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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SERGIPE


DIRETORIA DE ENSINO
COORDENADORIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

GUIA
ACADÊMICO

CURSO SUPERIOR EM
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CIVIL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DE SERGIPE
Av. Engenheiro Gentil Tavares da Mota, 1166 - Bairro Getúlio Vargas - CEP 49055-260
Fone: (79) 3711-3100 – E-mail: direcao@cefetse.edu.br

APRESENTAÇÃO

Iniciamos esse novo período letivo, não mais como CEFET-SE, mas
de cara nova e espírito renovado na busca de uma melhor concepção de
Educação Profissional. O Ministério da Educação, a partir da Lei 11.892, de 29
de dezembro de 2008, criou um novo modelo de Instituição de Educação
Profissional e Tecnológica, os Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia, resultantes do potencial instalado nos antigos CEFETs, Agrotécnicas
e Escolas Técnicas.
O foco dos Institutos Federais está voltado para a melhoria da qualidade
do Ensino Profissional, na medida em que promove a geração de novas
tecnologias e permite uma resposta mais ágil e eficaz às demandas crescentes
por profissionais qualificados de nível técnico e tecnológico.
Os Institutos Federais nascem autônomos nos limites de sua área de
atuação territorial, podendo criar e extinguir cursos na medida do interesse dos
arranjos produtivos locais. Cada Instituto é organizado em estrutura multicampi,
permitindo uma atuação mais capilarizada pelas diferentes regiões do país. No
caso do Instituto Federal de Sergipe, a organização administrativa comporta
seis campi: Aracaju, São Cristóvão, Lagarto, Estância, Itabaiana e Nossa
Senhora da Glória, todos subordinados à Reitoria situada na cidade de Aracaju.
A história quase centenária das Instituições que hoje formam o Instituto
Federal de Sergipe: CEFET-SE e Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão,
confirma o compromisso social que essas Escolas têm com a Educação de
boa qualidade apresentada ao longo de suas trajetórias e que ao tornar-se
única, assume o dever de promover o diálogo efetivo entre Ciência, Tecnologia
e Cultura, articulando-as à pesquisa e à extensão.
O destino me reservou o privilégio e a honra de, em Sergipe, iniciar
como Reitor essa árdua tarefa, mas com a clareza de que em uníssono com os
servidores e alunos desta Casa de Educação seremos capazes de alcançar o
impossível.

Joarez Vrubel
Reitor

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PERFIL DO ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO CIVIL

A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL procura, a cada dia, o aumento da


produtividade, da qualidade integrada durante a produção, da racionalização e
inovação tecnológica construtiva e, sobretudo, incorporar os modernos sistemas
de gestão. É o binômio Gestão e Tecnologia que comanda a modernização das
práticas construtivas nas empresas de Construção Civil.
A moderna INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL classifica as diversas etapas de
um empreendimento em três fases de Gestão: a Gestão da Concepção , onde os
estudos de viabilidade e os projetos são os objetos colimados; a Gestão da
Produção , que trata especificamente do processo construtivo propriamente dito, e
finalmente a fase da Gestão da Pós-Ocupação , que trata da retroalimentação de
tudo que foi concebido na Gestão da Concepção e representa o fechamento do
círculo PDCA tão característico dos sistemas de qualidade.
Assim sendo, a CONSTRUÇÃO CIVIL requer um Engenheiro de Produção Civil
com o perfil predominante de Gesto r, aliado a uma forte cognição e habilitação
tecnológica civil. Na fase da Gestão da Concepção , demanda conhecimentos e
habilidades nos estudos de viabilidades e, sobretudo na coordenação da concepção
dos projetos tecnológicos pertinentes aos empreendimentos, de olho na produção
e no pós-uso. È também uma fase estrategicamente responsável pelo forte impacto
no sucesso do empreendimento do desempenho observado quando do uso do
empreendimento, retroalimentando todos os processos de concepção e produção
anteriores, respeitando as dimensões sociais e ambientais; durante a Gestão de
Produção, é forte a necessidade dos procedimentos de planejamento, programação
e controle, agregado à persecução de produtividade e qualidade integrada dos
diversos subsistemas construtivos para se atingir as metas do planejamento
estratégico do empreendimento ; finalmente, na modernidade construtiva se insere
a Gestão da Pós-Ocupação, demandando do engenheiro de produção civil atitude
analítica , crítica e reflexiva, capaz de absorver e desenvolver novas tecnologias,
estimulado para atuar de maneira crítica e criativa na identificação e resolução de
problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais
e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da
sociedade.
O curso de Engenharia da Produção Civil tem por finalidade possibilitar uma
formação ao engenheiro que lhe permita desenvolver e aplicar os seguintes
conhecimentos e saberes, requeridos ao exercício profissional:
I - aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais
à engenharia;
II - projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
IV - planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de
engenharia;
V - identificar, formular e resolver problemas de engenharia;
VI - desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;
VI - supervisionar a operação e a manutenção de sistemas;
VII - avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;
VIII - comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;
IX - atuar em equipes multidisciplinares;
X - compreender e aplicar ética e responsavelmente os saberes profissionais;
XI - avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
XII - avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;
XIII - assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.

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Matriz Curricular
MATRIZ CURRICULAR
Carga-Horária
Semestre Disciplinas Pré-requisitos Créditos
Prática Teoria
Introdução à Ciência da
40 02
Computação
Inglês Instrumental 40 02
Cálculo I 100 05
Vetores e Geometria Analítica 80 04
Produção de Textos 40 02
1º Fundamentos de Química para
80 04
Construção Civil
Introdução à Construção de
40 02
Edifícios
Introdução à Engenharia de
40 02
Produção
Total ........................................................... 40 420 23
Física I 120 06
Física Geral Experimental I 20 01
Cálculo I; Vetores e
Cálculo II 80 04
Geometria Analítica
Probabilidade e Estatística 60 03

Cálculo Numérico 60 03
Metodologia Científica e
40 02
Tecnológica
Desenho Técnico 60 03
Sistemas Administrativos 60 03
Total ........................................................... 80 420 25
Educação, Trabalho e Tecnologia I 40 02
Empreendedorismo 40 02
Física II Física I 80 04
Física Geral
Física Geral Experimental II 20 01
Experimental I
3º Cálculo III Cálculo II 60 03
Equações Diferenciais Ordinárias Cálculo II 60 03
Isostática 40 02
Topografia Desenho Técnico 60 03
Ferramenta Computacional Desenho Técnico 40 02
Gestão da Tecnologia 60 03
Total ........................................................... 60 440 25
Educação, Trabalho e
Educação, Trabalho e Tecnologia II 40 02
Tecnologia I
Física III Física II 80 04
Física Geral
Física Geral Experimental III 20 01
Experimental II
Fundamentos de Economia 40 02

Mecânica dos Solos I 60 03
Materiais de Construção I 60 03
Resistência dos Materiais 60 03
Ferramenta
Desenho Arquitetônico 80 04
Computacional
Pesquisa Operacional I 60 03
Total ........................................................... 100 400 25

5º Educação, Trabalho e
Educação, Trabalho e Tecnologia III 40 02
Tecnologia II
Mecânica dos Fluidos 60 03
Mecânica dos Solos II Mecânica dos Solos I 60 03

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Materiais de
Materiais de Construção II 60 03
Construção I
Hiperestática Isostática 60 03
Fundamentos de
Análise de Projetos de Investimentos 60 03
Economia
Planejamento e Controle da
80 04
Produção
Pesquisa Operacional
Pesquisa Operacional II 60 03
I
Total ........................................................... 00 480 24
Transportes Topografia 60 03
Projeto de Canteiros 60 03
Fundações Hiperestática 60 03
Sistemas Construtivos I 60 03

Concreto I 60 03
Gestão da Informação 60 03
Engenharia do Produto / Processo 60 03
Gestão da Qualidade Integrada 60 03
Total ........................................................... 00 480 24
Instalações Especiais 60 03
Instalações Hidro-Sanitárias Prediais 60 03
Instalações Elétricas Prediais Física II 60 20 04
Sistemas Construtivos
Sistemas Construtivos II 60 03
7º I
Concreto II Concreto I 60 03
Engenharia de Segurança do
60 03
Trabalho e Higiene Ocupacional
Gestão de Agentes Organizacionais 60 03
Ergonomia 40 02
Total ........................................................... 60 420 24
Saneamento Ambiental 60 03
Edifícios Inteligentes 60 03
Estruturas Metálicas 40 02
Estruturas de Madeira 40 02
8º Planejamento e Controle de Obras 60 03
Orçamento, Licitações e Contratos 40 02
Ética Profissional e Responsabilidade
40 02
Social
Gestão Ambiental 60 03
Total ........................................................... 00 400 20
Gestão da Manutenção Predial 80 04
Patologia das Construções 40 02
TCC I 60 03
9º Optativa A 60 03
Optativa B 60 03
Gestão de Projetos 80 04
Logística 60 03
Total ........................................................... 60 380 22
10º TCC II TCC I 60 03
Estágio Supervisionado 320 20
Total ............................................................ 380 23
Total Geral ................................................... 780 3840 235
4.620 h/aula

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REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA
(Alterada através da Resolução /CS/ nº 02 de 2009)

CAPÍTULO I
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SERGIPE
DAS FINALIDADES, DAS CARACTERÍSTICAS E DOS OBJETIVOS

Art.1º - O Instituto Federal de Sergipe – IFS - tem por finalidades e características:


I - ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades,
formando e qualificando cidadãos com vistas à atuação profissional nos diversos setores da
economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional;
II - desenvolver a educação profissional e tecnológica como processo educativo e
investigativo de geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas às demandas
sociais e peculiaridades regionais;
III - promover a integração e a verticalização da educação básica à educação profissional
e educação superior, otimizando a infraestrutura física, os quadros de pessoal e os recursos
de gestão;
IV - orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento dos
arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento das
potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de atuação do Instituto
Federal;
V - constituir-se em centro de excelência na oferta do ensino de ciências, em geral, e de
ciências aplicadas, em particular, estimulando o desenvolvimento de espírito crítico voltado à
investigação empírica;
VI - qualificar-se como centro de referência no apoio à oferta do ensino de ciências nas
instituições públicas de ensino, oferecendo capacitação técnica e atualização pedagógica aos
docentes das redes públicas de ensino;
VII - desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica;
VIII - realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, o empreendedorismo, o
cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico;
IX - promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais,
notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente.
X - são objetivos do Instituto Federal de Sergipe:
a) ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de
cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da
educação de jovens e adultos;
b) ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, objetivando a
capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de profissionais, em
todos os níveis de escolaridade, nas áreas da educação profissional e tecnológica;
c) realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas
e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade;
d) desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e finalidades da
educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os
segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de
conhecimentos científicos e tecnológicos;
e) estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e
à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e
do regional;
f) ministrar em nível de educação superior: cursos superiores de tecnologia visando à
formação de profissionais para os diferentes setores da economia, cursos de
licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com vistas na

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formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e
matemática, e para a educação profissional, cursos de bacharelado e engenharia,
visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia e áreas
do conhecimento;
g) ministrar cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização,
visando à formação de especialistas nas diferentes áreas do conhecimento e cursos
de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, que contribuam para promover
o estabelecimento de bases sólidas em educação, ciência e tecnologia, com vistas no
processo de geração e inovação tecnológica.

CAPÍTULO VI:
DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TECNOLÓGICA DE GRADUAÇÃO,
ENGENHARIAS E LICENCIATURAS

Seção I:
DA CONCEITUAÇÃO

Art. 148 - A educação profissional tecnológica de graduação é aquela destinada a egressos


dos cursos técnicos ou ensino médio e se constitui na formação profissional de especialistas
na área tecnológica, atendendo às demandas da sociedade e do mundo do trabalho.
Parágrafo Único. Os cursos de graduação possuem características especiais e conduzem à
diplomação após sua conclusão com aproveitamento.
Art. 149 - Os cursos de licenciatura destinam-se à formação de professores para atuar
na Educação Básica, através do desenvolvimento de competências que viabilizem uma prática
compatível com as demandas educativas do processo ensino-aprendizagem, promoção e
desenvolvimento dos alunos.
Art.150 - Os Cursos de Graduação em Engenharia destinam-se à diplomação de
engenheiros, com itinerários formativos que lhes assegurem uma formação generalista,
humanista, crítica e reflexiva, capacitados a absorverem e desenvolverem novas tecnologias,
estimulados para atuarem de maneira crítica e criativa na identificação e resolução de problemas,
considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão
ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade.

Seção II
DOS PRINCÍPIOS

Art. 151 - A educação profissional tecnológica de graduação deve:


I - Incentivar o desenvolvimento da capacidade empreendedora e da compreensão do
processo tecnológico;
II - Incentivar a produção e a inovação tecnológicas e suas respectivas aplicações no
mundo do trabalho;
III - desenvolver competências profissionais tecnológicas, gerais e específicas, para a
gestão de processos e produção de bens e serviços;
IV - propiciar a compreensão e a avaliação dos impactos sociais, econômicos e ambientais
resultantes da produção, gestão e incorporação de novas tecnologias;
V - promover a capacidade de continuar aprendendo e de acompanhar as mudanças nas
condições de trabalho bem como propiciar o prosseguimento de estudos em cursos de
pós-graduação;
VI - adotar a flexibilidade, a interdisciplinaridade, a contextualização e a atualização
permanente dos cursos e seus currículos;
VII - garantir a identidade do perfil profissional de conclusão do curso e da respectiva
organização curricular.

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VIII - possibilitar oportunidades de formação em campos específicos de áreas profissionais
dentro de uma estrutura que permita a verticalização de conhecimentos e o
desenvolvimento de competências e habilidades.
Art. 152 - Os cursos de licenciatura terão como princípios a articulação teoria-prática e uma
sólida fundamentação científica, tecnológica, pedagógica e cultural.
Art. 153 - Os Cursos de Graduação em Engenharia terão um núcleo de conteúdos
específicos que se constitui em extensões e aprofundamentos dos conteúdos do núcleo de
conteúdos profissionalizantes, bem como de outros conteúdos destinados a caracterizar
modalidades. Tais conteúdos, consubstanciando o restante da carga horária total, serão
propostos exclusivamente pelo IFS. Constituem-se em conhecimentos científicos, tecnológicos
e instrumentais necessários para a definição das modalidades de engenharia.
Seção III
DOS OBJETIVOS E FINALIDADES

Art. 154 - Os cursos de educação profissional de graduação tecnológica do IFS têm por
objetivo formar Tecnólogos para o exercício da profissão nas diversas áreas tecnológicas de
acordo com as demandas do mundo do trabalho e das necessidades da sociedade.
Art. 155 - Os cursos de licenciatura têm por finalidade proporcionar habilitação de nível
superior aos profissionais que atuarão na docência da educação profissional e básica.
Art. 156 - A formação do professor que trata o artigo anterior tem por objetivos a preparação
de profissionais que estejam aptos para:
I – atuar baseados na ética democrática, para agir com dignidade humana, justiça, respeito,
participação e responsabilidade;
II – analisar o percurso da aprendizagem formal e informal dos alunos, identificando
características cognitivas, afetivas, físicas, traços de personalidade, processos de
desenvolvimento, formas de acessar e processar conhecimentos, possibilidades e
obstáculos;
III – fazer escolhas didáticas e estabelecer metas que promovam a aprendizagem e
potencializem o desenvolvimento de todos os alunos, considerando e respeitando suas
características pessoais bem como diferenças decorrentes de situação sócio-econômica,
inserção cultural, origem étnica, gênero e religião, atuando contra qualquer tipo de
discriminação e exclusão;
IV – criar, planejar, realizar, gerir e avaliar situações didáticas eficazes para a aprendizagem
e para o desenvolvimento dos alunos, utilizando o conhecimento das áreas a serem
ensinadas, das temáticas sociais transversais ao currículo escolar bem como das
respectivas didáticas;
V – utilizar diferentes e flexíveis modos de organização do tempo, do espaço e de
agrupamento dos alunos para favorecer e enriquecer o processo de aprendizagem;
VI – manejar diferentes estratégias de comunicação dos conteúdos, sabendo eleger as
mais adequadas, considerando a diversidade dos alunos;
VII - utilizar estratégias diversificadas de avaliação da aprendizagem;
VIII – participar coletiva e cooperativamente da elaboração, gestão, desenvolvimento e
avaliação do projeto educacional e curricular da escola;
IX – disponibilizar-se para a atualização e flexibilidade para mudanças;
X – contribuir com a qualidade do ensino;
XI – orientar pesquisa aplicada estimulando o desenvolvimento de soluções tecnológicas,
de forma criativa, colocadas à disposição da sociedade.
Art. 157 - Os cursos de Engenharia têm por finalidade dotar o profissional dos
conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais:
I - aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à
engenharia;

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II - projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
IV - planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia;
V - identificar, formular e resolver problemas de engenharia;
VI - desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;
VI - supervisionar a operação e a manutenção de sistemas;
VII - avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;
VIII - comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;
IX - atuar em equipes multidisciplinares;
X - compreender e aplicar a ética e a responsabilidade profissionais;
XI - avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
XII - avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;
XIII - assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.

Seção IV
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ADMINISTRATIVA

Art. 158 - Os cursos de educação profissional de graduação tecnológica, os de licenciatura


e os de engenharia do IFS serão acompanhados pelos Colegiados de Cursos Superiores – CCS,
órgãos deliberativos e de assessoramento, vinculados ao Departamento de Desenvolvimento de
Ensino. (NR)
Parágrafo Único. As atribuições dos Colegiados dos Cursos Superiores (CCS) do IFS estão
estabelecidas em Regulamento (RCCS) do IFS (NR)
Art. 158 - As propostas para criação de novos cursos superiores, deverão ser feitas em
formulário padronizado, atendendo às diretrizes, às recomendações e às exigências legais.
Parágrafo Único. Os Projetos de Cursos deverão ser encaminhados ao Departamento de
Desenvolvimento de Ensino e ao Departamento de Ensino Superior – DES,os quais submeterão à
apreciação da Pró-reitoria de Ensino que encaminhará ao Conselho Superior para aprovação.
Art. 159 – Os Cursos Superiores terão um coordenador responsável pelas atividades
acadêmicas, sendo assessorados pelo Departamento de Ensino Superior - DES e,
pedagogicamente, pela Coordenação de Integração Pedagógica - COINP.

Seção V
DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

Art. 160 - A organização curricular dos cursos superiores deve contemplar


desenvolvimento
o
de conhecimentos e saberes, assegurando competências profissionais a serem articuladas
ao perfil profissional de conclusão dos profissionais, o qual define a identidade do mesmo e
caracteriza o compromisso ético do IFS com os seus alunos e com as demandas sóciolaborais
em consonância com os projetos de desenvolvimento local e regional. (NR)
§ 1º - A organização curricular dos cursos de graduação tecnológica compreenderá as
competências profissionais tecnológicas gerais e específicas, incluindo os fundamentos
científicos, humanísticos e éticos necessários ao desempenho profissional do graduado em
tecnologia.
§2º - A organização curricular dos cursos de licenciatura compreenderá saberes profissionais,
abrangendo dimensões especificas da área de formação e técnico-pedagógicas incluindo os
fundamentos científicos, humanísticos e éticos necessários ao desempenho da docência.
§ 3º Deverão também ser estimuladas atividades complementares, tais como trabalhos de
iniciação científica, projetos multidisciplinares, visitas teóricas, trabalhos em equipe,
desenvolvimento de protótipos, monitorias, participação em empresas juniores e outras atividades
empreendedoras.

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§ 4º - A organização curricular dos cursos de graduação em engenharia deve demonstrar
claramente como o conjunto das atividades previstas garantirá o perfil desejado de seu egresso
e o desenvolvimento dos conhecimentos e competências profissionais esperados. Com ênfase
na necessidade de reduzir o tempo em sala de aula, favorecendo o trabalho individual e em
grupo dos estudantes. A proposta curricular deverá assegurar trabalhos de síntese e integração
dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso, sendo que, pelo menos, um deles deverá se
constituir em atividade obrigatória como requisito para a graduação.
I - Independente da modalidade a ser ofertada, um curso de engenharia deve possuir em
seu currículo um núcleo de conteúdos básicos, um núcleo de conteúdos profissionalizantes
e um núcleo de Conteúdos específicos que caracterizem a modalidade. O núcleo de
conteúdos básicos, cerca de 30% da carga horária mínima.
II - O núcleo de conteúdos específicos se constitui em extensões e aprofundamentos dos
conteúdos do núcleo de conteúdos profissionalizantes, bem como de outros conteúdos
destinados a caracterizar modalidades. Tais conteúdos, consubstanciando o restante da
carga horária total, serão propostos exclusivamente pelo IFS. Constituem-se em
conhecimentos científicos, tecnológicos e instrumentais necessários para a definição
das modalidades de engenharia.
III - Ainda na formação do engenheiro será incluída, como etapa integrante da graduação,
estágios curriculares obrigatórios sob supervisão direta da instituição de ensino, através
de relatórios técnicos e acompanhamento individualizado durante o período de realização
da atividade. A carga horária mínima do estágio curricular deverá atingir 160 (cento e
sessenta) horas.
Art. 161 - O aluno dos cursos superiores terá, como prazo máximo para integralizar todos
os componentes curriculares, o tempo previsto no projeto de curso, acrescido de 50%
(cinquenta por cento).
§ 1º Caso o prazo estipulado no caput deste artigo não corresponda a um número inteiro
de semestres, será feito o arredondamento para o inteiro mais próximo que lhe seja superior.
§ 2º No prazo máximo previsto no caput deste artigo inclui-se o tempo de realização do
estágio curricular.

Seção VI
DO REGIME ESCOLAR

Art. 162 - O semestre letivo, independente do semestre civil, corresponde a um mínimo de


100 (cem) dias efetivos de aulas e atividades escolares, dividido em 2 (dois) bimestres,
excluído o tempo reservado para provas finais, quando houver.

Seção VII
DO ACESSO, DA MATRÍCULA, DO TRANCAMENTO
E DE MUDANÇAS DE TURNO e CURSO

Art. 163 - O acesso aos cursos superiores do IFS será realizado através de processo
seletivo ou por transferência.
Parágrafo Único. O processo seletivo previsto no caput deste artigo será de
responsabilidade da GEAC e ocorrerá sempre que o número de candidatos inscritos for maior
que o de vagas ofertadas para os cursos.
Art. 164 - O número de vagas ofertadas no processo seletivo dos cursos superiores será
estabelecido pelo Departamento de Desenvolvimento de Ensino-DDE, ouvidas as Coordenadorias
dos cursos, levando em consideração as reservas das vagas dos alunos reprovados, as
reaberturas de matrículas e considerando as tendências do mundo do trabalho.
Art. 165 - O IFS poderá reservar vagas para serem distribuídas através de Convênios

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com empresas e órgãos governamentais, sendo neste caso aplicado um processo de
classificação específico.
Art. 166 - Os candidatos aprovados através de uma das formas de admissão aos cursos
superiores farão sua matrícula no IFS, nas datas estabelecidas pelo Calendário de Atividades
Acadêmicas mediante apresentação dos documentos exigidos em Edital.
Art. 167 - Será nula a matrícula simultânea em um curso superior de graduação e um curso
técnico de nível médio ofertados pelo IFS. (NR)
Art. 168 - Será nula, de pleno direito, sem qualquer responsabilidade para o IFS, a matrícula
que se fizer com documentos falsos ou adulterados, sendo o responsável passível das penas
que a lei determinar.
Art. 169 - O aluno só poderá requerer o trancamento de matrícula após haver concluído o
primeiro módulo ou período do curso, respeitando-se o prazo máximo de 30 (trinta) dias após o
início do semestre letivo, estabelecido no Calendário
Acadêmico.
Art. 170 - Será concedido o trancamento de matrícula em qualquer época do ano, ao aluno
que estiver inserido nos seguintes casos:
I – doença comprovada por atestado médico e com parecer do Setor Médico do IFS;
II – prestação de serviço militar, comprovada por declaração de incorporação;
III – licença gestação e/ou maternidade com parecer do Setor Médico do IFS.
IV – casos especiais que requeiram análise da DDE, setores de Psicologia, Assistência
Social e COINP. (NR)
Art. 171 - Será considerado desistente, sem direito à renovação de matrícula, o aluno que
não frequentar as aulas de todas as disciplinas que compõem um módulo/período/série, ou a
denominação do projeto de curso, por um período superior a 15 (quinze) dias letivos
consecutivos sem apresentar justificativa legal.
Art. 172 - O aluno matriculado nos cursos superiores do IFS poderá solicitar mudança de
turno nos casos previstos neste Regulamento e a mudança estará condicionada à disponibilidade
de vagas. (NR)
Art. 173 - O aluno que tiver matrícula em um dos cursos superiores que desejar a mudança
de curso deverá submeter-se a novo processo seletivo.
Seção VIII
DA TRANSFERÊNCIA, DO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

Art. 174 - A transferência do aluno matriculado no IFS para outra instituição poderá ser
concedida, em qualquer época, mediante requerimento do interessado ou responsável, caso
seja menor de 18 anos ou por iniciativa do próprio IFS.
Art. 175 - A transferência de aluno de outra instituição de ensino superior para o IFS
poderá ocorrer de forma compulsória ou facultativa.
Art. 176 - A transferência em caráter compulsório, caracterizada pela continuidade de
estudos, poderá ser solicitada em qualquer época do ano quando estiver respaldada por lei.
Art. 177 - A transferência facultativa de alunos de outra instituição de ensino superior
congênere, nacional ou estrangeira, para os cursos superiores do IFS, requerida nos prazos
estabelecidos no Cronograma de Atividades Acadêmicas, será condicionada a:
a) existência de vaga;
b) correlação de estudos entre as matrizes curriculares do estabelecimento de origem
e do curso pretendido;
c) adaptações curriculares necessárias;
d) aceitação das normas didático-pedagógicas e disciplinares do IFS.
Art. 178 - Deverá ser publicado, pela Reitoria do IFS, num prazo de 30 (trinta) dias antes
da data estabelecida pelo Cronograma de Atividades Acadêmicas para o recebimento de
transferências facultativas, Edital contendo número de vagas, documentação necessária para
inscrição e critérios de seleção.

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Art. 179 - O requerimento de transferência facultativa deverá ser entregue à Coordenadoria
de Registro Escolar – CRE que autenticará a documentação, quando não se tratar de cópia
autenticada, e devolverá os originais ao candidato, sem que isso implique deferimento do
pedido (NR).
Art. 180 - Para requerer o aproveitamento de estudos, o aluno deverá ter cursado módulo
ou disciplina, em outra instituição de ensino, no prazo de até 05 anos da data do requerimento
e apresentar o plano de curso da instituição de origem e histórico escolar para a compatibilização
de carga horária e dos saberes, conhecimentos/conteúdos estudados e requeridos.(NR)
§ 1º - A solicitação de aproveitamento de estudos deverá ser encaminhada ao Coordenador
de Curso no prazo de até 72 (setenta e duas) horas após o início do semestre/período/série/
etapa. (NR)
§ 3º - A solicitação de aproveitamento de estudos poderá ser concedida em única etapa
compreendendo a análise de equivalência de todas as disciplinas pleiteadas de acordo com a
matriz do curso. (NR)

Seção IX
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ESCOLAR

Art. 181 - A Avaliação do desempenho escolar será feita de forma processual e contínua,
verificando o desenvolvimento dos saberes, dos conhecimentos, das competências
profissionais adquiridas durante o processo ensino-aprendizagem.
§ 1º - Dentre os instrumentos e técnicas de avaliação que poderão ser utilizados, destacam
se o diálogo, a observação, a participação, as fichas de acompanhamento, os trabalhos
individuais e em grupo, os testes e as provas, as atividades práticas e a auto-avaliação.
§ 2º - O aproveitamento escolar será avaliado através de acompanhamento contínuo do
aluno por meio de estratégias, instrumentos e técnicas que possam aferir seu desempenho
nas atividades teórico-práticas.
Art. 182 - O aluno será avaliado individualmente pelo professor responsável por cada
disciplina durante todo desenvolvimento do período. (NR)
§ 1º - O resultado final da avaliação deverá ser expresso, numa escala de 0(zero) a
10(dez) com 1 (uma) casa decimal. O resultado final deverá ser informado à CRE em formulário
padrão do IFS,após validação do preenchimento adequado pelo Coordenador do Curso. (NR)
§ 2º - Para ser considerado aprovado o aluno deverá obter em cada disciplina constituinte
do período, um aproveitamento mínimo de 6,0(seis) e possuir frequência igual ou superior 75%
(setenta e cinco por cento) em cada uma das disciplinas constituintes do período.(NR)
§ 3º - O aluno que for reprovado em até 3 (três) disciplinas, que não se constituam em pré-
requisito do período subsequente, poderá cursá-las em turno oposto ao da sua matrícula
regular, desde que o IFS tenha disponibilidade de oferta regular das disciplinas em questão.
(NR)
§ 4º - O aluno que não participar da avaliação na data fixada poderá requerer 2ª chamada,
no prazo de 72 horas, em dias úteis, após aplicação da mesma, caso se enquadre em uma das
seguintes situações, comprovando-a devidamente: (NR)
a) doença que impossibilite o seu comparecimento comprovado através de atestado
médico, que deverá ser encaminhado ao Setor Médico no prazo de 72 (setenta e duas)
horas, em dias úteis; (NR)
b) falecimento de pais, irmãos, avós ou cônjuge;
c) obrigações com o serviço militar;
d) participação em concurso público oficial (municipal, estadual ou federal);
e) coincidência do horário com outras atividades, fora do campi, de natureza pedagógica,
artística ou desportiva, onde o aluno esteja representando o IFS. (NR)
Art. 183 - É facultado ao aluno requerer revisão do resultado final da avaliação obedecendo

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ao prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, em dias úteis, após sua divulgação. (NR)
Parágrafo Único. A revisão será efetuada por Comissão, indicada pela DEN após consulta ao
Colegiado de Ensino Superior, que emitirá parecer no prazo máximo de 05 dias úteis. (NR)

Seção X
DA PRÁTICA PROFISSIONAL E DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Art. 184 - A prática profissional deverá ser desenvolvida visando à construção de


competências no campo profissional durante o curso, através de atividades como estudo de
caso, conhecimentos empresariais, pesquisas, projetos e exercício profissional efetivo.
Parágrafo Único. As atividades mencionadas no caput deste artigo deverão estar previstas
nos planos de cursos, com suas respectivas cargas horárias e instrumentos de avaliação.
Art. 185 - O estágio supervisionado é o período destinado a propiciar ao aluno a
complementação do processo de aprendizagem e deverá ser planejado, executado,
acompanhado e avaliado em conformidade com os projetos de cursos.
Art. 186 - A duração e a forma de realização do estágio supervisionado, quando houver,
serão definidas nos projetos de cursos.

CAPÍTULO VII
DA COMUNIDADE ESCOLAR

Seção I
DOS DOCENTES

Art. 187 - O corpo docente do IFS é constituído por professores, devidamente qualificados,
em obediência às disposições e às normas legais.
Parágrafo Único – Ao serem admitidos nessa Instituição, através de concurso público,
redistribuição e/ou transferência e outros casos previstos na legislação vigente, os professores
receberão da Gerência de Pessoas uma cópia do Regimento Interno e deste Regulamento.

Seção II
DOS DIREITOS E DEVERES

Art. 188 - Os docentes, além dos direitos previstos e assegurados pelo RJU e legislação
educacional vigente, terão as seguintes prerrogativas:
I – requisitar, a quem de direito, todo material que julgar necessário para a execução de
suas atividades docentes, dentro das possibilidades da Instituição;
II – utilizar-se das dependências do IFS e do acervo da Biblioteca, respeitando as normas
vigentes, para exercer as suas funções;
III – sugerir mudanças, especialmente às Coordenadorias de Curso e Pedagógicas, sobre
os programas e sua execução, planos de cursos, métodos e técnicas utilizadas, bem
como adoção de livros didáticos;
IV – propor ao DDE medidas que objetivarão o aprimoramento do processo ensino
aprendizagem, da avaliação, da administração e da disciplina;
V – encaminhar aos órgãos competentes, expedientes sobre faltas dos alunos, problemas
disciplinares, de saúde e outras que estejam fora de seu alcance;
VI – valer-se dos serviços auxiliares do IFS para o melhor exercício de suas atribuições;
VII – exigir tratamento e respeito condignos com a missão de educar;
VIII – participar da elaboração e reformulação dos currículos;

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IX – requerer seu período de férias coincidente com os períodos de férias escolares desta
Instituição;
X – solicitar às Coordenadorias competentes orientação pedagógica e/ou psicológica
para os alunos que apresentem problemas de aprendizagem e/ou comportamento;
XI – participar de cursos, encontros pedagógicos, seminários de atualização,
aperfeiçoamento e especialização, promovidos ou indicados pelo IFS, objetivando sua
permanente atualização sobre mudanças no âmbito da educação.
Art. 189 - São deveres dos docentes:
I – participar da elaboração de programas, planos de cursos e atividades pertinentes a
suas atribuições;
II – executar integralmente os programas, planos de cursos de sua responsabilidade, bem
como cumprir o número de dias letivos e cargas horárias fixadas pelo IFS;
III – abordar, em seu horário de aula, assuntos da atualidade e outros de cunho educativo,
sem prejuízo do cumprimento do que está definido nos planos de Ensino do IFS;
IV – esforçar-se para obter o máximo de rendimento dos alunos;
V – cumprir e fazer cumprir fielmente os horários e calendários escolares;
VI – promover avaliações dos alunos nos prazos estabelecidos no calendário escolar,
observando o que determina o projeto de curso no qual está inserido;
VII – avaliar e criticar os exercícios, trabalhos e tarefas realizados pelos alunos;
VIII – manter os alunos informados dos resultados das avaliações devolvendo-lhes todos
os instrumentos pelos quais os mesmos tenham sido avaliados, no prazo de dez dias úteis
contados a partir do dia da aplicação dos referidos instrumentos. (NR)
IX – conscientizar os alunos de não utilizarem processos fraudulentos para a execução
de trabalhos, provas e exames;
X – tratar os alunos com dignidade e respeito, como membros atuantes do processo
ensino aprendizagem, sem discriminá-los;
XI – manter irrepreensível a conduta dentro e fora da escola, compatível com a missão de
educador;
XII – manter absoluta assiduidade nos trabalhos escolares;
XIII – manter, rigorosamente em dia, a escrituração dos instrumentos de acompanhamento
do desempenho discente nos diários de classe que deverá ser feita com a máxima
clareza, coerência, precisão e presteza;
XIV – manter e fazer com que seja mantida a disciplina em sala de aula e fora dela,
solicitando providências aos órgãos competentes, se julgar necessário alguma punição;
XV – manter conduta consoante com os objetivos do IFS;
XVI – realizar atividades inerentes ao ensino para fins de complementação do número de
aulas previsto em seu regime de trabalho;
XVII – adotar critérios para a adoção de livros didáticos e/ou outros materiais instrucionais,
de modo que, sem prejudicar a qualidade do ensino, não onere os alunos;
XVIII – comparecer e participar das atividades de caráter pedagógico, cívico e cultural,
promovidas pela Instituição;
XIX – zelar pelo bom nome do IFS dentro e fora dele;
XX – não utilizar bebidas alcoólicas e fumo nos recintos do IFS ou quando representá-lo;
XXI – comparecer ao IFS, ou em outros locais quando representá-lo, nos horários
estabelecidos para as atividades para as quais foi designado;
XXII – acatar decisões dos gestores, órgãos colegiados e demais autoridades de ensino,
respeitando os direitos legais;
XXIII – participar dos órgãos colegiados de que, por força do RJU, for membro inerente;
XXIV – atualizar-se permanentemente a fim de participar das mudanças ocorridas no
âmbito da educação e em sua área de conhecimento;
XXV – desempenhar as atribuições e competências determinadas pelo RJU;

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XXVI – comparecer assiduamente às reuniões previstas para sua área ou curso, definidas
em seu horário escolar;
XXVII – zelar pelos bens do IFS, que estejam ou não sob sua responsabilidade;
XXVIII – oferecer assistência aos alunos que estejam com dificuldades em assimilar os
conteúdos ministrados em sala de aula, respeitando o limite da sua carga horária;
XXIX – indenizar os prejuízos (físico, moral e financeiro) quando, intencionalmente,
produzirem danos à Instituição ou a objetos de propriedade de alunos e servidores;
XXX – participar dos Conselhos de Classe das séries ou períodos nos quais estiver
atuando;
XXXI – observar os princípios da ética, moralidade e idoneidade em todos os seus atos;
XXXII – realizar o lançamento dos registros acadêmicos (notas, frequência e conteúdos)
através do sistema acadêmico, conforme cronograma definido e emitido pelos Gerentes
de Ensino, com base no Calendário Acadêmico do IFS.(NR)

Seção IV
DOS DISCENTES

Art. 190 - O corpo discente do IFS é constituído de alunos matriculados em seus diversos
cursos.

Seção V
DOS DIREITOS E DEVERES DO CORPO DISCENTE

Art. 191 - É assegurado aos alunos o direito de:


I – participar das atividades sociais, cívicas, culturais e recreativas destinadas à sua
formação, promovidas pelo IFS;
II – apresentar sugestões à direção do IFS ou outros órgãos, visando à melhoria do
processo ensino-aprendizagem;
III – representar com substância, em termos e por escrito, contra atitudes, omissões ou
deficiências de professores, servidores e serviços da escola;
IV – utilizar-se da biblioteca, nos termos de seu regulamento e normas próprios;
V – utilizar-se das instalações, transportes e dependências do IFS que lhe forem
necessárias na forma e nos horários a eles reservados;
VI – filiar-se às instituições estudantis do IFS;
VII – tomar conhecimento dos boletins contendo seu desempenho e freqüência nos prazos
estabelecidos;
VIII – requerer cancelamento, trancamento da matrícula ou transferência, quando for de
maior idade, ou através de seu responsável;
IX – ter conhecimento do projeto pedagógico de seu curso e ter acesso aos planos de
ensino das disciplinas,através dos seus professores e ou orientadores pedagógicos;
X – requerer revisão das avaliações conforme prazos estabelecidos neste regulamento.
Art. 192 - São deveres do discente:
I – participar do processo de aprendizagem;
II – acatar e cumprir os preceitos da Organização Didática; (NR)
III – frequentar com assiduidade as aulas, avaliações e as demais atividades acadêmicas;
IV – manter boa conduta, zelando pelo nome da Instituição, dentro e fora dela;
V – cumprir as determinações da Direção Geral e dos servidores;
VI – observar os preceitos de higiene pessoal e ambiental;
VII – tratar com urbanidade e respeito os Gestores, Servidores e Colegas;
VIII – zelar pela limpeza e conservação das instalações, dependências, materiais, móveis,
utensílios e maquinários, ressarcindo o IFS do prejuízo que causar;

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IX – não incitar os colegas a participarem de atos de rebeldia coletivos;
X – esforçar-se para utilizar todo o material didático recomendado;
XI – usar uniforme oficial e portar documentos de identificação exigidos pelo IFS;
XII – não ingerir bebidas alcoólicas e/ou fumar no interior do IFS ou quando representá-lo;
XIV – não praticar ”jogos de azar” nas dependências do IFS;
XV – não se ausentar da sala de aula ou da avaliação, individual ou coletivamente, sem
autorização do docente;
XVI – não permanecer em sala de aula ou corredores do IFS quando for dispensado pelo
professor ou pelo Setor Médico, por motivo de saúde e/ou má conduta, devendo, no
entanto, ir a um local compatível com sua condição (sala de espera do Setor Médico,
COINP, residência, hospital...);(NR)
XVII – guardar silêncio nas proximidades das salas de aula, laboratórios, bibliotecas e
demais dependências do IFS;
XVIII – indenizar os prejuízos, quando intencionalmente causar danos (físico, moral ou
financeiro) ao estabelecimento, ou a objetos de propriedades de colegas, professores ou
servidores;
XIX – não utilizar, em sala de aula, aparelhos eletrônicos (aparelho celular, rádio, toca-fitas
ou similares), que não sejam indicados pelo professor;
XX – ao ser convidado pelo professor a se retirar da sala de aula por atitudes incompatíveis
com o ambiente educacional, deverá o aluno dirigir-se à COINP para notificar o ocorrido.(NR)
XXII – evitar namoro acompanhado de carícias incompatíveis com um ambiente institucional;
XXIII - observar os princípios da ética, moralidade e idoneidade em todos os seus atos;
§ 1º - O não cumprimento dos deveres, além das orientações e recomendações
psicopedagógicas necessárias ao processo educativo dos discentes, implicará aplicação das
penalidades que constam nesta Organização Didática;

CAPÍTULO VIII
DO SISTEMA DISCIPLINAR

Seção I
DAS FINALIDADES

Art. 193 - O sistema disciplinar, aplicável aos docentes, administrativos e discentes terá a
finalidade de contribuir com a formação do educando, o bom funcionamento dos trabalhos
escolares, o entrosamento dos vários serviços, o cumprimento efetivo do Regimento Interno e
a obtenção dos objetivos nele previstos.

Seção II
DAS PENALIDADES
DOS DOCENTES

Art. 194 - As penalidades a serem aplicadas aos docentes são preceituadas nas legislações
vigentes.
§ 1º - Aos docentes, conforme a gravidade ou reiteração das faltas disciplinares, serão
aplicadas as seguintes penalidades:
a) advertência verbal;
b) advertência escrita;
c) suspensão;
d) destituição de cargo em comissão ou direção;
e) destituição de função comissionada;
f) demissão.

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§ 2º - As penas impostas por esta Organização Didática não isentam o docente das
demais cominações legais.
Art. 195 - O docente que se ausentar ou não comparecer às aulas terá seus vencimentos
descontados, proporcionalmente às aulas ausentadas, conforme o que determina a legislação
em vigor;
§ 1º - o docente deverá repor a aula imediatamente depois de ocorrida a falta,
preferencialmente, em horário oposto ao normal através do preenchimento de instrumento
próprio fornecido pela Coordenação de Controle Discente e Docente;
§ 2º - a não punição dos docentes pelos setores responsáveis pela fiscalização da
frequência e desconto da mesma, implicará abertura de inquérito administrativo.

DOS DISCENTES

Art. 196 - Aos alunos, conforme gravidade ou reiteração das infrações, serão aplicadas
as seguintes penalidades:
a) advertência verbal;
b) advertência escrita;
c) suspensão individual ou coletiva;
d) ressarcimento ou prestação de serviço à comunidade escolar;
e) transferência ex-ofício;
§ 1º - a advertência verbal deverá ser aplicada pelos professores, orientadores,
coordenadores ou gerentes após ouvir as partes envolvidas.
§ 2º - a advertência escrita será aplicada pelo DDE, após ouvir as coordenadorias
Pedagógica e de Curso envolvidas;
§ 3º - a solicitação de suspensão individual ou coletiva deverá ser encaminhada pelo DDE
e será aplicada pelo Diretor Geral do Campus, através de portaria, respaldada nas informações
emanadas dos setores envolvidos.
§ 4º - a transferência ex-ofício será expedida pela Reitoria do IFS, ouvido o Conselho
Superior;
§ 5º - o ressarcimento será aplicado nas infrações em que seja danificado, intencionalmente,
o patrimônio do IFS, de colegas ou de servidores;
§ 6º - constatando a carência financeira do aluno que provocou o dano material na
condição retrocitada, esse prestará serviços à comunidade escolar como forma de
ressarcimento;
§ 7º - caso não haja o ressarcimento, pelo aluno ou pelo seu responsável, no período de
30(trinta) dias, o aluno poderá receber transferência compulsória;
§ 8º - quando a infração disciplinar constituir igualmente delito sujeito à ação penal, o IFS
diligenciará a remessa de cópias autenticadas do inquérito que a ensejou à autoridade
competente.
Art. 197 - Serão vedadas as sanções e penalidades que atentarem contra a dignidade
pessoal, contra a saúde física e mental ou que prejudicarem o processo formativo do aluno,
exceto das previstas nesta Organização Didática, após análise dos setores competentes.
Art. 198 - O período de reconsideração de medida disciplinar deverá ser encaminhado
pelo aluno à Direção Geral do Campus, respeitando o prazo de 72 horas.
Art. 199 - A Coordenadoria de Registro Escolar será informada pela Gerência de Apoio ao
Ensino ou Gerências de Ensino das penalidades aplicadas aos alunos para os devidos registros.

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CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Seção I
DO CALENDÁRIO ACADÊMICO

Art. 214 - O calendário Acadêmico do IFS, elaborado pelas Gerências de Ensino, em


consenso com os Diretores Gerais dos Campi,submetido a apreciação da Pró-reitoria de Ensino
e homologado pelo Reitor deste Instituto Federal, esse Calendário será referência para todas
as modalidades e níveis de ensino desta Instituição e conterá, no mínimo:
a) previsão de dias letivos, feriados, recessos escolares;
b) início e término do período letivo;
c) previsão das reuniões do Conselho de Classe;
d) distribuição de dias letivos por bimestre.

Seção II
DA PESQUISA, PRODUÇÃO E EXTENSÃO.

Art. 215 - O IFS estimulará a pesquisa e a produção tecnológica aplicada, contribuindo


para ampliar a sua função social, através da geração de conhecimentos científicos e tecnológicos
e atividades criadoras comprometidas com o desenvolvimento dos arranjos produtivos locais.
Art. 216 - O IFS promoverá atividades de extensão, através de cursos, prestação de
serviços, objetivando a atualização e ampliação de competências de alunos, ex-alunos,
servidores, profissionais em geral e de outras pessoas da comunidade.
Art. 217 - A Instituição incentivará a pesquisa, a produção e a extensão, utilizando os
meios disponíveis que estiverem ao seu alcance e alocará recursos específicos para esse fim.
Art. 218 - A realização das atividades de pesquisa, produção e extensão obedecerão a
uma programação geral, elaborada pelo IFS, contendo linhas prioritárias de pesquisas que
atendam à consecução dos objetivos institucionais, voltados para o cumprimento da função
social do IFS.
Parágrafo Único. Desde que seja atendida a programação geral da Instituição, poderão
ser aprovadas outras iniciativas das várias áreas de conhecimentos, bem como de outros
integrantes da comunidade escolar.

Seção III
DA VIGÊNCIA E APROVAÇÃO DESTA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA

Art. 219 - Este Regulamento da Organização Didática poderá ser reformulado, quando se
fizer necessário, mediante proposições emanadas de questionamentos e sugestões feitas por
professores, representantes de alunos, órgãos colegiados e orientadores pedagógicos, as
quais serão submetidas à Pró-reitoria de Ensino que encaminhará a proposta para homologação
pelo Conselho Superior do IFS.
Art. 220 - Para operacionalização deste Regulamento da Organização Didática, o IFS
deverá elaborar normativas que atendam às especificidades dos seus campi, as quais deverão
respaldar-se neste Regulamento.
Art. 221 - Os casos omissos serão resolvidos pelas Direções Gerais dos campi, juntamente
com a sua equipe de Ensino.
Art. 222 - A presente Organização Didática entrará em vigor na data de sua aprovação.

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CALENDÁRIO ACADÊMICO - ANO LETIVO 2009

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