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Estampas usando técnica de serigrafia sobre linho foram escavadas pelos arqueólogos
em tumbas egípcias de 8.000 anos. Seda estampada foi encontrada em escavações a
leste do Turkistão e Kansu muito provavelmente originárias da dinastia Tang chinesa.
Já os Tartans, tão famosos símbolos dos clãs escoceses surgiram, com este específico
propósito, apenas no século XVIII. A falta de tecnologia indispensável para a imensa
quantidade de diferentes combinações de tons que classificam os vários clãs,
impossibilitava o tingimento homogêneo do fio, necessário para a confecção da
padronagem xadrez complexa dos tartans.
Para os espanhóis dos séculos XIV e XV a seda era muito cobiçada pois refletia uma
distinção soberba que os atraia devido a seu temperamento. Por volta do ano 1200
aconteceram várias mudanças importantes, entre elas o fato das cores deixarem de
possuir um significado simbólico, deixando de serem usadas com o propósito específico
de indicar as diferenças de classes – papel este que passou a ser exercido pelo tecido,
no caso a seda, devido ao seu alto valor de mercado.
Surgiu então uma imensa variedade de padrões de estamparia como listras, quadrados
axadrezados e figuras.
Diferente da seda, os tecidos comuns eram de cores sólidas. As roupas comuns e de
cerimônia eram decoradas com bordados e appliqués formando devices: imagens de
objetos, plantas ou animais escolhidos para representar emblemas pessoais como o
urso e o cisne sangrento do Duque de Berry.
Tecidos estampados com flores miúdas, ainda tão comuns nos dias de hoje, surgiram
por volta de 1800, nos Estados Unidos, com a adoção das primeiras máquinas de
estampar. A empresa Thorp, Siddel and Company, instalava em Philadelphia a primeira
dessas máquinas em 1810. Dentro de poucos anos passava a existir uma grande
quantidade de empresas de estamparia, mesmo no pequeno estado de Rhode Island.
Entre estas, exemplos de tecidos da Allen Print Works, da Clyde Bleachery e da Print
Works ainda podem ser encontrados no Museum of American Textile History em North
Andover, Massachussets, possibilitando confirmar que a padronagem era de pequenas
flores espalhadas por toda a superfície do tecido, que acabou sendo conhecido como
“calicoes” ou chita.
pictografia: O motivo pictográfico (nuvens, objetos, paisagens, etc) surgiu em toda sua
glória na época medieval. Apresentando cenas de batalhas, caçadas e torneios eram
muito apreciados pelos nobres da época com seus ideais românticos e de honra.
Continuaram bastante populares durante toda a renascença. Durante o período
barroco francês e inglês, as padronagens se tornaram bastante complexas, usando
técnicas sofisticadas e cores realistas. Já o estilo rococó, no início do século XVIII
produziu um tipo mais informal de padronagem pictográfica, geralmente frívola e
extremamente colorida, em seda e algodão, apresentando design em estilo oriental
com cenas de paisagens árabe e mourisca. A expansão do comércio além-mar
incentivou a moda da padronagem pictográfica, apresentando paisagens e povos
nativos como as do Hawai.
Os padrões dos tecidos usados pela corte imperial japonesa eram chamados yüsoko e
estes se tornaram os padrões básicos para todas as variações usadas a partir desta
época. Os padrões principais do yüsoko apresentavam as seguintes versões: treliças
diagonais; losangos, arabescos, vinhas; xadrezes; círculos entrelaçados e medalhões
com flores, plantas, pássaros e insetos. As primeiras estampas “livres” apresentavam
plantas e animais, reais ou míticos, além de objetos, geralmente agrupados em
combinações sazonais ou auspiciosas.