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Ano III
Discente:
Válter Silvano Chemane
JA – Justiça Ambiental;
MW – Mega Watts;
UA – União Africana;
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO.................................................................................................4
Delimitação espácio-temporal....................................................................4
Objectivos...................................................................................................5
Questões de Pesquisa.................................................................................5
Zâmbia e Zimbabwe...................................................................................7
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................13
REFERÊNCIAS...............................................................................................14
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INTRODUÇÃO
TEMA: A HIDROPOLÍTICA DE MOÇAMBIQUE PARA O MALAWI: O CASO DA
NAVEGABILIDADE DOS RIOS CHIRE E ZAMBEZE.
Delimitação espácio-temporal
Este trabalho é uma análise que será enquadrada espacialmente em
Moçambique, pois é deste país que se pretende analisar a Política Externa.
Moçambique é o país que na sua relação com o Malawi, no caso da
navegabilidade dos rios Chire e Zambeze, tem que de certa maneira
responder (positiva ou negativamente) ao Malawi e por isso tem uma
responsabilidade enorme, visto ser um assunto com importância extrema
para os interesses dos dois países.
Faremos uma análise que vai desde o ano 2009 aos dias de hoje. Foi em
2009 que surgiram os projectos de construção da barragem de Mphanda
Nkuwa e ao mesmo tempo de construção de um porto na vila de Nsanje no
Malawi.
O trabalho surge no contexto dos debates acerca da construção da
barragem de Mphanda Nkuwa, da navegabilidade do rio Zambeze, e da
possibilidade de abertura do rio Chire ao Malawi, possibilitando assim a
construção do porto de Nsanje, parte de um projecto fluvial que consiste na
circulação de embarcações com mercadorias, do porto de Chinde (província
da Zambézia) ao de Nsanje (cidade malawiana) e vice-versa.
Já a barragem de Mphanda Nkuwa é um projecto ambicioso para
Moçambique e pode ver a sua realização impossibilitada, pelo projecto
fluvial referido. Com o projecto fluvial o Malawi tem o interesse de facilitar
as importações e exportações de cargas.
Moçambique é um país em desenvolvimento e que vela muito pela sua
segurança económica e grande parte das suas actividades são
consideradas em prol do seu interesse nacional. Esta questão tem o mesmo
carácter no Malawi, que também pretende a sua segurança económica.
Segundo o jornal SAVANA Online (2009) 1 os dois vizinhos assinaram, no dia
1
www.savana.co.mz/editorial/internacional/52-internacional/1375-nsanje-choque-de-
interesses-entre-moçambique-e-malawi do dia 1 de Setembro de 2009, consultado a 24 de
4
29 de Agosto de 2010, um memorando de entendimento para a criação do
projecto fluvial Zambeze – Chire para o transporte de pessoas e bens, ao
abrigo do Protocolo de Transportes, Comunicações e Meteorologia da SADC
e outros acordos internacionais. Ainda segundo o SAVANA Online (Ibid), os
dois países querem coisas diferentes, até porque o impacto ambiental da
implementação do projecto é devastador para Moçambique e o projecto da
barragem é economicamente mais favorável para Moçambique, como
convergem alguns funcionários Moçambicanos. Diante destes dados, é
importante questionar a atitude do Governo Moçambicano para decidir em
2010, que o projecto com o Malawi pode ser retomado, segundo Abdul
Razak2, como se pode ler no jornal “O País”3. Quais são os motivos que
levam o Governo Moçambicano a tomar esta atitude?
Objectivos
Geral
• De uma maneira geral, este trabalho pretende analisar os factores
determinantes da Política Externa de Moçambique para a região da SADC;
Específicos
• Estudar as condições sob as quais Moçambique decide em relação ao
Malawi;
• Questionar o modelo de actor racional na questão da Hidropolítica de
Moçambique para o Malawi.
Questões de Pesquisa
a. Em que consistem os determinantes domésticos e externos da
Política Externa de Moçambique para a SADC?
b. Qual é o papel dos actores regionais e internacionais no tratamento
da incompatibilidade de interesses entre Moçambique e Malawi?
Setembro de 2010.
2
Abdul Razak – Vice-Ministro dos Recursos Minerais.
3
www.opais.co.mz/economia/adbulrazakdizqueprojectocomomalawipodeserretomado,
consultado a 23 de Setembro de 2010.
5
c. Quais é que podem ser os instrumentos usados por Moçambique no
caso de pretender distanciar-se do projecto com o Malawi?
d. Em que consistem os ganhos de Moçambique com a construção da
barragem de Mphanda Nkuwa?
e. Como poderá o Malawi ver seus interesses garantidos nas suas
relações com Moçambique, com destaque para esta questão do projecto
fluvial?
4
O Memorando de entendimento visava a criação do projecto fluvial Nsanje – Chinde.
5
http://opais.sapo.mz/index.php/politica/63-politica/10446-zambeze-um-rio-de-problemas-e-
incidentes-diplomaticos.html consultado a 1 de Novembro de 2010.
6
sua chegada a Nsanje ter devido coincidir com a presença ali de Bingu wa
Mutarika. A segunda deu-se no dia 22 de Outubro de 2010, esta que devido
às detenções, culminou com o agravamento de das relações diplomáticas
entre os dois Estados. A detenção foi efectuada sob o pretexto de falta de
autorização pelas autoridades de Moçambique.
Zâmbia e Zimbabwe
Estes dois países mostram-se interessados no projecto fluvial e fizeram-
se presentes na cerimónia de inauguração do porto de Nsanje no Malawi e
prestaram apoio moral ao presidente Bingu wa Mutharika.
6
http://www.savana.co.mz/index.php?view=article&catid=52%3Ainternacional&id=1375%3Ansanje-
choque-de-interesses-entre-mocambique-e-malawi&option=com_content&Itemid=141 consultado a
24 de Setembro de 2010.
7
http://www.malawivoice.com/latest-news/riversdale-mozambique-to-study-navigability-on-
mozambique%E2%80%99s-shire-river/ consultado a 29 de Outubro de 2010.
9
privado, não achamos que esta tenha um choque de interesses com o
Governo de Moçambique.
“Com a via fluvial directa para o mar, o transporte ficará mais barato
para Malawi, porque não vai precisar pagar taxas aos portos
Moçambicanos.”10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
De uma maneira geral, o Governo Moçambicano não se mostra disposto
a aderir ao projecto fluvial com o Malawi; Moçambique tem uma atitude
realista, pondo os interesses nacionais em primeiro lugar. No seio de
muitos grupos de académicos remonta-se à História dos dois países que
nunca tenderam à cordialidade. Porém, neste caso, os interesses de
Moçambique superam qualquer outro motivo.
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REFERÊNCIAS
www.opais.co.mz/economia/adbulrazakdizqueprojectocomomalawipodese
rretomado, consultado a 23 de Setembro de 2010.
http://www.savana.co.mz/index.php?
view=article&catid=52%3Ainternacional&id=1375%3Ansanje-choque-de-
interesses-entre-mocambique-e-malawi&option=com_content&Itemid=141
consultado a 24 de Setembro de 2010.
http://opais.sapo.mz/index.php/politica/63-politica/10446-zambeze-um-
rio-de-problemas-e-incidentes-diplomaticos.html consultado a 1 de
Novembro de 2010
http://www.malawivoice.com/latest-news/riversdale-mozambique-to-
study-navigability-on-mozambique%E2%80%99s-shire-river/ consultado a
29 de Outubro de 2010.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/10/28/mundo,i
=220454/PROJETO+DE+HIDROVIA+E+O+MAIS+NOVO+FOCO+DE+TENSA
O+ENTRE+MOCAMBIQUE+E+MALAUI.shtml, visitado a 29 de Outubro de
2010
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