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Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL

Integral definido

1) Definição do integral definido.

b n

∫ f ( x)dx = lim ∑ f (u i )∆xi , ∆xi = xi − xi −1 , u i ∈ ( xi −1 , xi ) .


a n →∞ i =1
∆xi →0

2) Funções integráveis.

► A função f (x) continua em [ a, b ] é integrável em [ a, b ].


► A função elementar f (x) é integrável em [ a, b ] ⊂ D f .

► A função f (x) com um número finito de pontos de descontinuidade de 1a espécie


em [ a, b ] é integrável em [ a, b ].

► A função f (x) monótona em [ a, b ] é integrável em [ a, b ].

3) Propriedades do integral definido.

a
► ∫ f ( x)dx = 0 ;
a

b a
► ∫ f ( x)dx = −∫ f ( x)dx ;
a b

► Se f (x) e g (x) são integráveis em [ a, b ] e α , β ∈ R , então a função


α ⋅ f ( x) + β ⋅ g ( x) é integrável em [ a, b ] e

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b b b

∫ [ α ⋅ f ( x) + β ⋅ g ( x) ]dx = α ∫ f ( x) dx + β ∫ g ( x) dx ;
a a a

► Se f (x) é integrável em [ a, b ], então a função f (x) é integrável em [ a, b ] e

b b


a
f ( x)dx ≤ ∫ f ( x) dx , a < b ;
a

► Se f ( x) e g ( x) são integráveis em [ a, b ], então a função f ( x) ⋅ g ( x) é integrável


em [ a, b ] ;

► Se f ( x) é integrável em [ a, b ], então ela é integrável em [c, d ] ⊂ [ a, b ] ;

► Se f ( x) é integrável em [ a, c ] e [ c, b ] , então ela é integrável em [ a, b ] e

c b b


a
f ( x)dx + ∫ f ( x)dx = ∫ f ( x)dx ;
c a

b
► Se f ( x) é integrável em [ a, b ] e f ( x) ≥ 0 , então ∫ f ( x)dx ≥ 0 , a < b;
a

► Se f ( x) e g ( x) são integráveis em [ a, b ] e f ( x) ≥ g ( x) ∀x ∈ [ a, b ] , então


b b


a
f ( x)dx ≥ ∫ g ( x)dx , a < b ;
a

4) Teorema do valor médio.

► Sejam:
a) f ( x) integrável e continua em [ a, b ],
b) g ( x) integrável em [ a, b ],
c) g ( x) ≥ 0 (ou g ( x) ≤ 0 ) ∀x ∈ [ a, b ] ,
então ∃ λ ∈ [ a, b ] tal que

b b

∫ f ( x) ⋅ g ( x)dx = f (λ )∫ g ( x)dx .
a a

Corolário: Se g ( x) = 1 , então
b

∫ f ( x)dx = f (λ )(b − a) .
a

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b
f ( x)dx chama-se valor médio da função f ( x) em [ a, b ].
1
O valor f (λ ) =
b − a ∫a

5) Teorema fundamental do calculo integral.

b
Seja f ( x) integrável em [ a, b ]. Porque no integral ∫ f ( x)dx a variável de
a
x
integração é muda para qualquer x ∈ [ a, b ] consideremos F ( x) = ∫ f (t )dt .
a
x
► Se f ( x) é integrável em [ a, b ], então a função F ( x) = ∫ f (t )dt é continua em
a

[ a, b ].
x
► Se f ( x) é continua em [ a, b ], então a função F ( x) = ∫ f (t )dt é derivável em
a

[ a, b ] e

x 
F ′( x) =  ∫ f (t )dt  = f ( x) .
a 
Daqui concluímos que qualquer função continua em [ a, b ] admite primitiva em
x
[ a, b ] e uma das primitivas é a função F ( x) = ∫ f (t )dt .
a

6) Regra de Barrow.

► Se f ( x) é continua em [ a, b ] e F ( x) é uma primitiva de f ( x) então:

∫ f ( x)dx = F (b) − F (a) .


a

b( x)

► Com F ( x) = ∫ f (t )dt e f (t ) continua em [ a( x), b( x) ] tem-se:


a( x)


 b( x)  ′
F ′( x) =  ∫ f (t )dt  = [F (b( x)) − F (a ( x))] = F ′(b( x)) ⋅ b ′( x) − F ′(a ( x)) ⋅ a ′( x) =
 
 a( x) 
= f (b( x)) ⋅ b ′( x) − f (a ( x)) ⋅ a ′( x) .

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7) Integração por partes.

► Se u = u ( x) e v = v( x) têm derivadas continuas no segmento [ a, b ], então


b b

∫ u ( x) ⋅ v′( x)dx = (u( x) ⋅ v( x)) − ∫ u ′( x) ⋅ v( x)dx ,


b
a
a a
isto é,
b b

∫ u( x)dv( x) = (u ( x) ⋅ v( x)) − ∫ v( x)du ( x) .


b
a
a a

8) Integração por substituição.

► Se a função f ( x) é continua em [ a, b ] e a função g (t ) : [ α , β ] → [ a, b ] tem


derivada continua em [ α , β ] e g (α ) = a, g ( β ) = b então

b β β

∫ f ( x)dx = α∫ f ( g (t )) ⋅ g ′(t )dt = ∫ f ( g (t )) dg (t ) .


a α

9) Aplicações do integral definido.

a) A área duma região plana.

► Se f ( x) e g ( x) são integráveis em [ a, b ] e
A = {( x, y ) ∈ Oxy : a ≤ x ≤ b ∧ g ( x) ≤ y ≤ f ( x) },
então
b
S = ∫ [ f ( x) − g ( x)] dx .
a

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b) Comprimento duma linha no plano.

► Se AB é um arco da linha plana dada por y = f ( x) com x ∈ [ a, b ] e f ( x)


continua em [ a, b ], então o comprimento l do arco é:
b
l = ∫ 1 + [ f ′( x)] dx .
2

► Se AB é um arco da linha plana dada por x = g ( y ) com y ∈ [ c, d ] e g ( y)


continua em [ c, d ] , então o comprimento l do arco é:

d
l = ∫ 1 + [g ′( y )] dy .
2

c) Volume do sólido de revolução em torno do eixo O x .

► Com f ( x) ≥ g ( x) ≥ 0 e x ∈ [ a, b ] tem-se:

[ ]
b
V = π ⋅ ∫ f 2 ( x) − g 2 ( x) dx .
a

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d) Volume do sólido de revolução em torno do eixo O y .

► Com ϕ ( y ) ≥ ψ ( y ) ≥ 0 e y ∈ [ c, d ] tem-se:

[ ]
d
V = π ⋅ ∫ ϕ 2 ( y ) − ψ 2 ( y ) dy .
c

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