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Alegações Finais Da Associação Dos Tuk Tuk Ecológicos
Alegações Finais Da Associação Dos Tuk Tuk Ecológicos
efeito til dos direitos dos moradores, estando apenas em causa alguma
perturbao causada pelo rudo. Por esta razo, considera-se ilcita a dispensa
desta fase procedimental, em violao do direito de participao dos particulares
na formao de decises pela Administrao (artigo 267., n. 5 da Constituio
da Repblica Portuguesa), o que consubstancia fundamento de invalidade do
regulamento ao abrigo dos artigos 143., n. 1 e 144., n. 1 do CPA.
Contraditoriamente, a contra-interessada, Associao de Taxistas de Capital,
contesta que houve lugar audincia dos interessados com a correspondente
notificao da Associao dos Tuk Tuk Ecolgicos e da Associao de
Empresrios dos Tuk Tuk. Como meio de prova, a contra-interessada anexa duas
cartas registadas, alegadamente recebidas pelos autores. No sendo remetente
nem destinatria das missivas, a obteno e divulgao das mesmas pela
Associao de Taxistas de Capital implica a violao de correspondncia. Por
isso, a prova apresentada ser nula nos termos dos artigos 32., n. 8 da
Constituio e 126., n. 3 do Cdigo de Processo Penal aplicados
analogicamente (como se admite em relao ao processo civil: acrdo do
Tribunal da Relao de Guimares de 16-02-2012, Jos Rainho [Relator]).
Ainda, a confisso pelo Municpio de que no foi realizada a audincia dos
interessados, leva a concluir pela falsidade dos documentos apresentados.
No seu depoimento como testemunha, o vereador Carlos Moura demonstrou um
estranho desconhecimento acerca do procedimento que desencadeou no
regulamento em questo, bem como da defesa apresentada pelo Municpio onde
exerce funes, reconhecendo a contradio supra mencionada.
de
testemunhas,
apesar
de
este
ltimo
ter
demonstrado
No sujeio dos motoristas dos Tuk Tuk a inspeces peridicas de aptido fsica
e psicolgica, como os taxistas
No se viola aqui o princpio da igualdade, na medida em que se tratam de
actividades distintas. As empresas de Tuk Tuk inserem-se no ramo turstico e os
seus motoristas desempenham a funo de guias, sendo esta actividade e suas
condies de acesso e exerccio regulada pelo Decreto-Lei n. 108/2009, de 15
de Maio. Por seu lado, a actividade dos taxistas incide, predominantemente,
sobre o simples transporte de pessoas e respectiva bagagem, ao que as empresas
filiadas na nossa Associao no pretendem ser alternativa.
A existncia deste controlo no assegura em nada a qualidade do servio de
transporte por Taxi. So conhecidos do pblico os inmeros abusos cometidos
pelos empresrios do sector contra os seus clientes (em especial os estrangeiros),
desde recusas aleatrias prestao do servio cobrana de preos que
excedem as tarifas aplicveis.
Os advogados
Andr Julio
Carolina Viegas
David Alves
Romina Almeida
Virgnia Nascimento