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CONCLUSÃO:

A história do direito processual penal no Brasil retrata o enredo de liberdade e de punição e passa por
diversas óticas as questões penais onde há sempre o homem como sujeito. A história do poder
punitivo é rude, pois é capaz de suprimir a liberdade e, em alguns casos até mesmo a própria vida.
Como foi caso que aconteceu no Brasil, com Tiradentes, Frei Caneca, entre outros mais anônimos,
porém, não menos mortais. O direito processual diferentemente do direito penal que se preocupa em
definir os crimes e atribuir-lhe pena. É aquele que regulamenta o modo como é demonstrada a verdade
sobre o fato típico e, ainda da responsabilidade criminal, ainda trata o modo pelo qual a decisão
judicial deve resolver o conflito entre o interesse de punir e o interesse de liberdade que nasce com o
crime. É o ramo do direito que informa quando, por que e de que forma uma pessoa pode ser presa.
Outro significado é o referente ao processo como instrumento concreto, e que corresponde ao
conjunto dos atos praticados em direção a direção. Processo é, pois o método de compor a lide penal
que possui peculiaridades cruciais quer para o mundo jurídico quer para a sociedade. Após esta
verdadeira jornada através da História,posso citar trechos importantes que talvez fugiram deste
simplificado trabalho como um exemplo: código da Antigüidade é o Pentateuco ou Torah, conjunto
dos cinco primeiros livros da Bíblia, cuja autoria é atribuída a Moisés, o líder civil, militar e religioso
que conduziu os hebreus do Egito à Terra Prometida.O Pentateuco não é um conjunto de códigos ou
mesmos de livros que tratem apenas de leis. O primeiro deles, Gênesis, é histórico; o segundo, Êxodo,
mescla história com leis sacramentais, principalmente, com algumas leis de cunho civil e penal; o
terceiro, Levítico, é um livro que trata essencialmente das normas religiosas, possuindo, entretanto,
leis civis e penais esparsas. Já o quarto livro, Números, é o livro das genealogias, ordenando as
árvores genealógicas e estabelecendo a base sobre a qual se assentou a distribuição da terra
conquistada. O último livro, Deuteronômio, ou repetição da lei, é um apanhando da maior parte das
leis civis e penais pontuadas nos livros anteriores. Mas não somente delas, mas também das leis
religiosas, além de ser mesclado com relatos históricos. A Torah possui normas de cunho abstrato, um
comando genérico, tal como temos as leis atuais (Não matarás, Não adulterarás; Não darás falso
testemunho), mas também possui leis casuísticas, à semelhança do Código de Hamurabi, ainda posso
citar Cesare Beccaria também havia publicado seu famoso livro Dos delitos e das penas discutindo e
questionando todos os métodos judiciários do Antigo Regime. Aliás, na Itália ele, Pietro Ferri entre
outros intelectuais iluministas publicavam o periódico Il Caffe que servia para criticar o desumano
sistema repressivo vigente. Michel Foucault em sua obra “A verdade e as formas jurídicas” esclareceu
o motivo pelo qual o procedimento de inquirição de faltas e crimes, adotados pela Igreja nas visitas
que os bispos realizavam as dioceses e que significa uma forma de saber-poder observando-se a
evolução do Direito Penal, desde os primórdios da humanidade, chegou-se, enfim, a 1999. Se houve
épocas de pouca evolução, por outro lado, houve circunstâncias em que o Direito Penal deu amplos
saltos rumo à modernidade. Por mais evoluído que seja o ser humano hodierno, seu comportamento
será sempre controlado pelo Estado, no exercício do "jus puniendi". É que, na sociedade, o homem
continuará expressando sua "spinta criminosa", havendo a necessidade da pena. Portanto, não cessará
aqui a evolução do Direito Penal: ela acompanhará o homem enquanto o mesmo existir. Fica, assim, a
reticência no tempo. Este breve passeio pelo direito processual da Antigüidade permite concluir que o
atual sistema processual penal é superior, visto que atenta para os direitos humanos e para os direitos
do cidadão, conquista esta que não pode ser abandonada ou relegada o segundo plano por causa das
paranóias e pavores do mundo moderno, visto que retornar às práticas processuais penais dos albores
da humanidade implica abrir mão de todo um processo histórico longo e penoso que legou ao mundo
moderno um processo penal que garanta, e respeita os direitos do homem e do cidadão e assim talvez
possamos consolidar um estado democrático de direito onde os homens sejam julgados e
processados,tendo na memória as crueldades do passado,e aplicar o modernismo processual para
assim poder aplicar a pena a quem merece e dar liberdade e proteção a quem não cometeu crime.para
assim poder evitar injustiças que poderiam manchar nosso sistema judicial penal.

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