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Muitas vezes as escrituras não trazem as medidas corretas do terreno. Alguns centímetros a
menos já serão suficientes para o projeto dar as coordenadas erradas para a execução da obra.
Checar a medida que consta na documentação com a real fazendo medições no lote para
adequar o projeto às suas dimensões reais.
TOPOGRAFIA
Fazer levantamento topográfico, onde apartir de níveis e ângulos indicará o tipo de terreno
(plano, em aclive ou em declive). Esta avaliação do desnível é feita em relação ao nível da rua e
que contribui para ter uma base sobre o custo da obra.
Terrenos planos apresentam um desnível mínimo ou quase inexistente e sua superfície
acompanha o nível da rua. Terrenos inclinados acima ou abaixo do nível da rua irão necessitar
de mais investimento, a menos que opte por aproveitar a inclinação do lote, mas nem sempre
esta solução é viável e possível.
Primeiramente em todo o terreno é feita a limpeza para maior facilidade de trabalho no
levantamento plano-altimétrico, permitindo obter-se um retrato fiel de todos os acidentes do
terreno e sondagem do solo. Para se fazer a limpeza do terreno pode-se carpir, roçar ou
destocar, de acordo com o que exige a vegetação. O levantamento plano-altimétrico, no qual
deverão constar: 1) a poligonal; 2) as curvas de níveis cuja precisão podem ser da ordem de
0,50m em 0,50m; 3) dimensões perimetrais; 4) os ângulos dos lados; 5) a área; 6) a fixação do
RN (referencial de nível); 7) as construções existentes; 8) as árvores; 9) as galerias de águas
pluviais ou o esgoto; 10) os postes (mais próximos do lote); as ruas adjacentes e 12) o croqui
de situação, com o aparecimento da via de maior importância ou qualquer obra de maior
vulto. O “nível de borracha” é uma mangueira de plástico transparente, de diâmetro pequeno,
da ordem de ¼”, para se obter maior sensibilidade. Enche-se essa mangueira de água e tapa-
se-lhes as extremidades colocando-se uma delas na primeira baliza, no ponto 1-RN na altura
do gabarito. A outra extremidade é colocada no ponto 2, até obter o equilíbrio da água no
interior da mangueira. Mede-se a distância do chão até o nível de água da mangueira no ponto
2, a diferença dessa medida com a altura fixada com o gabarito (1,00m) na baliza 1 será o
desnível entre os pontos 1(RN) e 2.
Se a medida da baliza 2 for maior que a do RN, significa que o ponto 2 é mais baixo em relação
ao nosso RN. O inverso, isto é, se a medida do ponto 2 for menor, significa que o mesmo está
mais alto que o nosso RN. O processo se repete nos diversos pontos.
VERIFICAR:
- ÁGUA: Se o terreno é servido pela rede de água, pois a instalação provisória demora alguns
dias.
- ENERGIA
- ESGOTO: No caso de um lote onde a ligação da rede de esgoto não possui previsão de
execução pela Prefeitura Municipal, o melhor a fazer é uma fossa definitiva montada
devidamente e com as dimensões recomendadas.
- GÁS
- LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO: É necessário checar as exigências da Lei de Uso e
Ocupação do Solo Municipal quanto à área do terreno que poderá ser construída, recuos de
frente, laterais e fundo e número de pavimentos permitidos.
Em seguida é feita a movimentação de terra prevista no projeto (ex. corte, aterro). Com estas
fases concluídas, já é hora de preparar o canteiro de obras, que deverá ser feito de acordo com
todas as necessidades do desenvolvimento da construção.
RECONHECENDO O SUBSOLO
Na grande maioria dos casos, a avaliação e o estudo das características do subsolo do
terreno sobre o qual será executada a edificação se resume em sondagens de simples
reconhecimento (sondagem à percussão), mas dependendo do porte da obra ou se as
informações obtidas não forem satisfatórias, outros tipos de pesquisas serão
executados (por exemplo, poços exploratórios, ensaio de penetração contínua, ensaio
de palheta). Características como: número de pontos de sondagem, seu
posicionamento no terreno (levando-se em conta a posição relativa do edifício) e a
profundidade a ser atingida são determinadas por profissional capacitado, baseado em
normas brasileiras e na sua experiência (BRITO,1987).
Tendo-se executado as sondagens corretamente, as informações são condensadas e
apresentadas em um relatório escrito e outro gráfico, que deverá conter as seguintes
informações referentes ao subsolo estudado:
– locação dos furos de sondagem;
– determinação dos tipos de solo até a profundidade de interesse do projeto;
– determinação das condições de compacidade, consistência e capacidade de carga de
cada tipo de solo;
– determinação da espessura das camadas e avaliação da orientação dos planos que as
separam;
– informação do nível do lençol freático.
Estes dados obtidos através de sondagem retratam as características e propriedades
do subsolo e, depois de avaliados e minuciosamente estudados, servem de base
técnica para a escolha do tipo de fundação da edificação que melhor se adapte ao
terreno.
CANTEIRO DE OBRA
LIGAÇÃO DE ÁGUA
Para a ligação de água são necessários a construção de um abrigo e de um cavalete com o
respectivo registro, dentro das normas fixadas pela concessionária local. O mais comum é a
localização afastada do lote no máximo 1,50m, de fácil acesso para a inspeção, com percurso
simples entre cavaletes e reservatórios e distância máxima de 7m do portão de entrada.
LIGAÇÃO ELÉTRICA
Para conseguir a ligação de energia elétrica é preciso enviar uma carta à concessionária,
juntamente com a planta da casa a ser construída, endereço da obra, potência a ser instalada
no canteiro e potência do maior motor empregado, para solicitar estudo e orçamento.
Para garantir o material seguro, um depósito bem feito em um terreno com tapumes e
proteção, tem menos chance de ser roubado. É preciso também que no canteiro de obras haja
um local destinado a diversos serviços, como corte e montagem de formas de madeira, corte e
dobra do aço ou preparo da argamassa. É importante que esta área esteja em local que não
atrapalhe o andamento dos serviços, do começo até o fim da construção.
LOCAÇÃO DA OBRA
Após a limpeza do terreno é hora de começar os trabalhos de locação da casa. Esta importante
etapa irá determinar vários detalhes do projeto, como as dimensões dos cômodos ou a
construção de paredes e sapatas. É justamente nesta fase que a casa será visualizada no
terreno através de um desenho das paredes no chão.
O início é marcado com a leitura do projeto. Normalmente é usada uma escala para esta fase,
sendo que a mais comum é de 1:50, que significa 1 centímetro na planta para cada 50
centímetros na construção. Isto significa que o projeto é uma “miniatura” da residência em
proporções cuidadosamente calculadas.
O segundo passo desta etapa é a interpretação das informações do projeto estrutural, onde
serão locadas as posições dos pilares, suas fundações e respectivas vigas e baldrames.
Em seguida será feito o gabarito no terreno, ou seja, cercará a futura posição da casa com uma
armação de madeira nivelada, onde os cantos estarão em esquadro, isto é, formando um
ângulo de 90°. Dessa forma, com os dados e vendo as medidas que constam no projeto
estrutural, será possível locar todos os pontos necessários para a execução das fundações.
A planta de locação de pilares e fundações mostra também o terreno, para que seja possível
visualizar a implantação como um todo. Ela fixa as cotas dos elementos de fundação e infra-
estrutura com relação às divisas do terreno e ao alinhamento da via pública.
O processo da tábua corrida consiste na cravação de pontaletes distanciados entre si de 1,50m
aproximadamente, e afastados das futuras paredes cerca de 1,50m. Nos pontaletes serão
pregadas tábuas sucessivas (sarrafos) formando uma cinta em volta da área construída. A
locação deve ser procedida com trena de aço. Para perfeito esquadro entre dois alinhamentos,
devemos usar o teodolito, ou triângulo, formado por lados de 4,00m e 3,00m e hipotenusa de
5,00m.