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O objetivo principal que o governo baiano encontrou para passar a reunir objetos
artísticos foi a educação, seja como; auxilio para maior desenvolvimento das
faculdades morais dos alunos que a freqüentam, para maior compreensão do passado
da historia, ou mesmo para exercitar-lhes o gosto pelas Belas-Artes, por isso foram
primeiramente expostas no Liceu Provincial e depois transferidas para o Liceu de Artes
e Ofícios. Neste ultimo com o intento de servir de modelo para as aulas de pintura.
A denuncia feita por Valladares através do jornal Diário da Bahia, na qual ele defende
a transferência da exposição para o Liceu de Artes e Ofícios, revela um alargamento do
sentido educacional, pois, o argumento era a prestação de serviço não só aos
discípulos do estabelecimento, mas a população em geral. Esse argumento libertário
era obviamente um traço da época histórica, com o crescente movimento anti-
escravidão, que resultou na Lei áurea de 1888. O maior interesse da coleção em si,
estava em reunir artistas baianos do século XIX. Em 1918 a coleção é transformada em
Museu do Estado, anexo ao arquivo publico e agora com o objetivo de preservar peças
de interesse histórico, por isso agora sobre a direção do historiador Francisco Borges
de Barros, que fica por longo período, de 1918 a 1930. Com tipologia mais diversificada
agora contava com mobiliários, louças, ourivesaria, cerâmica, azulejaria e cristais, alem
de obras de pintura, gravura, desenho, fotografia e escultura. E como era de praxe nos
museus históricos havia também as seções de etnografia, numismática e historia. Após
receber inúmeras nomenclaturas o museu finalmente fica estabelecido em 1931 como
Pinacoteca do Estado, separado do arquivo publico, e formando duas seções; história e
contemporânea, também abrigando acervo de material arqueológico proveniente do
Arquivo Publico.
A Pinacoteca do Estado