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Direito Civil
Direito Civil
Prof.ª Patrícia Strauss
Prof.ª Maitê Damé
Revisão Turbo | 35° Exame da Ordem
Direito Civil
Queridos alunos,
Com carinho,
@prof.patriciastrauss
@maitedame
Revisão Turbo | 35° Exame da Ordem
Direito Civil
1.1 Inadimplemento
O Código Civil dá grande importância para o inadimplemento das obrigações. Temos aqui
a responsabilidade civil contratual.
Inadimplemento
Inadimplemento total
relativo, parcial ou
ou absoluto
mora
Descumprimento Descumprimento
parcial total
Como regra, de acordo com o artigo 389 não cumprida a obrigação, responde o devedor
por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado. No entanto, (artigo 393) o devedor não responde pelos
prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles
responsabilizado.
Caso fortuito é evento totalmente imprevisível. Força maior é evento previsível, porém
inevitável. Na parte final do artigo 393 é dito que se a parte assumir o risco então mesmo em
caso fortuito/força maior irá responder.
Mora é atraso ou até mesmo o cumprimento incompleto da obrigação. A mora pode ser
tanto do credor quanto do devedor.
Estar em mora é não cumprir a obrigação no tempo, forma, objeto, enfim, a maneira como
foi originalmente contratado.
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que
não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros,
atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e
honorários de advogado.
Atenção: Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora
(artigo 396). Assim, se a obrigação não for cumprida em razão de algo que não seja culpa do
devedor, não teremos a caracterização da mora. Esse aspecto é bem importante, já que informa
que para que haja a mora, é necessário que haja a culpa do inadimplente. Se não houver culpa,
não teremos mora.
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Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela
conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e
sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia
estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação.
Importante: Artigo 399, que trata sobre a responsabilidade do devedor que, em mora,
responde pela impossibilidade de cumprimento do contrato, mesmo que essa impossibilidade
resulta de caso fortuito ou força maior.
I – Por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos
decorrentes do dia da oferta;
Súmula 562 STF: Na indenização de danos materiais decorrentes de ato ilícito cabe a
atualização de seu valor, utilizando-se, para esse fim, dentre outros critérios, os índices de
correção monetária.
Súmula 426 STJ: Os juros de mora na indenização do seguro DPVAT fluem a partir da
citação.
Segundo o artigo 402, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele
efetivamente perdeu (danos emergentes), o que razoavelmente deixou de lucrar (lucros
cessantes).
A teoria adotada pelo CC é a teoria do dano direto e imediato, ou seja, somente o que for
diretamente ligado ao inadimplemento será contado como perdas e danos
Para a doutrina, as perdas e danos do CC apenas tratam de danos materiais. Caso outros
danos venham a surgir do inadimplemento, podem também ser pedidos (danos morais, estéticos)
entre outros.
Cláusula penal é uma punição, penalidade de natureza civil e tem a ver com o
inadimplemento obrigacional.
A cláusula penal pode ser classificada em: cláusula penal moratória e cláusula penal
compensatória.
A doutrina entende que a multa moratória deve ter um teto de até 10%-20% sobre o valor
da dívida. Já para contratos de consumo, o valor é de até 2%.
Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança
especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena
cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal.
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Assim, quando houver clausula penal moratória, poderá o credor exigir o cumprimento da
obrigação e o cumprimento da clausula penal moratória.
Caso de inexecução total da obrigação. Ela tem a função de antecipar as perdas e danos.
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da
obrigação principal.
Neste caso não poderá o credor exigir o cumprimento da obrigação e também a multa
compensatória.
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da
obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor.
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação principal
tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo,
tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo.
Ainda que o prejuízo exceda o previsto na clausula penal, não pode o credor exigir
indenização suplementar se assim não foi convencionado. e o tiver sido, a pena vale como
mínimo da indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente.
Assim, não se pode cumular multa compensatória com indenização por perdas e danos
decorrentes do inadimplemento da obrigação. Contudo, se no contrato estiver previsto tal
possibilidade, a multa compensatória será já o mínimo de indenização. Cabe ao credor então
comprovar o prejuízo excedente.
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Como o próprio nome nos mostra, arras é um sinal dado em um contrato, em dinheiro ou
outro bem móvel entregue por uma parte à outra. Tal sinal irá constar em um contrato preliminar.
São muito comuns em promessa de compra e venda de imóvel.
1.5.1 Confirmatórias
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por
desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver
o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
A parte que sofreu com o inadimplemento do outro poderá pedir indenização suplementar
ou execução.
Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo,
valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do
contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização.
1.5.2 Penitenciais
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das
partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-
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2. Responsabilidade civil
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado
a repará-lo.
I - Os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
De acordo com o artigo 934 se o empregador, por exemplo, pagar a indenização, terá
direito de regresso contra o empregado que causou o dano.
Um ponto muito importante diz respeito à solidariedade entre todos os sujeitos do artigo
942, já que o parágrafo único informa que são solidariamente responsáveis com os autores os
co-autores e as pessoas designadas no artigo 932.
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não
provar culpa da vítima ou força maior.
O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se
esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta, consoante artigo 937 do CC.
Para que haja a configuração, é necessário se estabelecer que o imóvel necessitava de reparos
de forma manifesta. A responsabilidade é do dono do edifício ou da construção (construtora, por
exemplo).
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das
coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Ponto muito importante a ser verificado que a responsabilidade é de quem habita o prédio.
Assim, seriam responsáveis o locatário, comodatário, proprietário, enfim, quem estiver habitando
o prédio.
Caso não se saiba de onde partiu o objeto caído ou lançado, os tribunais têm entendido
pela responsabilização do condomínio que, após (e caso) identificado o responsável, poderá
ajuizar regresso contra o ofensor.
Consoante o art. 944 a indenização se mede pela extensão do dano. Assim, quanto maior
for o dano, maior será a indenização.
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Já o art. 945 trata sobre a vítima ter contribuído para o evento danoso (fato ou culpa
concorrente). Neste caso, a indenização será fixada levando em conta a contribuição da vítima.
Há inúmeros artigos no CC que tratam sobre qual será a indenização a ser fixada, em
caso da configuração da obrigação de indenizar:
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I - No pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das
despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum
outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício
ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do
tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à
importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada
e paga de uma só vez.
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização
devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou
imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o
trabalho.
Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria coisa,
estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este não se avantaje
àquele.
Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano
que delas resulte ao ofendido.
Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar,
equitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.
Art. 954. A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento das
perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, tem aplicação
o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.
I - O cárcere privado;
3. Contratos
Evicção é a perda total ou parcial de um bem, em regra, por meio de uma sentença judicial.
Esta sentença judicial atribui a outra pessoa o bem. Funda‑se no mesmo princípio da garantia
em que se assenta a teoria dos vícios redibitórios.
Requisitos da evicção:
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Anterioridade do
Perda total ou
Aquisição realizada direito daquele que
parcial da
de forma onerosa ganhou a ação
propriedade
judicial
Direitos do evicto:
Lembrando que evicto é aquele que perdeu a coisa em virtude de sentença judicial.
Indenização Pelos
Indenização
dos frutos prejuízos Custas
Restituição pelas
que tiver que judiciais e
integral do despesas
sido diretamente honorários
preço dos
obrigado a resultarem do advogado
contratos
restituir da evicção
1 – Perda considerável: Poderá o evicto (quem perdeu parcialmente o bem) optar entre a
rescisão do contrato e a restituição da parte do preço do desfalque.
2 – Perda não for considerável: Pode apenas pleitear a indenização e não a rescisão do
contrato.
O prazo para ajuizamento da ação anulatória é de 2 anos, segundo o artigo 179 do Código
Civil.
O condômino não pode alienar sua parte indivisa a terceira pessoa, se o outro condômino
a quiser, tanto por tanto. O condômino que quiser pode exercer seu direito de preferência ou
preempção, ajuizando ação no prazo decadencial de 180 dias contados da data em que teve
ciência da alienação. No momento do ajuizamento, deve o condômino, efetuar a consignação do
valor que deseja pagar. A ação pode ser ação adjudicatória, a fim de obter o bem para si.
É possível a venda entre cônjuges com relação aos bens excluídos da comunhão.
A) Doação da parte inoficiosa: é nula a parte que exceder ao que poderia dispor em
testamento, segundo o artigo 549 do CC.
B) Doação de todos os bens do doador: é a chamada doação global, em que não pode
todos os bens do doador serem doados, sem que fique algo para a sua subsistência. Caso isso
aconteça, teremos nulidade.
C) Doação do cônjuge adultero a seu cúmplice – artigo 550 do CC: pode ser anulada a
doação pelo cônjuge ou pelos herdeiros necessários. Prazo de 2 anos depois de dissolvida a
sociedade conjugal.
Por ingratidão do donatário: As hipóteses se encontram nos arts. 557 e 558 do CC.
Qual é o prazo para que se peça a revogação por ingratidão? Dentro de um ano, a contar
de quando chegue ao conhecimento do doador sobre o fato e que o donatário foi o autor.
Mas e no caso de homicídio doloso? Se o doador morreu, como vai ajuizar? É uma
exceção, nesse caso, os herdeiros podem ajuizar a ação de revogação da doação.
1. Pessoa natural
Absoluta
Art. 3º, CC
Incapacidade
Relativa
Art. 4º, CC
Capacidade
Civil Plena
Capacidade de
Direito
Pessoa
Natural
Nascituro
Maioridade
Voluntária
Art. 5º, CC
Capacidade de
Fato/Exercício Emancipação
Art. 5º, § Judicial
Pessoa com único, CC
Deficiência
Legal
1.1 Incapacidade
Quem, embora tenha personalidade jurídica, não pode praticar atos da vida civil por si
próprio.
Incapacidade absoluta:
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1. Menores de 16 anos;
2. Nenhum ato;
3. Suprimento: representação (pais, tutores);
4. Inobservância: nulidade (art. 166, J, CC).
Incapacidade relativa:
1. Plenamente capaz;
2. Art. 6º, Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13. 146/15);
3. Tomada de Decisão Apoiada (art. 1.783-A, CC).
1.4 Nascituro
Possibilidade de exercer atos da vida civil por si próprio. Entretanto, nem toda pessoa
possui.
A aquisição pode se dar com a maioridade (art. 5º, CC), ao completar 18 anos, ou com a
emancipação (art. 5º, § único, CC). Na emancipação, se antecipa a capacidade civil plena, mas
segue incidindo regras do ECA. É irrevogável.
Espécies de emancipação:
2. Tutela e curatela
Legítima
Espécies Dativa
Incapacidade Testamentária
Tutela
Escusa
Exercício
Sujeitos
Curatela Interdição
Curador
2.1 Tutela
Base legal: Art. 1.728 e ss. do CC, art. 759 e ss. do CPC e art. 36 e ss. da Lei nº 8.069/90.
Espécies:
1. Testamentária (Art. 1.729 e 1.730, CC): Direito dos pais indicarem tutor aos filhos;
Escritura pública ou outro documento autêntico.
2. Legítima (Art. 1.731, CC): Na falta de indicação pelos pais; Parentes
consanguíneos.
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3. Dativa (Art. 1.732, CC): Falta de indicação pelos pais; Falta de parente; Juiz indica
pessoa idônea.
Incapacidade (Art. 1.735, CC): Pessoas que não poderão exercer tutela.
Escusa (Art. 1.736, CC): Via de regra, não pode ser recusada. Exceções: casos do art.
1.736, CC. Procedimento de escusa: simples petição (Art. 760, CPC). Prazo de 5 dias.
Exercício (Art. 1.740 a Art. 1.752, CC): Os principais são administração dos bens e
aceitar a herança (com autorização do juiz).
2.2 Curatela
Base legal: Art. 4º, II, III, IV do CC, art. 1.767 do CC e art. 747 e ss. do CPC.
Interdição (Art. 747 e ss. do CPC): Reconhece situação de incapacidade. Fixa atos que
não podem ser praticados. Realização de perícia. Nomeação de curador.
Curador (Art. 1.775 do CC): Nomeado por sentença em Ação de Interdição. Ordem:
Base legal: Art. 1.755 até art. 1.762 e art. 1.783 do CC.
Tutores e curadores devem prestar contas ao juiz. De 2 em 2 anos ou sempre que o juiz
exigir.Na curatela, se o curador for cônjuge e o regime for de comunhão universal, há dispensa.
3. Direitos de personalidade
1. Testamento vital;
Enunciado 528, das Jornadas de Direito Civil, que autoriza o chamado testamento vital ou
biológico, que nada mais é do que uma autorização para a prática da suspensão do tratamento
médico:
Nesse sentido, há a súmula 403, STJ que determina que “Independe de prova do prejuízo
a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou
comerciais”.
Súmula 221, STJ: São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente
de publicação pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de
divulgação.
ADIN 4815, que dá ao art. 20, CC interpretação conforme a Constituição. Nesta ação, foi
autorizada a publicação das “biografias não autorizadas”, ou seja, a possibilidade de publicação
de obras biográficas literárias ou audiovisuais, independentemente do consentimento do
biografado. O Presidente do STF a época (Ricardo Lewandowski) afirmou que “não é possível
que haja censura ou se exija autorização prévia para a produção e publicação de biografias”, de
forma que “a censura prévia está afastada, com plena liberdade de expressão artística, científica,
histórica e literária, desde que não se ofendam os direitos constitucionais dos biografados”.
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4. Pessoa jurídica
Sócio
Personalidade separada – art.
49-A, CC
Pessoa jurídica
Confusão patrimonial
Desconsideração da
Art. 50 Abuso da personalidade
personalidade
Desvio de finalidade
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Local de residência
Regra geral - art.
habitual, com ânimo
70, CC
definitivo.
Havendo filiais,
Sede das diretorias cada uma responde
Privado
e administrações. pelas obrigações ali
constituídas.
Domicílio da
Pessoa Jurídica
Capitais do Estado,
Público DF, União, sede do
Município.
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6. Bens jurídicos
Natureza solo (só ele)
Imóveis
art. 79-81, CC Acessão (o que se Natural Árvore
gruda ao bem imóvel
por natureza) Artificial Prédio
Semoventes (movem-se
Por natureza sozinhos)
Móveis
art. 82-84, CC Carro, celular, mesa (movimenta
Propriamente ditos sem deterioração, com auxílio
externo)
Bem fungível é o que Soja, arroz, milho
admite a substituição
Fungíveis e Infungíveis
art. 85, CC Bem infungível é o
Considerados que não admite Quadro do pintor famoso
em si mesmos substituição
O uso importa na destruição
Consumíveis (alimentos) ou estão a venda
Consumíveis e (livro da livraria)
Inconsumíveis
art. 86, CC Suportam o uso continuado
Inconsumíveis
(carro, roupa)
Podem ser fracionados sem alterar a
Divisíveis substância (grãos, $)
Divisíveis e Indivisíveis
art. 87-88, CC
Indivisíveis Não podem ser fracionados (cavalo)
Consideradas em sua
individualidade, representadas
Singulares
por uma unidade (cavalo, livro,
Singulares e Coletivos árvore)
Bens art. 89-91, CC
Compostos de várias coisas
jurídicos Coletivos
singulares (biblioteca, floresta)
Necessárias – evitar
estragos
Úteis: melhora o
Benfeitorias uso
Principal Existe por si próprio art. 96 a 97
Reciprocamente art. 92, CC (solo) Voluptuárias –
considerados recreação
Pressupõe a existência
Acessório
do principal (árvore)
Móveis que não são parte
integrante, mas se
Pertenças destinam, de modo
art. 93, CC duradouro, ao uso, serviço
ou aformoseamento de
Particulares Iniciativa privada outro.
7. Bem de família
Vários bens
Até 1/3 patrimônio líquido
Escritura pública ou testamento
Voluntário Registro no CRImóveis
Enquanto o casal existir ou os filhos forem menores de 18 anos
Impenhorabilidade quanto a dívidas posteriores a instituição
BEM DE FAMÍLIA
Capacidade dos negócios jurídicos gerarem efeitos. Pode depender de alguma “situação
especial” (elementos acidentais do negócio jurídico).
Suspensiva
Condição
Evento futuro e incerto
art. 121
Eficácia
Resolutiva
Determinação que
Encargo ou modo impõe um dever ou
ônus ao beneficiário
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Art. 158, CC –
devedor desfalca o seu patrimônio, a ponto de se gratuita
Fraude contra
tornar insolvente, com o intuito de prejudicar seus
credores
credores. Art. 159, CC –
onerosa
absolutamente incapaz;
Não convalesce pelo decurso do tempo.
Não pode ser confirmada pelas partes. objeto ilícito, impossível ou indeterminável;
Negócio simulado
9. Prescrição e decadência
Prescrição Decadência
16 a 18 anos – necessidade de
autorização dos pais.
Impossibilidade de casamento de
menor de 16 anos (nova redação do art.
1.520, CC).
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Momento de averiguar a
Habilitação capacidade e eventual
impedimento.
No cartório = 2 testemunhas
Fora = 4 testemunhas +
Celebração portas abertas
Matrimônio realizado com inobservância de impedimento = nulo (art. 1.548, II, CC) –
interessados ou o MP poderão, a qualquer tempo, buscar a nulidade (art. 1.549, CC).
Depois da sentença = efeito retroativo (art. 1.563, CC) - dissolução do vínculo, como se
nunca tivesse ocorrido (volta a ser solteiro).
Mutabilidade do regime de bens: Pedido motivado ao juiz, feito por ambos os cônjuges
e com a garantia do direito de terceiros – art.1.639, § 2.º, CC.
Sem o pacto antenupcial o regime que deve constar no casamento é o regime legal
(comunhão parcial de bens).
Exceção:
I - Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância
do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior
ao casamento.
II - Os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa
anterior;
III - Os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
Os cônjuges, casados sob esse regime, não podem constituir sociedade entre si (art. 977,
CC).
A participação ocorrerá sobre o patrimônio adquirido, de forma onerosa, pelo outro, mas
através de um crédito e não pela constituição de condomínio sobre o patrimônio. Significa dizer
que o direito não é sobre o patrimônio, mas sim sobre eventual saldo após as compensações
dos acréscimos de cada um.
Qualquer dos cônjuges pode alienar ou gravar seus bens sem anuência do outro cônjuge.
União estável = ato-fato jurídico = independe de vontade para que se configure. União
pública, contínua e duradoura, com a intenção PRESENTE de formar família.
Requisitos: art. 1.723, CC. Não há necessidade de coabitação. Súmula 382, STF.
Independentemente do tempo de
casamento; independentemente do
Constituição Federal tempo de separação → cabe
divórcio para romper vínculo (EC
66/2010).
Divórcio extrajudicial:
1. Consenso;
2. Inexistência de filhos incapazes ou nascituros (novo CPC) – cabe, neste caso,
emancipar os filhos menores de idade para a realização do divórcio extrajudicial
– o CPC/2015 retirou o termo menores, deixando os incapazes e incluindo os
nascituros;
3. Assistência de advogado.
14. Guarda
Unilateral ou exclusiva, quando exercida por apenas um dos pais. Compartilhada, quando
exercida por ambos em iguais condições.
A guarda pode ser modificada se ficar provado que o guardião ou pessoas de sua
convivência familiar não trata convenientemente a criança ou o adolescente.
15. Parentesco
NATURAL Biológico
Linhas
Colateral ou transversal – os parentes se relacionam por existir um
parente ancestral comum – LIMITA-SE ao 4.º grau (sucessões); 3.º
grau (casamento); 2.º grau (obrigação alimentar)
16. Alimentos
Alimentos gravídicos: fixados em benefício da mulher grávida, para que possa atender
as necessidades especiais da gestação. Lei 11.804/2008 – depois do nascimento, convertem-se
automaticamente em alimentos para a criança até que seja pedida revisão.
Reciprocidade:
17. Morte
MORTE • Real
• Presumida
• Ausente = art. 22
Presumida com • aquele que desaparece de seu domicílio sem dar notícias, sem
decretação de deixar representante ou procurador para administrar-lhe o
ausência (art. 6º, 2 patrimônio.
parte + art. 22 e ss., • A lei prevê três fases: curadoria dos bens do ausente, sucessão
CC + art. 744, CPC) provisória e sucessão definitiva. Art. 744 e ss. CPC/2015’
• Princípio da saisine
• Todo unitário e indivisível
Transmissão da • Aplicação das regras do
herança aos herdeiros condomínio
• Possibilidade de utilização das
ações possessórias
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• Real
MORTE • Presumida
Capacidade
• Legítima
hereditária •Art. 1.798, CC
• Testamentária
•Arts. 1.798 + 1.799, CC
Espécies de • Legítima
sucessão • Herdeiros necessários: descendentes,
ascendentes e cônjuge
• Garantia da legítima (1/2 da herança)
• Herdeiros facultativos: colaterais
• Podem ser excluídos da sucessão –
liberdade plena de testar
• Testamentária
• Herdeiro instituído – recebe % da
herança
• Herdeiro legatário – recebe bem certo,
descrito e caracterizado
Princípio da liberdade limitada de testar – existe um percentual que não está sujeito à
vontade do testador, quando existirem herdeiros necessários.
Deve ser respeitada a metade disponível aos herdeiros necessários: art. 1846, CC
(herança ≠ legítima).
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Valor da parte disponível definido pela avaliação – art. 1.847. Havendo excesso, redução
das disposições, nos termos dos arts. 1.966 a 1.968.
Herança ≠ meação.
Art. 1.850. Será plena a liberdade de testar se não houverem herdeiros necessários.
19. Herança
Confirma a
transmissão Por
ocorrida no Expressa
documento
momento da
morte
Atos próprios
Tácita
de herdeiro
Espécies
Art. 1807, CC -
Nesse caso, o
interessado em que o
silêncio é
herdeiro aceite requer ao
Aceitação interpretado
Presumida juiz, para que lhe intime a
como
dizer, em prazo não
manifestação da
superior a 30 dias, se
vontade
aceita ou não a herança.
Pelo próprio
Direta
herdeiro
Por
Formas
HERANÇA procurador
Pelos
Repúdio a
Indireta sucessores do
herança
herdeiro
Tem-se por
não verificada Pelo credor
a transmissão
Escritura
Sempre de pública
Renúncia forma
expressa
Termo judicial
Parte do herdeiro
renunciante acresce
aos herdeiros de
Efeitos mesma classe
Ninguém representa
herdeiro renunciante
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Direito Civil
INDIGNIDADE
•Decorre de lei
•Hipótestes: art. 1.814, CC
•Independe de manifestação
•Alcança o herdeiro legítimo e o testamentário (instituído ou legatário)
•A exclusão depende da Ação de Indignidade
•Prazo – 4 anos – abertura da sucessão
•Admite reabilitação, mediante perdão do ofendido
•Nem sempre os fatos são anteriores à morte do autor da herança
DESERDAÇÃO
Pode ocorrer, por qualquer razão, que algum herdeiro não seja relacionado no inventário
e na partilha. Nesse caso, sua condição jurídica de herdeiro não é reconhecida (filho a ser
reconhecido de uma relação extraconjugal do de cujus).
Nesse caso, para que esse herdeiro possa ter seu direito reconhecido e, então, receber
parcela que lhe cabia na universalidade, deverá ingressar com uma ação judicial. Esse é o caso
da petição de herança.
Exemplos:
FALECIDO SOLTEIRO
DESCENDENTES ASCENDENTES
Falecido casado ou EM EM Sobrevivente
convivente em CONCORRÊNCIA CONCORRÊNCIA como
união estável COM O COM O herdeiro
universal
SOBREVIVENTE SOBREVIVENTE
Plena Colaterais
Disposições Patrimoniais
Caducar = o ato perde a validade por uma causa que o esvazia, ou em razão de um fato
que lhe retira o objeto.
disponível legítima
Sucessão será legítima – 50%
e testamentária – 50%
O simples fato de existir novo testamento não significa que tenha revogado o
anterior. Ambos podem coexistir, desde que não sejam contraditórios, ou seja, desde que
se complementem.
4. O novo testamento não atinge os legados, pois estes são especificações dos bens.
24. Posse
POSSE
Éo
Éo exercício Teorias justificadoras Posse x Detenção Classificação
domínio de fato de
físico que um dos
alguém poderes
tem sobre inerentes
a coisa, a Teoria
que vem proprieda objetivista Posse - Detenção
a ser de. Teoria – Jhering – o sujeito
protegido subjetivist o sujeito
– exige que possui o
pelo a ou domínio Direta e
apenas o possui o Justa e Boa e
Direito, subjetiva posse Com título Nova e
poder domínio físico da injusta – má-fé –
sendo, – Savigny coisa, indireta – e sem posse
físico/fátic físico da art. 1.200, art. 1.201,
portanto, –poder o sobre a mas sabe art. 1.197,
CC CC
título velha
concedido físico coisa age CC
coisa, como se que a
efeitos sobre a dispensan coisa não
jurídicos a coisa dono
do o fosse é sua e
este (corpus) + “animus pretende
domínio. vontade domni”, devolvê-la
de ser mas após o
dono agindo, o uso.
desta agente,
coisa com o
(animus intuito de
domni) explorar a O
coisa de detentor
forma tem a
econômic coisa em
a. Esta é razão de
a teoria uma
adotada situação
pelo de
Brasil, dependên
(art. cia
1.196, econômic
CC) a ou de
subordina
ção.
O Código Civil estabelece, dos arts. 1.210 ao 1.222 os efeitos da posse. Tais efeitos
podem ser de ordem material ou processual.
Quanto a percepção dos frutos, deve-se, por primeiro, considerar se a posse é de boa ou
má-fé. Assim, o Código Civil prevê os seguintes dispositivos quanto ao recebimento (ou não) dos
frutos.
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser
restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também
restituídos os frutos colhidos com antecipação.
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são
separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia.
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem
como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de
má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
O possuidor de boa-fé tem direito aos frutos percebidos (colhidos). Já os frutos pendentes
(ainda não colhidos) devem ser restituídos, assim como aqueles que tenham sido colhidos por
antecipação.
O possuidor de má-fé deve devolver todos os frutos colhidos ou pendentes, bem como
aqueles que deixou de colher por culpa sua (art. 1.216, CC), devendo, neste último caso, ser
responsabilizado no caso de perecimento do frutos não colhidos por sua culpa (reparação de
danos – responsabilidade civil). Mas tem direito, o possuidor de má-fé a ser indenizado pelas
despesas de produção e custeio.
Os frutos naturais são aqueles provenientes da coisa principal (frutas, por exemplo).
Estes, tão logo sejam separados da coisa principal consideram-se colhidos.
Os frutos industriais são aqueles que derivam de uma atividade humana (tudo o que venha
a ser produzido em uma fábrica, por exemplo). Estes, assim, como os naturais, logo após
separados consideram-se colhidos.
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Direito Civil
Conforme estudado na parte geral, as benfeitorias são acessórios que se agregam a coisa
principal, ou seja, obras artificiais, realizadas pelo homem, na estrutura da coisa principal – já
existente – com o propósito de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la. Estas benfeitorias podem
ser classificadas em necessárias, úteis e voluptuárias.
São úteis aquelas realizadas com o objetivo de facilitar a utilização da coisa (abertura de
uma nova entrada para servir de garagem para a casa).
São voluptuárias aquelas feitas para o mero prazer, sem aumento da utilidade da coisa
(decoração do jardim). Art. 96, CC.
Benfeitorias úteis: O possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a estas
benfeitorias (pelo valor atual) ou exercer o direito de retenção pelo valor delas.
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a
que não der causa.
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda
que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do
reivindicante.
Exemplo: João se apossa do cavalo de Pedro. Neste caso, se o cavalo morrer na posse
de João por ter ingerido veneno, ele deverá indenizar a Pedro. Contudo, se a morte do animal
ocorrer por uma doença cardíaca grave, ou seja, mesmo que estivesse na posse de Pedro ele
morreria, não terá João o dever de indenizar. CUIDADO, pois, neste caso, depende de PROVA!
Dentro dos efeitos da posse encontra-se a possibilidade que o possuidor tem de se utilizar
das ações possessórias (ou interditos possessórios) para proteção e defesa de sua posse.
Importante observar que as ações possessórias tanto podem ser exercidas pelo proprietário
detentor da posse, como também por aquele que, embora não tenha a propriedade, se encontra
na posse da coisa.
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído
no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
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Art. 1.213. O disposto nos artigos antecedentes não se aplica às servidões não aparentes,
salvo quando os respectivos títulos provierem do possuidor do prédio serviente, ou daqueles de
quem este o houve.
25. Propriedade
Estes quatro atributos da propriedade: Gozar, Reivindicar, Usar e Dispor, são resumidos
na expressão GRUD. Art. 1.228, CC. Se uma pessoa tiver todos estes atributos terá a
propriedade plena. Contudo, faltando algum deles ou, caso esses atributos sejam divididos entre
duas ou mais pessoas, haverá a propriedade restrita.
Direito de gozo ou fruição, ou seja, a possibilidade de retirar da coisa os frutos que ela
produz (sejam eles naturais ou civis), como, por exemplo, a locação de um imóvel.
ilhas
aluvião
avulsão
Acessões
álveo abandonado
Formas plantações e
originárias construções
Usucapião
Formas de
aquisição a
propriedade
imóvel Registro do
título
Formas
derivadas
Sucessão
hereditária
anteriores, sem que haja manifestação de vontade do antigo dono. Nesta modalidade, não existe
transmissão.
Posse com a intenção de ser dono (posse ad usucapionem). Deve ser mansa e pacífica,
ou seja, sem oposição. Lapso temporal prescrito em lei.
1. 15 anos de posse.
2. Dispensa a existência de justo título e boa-fé.
3. Redução de prazo: para 10 anos se o imóvel for utilizado para moradia
habitual ou se tiver sido realizado obra ou serviço de caráter produtivo.
1. 10 anos de posse
2. Justo título e boa-fé.
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5 anos
Área rural de até 50 hectares
Produtividade ou moradia
Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
5 anos
Área urbana de até 250 m²
Moradia
Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural
anos
Área urbana de até 250 m²
Moradia (posse direta)
Usucapiente seja proprietário em conjunto com ex-cônjuge ou companheiro que
tenha abandonado o lar
Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Usucapião
Achado de
tesouro
Formas Especificação
originárias
Confusão
Formas de
aquisição da Comistão
propriedade
móvel
Adjunção
Formas
derivadas Tradição
Usucapião ordinária: Prevista no art. 1.260, CC, exige posse ad usucapionem, lapso
temporal de 3 anos, justo título e boa-fé.
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:
I - Por alienação;
II - Pela renúncia;
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V - Por desapropriação.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel
serão subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de
Imóveis.
Alienação: Por esta forma, ao mesmo tempo em que a propriedade é adquirida (por
aquisição derivada) por aquele que “compra”, é perdida por aquele que “vende”. Ex.: contrato de
compra e venda; troca/permuta; doação.
Renúncia: Ocorre quando o proprietário abre mão do seu direito. Ex.: renúncia da herança
– art. 1804 e seguintes do CC. Para a eficácia da renúncia de bem imóveis, há que se ter o
registro do título renunciativo.
Abandono: Ocorre quando o dono abandona a coisa, deixa ela com a intenção de não
tê-la mais para si. Também chamada de derrelicção, ou seja, ato praticado com a intenção de
perder a propriedade. A propriedade originária da coisa abandonada pode ser adquirida por
ocupação (móveis) ou por usucapião (móveis ou imóveis).
O art. 1276, § 2.º, CC estabelece, quanto aos bens imóveis, que haverá presunção do
abandono quando o proprietário, além da derrelicção, parar de pagar os impostos referentes ao
imóvel.
Perecimento da coisa: Ocorre quando a coisa, o bem, é perdido, ou seja, quando algum
fenômeno excluir o objeto do direito de propriedade do mundo fático. Ex.: uma casa que é
demolida; um quadro que pega fogo; o colar da Rose, jogado em alto mar em Titanic. Os direitos
de propriedade sobre esses bens são perdidos.
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26. Condomínio
Cada um possui um
quinhão real – pro diviso
Instituição
Identificação da fração
ideal
Finalidade
Edilício
Lei interna do
condomínio
Convenção de
condomínio
Deve ser registrada
Aquisição de todas as
unidades por uma só
pessoa
Desapropriação
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Caderno de Questões – Direito Civil
Maitê Damé e Patrícia Strauss
XXXIII Exame
1) FGV - 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q35
Antônio, advogado, passou a residir com sua namorada Lorena, em 2012, com objetivo declarado, pelo próprio
casal, de constituir uma união estável, ainda que não guarnecida por escritura pública. A partir de então, Antônio
começou a participar do cotidiano de Lucas, filho de Lorena, cuja identidade do pai biológico a própria mãe
desconhecia. No início de 2018, Antônio procedeu ao reconhecimento voluntário de paternidade socioafetiva de
Lucas, com base no Provimento nº 63/2017 CNJ.
Em meados de agosto de 2020, a convivência de Antônio e Lorena chegou ao fim. Diante deste cenário, Antônio
comprometeu-se a pagar alimentos para Lucas, que estava com 13 anos de idade, até os 21 anos de idade do filho,
no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), mediante acordo homologado judicialmente. Porém, no final
de 2020, Antônio recebeu a notícia de que o escritório de que ele é sócio perdeu um de seus principais clientes, fato
cujo impacto financeiro gerou a redução de 30% dos seus rendimentos mensais. Quando soube de tal notícia,
Antônio procurou Lorena, como representante legal de Lucas, para fixar um valor mais baixo de pensão a ser pago,
ao menos durante um período, mas ela recusou-se a estabelecer um novo acordo. Conforme este contexto, assinale
a afirmativa correta.
A) A redução do encargo alimentar apenas poderá acontecer caso Lucas, por meio de sua representante legal,
Lorena, concorde com ela.
B) Os filhos socioafetivos não têm o direito de pleitear alimentos frente aos seus pais.
C) Diante da mudança de sua situação financeira, Antônio poderá requerer ao juiz a redução do encargo alimentar.
D) Caso eventual pedido de redução do valor pago a título de obrigação alimentar seja procedente, Lucas nunca
mais poderá pleitear a majoração do encargo, nem mesmo se a situação financeira de Antônio melhorar.
2) FGV - 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q37
Valdeir e Max assinaram contrato particular de promessa de compra e venda com direito de arrependimento, no
qual Valdeir prometeu vender o apartamento 901 de sua propriedade por R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). Max,
por sua vez, se comprometeu a comprar o imóvel e, no mesmo ato de assinatura do contrato, pagou arras
penitenciais de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
A escritura definitiva de compra e venda seria outorgada em 90 (noventa) dias a contar da assinatura da promessa
de compra e venda, com o consequente pagamento do saldo do preço. Contudo, 10 (dez) dias antes da assinatura
da escritura de compra e venda, Valdeir celebrou escritura definitiva de compra e venda, alienando o imóvel à Ana
Lúcia que pagou a importância de R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil reais) pelo mesmo imóvel. Max,
surpreendido e indignado, procura você, como advogado(a), para defesa de seus interesses.
A) Max poderá exigir de Valdeir a importância paga a título de arras mais o equivalente, com atualização monetária
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
B) Por se tratar de arras penitenciais, Max poderá exigir de Valdeir apenas R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), e
exigir a reparação pelas perdas e danos que conseguir comprovar.
C) Max poderá exigir de Valdeir até o triplo pago a título de arras penitencias.
D) Max não poderá exigir nada além do que pagou a título de arras penitenciais.
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Caderno de Questões – Direito Civil
Maitê Damé e Patrícia Strauss
3) FGV - 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q38
Antônio decide ceder gratuitamente a posse de um de seus imóveis residenciais a Carlos, seu grande amigo que
vem passando por dificuldades financeiras, sem fixar prazo para a devolução do bem.
Passados 5 (cinco) anos, Antônio decide notificar Carlos para que se retire do imóvel, após descobrir que estava
deteriorado por pura desídia do possuidor, que não estava realizando os atos de conservação necessários. Carlos
realiza uma contranotificação, informando que não vai devolver o imóvel, na medida em que ainda necessita dele
para sua moradia. Em razão disso, Carlos decide arbitrar o aluguel pelo uso do bem imóvel.
A) O contrato firmado é de depósito, motivo pelo qual tem Carlos o dever de guardá-lo e conservá-lo até que Antônio
o reclame, sob pena de pagar alugueis.
B) O contrato firmado é de mútuo, que transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, correndo por conta
deste os riscos desde a tradição, sendo indevidos os alugueis.
C) O contrato celebrado é de comodato, sendo o comodatário obrigado a conservar a coisa emprestada e, uma vez
constituído em mora, a pagar alugueis.
D) O contrato pactuado é de locação, que se iniciou com a renúncia à cobrança de alugueis pelo locador e, após a
notificação, tornou a exigi-los, como é da natureza do contrato.
4) FGV - 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q39
Matheus, médico clínico-geral, recebe para atendimento em seu consultório o paciente Victor, mergulhador
profissional. Realizando a anamnese, Victor relata que é alérgico à ácido acetilsalicílico.
Desatento, Matheus ministra justamente esta droga a Victor como parte de seu tratamento. Victor tem danos
permanentes em razão do agravamento de sua asma pelo uso inadequado do medicamento, tendo que comprar
novos medicamentos para seu tratamento e, ainda mais grave, fica impedido de trabalhar nos dois anos seguintes.
A respeito da responsabilidade civil de Matheus, assinale a afirmativa correta.
A) Ele responderá pelo regime objetivo de responsabilidade civil, tendo em vista que a atividade de Matheus é
arriscada.
B) Ele deverá indenizar Victor independentemente de culpa, isto é, de imperícia de sua parte, considerando existir
relação de consumo.
C) Ele, sendo profissional liberal, terá apurada sua responsabilidade mediante a verificação de culpa,
responsabilizando-se unicamente pelos danos diretos verificados no caso.
D) Ele deverá indenizar Victor pelas despesas do tratamento e pelos lucros cessantes até o fim da convalescença,
além da pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou.
XXXII Exame
5) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q35
Joel e Simone se casaram em regime de comunhão total de bens em 2010. Em 2015, depois de vários períodos
conturbados, Joel abandonou a primeira e única residência de 150 m2, em área urbana, que o casal havia adquirido
mediante pagamento à vista, com recursos próprios de ambos, e não dá qualquer notícia sobre seu paradeiro ou
intenções futuras. Em 2018, após Simone ter iniciado um relacionamento com Roberto, Joel reaparece subitamente,
notificando sua ex-mulher, que não é proprietária nem possuidora de outro imóvel, de que deseja retomar sua parte
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Caderno de Questões – Direito Civil
Maitê Damé e Patrícia Strauss
no bem, eis que não admitiria que ela passasse a morar com Roberto no apartamento que ele e ela haviam
comprado juntos. Sobre a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.
A) Apesar de ser possuidora de boa-fé, Simone pode se considerar proprietária da totalidade do imóvel, tendo em
vista a efetivação da usucapião extraordinária.
B) Uma vez que a permanência de Simone no imóvel é decorrente de um negócio jurídico realizado entre ela e Joel,
é correto indicar um desdobramento da posse no caso narrado.
C) Como Joel deixou o imóvel há mais de dois anos, Simone pode alegar usucapião da fração do imóvel
originalmente pertencente ao ex-cônjuge.
D) A hipótese de usucapião é impossível, diante do condomínio sobre o imóvel entre Joel e Simone, eis que ambos
são proprietários.
6) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q39
Érico é amigo de Astolfo, famoso colecionador de obras de arte. Érico, que está abrindo uma galeria de arte,
perguntou se Astolfo aceitaria locar uma das pinturas de seu acervo para ser exibida na grande noite de abertura,
como forma de atrair mais visitantes. Astolfo prontamente aceitou a proposta, e ambos celebraram o contrato de
locação da obra, tendo Érico se obrigado a restituí-la já no dia seguinte ao da inauguração. O aluguel, fixado em
parcela única, foi pago imediatamente na data de celebração do contrato. A abertura da galeria foi um grande
sucesso, e Érico, assoberbado de trabalho nos dias que se seguiram, não providenciou a devolução da obra de arte
para Astolfo. Embora a galeria dispusesse de moderna estrutura de segurança, cerca de uma semana após a
inauguração, Diego, estudante universitário, invadiu o local e vandalizou todas as obras de arte ali expostas,
destruindo por completo a pintura que fora cedida por Astolfo. As câmeras de segurança possibilitaram a pronta
identificação do vândalo. De acordo com o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
A) Érico tem o dever de indenizar Astolfo, integralmente, pelos prejuízos sofridos em decorrência da destruição da
pintura.
B) Érico não pode ser obrigado a indenizar Astolfo pelos prejuízos decorrentes da destruição da pintura porque
Diego, o causador do dano, foi prontamente identificado.
C) Érico não pode ser obrigado a indenizar Astolfo pelos prejuízos decorrentes da destruição da pintura porque
adotou todas as medidas de segurança necessárias para proteger a obra de arte.
D) Érico somente estará obrigado a indenizar Astolfo se restar comprovado que colaborou, em alguma medida, para
que Diego realizasse os atos de vandalismo.
7) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q40
Leandro decide realizar uma doação com a finalidade exclusiva de remunerar serviços prestados voluntária e
espontaneamente por Carmen em sua ONG (Organização Não Governamental). Oferece, então, um pequeno
imóvel residencial, avaliado em R$ 100.000,00 (cem mil reais), por instrumento particular, oportunidade na qual o
doador fez questão de estipular uma obrigação: Carmen teria que realizar benfeitorias específicas na casa, tais
como a troca dos canos enferrujados, da fiação deteriorada, bem como a finalização do acabamento das paredes,
com a devida pintura final. A donatária aceita os termos da doação e assina o documento particular, imitindo-se na
posse do bem e dando início às obras. Alguns dias depois, orientada por um vizinho, reúne-se com o doador e
decide formalizar a doação pela via de escritura pública, no ofício competente, constando também cláusula de
renúncia antecipada do doador a pleitear a revogação da doação por ingratidão. Dois anos depois, após sérios
desentendimentos e ofensas públicas desferidas por Carmen, esta é condenada, em processo cível, a indenizar
4
Caderno de Questões – Direito Civil
Maitê Damé e Patrícia Strauss
Leandro ante a prática de ato ilícito, qualificado como injúria grave. Leandro, então, propõe uma ação de revogação
da doação. Diante desse fato, assinale a afirmativa correta.
A) Mesmo diante da prática de injúria grave por parte de Carmen, Leandro não pode pretender revogar a doação,
porque houve renúncia expressa no contrato.
B) A doação para Carmen se qualifica como condicional, eis que depende do cumprimento da obrigação de realizar
as obras para a sua confirmação.
C) A doação para Carmen não pode ser revogada por ingratidão, porque o ato de liberalidade do doador teve
motivação puramente remuneratória.
D) O ordenamento admite que a doação para Carmen fosse realizada por instrumento particular, razão pela qual a
realização da escritura pública foi um ato desnecessário.
8) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q40
Carlos, motorista de táxi, estava parado em um cruzamento devido ao sinal vermelho. De repente, de um prédio em
péssimo estado de conservação, de propriedade da sociedade empresária XYZ e alugado para a sociedade ABC,
caiu um bloco de mármore da fachada e atingiu seu carro. Sobre o fato narrado, assinale a afirmativa correta.
B) Carlos pode pleitear indenização pelos danos sofridos apenas da sociedade ABC.
XXXI Exame
9) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q37
Jacira mora em um apartamento alugado, sendo a locação garantida por fiança prestada por seu pai, José. Certa
vez, Jacira conversava com sua irmã Laura acerca de suas dificuldades financeiras, e declarou que temia não ser
capaz de pagar o próximo aluguel do imóvel. Compadecida da situação da irmã, Laura procurou o locador do imóvel
e, na data de vencimento do aluguel, pagou, em nome próprio, o valor devido por Jacira, sem oposição desta. Nesse
cenário, em relação ao débito do aluguel daquele mês, assinale a afirmativa correta.
A) Laura, como terceira interessada, sub-rogou-se em todos os direitos que o locador tinha em face de Jacira,
inclusive a garantia fidejussória.
B) Laura, como terceira não interessada, tem apenas direito de regresso em face de Jacira.
C) Laura, como devedora solidária, sub-rogou-se nos direitos que o locador tinha em face de Jacira, mas não quanto
à garantia fidejussória.
D) Laura, tendo realizado mera liberalidade, não tem qualquer direito em face de Jacira.
10) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q38
Antônio, divorciado, proprietário de três imóveis devidamente registrados no RGI, de valores de mercado
semelhantes, decidiu transferir onerosamente um de seus bens ao seu filho mais velho, Bruno, que mostrou
interesse na aquisição por valor próximo ao de mercado. No entanto, ao consultar seus dois outros filhos (irmãos
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Caderno de Questões – Direito Civil
Maitê Damé e Patrícia Strauss
do pretendente comprador), um deles, Carlos, opôs-se à venda. Diante disso, bastante chateado com a atitude de
Carlos, seu filho que não concordou com a compra e venda do imóvel, decidiu realizar uma doação a favor de Bruno.
Em face do exposto, assinale a afirmativa correta.
A) A compra e venda de ascendente para descendente só pode ser impedida pelos demais descendentes e pelo
cônjuge, se a oposição for unânime.
B) Não há, na ordem civil, qualquer impedimento à realização de contrato de compra e venda de pai para filho,
motivo pelo qual a oposição feita por Carlos não poderia gerar a anulação do negócio.
C) Antônio não poderia, como reação à legítima oposição de Carlos, promover a doação do bem para um de seus
filhos (Bruno), sendo tal contrato nulo de pleno direito.
D) É legítima a doação de ascendentes para descendente, independentemente da anuência dos demais, eis que o
ato importa antecipação do que lhe cabe na herança.
XXVIII Exame
11) FGV - 2019 - OAB - XXVIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q40
Matheus, sem filhos, casado com Jane, no regime de comunhão parcial de bens, falece após enfarto fulminante.
De seu parentesco em linha reta são ainda vivos Carlos, seu pai, e Irene, sua avó materna. A partir da situação
acima, assinale a opção que indica a sucessão de Matheus.
A) Serão herdeiros Carlos, Irene e Jane, a última em concorrência, atribuído quinhão de 1/3 do patrimônio para
cada um deles.
B) Serão herdeiros Carlos e Jane, atribuído quinhão de 2/3 ao pai e de 1/3 à Jane, cônjuge concorrente.
C) Carlos será herdeiro sobre a totalidade dos bens, enquanto Jane apenas herda, em concorrência com este, os
bens particulares do falecido.
D) Serão herdeiros Carlos e Jane, esta herdeira concorrente, atribuído quinhão de metade do patrimônio para
cada um destes.
XXVI Exame
12) FGV - 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q35
A cidade de Asa Branca foi atingida por uma tempestade de grandes proporções. As ruas ficaram alagadas e a
população sofreu com a inundação de suas casas e seus locais de trabalho. Antônio, que tinha uma pequena
barcaça, aproveitou a ocasião para realizar o transporte dos moradores pelo triplo do preço que normalmente seria
cobrado, tendo em vista a premente necessidade dos moradores de recorrer a esse tipo de transporte. Nesse caso,
em relação ao citado negócio jurídico, ocorreu
A) estado de perigo.
B) dolo.
C) lesão.
D) erro.
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Caderno de Questões – Direito Civil
Maitê Damé e Patrícia Strauss
XVI Exame
13) FGV - 2015 - OAB - XVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q37
Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem maturidade e discernimento necessários para praticar
os atos da vida civil. Por isso, decidem conferir ao rapaz a sua emancipação. Consultam, para tanto, um advogado,
que lhes aconselha corretamente no seguinte sentido:
A) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva do tutor sobre as condições do tutelado.
B) José poderá ser emancipado via instrumento público, sendo desnecessária a homologação judicial.
C) José poderá ser emancipado via instrumento público ou particular, sendo necessário procedimento judicial.
D) José poderá ser emancipado por instrumento público, com averbação no registro de pessoas naturais.
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Caderno de Questões – Direito Civil
Maitê Damé e Patrícia Strauss
11 - D 12 - C 13 - A
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Caderno de Questões – Direito Civil
Maitê Damé e Patrícia Strauss