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Queridos alunos,
Com carinho,
Equipe 1ª Fase Ceisc ♥
@profacrispauli
@prof.douglasazevedo
@luciana_aranalde
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1. Lei nº 11.101/05
Recuperação judicial 47
Falência 75
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Execução
Autofalência Impontualidade Atos de falência
frustrada
Art. 105, LRF Art. 94, I, LRF Art. 94, II, LRF Art. 94, III, LRF
Nem sempre a pessoa jurídica começa com uma recuperação judicial. Em alguns casos,
quando a crise já está tão aguda na empresa, não resta alternativa a não ser a falência.
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2. Títulos de Crédito
Aval
Principais
atos
Endosso Aceite
Aval
Endosso Aceite
Principais atos
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2.1 Endosso
1) Transmissão;
2) Garantia;
3) Cuidar cláusula “sem garantia”;
4) Regra: verso;
5) Anverso: com indicação do ato.
1) Parcial: nulo;
2) Em preto/em branco;
3) Caução;
4) Mandato;
5) Póstumo.
Em branco:
• Tradição;
• Circula ao portador;
• Pode ser transformado em preto;
• Pode ser transferido em branco (não há responsabilidade).
Em preto:
• Identifica beneficiário;
• Transmissão por endosso.
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Mandato
Caução Póstumo
Súmula 475, STJ: responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário
que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou
intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas.
Súmula 476, STJ: o endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por
danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário.
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2.3 Aval
1) Em preto;
2) Em branco;
3) Simultâneo (coaval);
4) Sucessivo (aval do aval);
5) Parcial.
Nota
promissória
Letra de
Cheque
câmbio
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3. Introdução
3.1 Empresário
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Caso aquele legalmente impedido exerça a atividade, irá responder pessoalmente pelas
obrigações contratadas. Nesse caso, precisamos diferenciar impedimento com incapacidade. O
Art. 974 do CC indica que “poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo
autor de herança”. Assim, não se pode começar uma empresa individual sendo incapaz, contudo,
é possível em casos de incapacidade superveniente ou incapacidade do sucessor na
sucessão por morte que a empresa continue as atividades dessa forma.
Como visto, o Art. 974 disciplina a questão referindo que para tanto é necessária
autorização judicial e que nesse caso uma espécie de limitação da responsabilidade, referindo
que "não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da
sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela". A questão deve estar clara
no alvará que concede a autorização.
O legislador previu no Art. 975 que "se o representante ou assistente do incapaz for
pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a
aprovação do juiz, um ou mais gerentes".
Em relação ao empresário casado, a regra do Art. 978 merece muita atenção pois refere
textualmente que “o empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer
que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-
los de ônus real”. Contudo, há que destacar-se que o Enunciado 58 das Jornadas de Direito
Comercial que a regra apenas vale "desde que exista prévia averbação de autorização conjugal
à conferência do imóvel ao patrimônio empresarial no cartório de registro de imóveis, com a
consequente averbação do ato à margem de sua inscrição no registro público". Porém, cumpre
reforçar que pelo Código Civil esse "porém" não existe.
O Empresário deve observar sempre a regra do Art. 979 do Código Civil, mantendo o
arquivamento na Junta de todos os pactos e declarações antenupciais, bem como os títulos de
doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.
Ainda, destaque para a previsão do Art. 980 que determina que a "sentença que decretar ou
homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos
a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis".
Por fim, um empresário pode ser representado pela Sociedade Empresária, que será
estudada com maiores detalhamentos na Seção 2. Contudo, para fins de caracterização, tem-se
que possuir natureza jurídica de pessoa jurídica. Os sócios podem ser pessoa natural ou jurídica
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É lícito e usual que esses contratos venham com a previsão de uma cláusula de não
concorrência. Em referência a isso, inclusive, o Art. 1.147 do Código Civil indica que “não
havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao
adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência”. Nada impede de ser previsto um
prazo menor, valendo esse regramento no silêncio.
Por fim, vale mencionar o caso de sub-rogação nos contratos de exploração, pelo Art.
1148 do Código Civil, que indica que "salvo disposição em contrário, a transferência importa a
sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se
não tiverem caráter pessoal". Refere ainda que nada impede que os terceiros rescindam o
contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa,
ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante.
O nome empresarial é o que irá identificar a pessoa jurídica perante a sociedade em todas
as suas relações. A escolha do nome empresarial irá aparecer no ato constitutivo da sociedade,
ou seja, ou no contrato social ou no estatuto, que posteriormente será arquivado na Junta
Comercial. Não se confunde o nome empresarial com a marca, nome de domínio e nem com o
nome fantasia.
Ele deve obedecer ao princípio da novidade e da veracidade (Art. 1.158 e 1.165 do
Código Civil). Isso quer dizer que não pode valer-se de uma expressão que não corresponda à
realidade empresarial e, ainda, não deve utilizar-se de um registro igual ou que guarde notória
semelhança com outro já registrado na Junta Comercial (vide Arts. 1.163 e 1.666, Código Civil).
O nome empresarial pode ser constituído de firma ou denominação. Essa é a regra
trazida no Art. 1.155, CC. Enquanto a firma necessita possuir um nome civil em seu núcleo
(extenso ou abreviado), a denominação admite a inserção de qualquer expressão linguística.
Existe uma polêmica no que diz respeito à necessidade de indicação da atividade
empresarial. Na firma a indicação é facultativa, já na denominação em que pese haja exigência
pelo Art. 1.158 do Código Civil, a Lei 8.934/1994 indica a desnecessidade.
Um cuidado importante é que na sociedade limitada há a opção de escolha entre firma e
denominação, contudo, ao final do nome deve estar incluída a palavra "limitada" ou "ltda". Caso
essa regra não seja observada haverá responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores
que assim utilizarem-se da firma ou denominação.
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4. Propriedade Industrial
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palavras, quando você desenvolve um dos bens que a seguir iremos trabalhar, você possui um
determinado tempo para, exclusivamente, usufruir desta criação derivada do seu intelecto.
O art. 6 da LPI nos revela quem pode ser titular de uma patente (via de regra, o próprio
autor ou seus sucessores), já o art. 7 nos introduz uma importante noção sobre a LPI: não importa
quem foi o primeiro a criar algo, o dono será aquele que primeiro buscar a concessão da patente
junto ao INPI – por isso, lembrem: a busca da patente é ato constitutivo do direito.
Os artigos subsequentes nos trazem o conceito de modelo de utilidade e os requisitos
da patente de invenção e de modelo de utilidade:
Invenção: Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade,
atividade inventiva e aplicação industrial.
Modelo de utilidade: Art. 9º É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso
prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou
disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em
sua fabricação.
Importante: Requisitos da Patentiabilidade
1) novidade; art. 11 e 12
2) atividade inventiva; art. 13 e 14
3) aplicação industrial art. 15
4) ausência de impedimentos legais (art. 18)
Já o art. 10 nos ilustra o que não pode ser considerado uma invenção. São muitos
incisos, mas associem sempre a algo derivado da criatividade humana e com aplicação prática
na indústria. Por exemplo, descobrir algo é diferente de inventar algo. Na descoberta, o objeto já
existia. No ato de inventar, algo novo é criado. Obras artísticas são protegidas pela lei de direitos
autorais, e não pela LPI. Ainda, vale destacar que softwares independentes (aplicativos, por
exemplo) são protegidos pela lei de softwares, contudo, se estivermos falando de um software
acoplado em uma criação, esta poderá ser patenteada junto do software.
Após concedida, a patente vigorará por: 20 anos, se for invenção, e 15 anos, se for
modelo de utilidade. Importante atentar que o prazo passa a contar da data do depósito, ou
seja, do dia em que houve o encaminhamento do pedido ao INPI, e não da concessão.
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Fala-se, ainda, em licença compulsória nos casos do art. 70, se preenchidos alguns
requisitos cumulativamente:
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Por fim, há a patente compulsória nos casos de emergência nacional ou interesse público
(art. 71).
Nesses casos, se o titular não for capaz de suprir demanda emergencial (como uma
epidemia, por exemplo), poderá haver a licença da patente de ofício – sem prejuízo dos direitos
do titular. Trata-se de medida temporária para suprir alguma questão emergencial.
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Já o prazo de proteção é diferente do da patente. Aqui, conforme art. 108, temos que o
período de proteção é de 10 anos a contar da concessão, prorrogável por mais 3 períodos de 5
anos, ou seja, o mínimo é 10 anos e o máximo é 25 anos.
3) Mistas (palavras escritas com letras revestidas de uma particular forma, ou inseridas
emlogotipos).
Para fins jurídicos, qualquer que seja o tipo de marca, a proteção é idêntica.
1) Novidade relativa: a marca precisa ser nova dentro da sua classe, quer dizer, seu ramo
de atividade. O INPI possui um alista com diversos segmentos mercadológicos e, ao fazer o
registro,o titular deve especificar a qual classe o produto pertence. Assim, a marca precisa ser
novidade dentro daquela classe, sendo perfeitamente possível marcas com o mesmo nome
coexistirem, contanto que em segmentos distintos.
Ex: desinfetante VEJA e revista VEJA. Não há como haver confusão entre os
consumidores.
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2) Não colidência com marca de alto renome ou notória: a marca não pode incidir nas
hipóteses previstas nos artigos 125 e 126 da LPI (veremos a seguir).
3) Ausência de impedimento legal: o art. 124 da LPI apresenta um rol de diversos
incisos apontando o que não é registrável como marca. A ideia central do artigo é, por um lado,
protegero consumidor, que não pode ser enganado, e, em um segundo momento, proteger o
titular legitimo de marca e evitar que este seja prejudicado. Assim, temos incisos versando, por
exemplo, da proibição da utilização de bandeiras na marca (o que passa a ideia de que o produto
foi fabricado em outro país), bem como vedação de marcas muito semelhantes ou idênticas à
marcas já registradas.
O que é uma marca de Alto Renome?
Art. 126. A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos
do art. 6º bis (I),da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade
Industrial, goza de proteção especial, independentemente de estar previamente
depositada ou registrada no Brasil.
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5. Societário
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Art. 982, CC. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que
tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967);
e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade
por ações; e, simples, a cooperativa.
Legislação Arts. 1.052 a 1.087, CC Arts. 1.088 a 1.089, CC Arts. 997 a 1.038, CC
Aplicável Subsidiariamente – arts. Lei 6.404/76
997 a 1.038, CC e Lei Em caso de omissão –
S/A, quando previsto no arts. 997 a 1.038, CC
Contrato Social
Constituição Contrato Social Estatuto Contrato Social
Responsabilidade Responsabilidade Responsabilidade Responsabilidade
dos Sócios subsidiária e limitada ao limitada ao preço de subsidiária e limitada na
capital investido por cada emissões das ações proporção das quotas,
sócio, mas todos os subscritas ou adquiridas salvo se houver
sócios respondem por cada acionista. responsabilidade solidária
solidariamente perante expressa no contrato
terceiros pela social.
integralização do capital.
Dissolução Dissolve-se de pleno
direito por qualquer das
hipóteses elencadas no
art. 1.033, do CC e, se
empresária, pela
declaração de falência.
Capital Quotas Ações Quotas
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Extrajudicial Judicial
Quando ocorrer por Quando ocorrer atravésde
meio de Assembleia ou processo judicial
Distrato
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* Para todos verem: esquema
Uma vez pago o passivo, o liquidante deve apresentar as contas finais. Se aprovadas
as contas, encerra-se a companhia e o acionista que não concordar tem 30 dias para propor a
ação.
Importante: Destaca-se que a responsabilidade do liquidante é a mesma do
administrador, e os deveres e responsabilidade dos administradores, fiscais e acionistas
subsistirão até aextinção da companhia.
Importante: Assembleia Virtual – Alteração dada pela Lei n° 14.030/2021
Art. 1º. Constitui Sociedade Anônima do Futebol a companhia cuja atividade principal
consiste na prática do futebol, feminino e masculino, em competição profissional, sujeita
às regras específicas desta Lei e, subsidiariamente, às disposições da Lei nº 6.404, de
15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998.
[...]
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5.3.2 Governança
Na SAF, acionista controlador, individual ou integrante de acordo de controle, não
poderá deter participação, direta ou indireta, em outra Sociedade Anônima do Futebol (art. 4º,
da Lei 14.193/2021).
Já o acionista que detiver 10% (dez por cento) ou mais do capital votante ou total da
Sociedade Anônima do Futebol, sem a controlar, se participar do capital social de outra
Sociedade Anônima do Futebol, não terá direito a voz nem a voto nas assembleias gerais, nem
poderá participar da administração dessas companhias, diretamente ou por pessoa por ele
indicada (art. 4º, parágrafo único, da Lei 14.193/2021).
5.4.1 Startup
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Repetível Escalável
A empresa é capaz de entregar o mesmo A empresa deve crescer cada vez mais sem
produto em escala potencialmente ilimitada que isso influencie o modelo de negócios
5.4.5 Investidor-anjo
Aquele investidor que não é considerado sócio nem tem qualquer direito a gerência ou a
voto na administração da empresa, não responde por qualquer obrigação da empresa e é
remunerado por seus aportes (art. 2º, inciso I, da LC 182/2021).
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5.4.7 Investidores
Aquele que investir em uma startup não será considerado sócio ou acionista nem
possuirá direito a gerência ou a voto na administração da empresa, conforme pactuação
contratual, tampouco responderá pelas dívidas da empresa, inclusive em recuperação judicial,
não se aplicando a ele a desconsideração da personalidade jurídica, exceto, nesse último caso,
nas hipóteses de dolo, de fraude ou de simulação com o envolvimento do investidor (art. 8º,
parágrafo único, da LC 182/2021).
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Caderno de Questões – Direito Empresarial
Cristiane Pauli, Luciana Aranalde e Douglas Azevedo
Caderno de Questões – Direito Empresarial
Cristiane Pauli, Luciana Aranalde e Douglas Azevedo
XXXIII Exame
1) FGV – 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q46
Antenor subscreveu nota promissória no valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais) pagável em 16 de setembro de
2021. A obrigação do subscritor foi avalizada por Belizário, que tem como avalista Miguel, e esse tem, como avalista,
Antônio. Após o vencimento, caso o avalista Miguel venha a pagar o valor da nota promissória ao credor, assinale
a opção que indica a(s) pessoa(s) que poderá(ão) ser demandada(s) em ação de regresso.
B) Belizário e Antônio, podendo Miguel cobrar de ambos apenas a quota-parte do valor do título.
C) Antenor e Antônio, podendo Miguel cobrar do primeiro o valor integral e, do segundo, apenas a quota-parte do
valor do título.
D) Antenor, podendo Miguel cobrar dele o valor integral, eis que os demais avalistas ficaram desonerados com o
pagamento.
2) FGV – 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q50
Em razão das medidas de isolamento social propagadas nos anos de 2020 e 2021, muitos administradores
precisaram de orientação quanto à licitude da realização de reuniões ou assembleias de sócios nas sociedades
limitadas, de forma digital, ou à possibilidade do modelo híbrido, ou seja, o conclave é presencial, mas com a
possibilidade de participação remota de sócio, inclusive proferindo voto. Assinale a afirmativa que apresenta a
orientação correta.
A) Na sociedade limitada é vedada tanto a reunião ou assembleia de sócios, de forma digital, quanto a participação
do sócio e o voto à distância.
B) Na sociedade limitada é vedada a reunião ou assembleia de sócios, de forma digital, mas é possível a
participação de sócio e o voto à distância.
C) Na sociedade limitada é vedada a participação e voto à distância nas reuniões e assembleias, mas é possível a
reunião ou assembleia de forma digital.
D) Na sociedade limitada é possível tanto a reunião ou a assembleia de sócios, de forma digital, quanto a
participação do sócio e o voto à distância.
XXXII Exame
3) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q47
Bonfim emitiu nota promissória à ordem em favor de Normandia, com vencimento em 15 de março de 2020 e
pagamento na cidade de Alto Alegre/RR. O título de crédito passou por três endossos antes de seu vencimento. O
primeiro endosso foi em favor de Iracema, com proibição de novo endosso; o segundo endosso, sem garantia, se
deu em favor de Moura; no terceiro e último endosso, o endossante indicou Cantá como endossatário. Vencido o
título sem pagamento, o portador poderá promover a ação de cobrança em face de:
A) Bonfim, o emitente e coobrigado, e dos obrigados principais Iracema e Moura, observado o aponte tempestivo
do título a protesto por falta de pagamento para o exercício do direito de ação somente em face do coobrigado.
B) Bonfim, o emitente e obrigado principal, e do endossante e coobrigado Moura, observado o aponte tempestivo
do título a protesto por falta de pagamento para o exercício do direito de ação em face do coobrigado.
C) Normandia, primeira endossante e obrigado principal, e do endossante Moura, observado o aponte tempestivo
do título a protesto por falta de pagamento para o exercício do direito de ação em face de ambos.
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D) Iracema, Normandia e Cantá, endossantes e coobrigados da nota promissória, dispensado o aponte do título a
protesto por falta de pagamento para o exercício do direito de ação em face deles.
XXXI Exame
4) FGV – 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q46
No contrato da sociedade empresária Arealva Calçados Finos Ltda., não consta cláusula de regência supletiva pelas
disposições de outro tipo societário. Ademais, tanto no contrato social quanto nas disposições legais relativas ao
tipo adotado pela sociedade não há norma regulando a sucessão por morte de sócio. Diante da situação narrada,
assinale a afirmativa correta.
D) Os sócios serão obrigados a incluir, no contrato, cláusula dispondo sobre a sucessão por morte de sócio.
XXVII Exame
5) FGV – 2018 - OAB - XXVII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q46
Roberto desligou-se de seu emprego e decidiu investir na construção de uma hospedagem do tipo pousada no
terreno que possuía em Matinhos. Roberto contratou um arquiteto para mobiliar a pousada, fez cursos de hotelaria
e, com os ensinamentos recebidos, contratou empregados e os treinou. Ele também contratou um desenvolvedor
de sites de Internet e um profissional de marketing para divulgar sua pousada. Desde então, Roberto dedica-se
exclusivamente à pousada, e os resultados são promissores. A pousada está sempre cheia de hóspedes, renovando suas
estratégias de fidelização; em breve, será ampliada em sua capacidade. Considerando a descrição da atividade
econômica explorada por Roberto, assinale a afirmativa correta.
A) A atividade não pode ser considerada empresa em razão da falta tanto de profissionalismo de seu titular quanto
de produção de bens.
B) A atividade não pode ser considerada empresa em razão de a prestação de serviços não ser um ato de empresa.
C) A atividade pode ser considerada empresa, mas seu titular somente será empresário a partir do registro na Junta
Comercial.
D) A atividade pode ser considerada empresa e seu titular, empresário, independentemente de registro na Junta
Comercial.
XXV Exame
6) FGV – 2018 - OAB - XXV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q47
O empresário individual José de Freitas alienou seu estabelecimento a outro empresário mediante os termos de um
contrato escrito, averbado à margem de sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis, publicado na
imprensa oficial, mas não lhe restaram bens suficientes para solver o seu passivo.
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Caderno de Questões – Direito Empresarial
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A) da quitação prévia dos créditos trabalhistas e fiscais vencidos no ano anterior ao da alienação do estabelecimento.
B) do pagamento a todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a
partir de sua notificação.
C) da quitação ou anuência prévia dos credores com garantia real e, quanto aos demais credores, da notificação da
transferência com antecedência de, no mínimo, sessenta dias.
D) do consentimento expresso de todos os credores quirografários ou da consignação prévia das importâncias que
lhes são devidas.
XXIV Exame
7) FGV – 2017 - OAB - XXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q49
A sociedade empresária Pará de Minas Veículos Ltda. pretende requerer sua recuperação judicial. Ao analisar a
minuta de petição inicial, o gerente administrativo listou os impedimentos ao pedido de recuperação. Assinale a
opção que apresenta um desses impedimentos.
B) O devedor possuir ativo que não corresponda a, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) do passivo quirografário.
C) O devedor deixar de requerer sua autofalência nos 30 (trinta) dias seguintes ao vencimento de qualquer obrigação
líquida.
D) A sociedade ter como administrador pessoa condenada por crime contra o patrimônio ou contra a fé pública.
XXIII Exame
8) FGV – 2017 - OAB - XXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q50
Você participou da elaboração, apresentação e negociação do plano de recuperação extrajudicial de devedor
sociedade empresária. Tendo sido o plano assinado por todos os credores por ele atingidos, seu cliente o contratou
para requerer a homologação judicial.
Assinale a opção que indica o juízo em que deverá ser apresentado o pedido de homologação do plano de
recuperação extrajudicial.
XXII Exame
9) FGV – 2017 - OAB - XXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q50
Mauriti & Cia Ltda. celebrou contrato de alienação fiduciária em garantia com a sociedade empresária Gama. Com
a decretação de falência da fiduciante, o advogado da fiduciária pleiteou a restituição do bem alienado, sendo
informado pelo administrador judicial que o bem se encontrava na posse do falido na época da decretação da
falência, porém não foi encontrado para ser arrecadado. Considerando os fatos narrados, o credor fiduciário terá
direito à restituição em dinheiro do valor da avaliação do bem atualizado?
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B) Sim, devendo, para tanto, habilitar seu crédito na falência como quirografário.
C) Sim, mesmo que o bem alienado não mais exista ao tempo do pedido de restituição ou que não tenha sido
arrecadado.
D) Não, por não ter a propriedade plena do bem alienado fiduciariamente, e sim resolúvel.
XX Exame
10) FGV – 2016 - OAB - XX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q51
P. Industrial S.A., companhia fechada, passa momentaneamente por dificuldades financeiras que se agravaram coma
crise na atividade industrial do país. A assembleia geral autorizou os administradores a alienar bens do ativo
permanente, dentre eles uma unidade produtiva situada no município de Mirante da Serra, avaliada em R$
495.000.000,00 (quatrocentos e noventa e cinco milhões de reais). Considerando-se que a unidade produtiva da
companhia integra seu estabelecimento, assinale a afirmativa correta.
A) A assembleia geral não pode autorizar a alienação da unidade produtiva. Por ser o estabelecimento uma
universalidade de direito, seus elementos devem ser mantidos indivisíveis e unitariamente agregados para o
exercício da empresa.
B) A assembleia geral pode autorizar a alienação da unidade produtiva. Por ser o estabelecimento uma
universalidade de fato, seus elementos podem ser objeto de negócios jurídicos próprios, translativos ou constitutivos,
separadamente dos demais.
C) A assembleia geral pode autorizar a alienação da unidade produtiva. Por ser o estabelecimento um patrimônio
de afetação, cabe exclusivamente à companhia a decisão de desagregá-lo e, com isso, limitar sua responsabilidade
perante os credores ao valor da unidade produtiva alienada.
D) A assembleia geral não pode autorizar a alienação da unidade produtiva. Por ser o estabelecimento elemento de
exercício da empresa, a alienação de qualquer de seus elementos (corpóreos ou incorpóreos) implica a
impossibilidade de manutenção da atividade da companhia, operando-se sua dissolução de pleno direito.
A) nas sociedades anônimas, os sócios podem ser responsabilizados no limite do capital social, não estando sua
responsabilidade limitada ao preço de emissão das ações que subscreveram ou adquiriram.
B) nas sociedades em comandita simples, os sócios comanditários são responsáveis solidária e ilimitadamente
pelas obrigações sociais.
C) nas sociedades limitadas, a responsabilidade de cada quotista é limitada ao valor de suas quotas, mas todos
respondem solidariamente pela integralização do capital social.
D) nas sociedades em comum, os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações da sociedade, mas não haverá
solidariedade entre eles.
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11 - C
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