos aos dependentes dos
empregados e dos associados da convenente;
§ 1º O INSS poderá, em conjunto com o MPS, firmar convênio com órgãos federais,
estaduais ou do Distrito Federal e dos Municípios, bem como com entidades de classe,
com a finalidade de manter/implementar programa de cadastramento dos segurados
especiais.
Art. 462. As entidades de que trata o art. 459, denominadas proponentes, deverão
celebrar convênio em cada Superintendência/Gerência Executiva onde ele será
executado, sendo que uma Gerência poderá atender à demanda de outras localidades,
desde que tais procedimentos sejam previamente acordados entre as
Superintendências/Gerências Executivas envolvidas.
Art. 463. Os convênios com encargo de pagamento de benefícios terão validade máxima
de cinco anos, a contar da data de sua publicação no DOU, devendo ser celebrado novo
convênio ao final deste período. Os demais convênios, sem encargo de pagamento,
poderão ter validade de cinco anos prorrogáveis por igual período.
Art. 465. A convenente não receberá nenhuma remuneração do INSS nem dos
beneficiários pela execução dos serviços objeto do convênio, considerando-se o serviço
prestado ser de relevante colaboração com o esforço do INSS para a melhoria do
atendimento.
Art. 468. Os Acordos Internacionais têm por objetivo principal garantir os direitos de
Seguridade Social previstos nas legislações dos dois países, especificados no respectivo
acordo, aos trabalhadores e dependentes legais, residentes ou em trânsito nos países
acordantes.
Art. 471. O Brasil mantém Acordo de Previdência Social com os países constantes do
Anexo V, na forma e condições nele previstos.
Parágrafo único. Os serviços de que trata o caput são operacionalizados pelos escritórios
de representação do Ministério da Saúde (Departamento Nacional de Auditoria do
Ministério da Saúde - DENASUS) nos Estados e no Distrito Federal.
Art. 474. Os pedidos de benefícios brasileiros de segurados do RGPS com inclusão de
períodos de atividades no exterior, exercidos nos países acordantes, serão concedidos
pelas APS designadas pelas Gerências-Executivas que atuam como organismo de
ligação, observando o último local de trabalho no Brasil, e mantidos nos órgãos
pagadores.
Parágrafo único. Nos casos em que o segurado optar pelo recebimento no Brasil ou
quando residente em país para o qual o Brasil não remeta os pagamentos dos benefícios,
deverá ser solicitada a nomeação de um procurador no Brasil, ficando os valores
pendentes até a apresentação da procuração.
Parágrafo único. O período de que trata o caput deste artigo não poderá ser computado
para fins de complementação da carência necessária ao benefício da legislação
brasileira.
Art. 477. O benefício de aposentadoria por tempo de contribuição será devido aos
segurados amparados pelos Acordos de Previdência Social bilateral que o Brasil
mantém com Portugal, Espanha, Grécia, Argentina, Uruguai e Cabo Verde, desde que
preencham todos os requisitos para concessão desse benefício, utilizando períodos
cumpridos naquele outro Estado, sendo que, nos casos da Argentina e Uruguai,
considerando que no Acordo Multilateral de Seguridade Social do Mercosul não há
previsão expressa desse tipo de benefício, somente serão reconhecidos, por força do
direito adquirido, aqueles que comprovarem a implementação dos requisitos necessários
no período em que estiveram em vigência os acordos bilaterais dos dois países.
Art. 478. O empregado de empresa com sede em um dos Estados contratantes que for
enviado ao território do outro, por um período limitado, continuará sujeito à legislação
previdenciária do primeiro Estado, sempre que o tempo de trabalho no território de
outro Estado não exceda ao período estabelecido no respectivo Acordo, mediante:
Art. 479. Os serviços previstos no art. 478 são de competência das Gerências-
Executivas, que atuam como Organismos de Ligação conforme a Portaria MPS nº 204,
de 10 de março de 2003.
I - período de RPPS anterior ao período no RGPS, mesmo estando vinculado por último
ao regime de previdência do Estado acordante, previsto no respectivo Acordo;
III - não poderão ser considerados os períodos dos RPPS brasileiros, no âmbito do
Acordo Internacional, quando não houver período de seguro para o RGPS brasileiro.
Parágrafo único. Não cabe ao RGPS pagar compensação previdenciária referente a
períodos de contribuições que forem efetuadas para a Previdência de outro Estado
acordante.
Art. 481. Os segurados atualmente residentes nos países acordantes poderão requerer os
benefícios da legislação brasileira por meio dos Organismos de Ligação do país de
residência, que o encaminhará ao Organismo de Ligação brasileiro.
Art. 482. Com relação ao Acordo de Previdência Social com Portugal, os períodos de
contribuição nas antigas colônias portuguesas poderão ser utilizados para efeito de
aplicação do referido Acordo, se forem referentes à época em que o respectivo país fora
oficialmente colônia de Portugal, desde que ratificados pelo Organismo de Ligação
português.
Parágrafo único. As colônias a que se refere o caput deste artigo são as atuais
Repúblicas de Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Angola.
Art. 483. O salário-de-benefício, para fins de cálculo da prestação teórica dos benefícios
por totalização, no âmbito dos acordos internacionais, do segurado com contribuição
para a Previdência Social Brasileira, será apurado:
III - sem contribuição, no Brasil, a partir da competência julho de 1994, com base na
média aritmética simples de todo o período contributivo, multiplicado pelo fator
previdenciário, observado o disposto no § 2º do art. 188-A do RPS, e quando for o caso,
observado o disposto nos no arts. 169 a 176.
Art. 484. O benefício concedido no âmbito dos Acordos Internacionais, calculado por
totalização de períodos de seguro ou de contribuição prestados nos dois países, será
constituído de duas parcelas, quando gerar direito em ambas as partes contratantes.
Onde:
§ 3º A renda mensal dos benefícios por totalização, concedidos com base nos Acordos
Internacionais de Previdência Social, pode ter valor inferior ao do salário mínimo,
exceto para os benefícios concedidos por totalização, no âmbito do Acordo da Espanha,
conforme determina o item 2, alínea "b", art. 21 do Acordo Brasil e Espanha.
Art. 485. Quando o titular do benefício, mantido sob a legislação brasileira, estiver em
mudança de residência para um dos países com os quais o Brasil mantém Acordo de
Previdência Social, e havendo mecanismo de remessa de pagamento para o país
pretendido, poderá solicitar a transferência de seu benefício para recebimento naquele
país.
CAPÍTULO VI
Art. 489. Será considerado jornalista profissional aquele que, devidamente registrado no
órgão regional do MTE, exerça função habitual e remunerada, em qualquer das
seguintes atividades:
I - redator: aquele que, além das comuns incumbências de redação, tem o encargo de
redigir editoriais, crônicas ou comentários;
IV - repórter de setor: aquele que tem o encargo de colher notícias ou informações sobre
assuntos predeterminados, preparando-as para divulgação;
VII - revisor: aquele que tem o encargo de rever as provas gráficas de matéria
jornalística;
VIII - ilustrador: aquele que tem a seu cargo criar ou executar desenhos artísticos ou
técnicos de cunho jornalístico;
Art. 491. Considera-se empresa jornalística aquela que tenha como atividade a edição de
jornal ou revista ou a distribuição de noticiário, com funcionamento efetivo, idoneidade
financeira e registro legal.
I - de atividades que não se enquadrem nas condições previstas no caput do art. 489;
III - de serviço militar, uma vez que, para a aposentadoria de jornalista profissional, só
devem ser considerados os períodos em que foi exercida a atividade profissional
específica; e
Art. 493. O tempo de serviço de jornalista será comprovado pelos registros constantes
da CP, ou da CTPS, ou outros documentos que consignem os períodos de atividade em
empresas jornalísticas, nas funções descritas nos arts. 489 e 490, observado o registro
no órgão próprio do MTE.
Art. 496. A comprovação da condição de atleta profissional de futebol será feita por
meio da carteira de atleta ou CTPS do atleta profissional de futebol, contendo os
seguintes dados:
Art. 502. Não serão computados na contagem do tempo de serviço, para efeito da
aposentadoria especial do aeronauta, os períodos de:
III - atividade militar, uma vez que, para a aposentadoria especial de aeronauta, só
deverá ser considerado o período de atividade profissional específica, conforme o
disposto no art. 165 do Decreto nº 83.080, de 1979.
Art. 503. O número de horas de vôo será comprovado por Certidão da Diretoria de
Aviação Civil que discrimine, ano a ano, as horas de vôo, até 12 de fevereiro de 1967.
Art. 504. A data do início da aposentadoria será fixada da mesma forma prevista para a
aposentadoria por tempo de contribuição.
Art. 506. O reajustamento dos benefícios de aeronauta obedecerá aos índices da política
salarial dos demais benefícios do RGPS.
Art. 507. Perderá o direito à aposentadoria especial de que trata este Capítulo, o
aeronauta que, voluntariamente, afastar-se do voo, por período superior a dois anos
consecutivos.
Art. 508. As pensões devidas aos dependentes de aeronautas, aposentados ou não, serão
concedidas e mantidas com base no RGPS.
Subseção IV - Do pecúlio
Art. 509. O pecúlio, pagamento em cota única, será devido ao segurado aposentado pelo
RGPS, ou aos seus dependentes, que permaneceu exercendo atividade abrangida pelo
regime ou que voltou a exercê-la, quando se afastar definitivamente da atividade que
exercia até 15 de abril de 1994, véspera da vigência da Lei nº 8.870, de 15 de abril de
1994, ainda que anteriormente a essa data tenha se desligado e retornado à atividade,
sendo limitada a devolução até a mencionada data.
§ 1º Permitem a concessão de pecúlio as espécies de aposentadoria listadas no Anexo
XXXIII.
Art. 510. Será também devido o pecúlio ao segurado ou aos seus dependentes, em caso
de invalidez ou morte decorrente de acidente de trabalho, conforme segue:
I - ao aposentado por invalidez, cuja data do início da aposentadoria tenha ocorrido até
20 de novembro de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.129, de 20 de novembro de
1995, o pecúlio corresponderá a um pagamento único de setenta e cinco por cento do
limite máximo do salário-de-contribuição vigente na data do pagamento; e
II - aos dependentes do segurado falecido, cujo óbito tenha ocorrido até 20 de novembro
de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.129, de 1995, o pecúlio corresponderá a
cento e cinquenta por cento do limite máximo do salário-de-contribuição vigente na data
do pagamento.
Art. 511. O segurado inscrito com mais de sessenta anos que não recebeu o pecúlio
relativo ao período anterior a 24 de julho de 1991, terá direito aos benefícios previstos
na Lei nº 8.213, de 1991, uma vez cumpridos os requisitos para a concessão da espécie
requerida.
Art. 513. Observado o disposto nos arts. 47 e 514, a comprovação das condições, para
efeito da concessão do pecúlio, será feita da seguinte forma:
I - a condição de aposentado será verificada pelo registro no banco de dados do sistema;
c) trabalhador avulso, por declaração firmada pelo respectivo sindicato de classe ou pelo
órgão gestor de mão-de-obra; e
III - as contribuições:
Art. 514. Para fins de concessão de pecúlio, deverá ser emitida Pesquisa Externa quando
as informações contidas na Relação dos Salários-de-Contribuição - RSC não constarem
no CNIS, a qual será realizada por servidor da área de benefícios, observado os arts. 618
a 620.
Parágrafo único. No caso de divergência dos valores entre a RSC e o CNIS, o pecúlio
será concedido com o valor contido na RSC.
Art. 517. O servidor público federal abrangido pelo RJU, instituído pela Lei n.o 8.112,
de 1990, aposentado pelo RGPS, em função de outra atividade, em data anterior a 1º de
janeiro de 1991, não terá direito ao pecúlio, se o período de atividade prestado na
condição de celetista foi transformado, automaticamente, em período prestado ao
serviço público.
Art. 519. O valor total do pecúlio será corrigido monetariamente desde o momento em
que restou devido, ainda que pago em atraso, independentemente de ocorrência de mora
e de quem lhe deu causa, apurado no período compreendido entre o mês que deveria ter
sido pago e o mês do efetivo pagamento.
Subseção I - Do anistiado
Art. 523. Não poderão ser computadas para a concessão de benefícios do RGPS as
contribuições que tenham sido devolvidas sob a forma de pecúlio.
Art. 525. Aplica-se no que couber, o disposto no art. 520 e as orientações contidas no
Parecer CJ/MPS nº 01, de 18 de janeiro de 2007, aos processos de benefícios
indeferidos com pedidos de recursos tempestivos ainda pendentes de decisão, caso o
segurado reúna as condições necessárias para a concessão do beneficio do RGPS,
fixando-se a DER na data da publicação do referido parecer, em 19 de janeiro de 2007.
Art. 527. As pensões de anistiado, espécie 59, concedidas pelo INSS a partir de 6 de
maio de 1999, derivadas de aposentadoria excepcional de anistiado mantida pelo no
INSS na data do óbito do segurado instituidor, submetem-se ao limite a que se refere o §
5º do art. 214 do RPS.
Art. 528. Para efeito de concessão dos benefícios dos exferroviários requeridos a contar
de 13 de dezembro de 1974, data da publicação da Lei nº 6.184, de 11 de dezembro de
1974, serão observadas as seguintes situações:
II - ferroviários não-optantes:
Art. 529. A concessão de benefícios aos ferroviários optantes que estão em atividade,
bem como aos seus dependentes, será regida pelas normas estabelecidas para os
segurados em geral.
I - aposentado pela Previdência Social urbana que recebe complementação por conta do
Tesouro Nacional:
b) a parcela obtida de acordo com a alínea anterior será paga aos dependentes como
complementação à conta da União;
b) em seguida ao disposto na alínea "a" deste inciso, será calculada a pensão estatutária,
que corresponderá a cinquenta por cento do valor da aposentadoria estatutária, excluído
o salário-família, qualquer que seja o número de dependentes, sendo que o valor da
aposentadoria estatutária será obtido por meio de informação contida no último
contracheque do segurado ou de outro documento que comprove o valor dos proventos
na data do óbito;
c) obtido o valor mensal da pensão estatutária, se ele for maior que o da previdenciária,
a diferença será paga como complementação à conta da União; e
Parágrafo único. Em caso de pedido de revisão com base neste artigo e se comprovadas
as condições na forma da legislação previdenciária, a revisão deve ser processada,
desconsiderando-se as contribuições posteriores, com a devida alteração do Ramo de
Atividade - RA / Forma de Filiação - FF no sistema, informando sobre a revisão, por
meio de ofício, ao órgão responsável para as providências a seu cargo.
Art. 532. Aos ferroviários servidores públicos ou autárquicos será permitida a percepção
cumulativa de aposentadoria devida pela Previdência Social com os proventos de
aposentadoria da União, na forma da Lei nº 2.752, de 10 de abril de 1956, e do Parecer
L - 211, de 4 de outubro de 1978, da Consultoria-Geral da República (dupla
aposentadoria).
XIII - Estrada de Ferro Central do Brasil, para aqueles que foram admitidos até 24 de
maio de 1941, data do Decreto-Lei nº 3.306, de 24 de maio de 1941, que transformou
essa Ferrovia em Autarquia; e
I - no Exército:
II - na Aeronáutica:
III - na Marinha:
Art. 537. A prova da condição de ex-combatente será feita por Certidão fornecida pelos
Ministérios Militares, na qual, além de afirmada a condição de ex-combatente do
requerente, seja indicado o período em que serviu e a situação em que se enquadra,
entre as referidas no art. 535.
§ 3º A prova da condição referida na alínea "d", inciso III do art. 535 será feita por
Certidão do Estado Maior da Armada, da Diretoria de Portos e Costas, em que conste
haver o interessado realizado, no mínimo, duas viagens em zona de ataques submarinos,
indicando os períodos de embarque e desembarque e as respectivas embarcações.
Art. 539. Não será computado em dobro o período de serviço militar que tenha
garantido ao segurado a condição de ex-combatente, exceto o período de embarque em
zona de risco agravado, conforme o Decreto-Lei nº 4.350, de 30 de maio de 1942, desde
que certificado pelo Ministério da Marinha.
Art. 541. No caso de pensão por morte de segurado excombatente, a habilitação dos
dependentes, bem como o cálculo, o rateio e a extinção de cotas, serão regidos pelas
normas em vigor para os demais benefícios de pensão do RGPS.
Parágrafo único. Para os benefícios concedidos até 31 de agosto de 1971, com base nas
leis revogadas a que se refere o caput, a partir de 16 de dezembro 1998, o pagamento
mensal não poderá ser superior à remuneração do cargo de Ministro de Estado e, a
contar de 31 de dezembro de 2003, à remuneração de Ministro do STF.
Art. 543. É garantido o direito à Pensão Especial (Espécie 56), aos deficientes
portadores da Síndrome da Talidomida nascidos a partir de 1º de janeiro de 1957, data
do início da comercialização da droga denominada "Talidomida (Amida Nfálica do
Ácido Glutâmico), inicialmente comercializada com os nomes comerciais de Sedin,
Sedalis e Slip, de acordo com a Lei nº 7.070, de 1982.
Parágrafo único. O benefício será devido sempre que ficar constatado que a
deformidade física for consequência do uso da Talidomida, independentemente da
época de sua utilização.
Art. 544. A data do início da pensão especial será fixada na data da entrada do
requerimento.
Art. 545. A RMI será calculada mediante a multiplicação do número total de pontos
indicadores da natureza e do grau de dependência resultante da deformidade física,
constante do processo de concessão, pelo valor fixado em Portaria Ministerial que trata
dos reajustamentos dos benefícios pagos pela Previdência Social.
§ 1º Sempre que houver reajustamento, o Sistema Único de Benefícios - SUB,
multiplicará o valor constante em Portaria Ministerial, pelo número total de pontos de
cada benefício, obtendo-se a renda mensal atualizada.
§ 3º O beneficiário desta pensão especial fará jus a mais um adicional de trinta e cinco
por cento sobre o valor do benefício, desde que comprove pelo menos:
Parágrafo único. O benefício de que trata esta Subseção é de natureza indenizatória, não
prejudicando eventuais benefícios de natureza previdenciária, e não podendo ser
reduzido em razão de eventual aquisição de capacidade laborativa ou de redução de
incapacidade para o trabalho, ocorridas após a sua concessão.
Art. 548. Para a formalização do processo, deverão ser apresentados pelo pleiteante, no
ato do requerimento, os seguintes documentos:
II - certidão de nascimento;
b) relatório médico; e
Art. 549. O processo original, com todas as peças, após a formalização, será
encaminhado para a perícia médica da APS, para as seguintes providências:
Art. 550. Para fazer jus à pensão mensal vitalícia, o requerente deverá comprovar que:
I - não aufere rendimento, sob qualquer forma, igual ou superior a dois salários
mínimos;
II - não recebe qualquer espécie de benefício pago pela Previdência Social urbana ou
rural; e
Art. 552. É vedada a percepção cumulativa da pensão mensal vitalícia com qualquer
outro benefício de prestação continuada mantido pela Previdência Social, ressalvada a
possibilidade de opção pelo benefício mais vantajoso.
Art. 553. Para comprovação da efetiva prestação de serviços, serão aceitos como prova
plena:
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, será admitida a JA ou Judicial como
um dos meios para provar que o seringueiro atendeu ao chamamento do governo
brasileiro para trabalhar na região amazônica, desde que acompanhada de razoável
início de prova material, conforme alterações introduzidas pela Lei nº 9.711, de 20 de
novembro de 1998.
Art. 554. O início da pensão mensal vitalícia do seringueiro será fixado na DER e o
valor mensal corresponderá a dois salários mínimos vigentes no País.
III - o irmão não emancipado de qualquer condição, menor de vinte e um anos de idade
ou inválido; e
Art. 559. Para fins de comprovação da "causa mortis", deverá ser apresentado:
Art. 560. A data de início da Pensão Especial Mensal será fixada na data do óbito e o
valor corresponderá a um salário mínimo vigente no País, observada a prescrição
quinquenal.
Art. 561. É permitida a acumulação da Pensão Especial Mensal com qualquer outro
benefício da Previdência Social ou de qualquer outro regime previdenciário, inclusive o
Benefício Assistencial de que trata a Lei nº 8.742, de 1993.
Art. 562. O pagamento da Pensão Especial Mensal será suspenso no caso de verificação
de pagamento da indenização aos dependentes das vítimas pelos proprietários do
Instituto de Doenças Renais.
CAPÍTULO VII
Art. 564. Nos processos administrativos previdenciários serão observados, entre outros,
os seguintes preceitos:
III - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes
e competências, salvo autorização em lei;
VIII - publicidade dos atos praticados no curso do processo administrativo restrita aos
interessados e seus representantes legais, resguardando-se o sigilo médico e dos dados
pessoais, exceto se destinado a instruir processo judicial ou administrativo;
XII - adoção de formas e vocabulário simples, suficientes para propiciar adequado grau
de certeza, segurança e respeito aos direitos dos usuários da Previdência Social,
evitando-se o uso de siglas ou palavras de uso interno da Administração que dificultem
o entendimento pelo interessado;
Parágrafo único. A empresa que adotar o procedimento previsto no caput, terá acesso às
decisões administrativas a ele relativas.
Subseção III - Dos impedimentos e da suspeição
III - cujo cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau tenha atuado como
intermediário.
Art. 568. O servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à chefia
imediata que, ao acolher as razões, designará outro servidor para atuar no processo.
Art. 569. Pode ser arguida perante a chefia imediata a suspeição de servidor que tenha
amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos
cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
Parágrafo único. É de dez dias o prazo para recurso contra a decisão que não acolher a
alegação de suspeição suscitada pelo interessado, cabendo a apreciação e julgamento à
chefia da Unidade de Atendimento.
II - a finalidade da comunicação;
III - data, hora e local em que deve comparecer, acompanhado ou não de testemunhas,
se for o caso;
§ 6º Todos os prazos previstos em relação aos pedidos de interesse dos segurados junto
ao INSS começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da
contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, observando-se que: (Item
incluso pela Instrução Normativa INSS 59/2012)
I - considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair
em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal;
III - os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data e se, no mês do
vencimento, não houver o equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o
último dia do mês.
a) APS;
c) PREVcidade.
§ 1º Qualquer que seja o canal remoto de protocolo será considerado como DER a data
do agendamento do benefício ou serviço, observado o disposto no art. 574.
I - auxílio-doença;
III - pensão por morte de segurado que falecer em gozo de aposentadoria, auxílio-
doença, previdenciária ou acidentária, ou auxílio-reclusão.
Art. 573. Todo pedido de benefício ou serviço, CTC, pedido de revisão, validação e
acerto de dados do CNIS, deverá ser protocolado no sistema informatizado da
previdência social, na data da apresentação do requerimento ou comparecimento do
interessado.
Art. 574. Qualquer que seja a forma de protocolo, será considerada como DER do
benefício a data da solicitação do agendamento, ressalvadas as seguintes hipóteses:
§ 3º O pedido de beneficio não poderá ter indeferimento de plano, sem emissão de carta
de exigência, mesmo que assim requeira o interessado.
§ 4º Para o caso em que o requerente não atenda a exigência, deverá a APS registrar tal
fato no processo, devidamente assinado pelo servidor, procedendo a análise do direito e
o indeferimento pelos motivos cabíveis e existentes, oportunizando ao requerente a
interposição de recurso, na forma do que dispõe o art. 305 do RPS.
VI - extrato das informações extraídas de outros órgãos, obtidas por meio de convênios,
que contribuam para a decisão administrativa;
§ 2º O documento não autenticado na forma do § 1º deste artigo não poderá ser aceito
para a instrução de processos de benefícios, podendo, na impossibilidade de
apresentação do documento original, ser confirmado por meio de Pesquisa Externa,
observada a competência definida no § 7º do art. 62 do RPS.
Art. 588. São admissíveis no processo administrativo todos os meios de prova que se
destinem a esclarecer a existência do direito ao recebimento do benefício ou serviço,
salvo se a lei exigir forma determinada.
Art. 592. Quando o requerente declarar que fatos e dados estão registrados em
documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro
órgão administrativo, o servidor responsável pela instrução procederá, de ofício, a
obtenção dos documentos ou das respectivas cópias.
Art. 593. Caso o segurado requeira novo benefício, poderá ser utilizada a documentação
de processo anterior que tenha sido indeferido, cancelado ou cessado, ressalvados os
benefícios processados em meio virtual, desde que complemente, se for o caso, a
documentação necessária para o despacho conclusivo.
Art. 595. Constatado que o beneficiário possui ação judicial que tenha por objeto
idêntico pedido sobre o qual versa o novo requerimento de benefício, deverá ser
solicitado ao mesmo a comprovação de desistência da demanda judicial, com a prova
do trânsito em julgado, sob pena de indeferimento. (Revogado pela Intrução Normativa INSS/PRES
Nº 56/2011)
Parágrafo único. A JA poderá ser processada, sem ônus para o interessado, de forma
autônoma para efeito de inclusão ou retificação de vínculos no CNIS, à pedido do
interessado, na forma prevista nos arts. 142 a 151 do RPS, e nas demais disposições
constantes nesta Instrução Normativa.
§ 3º Para fins da oportunização da JA, prevista no § 2º, o servidor deverá emitir carta de
comunicação ao interessado, com prazo mínimo de trinta dias para manifestação, com o
registro da mesma no sistema corporativo de benefícios. (Item incluso pela Instrução
Normativa INSS 59/2012)
Art. 597. Não será admitida a JA quando o fato a comprovar exigir registro público de
casamento, idade ou de óbito, ou de qualquer ato jurídico para o qual a lei prescreva
forma especial.
II - sempre que o dependente a excluir for menor, a JÁ somente poderá ser realizada se
ele estiver devidamente representado ou assistido por seu tutor; e
Art. 599. Tratando-se de prova exigida pelo art. 62 do RPS, será dispensado o início de
prova material quando houver ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito,
caracterizados pela verificação de ocorrência notória, tais como incêndio, inundação ou
desmoronamento, que tenha atingido a empresa na qual o segurado alegue ter
trabalhado, devendo ser comprovada mediante registro da ocorrência policial feito em
época própria ou apresentação de documentos contemporâneos dos fatos, e verificada a
correlação entre a atividade da empresa e a profissão do segurado.
Art. 600. A prova de exercício de atividade poderá ser feita por documento
contemporâneo que configure a verdade do fato alegado ou que possa levar à convicção
do que se pretende comprovar, observando-se o seguinte:
I - se o segurado pretender comprovar o exercício de atividade na condição de
empregado, a documentação apresentada deverá propiciar a convicção quanto ao
alegado, constando a designação da atividade, bem como a da empresa em que deseja
demonstrar ter trabalhado;
III - a aceitação de um único documento está restrita à prova do ano a que ele se referir.
I - servem como prova material, dentre outros, no que couber, os documentos citados
nos arts. 115 e 122; e
III - os documentos dos incisos I, III a VI, VIII e X do artigo 115, desta IN, quando em
nome do próprio requerente dispensam a realização de Justificação Administrativa para
contagem de tempo rural em benefício urbano e certidão de contagem
recíproca. (Inclusão dada pela Instrução Normativa INSS 61/2012).
Art. 601. Para fins de comprovação de tempo de contribuição por processamento de JA,
para empresa em atividade ou não, deverá o interessado juntar prova oficial de
existência da empresa, no período que se pretende comprovar.
Art. 604. A JA será processada por servidor especialmente designado pelo gerente da
APS ou chefe de benefícios desta, devendo a escolha recair em funcionários que
possuam habilidade para a tomada de depoimentos e declarações e que tenham
conhecimento da matéria objeto da JA.
Art. 605. As testemunhas indicadas pelo interessado, em número não inferior a 3 três e
nem superior a seis, deverão ser ouvidas separadamente, de modo que o depoimento de
uma nunca seja presenciado ou ouvido por outra.
Parágrafo único. As testemunhas serão advertidas das penas cominadas no art. 299 do
Código Penal, para o falso testemunho, devendo o processante ler, em voz alta, o teor
do referido artigo.
Art. 606. As testemunhas serão indagadas a respeito dos pontos que forem objeto de
justificação, no mesmo dia e hora marcados, quando ouvidas na mesma unidade
orgânica, não sendo o justificante obrigado a permanecer presente à oitiva.
III - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam;
VII - o que intervém em nome de uma parte, como tutor na causa do menor.
Art. 609. Por ocasião do processamento da JA, será lavrado o Termo de Assentada, que
será único, consignando-se a presença ou ausência do justificante ou de seu procurador,
para, posteriormente, o processante passar à inquirição das testemunhas, registrando a
termo os depoimentos.
§ 5º Terminada a oitiva de cada depoente, o termo será lido em voz alta pelo
processante ou pelo próprio depoente, sendo colhida a assinatura do depoente, a do
justificante ou seu procurador, se presentes, e a do processante, que deverão, também,
obrigatoriamente, rubricar todas as folhas de depoimento das testemunhas.
Parágrafo único. Não caberá recurso da decisão da autoridade competente do INSS que
considerar eficaz ou ineficaz a JA.
Art. 613. Se, após homologada a JA, ficar evidenciado que a prestação de serviço deu-se
sem relação de emprego, será feito o reconhecimento da filiação na categoria
correspondente a uma das demais espécies de segurado, com obrigatoriedade do
recolhimento das contribuições, quando for o caso.
Art. 614. Se, após a conclusão da JA, o segurado apresentar outros documentos
contemporâneos aos fatos alegados que, somados aos já apresentados e ao exposto nos
depoimentos, levem à convicção de que os fatos ocorreram em período mais extenso do
que o já homologado, poderá ser efetuado termo aditivo, desde que autorizado por quem
de competência.
Art. 615. Na hipótese de os documentos apresentados para a JA não forem aceitos por
não se constituírem em início de prova material, deverá o segurado ser cientificado do
fato, para que possa recorrer, se for de seu interesse.
Art. 616. No retorno dos processos em fase recursal, com decisão da Junta de Recursos
ou da Câmara de Julgamento para o INSS processar JA, esta deverá ser entendida como
diligência, procedendo-se da seguinte forma:
III - se o processante entender que não estão presentes os requisitos necessários para a
homologação quanto à forma, poderá deixar de homologar a JA, consignando as razões
através de relatório sucinto;
V - não será considerada cumprida a diligência que versar sobre processamento de JA,
se não houver manifestação quanto à homologação de forma e mérito, conforme os
incisos anteriores.
Art. 617. Novo pedido de JA para prova de fato já alegado e não provado e a
reinquirição das testemunhas não serão admitidos.
Art. 618. Entende-se por Pesquisa Externa, as atividades externas exercidas pelo
servidor do INSS, previamente designado para atuar nas empresas, nos órgãos públicos
ou em relação aos contribuintes em geral e beneficiários, que tem por objetivo:
§ 3º Somente deverão ser adotados os procedimentos de que trata este artigo, após ser
verificada a impossibilidade do segurado ou dependente apresentar os documentos
solicitados pelo INSS ou de se apresentar para a realização de perícia médica na unidade
de atendimento do Instituto.
Art. 619. Serão objeto de diligência prévia os casos em que ficarem evidenciadas
dúvidas relacionadas com o mérito da decisão.
Art. 620. A empresa colocará à disposição de servidor designado por dirigente do INSS
as informações ou registros de que dispuser, relativamente a segurado a seu serviço e
previamente identificado, para fins de instrução ou revisão de processo de
reconhecimento de direitos e outorga de benefícios do RGPS, nos termos do § 7º do art.
62 do RPS.
Art. 621. O INSS deve conceder o melhor benefício a que o segurado fizer jus, cabendo
ao servidor orientar nesse sentido.
Art. 623. Se por ocasião do despacho, for verificado que na DER o segurado não
satisfazia as condições mínimas exigidas para a concessão do benefício pleiteado, mas
que os completou em momento posterior ao pedido inicial, será dispensada nova
habilitação, admitindo-se, apenas, a reafirmação da DER.
Art. 624. A administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos
administrativos e sobre solicitações ou reclamações em matéria de sua competência (art.
48 da Lei nº 9.784, de 1999).
§ 2º A motivação deve ser clara e coerente, indicando quais os requisitos legais que
foram ou não atendidos, podendo fundamentar-se em decisões anteriores, bem como
notas técnicas e pareceres do órgão consultivo competente, os quais serão parte
integrante do ato decisório.
§ 1º A motivação deve ser clara e coerente, indicando quais os requisitos legais que
foram ou não atendidos, podendo fundamentar-se em decisões anteriores, bem como
notas técnicas e pareceres do órgão consultivo competente, os quais serão parte
integrante do ato decisório. (Item alterado pela Instrução Normativa INSS 59/2012)
Art. 627. Quando o servidor responsável pela análise do processo verificar que o
segurado ou dependente possui direito ao recebimento de benefício diverso ou mais
vantajoso do que o requerido, deve comunicar o requerente para exercer a opção, no
prazo de trinta dias.
Parágrafo único. A opção por benefício diverso ou mais vantajoso do que o requerido
deverá ser registrada por termo assinado nos autos, hipótese em que será processado o
novo benefício nos mesmos autos, garantido o pagamento desde o agendamento ou
requerimento original.
Art. 628. Das decisões proferidas pelo INSS poderão os interessados, quando não
conformados, interpor recurso ordinário às Juntas de Recursos do CRPS.
II - em caso de reforma total da decisão, deverá ser atendido o pedido formulado pelo
recorrente e o recurso perderá o seu objeto; e
III - em caso de reforma parcial da decisão, o recurso deverá ter prosseguimento quanto
à matéria controvertida.
Art. 633. É de trinta dias o prazo comum às partes para a interposição de recurso e para
o oferecimento de contrar-razões, contados:
Art. 634. Expirado o prazo de trinta dias da data em que foi interposto o recurso pelo
segurado ou pela empresa, sem que haja contrar-razões, os autos serão imediatamente
encaminhados para julgamento pelas Juntas de Recursos ou Câmara de Julgamento do
CRPS, conforme o caso, sendo considerados como contrar-razões do INSS os motivos
do indeferimento.
Art. 635. O recurso intempestivo do interessado não gera qualquer efeito, mas deve ser
encaminhado ao respectivo órgão julgador com as devidas contrar-razões do INSS, onde
deve estar apontada a ocorrência da intempestividade.
Art. 636. É vedado ao INSS escusar-se de cumprir diligências solicitadas pelo CRPS,
bem como deixar de dar efetivo cumprimento às decisões definitivas daquele colegiado,
reduzir ou ampliar o seu alcance ou executá-las de maneira que contrarie ou prejudique
o seu evidente sentido.
§ 1º É de trinta dias, contados a partir da data de recebimento do processo na origem, o
prazo para cumprimento das decisões do CRPS, sob pena de responsabilização
funcional do servidor que der causa ao retardamento.
§ 2º O exame de matéria controvertida de que trata o art. 309 do RPS, só deverá ser
evocado em tese de alta relevância, in abstracto, não sendo admitido para alterar
decisões recursais em casos concretos já julgados em única ou última e definitiva
instância.
Art. 638. O INSS poderá suscitar junto ao Conselho Pleno do CRPS a uniformização
em tese da jurisprudência administrativa previdenciária, mediante a prévia apresentação
de estudo fundamentado sobre a matéria a ser uniformizada, no qual deverá ser
demonstrada a existência de relevante divergência jurisprudencial ou de jurisprudência
convergente reiterada, nos termos do Regimento Interno do CRPS.
Art. 640. A matéria definitivamente julgada pelo CRPS, não será objeto de novas
discussões no mérito, por parte do INSS.
Art. 641. Não terá sequência eventual pedido de revisão, feita pelo segurado, de decisão
definitiva de benefício confirmada por única ou última instância do CRPS.
§ 1º No caso de pedido de revisão de acórdão sem novos elementos, deverá o INSS, em
despacho fundamentado, apontar o não cabimento por ter encerrado o trâmite do
processo, remetendo os autos ao CRPS.
Art. 644. Se o interessado apresentar recurso das decisões de matérias de alçada das
Juntas de Recursos, a petição será recebida pela APS e juntada ao processo, registrando-
se que a decisão da Junta de Recursos se trata de matéria de alçada, remetendo-se para a
Câmara de Julgamento, para fins de conhecimento.
Art. 646. Nos casos de recursos de interessados abrangidos por Acordos Internacionais,
a instrução do recurso à Junta de Recursos ficará a cargo da APS que concedeu ou
indeferiu o benefício.
Art. 647. Não será efetuada cobrança administrativa referente ao período em que o
beneficiário recebeu valores correspondentes a benefício que foi concedido ou reativado
em grau de recurso, mas que, por força de revisão de acórdão foi cessado, exceto nos
seguintes casos:
Art. 648. O requerente poderá, mediante manifestação escrita e enquanto não decidido o
processo de forma definitiva, desistir do pedido formulado.
Art. 649. Conclui-se o processo administrativo com a decisão administrativa não mais
passível de recurso, ressalvado o direito do requerente pedir a revisão da decisão no
prazo decadencial previsto na lei de benefícios.
Art. 651. Quando o beneficiário ou seu representante legal solicitar cópia de processo, o
custo deverá ser pago pelo requerente por depósito direto em conta única vinculada à
Unidade Gestora da Gerência-Executiva.
§ 1º O valor de cada cópia deverá ser igual àquele pago pela Gerência-Executiva,
previsto no contrato de reprografia.
§ 2º As cópias somente poderão ser entregues ao requerente mediante apresentação do
comprovante de depósito referido no caput, cuja cópia deverá ser arquivada.
Art. 652. Poderá ser permitida a retirada dos autos das dependências do INSS com a
finalidade de reproduzir os documentos do interesse do requerente, desde que
acompanhado por servidor, a quem caberá a responsabilidade pela integralidade do
processo até seu retorno.
§ 2º A carga dos autos ou a entrega de cópia em meio físico será devidamente registrada
pelo servidor no processo.
Art. 653. Ao advogado regularmente inscrito na OAB, que comprove essa condição,
poderá ter vista, para exame na repartição do INSS, de qualquer processo
administrativo, observado o disposto no parágrafo único do art. 650.
Parágrafo único. A carga dos autos será atendida por simples manifestação do advogado
habilitado por procuração, à vista da notificação.
Art. 656. Será permitida carga do processo, mesmo na hipótese de processo encerrado e
arquivado, ao advogado que se apresente munido de:
Art. 657. De acordo com o contido no art. 7º da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994
(Estatuto da Advocacia), não será permitida a retirada dos autos, nos seguintes casos:
Art. 661. A partir de 7 de maio de 1999, data da publicação do RPS, não cabe mais
encerramento de benefício e, por consequência, reabertura dos encerrados até 6 de maio
de 1999, salvo se o beneficiário houver cumprido a exigência até essa última data.
Art. 662. Os anexos referidos nesta Instrução Normativa serão disponibilizados no sítio
da Previdência Social, http://www.previdencia.gov.br/.
Ficam alterados os Anexos I e XIII da Instrução Normativa nº 45/INSS/PRES,
de 2010, conforme Instrução Normativa INSS/PRES 51/2011.
Fica instituído o Anexo XXXVII(*), conforme Instrução Normativa INSS/PRES
51/2011.
Ficam alterados os Anexos XII e XVI, conforme Instrução Normativa INSS
61/2012.
Art. 663. Até publicação de ato normativo específico, aplicar-se-á para requerimento de
Benefício de Prestação Continuada de que trata a Lei nº 8.742, de 1993, no que couber,
subsidiariamente, o disciplinado nesta Instrução Normativa.
Art. 664. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, devendo
ser aplicada em todos os processos pendentes de análise e decisão, e revoga a Instrução
Normativa INSS/DC nº 25, de 7 de junho de 2000; a Instrução Normativa nº
23/INSS/PRES, de 13 de dezembro de 2007; a Instrução Normativa nº 42/INSS/PRES,
de 3 de dezembro de 2009; e os arts. 1º ao 622 e Anexos da Instrução Normativa nº
20/INSS/PRES, de 10 de outubro de 2007.