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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA


CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

RELATÓRIO DA PRÁTICA DE APICULTURA

RELATÓRIO DA DISCIPLINA APICULTURA

MARIA CAROLINA DANTAS UCHÔA


JULIANA COSTA
Alagoinhas, 26 de fevereiro de 2010
O MANEJO DE APIÁRIO
Por:

Maria Carolina Uchôa e Juliana Costa

Relatório apresentado à disciplina Apicultura do Curso em Ciências


Biológicas – Campus II – UNEB, como requisito parcial para
obtenção do conceito de avaliação.

Professor: Luiz Figueroa


Monitor: Rosângela

2010
1 INTRODUÇÃO:
A apicultura estuda as abelhas produtoras de mel e as técnicas para explorá-las racionalmente
em benefício do homem. Inclui técnicas de criação de abelhas e a extração e comercialização
de mel, cera, geléia real e própolis.

A apicultura tem como objetivo estimular e promover o desenvolvimento, seu estudo e


criação racional e atuar na preservação e recuperação ambiental utilizando as abelhas como
polinizadores e a apicultura como atividade sustentável.

O início da exploração da apicultura brasileira pelos colonizadores europeus foi


alicerçada em tecnologias importadas da Europa, em especial alemã,
destacando-se sua influência principalmente no Sul do Brasil. A produção de mel
do Brasil, na ocasião (década de 50) era muito pequena, se comparada com a
produção de países vizinhos, apesar de o nosso clima ser tropical e de
possuirmos excelente flora, propícia à exploração da apicultura.

Tal fato chamou a atenção do geneticista brasileiro professor Warwick E. Kerr


para analisar o problema. Ele se dirigiu à África em 1956 e, após constatar a alta
produtividade das abelhas africanas Apis mellifera scutellata, decidiu introduzi-
las no Brasil.

A total falta de conhecimento da biologia e do comportamento das abelhas


africanas, bem como a inexistência de métodos apropriados de manejo das
mesmas, foi principal causa da maioria dos acidentes noticiados pela mídia da
época. Esses fatos causaram impacto negativo na população, surgindo o termo
“abelha assassina”, criado pela mídia com sérios danos à apicultura.
Muitos apicultores abandonaram suas atividades, e ocorreu um verdadeiro caos
na apicultura brasileira. A dependência brasileira de material apícola importado
era absoluta, desde colméias até centrífugas e demais implementos apícolas. O
associativismo era quase inexistente.
O período culminou na criação da Confederação Brasileira de Apicultura.

Posteriormente uma série de ações em universidades e alguns órgãos


governamentais, lideradas pelos pesquisadores, técnicos e apicultores,
proporcionou grandes mudanças na apicultura brasileira como:Adaptação
propriamente dita do apicultor às abelhas africanizadas; significativa produção
de artigos científicos acerca dessas abelhas;desenvolvimento de novas
metodologias de manejo;
autonomia da indústria de material apícola.
Com a migração das abelhas africanizadas em direção ao Norte e Nordeste do
país, alguns estados nordestinos passaram a se interessar pela apicultura,
ocorrendo significativo aumento do número de apicultores e de colônias de
abelhas africanizadas nessa região. Destaca-se a marcante política de incentivo
apícola com os importantes programas de capacitação e apoio tecnológico
prestados aos apicultores, em especial no Nordeste.

Em face do indubitável crescimento da apicultura brasileira, com mais apoio


governamental e de entidades correlatas, melhor organização do associativismo
apícola e boa dose de otimismo quanto à continuidade das exportações, é
possível prever um futuro promissor da apicultura brasileira. O Brasil deve se
tornar um dos mais importantes fornecedores mundiais de produtos apícolas e,
em especial, de mel orgânico.

Esse relatório é composto de um breve histórico do programa de apicultura na instituição


(UNEB campus II);revisão de literatura,tendo como base artigos de cunho científico,
disponibilizando ao leitor um conhecimento mais amplo e aprofundado do tema
abordado;descrição das atividades desenvolvidas, apresenta as técnicas e formas de manejo do
apiário realizadas nas aulas práticas da disciplina; conclusão contendo as considerações finais.
2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

A UNEB mantém uma parceria com Cooperativa dos Apicultores de Inhambupe (Cooame),e
juntos produzem 120 quilos de mel anualmente no campus II da UNEB.

Por meio de convênio de cooperação técnica entre os parceiros, estão sendo produzidos cera e
mel nos mais de 80 mil hectares de eucalipto da região agreste do estado, além de promover a
polinização de plantas silvestres e culturas de laranja e girassol.

Para o beneficiamento dessa produção - realizado pela Cooame com orientação de professores
e estudantes da UNEB -, dentro do campus universitário foram instalados a Casa do Mel e um
apiário (conjunto de colméias).Os dois equipamentos são utilizados também para os trabalhos
de pesquisa e os cursos de capacitação nessa área, oferecidos pela universidade.

As atividades estão sob orientação dos docentes do Departamento de Ciências Exatas e da


Terra (DCET) do campus, Luís Enrique Figueroa, coordenador do projeto de apicultura, e
Luciene Lima, os quais, desde 1996, desenvolvem na unidade atividades de pesquisa e
extensão na área de apicultura e meliponicultura (criação racional de abelhas com e sem
ferrão, respectivamente).

Um do muito benefícios que a atividade propicia é a inclusão social e econômica de muitas


famílias. A apicultura tornou-se meio de sobrevivência de muitas famílias nordestinas.

O professor Luis Figueroa ministra a disciplina Apicultura no curso de Ciências Biológicas,


na qual os graduandos aprendem técnicas de criação de abelhas e extração de produtos
derivados da colméia, conhecimento que é repassado aos pequenos apicultores cooperativados
da região. O professor ,inclusive, está buscando junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF),
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a certificação da produçãode
mel no campus II.

3 REVISÃO DE LITERATURA
O melhor histórico que conhecemos da Apicultura Brasileira é o feito por NOGUEIRA
NETO, em 1972. Examinando documentos científicos, conclui ele que quem introduziu a
Apis mellifera no Brasil foi o Padre ANTONIO CARNEIRO AURELIANO, com a
colaboração secundária de PAULO BARBOSA e SEBASTIÃO CLODOVIL DE SIQUEIRA
E MELLO, em março de 1839, proveniente do Porto, Portugal. Em 1845, afirma PAULO
NOGUEIRA NETO, os colonizadores alemães trouxeram consigo raças de Apis mellifera
mellifera da Alemanha, introduzindo-as no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Em
1870 a 1880, HANEMANN &. SHENCK, HANEMANN & BRUNET trouxeram as
primeiras abelhas italianas para o sul do Brasil. Ainda segundo NOGUEIRA NETO,
BRUNET recebeu duas colônias de abelhas francesas e duas colônias de abelhas italianas e as
introduziu em São Bento das Lages, (Bahia) NOGUEIRA NETO também concorda que de 19'
para cá, e que se iniciou, verdadeiramente, a fase cientifica que, de agora em diante, passarei a
relatar, citando alguns dos trabalhos que considero mais relevantes.

4 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


O objetivo da prática de apicultura era a manutenção e posteriormente divisão de enxames,
entretanto nosso enxame havia acabado de estabelecer-se não possuindo larvas, nem produção
de mel .Restringimo-nos a alimentar o enxame com a pasta energética composta por mel e
soja, para observar posteriormente seu desempenho. Observamos que provavelmente o
enxame era comandado por uma rainha velha que havia enxameado com parte deste para
aquela caixa, deixando o restante sob comando de uma rainha nova na colméia de origem.
Como resultado, nosso relatório refere-se a última aula prática realizada no dia 22 de fevereiro
de 2010, onde foram observadas seis caixas pertencentes a nossos colegas de disciplina,pelo
fato do enxame que nos foi incubido ter enxameado.

A primeira caixa observada foi a caixa pertencente a Ellen, Natália e Rafael. A caixa continha
quadros com crias novas, pulpas, pólen e mel verde. Precisava de uma melgueira

A segunda caixa pertencia a Eunice, Thiago e Renato.As abelhas presentes nesta caixa
enxamearam, provavelmente por causa da morte da rainha velha, substituída por uma rainha
nova.A caixa carecia de quadros novos com crias pra restabelecer o enxame.

A terceira caixa observada continha crias novas, pulpas, pólen e melgueira. A melgueira
estava cheia de favos de mel maduro pronto pra ser colhido urgentemente. Esta caixa não
pertencia a nenhum dos alunos .

A quarta caixa observada pertencia a Vallesca e Bruna .Continha melgueira, crias novas,
pulpas,pólen. A melgueira estava cheia de favos de mel maduro pronto para ser colhido. O
professor considerou aquele um enxame forte, uma boa colméia.

A quinta e sexta caixas observadas pertenciam a Nayara e Joyce que nas aulas práticas
anteriores haviam dividido o enxame. A quinta caixa não continha melgueira ,mas estava
cheia de favos de mel maduro nos quadros .Foi observado também que os quadros continham
pólen, pulpas, mas não continham crias novas, concluiu-se então que naquela caixa não havia
uma rainha, a solução então seria colocar novos quadros com crias novas ou uma nova rainha.
A sexta caixa continha crias novas, pulpas ,pólen e mel verde.

6 CONCLUSÃO

De acordo com o observado, conclui-se que as caixas,em geral, precisavam de manejo.Seja


com relação a colheita do mel, a disposição de quadros novos, contendo crias novas ou não, a
alimentação artificial e etc.
As aulas práticas e teóricas foram de extrema importância, mostrou-nos a vida das abelhas
(seres extraordinários). A apicultura cooperada trata o manejo das abelhas de modo seguro e,
principalmente, ecológico. E nos possibilita a visão de um mundo mais sistêmico, onde cada
elemento é visto dentro de um sistema mais amplo e que alterações individuais podem acabar
por afetar o todo.
A atividade cooperada preocupa-se com o baixo custo ambiental, promove a integração e
inclusão social. Fato este decorrente do comprometimento e cooperação existente entre os
associados.
7 ANEXOS

EQUIPAMENTOS ULTILIZADOS NO APIÁRIO

Fumigador

Partes que compõem um fumigador: (A) tampa, (B) fole, (C) fornalha, (D) grelha, (E) bico de
pato.

Formão de Apicultor

Figura 17. Formão do apicultor (A) e vassoura ou espanador (B).


Vestimenta apícola

Vestimenta apícola completa: (A) jaleco com máscara e calça, (B) luvas, (C) bota.

Colméia

Partes da colmeia Langstroth: tampa (A), melgueira (B), ninho (C), fundo (D).

Colmeia Langstroth aberta mostrando a disposição dos quadros dentro do ninho (A) e o
alvado (B).
Bibliografia:

http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/historico.htm

http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/equipamentos.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Apicultura

http://www.uneb.br/exibe_noticia.jsp?pubid=4488

http://www.femapmg.com.brl

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