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Porquê?
Consequências:
Solicitação de uma corrente maior para alimentar uma carga com a mesma
potência ativa;
Aumento das perdas por efeito Joule;
Aumento das quedas de tensão.
Como se faz?
Instalar capacitor em paralelo com a carga (o mais próximo possível), conforme mostra
a Figura 6.
Analisando o diagrama fasorial da Figura 6, observamos que a corrente que flui da fonte
( ) e a corrente do capacitor ( ).
A corrente capacitiva pode ser calculada em função da corrente de carga e dos ângulos
de fator de potência antes e após a correção, conforme a Equação 4.15.
Na prática, tanto a potência reativa como a capacitância podem ser determinada através
de tabelas.
Como é sempre bom trabalhar com uma boa margem de segurança, uma boa
regra para calcular a capacidade "real" em watts é dividir a capacidade em VA
por 2. Assim, um nobreak de 600 VA suportaria um PC com consumo total de
300 watts com uma boa margem.
Usar uma fonte de alimentação com PFC ativo oferece poucas vantagens diretas
aqui no Brasil, onde pagamos por watt-hora consumido, independentemente da
carga indutiva, mas nos traz algumas vantagens indiretas importantes.
A primeira delas é que ao usar uma fonte com PFC, o consumo em VA fica
muito próximo do consumo real, em watts, de forma que você não precisa mais
superdimensionar a capacidade do nobreak (caso utilizado), o que pode
representar uma boa economia, já que um nobreak de 600 VA custa muito
menos do que um de 1.2 kVA, por exemplo. A mesma regra também se aplica
aos estabilizadores (caso você ainda utilize um), mas não faz diferença no caso
dos filtros de linha, que são dispositivos passivos.
O PFC em si não tem relação direta com a eficiência da fonte, já que consiste
apenas em um estágio adicional na entrada do circuito, mas, como se trata de um
circuito relativamente caro, os fabricantes, via de regra, aproveitam a inclusão
do PFC para melhorar também outros circuitos da fonte, resultando em fontes
mais eficientes, ou seja, que desperdiçam menos energia na forma de calor.
A maioria das fontes genéricas trabalham com uma eficiência de 70%, 65% ou,
em muitos casos, até mesmo 60%. Isso significa que para cada 100 watts
consumidos, a fonte fornece apenas 60, 65 ou 70 watts para o PC, o que é um
grande desperdício. Elas, via de regra, também não utilizam PFC, já que ele é
um circuito relativamente caro.
Salvo poucas exceções, apenas as fontes com 80% ou mais de eficiência incluem
circuitos de PFC, já que o gasto adicional só é justificável em fontes a partir de
um certo calibre. Muitos modelos atingem a marca dos 85% de eficiência, o que
representa uma economia significativa na conta de luz.