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Cardiopatias Congênitas

Enfermeira Ellen
Fisiologia da Circulação
 Funções básicas do coração: transportar
oxigênio e outros nutrientes para as
células do corpo, remover produtos do
metabolismo celular e carregar
substâncias de uma parte para outra do
corpo.
 Anatomia: 2 átrios, 2 ventrículos, 2
válvulas: bicúspide, tricúspide.
Fisiologia da Circulação
 A circulação: grande e pequena circulação
Fisiologia da Circulação
O ciclo cardíaco
 É gerado primeiro por um potencial

elétrico do nodo sino-atrial e o segundo é


o potencial mecânico gerado pela
contração ordenada do miocárdio.
 O ciclo cardíaco é composto por dois

eventos: a diástole e a sístole.


 Fisiologia do Neonato.
1. Início da diástole, abertura das válvulas tricúspide e mitral e enchimento ventricular
2. Fechamento das válvulas de entrada, final da diástole
3. Contração ventricular, abertura das válvulas pulmonar e aórtica - sístole ventriular
4. Final da sístole ventricular, fechamento das válvulas pulmonar e aórtica
5. Reinício da diástole atrial e ventricular.
Cardiopatias Congênitas
 Significa: nascido com o indivíduo.
 São classificadas em: cianóticas e
acianóticas
 As mais conhecidass são: Tetralogia de
Fallot, Coartação da Aorta, Comunicação
Intra Ventricular e Comunicação Intra
Atrial.
Tetralogia de Fallot

As mais conhecidass são: Tetralogia de


Fallot, Coartação da Aorta, Comunicação
Intra Ventricular e Comunicação Intra
Atrial.
Fisiopatologia
 Cianose pode acentuar-se por aumento da resistência
pulmonar (esforço físico, choro, taquicardia) ou diminuição da
resist. Sist.
 Mecanismo compensatório – circulação colateral, policitemia
 A cianose pode não existir nos primeiros meses –
canal grande ou Estenose pulmonar pequena
 Maior consumo de O2 e aumento da atividade física –
aumenta a hipoxemia
 Posição de cócoras - aumenta o retorno venoso e
aumenta a resistência sistêmica - melhorando o fluxo pulmonar.
 Grau da tetralogia define severidade:
 Cianose precoce ou tardia
 Crises de cianose
 Intolerância aos exercícios

 Hipodesenvolvimento físico

 Susceptibilidade à infecções
Tetralogia de Fallot
Anormalidades hematológicas
 Anemia
 Policitemia:
-Intolerância aos exercícios
-Crises de cianose
-AVC
-Cefaleias intensas
-Alt. coag. sanguínea
Cianosada
Exames
 ECG

 Eixo deslocado para direita

 Raio X

 Área cardíaca normal


Tetralogia de Fallot
 Ecocardiograma:
•posição do arco aórtico
• grau de cavalgamento da aorta
• medida do anel pulmonar
• tamanho dos ramos pulmonares e sua
confluência
• via de saída de VD – grau de
hipoplasia e hipertrofia
• tipo de civ – perimembranosa c/
extensão para via de saída
• tamanho das cavidades esquerdas
• anatomia coronariana
Indicação Cirúrgica
 Clínica:
 Grau de cianose – crise
 Idade e desenvolvimento

 Exames complementares:
 Estudo radiológico
-Circulação pulmonar
-Área cardíaca
 Cateterismo cardíaco

 Grau da cardiopatia
 Artérias coronárias
 Artérias pulmonares
 Circ. Colateral sist. Pulmonar
 Defeitos associados
Indicação Cirúrgica
 ociados
Coartação da Aorta
Coartação da Aorta
 Conceito: é um estreitamente da principal artéria
do corpo a artéria Aorta - quase sempre
imediatamente após o arco aórtico, por baixo da
saída da artéria que irriga o braço esquerdo.

 Sinais e sintomas: isto leva a um esforço que o


ventrículo esquerdo tem que realizar e provoca
hipertensão arterial nos braços e na cabeça e
hipotensão na parte inferior do corpo.
Coartação da Aorta
 Quando é muito severa apresenta-se nos
primeiros dias de vida com falta de ar e cansaço
com as mamadas e agravamento muito rápido
da situação do bebê que pode morrer em
poucas horas se não for tratado.
 Quando a obstrução é mais leve é habitualmente
detectada mais tarde ao encontrar-se um sopro
cardíaco ou hipertensão arterial.
Coartação da Aorta

A operação corretiva é quase


sempre necessária e consiste em
alargar a zona estreita;

Em casos graves a operação é


urgente.
Comunicação Interventricular
CIV
 A comunicação interventricular ocorre por um
defeito na formação do septo interventricular.
 Isso possibilita a passagem de sangue do
ventrículo esquerdo para o ventrículo direito
 é classificada como uma cardiopatia acianótica e
de hiperfluxo.
 Os sintomas no recém nascido a taquipnéia após
as mamadas e a taquicardia.
 Na Ausculta cardíaca percebe-se a presença de um
sopro

 É muito importante ressaltar que o tamanho do


sopro não é proporcional ao tamanho da
comunicação.

 Muitas vezes, em casos de comunicações muito


extensas, pode haver até a possibilidade de não
existir sopro, pois uma comunicação grande pode
impedir a formação de turbilhonamento.  
Manifestações Clínicas:
 Defeitos pequenos: sopro
 Defeitos maiores: sopro intensidade constante
 Grandes defeitos: sopro discreto pelo tamanho da
comunicação
 Hepatomegalia, turgência jugular

Tratamento
 é clínico expectante ou cirúrgico.
 Isso vai depender se a comunicação se fecha
naturalmente ou não (pode fechar até 2-3 anos).
CIV

CIV aberto Correção Cirúrgica


Diagnóstico CIV
 Ecocardiografia

 Local do defeito
 Magnitude do shunt
 Posição subxifóide
 Defeito muscular e mapeamento a cores
CIV
 Cateterismo Cardíaco

 Defeitos associados
 CIV musculares múltiplos
 Avaliação da hipertensão arterial
pulmonar
 (fluxo e resistência e estudo morfométrico
da circulação pulmonar)
Prognóstico
 Defeitos pequenos  Endocardite bacteriana incomum
 Fechamento espontâneo 80%
dos casos
 Vida adulta sem repercussões

 Defeitos grandes  Hipertensão pulmonar


(síndrome de Eisenmenger)
 Endocardite bacteriana
CIV
INDICAÇÃO CIRÚRGICA

Diagnóstico clínico

Ecocardiograma Bi-Color-Dopler

Cateterismo
Estável Instável
CIV peq CIV gde
HP severa cate
10 anos 1 ano
Htc 65% Cir. qualquer
AAS ou idade
Cir./Clin. Cirurgia Pentoxifilina
Comunicação Inter -Atrial
 é um defeito cardíaco que está presente
desde o nascimento, caracterizado por
uma comunicação (ou buraco) entre as
duas câmaras superiores do coração. Esta
comunicação causa um aumento do fluxo
de sangue que vai para os pulmões.
CIA
 Septo Primum
 Primeiro septo a desenvolver-se
 Divisória incompleta de paredes finas – sua borda livre antero-
inferior acima do canal AV.
 Septum secundum
 Dobra ântero-superior do teto atrial expande-se póstero-
inferiormente como estrutura muscular para formar uma
divisória incompleta.

 Ao término da septação atrial o septum secundum forma o


limbo da fossa oval e o septo primum a valva da fossa oval
Tipos de CIA
Comunicação
AD Interatrial
Fisiopatologia

Fluxo átrio esquerdo - átrio direito ( dependendo da


complacência de VD)
Aumento da Saturação de O2 em AD, VD e AP
Fluxo pulmonar aumentado  aumento da pressão
em AP  aumento da resistência arteriolar pulmonar
Manifestações clínicas do CIA
 Mais freqüente no sexo feminino – 4:1
 Assintomático
 Adultos: ICC, arritmia
 Infecções respiratórias freqüentes
 Baixo peso
Comunicação Interatrial
DIAGNÓSTICO CLÍNICO

• Shunt grande  deformidade torácica


• Sopro sistólico   fluxo válvula pulmonar
•  fluxo tricúspide  sopro protodiastólico
Comunicação Interatrial
DIAGNÓSTICO - Ecocardiograma

• Local do defeito
• Aumento do VD
• Movimentação anormal do septo ventricular
Subxifóide (ecos perpendiculares ao septo atrial)
• Mapeamento de fluxo colorido  direção do fluxo
aravés do defeito
Prognóstico
 Relativamente
benigno
 Arritmia
 Insuficiência cardíaca
 Bom prognóstico
pós-cirúrgico
Comunicação Interatrial
INDICAÇÃO CIRÚRGICA

Diagnóstico clínico

Ecocardiograma Bi-Color-Doppler

Estável Instável
ICC
HP
7 a 12%  fechamento espontâneo

Cirurgia após 1 ano Cirurgia antes de 1 ano


Comunicação Interatrial

Cirurgia
Assistência de Enfermagem para
pacientes de cirurgia cardíaca.
 Fazer o controle dos sinais vitais de 4/4 h
por monitores e saturímetros.
 Realizar o balanço hídrico rigoroso a cada
6h
 Medir densidade urinária.
 Avaliar sinais edema, retenção de líquidos
 Realizar o curativo da incisão cirúrgica
1xdia.
Assistência de Enfermagem para
pacientes de cirurgia cardíaca.
 Manter suporte do O2 quando necessário
 Avaliar a dor por choro, inquietação do
neonato
 Envolver a família quando aos cuidados e
orientações ao neonato.
 FIM

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