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JOSÉ FIRMINO, Nacionalidade, Estado Civil, Profissão, Portador Do RG
JOSÉ FIRMINO, Nacionalidade, Estado Civil, Profissão, Portador Do RG
Proc. n _______________
II DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE
Conforme se extrai dos fatos acima narrados, verifica-se que o ru,
embora seja o proprietrio do veculo envolvido no acidente, no parte legtima para
figurar no polo passivo da demanda em tela, visto no ter sido o causador do dano que
origina a presente pretenso.
Nesse sentido, dispe o art. 3 do Cdigo de Processo Civil que para
propor ou contestar ao necessrio ter interesse e legitimidade. Assim, para se
configurar a legitimidade do ru preciso que haja relao de sujeio pretenso do
autor. No caso dos autos, todavia, considerando que a conduta que deu causa ao prejuzo
pleiteado no fora praticada pelo promovido, h de ser reconhecida sua ilegitimidade
para integrar a presente relao processual.
Desse modo, nos termos do art. 267, VI do Cdigo de Processo Civil, o
ru requer, desde j, a extino do feito sem julgamento do mrito, tendo em vista a
ilegitimidade passiva ad causam.
III DO MRITO
Caso Vossa Excelncia no acolha a preliminar de ilegitimidade, passa-se
a enfrentar o mrito, em ateno ao princpio da concentrao e da eventualidade que
regem a pea contestatria.
Dispe o art. 927 do Cdigo Civil que aquele que, por ato ilcito (arts.
186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo. O art. 186 do mesmo
diploma legal, por sua vez, disciplina:
Art. 186: Aquele que, por ao ou omisso voluntria,
negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilcito (destaque nosso).
Pela leitura dos dispositivos acima mencionados, fcil concluir pela
ausncia de responsabilidade do promovido quanto aos danos sofridos pela autora, eis
que inexistiu conduta praticada por ele.
Com efeito, a conduta humana elemento indispensvel para caracterizar
a responsabilidade civil, exigindo-se, ainda, a existncia do prejuzo e do nexo de
causalidade entra a ao ou omisso humana e o resultado lesivo gerado.
No caso dos autos, entretanto, resta claro, pela prpria narrativa ftica
descrita na inicial, que o veculo causador do dano era conduzido por terceira pessoa
(GEORGE SANTOS) e no pelo demandado. Logo, inexiste conduta humana ilcita
praticada pelo ru, o que impede sua responsabilizao.