Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Força Normativa Da Constituição e Os Limites À Mutação Constitucional em Konrad Hesse
A Força Normativa Da Constituição e Os Limites À Mutação Constitucional em Konrad Hesse
2013v62p275
ABSTRACT
**
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
275
1. INTRODUO
Konrad HESSE (1992), na busca pela afirmao da
fora normativa da constituio, contrape-se ao pensamento
de Ferdinand LASSALLE (1997), para quem as questes
constitucionais no so primordialmente questes jurdicas,
mas questes de poder. Nesse sentido, a constituio de um pas
seria composta pelas efetivas relaes de poder existentes em
sua estrutura, a saber, e.g.: os poderes militar, social, econmico
e espiritual (conscincia e cultura geral).
Segundo LASSALLE (1997), essas relaes efetivas de
poder seriam as foras operativas condicionantes de todas as
leis e instituies jurdicas da sociedade, dando corpo, pois,
constituio real de um pas.
Na opinio de HESSE (1991; 1992), tal pensamento
fascinante e fcil de compreender, porque se assenta em uma
viso realista da vivncia social e poltica, descartando quaisquer
iluses, bem como porque aparentemente se respalda na
experincia histrica. Contudo, para HESSE (1992), constituio
a constituio jurdica.
O propsito inicial do presente trabalho investigar o
pensamento de Konrad Hesse relativo afirmao da constituio
jurdica como ordenamento normativo capaz de determinar as
relaes de poder scio-culturais e polticas de um pas. E, em
um segundo momento, investigar o pensamento do autor acerca
dos limites mutao constitucional.
Ressalta-se a relevncia e atualidade desses temas no
apenas para a academia, mas principalmente no que diz respeito
prxis constitucional.
276
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
277
278
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
279
280
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
281
282
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
283
284
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
285
286
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
287
288
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
289
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
291
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
293
294
[...] si la norma abarca los datos de la realidad afectados por el programa normativo
como parte material integrante de la misma, el mbito normativo, las modificaciones
de este ltimo deben llevar a una modificacin de contenido de la norma. No todo
hecho nuevo pertenenciente al sector de la realidad regulado por la norma, el mbito
objetivo, es capaz de provocar tal modificacin. La instancia que decide se el hecho
modificado pertenece al mbito normativo es el programa normativo que se contiene
sustancialmente en el texto de la norma constitucional. [..] Slo en tanto este hecho
nuevo o modificado resulte perteneciente al mbito normativo puede aceptarse tambin
su cambio de la norma.
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
295
296
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
297
298
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
4. CONCLUSO
Konrad Hesse desenvolveu, como visto, importantes
contribuies para a afirmao da fora normativa da constituio
e para o estudo dos limites mutao constitucional.
Dentre os diversos temas aos quais se dedicou ao
escrever acerca do direito e hermenutica constitucional, o autor
buscou afirmar, com especial destaque, o carter normativo da
constituio jurdica, ou seja, do compromisso escrito de um
determinado pas, em relao aos fatores reais do poder. HESSE
(1991) contrape-se a posies como a de Ferdinand LASSALE
(1997), para quem os fatores reais de poder de uma sociedade
constituem o que este chama de constituio real, a qual afirma
que seria a verdadeira fonte de regulao social de um pas. Para
LASSALE (1997), a constituio jurdica teria fora vinculante
at onde correspondesse constituio real.
HESSE (1991) demonstra, entretanto, que no obstante
a inegvel influncia da realidade sobre o ordenamento jurdico,
este no deixa de ser fator de regulao desta mesma realidade,
muito menos seria a constituio um mero pedao de papel,
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
299
300
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
301
REFERNCIAS
CANOTILHO, Jos Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria da
constituio. 6. ed. Coimbra: Almedina, 1993.
BULOS, Uadi Lammgo. Mutao Constitucional. So Paulo: Saraiva,
1997.
HESSE, Konrad. A fora normativa da Constituio. Porto Alegre:
Sergio Antonio Fabris, 1991.
HESSE, Konrad. Escritos de Derecho Constitucional. 2. ed. Madrid:
Centro de Estudios Constitucionales, 1992.
302
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
Recebido em 15/10/2012.
Aprovado em 26/02/2013.
Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 62, pp. 275 - 303, jan./jun. 2013
303