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Agosto

Imolamos teus seios em agosto,


Quando as chuvas afogam os arrozais,
E devido a relmpagos demais
Os frutos se abandonam com desgosto,

Ainda verdes e com o talo exposto


No regao do fundos quintais
E as uvas, dormentes, nos vinhais,
Avinagram de vez, e sabem a mosto.

Decepamos depois a tua rosa,


A inexpugnvel, a misteriosa,
A extasiante viso de cem mil sis,

Tua rosa vermelha como vinho


Derramado, na palidez do linho,
Do clice tombado nos lenis,

Carlos Roberto Santos Araujo

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