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EMPRESARIAL IV
Direito concursal
Possui esse nome por conta do concurso de credores, estudando como o Direito trata
os empresários em crise, com os seus dois institutos/procedimentos (e em ambos existe o
concurso de credores):
○ RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS
○ FALÊNCIA
Lei 11.101/2005
O destinatário da Lei é o devedor (art. 1º), o qual é, obrigatoriamente, o empresário (art.
966/CC) - aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada que
pode ser para produção de bens ou de serviços. Lembrando que os profissionais
intelectuais podem ser empresários se os mesmos relacionam duas atividades, dependendo da
interpretação do caso concreto (art. 966, § único).
○ A condição de empresário não é vinculada ao registro, mas apenas o empresário
registrado, isto é, regular, que pode pedir a recuperação judicial, pois tal
procedimento é visto como um benefício. Enquanto o empresário irregular pode
se sujeitar ao ônus da lei e ter sua falência decretada.
○ O produtor rural pode se registrar na Junta Comercial e se beneficiar da
recuperação, mas não podem ter sua falência requerida quando não registrados,
porque sua atividade não é considerada originalmente como empresária, então
não se confundem com um empresário irregular.
Princípios:
1. Princípio PAR CONDICIO CREDITORUM: Todos os credores serão tratados de forma
igualitária.
a. No ambiente falimentar: Tem-se a divisão entre os credores extraconcursais e
os concursais, em que estes são divididos em oito classes:
i. Credores trabalhistas até 150 s.m. e credores por acidente de
trabalho, este último caso sem limitação de quantia;
ii. Credores com garantia real;
iii. Credores tributários;
iv. Credores com privilégio especial - a lei (art. 964/CC, entre outros
dispositivos) que estabelece;
v. Credores com privilégio geral;
vi. Credores quirografários - crédito sem garantia e/ou privilégio,
representado por mera documentação/assinatura (aqui se encontra
o resto do crédito do credor trabalhista que ultrapassou o limite dos
150 s.m., ou seja, esse tipo de credor aparece na lista duas vezes);
vii. Multas e penas pecuniárias de qualquer natureza;
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Competência
Pelo artigo 3º da Lei 11.501/2005, a competência para ajuizar ação de falência e
recuperação judicial será no principal estabelecimento do devedor. A lei, porém, não dá
nenhuma indicação sobre o que define qual é o estabelecimento. A jurisprudência entende que
esse local seria definido pelos seguintes critérios:
1. L ocal onde a empresa é gerenciada.
Analisando caso a caso o Judiciário definirá qual o juízo competente, mas em geral os juízes
congregam estes três critérios (que podem não ser o mesmo lugar).
Recuperação judicial
Destinatário da norma
Tem-se como regra que a Lei se aplicará sempre a empresário e sociedade empresária.
De acordo com o artigo 1º toda sociedade empresária poderá pedir recuperação de empresa.
Exceções: O artigo 2º, contudo, estabelece exceções, em que nenhuma abaixo pode pedir
recuperação:
ociedade de economia mista e empresas públicas.
a) S
b) Instituições financeiras públicas ou privadas (bancos): a lei 6.024/1974
define que pelo banco negociar dinheiro do cidadão, ele estará sempre
sob fiscalização do BACEN. Existem regras e limites para que o banco
empreste o dinheiro. Como Banco Central estabelece diariamente estas
instituições financeiras, poderá descobrir que ele está agindo de modo
ilegal (emprestando mais dinheiro do que pode), devendo então intervir
na instituição (intervenção extrajudicial), destituindo diretores e
assumindo a chefia para descobrir o que está acontecendo. Acontece
em certas ocasiões que não baste a intervenção, mas seja necessária a
liquidação extrajudicial (falência extrajudicial instituída pelo BACEN). Se
o Banco Central entender que não basta intervenção, nomeará um
liquidante que irá levantar o ativo e pagar o passivo do banco. Existem
duas circunstâncias em que o liquidante é obrigado a pedir a falência do
banco (o procedimento extrajudicial converte em judicial). Uma
instituição financeira só pode falir se ela for liquidada e o liquidante pedir
a falência e o Judiciário a decretar → (1) quando houver indícios da
prática de crime; (2) quando o ativo do banco não for suficiente para
pagar mais de 50% do passivo quirografário. Em suma, não pode haver
pedido de falência de banco pelo credor, apenas pelo liquidante. Esta
exceção se aplica a falência e não a recuperação judicial.
O que se aplica às instituições financeiras também se aplica às
cooperativas de crédito, consórcios, entidade de previdência
complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde,
sociedade seguradora, sociedade de capitalização.
A quem se aplica?
A recuperação judicial é pedida pelo empresário insolvente para evitar a falência. De
acordo com o entendimento jurisprudencial, pede recuperação judicial o empresário (devedor)
que tenha 2 anos de atividade regular (2 anos em funcionamento e 2 anos com registro). Vale
ressaltar que a sociedade em comum (empresa registrada em registro civil e não na junta
comercial) é sociedade empresária e esta submetida a todos os ônus da lei, mas não tem
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Ao contrário do que dá a entender o caput existem créditos que não estarão sujeitos à
recuperação:
a) Créditos tributários: Dispõe a lei que crédito tributário de qualquer
natureza não se sujeita a concurso de credores tanto na recuperação
quanto na falência, ou seja, está excluído do caput do artigo 49. De
acordo com a lei o devedor, antes de pedir a recuperação, deverá
apresentar uma Certidão Negativa de Débito Tributário, comprovando
que não possui dívidas tributárias. Judiciário tem entendido que essa
apresentação não faz sentido, haja vista não ter como negociar com o
Estado. Durante 10 anos não houve lei prevendo parcelamento e por
isso o Judiciário não intimava à apresentação do CND. Após a lei o
Judiciário não pede apresentação da certidão, por motivos que não
escrevi (?). De qualquer forma o Judiciário entende que a
apresentação da certidão não pode ser exigida. Chegou-se a
conclusão de que para um bem do devedor seja executado para
pagamento de tributo só poderá ser por decisão da recuperação
judicial. Desta feita, a Fazenda Pública só pode executar bens se não
houver recuperação judicial. Ademais, a preferência que a Fazenda
Pública tem sobre os credores não é absoluta.
b) Créditos originários de adiantamento de contrato de câmbio
(ACC): ACC é um contrato bancário exclusivo de empresários que
trabalham com exportação para trazer ao Brasil a moeda, precisando
trocá-la pela moeda nacional. Quando alguém precisar de um
empréstimo a um banco, ele emprestará em real, mas como garantia
os contratos de câmbio firmados no futuro. Quando o empresário
receber o valor dos contratos de câmbio pagará o banco. Este
empresário, porém, não realiza o negócio e acaba por entrar em
recuperação judicial. Quando os créditos forem incluídos na
recuperação judicial, os créditos originados de ACC não serão
colocados na lista. É fruto de lobby bancário.
c) Outros créditos: A lei exclui os créditos a seguir da recuperação, mas
estabelece que a partir de deferimento do processamento da
recuperação, o credor está impossibilitado em 180 dias de buscar o
bem se ele for essencial à atividade da empresa que está em
recuperação:
i. Créditos por alienação fiduciária em garantia: O
contrato de alienação fiduciária é um contrato em que
se toma um empréstimo, compra-se um bem em nome
do banco e quando se paga o empréstimo, o bem
automaticamente passa para seu nome. Mas quando é
tomado o empréstimo é oferecido o bem como
garantia à alienação. Na recuperação judicial não
entrará os créditos por alienação fiduciária em
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Fase postulatória
Petição Inicial
A fase postulatória começa com a petição inicial que, além dos requisitos habituais de
toda petição, deverá apresentar:
a) Fatos: Exposição das causas do pedido de recuperação e
demonstração de que há possibilidade de sair da crise.
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Com a petição inicial dever-se-á apresentar documentos além daqueles que comprovem
os requisitos e que não há impedimentos:
a) Demonstrações contábeis dos últimos três anos: balanços, projeção do fluxo
de caixa, etc.
b) Relação dos credores: Nome, domicílio, natureza, valor e origem do crédito
(comprovados por notas fiscais). Aqui se decidirá se o credor está ou não sujeito
à recuperação (pela natureza do crédito) (v. g.: credor fiduciário, pelo valor a
mais será incluído como credor quirografário). Enunciado 78 da IIJ definiu que,
para balizar a atuação do judiciário e expondo claramente a situação do
devedor, sejam listados não apenas os credores sujeitos a recuperação judicial,
mas todos, sempre separando os dois grupos.
c) Relação de todos os empregados: Nome, cargo e salário. Devem ser listados
para demonstrar a relevância social e econômica do credor com a quantidade de
pessoas empregadas.
d) Extratos atualizados das contas correntes do devedor: Exposição de tudo o
que devedor possui em contas bancárias e aplicações.
e) Certidão de protesto;
f) Relação de ações judiciais em curso: Se o juiz proferir o deferimento, ele
influenciará todas as ações judiciais que tramitam contra o devedor. Nem
sempre uma ação em curso provocará um crédito na relação de credores, mas
quando for, no dia que essa ação for julgada procedente será incluída na lista de
credores, pois a causa é anterior.
g) Relação de bens dos administradores e quotistas: A utilidade de listar a
relações de bens é que se essa empresa quebrar e se ficar comprovado que
houve responsabilidade destes administradores, já está exposto quais os bens
deles.
A análise da petição judicial por parte do juízo irá apenas analisar se estão preenchidos
os requisitos e deferir o processamento (é a regra entre os juízes, mas com exceções).
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Administrador Judicial
A lei prevê intelecção das atribuições do administrador judicial, ou seja, nos autos da
recuperação ele não pode se fazer substituir por ninguém (a pessoa jurídica deve escolher uma
pessoa física para representá-la em juízo). O administrador deverá se manifestar sobre o
balanço, analisando-o (contrata-se um perito contábil para isso quando o administrador não
seja completamente apto para tal, sendo este apenas responsável pelo parecer, utilizando do
trabalho do perito para a análise a ser feita).
Há uma discussão se a remuneração desses auxiliares, como o perito, deve ser paga
pelo próprio administrador ou pela própria empresa em recuperação. Além disso, existem
pessoas que não podem ser administradores: quem já foi administrador e foi destituído do
cargo nos últimos 5 anos (houve uma falha na função, visto que o juiz o destituiu do cargo);
amigo ou inimigo da empresa em recuperação, bem como dependentes da empresa; quem tem
parentesco de até terceiro grau com empresários ou seus gestores.
A lei prevê também a hipótese de substituição do administrador: se ele morrer; se ele
ficar incapaz; e se ele falir (é possível que no decurso da recuperação o juiz decrete a falência
da empresa devedora - convolação da recuperação em falência – após do deferimento do
processamento, em que o juiz pode considerar o administrador que é apto para a recuperação
não ser o mesmo para a falência, substituindo-o). No caso de destituição o administrador não
faz jus à remuneração, mas na hipótese de substituição a sua remuneração é proporcional ao
trabalho realizado.
O administrador em qualquer hipótese tem responsabilidade civil e criminal, podendo
responder com o próprio patrimônio e existindo a possibilidade de responsabilidade tributária,
respondendo por tributos não pagos.
Nomeado o administrador, a pessoa tem 48 horas para assinar um termo de compromisso
assumindo o encargo, em que se não cumpri-lo a pessoa é destituída (e entra naquele prazo
de 5 anos de vedação para sua nova nomeação como administrador judicial).
Suspensão das ações e execuções ajuizadas contra o devedor – artigo 6°, parágrafo 4°
As ações são suspensas por 180 dias ao argumento da universalidade dos credores ser
preservada. Definiu-se esse prazo porque o legislador, ao criar o procedimento da
recuperação, imaginou que está ação duraria, no máximo, 180 dias (claramente, não é o que
acontece na prática).
Como o prazo não é cumprido, não faria sentido que as ações suspensas voltassem, ou
seja, o simples decorrer dos 180 dias não significa que as ações devem voltar a tramitar, o que
gerou um enunciado (42 da Jornada I), em que os 180 dias podem ser excepcionalmente
prorrogados, caso não puder atribuir ao devedor o excesso de prazo.
Não se sabe se o prazo corre em dias úteis ou corridos, o professor entende que seja
um prazo processual, mas não o veem assim mesmo que se encontre dentro de um processo.
Como não há nada sedimentado, é mais prático que conte em dias corridos.
Todas as execuções são suspensas? Só aquelas que são baseadas em títulos líquidos
e certos (execução de título extrajudicial ou judicial, por exemplo), ou seja, ações ordinárias
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não são suspensas porque não há liquidez e certeza na dívida, devendo discutir o crédito e
continuar tramitando até que se constitua o crédito (acredita-se que se a sentença da ação
ordinária for posterior ao deferimento do processamento o crédito constituído é passível de
recuperação por ser sua origem anterior ao pedido de recuperação). Em relação às ações
monitoria há discussão, pois não se sabe se considera como crédito passível para tal (apesar
de haver dívida certa, não há titulo), já em relação às execuções fiscais estas não podem
chegar a penhora dos bens dos devedor, pois deve analisar se o(s) bem(ns) são essenciais ou
não. As ações de banco de execução de cessão fiduciária não são suspensas porque esse tipo
de crédito não é sujeito a recuperação, mesmo que seja lastreado em liquidez e certeza (no
caso desse crédito não ser pago ser necessário para a continuidade do funcionamento da
empresa, cabe ao juiz da recuperação analisar se o dinheiro ou o bem pode ser entregue ao
banco). As ações de busca e apreensão são suspensas se o bem que é objeto da mesma
forma essencial à atividade do devedor, se não for essencial a busca e apreensão pode ocorrer
normalmente.
Agravo
Cabe agravo de instrumento para a decisão do deferimento do processamento? Cabe,
por ser uma decisão que não dá fim ao processo, mas existem jurisprudências que discordam
por conta do artigo 1015 do CPC não trazer de forma expressa a hipótese de deferimento do
processamento.
A Lei de Recuperação é explícita sobre o fato da Decisão (é uma sentença que não
encerra o procedimento) de Concessão de Recuperação Judicial caber agravo (observa-se que
na Sentença de Encerramento da Recuperação Judicial cabe apelação por esta dar fim ao
processo) e por ser um assunto único, não pode discutir sobre o processamento do
deferimento nele (não há irrecorribilidade em separado).
O mesmo procedimento ocorre na falência, a qual se inicia com a sentença que decreta a falência e que tem
como consequência, da perda do prazo da Impugnação de Crédito, o risco de não receber seu crédito, se
não estiver na lista de credores por não ter sido julgada ainda, e se o dinheiro do devedor acabar ele ficará
sem receber.
Os credores podem apresentar objeções sobre o plano, enquanto o Juiz deve garantir a
legalidade do acordo (como no caso do não pagamento de juros, tendo em vista que a
porcentagem tornaria o pagamento inviável, por causa do imposto sobre o desconto, no caso
do pagamento integral, mas é considerado ilegal com base na lei que determina a existência
dos juros).
Objeção
Peça processual contra o PRJ que não precisa ter diversas teses, deve apenas dizer
que não “gostou” do plano apresentado, levando a AGC a ocorrer. O prazo de 30 dias começa
do edital do recebimento do plano, sendo que quem não está na lista original de credores não
pode apresentar objeções, sobrando, então, o prazo para apresentar divergência.
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O devedor tem 60 dias para apresentar o plano > 15 para os credores apresentarem divergências em relação
ao créditos deles > o administrador tem 45 dias para apresentar nova relação de créditos > edital.
Se o credor foi adicionado a lista de credores depois que o prazo de 30 dias de objeção
passou, este possuirá o prazo de 30 dias para apresentar suas objeções que começa a fluir do
edital da nova relação de credores. Artigos: 53 e 7º, §2º.
Se ninguém apresentar objeções, não haverá a Assembleia Geral de Credores, pois se
entende que eles concordaram com a recuperação, em que o juiz vai direto para a sentença de
concessão. No caso de apenas um credor apresentar objeção, ocorre a convocação da AGC,
mas pode ocorrer a desistência da objeção? A jurisprudência diz que sim, levando ao
cancelamento da assembleia e à concessão da recuperação.
O nosso ordenamento é baseado no Código americano, em que lá, mesmo que a Assembleia tenha rejeitado
o plano, o juiz pode conceder a “reorganização”, isto é, faz o cram down.
No Brasil, o cram down daqui, é a possibilidade que a lei traz de o juiz conceder a
recuperação mesmo que o plano tenha sido rejeitado pela Assembleia (art. 58, §3º), mas se
nos EUA a concessão está no convencimento do juiz, aqui o legislador criou condições (as
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quais são cumulativas também) para que o juiz conceda a recuperação nessa situação e elas
são:
● Voto favorável de mais de 50% dos créditos presentes da Assembleia:
Deve somar todos os créditos presentes e ver quem votou favoravelmente
para a concessão da recuperação.
● O plano só pode ter sido rejeitado por DUAS classes, no caso de haver
QUATRO presentes: Ou seja, como se fosse metade (se houvessem três ou
duas, a rejeição no máximo de uma classe, e se houver apenas uma, não se
aplica o cram down) . O erro da modificação das classes entra aqui, pois não
houve a modificação desse critério, o qual diz que só pode haver a rejeição
de uma classe, mas com a entrada da classe dos ME e EPP, tem-se como a
metade como novo critério.
● Na classe que rejeitou (ou classes) deve ter havido voto favorável de
mais de ⅓ dos credores contados por cabeça e por crédito daquela
classe: Inclui-se as classes I e IV que no voto se conta apenas por cabeça.
Realizada a assembleia-geral, juntarão aos autos a ata da mesma para que o juiz
analise a possibilidade de cram down e depois se intimará o devedor a apresentar as certidões
negativas dos tributos (hoje existe a possibilidade de parcelamento dos tributos, pois precisava
da regulamentação, art. 68). Existem as três hipóteses: o devedor apresenta a CND e aí está
pronto para artistas decisão decisão recuperação; o devedor não apresenta, o que levaria a
sua falência ser decretada pelo juiz; ou o devedor apresenta uma certidão positiva com
efeito de negativa.
Os juízes perceberam que o poder de decisão não estava nas mãos deles, e sim dos
credores/da assembleia, que começaram a decidir sobre a legalidade dos planos, pedindo que
certas cláusulas não tenham efeito ou que o devedor apresente novo plano, por exemplo.
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Sentença de concessão
Ao conceder a recuperação ele vai proferir uma sentença de concessão, sendo ela uma
título executivo judicial. Essa sentença não põe fim ao procedimento, dando início a fase de
execução do plano e contra essa sentença cabe agravo de instrumento.
Essa fase de cumprimento do plano de recuperação judicial tem prazo determinado de
2 anos de duração, em que o administrador judicial ficará vigiando, assembleias poderão
acontecer e o devedor continua em recuperação. Se durante os dois anos o devedor
descumpre a lei de recuperação (ela traz uma série de obrigações para o devedor empresa
recuperação) ou o plano, o juiz decretará sua falência.
Terminados os dois anos sem o devedor descumprir algo, o juiz vai proferir a sentença de encerramento da
recuperação, sendo esta apelável.
o cumprimento dos meios de recuperação não são limitados aos dois anos da fase executória,
mas as verbas trabalhistas devem ser pagas em até um ano. Lembrando que se houver o
descumprimento de qualquer obrigação do plano ou a lei ocorre a convolação de recuperação
em falência.
Sentença de encerramento
Pode haver obrigação a ser cumprida depois dessa sentença, sendo que esta é passível de
apelação.
No caso de obrigações que restaram (seja de fazer, de dar ou de pagar) e o devedor não as
cumpre, os credores tem a faculdade de ajuizar execução (ajudar sentença de concessão é
um título executivo) que vai depender da obrigação que os envolve, ou ajuizar um pedido de
falência, em que o pedido é feito com base no descumprimento de obrigação assumida em
plano de recuperação (art. 94, III, g), sendo desnecessário o protesto desse título e não
podendo pedir outra recuperação se sua falência for decretada. Nessa segunda hipótese o
juízo é prevento, na primeira não.
Desde o deferimento do processamento até a sentença de encerramento, o devedor não pode
alienar ou onerar bens do seu ativo permanente sem autorização judicial, todo o patrimônio
imobilizado do devedor, existe a possibilidade de venda só se estiver previsto no plano (como
no caso de UPI) e ele tem que incluir no seu nome “em recuperação judicial”.
Convoca-se nova Assembleia para discutir e repactuar (há divergências sobre o prazo de dois
anos da fase executória, se ele recomeça ou não).
c. Massa falida: No momento em que o juiz prolata uma sentença declaratória de
falência, acontece uma coisa semelhante ao momento em que uma pessoa
morre (espólio), surge outra pessoa que é a massa falida do devedor, que em
alguns momentos vai ter interesses divergentes do devedor. Sendo que o que
congrega a massa falida são os bens do devedor e esse ente que surgiu vai
administrar o patrimônio do falido em prol do interesse dos credores (a empresa
faliu e um dos bens dessa empresa é um imóvel que está sendo invadido, nesse
caso quem tem legitimidade ativa de ajuizar ação pra recuperar o bem é a
massa falida, sendo que essa ação que a massa falida vai ajuizar não vai
tramitar no juízo universal da falência).
d. Legitimidade ativa: Pessoas com legitimidade ativa:
i. O próprio devedor: ele será autor e “réu” do processo, na verdade não
será réu, pois se assemelha a uma jurisdição voluntária, em que apenas
ele sofrerá as consequências da sentença. O fato de ele estar pedindo
sua falência não abona a exposição de motivos pra ela, devendo trazer,
inclusive, uma série de documentos com a petição inicial, por exemplo, a
lista de credores.
ii. O credor: é o mais comum de se acontecer, devendo comprovar a
insolvência pelo art. 94, I, II ou III. Tem-se a seguinte dúvida: a fazenda
pública, sendo credora de crédito fiscal, lastreada em certidão de dívida
esmo preenchendo todos os requisitos do
ativa, pode pedir falência? M
art. 94, I, a fazenda pública possui a possibilidade de cobrar seu crédito
por fora, pois o crédito tributário não se sujeita à falência, assim, o
judiciário tem decidido que a fazenda pública não tem interesse de agir,
porque seu crédito não está sujeito ao procedimento de falência. Já o
qual pode executar seu crédito em ação
credor com garantia real, o
apartada, visto que na falência o bem que foi dado em garantia, quando
for vendido, vai ser entregue o dinheiro ao credor com garantia, na
falência do devedor é como se tacitamente renunciasse à garantia, em
outros termos, a falência acaba se assemelhando à execução singular.
Noutro giro, pode um empresário requerer a falência de outro
empresário, caso tenha comprovado que é um empresário regular e o
caso do credor não domiciliado no Brasil, ele pode pedir a falência, mas
deverá fazer uma caução, um depósito judicial para garantir o pagamento
das custas processuais.
e. Citação: O devedor tem o prazo de 10 dias para:
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Contestação
A lei traz uma relação de matérias meramente exemplificativas que podem ser
elencadas em uma contestação de pedido de falência. Pode se alegar na contestação tudo que
o réu achar conveniente, com o intuito de convencer o juiz de que o réu não é insolvente.
Depois da contestação entra na fase de produção de provas, admitindo todos os meios
de prova possíveis, sendo que o credor não tem provas a produzir, pois a prova da insolvência
deve estar na petição inicial e sobre ela não pode pender qualquer dúvida, deve ser
incontroverso, ou seja, a prova do credor deve ser pré-constituída ao momento do ajuizamento
da ação. Isto posto, apenas o devedor tem provas a produzir neste procedimento, mas
sabendo que o credor pode fazer contraprova, só não pode constituir a prova da insolvência no
curso do processo de falência.
Sentença
Aqui existem só duas hipóteses, considerando que o devedor só contestou: 1) o juiz se
convenceu da insolvência do devedor; 2) o juiz se convenceu dos argumentos do devedor, e
decidiu que não há insolvência.
Pode haver uma sentença denegatória ou declaratória da falência, mas discute-se se
ela é declaratória (com efeito ex tunc) ou constitutiva (com efeito ex nunc). Grande parte da
doutrina entende que é constitutiva, porque antes o devedor era insolvente, sem poder falar
que ele era falido com todos os efeitos, pois isso só passa a existir depois da sentença.
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Conteúdo da sentença
Existem os requisitos comuns às sentenças (aplica-se subsidiariamente o CPC), como a
fundamentação, dispositivo, etc. O que interessa são os requisitos específicos, os quais estão
listados no artigo 99, entre eles estão:
● O Juiz vai fixar o termo legal da falência: O Juiz na sentença de falência vai
fixar esse termo, que nada mais é que o prazo de retroação dos efeitos da
sentença, no sentido de que durante o período fixado pelo Juiz todos os atos
praticados pelo falido são considerados suspeitos, isto é, há uma suspeição
sobre tudo o que o falido praticou, em que o falido será afastado dos negócios.
Os atos, intencionais ou não no sentido de prejudicar a universalidade de seus
credores, do falido não são declarados nulos e são, na verdade, analisados para
ver se são corretos ou não (caso de pagar um credor antes, o ato é nulo em
relação ao credor que recebeu, por exemplo). Têm-se três critérios para fixação
do termo legal: (1) O termo é em até 90 dias do primeiro protesto (se a
falência foi pedida com base no art. 94, I), sendo que se descobrir que houve
um protesto mais antigo, o Juiz vai aumentar o termo legal, podendo perdurar por
10 anos, por exemplo, em que a intenção do termo é investigar os atos do falido;
(2) de até 90 dias do pedido de falência (se a falência foi pedida com base
no art. 94, II e III), sendo da sua distribuição, sendo que pode, nesses casos,
haver protestos e eles poderão ser utilizados como critério; e (3) até 90 dias da
distribuição da recuperação judicial, observando também que se houver
protestos (como no caso do devedor apresentar uma certidão positiva de
protestos) deverá ser usado o primeiro critério.
● Nomeação do administrador judicial: O Juiz nomeia utilizando dos mesmos
critérios da recuperação judicial, mas a sua função na falência é um pouco mais
ativa, em que ele vai tomar os bens do devedor e administrá-los, depois
vendendo-os, ou seja, possui uma função gerencial. Sua remuneração é em até
5% do ativo que ele arrecadar do devedor.
● Suspensão das ações e execuções contra o devedor: Enquanto a falência
durar, mas lembrando das ações que não se suspendem, como as execuções
fiscais, de quantia ilíquida (até que se tornem líquidas e incluindo verbas
trabalhistas), ações em que o devedor é autor (pois nesse caso a ação não é
contra o devedor), entre outras.
● O Juiz vai se pronunciar a respeito da continuação provisória das
atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos
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que é o terceiro quem tem obrigação para com o devedor não tem efeito algum, só
muda a titularidade da obrigação. Os contratos bilaterais não se resolvem, mas pode o
administrador judicial denunciá-los. Além disso, o contratante pode contatar o
administrador judicial, interpelando-o, para saber se ele vai cumprir ou não o contrato,
tendo o administrador 10 para responder, sabendo que se esse prazo não for cumprido
o contratante pode considerar o contrato rescindido. Além disso, caso disposição
expressa no contrato, a falência não é caso fortuito ou força maior para a rescisão do
contrato.
Os efeitos da falência em um contrato de sociedade (LTDA) são: (1) no caso do falido
ser sócio de uma sociedade limitada, ele é retirado da sociedade, apurando seus
haveres, porque a falência do sócio não significa a falência da sociedade inteira (a
sociedade é sócia de outras sociedades); (2) já em relação aos sócios de uma
sociedade falida, se houvesse a obrigação de integralizar o capital social, o qual foi
parcelado, ao ser decretada a falência ocorre o vencimento antecipado dessa
obrigação, em que o sócio não possui mais o benefício do prazo alargado para
integralizar sua parte do capital.
4. Outros efeitos: ocorre a suspensão da contagem de juros, em que os juros contam até
o dia da decretação da falência; suspensão da contagem de prescrição; ocorre,
também, a compensação, em que uma pessoa, ao mesmo tempo, é credora e devedora
do falido e nessa hipótese os créditos se compensam (art. 122), mas existe uma
discussão doutrinária, pois acaba ferindo o princípio do par conditio creditorum, em que
existem situações em que um devedor é beneficiário em detrimento de devedores de
classes superiores. A compensação não vale para créditos transferidos após a falência,
porque senão se constata fraude, valendo apenas para os créditos da época. Exceto no
caso de cisão, fusão e incorporação de empresas.
Observação
Com a sentença vem, ao mesmo tempo, a verificação e classificação dos créditos,
sendo que com a arrecadação pode ocorrer, também simultaneamente, ações autônomas
como: pedido de restituição, embargos de terceiro e ação revogatória (pauliana).
Pedido de Restituição
Ação que cabe em duas hipóteses: (1) cabe ao proprietário de um bem que o teve
arrecadado pelo administrador judicial pela falência. O primeiro ato do administrador judicial é
a arrecadação (desapossamento do devedor dos seus bens, retirando do falido), não cabendo
a ele investigar o que é de quem, ele pressupõe que todos os bens ali localizados são do falido.
Os requisitos são: que o bem tenha sido arrecadado, que a coisa seja de propriedade de
terceiro que não o falido.
O primeiro exemplo é relativo á restituição de dinheiro. Cabe a restituição de dinheiro
que está em propriedade de terceiro? Porque quando são bens infungíveis é fácil de saber que
cabe a restituição, mas no caso de bens fungíveis a pessoa é credora ou cabe a restituição? É
possível a restituição de dinheiro desde que comprove: (a) que comprove que o dinheiro é seu,
(b) que o falido/depositário que estava com o dinheiro não tinha disposição sobre o dinheiro,
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isto é, não poderia usá-lo. Dessa forma, se os dois requisitos não forem cumpridos o suposto
proprietário do dinheiro se torna credor quirografário.
Outro exemplo de cabimento dessa ação é quando há apropriação indébita de
contribuição previdenciária, em que o empregador apenas reteu as parcelas descontadas do
salário e não as repassou à União, a qual tem direito à restituição dos valores.
Os casos dos contratos de adiantamento de contrato de câmbio, ACC, os quais são um
contrato de mútuo de câmbio, em que os bancos fizeram lobby e vigorou a seguinte tese: o
credor de ACC não é um credor normal, não entram na lista de créditos normais, podendo ser
restituídos se ingressarem com tal ação (art. 75 e ss).
(2) Outra possibilidade de pedido de restituição com os requisitos: arrecadação, que a
coisa vendida a crédito (se tiver sido toda paga não cabe restituição), que tenha sido
entregue ao falido nos 15 dias anteriores ao requerimento de falência e que ainda não
tenha sido vendida pelo falido. Restituindo o bem em si, em que se parte do bem já tiver sido
vendido, o proprietário tem direito a restituição do que restou e vira credor quirografário do
montante que fora vendido.
Existem variáveis que cabem para ambos os casos, como no caso do administrador ter
vendido o bem arrecadado, em que se mantêm os requisitos de cada hipótese, mas o bem não
existe mais, cabendo restituição em dinheiro pelo valor da venda (não se confunde com a
restituição de dinheiro).
Nas hipóteses em que a pessoa não é proprietária, mas sim possuidora, não cabe
pedido de restituição e sim embargos de terceiros (CPC).
ele não produz efeito em relação à massa falida, mas pode ser eficaz em relação a outras
pessoas. No art. 130 o ato foi válido, e vou pedir a revogação do ato. No art. 129 o ato não
produz efeito em relação à massa falida.
Além disso, quem contratou com o falido o fez de boa-fé, sabendo ou não que o
devedor estava em crise: não interessa. O ato é ineficaz independentemente do conhecimento
de que o devedor estava em crise. Se o falido praticou o ato para fraudar ou não, tanto faz. O
ato ainda é ineficaz. Por fim, os atos são ineficazes são:
● O pagamento de dívida não vencida dentro do termo legal (que é o prazo
que o juiz fixa, na decretação da falência, que vai retroagir até 90 dias depois do
dia do pedido de falência) por qualquer meio extintivo, ainda que pelo
desconto do título: um bem dado em dação em pagamento para quitação de
dívida que ainda não estava vencida antes do pedido de falência, vai voltar para
o patrimônio do devedor, porque o bem não produz efeito em relação à massa
falida. No caso do comprador do bem ter vendido, mesmo que de boa-fé, tem
como resultado a perda do bem pelo novo comprador, porque como a dação
feita anteriormente não produz efeito em relação à massa falida, os atos
subsequentes também não.
● Pagamento de dívida vencida dentro do termo legal por meio anormal (não
convencional ou não convencionado): Pagar uma dívida de forma anormal, como
dação de bens em pagamento de duplicata, não tem eficácia.
● Constituição de direito real de garantia durante o termo legal em relação à
dívida vencida: O devedor teve uma dívida vencida, ele nova essa dívida, faço
uma recontratação, e a garante como um direito real qualquer. O devedor está
beneficiando um credor em detrimento do outro. Então esse ato é ineficaz, mas
se o ato de concessão de garantia é concomitante com assunção da dívida,
esse ato não é ineficaz.
● Atos a título gratuito praticados desde dois anos antes da sentença
declaratória de falência: Com a exceção de atos de benefícios que
representem verba alimentar.
● Renúncia à herança ou legado (direito hereditário específico) desde dois anos
antes da sentença declaratória de falência, no caso de empresário
individual.
● O trespasse (venda do estabelecimento), em que a lei não estipula prazo para a
ineficácia deste ato, sendo que o trespasse seria ineficaz em duas
circunstancias cumulativas: quando o devedor ao vender o estabelecimento não
notifica todos os credores; e quando o devedor vende o estabelecimento e não
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Legitimidade passiva
O réu é quem está com o bem, ou quem praticou o ato fraudulento, quem contratou com
o falido, não podendo ser o devedor falido, pois ele é o beneficiário da ação, o objetivo da ação
é recompor o patrimônio dele.
A ação será feita no procedimento comum, não é feita em apenso ao processo de
falência, em que o recurso plausível da sentença é apelação.
Além disso, de acordo com o artigo 138, a sentença de uma ação revocatória pode ter o
poder de rescindir uma decisão proferida em outro processo judicial, seja de qualquer tribunal,
vejamos:
Art. 138. O ato pode ser declarado ineficaz ou revogado ainda que praticado com base em decisão judicial,
observado o art. 131 dessa lei.
Parágrafo único. Revogado o ato ou declarado sua ineficácia, ficará rescindida a sentença que o modificou.
Pagamento
A lei diz que assim que houver dinheiro em caixa o adm aí pagar até 5 salários mínimos por
empregados relativos aos salários vencidos nos 3 meses anteriores à falência.
1. Restituições
2. Creditos extraconcursais:
a. Remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares;
créditos derivados de legislação do trabalho é por acidente do trabalho
relativos a serviços prestados após a falência
b. Quantias favorecidas à massa pelo credor
c. Despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e
distribuição de seu produto; custas do processo de falência
d. Custas judiciais relativas à ações em que a massa falida tenha sido
vencida
e. obrigações da massa falida e créditos contraídos durante a recuperação
judicial
3. Créditos concursais
Na falência se paga classe por classe, em que a classe que não puder ser paga integralmente,
terá a quantia disponível rateada proporcionalmente, por conta do princípio do par conditio
creditorum, pois se paga todo mundo ou paga ninguém. Lembrando que não há pagamento de
juros, salvo após o pagamento dos créditos concursais, retornando à primeira classe, ou seja,
só se paga juros se todas as classes forem pagas.
O administrador judicial está na primeira classe de crédito extraconcursal, mas a remuneração
dele é reservada, recebendo apenas quando se encerra o processo de falência.
Encerramento da falência
Depois do pagamento, seja de um ou seja de todos os credores, o administrador judicial vai
apresentar um relatório completo de tudo o que ocorreu no decorrer do processo de falência
(sabendo que se houver qualquer inconsistência nesse relatório o administrador é destituído),
bem como ajuizará uma ação de prestação de contas, em que elas serão periciadas, com
manifestação do MP e se o juiz rejeitar as contas apresentadas o administrador é destituído.
Após as contas serem julgadas boas o juiz vai proferir uma sentença de encerramento da
falência (sendo esta apelável, o que é bem comum do MP fazer). Esta sentença contém quem
é o falido, porquê, quais bens possuía, quais foram vendidos, os credores, etc, sendo bem
semelhante ao relatório final apresentado pelo administrador.