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Ano IV - Nº 1
Janeiro de 2010
DESTAQUES DO MÊS
NOTÍCIAS
Regimento Interno do
Conade será revisado
para incorporar
regulamentação
envolvendo ética e outros
avanços Imagens dos projetos
dos estádios. No
sentido horário,
Maracanã (Rio de
Ministério do Turismo e Janeiro/RJ), Estrela
dos Reis Magos
Associação para (Natal/RN) e Beira-
Valorização da Pessoa Rio (Porto Alegre/RS)
Cito parte do discurso do Presidente da Republica, para fazer uma reflexão sobre o conteúdo do
PNDH-3. O interesse meu por uma palavra ou uma vírgula do documento é diferente do interesse de
outras pessoas. Isso porque os meus valores são diferentes dos seus e estes por sua vez são
diferentes nas demais pessoas. E assim é em todo processo democrático. A importância que eu dou a
determinado ponto de um documento é diferente para cada um dos atores em uma democracia.
Segundo Nelson Rodrigues, a unanimidade é burra.
E é justamente por não ter unanimidade que o PNDH-3 ganha maior importância, pois as divergências
vão proporciona a discussão de seu conteúdo e na pior das hipóteses isso vai permitir divulgar o que foi
construído. Sem isso continuaremos onde estamos: muita gente criticando sem ao menos conhecer o
que foi escrito. Mas diante de todo questionamento, uma coisa não se pode negar: O PNDH-3 foi fruto
da participação social por meio do envolvimento da sociedade civil em todo o seu processo.
Estruturado em seis eixos básicos a partir dos quais são sugeridos objetivos estratégicos, diretrizes
e ações programáticas, o PNDH-3 foi o resultado das resoluções aprovadas na 11ª Conferência
Nacional de Direitos Humanos, em dezembro de 2008, bem como de intenso processo participativo
desenvolvido nos Estados, além de propostas aprovadas em cerca de 50 conferências nacionais
temáticas realizadas desde 2003. Além disso, realizaram-se, ainda, 137 encontros prévios às etapas
estaduais e distrital, denominados Conferências Livres, Regionais, Territoriais, Municipais ou Pré-
Conferências, e o documento foi objeto de consulta pública. Participaram ativamente do processo em
torno de 14 mil pessoas, reunindo membros dos poderes públicos e representantes dos movimentos de
mulheres, defensores dos direitos da criança e do adolescente, pessoas com deficiência, negros e
quilombolas, militantes da diversidade sexual, pessoas idosas, ambientalistas, sem-terra, sem-teto,
indígenas, comunidades de terreiro, ciganos, populações ribeirinhas, entre outros. Negar a
legitimidade desse processo é se contrapor a uma efetiva política de participação e controle social.
O PNDH-3 é uma Política de Estado e não de Governo. Ele ainda é um programa e não uma resolução.
Voltando ao discurso do Presidente Lula, precisamos trabalhar para que as intenções sejam
transformadas em direitos, e nisso temos um importante trabalho enquanto órgão superior criado para
acompanhar o desenvolvimento da política nacional para inclusão da pessoa com deficiência.
Boa leitura!
Denise Costa Granja, presidente do Conade
EM FOCO Página 3 de 16
A
pós ouvir o
coordenador da
Comissão de
Comunicação Social (CCS),
Roberto Tiné (Apabb), que
apresentou o Relatório da
Reunião da CCS, o Plenário do
Conade reunido na 67ª
Reunião Ordinária, aprovou o
planejamento da Campanha
da Acessibilidade, objeto da
Nota Técnica
01/2010/Conade/SEDH-PR,
preparada pela coordenadora
geral do Conade, Marcia
Melo.
A proposta da Campanha da
Acessibilidade para os
próximos anos é focalizar a
ação de mobilização e
sensibilização, prioritariamente, nas 12 Foto do Plenário do Conade durante a 67ª Reunião
cidades-sede da Copa do Mundo (Fortaleza, Ordinária.
5. Elaborar, em
parceria com o
Ministério da
Educação, um
filme de curta Foto do Plenário do
metragem da Conade. Em
Turma da Mônica, primeiro plano, da
esq. para a dir. A
com todos os conselheira Gecy
recursos de (FBASD), Tânia
acessibilidade, Mariza (MPS)
Raimundo de Souza
para ser exibido (MPS) e Elyria
em cadeia nacional Credidio (MDS).
na televisão e nos
cinemas.
Já aderiram à Campanha da
Acessibilidade vários governos de
estado, prefeituras, órgãos públicos,
universidades, entidades privadas,
clubes e federações de futebol,
personalidades públicas e escola de
samba.
A
Comissão Provisória de Ética, criada O Regimento Interno em vigor foi elaborado
em novembro de 2009, apresentou o em 2005, e deverár passar por uma reforma
resultado do seu trabalho para o completa, buscando a modernização do Conade.
Plenário da 67ª Reunião Ordinária do
Conade. Criada originalmente para criar um
código de ética para ser seguido pelos
conselheiros do Conade, a comissão apresentou
a proposta de reformar o Regimento Interno
do Conade, incluindo, entre outras melhorias,
novas regras que disciplinem a conduta dos
conselheiros do Conade. Essa sugestão suprime
a necessidade de criação do código de ética,
uma vez que o próprio Regimento Inteno deverá
contemplar o assunto.
O
IV Encontro de Conselheiros será
realizado em Brasília de 25 a 27 de palestras, mesas-redondas, oficinas e grupos
julho de 2010, e deverá contar com 800 de trabalho para discussão dos temas que serão
participantes de todos os Estados brasileiros. apresentados.
Cada conselho, seja ele estadual ou municipal, A infraestrutura do evento deverá contar com
terá direito a duas vagas, devendo ser material impresso, em braile e ampliado, além
distribuidas paritariamente (uma vaga para de legenda em tempo real e intérpretes da
Libras.
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A Mesa
O evento foi conduzido pelo presidente do CNDI, José Luiz Teles e pela presidente do
Conade, Denise Granja. Na mesa estavam presentes Izabel Maior, titular da Subsecretaria
Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Perly Cipriano, titular da
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Foto do da mesa que conduziu a videoconferência. Da esq. para a dir. Roberto Loyola, (SEDH), Denise Granja
(Conade), José Luiz Teles (CNDI), Perly Cipriano (SEDH) e Izabel Maior (SEDH).
Em seu pronunciamento, Denise Granja lembrou que a defesa que o Conade fez ao PNDH-3
através da Moção de Apoio lançada pelo Conselho em dezembro de 2009 se refere ao
processo democrático que envolveu a criação do PNDH-3 e não ao seu conteúdo. Denise
lembrou, também, que o debate dos assuntos polêmicos só pode ser feito nas mesmas
instâncias democráticas que elaboraram o documento.
Roberto Loyola conclamou a todos que se debrucem nas 25 diretrizes existentes no PNDH-3,
com o objetivo de acompanhar o seu cumprimento. Já a subsecretária Izabel Maior enfatizou
que direitos humanos não se definem, pois eles são inerentes à pessoa. Basta nascer que já se
tem direitos. Defendendo o PNDH-3, Izabel lembrou que democracia não se sustenta sem
direitos humanos e que as divergências fazem parte de qualquer processo democrático, mas
que as divergências têm de ser discutidas nas arenas democráticas.
Plenário do Conade, em sua 67ª Reunião uma efetiva política de participação e controle
Ordinária, referendou a Moção de Apoio ao social.
PNDH-3, assinada em 13 de janeiro de
2010 pela Presidência Ampliada do Conade.
A
Moção de Apoio
foi divulgada no
site do Conade e
distribuída por e-mail para
instituições e
personalidades ligadas ao
segmento, e enfatiza o
processo democrático de
construção do Programa. O
PNDH-3 é resultado de
uma ampla participação
social por meio de
consultas onde
os diferentes segmentos
da sociedade brasileira,
incluindo o das pessoas
com deficiência, tiveram a
oportunidade de colaborar
com a sua construção em
diferentes fóruns
democráticos. Destaca-se Foto da conselheira Laís Lopes (OAB), apresentando
que essa revisão e atualização do PNDH se a Moção de Apoio ao PNDH-3 para o Plenário do
deram por meio de legítimos espaços de Conade.
participação e controle social, o que envolveu
principalmente os Conselhos de Direitos e as Trata-se de uma Política de Estado e não de
conferências nacionais, estaduais e Governo. Nesse sentido, respeita o Pacto
municipais, realizadas em todo o país. Negar a Federativo e as respectivas competências dos
legitimidade desse processo é se contrapor a diversos Poderes da República, sugerindo
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5. Assunto: Funcionário público que não consegue transferência. Encaminhamento: Tendo em vista que
não existia elementos para justificar a pretensão da interessada quanto à transferência de local de
trabalho em face de sua deficiência, o processo foi arquivado.
6. Assunto: Denúncia sobre inércia e omissão referente à incongruência de participação de pessoa com
deficiência em concurso público do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Encaminhamento:
Como não é atribuição do Conade apreciar ou deliberar a respeito de reclamações contra membros do
Ministério Público, o processo foi arquivado
7. Assunto: Inquérito Civil nº 53/2008, efetivo respeito de reserva de vagas para deficientes físicos nos
concursos públicos. Encaminhamento: Como a Procuradoria do Rio de Janeiro apenas informou ao
Conade que já tomou as providências cabíveis em relação à reserva de vagas para pessoas com
deficiência no município de Macuco, tendo ajustado o TAC com a prefeitura, o processo foi arquivo sem
apreciação do mérito.
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A grafia de siglas obedece às regras ortográficas da lingua portuguesa. As principais normas são:
1. Sigla com até três letras deve ser grafada em caixa alta. OAB
2. Sigla com quatro ou mais letras e que seja pronunciada como se fosse uma palavra deve ser grafada em caixa
baixa, com exceção da letra inicial que deve ser maiúscula. Conade
3. Sigla com quatro ou mais letras e que só possa ser pronunciada letra por letra deve ser grafada em caixa alta.
SEDH
4. Toda sigla, independentemente do número de letras, em que algumas letras não correspondem à letra inicial de
cada um dos nomes que a compõem, deve ser grafada em caixas alta e baixa. UnB
5. No caso de órgãos estrangeiros, deve ser mantida a sigla do idioma original, porém grafada conforme as regras
anteriores. Unesco
6. Sigla de entidade com unidades regionais ou estaduais deve ser grafada com hífen seguido da sigla do estado
ou região. Apae-DF
7. As siglas, assim como as abreviaturas, não admitem a pluralização. As Apae
Comitê Editorial:
Denise Costa Granja (MC)
Roberto Tiné (Apabb)
Romeu Sassaki (CVI-Brasil)
Revisão:
Niusarete Margarida de Lima (SEDH)
Apoio: