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Produção: em busca do novo nível de produção

por Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial (IEDI)


01/09/2010

Confira, na íntegra, análise do Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial

Segundo dados do IBGE, a indústria geral assinalou crescimento de 0,4% em julho frente a
junho na série com dados dessazonalizados, cabendo destacar que, desde março, não se
via resultado positivo nessa comparação. Frente o mesmo mês do ano anterior, a
produção industrial continua registrando taxas positivas, porém decrescentes. Na
comparação com julho de 2009, a produção industrial brasileira assinalou um avanço de
8,7%, a menor desde novembro de 2009 (5,3%). No ano até julho, a indústria geral
acumulou um crescimento de 15,0%, abaixo do resultado do primeiro semestre (16,2%).
No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho frente a igual período
imediatamente anterior, houve expansão de 8,3%.

Em relação ao mês imediatamente anterior, com dados já livres dos efeitos sazonais,
todas as categorias de uso, exceto os bens de capital (-0,2%) apresentaram avanços. As
taxas mais elevadas foram registradas pelos segmentos de bens de consumo duráveis e
bens intermediários (ambos com avanço de 0,9%). Os bens de consumo semiduráveis e
não duráveis assinalaram um acréscimo de 0,3%, abaixo do desempenho geral (0,4%).

Frente julho de 2009, todas as categorias de uso assinalaram resultados positivos, com
destaque para a os bens de capital (21,1%), devido ao desempenho de todos seus
subsetores, com bens de capital para equipamentos de transporte (36,8%) exercendo a
principal influência, seguido por bens de capital para construção (95,8%), para fins
industriais (18,9%), agrícolas (55,9%) e para uso misto (4,8%). Acima da média do
desempenho geral da indústria nessa comparação (8,7%), também encontram-se os bens
intermediários, com avanço de 11,3%. Os bens de consumo duráveis e semiduráveis e não
duráveis ficaram abaixo da média da indústria geral, com resultados positivos de 2,2% e
3,9%, respectivamente. Na variação acumulada nos primeiros sete meses de 2010, mais
uma vez o destaque positivo foram os bens de capital (28,3%), seguidos dos bens de
consumo duráveis (17,6%), bens intermediários (16,4%) e semiduráveis e não duráveis
(7,0%).

A partir dos dados dessazonalizados, observou-se que, dos 27 setores incluídos na


pesquisa do IBGE, 17 apresentaram nível de produção superior na passagem de junho
para julho. Os destaques por ordem de contribuição foram: veículos automotores (3,6%),
outros produtos químicos (3,0%), farmacêutica (4,6%), outros equipamentos de transporte
(6,8%), refino de petróleo e produção de álcool (2,3%). Já as principais influências
negativas vieram de máquinas e equipamentos (-6,0%), edição e impressão (-5,6%),
produtos de metal (-3,1%) e borracha e plástico (-2,1%).

No confronto de julho de 2010 com julho de 2009, o crescimento foi generalizado,


atingindo 21 dos 27 ramos industriais, com destaque para: veículos automotores (26,5%),
metalurgia básica (19,5%), alimentos (7,3%), máquinas e equipamentos (14,5%),
indústrias extrativas (10,1%), refino de petróleo e produção de álcool (6,9%) e bebidas
(15,4%). Os impactos negativos mais relevantes, por sua vez, vieram de máquinas para
escritório e equipamentos de informática (-15,4%) e edição e impressão (-6,9%).

No acumulado entre janeiro e julho de 2010, apenas dois segmentos industriais não
apresentaram crescimento. Os destaques positivos foram: veículos automotores (31,4%),
máquinas e equipamentos (37,5%), metalurgia básica (29,8%), outros produtos químicos
(15,9%), produtos de metal (32,6%), indústrias extrativas (15,4%), alimentos (5,7%) e
borracha e plástico (19,8%). As duas únicas pressões negativas sobre a média global foram
outros equipamentos de transporte (-5,9%) e fumo (-10,4%).

FONTE: FINANCIAL WEB

http://www.financialweb.com.br/noticias/index.asp?cod=71451

DIA 02/09/2010 ÀS 00:40

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