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Sendo assim, espera-se que haja o entendimento amplo dos conceitos envolvidos no
escoamento em torno de um cilindro, pois são os mesmos que ocorrem em diferentes perfis de
asa submetidos a escoamentos, ou seja, considera-se que o cilindro é um tipo de perfil para
estudos.
2.0-OBJETIVOS
Em um segundo momento. Medir-se-á a força de arrasto num cilindro infinito por meio
de uma análise integral de volume de controle com base nos perfis de velocidade e pressão a
montante e a jusante do cilindro. Será Comparada a distribuição dos coeficientes de pressão
teórico e experimental na superfície do cilindro. Serão Comparados os valores dos coeficientes
de arrasto obtidos por meio da distribuição de pressão na superfície do cilindro e da força de
arrasto calculada com base na análise de volume de controle;
3.0-INTRODUÇÃO TEÓRICA
Como mostrado na Figura 03, a velocidade média local do fluido pode ser maior, igual,
ou menor à velocidade da corrente livre, dividindo o escoamento em quatro regiões distintas:
,
em que p1 é a pressão da entrada do volume de controle, ou seja, é a pressão estática
a montante do volume de controle, e é constante, p-2 é a pressão estática na saída do
volume de controle, a jusante do cilindro, e varia com a altura, e F-D é a reação que a
força de arrasto causa sobre o fluido. A variação da quantidade de movimento é:
, então
equações a e b respectivamente
pois U1 e p1 são constantes a montante do cilindro, e A é a área de entrada e saída do
volume de controle.
4.0-APARATO EXPERIMENTAL
5.0-PROCEDIMENTOS
● Ligar o túnel de vento e posicionar o furo de tomada de pressão estática de tal maneira
que se tenha o máximo valor indicado no manômetro.
Assim garantimos que o manômetro encontra-se no ponto de estagnação, ponto onde a
pressão é máxima.
● Então regula-se o transferidor da balança de tal forma que indique que o furo esteja a
zero graus. A partir daí, fixa-se o transferidor e então anota-se o valor indicado no
manômetro a cada incremento de ângulo até chegar a °180 (adota-se um incremento de
10°).
Com estes resultados, podemos calcular o Cp para cada um dos ângulos pré-determinados,
comparando-os então com o resultado teórico.
● Para medição da força de arrasto com base na análise integral de volume de controle
serão medidas as pressões dinâmica e estática à montante e à jusante do cilindo e
através da aplicação do teorema do transporte de Reynolds em conjunto com a
segunda lei de Newton a força de arrasto sobre o cilindro será determinada.
ø P-P∞ Dados a
(cmH2O) jusante
do
cilindro:
0 0,22 y (mm) P_est P_din
10 0,19 170 0 0,23
20 0,14 150 -0,02 0,22
30 0,05 130 -0,02 0,23
40 -0,04 110 -0,04 0,23
50 -0,13 90 -0,03 0,24
60 -0,22 70 0 0,19
70 -0,26 50 0,03 0,15
80 -0,19 30 0 0,12
90 -0,2 20 0,11 0,09
100 -0,18 10 0,12 0,07
110 -0,18 0 0,12 0,04
120 -0,21 -10 0,13 0,12
130 -0,22 -20 0,1 0,12
140 -0,2 -30 0,09 0,16
150 -0,22 -50 0,05 0,23
160 -0,25 -70 0,01 0,24
170 -0,26 -90 0 0,23
180 -0,23
Cp_teor=1-4sen²θ
Uma vez calculado este Cp para cada um dos ângulos utilizados no experimento,
partimos para o cálculo do Cp experimental, obtido através da fórmula:
Cp_exp=(P-Pinf)/(1/2.ρ.Uinf
Seguem os dados:
90 -3 -0,18 -1,125
90 -3 -0,2 -0,909091
Com estes dados em mão, construímos um gráfico que mostra a curva teórica esperada
e a curva real obtida experimentalmente para cada um dos grupos, com segue:
Grupo 1:
Grupo 2:
Grupo 3:
Podemos perceber que o comportamento das curvas teórica e experimentais se
comportam de maneira semelhante até atingirem um ângulo de aproximadamente 70°. Essa
mudança brusca de comportamento, causada por modificações na camada limite, será
discutida em seguida.
Para o cálculo, utilizou-se o software Matlab R2009b, como pode ser visto no apêndice, item
10.0 desse relatório.
Dados do Grupo 1
Pressão estática a montante: p1 = 0,04 cmH2O = 3,92 Pa
Pressão dinâmica a montante: pdin = 0,15 cmH2O = 14,71 Pa
Assim: U1 = 4,94 m/s
Para as pressões estática e dinâmica a jusante do cilindro, temos:
O volume de controle aqui adotado possui área frontal de lados 0,4m e 0,46m. Assim,
utilizando a equação para o cálculo da força de arrasto:
ρ A = 1,205 x 4,942 x 0,4 x 0,46 = 5,41 N
p1A = 3,92 x 0,4 x 0,46 = 0,72 N
CD = = = 1,31
Dados do Grupo 2
U1 = = 5,11 m/s
O volume de controle aqui adotado possui área frontal de lados 0,4m e 0,46m. Assim,
utilizando a equação para o cálculo da força de arrasto:
CD = = = 0,81
Dados do Grupo 3
O volume de controle aqui adotado possui como área frontal um retângulo de altura
(eixo y) de 0,26 m e base (eixo z) de 0,46m. Calculando cada membro da equação da força de
arrasto, temos:
A força de arrasto encontrada para os dados do grupo 3 é negativa e não faz sentido.
Algum problema pode ter ocorrido no momento de obtenção dos dados. Nota-se que a pressão
estática a montante do cilindro é muito baixa, -0,04 cmH2O, o que influenciou no resultado.
Outro fator decisivo pode ser o fato de as medições terem sido feitas apenas entre 170 mm e -
90 mm no eixo y. Não há como calcular o coeficiente de arrasto para esse caso usando análise
de volume de controle.
Uma vez conhecido o Cd das tabelas do item 6.2 para cada escoamento pode-se
calcular a força de arrasto com a formula:
Assim obtemos:
Dados obtidos para as forças na análise de volume de controle para determinaçao da força de
arrasto.
A maioria dos corpos em vôo tem um perfil aerodinâmico pelo projeto ou pela natureza,
de modo que cortem completamente o ar com arrasto mínimo. Os corpos rombudos como as
esferas geram uma força de arrasto grande. O ar bate na parte frente do cilindro, criando uma
área de alta pressão, e divide-se ao redor dos lados do corpo, passando com uma velocidade
alta demais para fazer a volta na parte de trás. Isso faz com que o ar seja separado da
superfície do cilindro, gerando o descolamento da camada limite.
7.5- Descrição outra maneira, além das duas vistas, de se obter a força de arrasto do
cilindro em um túnel de vento
Um terceiro método para medição da força de arrasto é pela medição direta por meio de
uma balança de força. As balanças de forças são utilizadas para medir diretamente forças
aerodinâmicas e momentos do modelo em teste. Uma balança de seis graus de liberdade é
capaz de medir as três forças aerodinâmicas (sustentação, arrasto e derrapagem) e os três
momentos (arfagem, guinada e rolamento) que determinam a movimentação do corpo através
do escoamento. Entretanto existem balanças mais simples que só medem apenas uma força,
por exemplo arrasto, que são chamadas de balança de um grau de liberdade.
8.0-CONCLUSÃO
Pode-se observar que como esperado a força aumenta principalmente com o aumento
da velocidade, pois mesmo que isso diminuía o coeficiente de arrasto, ele não varia muito (a
diferença entre eles não supera 7%),o que era esperado pois além de ser um corpo rombudo
em um meio com viscosidade muito baixa(ar) ,mesmo que em velocidades mais baixas a
espessura da camada limite aumente,o que aumenta a interação fluido-corpo,ela não influi
tanto no arrasto quanto a velocidade do escoamento.Nota-se isso comparando as forçar de
arrasto do escoamento mais lento com o mais rápido,em que a força de arrasto medida com os
dados do grupo 3 é cerca de 26% maior do que a força medida com os dados do grupo 2.
9.0-BIBLIOGRAFIA
1. Frank M. White, Mecânica dos Fluidos, 4ª Edição, Editora Mc Graw Hill.
2. Fox & McDonald, Introdução à Mecânica dos Fluidos, 5a Edição, Editora LTC.
3. Vennard, John King; Street, Robert L., Elementos de Mecânica dos Fluidos-5a Edição,
referência 1978
4. Notas de aula de Mecânica dos Fluidos 2.
5. Roteiro experimental 1 de Mecânica dos Fluidos 2.
10.0-APÊNDICE
Cálculos CD - Grupo 1
theta=0:((10*pi)/180):pi
cp_e=[0.9865;0.8124;0.5223;0.0580;-0.4062;-0.8704;-1.2186;-1.2766;-1.1025-1.1606;-1.1025;-
0.9865;-1.1025;-1.0445;-1.1606;-1.0445;-1.1025;-1.2766;-1.3347]
for i=1:19
cp_e2(i)=cp_e(i)*cos(theta(i));
end
a=length(cp_e)
cd_int=trapz(theta,cp_e2)
Cáculos CD - Grupo 2
theta=0:((10*pi)/180):pi
cp_e=[0.9865;0.8632;0.52410.0925;-0.4624;-0.9248;-1.2948;-1.3564;-1.1715;-1.1098;-1.0481;
-1.2331;-1.1715;-1.2331;-1.1098;-1.1715;-1.2331;-1.2948;-1.3564]
for i=1:19
cp_e2(i)=cp_e(i)*cos(theta(i));
end
a=length(cp_e)
cd_int=trapz(theta,cp_e2)
%cd_int=cd_int*((10*pi)/180)
Cálculos CD - Grupo 3
theta=0:((10*pi)/180):pi
cp_e=[0.9865;0.8520;0.6278;0.2242;-0.1794;-0.5829;-0.9865;-1.1659;-0.8520;-0.8968;-0.8071;-
0.8071;-0.9417;-0.9865;-0.8968;-0.9865;-1.1210;-1.1659;-1.0313]
for i=1:19
cp_e2(i)=cp_e(i)*cos(theta(i));
end
a=length(cp_e)
cd_int=trapz(theta,cp_e2)
%cd_int=cd_int*((10*pi)/180)