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PROMOTORIA DE JUSTIÇA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E SOCIAL

IC n° 740/2008 – 9º PJ

TERMO DE DECLARAÇÕES

Aos 26 de março de 2010, às 13h40, no gabinete da 9ª


Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, situada
à Rua Riachuelo, nº 115, 7º andar, presente o Dr. Saad Mazloum,
Promotor de Justiça, compareceu o Sr. AGUINALDO XXXXX, brasileiro,
separado, autônomo, RG XXXXX e CPF XXXXX, com endereço à Rua
XXXXX - São Paulo. Inquirido, respondeu: O declarante é o presidente do
Consórcio Aliança Paulistana, permissionária de serviço público de transporte
coletivo. Integram este Consórcio, a Associação Paulistana (não é cooperativa)
e a CooperNova Aliança (cooperativa). O declarante também é o presidente da
Associação Paulistana. O presidente da Cooper Nova Aliança é Wilson
XXXXX. O Consórcio Aliança Paulistana atua na Região Nordeste, Área 3.
Consigna que muitas linhas da Área 4 também são operadas pelo Consórcio
Aliança Paulistana (no momento não sabe dizer quais são essas linhas). Isto
está no contrato assinado com a SPTrans.

Sobre a Linha 3028-10 (JD. NSA. SRA. DO CARMO/GUAIANAZES), o


declarante afirma que tomou conhecimento da irregularidade (operadores
param no ponto mesmo sem solicitação de usuário, e ficam parados de 2 a 4
minutos; chamam operadores aos berros, irritando usuários e atrapalhando
outros coletivos) pelo Blog do Ônibus. Então fez uma reunião com os
operadores e orientou a não procederem dessa forma. Afirma que os
operadores (motoristas e cobradores) estão obedecendo rigorosamente essa
orientação, ou seja, não estão mais parando em pontos onde não são
solicitados. Também não estão mais berrando e chamando passageiros. Não
estão atrapalhando a parada solicitada de outros coletivos. O declarante
também destinou mais fiscais nas linhas, sobretudo nesta 3028-10.

Sobre a Linha 3795 (METRO ITAQUERA/JD. SAO CARLOS), em que há


reclamação de usuários no sentido de que “às 23h, todos os dias fico de 30 a
40 minutos esperando no ponto de ônibus”, afirma o declarante que a frota
para essa linha é de 4 carros. Afirma também que a rua é de terra, o que
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dificultou muito a operação em consequência das chuvas no período. Também


já foi feito um pedido para a SPTrans para aumentar a frota. O pedido foi feito
a semana passada. O declarante encaminhará no prazo de 10 dias a
resposta da SPTrans. Independentemente disso, o declarante se compromete
a melhorar o atendimento dessa linha.

Sobre a Linha 2715-10 (VILA SILVIA / METRÔ PATIRARCA), em relação


a qual também há diversas reclamações (neste ato é entregue ao declarante a
relação de reclamações (superlotação, não atendimento de paradas para
embarque de passageiros, embarque pela porta traseira, desrespeito aos
usuários, atrasos, transporte de passageiros de forma desumana, carros
trafegam com portas abertas), inclusive com informações da SPTrans (fls.
1440/1442 do inquérito civil) no sentido de ter apurado falta de partidas, o
que gerou autuações, isto em maio de julho de 2009. Afirma que o
Consórcio foi apenas multado pela SPTrans. O declarante toma conhecimento
neste ato que a Promotoria expediu ofício, com documentos, ao Prefeito do
Município de São Paulo, Exmo. Sr. GILBERTO KASSAB, bem como ao Sr.
ALEXANDRE DE MORAES, Secretário Municipal de Transportes e
presidente da SPTrans, para conhecimento e adoção de providências efetivas e
concretas visando a regularização da linha 2715, operada pelo CONSÓRCIO
ALIANÇA PAULISTANA (Região Nordeste – Área 3), pois os graves
problemas relatados persistem, não tendo surtido efeitos positivos a noticiada
autuação e intensificação de fiscalização (fls. 1.447/1.448). Afirma o
declarante que, até hoje (26/3/2010), não recebeu qualquer comunicação,
informação ou convocação por parte do Prefeito ou do Secretário de
Transportes, ou de qualquer outro agente municipal (SPTrans ou da Prefeitura)
visando a adoção de providências sobre essa linha.

O declarante esclarece que o Consórcio Aliança Paulistana jamais recebeu


qualquer outra autuação ou sanção por parte da municipalidade (prefeitura ou
SPTrans) que não fosse a de multa.

O declarante encaminhará também no prazo de 10 dias a relação completa


das linhas operadas pelo Consórcio Aliança Paulistana. Encaminhará por e-
mail a relação, em tabela Excel ou PDF. O Consórcio Aliança Paulistana
possui ISO 9001, há 2 anos. A empresa certificadora foi a FUNDAÇÃO
CARLOS ALBERTO VANZOLINI. Não sabe dizer qual foi o valor do
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contrato. O declarante era o presidente do Consórcio Aliança Paulistana


quando houve a certificação. Afirma que os auditores da Fundação Carlos
Alberto Vanzolini acompanharam o atendimento das linhas operadas pelo
Consórcio Aliança Paulistana. Viajaram nos coletivos. Também fizeram
auditoria nos pontos. As linhas e os pontos foram escolhidos aleatoriamente.
Esses auditores, da FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI
consideraram satisfatório e bom o atendimento ao usuário de transporte, feito
pelo Consórcio Aliança Paulistana. Esse certificado foi renovado em 2009.
Será novamente renovado em 2011. O declarante também encaminhará no
prazo de 10 dias cópia dos dois contratos assinados com a FUNDAÇÃO
CARLOS ALBERTO VANZOLINI. Neste mesmo prazo, o declarante
encaminhará os laudos confeccionados pela Fundação.

Nada Mais. Lido e achado conforme, vai este termo assinado por mim,
Promotor de Justiça Saad Mazloum e pelo declarante.

Saad Mazloum
9o Promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social

Aguinaldo XXXXX
Declarante

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