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MOÇÃO SOBRE O PRÉDIO Nº 31 NA RUA DE ALCÂNTARA

Há cerca de 7 anos que este prédio situado na Rua de Alcântara se encontra nesta situação
deplorável e perigosa.
Por decisão da Protecção Civil o prédio foi desocupado por colocar em risco de vida os
inquilinos e como tal, ser necessário proceder a obras urgentes. Alguns destes inquilinos
estão ainda alojados a custos da senhoria e as duas lojas de comércio pagaram renda até há
pouco, na expectativa de poderem retomar os seus negócios.
A senhoria não concretizou as obras, mantendo as vigas de sustentação do prédio a
ocuparem a via pública e as traseiras, onde também ocupam uma parte de um pátio
residencial, o que já motivou a instauração de um processo judicial por parte do dono desse
pátio.
Os comerciantes locais afirmam que as duas mortes aí ocorridas poderiam ter sido evitadas
se este mamarracho não existisse. Um caso terá sido o de um polícia, que para escapar de
ser colhido por um autocarro, acabou por embater nos ferros instalados no passeio. Um outro
caso, foi o de uma cidadã atropelada quando se delocava na estrada, fugindo às vigas do
prédio que ocupam o passeio.
Em particular, os cidadãos com cegueira ou com dificuldades de mobilidade são seriamente
penalizados por este mau exemplo para a freguesia e para a cidade.
A SIC, no programa “Nós por cá “ emitiu uma peça sobre esta situação. A bancada do Bloco
de Esquerda na AML entregou um requerimento onde são solicitados esclarecimentos à CML.
A senhoria, no início deste mês, mandou executar uma passagem que mantém uma estrutura
de ferro a meio da passagem, obrigando os cidadãos e cidadãs a curvarem-se para passar por
baixo. Mesmo que já estivesse concluída, não permitiria a passagem de cadeiras de rodas
e/ou carros de bebé, para além de ter uma barra de ferro a meio da passagem a 1.45 m de
altura e a obstrução lateral com uma placa em chapa da antiga alfaiataria.
Esta recente intervenção pode sugerir que esta situação seja para perpetuar.
Curiosamente, junto aos degraus das passagens de um lado e de outro, se encontram dois
sinais de trânsito, de momento considerados desnecessários, conforme fotografias em anexo.
Sobre as “melhorias” feitas nesta obra, desconhecemos se a mesma obteve autorização
municipal.
O arrastar deste caso prejudica a imagem da rua, influenciando negativamente o comércio
local, de carácter tradicional e por isso, já muito penalizado.
Sabemos que não compete à Câmara fazer as obras, mas também sabemos que a ela
compete salvaguardar o cumprimento das normas que devem reger estas situações,
designadamente as de acessibilidade.

Nesse sentido, o Bloco de Esquerda propõe que a Assembleia de Freguesia reunida no dia 24
de Fevereiro de 2010 delibere o seguinte:

1- Solicitar à CML uma informação detalhada desta situação, em que inclua as medidas
tomadas e a tomar com a proprietária do imóvel e qual a perspectiva de resolução deste
caso, referindo também a previsão da retirada dos sinais de trânsito .

Vitor Sarmento
ESTA FOTO MOSTRA O PRÉDIO ANTES DA AS RESTANTE 3 FOTOS
MOSTRAM A SITUAÇÃO
REPORTAGEM DA SIC EM 20/01/010: ACTUAL:

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