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Segundo dados do IBGE, a indústria geral assinalou crescimento de 0,4% em julho frente a
junho na série com dados dessazonalizados, cabendo destacar que, desde março, não se
via resultado positivo nessa comparação. Frente o mesmo mês do ano anterior, a
produção industrial continua registrando taxas positivas, porém decrescentes. Na
comparação com julho de 2009, a produção industrial brasileira assinalou um avanço de
8,7%, a menor desde novembro de 2009 (5,3%). No ano até julho, a indústria geral
acumulou um crescimento de 15,0%, abaixo do resultado do primeiro semestre (16,2%).
No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho frente a igual período
imediatamente anterior, houve expansão de 8,3%.
Em relação ao mês imediatamente anterior, com dados já livres dos efeitos sazonais,
todas as categorias de uso, exceto os bens de capital (-0,2%) apresentaram avanços. As
taxas mais elevadas foram registradas pelos segmentos de bens de consumo duráveis e
bens intermediários (ambos com avanço de 0,9%). Os bens de consumo semiduráveis e
não duráveis assinalaram um acréscimo de 0,3%, abaixo do desempenho geral (0,4%).
Frente julho de 2009, todas as categorias de uso assinalaram resultados positivos, com
destaque para a os bens de capital (21,1%), devido ao desempenho de todos seus
subsetores, com bens de capital para equipamentos de transporte (36,8%) exercendo a
principal influência, seguido por bens de capital para construção (95,8%), para fins
industriais (18,9%), agrícolas (55,9%) e para uso misto (4,8%). Acima da média do
desempenho geral da indústria nessa comparação (8,7%), também encontram-se os bens
intermediários, com avanço de 11,3%. Os bens de consumo duráveis e semiduráveis e não
duráveis ficaram abaixo da média da indústria geral, com resultados positivos de 2,2% e
3,9%, respectivamente. Na variação acumulada nos primeiros sete meses de 2010, mais
uma vez o destaque positivo foram os bens de capital (28,3%), seguidos dos bens de
consumo duráveis (17,6%), bens intermediários (16,4%) e semiduráveis e não duráveis
(7,0%).
No acumulado entre janeiro e julho de 2010, apenas dois segmentos industriais não
apresentaram crescimento. Os destaques positivos foram: veículos automotores (31,4%),
máquinas e equipamentos (37,5%), metalurgia básica (29,8%), outros produtos químicos
(15,9%), produtos de metal (32,6%), indústrias extrativas (15,4%), alimentos (5,7%) e
borracha e plástico (19,8%). As duas únicas pressões negativas sobre a média global foram
outros equipamentos de transporte (-5,9%) e fumo (-10,4%).
http://www.financialweb.com.br/noticias/index.asp?cod=71451