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Faculdade de Tecnologia – FT

Departamento de Engenharia Mecânica – ENM


Mecânica dos Fluidos 2

Experimento 2 – Análise de escoamento em torno de


um cilindro

Professores: Francisco Ricardo da Cunha


Rafael Glaber Gontijo

Hugo Oliveira - 09/0116518


João Arthur Raizel da Cruz - 08/32332
Luciano Santos - 07/35205
Adriano Possebon - 07/11004
Marcelo Pinheiro -
Thalita F. Brasiliense Cavalcante - 06/39389

Brasília, 16 de agosto de 2010


1.0-INTRODUÇÃO

Nessa segunda etapa experimental, objetiva-se analisar o escoamento do ar em torno


de um cilindro que permanece estático. Por ser de uma grande riqueza teórica e prática, o
cilindro oferece a oportunidade de visualizar e entender muitos fenômenos importantes na
mecânica dos fluidos, como descolamento da camada limite, transição de regime laminar para
turbulento, formação de esteira, cálculos de sustentação e cálculos de arrasto.

Sendo assim, espera-se que haja o entendimento amplo dos conceitos envolvidos no
escoamento em torno de um cilindro, pois são os mesmos que ocorrem em diferentes perfis de
asa submetidos a escoamentos, ou seja, considera-se que o cilindro é um tipo de perfil para
estudos.

Neste relatório, também se calculam as forças de arrasto devido ao escoamento por


meio de duas técnicas, as quais estão relacionadas à analise do volume de controle e cálculo
por meio da integração numérica do coeficiente de pressão.

2.0-OBJETIVOS

Nesse experimento, assim como introduzido no ponto 1.0, objetiva-se encontrar a


distribuição do coeficiente de pressão em torno do cilindro, medindo-se a diferença entre a
pressão estática na superfície do cilindro e a pressão estática do escoamento não perturbado.
Medir-se á também a pressão dinâmica do escoamento não perturbado e será determinado o
coeficiente de arrasto de forma ou inercial do cilindro devido às tensões normais de
compressão.

Em um segundo momento. Medir-se-á a força de arrasto num cilindro infinito por meio
de uma análise integral de volume de controle com base nos perfis de velocidade e pressão a
montante e a jusante do cilindro. Será Comparada a distribuição dos coeficientes de pressão
teórico e experimental na superfície do cilindro. Serão Comparados os valores dos coeficientes
de arrasto obtidos por meio da distribuição de pressão na superfície do cilindro e da força de
arrasto calculada com base na análise de volume de controle;
3.0-INTRODUÇÃO TEÓRICA

Quando um escoamento contorna um corpo sólido, fenômenos de grande complexidade


podem ocorrer, em razão da interação entre diferentes tipos de camadas cisalhantes. Nas
aplicações da engenharia, corpos de diferentes formas são usualmente empregados. Em
alguns deles, o escoamento mantém-se colado à superfície durante a maior parte de seu
percurso. Nessa categoria, encontram-se as asas e os aerofólios. Nos chamados corpos
rombudos, ao contrário, a separação ocorre mais próximo do bordo de ataque e o escoamento
mantém-se descolado até ultrapassar o corpo sólido. Os corpos rombudos podem possuir
arestas afiadas, tal como cilindros de seção triangular ou retangular, ou superfícies contínuas,
como acontece com os cilindros circulares e elípticos. De maneira geral, o ponto de separação
depende, dentre outros fatores, como o número de Reynolds e da forma geométrica do corpo.

3.1- Escoamento invíscido e escoamento viscoso

A Figura 01 ilustra as linhas de corrente para o escoamento incompressível e sem


viscosidade, ao redor de um cilindro circular estático. A velocidade do fluido cresce do ponto A
para o ponto D e em seguida, decresce na mesma proporção, entre os pontos D e E. Nesse
caso, as tensões de cisalhamento são inexistentes e os campos de pressão e de velocidade
são ambos simétricos, tanto em relação ao eixo x quanto ao eixo y. Resulta daí, que nenhuma
força líquida atua sobre o cilindro, implicando na ausência de arrasto e de sustentação. Este
tipo de escoamento constitui, evidentemente, uma idealização e se afasta bastante das
situações verificadas na prática.

Figura 01 – Escoamento invíscido e incompressível ao redor de um cilindro circular estacionário.


Em escoamentos reais, tanto as forças de pressão quanto as de viscosidade são
importantes, e as linhas de corrente assumem uma configuração mais parecida com aquela
representada na Figura 02. Se, por um lado, os campos de pressão e de velocidade a
montante do cilindro são muito parecidos com aqueles encontrados no escoamento invíscido
da Figura 01, o mesmo não acontece na região posterior ao obstáculo. A separação da camada
limite acarreta a formação de uma esteira atrás do corpo, caracterizada por um déficit de
quantidade de movimento e pela presença de pressões relativamente baixas, gerando uma
força paralela ao eixo x, que se opõe ao movimento do fluido, conhecida como arrasto de
pressão.

Figura 02 – Escoamento viscoso e incompressível em torno de um cilindro


circular estacionário.

Como mostrado na Figura 03, a velocidade média local do fluido pode ser maior, igual,
ou menor à velocidade da corrente livre, dividindo o escoamento em quatro regiões distintas:

(i) uma estreita região de fluxo retardado;


(ii) duas camadas limite na superfície do cilindro;
(iii) duas zonas de descolamento e aceleração do escoamento;
(iv) uma larga região de separação do escoamento, chamada esteira.
Figura 03 – Regiões de perturbação do escoamento

As camadas limite do cilindro (ii) estão sujeitas a um gradiente de pressão favorável,


seguido por uma pequena região de gradiente de pressão adverso, antes da separação. A
separação da camada limite continua se desenvolvendo a jusante, com linhas cisalhantes
livres, inicialmente perto da esteira. Em linhas gerais, as duas camadas cisalhantes, que se
formam de ambos os lados do corpo sólido, se prolongam na direção do escoamento,
confinando a região da esteira. Uma vez que a zona mais interna das camadas cisalhantes, em
contato com a esteira, se move mais lentamente do que a sua parte externa, em contato com a
corrente livre, estas camadas tendem a se enrolar em torno de si mesmas, formando vórtices
discretos, cujo comportamento dinâmico dá origem a diferentes padrões de escoamento.

Diversos fatores podem modificar as características da esteira a jusante de cilindros


circulares, dentre os quais se destaca o número de Reynolds. Para baixos números de
Reynolds, as linhas de corrente contornam suavemente o corpo sólido, sem descolamento
apreciável da camada limite, tal como ocorre no escoamento invíscido. Em regimes mais
severos, entretanto, grandes estruturas turbilhonares podem se desprender periodicamente de
ambos os lados do obstáculo, originando a chamada esteira de Von-Kármán. Nessas
condições, as forças que atuam sobre o cilindro passam a apresentar natureza cíclica. A
formação e a extinção dos vórtices coerentes na esteira de cilindros dependem do regime de
escoamento, que pode ser laminar, transitório ou turbulento.
3.2-Força de Arrasto

A força de arrasto é um dado muito importante em ensaios em túneis de vento,


principalmente quando se faz a análise aerodinâmica de um corpo. Existem dois tipos
predominantes de arrasto: o de forma e o viscoso. O arrasto de forma depende da geometria e
das dimensões de um corpo imerso no escoamento. Quanto maior a área do corpo normal ao
escoamento, maior é o arrasto. Agora, quando se está estudando a interação entre fluido e
parede do corpo, na qual a sua rugosidade, a velocidade e viscosidade do escoamento, são
relevantes é o arrasto viscoso é que está sendo considerado. A predominância de um tipo de
arrasto ou outro é um fator geométrico. Para corpos rombudos, como o cilindro do experimento,
o arrasto de forma é mais relevante, enquanto que para corpos carenados, o viscoso.

Relacionado ao arrasto existe um número adimensional conhecido por coeficiente de


arrasto. Esse coeficiente é um parâmetro para relacionar a forma do corpo (a área exposta ao
escoamento) com a força de arrasto ao qual o corpo está submetido. Pode-se encontrar o
coeficiente de arrasto CD a partir da equação de Bernoulli. Então, considerando o escoamento
irrotacional, em regime permanente, desconsiderando-se as força de campo gravitacional
temos:

No ponto de estagnação temos u= 0 assim temos.

Multiplicando-se ambos os lados pela área transversal do corpo (A).

Assim obtém-se uma força proporcional que é proporcional a velocidade do


escoamento,seção transversal e a massa especifica desta,chamada força de
arrasto.Para que a proporcionalidade se torne uma igualdade basta multiplicar por uma
constante,chamada coeficiente de arrasto.Assim o coeficiente de arrasto pode ser
definido como:
3.3-Calculo da força de arrasto por análise de volume de controle

Outra maneira de calcular o coeficiente de arrasto para o escoamento em torno do


cilindro é através da análise de volume de controle. Considera-se um volume de controle que
englobe o cilindro, como mostrado na figura 04

Figura 04 - Análise por meio de Volume de controle

Medindo-se as pressões estática e dinâmica antes e depois do cilindro é possível


calcular as forças que agem sobre esse volume de controle a partir do teorema de transporte
de Reynolds. Segundo esse teorema, que recebe esse nome em homenagem ao engenheiro
inglês Osborne Reynols (1842-1912), para o volume de controle, temos:

Onde G é uma função qualquer. Fazendo G = ρU, para obter a quantidade de


movimento, temos:
onde para o caso aqui estudado, pois trata-se de escoamento em regime
permanente. E, segundo a primeira lei de Newton, temos:

Onde o somatório das forças em X e

é a variação da quantidade de movimento na mesma direção.

Considerando apenas as forças na direção do escoamento:

,
em que p1 é a pressão da entrada do volume de controle, ou seja, é a pressão estática
a montante do volume de controle, e é constante, p-2 é a pressão estática na saída do
volume de controle, a jusante do cilindro, e varia com a altura, e F-D é a reação que a
força de arrasto causa sobre o fluido. A variação da quantidade de movimento é:

onde U2 é a velocidade a jusante do cilindro e varia com a altura, e U1 é a velocidade


do escoamento não-perturbado, a montante do cilindro, e é constante.
Das equações [1] e [2] acima, temos:

, então

equações a e b respectivamente
pois U1 e p1 são constantes a montante do cilindro, e A é a área de entrada e saída do
volume de controle.
4.0-APARATO EXPERIMENTAL

● Túnel de vento Plint&Partners LTD Engineers com seção de testes de 460mm x


460mm, ventilador centrífugo e motor elétrico com potência de 22KW equipado com
inversor de freqüência.
● Manômetro digital Validyne
● Balança de três componentes da marca Plint&Partners LTD Engineers
● Equipamento Vishay com mostrador
● Um cilindro liso de 0,075m de diâmetro e 460mm de comprimento

5.0-PROCEDIMENTOS

Para vários números de Reynolds, os seguintes procedimentos foram tomados:

● Conectar o manômetro digital à tomada de pressão estática do cilindro e à tomada de


pressão estática do escoamento não perturbado à montante do cilindro.
Com este procedimento, obtemos um ∆P, necessário para o cálculo experimental do Cp.

● Conectar outro manômetro ao tubo de pitot para medir a pressão dinâmica do


escoamento.
A pressão dinâmica medida aqui se faz necessária para o cálculo da força de arrasto no
escoamento.

● Ligar o túnel de vento e posicionar o furo de tomada de pressão estática de tal maneira
que se tenha o máximo valor indicado no manômetro.
Assim garantimos que o manômetro encontra-se no ponto de estagnação, ponto onde a
pressão é máxima.

● Então regula-se o transferidor da balança de tal forma que indique que o furo esteja a
zero graus. A partir daí, fixa-se o transferidor e então anota-se o valor indicado no
manômetro a cada incremento de ângulo até chegar a °180 (adota-se um incremento de
10°).
Com estes resultados, podemos calcular o Cp para cada um dos ângulos pré-determinados,
comparando-os então com o resultado teórico.
● Para medição da força de arrasto com base na análise integral de volume de controle
serão medidas as pressões dinâmica e estática à montante e à jusante do cilindo e
através da aplicação do teorema do transporte de Reynolds em conjunto com a
segunda lei de Newton a força de arrasto sobre o cilindro será determinada.

5.0-DADOS EXPERIMENTAIS OBTIDOS


Pressões em cmH2O
Grupo 1
Pressão dinâmica 0,17 P_est a montante 0,04 cmH2O
cmH2O
RPD= 2mm H20 P_din a montante 0,15 cmH2O
Frequência do Inversor = 11Hz
Dados a jusante do cilindro:
Theta P - Pinf y(mm) P_est P_din
0 0,17 200 -0,02 0,16
10 0,14 180 -0,02 0,17
20 0,09 160 -0,02 0,16
30 0,01 140 -0,03 0,16
40 -0,07 120 -0,02 0,17
50 -0,15 100 -0,02 0,16
60 -0,21 80 -0,01 0,16
70 -0,22 60 0,02 0,15
80 -0,19 40 0,04 0,14
90 -0,2 20 0,07 0,08
100 -0,19 0 0,08 0,07
110 -0,17 -20 0,09 0,11
120 -0,19 -40 0,06 0,14
130 -0,18 -60 0,03 0,16
140 -0,2 -80 0 0,17
150 -0,18 -100 -0,01 0,17
160 -0,19 -120 -0,02 0,16
170 -0,22 -140 -0,02 0,17
180 -0,23 -160 -0,02 0,17
-180 -0,02 0,17
-200 -0,01 0,18
Grupo 2:

PRESSÃO DINAMICA 0.16mmH20 P_EST Montante (-)0.03


RPD 2mmH2O P-DIN Montante 0.16
FREQ. INVERSOR 11hz
Dados a jusante do cilindro
Theta P-P(infinito) y(mm) P_EST P_DIN
0 0,16 200 0 0,18
10 0,14 180 -0,01 0,18
20 0,085 160 -0,01 0,17
30 0,015 140 -0,01 0,18
40 -0,075 120 0 0,18
50 -0,15 100 -0,01 0,17
60 -0,21 80 0 0,19
70 -0,22 60 0 0,14
80 -0,19 40 0,05 0,07
90 -0,18 20 0,12 0
100 -0,17 0 0,15 0,01
110 -0,2 -20 0,12 0,08
120 -0,19 -40 0,08 0,15
130 -0,2 -60 0,02 0,18
140 -0,18 -80 0,01 0,2
150 -0,19 -100 0 0,19
160 -0,2 -120 0,01 0,18
170 -0,21 -140 0 0,19
180 -0,22 -160 0 0,18
-180 0 0,18
-200 -0,01 0,19
Grupo 3:
Pressão dinâmica = RPD.ß ; ß - cte de P_est a montante = -0.04 cmH2O
calibração

RPD = 2mmH20 P_din a montante = 0.18 cmH2O

Frequência do inversor = 12Hz

ø P-P∞ Dados a
(cmH2O) jusante
do
cilindro:
0 0,22 y (mm) P_est P_din
10 0,19 170 0 0,23
20 0,14 150 -0,02 0,22
30 0,05 130 -0,02 0,23
40 -0,04 110 -0,04 0,23
50 -0,13 90 -0,03 0,24
60 -0,22 70 0 0,19
70 -0,26 50 0,03 0,15
80 -0,19 30 0 0,12
90 -0,2 20 0,11 0,09
100 -0,18 10 0,12 0,07
110 -0,18 0 0,12 0,04
120 -0,21 -10 0,13 0,12
130 -0,22 -20 0,1 0,12
140 -0,2 -30 0,09 0,16
150 -0,22 -50 0,05 0,23
160 -0,25 -70 0,01 0,24
170 -0,26 -90 0 0,23
180 -0,23

6.0-ANALISE DOS DADOS OBTIDOS

6.1- Curvas de cp teórico x theta e cp experimental x theta

Para obtermos as curvas de Cp teórico e experimental, primeiramente calculamos o Cp


teórico, que é o mesmo para os 3 grupos. Esse Cp é calculado da seguinte forma:

Cp_teor=1-4sen²θ

Uma vez calculado este Cp para cada um dos ângulos utilizados no experimento,
partimos para o cálculo do Cp experimental, obtido através da fórmula:
Cp_exp=(P-Pinf)/(1/2.ρ.Uinf

Seguem os dados:

θ (°) Cp Teórico P-P∞ (cmH20) U∞ Cp medido


Grupo 1 0 1 0,17 5,260249 1
10 0,87878926 0,14 0,823529

20 0,523583434 0,09 0,529412

30 -0,03527618 0,01 0,058824

40 -0,73536001 -0,07 -0,411765


50 -1,479237872 -0,15 -0,882353

60 -2,150388566 -0,21 -1,235294

70 -2,647864446 -0,22 -1,294117

80 -2,923611929 -0,19 -1,117647


90 -3 -0,2 -1,17647
100 -2,956261611 -0,19 -1,117647

110 -2,891649877 -0,17 -1

120 -2,882479065 -0,19 -1,117647

130 -2,944149613 -0,18 -1,058823


140 -2,999999942 -0,2 -1,17647

150 -2,863703305 -0,18 -1,058823

160 -2,265486953 -0,19 -1,117647

170 -0,970920921 -0,22 -1,294117

180 1 -0,23 -1,352941

θ (°) Cp Teórico P-P∞ (cmH20) U∞ Cp medido


Grupo 2 0 1 0,16 5,103191 1
10 0,87878926 0,14 0,875

20 0,523583434 0,085 0,53125

30 -0,03527618 0,015 0,09375

40 -0,73536001 -0,075 -0,46875


50 -1,479237872 -0,15 -0,9375
60 -2,150388566 -0,21 -1,3125
70 -2,647864446 -0,22 -1,375

80 -2,923611929 -0,19 -1,1875

90 -3 -0,18 -1,125

100 -2,956261611 -0,17 -1,0625


110 -2,891649877 -0,2 -1,25
120 -2,882479065 -0,19 -1,1875

130 -2,944149613 -0,2 -1,25

140 -2,999999942 -0,18 -1,125

150 -2,863703305 -0,19 -1,1875


160 -2,265486953 -0,2 -1,25

170 -0,970920921 -0,21 -1,3125

180 1 -0,22 -1,375

θ (°) Cp Teórico P-P∞ (cmH20) U∞ Cp medido


Grupo 3 0 1 0,22 5,984022 0,9999999

10 0,87878926 0,19 0,8636362


20 0,523583434 0,14 0,6363636
30 -0,03527618 0,05 0,2272727

40 -0,73536001 -0,04 -0,181818

50 -1,479237872 -0,13 -0,590909


60 -2,150388566 -0,22 -1
70 -2,647864446 -0,26 -1,181818

80 -2,923611929 -0,19 -0,863636

90 -3 -0,2 -0,909091

100 -2,956261611 -0,18 -0,818182


110 -2,891649877 -0,18 -0,818182
120 -2,882479065 -0,21 -0,954545

130 -2,944149613 -0,22 -1

140 -2,999999942 -0,2 -0,909091


150 -2,863703305 -0,22 -1
160 -2,265486953 -0,25 -1,136363

170 -0,970920921 -0,26 -1,181818


180 1 -0,23 -1,045454

Com estes dados em mão, construímos um gráfico que mostra a curva teórica esperada
e a curva real obtida experimentalmente para cada um dos grupos, com segue:

Grupo 1:
Grupo 2:

Grupo 3:
Podemos perceber que o comportamento das curvas teórica e experimentais se
comportam de maneira semelhante até atingirem um ângulo de aproximadamente 70°. Essa
mudança brusca de comportamento, causada por modificações na camada limite, será
discutida em seguida.

6.2- Determinar o coeficiente de arrasto pela integração numérica do Cp

A determinação do coeficiente de arrasto foi feita utilizando-se a seguinte fórmula


abaixo:

Inicialmente, utilizou-se os dados de Cp para cada angulação do cilindro calculados no


item 6.1 nas tabelas dos dados dos grupos 1, 2 e 3. Tendo esses dados, fez-se uma integração
numérica para calcular os valores de Cd. por meio da regra do trapézio como segue abaixo.

Para o cálculo, utilizou-se o software Matlab R2009b, como pode ser visto no apêndice, item
10.0 desse relatório.

Considerando todas as informações acima, os resultados encontrados foram os seguintes

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3


Re = 24439 Re =25280 Re = 26764
CD1=1,1539 CD2=1,0877 CD3=1,1072
6.3-Determinação do coeficiente de arrasto por meio da força de arrasto
calculada com base na análise de volume de controle

Conforme explicado acima, é possível obter o coeficiente de arrasto pela análise de


volume de controle, obtendo primeiramente a força de arrasto e a seguir o coeficiente de
arrasto. Abaixo são calculados os coeficientes para os 3 grupos de dados utilizando esse
método.

Dados do Grupo 1
Pressão estática a montante: p1 = 0,04 cmH2O = 3,92 Pa
Pressão dinâmica a montante: pdin = 0,15 cmH2O = 14,71 Pa
Assim: U1 = 4,94 m/s
Para as pressões estática e dinâmica a jusante do cilindro, temos:

Ordenada Pressão Pressão Velocidade


y (mm) Estática Dinâmica (m/s)
(Pa) (Pa)
200 -1,96 15,69 5,10
180 -1,96 16,67 5,26
160 -1,96 15,69 5,10
140 -2,94 15,69 5,10
120 -1,96 16,67 5,26
100 -1,96 15,69 5,10
80 -0,98 15,69 5,10
60 1,96 14,71 4,94
40 3,92 13,73 4,77
20 6,86 7,85 3,61
0 7,85 6,86 3,38
-20 8,83 10,79 4,23
-40 5,88 13,73 4,77
-60 2,94 15,69 5,10
-80 0,00 16,67 5,26
-100 -0,98 16,67 5,26
-120 -1,96 15,69 5,10
-140 -1,96 16,67 5,26
-160 -1,96 16,67 5,26
-180 -1,96 16,67 5,26
-200 -0,98 17,65 5,41

O volume de controle aqui adotado possui área frontal de lados 0,4m e 0,46m. Assim,
utilizando a equação para o cálculo da força de arrasto:
ρ A = 1,205 x 4,942 x 0,4 x 0,46 = 5,41 N
p1A = 3,92 x 0,4 x 0,46 = 0,72 N

Utilizando novamente a regra do trapézio para calcular as integrais, temos:


z1 x x 0,46 x 1,205 x 9,80 = 5,43 N
0,15 N

Utilizando a equação [3] novamente, temos a força de arrasto dada por:


FD = 0,72 + 5,41 – 5,43 – 0,15 = 0,55 N
E o coeficiente de arrasto:

CD = = = 1,31

Dados do Grupo 2

Para esses dados, temos:


Pressão Estática a montante: p1 = 0,03 cmH2O = 2,941 Pa
Pressão Dinâmica a montante: pdin = 0,16 cmH2O = 15,69 Pa

U1 = = 5,11 m/s

Para as pressões estática e dinâmica a jusante do cilindro, temos:

Ordenada Pressão Pressão Velocidade


y (mm) Estática Dinâmica (m/s)
(Pa) (Pa)
200 0,00 17,65 5,41
180 -0,98 17,65 5,41
160 -0,98 16,67 5,26
140 -0,98 17,65 5,41
120 0,00 17,65 5,41
100 -0,98 16,67 5,26
80 0,00 18,63 5,56
60 0,00 13,73 4,77
40 4,90 6,86 3,38
20 11,77 0,00 0,00
0 14,71 0,98 1,28
-20 11,77 7,85 3,61
-40 7,85 14,71 4,94
-60 1,96 17,65 5,41
-80 0,98 19,61 5,71
-100 0,00 18,63 5,56
-120 0,98 17,65 5,41
-140 0,00 18,63 5,56
-160 0,00 17,65 5,41
-180 0,00 18,14 5,49
-200 -0,98 18,63 5,56

O volume de controle aqui adotado possui área frontal de lados 0,4m e 0,46m. Assim,
utilizando a equação para o cálculo da força de arrasto:

ρ A = 1,205 x 5,112 x 0,4 x 0,46m = 5,79 N


p1A = 2,91 x 0,4 x 0,46 = 0,54 N

Utilizando a regra do trapézio para calcular as integrais, temos:

z1 x x 0,46 x 1,205 x 9,798 = 5,43 N


0,46 N
A força de arrasto, será portanto:

FD = 0,54 + 5,79 – 5,43 – 0,46 = 0,44 N


O coeficiente de arrasto é:

CD = = = 0,81

Dados do Grupo 3

Pressão estática a montante: p1 = -0,04 cmH2O = -3,92 Pa


Pressão dinâmica a montante: pdin = 0,18 cmH2O = 17,65Pa
Assim: U1 = 5,41 m/s

Para as pressões estática e dinâmica a jusante do cilindro, temos:

Ordenada Pressão Pressão Velocidade


y (mm) Estática Dinâmica (m/s)
(Pa) (Pa)
170 0,00 22,56 6,12
150 -1,96 21,57 5,98
130 -1,96 22,56 6,12
110 -3,92 22,56 6,12
90 -2,94 23,54 6,25
70 0,00 18,63 5,56
50 2,94 14,71 4,94
30 0,00 11,77 4,42
20 10,79 8,83 3,83
10 11,77 6,86 3,38
0 11,77 3,92 2,55
-10 12,75 11,77 4,42
-20 9,81 11,77 4,42
-30 8,83 15,69 5,10
-50 4,90 22,56 6,12
-70 0,98 23,54 6,25
-90 0 22,56 6,12

O volume de controle aqui adotado possui como área frontal um retângulo de altura
(eixo y) de 0,26 m e base (eixo z) de 0,46m. Calculando cada membro da equação da força de
arrasto, temos:

ρ A = 1,205 x 5,412 x 0,46 x 0,26 = 3,89 N


p1A = -3,92 x 0,46 x 0,26 = -0,47 N

Utilizando novamente a regra do trapézio para calcular as integrais, temos:

z1 x x 0,46 x 1,205 x 7,85 = 4,35 N


0,243 N

Utilizando a equação [3] novamente, temos a força de arrasto dada por:

FD = 3,89 – 0,47 – 4,35 – 0,243 = -1,173 N

A força de arrasto encontrada para os dados do grupo 3 é negativa e não faz sentido.
Algum problema pode ter ocorrido no momento de obtenção dos dados. Nota-se que a pressão
estática a montante do cilindro é muito baixa, -0,04 cmH2O, o que influenciou no resultado.
Outro fator decisivo pode ser o fato de as medições terem sido feitas apenas entre 170 mm e -
90 mm no eixo y. Não há como calcular o coeficiente de arrasto para esse caso usando análise
de volume de controle.

6.4- Determinação a força de arrasto sobre o cilindro pelos 2 métodos citados

-Calculo da força pelo integraçao do Cp

Uma vez conhecido o Cd das tabelas do item 6.2 para cada escoamento pode-se
calcular a força de arrasto com a formula:
Assim obtemos:

Grupo Cd Uinf(m/s) Fd(N)

1 1,0877 5,260249 0.6260

2 1,1539 5,1032 0.6251

3 1,1072 5,9840 0.8247

Força de arrasto medida pela integração do Cp experimental.

-Determinação da Força de Arrasto com base na análise de volume de controle.

Após a determinação do coeficiente de arrasto por meio da força de arrasto calculada


com base na análise de volume de controle no item anterior obteve-se os valores que constam
na tabela x para a força de arrasto Fd.

FD = ρU12A + p1A – (ρU22+p2)dS

Dados obtidos para as forças na análise de volume de controle para determinaçao da força de
arrasto.

Grupo p1A ρU12A ρU22dS p2dS Fd [N]


[N] [N] [N] [N]

1 0,72 5,41 5,43 0,15 0.55


2 0,54 5,79 5,43 0,46 0.44

3 -0,47 3,89 4,35 0,243 -1,173

Na comparação com os valores para a força de arrasto determinada pela integração do


Cp mostrados na tabela anterior pode-se constatar que pelo método da análise de volume de
controle os valores encontrados são para o grupo 1 somente 87,86% do valor obtido pela
integração do Cp, para o grupo 2 de 70,39% do valor obtido pela integração do Cp e -140,53%
do valor obtido pela integração do Cp para grupo 3.
Conclusão
Considerando que para a determinação da força de arrasto com base na análise de
volume de controle são necessárias medidas que foram realizadas experimentalmente por
alunos sem experiência técnica em leitura acurada dos equipamentos como na determinação
do perfil de pressão no túnel de vento, e que para ângulos θ maiores onde há o inicio do
descolamento da camada limite do cilindro os valores de pressão dinâmica e estática oscilam
muito no tempo podemos atribuir os erros percentuais da força de arrasto a estes aspectos.

7.0-DISCUSSÃO DE ALGUNS PONTOS IMPORTANTES NO DESENVOLVIMENTO DO


EXPERIMENTO

7.1- Diferenças entres as curvas teórica e experimental do coeficiente de pressão versus


ângulo de ataque

A curva teórica do coeficiente de pressão não leva em consideração o descolamento da


camada limite e os efeitos viscosos na camada. Até um certo ângulo de ataque, temos que as
duas curvas se comportam de uma maneira semelhante, com a curva experimental
apresentando um Cp um pouco maior do que a teórica, devido aos efeitos viscosos da camada
limite. A partir deste ponto (70°), temos o descolamento da camada limite, e uma mudança no
comportamento da curva experimental. O descolamento da camada limite implica em regiões
de instabilidade e a vorticidade, que antes ficava confinada na camada limite, se espalha pelo
escoamento depois do descolamento, formando também zonas de recirculação do fluido. Com
isso, os resultados teóricos e experimentais diferem em função da curva teórica não levar em
consideração estes fatos que acontecem em escoamentos reais.

7.2-Diferenças entre o valor do coeficiente de arrasto calculado por meio da integração


numérica do Cp e o valor do coeficiente de arrasto calculado através da força calculada
com base na análise de volume de controle

Os valores do coeficiente de arrasto (Cd) calculados por integração do coeficiente de


pressão (Cp) e por análise de volume de controle apresentaram diferenças significativas, o que
pode ser conseqüência das integrações numéricas, que apenas aproximam o valor verdadeiro,
ou ainda pode ser devido a erros na hora de fazer as medições.

7.3- Estimação do ponto de deslocamento da camada limite

A maioria dos corpos em vôo tem um perfil aerodinâmico pelo projeto ou pela natureza,
de modo que cortem completamente o ar com arrasto mínimo. Os corpos rombudos como as
esferas geram uma força de arrasto grande. O ar bate na parte frente do cilindro, criando uma
área de alta pressão, e divide-se ao redor dos lados do corpo, passando com uma velocidade
alta demais para fazer a volta na parte de trás. Isso faz com que o ar seja separado da
superfície do cilindro, gerando o descolamento da camada limite.

O ponto de deslocamento da camada limite é onde o valor do coeficiente de pressão


Cp inverte seu sinal, ou seja, começa a atuar um gradiente adverso de pressão.
De acordo com os gráficos dos dados dos grupos 1, 2 e 3, que relacionam o Cp teórico
x θ e Cp experimental x θ, o ponto de descolamento da camada limite no cilindro pode ser
estimado em (r, 70°) que é a região onde há um ponto de transição entre decrescimento de
pressão e seu aumento.

7.4-explicar o que aconteceria com o coeficiente de arrasto, caso o cilindro do


experimento tivesse superfície rugosa.
Poderíamos dizer que a presença de rugosidades no cilindro anteciparia a transição
entre os regimes laminar e turbulento. Dessa forma, haveria certo atraso no descolamento da
camada limite no que se refere aos gradientes adversos de pressão. O descolamento da
camada limite ocorreria primeiramente no cilindro liso, isto é, as imperfeições no cilindro rugoso
fariam que o descolamento se desse em um ângulo maior que no cilindro liso, conforme
podemos ver na figura 05, em que os pontos P1 e P2 indicam os pontos empíricos de
descolamento da camada limite para os casos onde o cilindro é liso e rugoso respectivamente.
Ainda na figura 05, os ângulos b e a representam os ângulos de descolamento da camada
limite para os casos em que o cilindro é liso e rugoso respectivamente.

Fig 05 - Análise do ponto de descolamento da camada limite

Considerando-se o que já foi dito sobre o caso do cilindro rugoso, já que o


descolamento se dá em uma angulação maior do que no cilindro liso, conforme mostrado na
figura 05, afirmamos que o coeficiente de arrasto associado a essa questão seria menor em
comparação com o caso do cilindro liso, ou seja, a força de arrasto diminuiria com o aumento
das imperfeições na superfície do cilindro.
Para confirmar essas afirmações feitas, citamos os casos das bolas de golfe, as quais
possuem superfície com sulcos para reduzir os gradientes adversos de pressão e assim
antecipar a transição entre os regimes laminar e turbulento.

7.5- Descrição outra maneira, além das duas vistas, de se obter a força de arrasto do
cilindro em um túnel de vento
Um terceiro método para medição da força de arrasto é pela medição direta por meio de
uma balança de força. As balanças de forças são utilizadas para medir diretamente forças
aerodinâmicas e momentos do modelo em teste. Uma balança de seis graus de liberdade é
capaz de medir as três forças aerodinâmicas (sustentação, arrasto e derrapagem) e os três
momentos (arfagem, guinada e rolamento) que determinam a movimentação do corpo através
do escoamento. Entretanto existem balanças mais simples que só medem apenas uma força,
por exemplo arrasto, que são chamadas de balança de um grau de liberdade.

Figura 06 - Esboço da montagem da balança

A figura 06 mostra um esboço da montagem da balança com seus principais


componentes. O braço de peso, que é unido à seção de teste com um parafuso de aperto
manual, tem um tampão que se projeta através de um furo na seção de teste. O corpo sob o
teste é ajustado com um pino cilíndrico de mola (sel-loc), que é grampeado no tampão do braço
de peso. Uma vez que o peso da bandeja (weighpan) foi unida ao braço de peso, a posição do
contrapeso contrário pode ser ajustada para balancear a força de arrasto que o corpo de teste
está sofrendo pelo ajuste do contrapeso.

7.6- Validade do experimento


O experimento pode ser considerado valido pois todos os resultados esperados foram
encontrados,Primeiramente sobre a relação entre o cp experimental e o cp teórico,os dados
experimentais se aproximam muito dos teóricos até a faixa dos 40 graus,após isso os valores
começam a se distanciar primeiramente pela ação de forças viscosas,que são dissipativas e
evitam que a pressão seja restaurada.
Quanto ao calculo das forças de arrasto calculadas pelo método da integração do Cp e
da analise do volume elas destoam pois as medidas de pressão dinâmica tomadas apos o
escoamento passar pelo cilindro variavam muito,o que fez que se tivesse uma leitura imprecisa
dos dados,e isso gerou uma diferença significativa.

8.0-CONCLUSÃO

Plotando as curvas do coeficiente teórico e do coeficiente experimental, observamos


que os resultados esperados pela teoria muitas vezes divergem bastante do resultados
encontrados na prática. Isso se deve principalmente a desconsideração de importantes
fenômenos, que acabam por modificar de forma muito significativa o comportamento do
escoamento em torno de um corpo. Esses fenômenos, portanto, devem sempre ser levados em
consideração quando estudamos um escoamento, de modo a prevermos melhor seu
comportamento.

No que se refere ao cálculo do coeficiente de arrasto por meio da integração numérica


dos valores de Cp obtidos no item 6.1, verifica-se que os dados obtidos por meio desses
cálculos são próximos e a maior diferença existente é de 22% entre o Cd relativo ao grupo 1 e
o Cd relativo ao grupo 3. A diferença existente no numero de Reynolds com relação à esses
mesmos dados é de 8,6%. Segundo os cálculos, isso indica que para ligeiros aumentos na
velocidade de escoamento em torno do cilindro, tem-se um diferença razoável na força de
arrasto.

Pode-se observar que como esperado a força aumenta principalmente com o aumento
da velocidade, pois mesmo que isso diminuía o coeficiente de arrasto, ele não varia muito (a
diferença entre eles não supera 7%),o que era esperado pois além de ser um corpo rombudo
em um meio com viscosidade muito baixa(ar) ,mesmo que em velocidades mais baixas a
espessura da camada limite aumente,o que aumenta a interação fluido-corpo,ela não influi
tanto no arrasto quanto a velocidade do escoamento.Nota-se isso comparando as forçar de
arrasto do escoamento mais lento com o mais rápido,em que a força de arrasto medida com os
dados do grupo 3 é cerca de 26% maior do que a força medida com os dados do grupo 2.

9.0-BIBLIOGRAFIA
1. Frank M. White, Mecânica dos Fluidos, 4ª Edição, Editora Mc Graw Hill.
2. Fox & McDonald, Introdução à Mecânica dos Fluidos, 5a Edição, Editora LTC.
3. Vennard, John King; Street, Robert L., Elementos de Mecânica dos Fluidos-5a Edição,
referência 1978
4. Notas de aula de Mecânica dos Fluidos 2.
5. Roteiro experimental 1 de Mecânica dos Fluidos 2.

10.0-APÊNDICE

Cálculos CD - Grupo 1
theta=0:((10*pi)/180):pi

cp_e=[0.9865;0.8124;0.5223;0.0580;-0.4062;-0.8704;-1.2186;-1.2766;-1.1025-1.1606;-1.1025;-
0.9865;-1.1025;-1.0445;-1.1606;-1.0445;-1.1025;-1.2766;-1.3347]

for i=1:19
cp_e2(i)=cp_e(i)*cos(theta(i));
end
a=length(cp_e)

cd_int=trapz(theta,cp_e2)

Cáculos CD - Grupo 2

theta=0:((10*pi)/180):pi

cp_e=[0.9865;0.8632;0.52410.0925;-0.4624;-0.9248;-1.2948;-1.3564;-1.1715;-1.1098;-1.0481;
-1.2331;-1.1715;-1.2331;-1.1098;-1.1715;-1.2331;-1.2948;-1.3564]

for i=1:19
cp_e2(i)=cp_e(i)*cos(theta(i));
end
a=length(cp_e)

cd_int=trapz(theta,cp_e2)
%cd_int=cd_int*((10*pi)/180)

Cálculos CD - Grupo 3

theta=0:((10*pi)/180):pi

cp_e=[0.9865;0.8520;0.6278;0.2242;-0.1794;-0.5829;-0.9865;-1.1659;-0.8520;-0.8968;-0.8071;-
0.8071;-0.9417;-0.9865;-0.8968;-0.9865;-1.1210;-1.1659;-1.0313]

for i=1:19
cp_e2(i)=cp_e(i)*cos(theta(i));
end
a=length(cp_e)

cd_int=trapz(theta,cp_e2)

%cd_int=cd_int*((10*pi)/180)

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