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1ª.

EDIÇÃO

Distribuidor:
INSTITUTO PIETRO UBALDI — Av. Rui Barbosa, 1.061
Campos dos Goytacazes, RJ — 28.015-520 — Telefax (22) 2722-2266
PALAVRA DE SUA VOZ
Por que esse título para uma obra de profunda reflexão?
A Lei escolheu Pietro Ubaldi para ser o mensageiro de Sua Voz. Tudo
começou no Natal de 1931, quando a Mensagem do Natal lhe foi ditada. Pelas
vibrações e pelo conteúdo, Pietro Ubaldi reconheceu a origem da Mensagem que
lhe chegava às mãos e a fonte que a transmitia, não através da razão, mas da
intuição. Da mesma fonte recebeu mais seis MENSAGENS e a A Grande Síntese. A
presença de Sua Voz se tornou constante e familiar. Sustentou-o a vida inteira,
sempre encorajando-o ao cumprimento da missão. Vieram os demais livros, escritos
na Itália, até Deus e Universo. A missão continuou aqui no Brasil até Cristo, o
último, 24º volume. Do Natal de 1931 até o Natal de 1971, foram 40 anos
ininterruptos de vida missionária.
As duas vontades (Pietro Ubaldi e Sua Voz) se interpenetram, numa
verdadeira simbiose. Há momentos que fala Sua Voz, há outros que Pietro Ubaldi
se pronuncia, não importa, a fonte é sempre a mesma. Daí a origem do título:
PALAVRA DE SUA VOZ  Reflexões sobre a Obra de Pietro Ubaldi.
Este livro foi compilado para nossas reflexões diárias, a fim de nos
voltarmos, também, para os problemas do espírito que está ansioso para ascender a
planos mais altos. Cada página tem, pelo menos, um pensamento que tocará na
alma de quem for ao seu encontro. Servirá, também, para pesquisas e conferências.
Assim, é um bálsamo de conforto espiritual para quem estiver em aflição, é um
manancial de sabedoria para o pesquisador que busca novas aprendizagens no
campo do conhecimento humano e divino, é um roteiro seguro para o conferencista
preparar suas alocuções ou fazer citações nos temas abordados.
Este volume teve origem na monumental Obra de Pietro Ubaldi. Muitos,
durante tantos anos, sentiram a necessidade de um roteiro que pudesse encontrar,
com facilidade, determinada reflexão sobre amor, alma, consciência, criação,
Cristo, ciência, destino, determinismo, Deus, dor, egoísmo, espírito, ética, evolução,
Franciscanismo, humanidade, imortalidade, indivíduo, inferno, inteligência, justiça,
Lei de Deus, liberdade, medicina, misticismo, monismo, moral, natureza, paraíso,
pobreza, progresso, propriedade, reencarnação, religião, sexo, universo, verdade,
vida e tantos outros assuntos de palpitante interesse, que estão à disposição do
leitor.
Para achar a origem de cada reflexão, basta ir no final deste volume com o
número da página, lá se encontra nesta ordem:
Número da página (1ª coluna), número da reflexão (2ª coluna) e número do
livro, do capítulo e do parágrafo (3ª coluna), aos quais ela pertence.
Muitos companheiros colaboraram para que Palavra de Sua Voz viesse a
lume, foi uma equipe que trabalhou na seleção dos pensamentos e na revisão deste
livro. Queremos enriquecê-lo ainda mais nas próximas edições, por isto aceitamos
mais sugestões.
Para uma obra de profundo contéudo espiritual ser publicada, é preciso a
colaboração de um punhado de pessoas que no anonimato trabalham sem qualquer
tipo de recompensa, são os altruístas que se sacrificam pelo ideal, evoluem e
ajudam a humanidade a evoluir.
O Instituto Pietro Ubaldi sabe que existe um grande número de
colaboradores preocupados com a divulgação da Obra de seu patrono. Estão
espalhados em toda parte, executando a importante tarefa de levantar bem alto a
tocha da sabedoria, do amor e da verdade que ela nos revela.
Quanto esforço e sacrifício na organização e realização dos Congressos!
Participamos, adimiramos, deleitamo-nos e nos curvamos diante de tantas
revelações. Isto é bom e faz bem a alma, todavia, às vezes, nem conhecemos os
responsáveis pelo sucesso do evento. Eles são os trabalhadores anônimos.
Existem neste imenso país grupos estudando a Obra sem qualquer tipo de
sectarismo ou proselitismo, ao contrário, estão aplicando os dois princípios
fundamentais da Obra: imparcialidade e universalidade. Estes grupos também
vivem no anonimato e estão se enriquecendo espiritualmente e distribuindo a luz
aos demais companheiros.
A todos, indistintamente, O Instituto Pietro Ubaldi rende o maior preito de
imensa gratidão.
Campos dos Goytacazes, 18 de agosto de 2001.

Coordenadoria
A
A Grande Síntese - A Grande Síntese poderá também parecer-vos uma
viagem do espírito; é verdadeiramente a grande viagem da alma que regressa
ao seu Princípio; da criatura que regressa a Seu Criador.
Esta obra é uma epopéia da evolução do ser, desde o reino mineral, vegetal, animal, até o
reino hominal e o super-humano.

Absoluto - Se o nosso relativismo nos nega a concepção do absoluto, e se o


nosso antropomorfismo não pode alcançá-lo, nem por isso deixa de existir.
O relativo está contido no absoluto e não o contrário. Deus é absoluto e nós somos
relativos. Só existimos porque Deus nos criou, daí o nosso relativismo.

Adiantados - A função dos mais adiantados é a de levar para a frente,


consigo, os que estão mais atrás. Esta é a Lei. Não se pode subir sozinho e
egoisticamente.

Agressividade - O espírito de agressividade é a primeira coisa que deve


desaparecer em quem procura superar o nível animal-humano.

Alegria - A alegria do gênio é criar.


A maior ALEGRIA das almas eleitas reside precisamente no contato com
Deus, na suprema embriaguez de harmonização, na fusão completa com Ele.

Alma - A alma é independente do corpo e pode assumir diversos corpos


segundo o seu grau evolutivo.
É a lei da reencarnação. A Evolução da forma (corpo) acompanha a da substância (a alma).

A ALMA, como Deus, não se demonstra; é sentida e é alcançada dentro de nós


mesmos por intuição.
A nossa ascensão espiritual, pouco a pouco vai desenvolvendo em nós esta nova
capacidade, a intuição, que amplia a concepção de Deus e de Sua criação.
A Lei não cuida da conservação do fruto material, porque é o fruto espiritual
que tem valor, e este fica gravado na ALMA de quem realizou o trabalho.
A lei de Deus é do Sistema e o fruto material é do Anti-Sistema. O fruto espiritual é eterno,
o outro transitório.

ALMAS, almas eu peço. Para conquistá-las vim das profundezas do infinito.

Há na ALMA humana uma necessidade instintiva de melhoramento.

Minha ALMA é uma chama que arde na noite.


Quanto mais a alma se avizinha de Deus, mais se inflama com a luz divina.

Não há que fugir: se a ALMA foi criada no momento do nascimento, deve


terminar com a morte. Se não termina com a morte, deve preexistir ao
nascimento.
Isso mostra que a alma é eterna. É um vai e vem de um mundo para o outro, até o seu
retorno definitivo ao Sistema, a Deus.

O despertar de uma ALMA imersa na carne, embora seja ela forte, não pode
ser instantâneo.
O despertar leva à evolução e esta não dá salto.

O grito vindo do fundo da ALMA, trágico e profundo, não pode mentir.


Mentimos aos outros, temos a ilusão de mentir a Deus, mas nos momentos difíceis, a verdade brota em nós e
não temos coragem de mentir a nós mesmos.

Quando é atingida a sintonização e completada a unificação, a verdade então


se torna um cântico divino, uma harmonia suprema, um incêndio de amor em
que a ALMA já não se sente distinta dos demais seres.
É a unificação com Deus e com Sua criação.

Quantas ALMAS agonizam, asfixiadas pelo materialismo moderno!


O mundo material nos acorrenta a vida inteira. Por fim, observamos que fomos bons
materialistas e pobres de espiritualidade, aí nos pergutamos: o que semeamos para a vida
eterna?

Se é verdade que estamos imersos nas necessidades férreas do contingente, é também


verdade que, no fundo da ALMA humana, há um irrefreável e insaciável anseio de subida.
A alma humana tem anseio de subir material e espiritualmente, porque nascemos para
evoluir e ter o encontro com o Divino.
O paraíso não é um lugar, mas um estado d’ALMA.
O Cristo nos garantiu que o céu está dentro de nós mesmos. Se vivemos um dia
sintonizado com a Lei, em paz com a nossa consciência, este é o paraíso que Cristo nos
prometeu.

Alto - Construir, construir, cada vez mais alto.

Amar - Amar espiritual e altruisticamente a Deus e em Deus o próximo, é


muito diverso de amar sexual e egoisticamente a um semelhante.

Nasci sensitivo, tendo no coração, por instinto, o Evangelho; nasci para AMAR
e perdoar.
Todos nós que convivemos com Pietro Ubaldi somos testemunhas desse seu propósito de
vida.

Amor - À medida que o ser evolui, o seu amor se torna cada vez mais
espiritual.
O Amor vai se transformando, ao longo da evolução, desde o amor egoísta, familiar,
nacional, humanidade, altruísta até a unificação com Deus.

A tremenda luta humana e animal se desarma comple-tamente diante da força


luminosa do AMOR.

Acorrei, criaturas irmãs! Vinde alegrar-vos comigo; ajudai-me a cantar o


cântico do divino AMOR!

AMOR, impulso fundamental da vida, força de coesão que rege o universo,


potência divina de eterna recons-trução! Encontrá-lo-emos em toda parte
sempre in-destrutível, em formas infinitas, em todos os níveis do ser.

Através do AMOR realiza-se o mistério da unificação.


Com Deus e com Sua criação.

Compreendamos bem, AMOR com A maiúsculo, o amor universal, que


caminha da forma sexual à mística até atingir Deus.

Compreendei o milagre. Eu estava encerrado num castelo de dor e o castelo


desmoronou-se. Eu era cego e agora enxergo. Era surdo e agora ouço. Meu
coração estava comprimido em mordaça de ferro e a mordaça despedaçou-se.
Estava imerso num mar de gelo e agora me acho envolto num incêndio de
AMOR.
Esse é o estado de alma, quando o ser realiza o mistério da unificação com o Todo.

Cristo veio à Terra a fim de sacrificar-se por AMOR. A Sua paixão é toda um
mistério de Amor.
Para penetrar nesse mistério, é preciso olhar a paixão de Cristo com os olhos do espírito,
usar o referencial a Lei de Deus.

Deus é AMOR e cria no amor, em qualquer nível, desde o amor da carne,


quando compreendido com pureza, elevando-se sempre, até ao amor do
espírito.

Elevai-vos em AMOR, como deveis elevar-vos em todas as coisas, se quereis


encontrar profundas alegrias.

Enquanto o egoísmo contrai e disseca, o AMOR dilata e cria.

Foi por AMOR que Deus quis a criatura egocêntrica, feita à Sua imagem e
semelhança, co-partícipe das Suas próprias qualidades. Foi por amor que Deus
quis a criatura livre, a fim de que ela livremente compreendesse e retribuisse
esse amor.
Não podemos confundir o egocentrismo altruísta, qualidade positiva inerente ao ser no
momento da sua criação, com o egocentrismo egoísta que a própria criatura criou para si,
com seu afastamento do Sistema, de Deus.

Gerar é uma coisa séria, que leva a consequências graves e duradouras e não
se pode fazer AMOR levianamente.
Aqui entra o planejamento familiar. Gerar com responsabilidade, compromisso com a
evolução dos filhos.

No alto, como ponto limite da evolução humana, está o AMOR divino.

O AMOR é a estrada mestra para chegar a Deus.

O AMOR é uma função fundamental do ser, necessária à conservação da


espécie, meio indispensável para os indivíduos poderem reencarnar, voltando
e tornando a voltar à Terra, afim de adquirir experiências e evoluir para os
supremos objetivos da vida.
O AMOR evolve do egoísmo para o altruísmo, em vastidão, profundidade,
poder e alegria.

O dia em que se compreender o Evangelho, se compreenderá o AMOR ao


próximo.

Por AMOR se entende espírito de sacrifício, bondade, sentimento, paciência,


religiosidade, altruísmo, desinteresse, intuição etc.

Só o AMOR feito de alma pode sobreviver à morte do corpo.

Uma grande atração governa o universo por inteiro: AMOR.

Animal - A Lei da luta para seleção do mais forte serviu até agora para o
animal e para o homem-animal.
Esse tipo de seleção, em tempos recuados e ainda no terceiro milênio, tende a desaparecer
com o progresso da humanidade.

Devorar-se mutuamente constitui uma das maiores ocupações do ANIMAL,


tanto quanto para o homem fazer a guerra.
Em níveis evolutivos diferentes, o animal e o guerreiro são vorazes.

Entre a planta, o ANIMAL e o homem só existe a diferença devida ao caminho


maior ou menor que foi percorrido, evolutivamente.
O homem é ANIMAL, mas no entanto tem fome de subir.

Se eu posso errar muito mais do que o ANIMAL, porque sou livre, também
sofrendo posso aprender muito mais do que ele, através de lições que de modo
algum o animal pode conhecer.

Animalidade - A animalidade está fincada com os quatro pés no terreno


sólido da matéria, na qual se apóia há milhões de anos.
Desprender-se dessa animalidade, eis a grande dificuldade que encontramos. Os instintos
ainda nos seguram e nos impedem de avançar mais rapidamente. Isto não é motivo de
desânimo e sim um incentivo a lutar.

A passagem da ANIMALIDADE à super-humanidade significa também


profundo amadurecimento do fenômeno social em todas as suas
manifestações.
A evolução acontece em todos os seguimentos da sociedade: ética, moral, religiosa,
científica, filosófica, econômica, financeira etc.

No plano humano o Sistema é representado pelas leis da ética, e o Anti-


Sistema pelos instintos da ANIMALIDADE.

Tenho agarrado pela garganta as inferiores leis biológicas da ANIMALIDADE.


Até Pietro Ubaldi teve de lutar bravamente contra as leis biológicas da animalidade. O que
devemos fazer?

Anjo - Para poder transformar os demônios em anjos, os anjos devem


misturar-se com eles sem deixar por isso de ser anjos.
Ser anjo vivendo entre os anjos é fácil, difícil é fazer o que Cristo fez, descer da sua
angelitude à Terra e não deixar de ser anjo. Ele é nosso modelo.

Se no homem ainda sobrevive a besta, já existe em germe o ANJO.

Anti-Sistema - O Anti-Sistema representa a nega-tividade e os impulsos


deste tipo, ou seja: a morte, a ignorância, o ódio, a separatividade, a desordem,
a revolta, o sofrimento etc, são contrários as qualidades do Sistema que
representam a positividade.

Armas - Vossas armas de conquista devem ser: retidão, bondade, sacrifício,


amor.

Arte - A arte será o altar das ascensões humanas, onde o espírito se oferece
em holocausto de dor e paixão em elevação para Deus; será a oração que une a
criatura ao Criador, a síntese de todas as aspirações da alma, de todas as
esperanças e ideais humanos.
Esta é a Arte voltada para Deus, que contribui para a evolução da humanidade.
É a sublime Arte de saber viver neste mundo sem contaminar-se com ele, abrindo caminho
à ascensão espiritual. É a criatura que retorna ao Criador.

A ARTE será mais legítima se cumprir a função de transportar o céu para a


terra.
Qualquer arte ligada apenas a este mundo, revela somente um lado da moeda, enquanto a
divina revela os dois. Michelângelo, Giotto, Bach, Beethovem e tantos outros transportaram
o céu à Terra.
A grande ARTE é simples. Sua grandeza é proporcional à potência do
pensamento e à simplicidade da forma.
Ascensão - A ascensão espiritual é feita pela desmate-rialização exterior; tal
sublimação da alma implica nas transformações íntimas da matéria.
Se queremos evoluir mais rápido, devemos libertar-nos da matéria e nos ligarmos mais aos
problemas do espírito. Transformar nossa vida material em espiritual.

A escada da ASCENSÃO não se sobe senão degrau por degrau, solidificando


antes as bases.

Do protozoário ao homem, da célula ao mais complexo organismo, é sempre


idêntica essa febre de ASCENSÃO, essa vontade indestrutível de viver.
Do protozoário ao super-homem, todos têm anseios de viver e de evoluir. Uns por instintos,
outros conscientemente, cada um no seu nível.

Escutai e purificai-vos, para que tudo seja ASCENSÃO.

O futuro biológico dos povos não está apenas no progresso econômico, social,
científico, cultural, mas sobretudo na ASCENSÃO espiritual e moral.

Ateísmo - O ateísmo não é contra Deus, mas somente um anticlericalismo,


isto é, contra a concepção eclesiástica de Deus.

Poder-se-ia dizer que o ATEÍSMO representa uma das provas da existência de


Deus. O ateísmo é uma negação que presume afirmação, só em função dela
pode existir.

Ateu - É melhor a sinceridade do ateu, do que a religião da hipocrisia.

O ATEU, negando Deus, nega-se a si próprio. Deus não pode ser atingido pela
negação do ateu.

Ato - No lento transcurso dos séculos, repetimos os nossos atos e


assimilamos-lhes as consequências.

Qualquer ATO nosso é semente e, por isso, substan-cialmente se repete.


Colhemos hoje a semeadura de ontem, ao mesmo tempo estamos semeando para colhermos
amanhã. Esta semeadura é feita pelos nossos atos.
B
Bem - Fazer o bem é a mais difícil das tarefas e eu a desejei em grande
escala.
Fazer caridade material é fácil, difícil é caridade espiritual. Pietro Ubaldi quis ir mais além.
Estando no caminho da redenção desejou arrastar a humanidade para um plano superior,
mas a dificuldade foi tremenda e teve de subir a escada da evolução praticamente só.

O BEM e o mal são forças reais, e na minha hipersen-sibilidade pude medir-


lhes todo o ímpeto.
Se não existisse o mal, por que falar do bem? Se não existisse as trevas, por que falar da
luz? O mal e o bem estão em nós, se praticarmos o primeiro, imediatamente a consciência
adverte e o segundo entra em ação, neutralizando o primeiro. É o mal a serviço do bem.

O BEM move-se mais lentamente, mas produz trans-formações mais


substanciais, por conseguinte mais duradouras.

O BEM serve-se do mal para progredir, compreende o mal e o constringe a


seus fins.

O BEM-estar material adormece o espírito, amortece a luta, o que faz parar a


evolução.

Se trabalharmos para o BEM, enriqueceremos e seremos deslocados para


planos de vida superiores, mais felizes.

Bens - Na terra não faltam bens. Falta homem que saiba usá-los.
A riqueza neste mundo é imensa, todos poderiam viver bem, se fosse melhor distribuída;
não disperdiçada e não corrompida, mas bem administrada . Então não faltam bens e sim
um bom gerenciamento.

Biologia - A biologia se tornará uma ciência universal, tão vasta que


abarcará também uma biologia do espírito, uma biologia do ideal, uma
biologia das religiões, da teologia, da ética, da economia, da política, porque
tudo aquilo que o homem faz é uma expressão das leis da vida, em função
delas é realizado.
A BIOLOGIA, concebida e guiada pela Lei de Deus, expressão de Sua vontade
e pensamento, abraça também todos os fenômenos da vida, desde o moral,
intelectual e espiritual, até ao social, histórico e econômico, num monismo
absoluto.
Sempre vamos encontrar na Obra essas duas Biologias em relação ao mundo material e ao
espiritual.

Biótipo - Com as religiões e o desenvolvimento do pensamento, com o


Evangelho e a ciência, já se iniciou essa nova forma de evolução, que gerará
um novo biótipo: o homem moral, dotado de instinto ético.
O Biótipo do futuro estará voltado para a ciência do espírito, à filosofia do Evangelho, à
religião da alma, à evolução da forma e da substância.

O BIÓTIPO humano está emergindo penosamente dos mais baixos níveis da


vida, onde tudo é vivido e sentido em função da matéria.

Bondade - A bondade é flor mais delicada que a sabedoria; nasceu depois,


muito mais no alto na escada da evolução.

Tudo é BOM, quando bem usado; tudo se torna mau, quando se usa mal.
O fogo serve para cozinhar o alimento ou incediar uma floresta. Nossos pensamentos e
nossos atos podem construir um destino positivo ou negativo.

Brasil - A função histórica do Brasil no mundo só pode ser, neste nosso


tempo, uma função de paz.

BRASIL, Terra prometida da nova revelação, terra escolhida para a primeira


compreensão, terra abençoada por Deus.

Esta capacidade do BRASIL de amar em todos os níveis, se for desenvolvida


em direção ao espírito, poderá amanhã fazer do Brasil a nação mais capaz de
compreender, representar e divulgar no mundo a religião de substância, que é
a religião do exemplo, da bondade e do Amor.

O BRASIL é crente e espiritualista, qualquer que seja a religião que se


professe.

O BRASIL é o país pacífico por excelência, que não pensa, absolutamente,


fazer guerra a ninguém.
O BRASIL possui território imenso cheio de riquezas incalculáveis, que só
esperam a mão do homem para ser valorizadas.

O BRASIL tem tanto para expandir-se internamente, que não precisa transpor
seus limites à busca de impérios.

O tipo biológico do BRASIL é levado mais à religião espontânea, numa


expansão livre, de amor e de fé, do que a uma religião já rigidamente
codificada, em que o pensamento e o sentimento permanecem enregelados nas
formas.

Budismo - O Budismo divulgou dois grandes conceitos: reencarnação e


carma. Reencarnação significa uma série de vidas humanas sucessivas para
mesma personalidade espiritual. Carma significa o encadeamento, sucessão
lógica dessas vidas, seu desenvolvimento no tempo de acordo com uma lei de
causalidade que, com perfeita justiça, cria o destino individual.
C
Caminhar - No meio de tanto progresso, cada um caminha mudo dentro de si mesmo,
a sorrir dentro de uma máscara de cortesia, que esconde seu fardo de males secretos.
Durante milênios o homem foi acumulando um fardo bastante pesado de erros e fracassos,
por isto aprendeu a superar seu passado pecaminoso, sorrindo por fora e amargurado por
dentro.

O que nos irmana é o fato de sermos todos viandantes ao longo da ilimitada


senda evolutiva. Uns CAMINHAM mais depressa, outros mais devagar.
Imóvel, ninguém pode permanecer.

São as pedras da grande estrada, que, não obstante, ensinam a CAMINHAR.


Para evoluir, temos de saber contornar as pedras que surgem em nossa estrada e são muitas,
pequenas e grandes.

Caminho - À nossa frente há sempre um caminho virgem, onde teremos


oportunidade de endireitar o passado.

A revolta, que nos parece o CAMINHO da fuga, é o caminho da condenação.


A reflexão na hora da revolta pode evitar o arrependimento depois.
Cada um pode escolher seu CAMINHO; porém, todos temos de viver dentro
da Lei.

Em relação à meta final, Deus, todos estamos igualmente a CAMINHO.

Este é o CAMINHO marcado para todos: nascer, viver, morrer, renascer,


tornar a viver e morrer outra vez, levados para um lado ou outro do dualismo
da existência, expe-rimentando, evoluindo, reconstituindo-se, a si mesmos, até
aprender toda a lição da Lei e reintegrar-se em espírito no seio de Deus.

Nós próprios somos os construtores de nós mesmos, cooperando com a


contínua obra criadora de Deus. Nunca estamos sozinhos. Todas as outras
formas de existência estão junto de nós e vão avançando conosco no mesmo
CAMINHO.
O CAMINHO ascendente transforma o homem em super-homem, a força em
justiça, o mal em bem.

O CAMINHO da redenção é áspero, estreito e semeado de espinhos.


Este caminho conduz ao Sistema, a Deus, enquanto o do mundo afasta ainda mais do
Sistema, de Deus.

O CAMINHO não é, pois, percorrido em sentido espacial mas, sim, em sentido


evolutivo.
O farol indica, mas não percorre o CAMINHO.

Ousai abandonar os velhos CAMINHOS, mas não ouseis loucamente, onde


não há razão para ousadias; ousai na direção do alto e nunca ousareis
demasiadamente.

Para resolver os problemas, o CAMINHO não é a violência e a imposição, mas


a harmonia e a obediência à Lei.
Se buscarmos as causas de nossos problemas, vamos encontrá-las no espírito, geradas nesta
vida ou em vidas pretéritas, por isto que os problemas, equacionados com os recursos que a
Lei nos oferece, serão resolvidos com paz e harmonia.

Todo ser humano traça, com as mãos, no livro da vida, o seu CAMINHO, de
inferno ou paraíso.

Triste e longo é o CAMINHO de lágrima e sangue; mas, superada a prova, o


destino atinge a meta.

Capital - Em vosso mundo não existe acordo entre CAPITAL e trabalho.


Esses dois extremos do campo econômico deveriam estender-se as mãos como
irmãos.
O dia que houver harmonia entre capital e trabalho o mundo será mais fraterno.

O sonho de arrasar o CAPITAL para proporcionar a subida do proletariado,


sumamente inadaptado em sua inconsciência para qualquer função dirigente,
significa secar a fonte de riqueza para todos.

Carma - Quando alguém faz parte de um carma coletivo, é porque fez por
merecê-lo.
Não há efeito sem causa, livre-arbítrio e determinismo.
Casamento - Pode existir o mais regular dos casamentos, entretanto, sem os
elementos fundamentais do matrimônio, Amor e compreensão recíproca,
apesar de formalmente perfeito, é apenas um acasalamento físico-animal.
Enquanto a paixão carnal estiver acima do Amor recíproco, haverá sempre problema na
família que foi mal construída. O verdadeiro Amor é o que mantém a união do casamento.

Castidade - A castidade é adequada e dá resultado somente para os maduros


à superação, podendo, então, ser coisa sublime.
A abstinência sexual só é virtude se houver construção no espírito, que se consegue com
esforço e tenacidade, Amor e sabedoria.

A CASTIDADE é útil quando serve para criar um amor maior e não quando
serve para matá-lo, atrofiando na frieza e na indiferença os nobres impulsos do
coração.

Causa - A lei de causa-efeito liga de maneira incindível: passado, presente e


futuro, num único fenômeno em continuação. No passado, encontramos o
material já adquirido, que utilizamos para construir o presente; no presente,
podemos juntar ao velho material outro novo para construir o futuro, sempre
melhor se quisermos progredir.
Um futuro de glória espiritual pode ser construído no presente com Amor.

O homem se irrita contra os efeitos, mas continua a semear as CAUSAS.


Quando semeamos as causas não pensamos nos efeitos, se estes chegam nem recordamos
de suas causas. Só os mais evoluídos não semeiam as causas aleatoriamente.

Os dois momentos, CAUSA e efeito, não surgem ligados por uma relação de
igualdade.
Nem sempre um erro é pago com a mesma moeda. Há muitas maneiras de se fazer a
quitação do débito contraído perante a Lei.

Centelha - A originária centelha espiritual está envolta nas trevas da forma-


matéria, da qual deve, evoluindo, ressurgir, libertando-se dela.
O ser para nascer neste mundo precisa da forma física (matéria). Libertar-se dela, só através
da evolução e o caminho é o do Evangelho.

Centro - Como Deus no universo, assim é no homem, o Eu Sou está no


centro e em todo ponto do seu sistema.
Cada um cria para e em torno de si um sistema de vida, do qual se faz centro.
O CENTRO está no íntimo das coisas, no íntimo de nós.

Cérebro - O cérebro é um instrumento de registro só de impressões


sensórias terrenas, e não vai além de sua coordenação racional.

O CÉREBRO, pois, não pode conter outra memória além daquela de sua vida,
antes da qual ele não existia e depois da qual se desagrega.

Céu - A idéia de céu, de Reino de Deus, traduzida em termos positivos e


racionais, significa altura alcançada ao longo da escala ascensional da evolu-
ção, em direção ao S (Sistema).
Repetindo: altura aqui não espacial.

Não vos ensino a gozar das coisas terrenas porque são ilusórias; indico-vos as
alegrias do CÉU.

Quem vence na Terra perde a partida no CÉU e quem vence no céu a perde na
Terra. Cada um faz a sua luta e a vence no seu próprio nível. Ou se realiza no
plano humano ou no plano super-humano.

Sem mérito e justiça, nada se recebe do CÉU.

Temos um Chefe no CÉU. Ele não traz senão a paz, o Amor, o respeito a
todas as crenças.

Chefe - O chefe, condutor de povos deveria ser um tipo biológico mais


evoluído que a média, emergindo, portanto, da massa do povo, mais apto ao
mando sobre ele, a fim de dirigi-lo para metas superiores.
Os CHEFES têm os povos que merecem e os povos têm os chefes que
merecem.

Ciência - A ciência, por ser agnóstica e ignorar os últimos fins do


transformismo da vida, não consegue reconhecer o biótipo evoluído, o porvir
da evolução.
Enquanto a ciência não reconhecer a existência de Deus e do psiquismo de cada ser, não
reconhecerá a evolução espiritual que faz a diferença de um biótipo para outro.

A CIÊNCIA não pode fazer calar a grande e sábia voz da natureza.


Porque é impotente para fazer calar a voz de Deus, Criador de Tudo e está em todo o
universo.

A CIÊNCIA pode ser sagrada como uma oração, como uma religião, se for
conduzida e compreendida com pureza de espírito.

A CIÊNCIA representa, depois do Budismo e do Cristianismo, um novo


grande passo à frente no caminho da evolução espiritual.

A fé, com o sentimento e a intuição, desempenha a função de revelar


realidades espirituais inacessíveis à razão, lançando pontes para o futuro da
evolução, da CIÊNCIA.

A verdadeira CIÊNCIA, a profunda ciência que toca a verdade, só é atingida


pelas vias interiores.

CIÊNCIA nova, conduzida pelos caminhos do amor e da elevação espiritual, é


a ciência do super-homem, que está para nascer e fundará a nova civilização
do terceiro milênio.

Na Idade Média, tivemos a era dos santos; poste-riormente, no Renascimento,


a dos literatos e dos pintores; no século XIX, a dos gênios da música. Hoje a
vida atravessa a faixa da CIÊNCIA.

O ateísmo da CIÊNCIA, hoje bem diferente, não é uma negação de Deus, mas
é apenas a negação do Deus de tipo antropomórfico, que as religiões
construíram para uso das massas atrasadas, que exigiam uma tal imagem
porque dela necessitavam para seu próprio uso e consumo.

Quando se assume a forma mental de S (Sistema) e AS (Anti-Sistema), a


separação entre CIÊNCIA e fé, entre materialismo e religião, entre ateu e
crente, perde a importância.
Sistema (S) são as qualidades positivas que temos em estado latente, dadas por Deus, e
Anti-Sistema são as qualidades negativas que adquirimos com o nosso afastamento de
Deus, com essa visão acaba qualquer tipo de divergência.

Civilização - A verdadeira civilização está mais dentro do que fora de nós.

Caminhamos para uma nova CIVILIZAÇÃO do espírito, para a nova


civilização do terceiro milênio.
Uma civilização é constituída de almas em evolução.

O desenvolvimento e o esforço da inteligência criam as CIVILIZAÇÕES.

Civilizado - Nós nos consideramos CIVILIZADOS em relação às feras e aos


selvagens, mas poderíamos ser considerados selvagens para seres mais
evoluídos; e selvagens nos julgaremos a nós mesmos, amanhã, quando
tivermos progredido mais.

Os homens CIVILIZADOS se enobrecem nos pensa-mentos e nos atos.

Comunismo - A divisão mundial entre capitalismo e comunismo torna-se


problema secundário perante o problema fundamental que, no plano
econômico, é o de produzir.
Se os dois sistemas, capitalismo e comunismo, fossem igualmente ricos não haveria
antagonismo. A divergência não é apenas ideológica, mas de riquezas. Na Terra ainda tem
mais poder, a nação que tem mais recursos, porque mais produz.

O que dá razão ao Capitalismo é a imaturidade do homem, para saber


comportar-se, coletivamente. O que não dá razão ao COMUNISMO é a
necessidade de recorrer à força para poder aplicar justiça social.

Se o Cristianismo tivesse realizado o programa evan-gélico, teria havido um


COMUNISMO baseado no amor e não no ódio de classes, um Comunismo de
paz e não de guerra.

Se os cristãos tivessem sido verdadeiros cristãos, como o foram nos primeiros


séculos, o COMUNISMO não lhes poderia ter roubado a ideologia da justiça
social, que é a sua maior força, e as massas não estariam do seu lado.

Conhecimento - É inebriante beber na taça do conhecimento.


O conhecimento é uma bagagem que fica incorporado ao espírito, armazenado no
subconsciente para ser usado nesta ou em outras vidas.

O CONHECIMENTO é um estado vibratório de sintonização que se alcança


harmonizando-se pelas vias da bondade, da ascensão espiritual.

Os vários graus de CONHECIMENTO que a evolução nos oferece alcançam-


se com tipos variados de inte-ligência, proporcionados ao nível biológico
conquistado pelo indivíduo.
Para resolver o problema do CONHECIMENTO é necessário atingir a
universalidade do eu.

Quem possui mais CONHECIMENTO, mais sabe e mais autoridade tem e,


consequentemente, não tem mais direitos e sim mais deveres.

Consciência - A consciência conduz à ordem, à adesão à Lei; a


inconsciência conduz à desordem.
Por isto é bom viver conscientemente.

A CONSCIÊNCIA é a percepção externa, razão, análise, finito, relativo,


dimensão  (alfa), a fase da vida, que se culmina no psiquismo humano.

Amplia-se a visão do universo à medida que a CONSCIÊNCIA evolve.

É chegada a hora de despertardes à luz de uma CONSCIÊNCIA maior.


É uma boa exortação de Sua Voz.

É preciso entender que o exame de CONSCIÊNCIA, que se faz diante da Lei


de Deus, é diferente do que se faz diante das leis humanas.
O exame de consciência diante da Lei é um hábito saudável que contribui e muito para a
nossa evolução.

Infelizmente, vosso concebível se restringe aos limites de vossa


CONSCIÊNCIA, que só se comunica com o exterior pelas portas estreitas de
vossos únicos cinco sentidos.
Isso acontece porque ainda estamos presos ao Anti-Sistema, à matéria, com a evolução
alcançaremos a super-consciência (intuição).

Para não ouvir a voz da CONSCIÊNCIA, que nos adverte, tentamos aturdi-la.
A consciência é um aguilhão que nos acompanha em toda parte. Não ouvimos hoje,
poderemos não ouvir amanhã, mas essa voz jamais ficará sempre calada.

Para que se possa estabelecer o contato com a fonte, é necessário que a


CONSCIÊNCIA se sensibilize.

Quando há equilíbrio dentro da CONSCIÊNCIA tranquila, diante de Deus, as


reviravoltas exteriores têm pouco poder.
Se a CONSCIÊNCIA nos condena, de nada nos vale haver conquistado os
aplausos do mundo.

Viveis para conquistar uma CONSCIÊNCIA cada vez mais ampla. O homem,
rei da vida no planeta Terra, conquistou uma consciência individual própria,
que constitui prêmio e vitória. Agora está construindo outra mais vasta: a
consciência coletiva que o organiza em unidades nacionais e se fundirá numa
unidade espiritual ainda mais vasta, a humanidade.

Vossa CONSCIÊNCIA latente é vossa verdadeira alma eterna, existe antes do


nascimento e sobrevive à morte corporal. Quando, ao avançar, a ciência
chegar até ela, ficará demonstrada a imortalidade do espírito.

Consciente - Podemos conceber o consciente como suspenso entre duas


zonas de inconsciente: uma, evolutivamente inferior, que chamamos de
subconsciente; e outra, evolutivamente superior, que chamamos de
superconsciente.
Subconsciente, onde estão acumuladas as experiências adquiridas nesta vida ou nas
pretéritas; consciente, são as experiências atuais pelos atos praticados; superconsciente é o
futuro que nos espera, alcancável pela intuição.

Corpo - A maioria não sabe pensar senão fisicamente, com movimento do


corpo e da boca.
O passado milenar e as atribulações do dia a dia nos levam a falar sem refletir, ficamos
entregues ao subconsciente; com o progresso espiritual, sentimos necessidade de controlar
o subconsciente, quando deixaremos de pensar fisicamente.

Cada ser humano não poderá nascer senão num CORPO adequado ao
desenvolvimento psíquico do espírito animador. Não poderá nascer num corpo
de animal.
A preocupação da Lei que nos governa é o nosso desenvolvimento espiritual, por isto o
corpo é adaptado ao espírito. O espírito não retrograda, a evolução também não.

É uma doce ilusão poder conquistar o céu sem incomodar o CORPO.


O paraíso só se conquista com esforço, sacrifício e muita disciplina, e o corpo é o meio de
manifestação do espírito quando reencarnado.

No homem normal domina o CORPO, no evoluído domina o espírito.


O ser humano normal, ainda involuído, é escravo da matéria, enquanto o evoluído é o
senhor da vida.
O CORPO humano pode dividir-se em três planos: 1) Parte inferior: dos pés
ao ventre, que constitui a animalidade. 2) Parte média: corpo e coração que
representa o sentimento. 3) Parte superior: cabeça e cérebro, que representa a
alma e a personalidade.

Correntes - As correntes puras não descem ao nosso plano para curiosidade


científica.
Elas contêm revelações que permanecem como alavancas para fazer avançar a humanidade.

Criação - A característica fundamental da criação é o amor, qualidade pela


qual se exprime a natureza de Deus, princípio de que derivam todos os outros,
primeiramente a liberdade do ser e, depois, as outras, como o bem, a bondade,
a harmonia, o poder, o conhecimento, a beleza, a felicidade etc., em suma,
tudo o que de mais belo e melhor o ser possa imaginar.

A CRIAÇÃO alcançada com o S (Sistema) é perfeita obra de Deus, por isso não se pode
identificar com o nosso universo, pois este se apresenta com caracteres opostos. Este é
material enquanto o S (Sistema) é espiritual.

A CRIAÇÃO não pode ser derivada senão da própria substância de Deus. Nós
podemos criar coisas novas tomando uma substância fora de nós, porque
somos uma parte do todo. Mas se nós fôssemos tudo, teríamos que retirar a
substância de dentro de nós mesmos.
Não temos sabedoria, nem poder para criar a substância, que somos nós mesmos. Mas
podemos criar algo fora de nós. É possível criar peixes, aves, plantas, mas é impossível dar-
lhes vida.

A primeira, única e verdadeira CRIAÇÃO não foi uma CRIAÇÃO do nada,


mas uma emanação do seio de Deus, de puros espíritos, em que Deus, o “Eu
Sou” Uno, criador, quis refletir a Si mesmo, nela amando uma Sua diversa
individualização em miríades de “eu sou”. Suas criaturas.
Cada um de nós é um "eu sou" menor, porque somos centelhas de Deus, somos substância
de Sua substância. Deus é um "Eu sou" maior (infinito), Que nos criou.

A que o homem chamou de CRIAÇÃO, diz respeito a forma-matéria, que é


para ele a própria realidade. Tal criação é o resultado do processo involutivo
espírito-matéria, que representa o desmoronamento de uma parte do universo
espiritual (S – Sistema) criado por Deus, para dar origem ao universo físico.
A verdadeira CRIAÇÃO foi única, a dos espíritos puros, isto é, a que Deus
realizou em seu seio, distinguindo-se interiormente em muitos “eu sou”, feitos
à Sua imagem e semelhança. O nosso universo físico não foi uma CRIAÇÃO,
foi um desmoronamento da CRIAÇÃO.
Se a criação dos espíritos não fosse única, onde estaria a onipotência, a onisciência e a
onipresença de Deus?

Chama-se CRIAÇÃO contínua justamente esse trabalho de reconstrução,


indispensável para que seja possível continuar ainda a existir no seio das
forças negativas do Anti-Sistema.
Criação contínua é a criação neste mundo. Cada nascimento é uma criação. Cada espécie dá
origem a mesma ou a outra espécie.

É certo também que a CRIAÇÃO é progressiva, mas não no sentido de uma


nova criação, porque tudo já estava e está em Deus, e a Deus nada se pode
acrescentar, como Nele nada criar ou destruir.

Em nosso mundo, encontramos a desordem, a ignorância, o erro, o mal, a dor,


a revolta, a morte e todas as qualidades negativas. Uma tal CRIAÇÃO assim
imperfeita, não pode ter sido obra de Deus.

Se Deus era Tudo, é lógico que a CRIAÇÃO não podia ocorrer fora de Deus,
mas só dentro Dele.
Se Deus criou tirando Dele mesmo, transubstanciando-Se, Ele está na criação. Logo Deus
está em nós.

Criador - Em outras palavras, a imanência não é senão a permanência do


Criador na Sua criação, pelo que Deus permaneceu presente, quer no sistema,
quer no Anti-Sistema.
Um bom pai, amoroso, não se separa dos filhos mesmo depois de emancipados. Se o filho
erra, procura ajudá-lo. Como Deus poderia estar fora da Sua Criação? O Criador está na
criação, é o Deus imanente. É o Monismo de A Grande Síntese.

Criança - A criança nasce com uma personalidade já feita e com ela reage e
se adapta ao ambiente.

Os instintos que guiam a CRIANÇA são o resultado de longa experiência


passada, que emergem do inconsciente em que foram armazenados.
Criatura - A criatura foi criada feliz, com a condição de obedecer à Lei.
Saindo da Lei, ela saiu da felicidade para entrar na infelicidade.

Cristão - Pode-se ser formalmente ótimo católico ou crente de qualquer


religião e substancialmente péssimo cristão.

Se perguntarmos a qualquer CRISTÃO que professe o Evangelho, se acha mais


seguro ter merecimento da parte de Deus ou dinheiro no banco e bens
pessoais, poderemos estar certos de que, se nas palavras proteste o contrário,
nos fatos dará prova de ser sua fé e confiança baseadas nos bens e não nos
méritos.

Cristianismo - Não condenamos o Cristianismo. Reconhecemos que ele


não podia fazer mais do que fez, porque não há religião que possa permitir ao
homem sair, de súbito, do seu nível evolutivo sem ter de obedecer às leis que
nele vigoram.
Quando compreender-se que cada um vive e age de acordo com seu nível evolutivo, reinará
mais fraternidade entre os homens. Essa tarefa cabe a cada um compreender mais e melhor
o semelhante, respeitando o seu nível evolutivo.

Nasceu no seio do CRISTIANISMO um outro mundo completamente


anticristão, nos antípodas do pregado por Cristo. Contra o Deus da bondade,
do perdão, do amor, prevaleceu o Deus da vingança, da punição, do terror; a
religião da inquisição, das fogueiras, dos feiticeiros, das bruxarias, do inferno
com os seus diabos.

Cristo - A conduta de Cristo não revela Nele dúvida alguma. Ele sabia que
estava com o Pai e que o Pai estava com Ele, constituindo a Sua Lei garantia
de vitória.

A diferença entre o ser humano comum e CRISTO, encarnado na mesma


forma, só pode ser esta: o primeiro representa a imperfeita expressão do
pensamento de Deus, com um espírito que se ofuscou pela queda e
corrompeu-se na sua posição periférica que é o seu ambiente devido e
merecido naturalmente; enquanto Cristo representa a expressão perfeita do
pensamento de Deus com um espírito perfeito incorrupto projetado apenas por
Amor e missão de bem à periferia que está nos antípodas da Sua posição
natural.
A dor de CRISTO não foi apenas uma representação, mas uma tremenda
realidade, foi dor humana porque neste plano existencial Ele estava vivendo.
Somente Ele não tinha necessidade de viver e sofrer como nós, tardos para
aprender, lentos no progredir, precisando de repouso, porque a natureza não dá
salto.

A função do CRISTO foi, pois, a de fazer descer a Lei do Pai, dos altíssimos
planos do Absoluto – tão longe da realidade de nossa vida – até o nível
humano, convertendo aquela Lei numa norma moral diretora de nossa
conduta.

A grande diferença, entre o modo de viver do mundo e o tão diverso proposto


por CRISTO, está no fato de que o primeiro é de tipo AS (Anti-Sistema) e o
segundo de tipo S (Sistema).

A idéia de CRISTO é uma semente enxertada no sangue da humanidade, uma


semente viva que quer crescer e dentro desta tornar-se grande e ser assimilada.

À medida que o espírito sobe, aos vários planos de consciência correspondem


vários planos de conhecimento de CRISTO, os quais são uma revelação pro-
gressiva de sua essência divina. No plano sensorial, a consciência não supera a
representação concreta do Cristo histórico, do conceito encarnado em forma
humana. No plano racional, a consciência crítica procura o divino naquela
figura, sem conseguir encontrá-Lo. No plano intuitivo, a consciência encontra,
por inspiração na revelação, o Cristo cósmico e compreende que coincide com
a Divindade. No plano místico, a consciência sente pelo amor o Cristo
místico, e da concepção de Deus passa à unificação com Deus.
Por isto não devemos polemizar a respeito da natureza de Cristo. Cada um O concebe de
acordo com o plano de consciência que lhe é próprio. Aqui temos quatro: sensorial,
racional, intuitivo e místico, mas existem outros.

A nós interessa conhecer o CRISTO na sua essência, compreender o


significado da sua descida sobre a Terra e a sua paixão, as suas relações com a
Lei e com o plano divino da redenção.

A primeira coisa que salta aos olhos de um atento observador de CRISTO-


Homem é a Sua coragem viril, Sua revolucionária potência inovadora, Sua ca-
pacidade de arrastar as massas.
Apesar de tudo, CRISTO brilha como um farol no futuro. O Evangelho é um
fenômeno em evolução, é um caminho para alcançar aquele centro de luz.

Aquele corpo era apenas uma veste temporária, assumida por CRISTO para
poder cumprir Sua missão no plano humano, uma veste para Ele não mais
aceitável quando de Sua transferência para o S (Sistema).

CRISTO ainda está esperando ser tomado a sério depois de dois mil anos.
Para Cristo ser tomado a sério precisamos conhecer o Seu Evangelho, usando o referencial
do espírito e senti-lo interiormente com o mesmo referencial.

CRISTO constitui o endireitamento de tudo o que foi emborcado pela Queda e


constitui ainda o regresso ao Pai e a reconstrução da ordem violada.

CRISTO éalém do passado e do futuro. Não surge e não desaparece, não


nasce e não morre. Este Cristo vem, não do exterior, em forma humana; a sua
chegada se dá no interior, no espírito.

CRISTO é corrente de pensamento sempre presente para o governo do mundo.


Se o mundo fosse mais cristão, seria mais fraterno, viveria em harmonia permanente e
duradoura. O que falta aos governantes é descobrir essa corrente de pensamento para
melhor governar.

CRISTO é um dos elementos da multidão que constitui a terceira pessoa da


trindade. A primeira é Deus no estado de pensamento, isto é, o Espírito. A
segunda é Deus no estado de vontade em ação, isto é, o Pai. A terceira é Deus
no estado de obra realizada, isto é, a criação.

CRISTO é verdadeiramente um filho de Deus, mas não decaído como nós.


Somos também filhos de Deus, mas derrocados no AS (Anti-Sistema).
Cristo não abandonou o Sistema como nós o fizemos, por isto não ficou sujeito ao processo
reencarnatório para voltar ao Sistema.

CRISTO era uma personalidade possante e autônoma. Ele quis o próprio


sacrifício e não o aceitou de ninguém. Ele obedeceu à Lei porque assim quis e
não porque fosse a Lei a impor-Lhe obediência.

CRISTO expôs a síntese de seu programa no Sermão da Montanha.

CRISTO iniciou o plano da justiça social, que ainda hoje provoca tanta luta.
A imperfeição humana ainda não conseguiu alcançar a perfeição divina do plano social
lançado por Cristo.

CRISTO não é somente um fato histórico ou fenômeno religioso; é o mais alto


acontecimento biológico do planeta, acontecimento perante o qual deverá
prestar contas à humanidade, que nunca poderá fugir às leis da vida.

Disse o CRISTO: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida." O Caminho,


norma da vida praticada sobre a Terra, para Deus. A Verdade, síntese do
conhecimento, o pensamento de Deus; a Vida, a força do Amor, a unidade das
almas em Deus.

CRISTO não quis, diante do povo que Lhe pedia o milagre, salvar-se e descer
da Cruz . Cristo não poderia fazê-lo, diante do Pai, que Ele representava. Não
o poderia, perante a Lei, que Ele personificava.

CRISTO obedece ao Pai, mas nisso é como se comandasse, porque obedece a


si mesmo, pelo fato de que a Sua vontade coincide com a do Pai.

CRISTO pertence a toda a humanidade e nenhuma religião pode possuí-Lo


com exclusividade. Não se pode isolar num templo particular, num grupo
humano, porque Ele está no centro da biologia universal do espírito.

CRISTO pôde colocar-se no centro porque estava situado, simultaneamente, nas duas
diferentes dimensões. Ele vivia em contato com o Pai, isto é, com a Lei ou o S (Sistema),
mas, ao mesmo tempo, vivia encarnado em nosso planeta.
O gesto criador de Deus se adoça em CRISTO num amplexo de Amor. O mistério da
rendenção é mistério de Amor.

CRISTO veio ensinar o caminho da superação da dor, através da dor e da


espiritualização. Antes de Cristo a dor era feroz, terrível, sem piedade. Cristo
fez dela a via mestra da ascensão, da liberdade, da redenção.

CRISTO veio ensinar-nos a indestrutibilidade da vida, com a Sua ressurreição.


A ressurreição de Cristo mostrou que Ele é espírito e continua vivo, mesmo depois da
morte.

CRISTO viveu a sua paixão, não somente por razões humanas e visíveis, de
exemplo, mas também, por uma razão divina e profunda, de expiação, de
equilíbrio, de inviolabilidade da Lei. Naquele momento supremo, Cristo não
estava somente diante dos homens, mas sobretudo diante de si mesmo e diante
da Lei.
Aqui Pietro Ubaldi aplica na paixão de Cristo os dois referenciais: o deste mundo (espaço
tempo) e o da Lei de Deus. Crucificação e o cumprimento da Lei. A paixão tem duas
partes: a humana e a divina.

CRISTO voltou-Se para o Alto, jogou tudo por tudo e deu Sua vida, porque
Ele tinha a certeza de vencer. Esta segurança Lhe vinha de Seu conhecimento
da Lei.

CRISTO, cuja descida à Terra, em corpo humano, é um caso e uma prova


fulgurante da imanência de Deus no Anti-Sistema em que nos encontramos.
A descida de Cristo à Terra foi a maior prova de que Deus não nos abandonou, quando nos
afastamos do Sistema e escolhemos o Anti-Sistema.

É natural e ninguém deve surpreender-se que, pelo fato de ter atingido um


mais alto grau de maturidade intelectual, a Humanidade de hoje procure dar
uma interpretação do CRISTO mais exata e completa em relação à do passado.
Se a concepção de Cristo varia de acordo com o nível evolutivo, também é natural que em
cada período histórico a humanidade tenha sua interpretação. Hoje já é concebível o Cristo
cósmico e místico, fora e dentro de nós.

Não se pode compreender CRISTO, aproximando-se Dele com ânimo de


historiador, de exegeta, de crítico erudito e sábio. Isto pertence ao exterior e
fica de fora. É preciso aproximar-se com ânimo amoroso, porque só a quem
ama são concedidas certas compreensões íntimas e profundas: porque o amor
é o caminho único da compreensão.

Num mistério de sobre-humana paixão, CRISTO abre dolorido os braços na


cruz e São Francisco, no Verna, abre os braços a Cristo.
Verna é o Monte Alverne, local onde São Francisco de Assis, em estado de êxtase e por
Amor a Cristo, recebeu os cinco estigmas e os carregou até o fim da vida, como os mais
preciosos dons que Deus lhe concedeu.

O CRISTO real é completo na Sua trindade de Cristo histórico, Cristo cósmico


e Cristo místico.

O estandarte é CRISTO. O programa é o Evangelho. Os princípios são:


Imparcialidade e universalidade.
O pensamento de CRISTO representa o ciclo biológico da humanidade.
Ninguém lhe escapa.
Ninguém vem ao Pai senão por mim, disse o Cristo, não existe outro caminho de retorno ao
Sistema senão o traçado pelo Evangelho e Cristo está presente ao longo de nossa
caminhada.

O verdadeiro CRISTO é uma realidade e uma sensação imensa que repele


imagens. É um infinito que se conquista por sucessivas aproximações.
Primeiro o Cristo histórico, depois o cósmico, por fim o místico, que é a identificação com
ele.

Os escritores comuns das muitas vidas de CRISTO, fixam-se nos fatos da Sua
existência física, sem ocupar-se do drama cósmico que está por detrás dela e
do qual esta não passa de uma ligeira emersão em nosso sensível, não podem
imaginar que falar do Cristo somente como documentação histórica ou obra
literária ou filosófica, é permanecer na superfície de abismos oceânicos.

Quando CRISTO e Pilatos se encontraram, as verdades se fitaram em silêncio.


Cada um tinha a sua verdade, a de Pilatos era a que vinha de Roma, emanada do imperador
Tibério César, e a de Cristo era a que o Pai lhe tinha revelado.

Se a sensação de Deus se alcança essencialmente através da mente, a sensação


de CRISTO se toca essencialmente através do coração.

Se CRISTO escolheu como missão encarnar-se no nível evolutivo do homem,


isto nos revela o Seu desejo de mostrar-nos a técnica da passagem do AS
(Anti-Sistema) para o S (Sistema).

Se uma dívida existia, era necessário pagá-la e CRISTO devia ser o primeiro a querer isto.
Quem é um elemento do S (Sistema) é também um elemento da Lei, uno com o Pai.

Somente esta concepção cósmica do CRISTO, muito superior à histórica e


humana, pode dar-nos o sentido de Sua divindade e de Sua presença.

Trata-se de um CRISTO imanente, próximo, que conosco enfrenta os nossos


problemas e nos ajuda a resolvê-los, em vez de desaparecer transcendente nos
céus, inalcançável na sua glória; um Cristo orientador da dinâmica da vida,
operando junto de nós no imenso esforço criador da era moderna,
potencializando-o com os Seus imensos valores espirituais.
Cruz - Devemos carregar a cruz da redenção em nossos ombros, porque é
absurdo servirmo-nos dos ombros de Cristo para que seja Ele o crucificado em
vez de nós.
D
Delinquência - Há problemas escaldantes tormentosos ainda por resolver
em nossa sociedade, como, por exemplo o da delinquência, que se procura
remediar com punições legalizadas.

Delinquente - Os delinquentes, à sua maneira, acreditam estar certos, do


mesmo modo que a fera ao devorar a vítima está certa, isto é, no nível da fera.

Demônio - O demônio, eterno inimigo, personifica as forças negativas e


involuídas da animalidade, que sobrevive e ressurge das mais baixas camadas
da personalidade.

Os seres que chamamos DEMÔNIOS são os involuídos, com instintos bestiais,


e não é preciso ir buscá-los muito longe, porque o nosso mundo está cheio
deles.

Desencarnado - No estado de desencarnado, o homem encontra-se no


mundo dos efeitos, cujas causas foram semeadas na vida por meio de seus
pensamentos dominantes e de suas obras.

No período de DESENCARNADO, o ser vive tanto mais acordado, quanto


mais é evoluído.
Acordado aqui é no sentido espiritual. Ter conciência de estar desencarnado, ser filho de
Deus e continuar servindo ao Pai. Para trabalhar no bem não é preciso estar neste mundo,
também pode fazê-lo no outro.

Destino - Cada um constrói o seu próprio destino.


Nossos destinos, nós mesmos os construímos através de nossos atos, no passado ou na
presente reencarnação. É sempre bom estar com a consciência desperta para se construir um
bom destino.

É importante o problema da correção de trajetória do próprio DESTINO. Importante para


a nossa evolução e redenção.
É sempre grande o DESTINO de uma alma que sofre e sofrendo se redime.

Há tantos tipos de DESTINOS quanto são os homens. Destinos que elevam,


que estacionam, que descem.

Lembrai-vos que o DESTINO não é malvado, mas sempre justo, mesmo se as provas são
pesadas. Recordai-vos que jamais se sofre em vão, pois a dor esculpe a alma.

O verdadeiro rico e poderoso é aquele que é proprietário de um bom


DESTINO, é o indivíduo cuja personalidade é composta de forças benéficas,
positivas, sadias que, por sua vez, atraem-lhe eventos favoráveis.

Por DESTINO não devemos portanto entender um cego fatalismo, um fato


inexoravelmente imposto, mas um impulso anterior, se pode e está em nós
corrigi-lo.

Todos os DESTINOS humanos não podem deixar de obedecer à Lei e tem de


se desenvolver dentro dos prin-cípios estabelecidos por ela.

Tudo o que pensamos e fazemos permanece escrito, assim construímos o


nosso DESTINO.

Determinismo - A evolução representa uma libertação do determinismo e


da inconsciência.

Em um universo, no DETERMINISMO, o ser oscila dentro de um campo de


relativa liberdade.

Evolutivamente mais embaixo, o ser tem o DETER-MINISMO da matéria.


Quanto mais preso à matéria, maior é o determinismo no destino do ser. Que liberdade tem
um animal para dirigir seu destino? Nenhuma. Logo seu destino é determinístico. Que
liberdade tem um evoluído para autodirigir-se? Total. Então, ele é o senhor do seu destino e
não escravo dos seus instintos.

Evolutivamente mais no alto, há o DETERMINISMO do evoluído.

Nos planos mais baixos, imersos no Anti-Sistema tudo é DETERMINISMO, tanto mais
quanto mais descemos. Se a matéria não estivesse fechada no âmbito de leis
determinísticas, a ciência não poderia construir suas teorias.
Deus - A ampliação do campo de nosso conhecimento de Deus e de Sua Lei
aumenta cada dia com a evolução, a ciência, o progresso, a civilização.

A evolução leva cada vez mais a sentir DEUS, não apenas transcendente, mas
também imanente, até que o indivíduo espiritualizado sinta a presença Dele
não somente em si, mas em torno de si. Então se descobrirá que Deus está em
toda parte, que o Seu templo é o universo e a alma, que o Seu altar pode ser o
coração do homem.

A manifestação de DEUS é progressiva, proporcionada ao grau de evolução


alcançado.

A primeira criação foi espiritual e perfeita, como é DEUS, feita de puros


espíritos extraídos exclusivamente da Sua substância, porque, além do Todo-
Deus, nada podia existir, deste modo, nasce a terceira pessoa da Trindade, o
Filho ou S (Sistema), sendo a primeira o Espírito ou pensamento, a segunda o
Pai ou ação, a terceira o Filho ou a obra realizada.

A vida quer falar-nos de DEUS cada dia mais claramente, pois ela é Sua
glorificação.
O universo inteiro fala de Deus. O reino universal diz: sou filho de Deus, também afirma o
reino vegetal, grita o reino animal, proclama o reino hominal, suspira o reino super-
humano. Todos são filhos de Deus

Chega-se à unificação de DEUS depois de se haver compreendido, numa


síntese conceptual, o funcionamento orgânico do universo, fundindo-se e
identificando-se com a alma universal.
Esta síntese conceptual e o funcionamento orgânico do universo se alcança penetrando e se
identificando com a alma das coisas. Após essa identificação se atinge a unidade com Deus.

Chegou a hora de tornarmo-nos conscientes colabo-radores de DEUS.

Compreendeis que DEUS não pode ser algo mais e exterior à criação, ou
distinto dela; que só o homem que está no relativo pode acrescentar a si, ou
devenir além de si, não Deus, que é absoluto.

Constitui uma descoberta revolucionária chegar a saber que, na profundidade


do próprio “eu”, se possui o divino. DEUS, que o animal ignora e o ignorante
nega, está tão junto a nós.
De acordo com a Lei de evolução, o futuro caminha em direção ao reino de
DEUS.

DEUS é a alma que rege o atual universo, fundida nele, sempre aí presente e
ativa.

DEUS é a verdade única, substancialmente idêntica em todas as religiões, na


ciência como na fé.

DEUS é livre. Sendo, então, da mesma Substância, a criatura, também deve


ser livre.
DEUS é perfeito. Sendo a criatura da mesma Substância também, há de ser
perfeita.

DEUS é infinito e a essência de sua manifestação vós a percebeis cada vez


mais real, à medida que vossa capacidade perceptiva e conceptual souber
penetrar no âmago das coisas.

DEUS não pode ser definido. Definir significa limitar e aqui se fala do
ilimitável. Toda definição será uma redução, uma mutilação.

DEUS não pune. Somos nós que punimos a nós mesmos.


Essa concepção remove a velha idéia de que Deus julga e castiga o ser pelo erro cometido,
como se fosse juiz e carrasco ao mesmo tempo, enquanto a consciência aguarda com
tranquilidade. É mais lógico o ser ir de encontro ao erro e corrigir a trajetória do seu
destino.

DEUS no seu aspecto imanente, está fundido e presente na criação.

DEUS, causa primeira sem causa, não tem princípio nem fim e tudo gera sem
Ter sido gerado. Deus simplesmente “é”, e tudo Ele “é” não encerrado no
limite de nenhuma dimensão.

Diz-se muitas vezes que DEUS está presente. E não há dúvida: Deus está
presente. Mas não basta dizer isto. É preciso aprender a perceber esta pre-
sença, a compreender o Seu pensamento e seguir o caminho marcado pela Sua
vontade.

É certo que o tipo do futuro buscará e orará a DEUS de outra maneira e Lhe
obedecerá com mais amor e convicção. Quem sente o Deus imanente, sabe
que Ele está sempre presente e não só nos templos, não podendo, por
conseguinte, evadir à Sua Lei.

É sublime falar com DEUS, é reconfortante senti-Lo bem perto,


principalmente nas horas terríveis.
Podemos conversar com Deus, Ele dialoga conosco, responde aos nossos anseios, acalenta
nossas dores, fortalece o nosso espírito, dá-nos paz e tranquilidade.

Instintivamente, o homem criou para si uma idéia de DEUS feita à sua


imagem e semelhança, idéia derivada da posição do homem, invertida pela
queda no Anti-Sistema.

Na alegria e na dor, na vida e na morte, no bem e no mal, está DEUS; um


Deus sem limites, que tudo abarca, estreita e domina, até as aparências dos
contrários, que guia para seus fins supremos.

Não obstante a imensa distância que nos separa de Cristo, a que vai do S
(Sistema) ao AS (Anti-Sistema), há um fato que nos avizinha Dele: todas as
criaturas, mesmo as decaídas, são filhas de DEUS.

No ribombar da tempestade está DEUS; na carícia dos humildes está Deus; na


evolução do turbilhão atômico, na arrancada das formas dinâmicas, na vitória
da vida e do espírito, está Deus.

O mundo tem sempre pressa, porque está encerrado no tempo. DEUS fala
calmo, porque é senhor do tempo.
A pressa é inimiga da perfeição, a pressa é do Anti-Sistema e a calma é do Sistema. A
pressa é falta de confiança em Deus.

O princípio da imanência nos diz que se do universo tirarmos DEUS, resta um


cadáver.
Tirar Deus imanente do universo é tirar a vida que o movimenta, o universo sem vida é um
simples cadáver.

Os homens escrevem na superfície, mas DEUS esculpe nas profundezas, de


onde tudo nasce.
A humanidade está ligada à matéria, por isto vive na superfície, Deus está ligado à
substância, ao espírito.
Para criar, DEUS não podia deixar de recorrer à Substância de que Ele era
feito. Com esta Substância, Deus criou as criaturas, assim nasceu o S
(Sistema).

Pára, escuta e ora. Abre os braços à criação e repete com ela: “DEUS, eu Te amo”! Tua
oração, não mais admiração amedrontada pelo poder divino, agora é mais elevada: é
amor.
Um dia chegaremos lá, quando nossas orações serão feitas com Amor ou somente Amor.

Passam pela terra seres como o poeta, o gênio, o santo, o herói, tão avançados
no caminho da evolução que podemos ver neles um reflexo de DEUS; alguns
tão perfeitos que nos aparecem semelhantes a Deus.

Quando o homem tiver se tornado consciente da presença de DEUS em si, o


caminho da evolução estará completado, o edifício desmoronado estará
reconstruído, a natureza rebelde terá volvido ao Criador.

Que esplendor não ter que imaginar DEUS afastado, longínquo nos céus, mas
vivo entre nós, trabalhando ao nosso lado, ajudando-nos em nossa luta para
evoluir, com seu imenso poder, bondade e sabedoria!

Quem realmente sente DEUS, O vê e encontra por toda parte, mesmo no


contingente cotidiano.
É esse Deus que precisamos senti-Lo cada dia.

Se não nos é dado conceber o DEUS transcendente, podemos, no entanto, ver


o semblante do Deus, imanente, pois, que toda forma de existência é uma
expressão do pensamento e da vontade Dele, é uma manifestação do Seu ser.

Se quereis somar ao infinito vossos superlativos, dizei ao infinito: isto ainda


não é Deus. Seja DEUS para vós uma direção, uma aspiração , uma tendência;
seja para vós a meta.
Que Deus seja a nossa meta, a maior aspiração na vida.

Se soubermos a arte de viver em harmonia com DEUS, a nossa existência se


deslocará do plano da injustiça e da força em que vive o homem, para o plano
da justiça e da bondade em que tudo funciona com princípios diferentes.
Estamos experimentando a arte de viver em harmonia com Deus, com Sua Lei, não é fácil,
mas é possível.
Sem DEUS nem mesmo o pecador pode viver, e se ele continua vivendo, isto
significa que Deus ainda opera nele.

Tal como o exige a nossa mente, DEUS deve possuir todas as qualidades no
grau da mais absoluta perfeição, deve ser absolutamente perfeito em tudo,
onipotente, onisciente, absolutamente livre, bom, justo, lógico, uno.

Vossa concepção de um DEUS que cria fora e além de si, acrescentando algo
a si mesmo, é absurda concepção antropomórfica, é querer reduzir o absoluto
ao relativo.

Dever - Tenho o dever de dar o exemplo, de devolver o que recebi, de dar aos
outros a alegria conquistada, o dever de indicar o caminho e testemunhar
minha experiência.
Pietro Ubaldi fez isso a vida inteira, deixou o exemplo que pode ser útil a cada um de nós.

Diabos - Se os diabos não podem ir para o paraíso é porque também ali eles
se encontrariam muito pouco satisfeitos, não podendo exercitar-se na sua
ocupação preferida, atormentando o próximo.
Aqui diabos podem ser encarnados e desencarnados e atormentar uns aos outros.

Dimensões - As dimensões aparecem e desaparecem ao progredirem. Assim,


morrerá o espaço com a matéria, o tempo com a energia, a relatividade com a
consciência; mas a Substância ressurgirá em formas e dimensões mais altas,
assumindo sempre novas direções.

Razão e intuição, análise e síntese, relativo e absoluto, finito e infinito são


DIMENSÕES diferentes, produzidas em planos diversos.

Dinheiro - Cada coisa em seu lugar. Também o sal, na comida, é muito útil,
mas se passar da medida exata, estraga-a. O fogo é indispensável para
cozinhar, mas se for demasiado, queima tudo. Assim, o dinheiro é uma força
que precisa ser contida e dirigida pelos valores substanciais, que estabelecerão
seus limites e uso.

Há um DINHEIRO maldito que só traz maldição a quem o possui: o dinheiro


que Judas pagou o campo de sangue.
É uma advertência muito útil que abre nossa mente para observar a origem do dinheiro que
recebemos.

Não nos rebelamos contra o DINHEIRO honesto, fruto do trabalho, abençoado


por Deus; mas contra o DINHEIRO ensanguentado que gera tantas dores,
amaldiçoado por Deus.

O erro consiste no DINHEIRO demasiado, não honesto, fruto não do trabalho,


meio não para coisas boas, mas fim em si mesmo.

Quem quiser, portanto, realizar uma obra, principalmente se for espiritual,


precisa em primeiro lugar afastar certos elementos e proteger-se contra o
DINHEIRO que os atrai.
Para a Obra do bem não precisamos preocupar-nos tanto com o dinheiro porque ele chega
na hora certa e medida exata.

Distância - Vossas distâncias psicológicas são maiores e mais difíceis de


serem vencidas que as distâncias de espaço e de tempo.
Como é dificil vencer a psicose do medo, da conquista de bens materiais etc.

Divina - A Divina Providência está pronta a ajudar, desde que haja


merecimento e necessidade.

Divindade - Não deveis medir a Divindade como medis a vós mesmos; não
tenteis defini-La, muito menos com aquilo que serve para definir-vos a vós
mesmos, por multiplicação e expansão de vosso concebível.
É muito comum tentar compreender o Divino, tomando como referencial nós mesmos,
ainda mergulhados no Anti-Sistema. Para senti-Lo é preciso mudar de referencial, usar o do
próprio Deus

Não reduzais a DIVINIDADE as formas antropomórficas, não a restringeis a


conceitos feitos à vossa imagem e semelhança.
A Divinidade só pode ser concebida com o referencial do espírito.

Doença - A doença não é uma derrota, porque existe para ser superada, faz
parte do processo evolutivo, pelo qual o direito de vencer pertence ao
consciente, mais adiantado do que o subconsciente, porque a lei da vida é o
progresso.
Nenhuma doença pode representar para nós uma derrota. Podemos aproveitar a sua
presença para vitória do espírito
Dor - A anulação da dor é feita corajosamente através da dor. Por isso, ela
pode ser colocada no caminho das ascensões humanas.

A DOR bate, martela, consome e reedifica. É um martelar rítmico, lacerante,


que fere e desperta as profundezas do ser.

A DOR é a campainha de alarme que, com notas bem claras, nos avisa de
estarmos fora da estrada, impelindo-nos a retomar o caminho certo, a fim de
nos livrar dos sofrimentos.

A DOR é a grande mestra da vida, mas não basta sofrer  é preciso sofrer
utilmente.

A DOR é o caminho da libertação que nos conduz ao mundo super-humano.


A DOR não é somente um fenômeno de reação orgânica e psíquica, mas uma
lei de equilíbrio moral.
Quando a dor nos atinge, buscamos descobrir suas causas, encontrando-as, procuramos
recompor-nos, então o equilíbrio, moral e espiritual, é restabelecido.

A DOR pode piorar os maus, mas sem dúvida melhora os bons.

A DOR prepara o caminho às profundas introspecções.


A dor faz o ser meditar, refletir e encontrar Deus em suas profundezas.

Abraça a DOR, ama-a, e ela perderá sua força.

Depende de nós o saber ascender para vencer a DOR, o saber sofrer reagindo
na forma mais elevada.

Estudai no grande livro da DOR. Sabei sofrer, se quereis subir.

Existem as nossas próprias DORES que sempre nos parecem tão grandes.
Existem as dores físicas e as dores morais. Existem as dores grosseiras da
matéria e as dores sutis do espírito. Existem dores tão refinadas que
consomem toda a alma por dentro.
Quando diz "existem dores tão refinadas que consomem toda a alma por dentro", Pietro
Ubaldi está falando das que ele abraçou durante a vida. Descobriu as suas causas e viu que
eram suas, bem suas. Faziam parte do seu destino.
Há DORES feitas sob medida para os pobres, os ignorantes, os fracos, os
ricos, os homens cultos, os poderosos, para cada um.
Lembra-te de que a DOR não é eterna porém uma prova que dura até que se
esgote a causa que a gerou.

Não procures nos outros a origem de tua DOR, mas sim em ti mesmo, e
arrepende-te.

O exemplo do sacrifício de Cristo diz a todos que sem DOR não há salvação.

Se a DOR faz a evolução, a evolução anula progressivamente a dor.

Sem DOR não se evolui, não se reconstrói, não se reconquista o paraíso


perdido.
E
Economia - A economia do Evangelho é a do evoluído, de alto nível
biológico, e se poderia chamar a economia do justo. Ela é feita de ordem e
retidão, pela qual o indivíduo não contrai débitos para com a Lei, portanto, é
livre da preocupação do dever de pagar.
Quem vive o Evangelho está semeando para o presente e para o futuro. Para o presente
porque vive em paz, para o futuro porque ficará sem débito a pagar e está se aproximando
ainda mais do Sistema. É uma economia compensadora.

Os princípios sobre os quais se baseia a ECONOMIA do mundo são o egoísmo, o


separatismo, a rivalidade, enquanto a outra parte, que poderemos chamar economia do
céu, fundamenta-se no altruísmo, na unificação, na cooperação.

Econômico - A solução do problema econômico não se pode obter com o


velho sistema da guerra entre ricos e pobres, e sim com o de canalizar todas as
energias em direção a um trabalho produtivo, fonte de efetivo bem estar geral.

Educação - A educação é o ato no qual a geração madura se volta sobre a


geração jovem.

A obra de EDUCAÇÃO deve ser verdadeiramente um ato de fraternidade.


Já se pratica esse tipo de educação, sobretudo nas comunidades carentes.

Educador - Numa classe os jovens estão todos a pedir força e bondade,


sabedoria e paciência ao educador.

O EDUCADOR representa força do bem fazendo-se canal para sua descida


desde o divino.

Egocêntrico - O Estado, como um chefe de família, pode ser utilmente


egocêntrico, sem ser egoísta.

Egocentrismo - A evolução quer todos os egocentrismos separatistas fundi-


dos num estado orgânico, situação futura da humanidade.
Em Deus estavam perfeitamente harmonizados o princípio do
EGOCENTRISMO e do Amor, porque o egocentrismo de Deus abarca todos
os seres, não é egoísmo separatista, mas um altruísmo unificador.

Na história da vida do homem, venceu e dominou até agora o princípio do


individualismo, pelo qual o ser vive isolado, como num castelo, fechado no
seu EGOCENTRISMO e armado contra todos.

O EGOCENTRISMO de Deus é, pois, um egocentrismo perfeito, isto é, não


constituído de um egoísmo separatista e exclusivista, como um dos seres
inferiores, mas sim, feito de Amor, que reforça essa fundamental lei do ser,
porque Deus é centro, não para sujeitar mas para atrair, não para absorver, mas
para irradiar, não para tomar, mas para dar.

Sem EGOCENTRISMO altruísta desde os sistemas planetários aos organismos


celulares e sociais, não se mantém compacta nenhuma unidade.

Egoísmo - O universo, subindo para Deus, vai de um egoísmo separatista a


um egoísmo sempre mais unitário e altruísta.

Energia - A energia é transformada, por meio do mecanismo da vida, de


suas formas inferiores nas mais altas formas nervosas de sensação, sentimento
e pensa-mento.
Aqui está falando de energia do psiquismo.

Equilíbrio - A resistência orgânica não passa de equilíbrio entre


contaminação e defesa.
O organismo se mantém equilibrado dentro de um sistema de forças antagônicas, positivas
e negativas. Quando chega a doença,as células sadias lutam para que o equilíbrio
orgânico se reestabeleça.

O método evangélico corresponde à grande Lei do EQUILÍBRIO universal.

O princípio de ordem é princípio de EQUILÍBRIO.


Erro - O fato de que cada erro se paga, obriga o ser a desenvolver a
inteligência até chegar à compreensão da Lei.
O pagamento do débito contraído é um mal que se transforma em bem. Obriga o ser
compreender e obedecer à Lei.
O problema da dor é problema de ignorância da Lei, porque é esta ignorância
que leva ao ERRO e este à dor.

Os ERROS podem ser cometidos não somente em quantidade, mas também


em qualidade, através dos nossos atos.

Quando se cometeu um ERRO e se insistiu nele, as consequências não se


desfazem facilmente, porque já se formou a relação causa-efeito, que, como
uma cadeia em que cada anel se liga ao outro, vai sempre gerando novos
anéis.
Cometendo-se um erro, o primeiro passo é o arrependimento, mas o débito será pago, é a
lei de causa-efeito. Judas arrependeu-se nem por isso ficou livre do seu débito à Lei. Se
insistir no erro o débito aumenta.

Escola - A escola do futuro deverá servir para preparar os jovens a resolver


os problemas da vida e não para fazer eruditismo e colecionadores de noções
que os tornarão cultos, mas fora da realidade.
Ainda neste milênio, os jovens sairão das escolas formados para a vida material e
espiritual. Já existem algumas experiências neste sentido.

Escravidão - A escravidão do mundo foi abolida apenas formalmente, nas


leis, mas continuou no instinto humano, em relação a qualquer indivíduo,
desde que pareça mais fraco: escravidão moral, econômica, política etc., de
forma civilizada, com cadeias invisíveis, mas nem por isso menos fortes.
A escravidão será totalmente extinta quando a fraternidade reinar entre os povos.

Espírito - A primeira criação de espíritos foi um estado orgânico perfeito,


em que reinava uma ordem hierárquica.
É inconcebivel uma criação, feita por Deus, de espíritos anárquicos. Onde estaria a
perfeição divina?

A vida do ESPÍRITO é representada por um estado vibratório.


O espírito não tem forma, como a concebemos.

As consciências ou ESPÍRITOS são semelhantes ou dessemelhantes, pelas


características vibratórias.
As características vibratórias distinguem um espírito do outro.
Caíram fora da ordem, na desordem, os ESPÍRITOS que não quiseram viver
sintonizados harmonicamente com o pensamento de Deus, representado pela
Lei.

Com plena consciência, o ESPÍRITO superior escolhe o tempo, o lugar, a


matriz em que nascerá na Terra. Sua encarnação é um ato de sacrifício, sua
descida na prisão da carne, apropriada a almas pouco evoluídas como as
humanas, é sua paixão mais dolorosa. Por ser ele adiantado no caminho da
evolução, já está desligado da roda da morte e do renascimento.
Os espíritos superiores descem à Terra em missão. Quitam seu débito, conscientemente, e
cumprem a tarefa que lhe pertence. São reencarnações planejadas.

Depois das descobertas da desintegração do átomo, inexaurível fonte de


energia, e da transformação da individualidade química pela explosão
atômica, a descoberta do ESPÍRITO é a maior descoberta “científica” que vos
aguarda e revolucionará o mundo, iniciando uma nova era.
Quando a ciência descobrir o espírito, haverá uma grande transformação no mundo,
começando pelos parâmetros de referência: os deste mundo e os do outro, bastante
utilizados na Obra de Pietro Ubaldi. Atualmente, o mundo só conhece o referencial
espaço-tempo. Será o início de uma nova era.

Deus criou os ESPÍRITOS tirando-os de Sua própria substância. Então eles


tinham de ser de Sua natureza mesma e possuir Suas mesmas qualidades.

É perigoso tratar das coisas do ESPÍRITO, acreditando poder utilizá-las para


fins humanos, com intenção de domínio, com os métodos comuns, sem saber
que reações podem nascer delas.
O que é do espírito pertence ao espírito, ao Sistema, o que é da matéria pertence à
matéria, ao Anti-Sistema.

Felizes aqueles cujo ESPÍRITO jamais se sacia de conhecimento e de bem,


que lutam e sofrem por uma conquista cada vez mais alta.
Na realidade, não havia espaço e, portanto, não podia haver afastamentos
espaciais. Nada podia sair do todo. Por isso os ESPÍRITOS rebeldes
permaneceram no todo, como estavam antes.
Permanecemos em Deus, mas caídos, estamos nos levantando para contemplá-Lo
novamente.

Nas fases superiores, todo o universo se torna ESPÍRITO.


O universo visto com olhos do corpo é material, mas contemplado com o espírito, observa-
se que existe um psiquismo em cada ser, em cada criatura, do vegetal ao super-homem.

Nem todos os ESPÍRITOS se rebelaram, de modo que a desordem não foi


geral, ou seja, não abrangeu toda a terceira esfera ou aspecto da Divindade,
que aqui se chama o Filho.

O ESPÍRITO é organismo em crescimento contínuo que no seu incessante


renovar-se vai matando cada vez mais a besta no homem.
Superar as qualidades negativas é a maior preocupação do espírito que deseja evoluir.

O ESPÍRITO, livre da matéria, poderá gozar, sem esforço, um movimento


próprio gratuito e ilimitado, como é o dos corpos celestes, com a diferença de
não ser um escravo cego do movimento, como aqueles corpos, mas senhor
consciente.
Quanto mais evoluído, maior é a liberdade do espírito para movimentar-se.
O ESPÍRITO não é uma criação da vida, mas uma revelação através da vida,
algo que agora simplesmente reaparece, porque já existia no sistema antes de
cair.

O que pertence ao ESPÍRITO não podemos percebê-lo senão com recursos


espirituais.
O mundo material é concebido com o referencial espaço-tempo e o espiritual com o do
espírito, a Lei, Deus.

O sinal da perfeição perdida está impresso com caracteres indeléveis em nosso


ESPÍRITO, que não a esqueceu e tem fome de reconquistá-la.

Os ESPÍRITOS decaídos continuaram a ser centelhas de Deus e ofuscaram,


mas não destruíram, a sua natureza divina.

Quanto mais se é ESPÍRITO mais se domina a decadência senil.


A velhice em nada prejudica o estado espiritual em que o velho se encontra, pelo contrário,
seu espírito está mais amadurecido e preparado à nova vida, se ele não estiver preso à
matéria.

Seremos os pioneiros dos grandes continentes inexplorados do ESPÍRITO.


Espalhemos a cada momento, em redor de nós, atos de sinceridade e de
bondade. As vibrações de cada movimento jamais se perdem e alcançam
distância inimagináveis.
O mundo espiritual é um continente ainda inexplorado, apenas temos notícias e muito
vagas. Só podemos penetrá-lo através do movimento vibratório que vamos conhecendo
com a evolução.

Matéria e ESPÍRITOS são de estruturas diversas.

Espiritual - As fontes do conhecimento e do poder, da riqueza e da saúde


não estão como a maioria crê, no mundo material, exterior a nós, mas no
mundo espiritual.

As horas da madrugada são as mais profundas, as melhores para a atividade


ESPIRITUAL.

O trabalho a ser realizado deveria ser não o de fazer descer o espírito


trazendo-o ao nível da matéria, mas o de transformar nossa natureza material
até tornar-se ESPIRITUAL.

Espiritualidade - A ESPIRITUALIDADE verdadeira só poderá chegar de-


pois de ter varrido o terreno dos instintos inferiores da animalidade.

Uma ESPIRITUALIDADE tomada a sério, e não pregada para cobrir outras


finalidades, interessa só a uma minoria. Para o homem comum a vida real é a
terrena. A do além-túmulo é coisa longínqua, sem certeza. A morte é morte e
não ressurreição.

Espiritualização - A evolução significa espiritualização e palmilha a


estrada que sobe a Deus.

Voltar a subir significa, pois, o transformar-se da matéria em energia e desta


em espírito, ou seja, um processo de ESPIRITUALIZAÇÃO.

Estado - O novo Estado é gigantesco organismo integral, imensa oficina de


colaborações, em que máquina, trabalho, produção, riqueza, ciência, religião,
tudo se funde e age organicamente.
Esse será o Estado no futuro, a verdadeira democracia, o poder emanado do povo que se
volta para o bem estar do povo.
O ESTADO agirá em profundidade, evoluindo a luta para formas mais altas,
que implicam união de pensamento e de energias, correspondente, também, a
um princípio de utilidade coletiva. Imaginai a força de um povo que se tornou
organismo!

O ESTADO que realiza o princípio colaboracionista está situado num nível


superior ao do Estado que permanece na fase do princípio hedonístico.

O poder de um novo ESTADO, de alto conteúdo ético, é uma força que


fecunda todas as atividades, é um esplendor de luz que desperta qualquer
alma. Valoriza-se a aptidão, que responde aos impulsos mais nobres, e o
homem mediano, incapaz de orientar-se e guiar-se, feito para obedecer, aceita
e se eleva.

Estrada - A estrada para evoluir está aberta a todos, qualquer um, desde que
a queira, pode tornar-se um evoluído, subindo, se ainda não o é.

Eternidade - Para o evoluído o centro da vida não está na Terra, no presente, e a vida
atual vale só em função de uma outra vida, maior, situada na eternidade; não é um fim em
si mesma mas apenas um meio para alcançar finalidades mais longínquas e para preparar
a sua realização.

Ética - A ética do evoluído é mais livre, todavia mais rigorosa que a do


involuído.
Se é mais rigorosa, é mais segura. É possível caminhar (evoluir) com tranquilidade e tem o
destino em suas mãos.

A ÉTICA do mundo cuida muito de distinguir um grupo do outro, seja por fé,
religião, partido etc., e não a de distinguir honestos de desonestos, onde quer
que estejam.

A ÉTICA é apenas um dos aspectos da verdade e, como tal, também só pode


ser relativa e em evolução.

A verdadeira ÉTICA não depende do homem, mas de Deus. Ela está acima de
tudo e de todos, escrita na Lei e dentro da própria natureza das coisas, dela
não se pode fugir.

Agora na Terra está nascendo a nova ÉTICA social, internacional, mundial,


que terá de reger em unidade o novo organismo coletivo da humanidade.
Hoje, a ÉTICA é um campo ainda inexplorado, um fenômeno que vivemos
frequentemente com resultados desastrosos, porque lhe ignoramos o
funcionamento e daí cometemos erros contínuos. Mas, no futuro poder-se-á
planificar a viagem da vida, percorrendo-a de olhos abertos e não mais às
cegas, como hoje ainda se costuma fazer.

No plano humano também as ÉTICAS não são todas iguais, dependem da


forma mental do indivíduo e da sua maneira de conceber a vida conforme o
seu nível biológico.

Quanto mais uma ÉTICA é evoluída, tanto mais é moral, no sentido de que se
aproxima da moral perfeita do S (Sistema); e quanto mais uma ética é
involuída, tanto mais é imoral, no sentido de que se afasta da moral e se
aproxima da sua negação completa no AS (Anti-Sistema).

Um dia, teremos de chegar à realização vivida da ÉTICA ideal, que hoje, na


Terra, luta para levar o homem a um plano superior de vida, no qual triunfará
a nova civilização do espírito.

Eu - É o nosso EU que escolhe em que ambiente nascer, se o não sabe ainda


fazê-lo, é guiado pelas sábias forças da vida.
Uma grande parte da humanidade nasce, vive e morre guiada pelos instintos.

Na sua forma física, o nosso EU se encontra sem recordar. Tudo se passa na


zona dos automatismos conquistados pela repetição muito longa e
abandonados ao subconsciente.
A descida à Terra faz esquecer o passado, todavia com a evolução o subconsciente vai
deixando de ser uma caixa de segredos. Então, o "eu" recorda até lugares e de fatos
relacionados às vidas pretéritas.

Nunca esqueçamos que, em cada momento de nossa vida, estamos


construindo, com os nossos atos, o edifício do nosso EU, isto é, nosso espírito,
nossa psicologia e também, como consequência, o corpo onde moramos.
Construir o espírito é desabrochar as qualidades positivas que estão nele em estado
latente. A visão se amplia e pode planejar o corpo onde vai morar durante a vida terrena.

O nosso EU não é uma entidade estática, mas um feixe de forças, cada uma
com suas características próprias, bem definidas; feixe que, avançando e
retrocedendo, desloca-se ao longo do caminho da evolução.
Quando o nosso eu ficar estático, não estamos evoluindo, nascemos, vivemos e não
progredimos.

O produto do subconsciente, ou EU inferior e o princípio funcional que o


caracteriza, é o instinto. O produto do consciente, ou eu médio e o princípio
funcional que o caracteriza, é o raciocínio. O produto do superconsciente, ou
eu superior e o princípio funcional que o caracteriza, é a intuição.
Quando a consciência latente tiver se tornado clara e o EU tiver pleno
conhecimento de si mesmo, o homem terá vencido a morte.
Vencer a morte é não ter medo dela. O medo é decorrente do comportamento que se teve
durante a vida, acaba quando a consciência latente tiver se tornado clara, com a evolução.

Se todas as formas são diferentes, é porque os “EUS” são diferentes, embora conservando
cada qual na sua diversidade a característica universal comum de ser um “eu”.
Todos somos centelhas de Deus e cada um tem o seu "eu", com as características que lhe
são próprias.

Subconsciente, consciente e superconsciente são três formas de existência do


mesmo EU, observado em três de suas dimensões diferentes, sucessivamente
conquistadas por evolução.

Todos os “EU” se reagrupam por unidades coletivas, dos menores aos


maiores, alcançando, das mínimas unidades atômico-nucleares às máximas
organizações galáticas, do simples psiquismo orientador das moléculas dos
cristais ao do homem e do gênio.
Deus é uno, com o retorno ao Sistema toda a criação estaria unida a Deus.

Evangelho - A única saída da violência é esta: o caminho do perdão, o


caminho do amor, o caminho do Evangelho.

Ao EVANGELHO só pode-se chegar por sucessivas aproximações. Ele fica


inacessível por sua elevação, se for apresentado de súbito ao homem atual que,
por certo, não o compreende e não o pratica.
Ainda não somos evoluídos bastante para viver o Evangelho como Cristo viveu, mas é
possível vivê-lo de acordo com o nosso nível evolutivo. Com o progresso espiritual
viveremos mais ainda, até incorporá-lo em nossos instintos.

Biologicamente, o EVANGELHO representa o futuro e algum dia, portanto,


haverá de tornar-se realidade.
É mister compreender que o EVANGELHO não é contra a vida. Ele é apenas
contra a bestialidade que domina a vida, cujo desenvolvimento ele não
atrapalha, mas encoraja a levá-la a um plano evolutivo mais alto.

Efetivamente não há nada mais antievangélico que o método como


EVANGELHO é aplicado, pela força, dado que a essência do Evangelho é o
amor.

Não há dúvida de que um EVANGELHO verdadeiramente vivido realizaria a


mais benéfica revolução do mundo, porque, renovando a nossa maneira de
conceber a vida, reformá-la-ia de alto a baixo.

Não se pode negar que todo o movimento moderno, em favor da justiça social,
encontre o seu primeiro germe no EVANGELHO.

No EVANGELHO movem-se as forças do infinito; a justiça é automática e


perfeita, substancial, e a coordenação social é alcançada; então, o homem
move-se em paz com a harmonia do universo.

O EVANGELHO acompanha-nos, ajuda-nos, santifica-nos, mas não nos tira o


trabalho, não nos exime do esforço que nos compete.
O Evangelho é o roteiro, é o farol que ilumina a nossa trajetória, mas quem deve e tem de
caminhar somos nós.

O EVANGELHO é aplicável não integralmente, mas em doses percentuais,


suportáveis pela atual natureza humana, sem lesar demais as necessidades ma-
teriais da vida terrena.
Não se sobe o monte correndo, é alto demais para o nosso nível evolutivo, caminhando
chegaremos ao topo e com vida espiritual saudável. O Evangelho ensina-nos a caminhar.

O EVANGELHO é um caminho espinhoso, mas só por ele se pode seriamente


alcançar o paraíso, mesmo na Terra.

O EVANGELHO não é destrutivo e antivital, como pode parecer. Ao


contrário, representa um novo modo de conceber a vida, para ajudar-nos a
enfrentar e resolver, com sabedoria, os nossos problemas.

O EVANGELHO não tem só um sentido moral e religioso, mas também


biológico e social, que a ciência um dia terá de compreender.
O EVANGELHO nos quer pobres (ou humildes) de espírito, desprendidos,
homens que aprendam a possuir com outro espírito, totalmente diverso do que
é próprio ao tipo biológico comum humano, espírito que pode permanecer
intacto em qualquer regime econômico.
O Evangelho nos quer humildes de espírito, mas não miseráveis, sem meios para
sobreviver.

O verdadeiro EVANGELHO, o mais completo é aquele representado não só


pela forma que assumiu nos tempos de Cristo, mas por todas as formas que o
mesmo vem assumindo no decorrer dos anos e são oferecidas pela vida que
caminha.

Evangélico - O homem evangélico, embora possa parecer inepto sonhador


aos olhos do mundo, a única coisa que faz na realidade é lançar fora as armas
primitivas e pouco poderosas, para apanhar outras mais aperfeiçoadas e de
maior potência.
O Evangélico sabe que as armas do Evangelho são mais poderosas. Eis a grande
vantagem: ele conhece as deste mundo e as do Evangelho que o involuído as despreza.

Quem segue o método EVANGÉLICO da não-resistência, foge da luta e,


consequentemente, não pratica qualquer forma imposta de ideais, o que
implica ter de respeitar a ignorância em que o próximo se fecha, pronto a lutar
para a defender.

Evolução - A evolução abre a todos, os governantes e governados, novos


horizontes, prepara formas de vida mais altas que serão compreendidas,
quando o homem for mais inteligente, e então serão aceitas, porque mais
vantajosas para todos.

A EVOLUÇÃO biológica está completa. Aguarda-te a evolução espiritual.


Já atingimos o reino hominal e nos consideramos planetários. Precisamos atingir o reino
espiritual e sermos donos do espírito, de nós mesmos.

A EVOLUÇÃO caminha do subconsciente ao super-consciente, da besta ao


super-homem.

A EVOLUÇÃO é a grande lei da vida, é irresistível lei de unificação.

A EVOLUÇÃO é conquista de consciência, de auto-nomia, de liberdade,


porque vai do AS (Anti-Sistema) ao S (Sistema).
A EVOLUÇÃO é uma força viva, presente dentro de nós, fazendo pressão,
constrangendo-nos à subida de modo obrigatório.

A EVOLUÇÃO espiritual da humanidade divide-se em três grandes etapas:


Budismo, Cristianismo e ciência moderna.
Buda viveu 400 A.C. e trouxe grandes revelações à humanidade. O Cristianismo foi uma
alavanca propulsora para fazer essa humanidade evoluir, mas sem a contribuição da
ciência, não seríamos o que somos hoje.
A EVOLUÇÃO leva-nos do inferno ao paraíso.

A EVOLUÇÃO não retrograda, não aniquila jamais e defende, como a coisa


mais preciosa, os produtos de tantos esforços seus.
Se o espírito não retrograda, também a evolução não pode retrogradar.

A EVOLUÇÃO orgânica não é senão a expressão externa da evolução do


espírito.
A evolução da forma acompanha a do espírito. Basta comparar duas civilizações e
observamos que forma e espírito evoluíram juntos.

A EVOLUÇÃO psíquica e a evolução morfológica estão ligadas, pois


constituem o mesmo processo evolutivo. Uma não pode ser isolada da outra,
porque a evolução morfológica só representa a expressão exterior da evolução
do princípio espiritual e constrói para si mesmo, regendo-o, o seu organismo
no plano físico.

A EVOLUÇÃO surge de dentro, e não de fora. Trata-se de um impulso


espiritual, ignorado pelo ambiente externo, material.

A EVOLUÇÃO, que passa do plano físico ao dinâmico e ao psíquico, transforma todo o


universo num psiquismo.

A psique humana pode se dividir em três zonas: subconsciente, consciente e


superconsciente, que representam seus três níveis de EVOLUÇÃO.
Com a EVOLUÇÃO, o centro da vida se afasta do plano material cada vez
mais para o plano espiritual.

É preciso compreender o que Darwin e seus seguidores materialistas não


compreenderam e não podiam compreender, isto é, que a EVOLUÇÃO é
guiada por um fluxo vital e que sua substância é espiritual.
Charles Darwin viveu no meado do século XIX, quando a ciência estava desabrochando.
Pietro Ubaldi viveu um século depois e a ciência já assombrava o mundo com as suas
descobertas e modernas tecnologias. Enquanto a evolução do primeiro é parcial a do
segundo é global.

Nada cai do céu gratuitamente. Tanto o indivíduo, como a humanidade, todos


têm de subir a montanha da EVOLUÇÃO com as suas próprias pernas.

No caminho da EVOLUÇÃO, o mais rebelde contra a Lei é o ser mais


atrasado; o mais obediente é o ser mais adiantado.

O futuro da EVOLUÇÃO reside na compreensão recí-proca, na reconstrução


da unidade quebrada, na re-absorção e anulação do separatismo, primeiras
qualidades do Anti-Sistema, para substituir a elas a compreensão e a
colaboração, primeiras qualidades do Sistema.
Quanto mais a humanidade evolui mais descobre que a evolução não tem limite, ela está
em todos os segmentos da sociedade e do conhecimento. Hoje fragmentada, amanhã
unificada.

O mineral se orienta, a planta sente, o animal percebe, o homem raciocina, o


super-homem conhece por intuiçãoeis a EVOLUÇÃO da sensibilidade.

Os conceitos de bem e de mal, de virtude e de vício, de dever e de culpa,


embora relativos e progressivos só podem ser concebidos em função da
EVOLUÇÃO.

Por meio da EVOLUÇÃO passa da força ao direito, do egoísmo ao altruísmo,


da guerra à paz.

Evoluído - A diferença entre o EVOLUÍDO e o involuído é esta: só o pri-


meiro dirige, conscientemente, a sua vida; o segundo obedece aos seus
instintos.
Cada evolução seguinte contém as anteriores, assim o super-homem se orienta, sente,
percebe, raciocina e conhece por intuição.

Cada EVOLUÍDO é um involuído em relação ao que lhe é superior, e cada


involuído é um evoluído, em relação ao que lhe é inferior.

Entre os dois, involuído e EVOLUÍDO, o mais forte é o segundo, porque está


protegido pelas forças da vida que quer ascender.
O EVOLUÍDO domina a vida, sabe e calcula causas e efeitos longínquos, é
previdente, reflexivo.

O EVOLUÍDO tende a espiritualizar tudo, o involuído a materializar; o


primeiro, elevando tudo a seu plano de vida, o segundo, reduzindo ao seu
próprio nível.
O tipo biológico do EVOLUÍDO é o que se coloca à frente da marcha
ascensional da humanidade.

Só se pode avançar por degraus sucessivos. Por isto, as formas mais evoluídas
compreendem as menos EVOLUÍDAS, mas não o contrário.

Evoluir - A necessidade de evoluir, imposta pela Lei, está gravada no mais


profundo instinto de vossa alma: a insaciabilidade.

A vida não é fim em si mesma, mas meio para um objetivo mais alto:
EVOLUIR. Evoluir significa progredir na alegria, no bem; significa libertação
das formas inferiores de existência, realização progressiva do pensamento de
Deus.

Quanto mais o ser EVOLUIR, mais se tornará um indivíduo social, cada vez
menos apto a viver sozinho, porque aprendeu as qualidades que o tornam apto
a viver em sociedade e compreendeu a grande vantagem em fazê-lo.

Evolver - A união sexual normal é a regra sadia para os seres que precisam
de todas as provas e dores inerentes à vida, necessária para evolver.

Evolvido - O evolvido é o ser mais adiantado que vive, quer viver e não pode
deixar de viver o Evangelho.
F
Fé - A alma sente a utilidade da fé na luta e conhecendo-a, não a abandona
jamais.

A ciência tem necessidade da FÉ e da intuição para alcançar as altas zonas


misteriosas que escapam ao raciocínio frio e aos métodos experimentais.
A maioria das descobertas científicas que fez o mundo evoluir foi alcançada pela intuição
do gênio.

A FÉ de olhos escancarados é muito mais sólida do que a de olhos fechados.

A FÉ é a esperança que a vida nos impõe, ainda quando tudo pareça perdido, é um
instinto que vem do Deus presente.

Para convencer é necessário estar convencido, assim como para ter FÉ é


necessário primeiro tê-la dentro de si, isto é, crer a sério, com fatos e não só
com palavras. A pregação que não corresponde à realidade da vida não
persuade e se toma o hábito de escutá-la apenas como uma bela apresentação.

Tende FÉ ainda que o céu esteja negro, o horizonte fechado e tudo pareça
acabado, porque lá sempre está à espera uma força que vos fará ressurgir.

Felicidade - A chave da felicidade não está na força ou na astúcia, mas na


justiça e no mérito.

A Lei quer a nossa FELICIDADE, mas esta só é concedida a quem


permanecer em sua ordem.

A Lei quer FELICIDADE desejada e compreendida e não felicidade imposta.

A verdadeira FELICIDADE, que nos satisfaz, não está fora, no plano material,
mas dentro de nós mesmos.

Como quer a bondade da Lei de Deus, a FELICIDADE está em nosso


caminho, esperando por nós, para ser atingida com o nosso esforço.
Da outra margem da vida, outras forças velam por ti e te estendem os braços,
mais do que tu ansiosas pela tua FELICIDADE.

O segredo da FELICIDADE está em nos libertarmos de nosso passado


inferior, da animalidade, para avançarmos no caminho da evolução, está em
nos afastarmos sempre mais do inferno do AS (Anti-Sistema), para nos
aproximarmos do paraíso do S (Sistema).

O segredo da FELICIDADE está em saber mudar o nosso destino de involuído


no de evoluído.

Para chegar à FELICIDADE completa do S (Sistema), é necessário haver


percorrido todo o caminho de puri-ficação e redenção, experimentando tantos
sofrimentos quantas são as imperfeições de que é feita a nossa natureza de
cidadãos do AS (Anti-Sistema).

Tudo se transforma à medida que subimos; o terreno, a paisagem, o ambiente,


a visão, o ar que respiramos; como se transformam, também, para a
espiritualidade, os próprios conceitos de liberdade e FELICIDADE.

Fenômeno - Cada fenômeno tem um tempo próprio, que lhe mede o


transformismo: não existe uma unidade universal de medida, nem uma
dimensão absoluta idêntica, invariável para todos os fenômenos.
Para compreender os fenômenos que acontecem conosco e fora de nós é bom conhecer os
dois parâmetros de referência: espaço-tempo e a Lei de Deus.

Cada FENÔMENO tem uma lei e essa lei é um ciclo. Cada fenômeno existe
enquanto se move de um ponto de partida para um ponto de chegada.
Por exemplo: o fenômeno reencarnatório, os períodos de subida e descida para evoluir
ainda mais, os acontecimentos históricos, os ciclos de vida e morte da matéria etc.

Coloco o FENÔMENO místico na sequência evolutiva do fenômeno


inspirativo.
O fenômeno inspirativo leva o inspirado a entrar em contato com a fonte para captar a
revelação. O fenômeno místico é uma identidade entre o místico e a fonte que lhe deu
origem.

O FENÔMENO inspirativo é de natureza vibratória.


Por FENÔMENO, entendemos qualquer acontecimento de nossa vida desde
aqueles mínimos, individuais, até os grandes fenômenos históricos.

Franciscano - A castidade franciscana é, antes de tudo castidade no


espírito, que confere ao indivíduo a posse de si mesmo.
A castidade franciscana funciona quando o indivíduo alcança o domínio de seus instintos.

A pobreza FRANCISCANA é, antes de tudo, um ensinamento de renúncia à


riqueza.
Esta virtude significa o desapego total dos bens materiais,ainda que os possuam.

Obediência FRANCISCANA no mais amplo sentido, é humildade; é a virtude


que suprime a exagerada consciência e expanção do eu.
A obediência franciscana freia o individualismo, o personalismo, a prepotência do
indivíduo.

As três virtudes FRANCISCANAS representam o ciclo da redenção, isto é, a


destruição completa do homem velho e a reconstrução do super-homem.

Cada uma das virtudes FRANCISCANAS, individual-mente, significam


progresso espiritual.

Os ideais FRANCISCANOS auxiliam a alma humana a sair da sua crisálida de


animalidade.

Os três votos FRANCISCANOS: pobreza, castidade e obediência, podem


representar na Terra, uma síntese das virtudes cristãs.

Francisco - Atingido seu ápice espiritual, a vida de Francisco não mais


tinha motivo de continuar sobre a Terra e cede ao cansaço do corpo; esgotado
pelo grande incêndio, extingue-se cantando as harmonias da criação.
Na hora de partir, São Francisco pediu aos companheiros que cantassem para ele, assim
se despediu deste mundo.

Com os três votos básicos da sua regra, FRANCISCO de Assis quis


despedaçar os correspondentes instintos fundamentais do homem, a eles
contrapondo com virtudes três impulsos opostos. Ao 1º instinto, o de possuir,
ele contrapôs o voto da pobreza; ao 2º instinto, o do sexo, contrapôs o voto da
castidade; ao 3º instinto, o do egocentrismo dominador, contrapôs a regra da
obediência.
Falei sobre FRANCISCO com a alma trêmula de veneração e amor como
quem olha um gigante que se encontra na vanguarda do caminho da vida, que
se move nos cimos vertiginosos de perfeição que desejaríamos atingir, mas em
face dos quais as pobres forças humanas caem, prostradas.
Esse espírito de veneração, também Frei Leão, o corderinho de Deus, tinha por São
Francisco.

FRANCISCO era capaz de ouvir em todas as coisas, forças e criaturas, a voz


de Deus presente.
Porque São Francisco se identificava com o Criador e com todas as criaturas.

Há quem possa crer que a santidade de S. FRANCISCO constituiu-se no


dormir no chão e vestir-se de saco e há quem creia que seja possível alcançar a
santidade imitando-o nisto. Mas a sua santidade consistia, não nessas últimas
consequências, mas em sua causa primeira, ou seja no incêndio espiritual que
ardia naquela grande alma e que se não alcança com imitações formalísticas.

Para sentir a palavra de Cristo, FRANCISCO devia tornar-se semelhante a Ele


na dor e no amor.

Parece estranho ver como um São FRANCISCO possa exercer um fascínio


sobre o tipo normal, que está muito longe de pensar que um santo desses possa
jamais ser verdadeiramente imitado por ele.
Estamos longe de poder imitar São Francisco, mas podemos seguir suas pegadas ainda
que seja em nosso nível evolutivo, muito distante do seu.

S. FRANCISCO é cérebro, S. Francisco é coração. É profundeza de conceito,


é intensidade de paixão.
S. FRANCISCO não somente conquista os povos, mas muito mais, as leis
biológicas.

S. FRANCISCO não é de fato, filho exclusivo de seu século, mas de todos os


tempos.

S. FRANCISCO não morre porque o seu ideal faz parte integrante da vida
humana.

S. FRANCISCO não será o fenômeno histórico ultra-passado, mas um ser que


vive conosco.
S. FRANCISCO nos ensinou a libertação de tantas ne-cessidades que nos
escravizam.

S. FRANCISCO, como o Cristo, deseja auxiliar a huma-nidade a fim de elevá-


la à redenção.

S. FRANCISCO, o grande senhor de recursos espirituais, foi um mestre de


reconstrução.
G
Guerra - A guerra nos parece como um assalto do mal a serviço do bem.

A GUERRA é desejada pela ignorância humana e permitida por Deus.

De GUERRA em guerra não pode encontrar senão a paz.

Todos detestam a GUERRA, mas todos admiram o vencedor.

A destruição material, pela guerra, nada é comparável à destruição maior, a


das almas.

A GUERRA se faz, cada vez mais, com capitais e indústrias, e, cada vez
menos, com patriotismo e espírito heróico.
H
Harmonia - Toda harmonia é uma festa, pois nos eleva e nos aproxima de
Deus.

Viver em HARMONIA com Deus significa construir a si mesmo e à própria


felicidade.

Herdeiros - Sempre somos herdeiros, somente de nós mesmos.

História - A história jamais caminhou uniformemente, mas sempre por


ações e reações, por impulsos e con-trachoques, progredindo no tempo, não
como um rio canalizado em margens feitas pelo homem mas como um curso
dágua, deixado livremente vagar pela planície, que por ela serpenteia da
maneira como o seu dinamismo lhe permite.

Ao lado da HISTÓRIA aparente há outra, mais profunda, a História


substancial.

Homem - A coisa simples e tremenda que o homem de hoje tem de fazer, na


encruzilhada dos milênios, é colocar a alma nua diante de Deus e examinar a
si mesmo com grande sinceridade e coragem.

A História não é feita pelo HOMEM, mas pelas forças imponderáveis que o
guiam.

A liberdade de cada HOMEM pode comparar-se à dos peixes, de mover-se nas


águas de um rio.
O peixe pode nadar em qualquer sentido, até contra a correnteza, mas não pode sair do
rio. Assim é o homem, não pode fugir da Lei.

A nova classe de HOMENS se distinguirá por meio de características


biológicas.
Hoje se distingue um tipo do outro por caracteres físicos.
A vossa crise, se é profunda e dolorosa, fará, no entanto, nascer o HOMEM
novo do terceiro milênio.

Através de longuíssimo caminho de evolução, o HOMEM subiu uma parte da


montanha e está saindo da animalidade. Seu atual esforço é o destacar-se
definitivamente da besta. Ele subiu uma parte da montanha, mas ainda tem
muito que subir.

Compete ao HOMEM, com seu trabalho, transformar o caos em ordem, na


qual ele possa viver bem.

Dado o seu tipo biológico, o ponto de partida e de referência para o HOMEM


é sempre a matéria; ou seja, o corpo, em função do qual pensa e age. Por isso,
quando quer tomar o caminho da espiritualidade e da santidade, tem de
começar agredindo a própria animalidade, para destruí-la.
Agredir aqui tem o sentido de vencer, superar, para espiritualizar-se.

É necessário civilizar o HOMEM no terreno religioso, como no erótico, para


que encontre o equilíbrio do seu "eu" entre os dois pólos opostos, o da
animalidade a superar e o da espiritualidade a conquistar.

Este será o tipo do HOMEM que a evolução produzirá no futuro, um homem


que saberá dirigir conscientemente e com conhecimento, não só a sua vida,
mas poderá contribuir com as diretrizes do fenômeno evolutivo em seu
planeta.

Há HOMENS que por fora vivem em palácios luxuosos e por dentro definham
em casebres miseráveis.
Esses biótipos marcham contra a vontade da Lei.

Não são necessários novos sistemas: é preciso que surja o HOMEM novo.

No estado atual, o HOMEM está em fase de transição entre duas biologias:


animal e espiritual.

O HOMEM atual não merece condenação, antes até, admiração, por ter sabido
emergir, até aqui, de estados tão selvagens.
O HOMEM concebe tudo à sua imagem e semelhança, porque não pode
pensar senão com o seu cérebro e a sua forma mental, que é filha do plano
físico onde ele se encontra.

O HOMEM conquistou o poder fora de si, o domínio da Terra. Agora tem que
conquistar o poder dentro de si, o domínio do espírito.

O HOMEM deve tomar inteligentemente a direção do fenômeno da sua


reprodução, para que não fique abandonado às leis inferiores do plano
biológico da animalidade, com todas as suas consequências.
Isto só é possível com o planejamento familiar, já em prática em alguns países.

O HOMEM do futuro não será um animal forte, um astuto lutador, mas um


cidadão consciente do universo.

O HOMEM do subconsciente está completamente escravo dos seus impulsos


instintivos, sem controle. O homem do consciente é dono dos seus instintos,
que controla com a razão, da qual é escravo, porque não possui outro meio
para dirigir e pesquisar o desconhecido.
O homem do superconsciente é dono dos instintos e da razão, que domina e
controla, orientado pelo seu conhecimento e pela intuição.

O HOMEM é livre o suficiente para construir o próprio destino.


O HOMEM engana-se ao crer-se árbitro de tudo, quando na realidade
não é, senão árbitro do próprio destino.

O HOMEM evangélico vive na Terra, imerso no mesmo pântano, mas com os


olhos voltados para o céu, sem prender-se em tal ambiente.
Está nesse planeta, mas não é deste mundo.

O HOMEM faz a guerra mas anseia a paz, faz o mal, mas anseia o bem, odeia
mas está sedento de amor.

O HOMEM guarda consigo a sabedoria da vida mineral, vegetal, animal,


através das quais se reconstruiu até à sua atual fase humana; agora,
percorrendo-a, prepara-se para a super-humana que entrevê na luz do ideal
longínquo.

O HOMEM não sabe que é eterno, indestrutível, centelha de Deus, destinado a


subir sempre mais.
O HOMEM no futuro terá uma vida inteligentemente planificada, na qual
muitas dores poderão ser previstas e evitadas, eliminando-lhes as causas.

O HOMEM pode escolher a corrente negativa, descendente que retrocede para


o mal e a dor ou pode escolher a corrente positiva, ascensional, que progride
em direção ao bem e à alegria.

O HOMEM que está situado ao longo da estrada, acha-se no meio do choque


entre os dois impulsos opostos: a matéria quer sufocar o espírito e o espírito
quer libertar-se da matéria.

O HOMEM superior, excepcional em nosso mundo, vive no nível do super-


consciente, fala e compreende uma linguagem mais elevada.

O HOMEM, em milenar ascensão, vai despertando formas mais sutis de


sensibilidade.

O sucesso imediato do HOMEM deixa-o acreditar ter conseguido enganar o


próximo e a Lei; entretanto, ele somente conseguiu enganar a si mesmo.

Para o HOMEM racional, o superconsciente é o pensamento intuitivo sintético


do super-homem, também para o animal o superconsciente é o pensamento
racional humano, para a planta é o pensamento sensitivo do animal, para a
molécula da química orgânica é o pensamento celular vegetativo da planta e
para o átomo é o pensamento molecular da química.
A escala ascensional é esta:átomo, molécula da química orgânica, pensamento celular
vegetativo, pensamento intuitivo sintético e pensamento místico unitário, e mais além ainda
não concebido.

Para progredir, o HOMEM tem de aprender a destruir todo o seu egoísmo


individualista, próprio do Anti-Sistema, e começar a viver em colaboração
com os seus semelhantes, irmanando-se com eles numa só unidade orgânica: a
humanidade.

Se o HOMEM é livre, é, pois, também responsável e deve fatalmente sofrer as


consequências de suas ações.

Se o HOMEM vai conquistando o conhecimento do universo, é porque a sua


vida se dilata proporcionalmente.
Sem dúvida, o HOMEM do mundo está bem proporcionado ao seu ambiente, satisfeito, e
até apegado a ele.

Subindo do mineral à planta, verificamos o aparecimento de uma vida


vegetativa mais ampla, com o animal surge a vida sensória e o movimento
mais livre; com o HOMEM desponta a vida psíquica que alcança um
conhecimento maior, assim por diante.

Toda organização é boa quando o HOMEM é bom: é má quando o homem é


mau.

Todo HOMEM dotado de inteligência terá o dever de honestidade e justiça.

Ver Cristo enganado a cada passo, o Seu sacrifício emborcado e colocado a


serviço de interesses humanos, o seu pensamento desfigurado, o seu amor
dilacerado pelos seus representantes e seguidores, eis o tormento do HOMEM
espiritual!

Honestidade - Há um caminho que não engana, essa passagem estreita é a


honestidade pela qual só passam os justos, os sinceros, os obedientes à Lei.

O evoluído pede que os outros pratiquem a HONESTIDADE, já experi-


mentada por ele em seu próprio benefício; enquanto o involuído pede que os
outros pratiquem a honestidade, que ele não conhece, em seu proveito.

Humanidade - A esperança para o futuro é o advento de uma humanidade


mais consciente dos seus deveres, fruindo de maiores direitos; mais inteligente
para compreender a vantagem de viver na ordem, sem a ameaça contínua da
força, das cadeias, do inferno.

A grande descoberta da HUMANIDADE futura consistirá no fato de dar-se


conta da presença da Lei e em conseguir ver-lhe o funcionamento em cada
detalhe, desde os grandes fenômenos cósmicos aos pequenos fatos de nossa
vida cotidiana.
A Lei está presente em todo o universo e em cada ser. Comecemos por enxergá-la em nós
mesmos.

A grandeza dos povos e das civilizações faz-se através de lutas ferozes; se a


HUMANIDADE chegou até ao estado atual, deve-o ao fato de ter sabido
vencer, com qualquer meio, os elementos, as feras, os inúmeros inimigos,
prontos a atacá-la.

A HUMANIDADE está saindo da menoridade e prepara-se para tomar as


diretivas da evolução no seu planeta.

A HUMANIDADE paga, porque é filha de seus erros milenares.

A HUMANIDADE percorre atualmente o caminho do retorno. Só assim se


pode compreender o conceito de redenção e o significado da vinda e do
sacrifício de Cristo na Terra, motivos tão centrais na história da humanidade.

A HUMANIDADE se encaminha para as grandes unidades políticas e


espirituais.
A globalização, o Fórum Econômico Mundial, o Fórum Social Mundial, que acontecem
atualmente, são tentativas para que as grandes unidades sejam alcançadas.

Assim como a futura HUMANIDADE será uma unidade racial e nacional


acima das diferentes unidades raciais e nacionais, assim também a religião do
futuro será uma unidade espiritual acima das diferentes unidades religiosas.
Unidade espiritual não é unificação religiosa, uma só religião no mundo. Cada religião
tem a sua diretriz, mas todas convergem para um mesmo objetivo: Deus. Isso é unidade
espiritual  monismo

Grande parte da HUMANIDADE ainda está dominada pelos princípios do


egoísmo separatista do Anti-Sistema. Por isso se explica porque ainda no
plano humano esteja em pleno vigor a lei da luta pela vida e da seleção do
mais forte.

Nossa HUMANIDADE é jovem ou, seja, primitiva, riquíssima de energia e


muito pobre de sabedoria.

O futuro da HUMANIDADE está biologicamente em sua espiritualização.

Podemos imaginar o futuro da HUMANIDADE na forma de uma mente cada


vez mais iluminada. O próprio órgão cerebral terá de aperfeiçoar-se
anatomicamente.

Que grandioso é sentirmo-nos todos unidos, numa só HUMANIDADE, num


compacto organismo.
Humano - No ser humano, que é a fusão de uma alma com um corpo, estão
conexos fenômenos de ordem espiritual e material, com consequências físicas
de fatos psíquicos, efeitos psíquicos de causas físicas.

As duas realidades, exterior da matéria e interior do espírito, são os dois


extremos do atual concebível HUMANO.

Quando subimos, desaparecem as distinções HUMANAS.

Nós HUMANOS, portanto, voltaremos a Deus com uma forma de


personalidade completamente diferente, ou seja, não como somos hoje, um
amontoado desorganizado de elementos separados e rivais, mas na forma de
tipo biológico orgânico, que representa um modo de existir completamente
diverso.
Vivemos em permanente conflito consciencial, com a evolução, os conflitos se dissipam e
vamos reintegrando na ordem do Todo, no Sistema.
I
Ideal - A descida do ideal é um presente do Alto, é uma irradiação que
provém de Deus, que assim se faz imanente até aos mais baixos planos
involutivos para salvar o ser.

É inevitável que qualquer IDEAL, descido do alto, não possa sobreviver na


Terra senão na forma torcida, adaptando-se às condições biológicas dos
indivíduos que têm de realizá-lo.

Os IDEAIS de justiça e liberdade se fazem sempre mais necessários.

Para compreender o fenômeno da descida do IDEAL é necessário, antes de


tudo, compreender como funciona a lei biológica terrestre no nível humano e
com que técnica evolvem as suas formas.
O ideal está ligado à evolução da humanidade, o fenômeno de sua descida à Terra
depende do povo, se está apto a recebê-lo.

Para nós o céu de onde os IDEAIS descem é constituído por planos biológicos
ou níveis de evolução mais avançados, superiores (o Alto), planos lógicos que
no processo evolutivo sejam alcançados no futuro.

Idéia - A idéia comunista, como uma semente levada longe pelo vento, não
se sabe aonde chegará e germinará, numa forma que talvez em nada recorde
sua origem russa.

A IDÉIA é universal, pertence à humanidade. O povo só porque foi escolhido


como instrumento para o arremesso, acredita que a coisa seja sua, será posto
de lado quando não mais servir aos objetivos da vida.

A justiça social é a grande IDÉIA para a qual o mundo caminha.

Antigamente poucas IDÉIAS bastavam para viver e se transmitiam de pais


para filhos; hoje a ciência, com as descobertas e a técnica, desloca cada dia os
limites do conhecimento e as condições de vida.
Em qualquer campo a nova IDÉIA que vem sempre do Alto é intuída pelo
gênio.

Para que uma IDÉIA seja aplicável em toda parte, é necessário que seja
universal e não o produto apenas de um dado povo ou regime.

Uma IDÉIA não poderá ser compreendida no seu século se este é surdo às
ressonâncias que ela excita.
Para o mundo compreender e assimilar uma idéia nova, precisa de séculos e até milênios,
o maior exemplo é o do Cristianismo.

Ignorância - A IGNORÂNCIA é fruto da queda, fruto que se anula com a


subida, e nós estamos justamente realizando esse trabalho de anulação da
IGNORÂNCIA.

A IGNORÂNCIA gera o erro, que gera a dor, que destrói o erro e a ignorância.

A subida evolutiva, fìlha do conhecimento e da experiência, corrige a queda


involutiva, mãe da IGNORÂNCIA e do erro.

Imortalidade - Imortalidade de fato não é senão um estado contínuo de


consciência acordada, de conhecimento da própria existência e da dos outros,
de mente que percebe e de inteligência que entende.

Imponderável - Hoje, sabe-se pouco ou nada da realidade do imponderável


em que se registra tudo quanto pensamos ou fazemos e do qual tudo renasce.

O IMPONDERÁVEL não é, pois, o acaso ou a desordem, mas é uma lei, uma


ordem que nós não conhecemos.
No atual nível evolutivo em que nos encontramos, o imponderável está fora de nosso
alcance. O progresso espiritual é o único caminho que nos faz conhecê- lo.

Os IMPONDERÁVEIS do espírito tornar-se-ão verdadeira potência dentro de


vós.

Impulso - Enquanto o impulso da conservação é negativo e vai para a


cristalização, a velhice e a morte, o impulso da renovação é positivo e vai para
o progresso, a juventude e a vida.
O conservadorismo é sinônimo de estagnação, enquanto a renovação é dinamismo, em
qualquer campo, sobretudo no espiritual.

Um grande IMPULSO para a frente impele a todos, o involuído de hoje tornar-


se-á o evoluído de amanhã. Trata-se de uma grande marcha, da qual todos os
seres participam.

Inconsciente - O inconsciente se compõe de duas zonas: o subconsciente,


que pertence ao passado, e o superconsciente, que pertence ao futuro.

Individualidade - Cada individualidade é composta de individualidades


menores, que são agregados de individualidades ainda menores, até o infinito
negativo; por sua vez, é elemento constitutivo de individualidades maiores, as
quais são de outras ainda maiores, até o infinito positivo.

Indivíduo - A cada novo impulso egoísta o indivíduo se encontra mais


prisioneiro de si mesmo, mais armado e feroz contra si próprio.

A posição do INDIVÍDUO será determinada pelo próprio tipo de vibração.


As zonas de subconsciente, consciente e superconsciente são relativas ao
desenvolvimento do INDIVÍDUO.

Os INDIVÍDUOS oscilam entre os dois planos de vida e entre as duas leis que
os regem. Ora lançam-se num, ora no outro; ora ouvem e escutam a voz do
bem e efetuam o esforço da subida, ora abandonam-se às forças interiores e
retrocedem, para refletir e avançar de novo.
A evolução não acontece em linha reta, é subindo e descendo, voltando a subir mais alto,
ela é cíclica (evolução-involução-evolução), em que há sempre um ganho.

Na maioria dos casos, o INDIVÍDUO vive cegamente, sem saber quem é e


sem conhecer as finalidades para as quais existe, que explicam e justificam a
sua vida.
Ainda permanece a eterna pergunta: "de onde eu vim, o que estou fazendo aqui, para onde eu vou"? Só a
evolução faz o indivíduo respondê-la a si mesmo.

Inferno - A idéia do inferno não foi criação de um grupo sacerdotal, mas


uma necessidade psicológica, imposta pelo estado de involução em que se
achava o homem no passado.
Para afastar-se do INFERNO do AS (Anti-Sistema) e atingir o paraíso do S (Sistema), há
só um caminho: o da evolução.

Para os animais que evoluíram até ao plano humano, este pode parecer um
paraíso. Mas, para os que pertencem a planos mais adiantados, nosso mundo
pode parecer um INFERNO.

Infinito - O conceito de infinito é completamente diferente do de indefinido,


inumerável, incomensurável, com os quais muitas vezes se confunde.

Inspiração - A inspiração é um despertar consciente na profundeza do qual


está Deus.

Se a fonte de INSPIRAÇÃO está no Alto, eu devo viver sempre inspirado para


o Alto.

Inspirado - O gênio, o artista, o santo, na qualidade de seres inspirados, são


espiritualmente fortes.

Inspirativo - Estou escrevendo estas últimas páginas na idade de oitenta e


um anos, em plena lucidez, com técnica inspirativa supercerebral, isto é, com
uma técnica de pensamento que não se ressente da natural dissolução senil do
cérebro.
A idade conservou em Pietro Ubaldi o processo inspirativo, por isto chegou aos 80 anos e
até a morte perfeitamente lúcido, consciente do que escrevia. O último livro Cristo foi
escrito num estado de conciência ainda mais iluminado e inspirado.

Fenômeno INSPIRATIVO é um caso normal de sensibilização por evolução


biológica.

Instinto - É verdade que, ao lado de todos os outros instintos, o homem também tem o
instinto do progresso, que visa a melhorar suas condições de vida, material e espiritual.

O homem funciona ainda impulsionado, irresistivelmente, pelos seus


INSTINTOS, fruto do seu passado.

Quando o homem acredita mandar, na verdade, obedece aos próprios instintos; quando
grita que quer liberdade, sem sabê-lo, pede a liberdade de obedecer àqueles INSTINTOS.
Vossos atos , vossas experiências, vossas reações ao ambiente, fixam-se em
automatismos psíquicos, tornam-se hábitos, e depois serão INSTINTOS e
idéias inatas.

Inteligência - A inteligência humana é por si mesma uma força criadora e


das mais poderosas.

Cada coisa está em seu lugar. Não desprezemos o progresso técnico. É uma conquista,
não só porque nos liberta das necessidades materiais, como também porque desenvolve
algumas qualidades do espírito, como a INTELIGÊNCIA.

O desapego das coisas materiais, a falta de orgulho, de cobiça de domínio e de


posse, o espírito de altruísmo e de obediência à Lei de Deus, tudo isto não é só
problema de virtude ou santidade, mas de INTELIGÊNCIA, que vê onde está a
verdadeira vantagem.

Quantas dores e quantos danos poderiam evitar-se para todos, nas vidas dos
indivíduos como nas das socie-dades, se a conduta humana fosse guiada com
mais INTELIGÊNCIA!

Intuição - A intuição atua no superconsciente que é uma antena estendida


por antecipação.

A sabedoria da INTUIÇÃO é a sabedoria simples e profunda das grandes


almas.

Deixe também florescer em mil formas o jardim da INTUIÇÃO. Cada flor


diversa será igualmente bela e exprimirá uma revelação. Ver-se-á, então, que,
em es-sência, cada flor, em sua variedade, traduz a mesma eterna beleza e
canta a mesma infinita sapiência.

Os grandes saltos para frente foram dados pelo homem, nunca


experimentalmente, nunca racionalmente, mas por INTUIÇÃO, verdadeiro e
grande sistema de pesquisa do futuro.
O dia em que o cientista souber usar a intuição, as descobertas serão mais fáceis e mais
profundas. Quando o cristão aprender a usar a intuição sentirá Deus dentro dele mesmo.

Para avançar ainda, é preciso despertar, educar, desenvolver uma faculdade


mais profunda: a INTUIÇÃO.
Involuído - A palavra involuído não tem nenhum sentido depreciativo, mas
apenas o de imaturo, que amanhã amadurecerá.

Aos poucos, a evolução absorve a involução e o INVOLUÍDO se transforma


em evoluído.
Na Obra de Pietro Ubaldi a involução está contida na evolução.

O que distingue e revela o INVOLUÍDO, é exatamente o espírito de


agressividade, enquanto o que distingue e revela o evolvido, é o espírito de
amor.

Quanto mais nos distanciamos do estado INVOLUÍDO, isto é, da matéria e da


forma carnal, tanto mais nos distanciamos de suas dores e ilusões.
E mais nos aproximamos de Deus.
J
Joana - Cristo é o derradeiro grito de Joana d’Arc, que é de vitória.
Ela conheceu o cálice da redenção: foi traída, vendida, julgada e condenada a morrer
queimada, presa a um madeiro.

Há também uma progressão ascensional no caminho espiritual de JOANA


d’Arc.

Jovens - Entre os jovens forma-se uma classe social própria, toda uma
realidade de vida.

Os adultos são ainda da velha escola e preferem ocultar a verdade, julgando


não existir aquilo que não se vê. Mas os JOVENS a descobrem, porque que-
rem ver, compreender, resolver.

Os JOVENS crêem ter nascido para gozar, quando na verdade, nasceram para
experimentar e aprender, consequentemente, para evoluir, o que significa subir
e melhorar as condições de vida.

Os JOVENS estão famintos de sinceridade, honestidade, justiça. Estão


desiludidos do passado, muitas vezes enganoso, pelo mau uso de que foi feito
tantas verdades.

Judas - Houve um momento de livre-arbítrio, de hesitação, no qual Judas


vacilou.

Cristo compreendia JUDAS, ao passo que Judas não compreendia Cristo.

JUDAS ficou abandonado, porque o verdadeiro traído e vencido é ele.

JUDAS quis espontaneamente constituir-se traidor, isto é, quis escolher, entre


as qualidades boas ou más, estas últimas; com repetidos pensamentos e ações,
ele as absorvera e fixara em seu biótipo, de modo que não podia mais mudar-
se, ao menos no momento.
JUDAS via as coisas do ponto de vista da Terra e Cristo do ponto de vista do
céu.

O caso de JUDAS não é o único. O bem e o mal, no passado, amarram-nos a


todos no presente. O destino de todos, na fase de efeito, é em certos pontos
determinístico.
Determinismo não é fatalidade, é consequência do livre-arbítrio.

Quando JUDAS traiu Cristo com um beijo, este lhe perdoou. Mas tal perdão
não pôde impedir que a culpa da traição devesse ser paga à divina justiça.

Julgamento - A melhor maneira de se conhecer uma pessoa é observar os


seus julgamentos a respeito dos outros.

Julgar - Para poder julgar um ser é necessário compreendê-lo, para


compreendê-lo, é necessário saber viver no seu grau de evolução.

Justiça - A divina justiça, mesmo no mundo interior, reina em perfeito


equilíbrio.

A JUSTIÇA quer que tudo seja conquistado e merecido.

A verdadeira JUSTIÇA, que o homem procura em vão, pertence a plano de


vida mais alto.

Amor e JUSTIÇA não são senão dois modos de agir da Lei, igualmente
ascendentes ao S (Sistema), duas estradas para atingir o mesmo telefinalismo:
Deus.
Telefinalismo: supremo fio condutor que reconduz tudo a Deus.

O sistema da JUSTIÇA divina é sumamente respeitador da liberdade


individual.

Pilatos e Cristo, a forma não compreende a substância, a força não


compreende a JUSTIÇA.

Se o mundo fosse de evoluídos, já se teria alcançada a JUSTIÇA social.


Viver e agir ao lado da Lei e de Deus, quer dizer operar conforme a JUSTIÇA.

A JUSTIÇA tem de ser conquistada porque ela é um princípio do S (Sistema)


que, para realizar-se, deve vencer as resistências de AS (Anti-Sistema) e
cumpre ao homem fazer o esforço necessário para conquistar esta vitória.
L
Lei - A Lei de Deus rege todos os fenômenos, não há ciência, religião e
filosofia que lhe possa alterar o funcionamento.

À conta individual entre ofensor e ofendido substitui-se pela conta entre o


indivíduo e a LEI de Deus.

A idéia da existência de uma LEI não é nova, é, porém, nova a idéia de meter-
se a estudá-la para conhecer-lhe o conteúdo e a técnica funcional, aprendendo,
assim, a manejá-la com habilidade e a calcular os efeitos das próprias ações.
Só podemos aplicar uma teoria se a conhecemos, sobretudo em nossa vida diária; para ver
e aprender o funcionamento da Lei, Pietro Ubaldi nos legou dois volumes: A Lei de Deus e
A Técnica Fucional da Lei de Deus.

A LEI atinge sua finalidade, que é a de fazer funcionar a evolução e, por meio
dela, levar todos à salvação.

A LEI de Deus é a lei universal da vida, como universais são as Leis do


mundo físico e dinâmico que dela fazem parte.

A LEI de Deus é verdadeira e funciona para todos: católicos, protestantes,


espíritas, budistas, maometanos etc., inclusive para os ateus que tudo negam.

A LEI é a nossa vida. Conhecê-la e executá-la cada vez melhor, redunda em


vivê-la mais intensamente.

A LEI é boa, sábia, paciente e misericordiosa, mas é também justa, de uma


justiça inflexível.

A LEI é como um trilho sobre o qual a vida caminha e que estabelece para
cada movimento a estrada correta a seguir.
A LEI é Deus. Ele é a grande alma que está no centro do universo. Não centro
espacial mas centro de irradiação e atração. Desse centro, Ele irradia e atrai,
pois Ele é tudo: o princípio e suas manifestações.
Para encontrar Deus e a Sua Lei, basta entrar em sintonia com Ele, que está em toda a
parte, inclusive em nosso "eu" espiritual.

A LEI é o pensamento e a vontade de Deus, se fosse possível destruí-la com a


revolta, seria possível também destruir Deus, o que é o mais inaceitável dos
absurdos.

A LEI é uma casa cômoda para se morar, mas nós não sabemos nos mover
dentro dela, porque somos feitos de desordem.

A LEI exprime o pensamento e a vontade de Deus e constitui a regra


fundamental de nossa conduta.

As religiões desconhecem o conteúdo da LEI e os prin-cípios que regem a


vida de modo que não os podem ensinar.

Cada pensamento e ação deverá ser feito com absoluta sinceridade e


honestidade, dirigido para fins determi-nados, porque se sabe que a LEI é justa
e responde com a mesma linguagem que se usa com ela.

Como no espírito está o nosso pensamento, assim também na LEI está o


pensamento de Deus.

Dentro dos limites marcados pela LEI ou vontade de Deus, a causa está na
vontade do homem, pela qual lhe é permitido escolher entre o certo,
permanecendo na ordem da Lei, e o errado, saindo dessa ordem,
desobedecendo-lhe.

É empolgante observar e estudar o pensamento com que a LEI governa o


funcionamento orgânico do universo e a nossa própria vida.

Há grande diferença entre quem trabalha colaborando, em harmonia com o


organismo de forças da LEI e quem, pelo seu egocentrismo, colocando-se em
posição de antagonismos com a LEI, fica sozinho, abandonado aos seus
pobres recursos.
LEI, sempre Lei, exata nas consequências de qualquer ato, férrea nas
conclusões e sanções, poderosa, imensa, matematicamente precisa em suas
manifestações.

Ninguém é culpado sozinho, por estar atrasado no caminho da evolução, mas


cada um sofre o dano de não ser obediente à LEI.

Ninguém está tão amarrado pela obediência à LEI, quanto o rebelde.

O conhecer a LEI, o senti-la presente, o vivê-la, dá aquele sentido de


segurança de quem se apóia sobre a rocha, conhece as consequências de suas
próprias ações e sabe que em cada ocorrência a última palavra pertence à
justiça de Deus.

O grande problema resume-se em compreender. Compreender para em


seguida aplicar a LEI.
Conhece-se a Lei, ampliando a capacidade perceptiva do espírito. Assim podemos
obedecer-lhe racional e intuitivamente. Se erramos, é possível corrigir o erro e mudar a
trajetória de nosso destino.

O plano da LEI é tornar o homem livre e consciente colaborador da divina


obra da perene criação, um operário, um ministro de Deus.

O que de Deus e do S (Sistema) fica conosco, em torno de nós, dentro de nós,


funcionando sempre, portanto suscetível de observação e experimentação, é a
LEI. Esta exprime, em forma tangível, a presença do S (Sistema) no AS (Anti-
Sistema), a imanência de Deus em nosso universo.

Pode evitar-se ou enganar a LEI da gravidade? Assim não se evita nem se


engana a reação da Lei, a justiça divina.

Quem considera o ma1 como inimigo não compreendeu a perfeição da LEI.


O mal não é um inimigo, é colocado em nosso caminho porque devemos à Lei, é uma
oportunidade que se nos oferece para fazer o bem.

Se a LEI impõe a continuação da vida, isto acontece porque a vida é um meio


para realizar a evolução.

Se humildemente obedecermos aos ditames da LEI de Deus, poderemos contar


com o Seu poder e a teremos em nossa defesa.
Se quisermos fugir à dor e conquistar a felicidade, qualquer que seja a nossa
filosofia ou religião, temos de compreender que existem LEIS, existem Leis,
existem Leis; se continuarmos violando-as, como costumamos fazer, teremos
tanto sofrimento que acabaremos por compreender que existem Leis e, se não
quisermos continuar sofrendo, não há outro caminho a não ser o de nos
ajustarmos a elas.
Seguir a LEI quer dizer obedecer a vontade de Deus.

Seja qual for a religião a que o homem pertença, seja o maior dos ateus, ele
obedeceu, obedece e obedecerá sempre a Deus, no sentido de que não pode
escapar da Sua LEI.

Temos falado que há uma LEI. Aprenderemos, pouco a pouco, a arte sutil de
viver em harmonia com essa Lei que representa Deus, arte que constitui o
segredo da felicidade.

Todas as vezes que agimos contra a LEI de Deus, semeamos para nós mesmos
a dor, ainda que dela estejamos separados por um mar de vantagens e de
prazeres.
As vantagens e os prazeres acabam, porque pertence ao Anti-Sistema, e nós ficamos
sozinhos diante da Lei.

Todas as vezes que obedecemos a LEI de Deus, semeamos a alegria, ainda


quando dela nos separe um abismo de provas e de dores.

Todos. Sábios e ignorantes, obedecem, embora mais ou menos


conscientemente, ao irresistível impulso determinado por Deus, e, queiramo-lo
ou não, vivemos a Sua LEI.

Liberdade - Tem-se sede como nunca de liberdade, de uma liberdade mais


ampla, liberdade de espírito.

A LIBERDADE em desacordo com a Lei é impossível.

A LIBERDADE suprema das criaturas, no Sistema perfeito, nós só a podemos


entender como LIBERDADE de obedecer a Deus, espontaneamente, por livre
adesão, vivendo perfeitamente harmonizados em Sua ordem.
A verdadeira LIBERDADE só se pode alcançar com a ascensão e com a luta
por conquistá-la.

A verdadeira LIBERDADE, a que conduz à felicidade, consiste em conformar-


se com a Lei, e não em lançar-se como prisioneiro dos baixos instintos, que
nos fazem recair no inferno do Anti-Sistema.

Certas LIBERDADES não podem ser concedidas àqueles que estão sempre
prontos a abusar de tudo.
A nossa liberdade espiritual ainda é limitada, semelhante a de um peixe dentro de um rio.
A liberdade plena é uma conquista com o retorno a Deus.

Com a experiência da queda, acontece que, quanto mais se evolui, tanto mais a
LIBERDADE se torna liberdade de obedecer à Lei e sempre menos vontade de
a ela desobedecer.

Deus não podia impedir a queda sem violar o princípio da LIBERDADE.


É verdade que o homem faz as coisas mais importantes da sua vida, como
nascer, reproduzir-se, morrer, com muito pouca LIBERDADE de escolha,
movido por forças que desconhece.

Foi deixada aos espíritos a LIBERDADE de possuir a perfeição e felicidade de


dois modos: 1) obedecendo a Deus, funcionando harmonicamente segundo a
Lei em seu organismo; 2) desobedecendo a Deus, errando, para depois
corrigir-se; caindo, para levantar-se; destruindo a perfeição, mas para depois
ter de reconstruí-la integral-mente.
Parte da criação preferiu experimentar a desobediência, usando a própria liberdade.

No estado de perfeição dos espíritos que aderiram à Lei, só há uma


LIBERDADE possível: a da absoluta adesão à Lei, à vontade divina, adesão
livre e espontânea, querida e consciente.

O evolvido é aquele que alcançou a verdadeira LIBERDADE que somente o


conhecimento pode outorgar. É a liberdade de auto-dirigir-se conscientemente
e não aquela de obedecer aos próprios instintos.

O homem quer a LIBERDADE para libertar-se da disciplina. Pelo contrário a


liberdade presume e exige uma disciplina maior, livre, mas responsável, auto
dis-ciplina interior, mais difícil de possuir do que aquela estabelecida pela
obediência a uma autoridade, em função desta, somente exterior e
irresponsável.

Quem está situado no AS (Anti-Sistema), entende por LIBERDADE a de


desobedecer, semeando a desordem e criando o caos, enquanto que no S
(Sistema) só há a liberdade de mover-se organicamente de acordo com todos
os outros seres, como sucede com as células em nosso organismo.

Somos livres na escolha, porém responsáveis pelas consequências;


LIBERDADE e responsabilidade.

Tendes, ó homens, a LIBERDADE de vossas ações nunca a de suas


consequências.

Ter de respeitar os direitos dos outros pode constituir, às vezes, uma renúncia
à própria LIBERDADE; porém, esse sacrifício torna-se bem pago quando por
ele recebemos, como recompensa, respeito para com nossos direitos.

Livre - Como nunca, hoje o homem sente que a vida é tanto mais bela quanto
mais livre.
Hoje a humanidade está mais evoluída. Somente a evolução leva a conquista da liberdade
de espírito.

É necessário compreender que a criatura é LIVRE, mas dentro de limites, livre


para alterar-se a si mesma, mas não a ordem universal.
É uma liberdade controlada por sanções penais ou pelo próprio indivíduo, em relação a
este mundo. Em relação a Lei é a mesma coisa. Por isto, o ser mais evoluído é mais livre.

Na realidade, todos nós somos filhos apenas de nós mesmos, e nossa posição
presente é a consequência fatal de nosso passado LIVRE.

O ser foi uma vez dono, e continua sendo-o sempre, de escrever com suas
mãos o seu destino, Deus o deixa LIVRE de escrevê-lo como quiser. Mas se o
ser o escrever errado, terá de endireitá-lo, não porque alguém o vá cons-
tranger a isso, mas porque ele não ficará satisfeito e não terá paz até que esse
endireitamento seja realizado.

Livre-arbítrio - A Lei deixa ao homem o livre-arbítrio só o quanto


necessita para estabelecer as causas, mas não para fugir dos efeitos.
Nosso LIVRE-ARBÍTRIO não é absoluto, ilimitado.

O LIVRE-ARBÍTRIO que cada ser possui depende do nível da evolução por ele
atingido e da medida de sua consciência, inteligência e conhecimento.

O nosso LIVRE-ARBÍTRIO é uma pequena liberdade enquadrada em uma Lei


absoluta.

Luta - A luta é a condição primordial da evolução, que é uma longa escada


que temos de subir com nosso esforço.

A LUTA é um meio para despertar a consciência.

A LUTA não se destina a selecionar o biótipo do mais prepotente, do


dominador egoísta, do destruidor anti-social do bem alheio; não se trava para
fortalecer-nos na animalidade, mas para ultrapassá-la e dela sair para formas
de vida superiores.
A luta aqui é espiritual, entre espírito e matéria, Sistema e Anti-Sistema.

Dize-me como e por que coisa LUTAS e te direi quem és.

LUTAR para vencer, ou seja, para elevar-se, ascender, evolver.

Luz - A luz de Deus bate às portas de sua alma e pede para entrar, mas
permanecem hermeticamente fechadas.

Abertas as portas, a LUZ entra por si mesma. Aqueles que não estejam
habituados ao trato com coisas espirituais de tal profundidade, não se
amedrontem.

LUZ e sombra são conexos e a sombra serve para compreender e procurar a


luz. Onde tudo é luz sem sombra, num todo homogêneo, não é possível
nenhuma distinção.
M
Mal - As forças do mal não têm poder algum sobre o evoluído
espiritualizado; o poder é qualidade do espírito e se conquista subindo,
mediante a evolução para o Sistema.
Existem forças do mal e do bem. O involuído está mais sintonizado com as do mal, o
evoluído com as do bem. Vamos sintonizar com estas porque ficamos mais protegidos.

O MAL carrega consigo o germe da própria detruição.

O MAL poderá semear a ruína dentro de nós apenas se lhe houvermos descido
em seu terreno.

O MAL é carência do bem, o ódio carência de amor.

O MAL não possui o poder de destruir o bem, mas apenas o de destruir a si


mesmo.

O MAL reside na ignorância absoluta das leis da vida ou no fato de pensar que
elas podem ser violadas impunemente.

Se em nós não existe falha alguma, o MAL não sabe por onde entrar.

Maquiavel - No terreno de Maquiavel, as virtudes morais têm valor


negativo, isto é, não são conquistas atingidas por superação, mas renúncia e
perda.
Maquiavel inverteu as qualidades positivas do homem para ser vitorioso no mundo. É o
Anti-Sistema em ação.

MAQUIAVEL se ocupa, em primeiro lugar, em ensinar aos governantes como


defender-se, para permanecerem no poder.

Só podemos compreender MAQUIAVEL vendo-o co-locado no lado negativo,


inferior, involuído, no Anti-Sistema.
Máscara - Cada um constrói a máscara que mais lhe convém e com ela
cobre o seu rosto. Por trás dela, olha para fora através de dois buracos que são
os olhos, espiando o que acontece no mundo cheio de perigos.
O mundo é um imenso palco, nós somos os atores e mascarados. Se a máscara não está
adequada é só tirá-la, trocá-la por outra semelhante não convém.

Matéria - A matéria não é auto-suficiente, somente sabe viver e progredir se


animada pelo espírito.

A MATÉRIA não é estado originário da criação, mas é o estado de máxima


curvatura do espírito, é o ponto final do processo da involução e o ponto de
partida do qual se inicia a evolução.
Temos dois tipos de matéria: a matéria viva que evolve, se dirigida por um psiquismo
animador; e a matéria morta que sofre as transformações naturais e pode chegar ao
estado inicial de química inorgânica.

A MATÉRIA, por natureza, não pode viver se não for fecundada plasmada pela
potência do espírito.

O materialismo aprisionou e comprimiu o espírito na MATÉRIA.

Medicina - A dominante medicina atual agarra-se ao lado físico do


indivíduo.

A MEDICINA devia ter em grande consideração o fator psíquico, não apenas


no campo específico da psicoterapia, mas como fator de importância decisiva
em cada caso e a cada momento.

A MEDICINA para tratar um involuído, é bem diferente daquela necessária


para tratar um evoluído.

A MEDICINA psicossomática reconhece que a origem de algumas doenças


orgânicas deve procurar-se no terreno psíquico.

A nova MEDICINA levará para os primeiros planos o fator psíquico e


enfrentará o estado patológico não como agora, com meios coativos mais ou
menos violentos.
A verdadeira MEDICINA é um dote pessoal, uma vocação, um sacerdócio; é o
produto de qualidades biológicas, intrínsecas, que não se improvisam, que não
se adquirem apenas pela erudição.

Médico - Hoje se fabricam médicos em série, nas universidades, em que se


aplica, em qualquer cérebro, um verniz de cultura.

Hoje só existe o MÉDICO de nosso organismo animal. O psicanalista do


futuro será o médico de nosso orga-nismo espiritual, da saúde à qual depende
o bem-estar do corpo.

No futuro, os dois MÉDICOS trabalharão lado a lado, juntando as suas duas


sabedorias numa só, para chegar a uma só diagnose, a um só tratamento físico-
psíquico, a uma síntese clínica que, ao mesmo tempo, abrangerá corpo e alma,
numa incindível unidade, como de fato é o ser humano.

Médium - O homem do futuro tornar-se-á extremamente sensível e será


normalmente um médium.

Mediunidade - A mediunidade progressiva está sujeita a um normal


processo evolutivo.

A MEDIUNIDADE é fruto de um desenvolvimento natural.


MEDIUNIDADE inspirativa consciente, opera em plena luz interior.

Minha MEDIUNIDADE, verdadeira função de vida, não é fenômeno de tipo


imóvel, mas se transforma com minha evolução.
A mediunidade de Pietro Ubaldi era inspirativa, ele penetrava na fonte e esta vinha ao seu
encontro. Transmissor e receptor se interpenetravam. Assim escreveu toda a Obra (24
volumes).

No meu caso, é excluída a MEDIUNIDADE de portas abertas, e a


comunicação é canalizada num só sentido, em direção a uma só e bem
definida fonte espiritual.

Memória - É verdade que a memória cerebral não nos dá a recordação


analítica das vidas precedentes.
Para a grande maioria, a MEMÓRIA espiritual está sepul-tada no inconsciente,
e então não pode oferecer nenhuma recordação, pois não sabe funcionar nesta
vida.

Se quisermos limitar-nos apenas à MEMÓRIA cerebral, não conheceremos a


causa de muitas coisas que vemos em nós nascer do inconsciente, pois tudo o
que somos e fazemos, mesmo no mundo analítico do domínio cere-bral, só se
explica pesquisando-lhe as origens no mundo interior do espírito.

Temos pois, duas MEMÓRIAS, a cerebral, que só abarca a vida atual, e a


espiritual, que abarca todas as vidas.
Mente - A evolução se incumbirá de desenvolver a mente humana até
conduzi-la à compreensão da Lei, isto é, de um Deus que é pensamento, em
toda parte e sempre pre-sente, diretor de todo o funcionamento orgânico de
nosso universo em todos os níveis, da matéria ao espírito.

O que falta é a MENTE com que o homem possa ver a Lei, porque até o
momento em que ele não a vê, perder-se-á, em inúteis fantasias.

Metafísica - A realidade material e a espiritual são posições diferentes da


mesma realidade, que pode ser esta tanto no seu aspecto científico como no
metafísico.
A realidade material é vista com o referencial deste mundo e a espiritual com os
parâmetros do espírito e fazem parte de uma única realidade. Uma árvore, um animal, um
ser humano, matéria-energia-espírito.

Uma ciência que se faz METAFÍSICA e uma metafísica que se faz ciência,
podem satisfazer de um modo mais completo o instinto religioso do homem.

Método - A qualidade fundamental do método de vida do involuído é a luta


para vencer com a força ou com a astúcia. O método que o evoluído pratica
para vencer é, pelo contrário, o da justiça e da honestidade.

Micróbio - Em muitos casos só entram micróbios quando há uma porta aberta


e um convite que os instigue a entrar.
Na maioria das vezes a doença se aloja quando o organismo se debilita.
Não é só o MICRÓBIO que é o inimigo, mas também o nosso estado orgânico
é a causa de nossas doenças.
Esse estado orgânico, muitas vezes, é provocado por falta de uma alimentação adequada e
de exercício físico. Pietro Ubaldi sempre teve esse cuidado, caminhava pela manhã e ao
entardecer.

Os MICRÓBIOS são, muitas vezes, efeito e não causa da doença, são o ponto de chegada
e não o de partida.

Miséria - Como foi abolida a escravidão, também mediante providências


sociais e estatais será abolida a miséria; desse modo, como cada indivíduo,
pelo nas-cimento, tem direito à liberdade, assim terá direito àquele mínimo
que lhe é indispensável para viver, embora mesclado com o dever do trabalho.

Mistério - Crer no mistério segundo as religiões, mas conhecê-lo cada vez


mais segundo a ciência; isto é, crer cada vez menos com os olhos fechados,
como ignorantes, e cada vez mais com os olhos abertos, conhecendo-o.

Só entre semelhantes é possível a comunicação; para compreender o


MISTÉRIO que existe nas coisas deveis saber descer no mistério que está em
vós.

Misticismo - Compreendo o misticismo ativo, que renuncia para criar, e não


aquele misticismo vazio, moderno, neurótico e sensual, enervante e doentio,
que, entre artificiais complicações de sutilezas, só existe no espírito, ocioso e
desolado.

O verdadeiro MISTICISMO só é atingido pelas almas eleitas.

Místico - Assim como a fase racional nos deu o método analítico, a


inspirativa o método da intuição e que levou à construção de uma síntese
universal, também a fase mística nos dá o método da expansão integral e leva
à construção de uma consciência unitária.

Entendo a ascese MÍSTICA como ajuda à vida, não como agressão a ela; como
expansão, não como compressão.

O fenômeno da ascese MÍSTICA representa a maturação biológica de um novo


tipo de homem.
O fenômeno MÍSTICO, que é a fase superior de evolução do espírito,
apresenta-se conexo com o problema do conhecimento e coincide com sua so-
lução.

O MÍSTICO que alcança a sensação de Deus, alcança a prova completa e não


procura outras.

Por ascese MÍSTICA, entendo o desenvolvimento do fenômeno psíquico,


desde a fase da metafania lúcida ou de inspiração consciente, até a sua fase de
misticismo que se consuma com a unificação integral entre receptor e
transmissor.
Monismo - Monismo aqui significa ter compreendido não somente a unidade
de Deus, mas também a unidade do Todo, pelo qual tudo o que existe forma
um sistema único, do qual Deus é o centro.

O conceito de MONISMO é este: como do politeísmo passasteis ao


monoteísmo, isto é, à fé num só Deus (mas sempre antropomórfico, pois
realiza uma criação fora de si), agora passais ao monismo, isto é, ao conceito
de um Deus que é a criação.

Se acima de tudo ficou inatingível e inalterado o MONISMO de Deus que


abrange tudo, incluindo o AS (Anti-Sistema), o nosso universo dentro desse
monismo representa a cisão dualista.
Monismo - Deus é a criação, está na criação. O Anti-Sistema não ficou abandonado por
Deus; embora seja dualista, está dentro desse monismo.

Valorizei o homem e a vida, deles fazendo uma cons-trução eterna; através de


todos os campos, até os mais disparatados, tudo fiz convergir para a unidade;
de todo vosso disperso conhecimento humano, fiz um estreito MONISMO.
Nessa síntese, ciência, filosofia e fé são uma só coisa.

Moral - A mente moderna não se sujeita mais, pas-sivamente, a u'a moral


somente normativa e preceituada. Exige, em seu lugar, u'a moral livre e
consciente, sobretudo responsável, u'a moral regida por sua lógica que lhe
justifica as normas, controlável nos valores dos seus resultados.

A MORAL do futuro será mais preventiva que repressiva; será mais uma ajuda
para levantar, educando, que uma opressão provocadora de revolta; ocupar-se-
á, antes de tudo, de criar condições de defesa em favor da vida, em vez de
agredi-la.
A MORAL é um instrumento de evolução, enquanto procura educar o homem
para uma forma de vida mais elevada.

A nossa tarefa não é fazer mais um tratado de MORAL ou de religião. Não é


deles ou de pregações que temos falta, mas da sua aplicação na vida prática.

A nova MORAL é mais evoluída, adaptada a uma humanidade mais civilizada,


presumindo já estar realizado em grande parte o trabalho de superar, no
homem, o animal, para poder dedicar-se, sobretudo, a construir o anjo.

A nova MORAL é precisamente a do Evangelho e a novidade consiste em levá-lo a sério,


começando a vivê-lo.

A nova MORAL não se limita ao ato exterior, mas vai às raízes de nossa
conduta, porque não dirige o homem mecanicamente nas suas manifestações.
Penetra na sua consciência, exigindo-lhe um sentido de responsabilidade.

A pior MORAL é a de não acreditar no que se prega, não praticando-a, o que


acontece frequentemente.

Cada um forja para si a própria MORAL, segundo seus interesses e posição


social, muda essa moral ao mudar sua posição.

Com a nova MORAL, acabou-se a ingenuidade e se compreende que, se não


quer sofrer, é preciso não fazer o mal, quando feito não há salvação, deve-se
pagá-lo. A verdadeira absolvição é uma só: o pagamento.

Como a fera que se torna menos feroz e perde as garras ao evoluir, ou como a
evolução realiza uma progressiva eliminação da luta pela vida, assim a
MORAL, à proporção que evolui, torna-se menos opressora, menos
terrorística, menos armada de duros castigos.

Damos aqui às palavras MORAL e imoral, o amplo sentido de bem ou mal, de


justo ou injusto, de lícito ou ilícito etc., e não o sentido restrito em que são
usadas na linguagem comum.

É MORAL tudo o que leva para o S (Sistema); é imoral tudo o que pertence ao
AS (Anti-Sistema). É moral tudo o que, pela obediência à Lei, pertencendo à
positividade, constrói; é imoral tudo o que, pela desobediência à Lei,
pertencendo à negatividade, destrói.

É necessário alcançar uma MORAL biológica, racional, científica, que não


possa ser invertida, que tenha base não em sanções penais, mas na
compreensão e convicção, que não asfixie, mas que, em vez de obrigá-la a
rebelar-se, encoraje a vida a subir.

No campo da MORAL, não encontramos uma única e universal, mas tantas


morais quantas são as consciências individuais.

O modelo da MORAL perfeita é dado, então, pela Lei, representando o


pensamento de Deus, que dirige tudo.

Morrer - Para morrer não é preciso mais do que ter Deus e paz na própria
consciência.

Morte - A existência depois da morte é, pois, uma continuação no plano


psíquico, da vida precedente no plano físico, até o momento em que se retoma
um corpo, para continuar o caminho da evolução.

A MORTE não é igual para todos, o que pode parecer ao involuído um fim
doloroso, é ao evoluído uma alegre libertação.

A MORTE não é igual para todos, pois nem todos sobrevivem igualmente à
morte física, mas cada um sobrevive com diferente poder de consciência, de
acordo com o grau de  (espírito) que tenha atingido.

A MORTE será tanto menos morte, e a parte espiritual permanecerá sempre


mais viva e consciente na morte, quanto mais o ser for evoluído, ou seja, mais
próximo do Sistema, reconquistando-lhe as qualidades.

A MORTE: para o homem material é morte apenas; para o espiritual é vida.

Na economia do universo, a MORTE é uma ressurreição.

Não temais a MORTE, que vos liberta. Vós e vossas obras, tudo é indestrutível
por toda eternidade.

Para quem tanto sofre a MORTE é benvindo repouso.


Pietro Ubaldi se refere a ele mesmo.

Quanto mais o ser é adiantado, tanto mais ilusória é a vida terrena, e mais
poderosa, real e viva é a vida extra-corpórea, depois da MORTE.

Restituirei à Terra tudo aquilo que ela me deu, inclusive o meu corpo dentro
do qual fiz tão longa viagem. O que pertence à Terra é justo que fique aí. Mas
o que pensei, desejei e fiz neste trajeto, levo comigo. Com o avizinhar-se da
hora suprema, a MORTE, aproxima-se sempre mais a figura de Cristo, que me
sustentou neste longo esforço. Sei que verei o Cristo na hora da MORTE, ao
cumprir a minha missão, chancela final do meu trabalho, para tudo confiar nas
Suas mãos. Ele apareceu no começo desta Obra. Reaparecerá no fim.
Pietro Ubaldi assim escreveu quando tinha 81 anos. Nasceu na outra vida aos 85 anos. Foi
neste nível vibratório que escreveu seu último livro: Cristo.

Se a natureza não teme nem evita a MORTE, porque ela é condição de vida,
com isso nada se desperdiça em sua estrita economia.
Não existe a morte, o que existe é a vida corpórea ou extra-corpórea. A morte é só a
passagem de uma para outra vida.

Movimento - A vida reside no movimento. Se este pára, chega a morte.


Todo o universo é movimento e apoia-se no movimento.

Tudo é cíclico, é um MOVIMENTO de vai e vem, progride e regride, mas só


retrocede para progredir mais.
Esse movimento é representado em A Grande Síntese pela curva dos motos vorticosos.

Mundo - A dor é a nota dominante nos mundos inferiores.


Quando o ser aproveita bem a presença da dor, ele se redime e a redenção o conduz a
planos superiores.

Ao velho MUNDO da animalidade deve-se contrapor um mundo mais refinado


de espiritualidade; à força bruta deve-se contrapor a mais poderosa força da
inteligência e da bondade, sustentada pelos recursos do mundo espiritual que,
para quem os conhece e sabe aplicá-los, não são utopia.

É preciso que o MUNDO sofra para que possa corrigir-se e avançar.


No MUNDO político, social, econômico, religioso, cultural, movemo-nos em
um mar de contradições.

O MUNDO futuro olhará com horror e compaixão os atuais métodos de


governar o mundo.

O MUNDO parece espargir rosas mas na verdade distribui espinhos; eu vos


ofereço espinhos, porém vos ajudarei a colher as rosas.
A oferta de Sua Voz é melhor do que a do mundo, para quem deseja evoluir.

O MUNDO quando clama pela liberdade, intimamente deseja o arbítrio, o


abuso, a licença.

Observar o MUNDO dos vivos ou mundo dos mortos é para mim problema
secundário em face do de minha evolução.
Pietro Ubaldi foi um exemplo de quem vivia nos dois mundos, mais sintonizado com o
espiritual do que com o material.

Quando aprofundamos o olhar na essência das coisas, vemos revelar-se-nos


um MUNDO inteiramente diverso do que comumente nos aparece em
superfície.
O mundo visto superficialmente é aquele observado pelo Anti-Sistema. O Sistema revela o
mundo espiritual do ser.

Os dois MUNDOS, o do espírito e o da matéria, o imponderável e o tangível,


comunicam-se.

A dor é a nota dominante nos MUNDOS inferiores.

Existem dois MUNDOS, o absoluto e o relativo, o perfeito e o imperfeito.


N
Nação - As nações não se fabricam com poucos homens dirigentes, mas com
as forças espirituais das massas.

Uma NAÇÃO é simplesmente a veste externa de um psiquismo coletivo, a


forma biológica desta unidade espiritual superior.

Natureza - A natureza viva é, sem dúvida, inteligente e finalística, tendendo


à própria conservação.

Descobrimos Leis da NATUREZA e dominamos algumas de suas forças, mas


egoisticamente.

Diz-se que a NATUREZA não dá saltos, e, de fato, ela realiza a evolução por
meio do transformismo lento e gradual.

Há três tipos de NATUREZA:


- O reino físico (mineral, geológico, astronômico) que compreende
a matéria.
- O reino dinâmico ( as forças ) que compreende as formas de energia.
- O reino biológico psíquico (vegetal, animal, huma- no, espiritual) que
compreende os fenômenos da vida e do psiquismo.

Noúre - A direção das noúres está nas profundezas de nosso "eu" e das
coisas, onde se encontra Deus.

A NOÚRE, em sua profundidade a mesma, traz de novo à luz o Evangelho,


substancialmente esquecido, mas agora em forma de ciência.

As NOÚRES adquire uma importância muito mais vasta que a mediúnica.

Se eu descer moralmente me dessensibilizo e perco a consciência daquele


plano de NOÚRES.
Pietro Ubaldi se impôs uma vida, material e espiritual, impecável para estar sempre em
contato com a fonte noúrica, de onde emanava os pensamentos captados por ele. Havia um
intercâmbio permanente entre transmissor e receptor.

Noúrica - A fonte de emanação noúrica, da qual captei os meus registros


inspirativos, era uma estrela brilhante e longínqua que me olhava do céu.

A recepção NOÚRICA, que é comunicação com centros super-evolvidos,


exige a ascensão espiritual até àquele nível.

Minha percepção NOÚRICA é imensa, sobretudo dentro de mim; minha


sensibilidade psíquica permite-me contato com uma vasta gama de planos de
consciência, tanto no alto como embaixo.

O fenômeno da minha captação NOÚRICA está aberto diante da eternidade.


O
Obediência - A obediência se realiza sempre: no AS (Anti-Sistema) como
no S (Sistema), mas no AS às avessas, sem liberdade.

É verdade: quanto mais se sobe, mais direitos e liberdades se conquistam.


Mas, se tudo é equilíbrio, quanto mais se sobe, mais deveres e OBEDIÊNCIA
à Lei nos esperam.

O erro foi de desobediência e é corrigido pela OBEDIÊNCIA à Lei de Deus.

Obra - A finalidade da Obra é oferecer um conhecimento que o mundo ainda


não possui, necessário para se conduzir com sabedoria e, portanto, viver de
forma menos bárbara do que aquela em que vive o assim chamado homem ci-
vilizado moderno. Nesse sentido, a Obra contém as bases sobre as quais se
poderia apoiar uma nova civilização, aquela que, por lei de evolução, o
homem deverá segu-ramente realizar no terceiro milênio.

A OBRA é o resultado de um amadurecimento evolutivo, realmente vivido,


por quem a descreveu e que poderá ser vivido, também, por quem a lê.
A OBRA é um plano de trabalho que pode ser usado como recurso para subir,
ou como um ideal a explorar. No primeiro caso, será um precioso instrumento
de evolução, no segundo, para quem quiser usá-lo emborcado, um perigoso
meio de involução.

A OBRA permanece, é o que mais interessa. Ela não é um produto morto, de


literatura, mas uma semente viva que agora cai no terreno do mundo para
germinar.

Hoje o autor terreno da OBRA é velho, está terminando a sua missão e vai-se
embora. Ofereceu ao mundo o fruto do seu trabalho.
Isso ele falou em 1967, partiu deste mundo em 1972.
Minha OBRA está terminada. Se durante anos e anos, uma humanidade
diferente, muito maior e melhor, olhando para trás, pesquisar esta semente
lançada com muita antecipação para ser logo fecundada e compreendida, ad-
mirando-se como tenha sido possível adiantar-se aos tempos, tenha ele um
pensamento de gratidão para o ser humano que, sozinho e desconhecido,
realizou este trabalho, por meio do seu amor e do seu martírio.
Palavras de Sua Voz no final de A Grande Síntese, referindo-se a Pietro Ubaldi.

Na OBRA contei a história de uma alma em evolução. Ela poderá interessar a quantos
estejam prontos e dispostos a percorrer tal caminho. Por isso, tracei-o e descrevi
nos 24 volumes que se sucederam, e dos quais é este o último. Isto para o bem
de quem quiser tirar proveito dela.
Últimas palavras de Pietro Ubaldi quando terminou de escrever o Cristo, em agosto de
1971. Partiu para o mundo espiritual seis meses depois.

No fim eis-me sozinho perante a Lei. Refugio-me nos braços de sua justiça.
Através de toda a OBRA observei o funcionamento dessa Lei. Sinto-a operar à
minha volta, dentro de mim. Ela me expressa o pensamento e a vontade de
Deus. Estou imerso plenamente nesta atmosfera feita de vida, da qual se
alimenta o respiro do universo.

O que tem valor e utilidade é a OBRA e não o operário. Neste momento, ele
pede uma graça: que lhe sejam poupadas exaltações pessoais, honras inúteis,
porque elas pertencem somente à Obra; pede que o deixem retirar-se em
silêncio da cena do mundo, para se preparar a vi-ver o novo tipo de existência
que, em breve, o espera no além-túmulo.
Palavras contidas no livro Um Destino Seguindo Cristo, 4 anos antes de retirar-se deste
mundo.

Quem quiser manejar esta OBRA terá primeiro de a ler toda e a compreender,
para não cair nos erros e danos de que ela própria nos adverte. Esta será uma
conta dos continuadores com Deus, na qual não entro. Cada um é livre, mas
deve depois recolher conforme as suas ações. Será perigoso, como se costuma
fazer com os ideais e como já foi tentado, emborcar para outras finalidades a
função da Obra. Quantos já foram jogados ao chão ao longo do seu caminho!
É perigoso ignorar e desafiar a potência invencível dos defensores das coisas
do espírito.

As nossas OBRAS nos acompanham por toda parte.


Oração - A oração não deve ser egocêntrica, do eu que pede para si, mas
uma adesão à vontade de Deus, um ato de harmonização com a ordem divina.

A verdadeira ORAÇÃO, a mais elevada e mais intensa, chega assim a não ter
mais palavras e se reduz a um silêncio, de todo o nosso ser em atitude de
receptividade e de oferecimento, à escuta da palavra divina.

Não basta ter estabelecido as nossas relações com Deus. É necessário entrar
em comunicação com Ele, é necessário a ORAÇÃO.

Se quisermos, pois que a ORAÇÃO seja uma verdadeira prece e dê os seus frutos, não
peçamos o impossível, porque por mais que seja pedido e rogado, nos será negado.

Em geral não se sabe orar e assim se explica o escasso resultado que obtemos
com as nossas ORAÇÕES.

Orar - Orai assim, no silêncio das coisas, olhando sobretudo para o âmago que está
dentro de vós. Orai com espírito puro, com intenso arrebatamento, com poderosa
fé, e radiação anímica, harmoniosamente sintonizada com grande vibração,
invadirá os espaços. E ouvireis uma voz de conforto, que vos chegará do
infinito.

Os modos de ORAR são muitos e diversos, ainda que a forma que os reveste
possa ser igual para todos, porque cada ser está diante do absoluto apenas
como um pobre relativo, que não sabe além do seu “eu” particular e não sabe,
pois dizer a Deus o que ele sente e é.
Para dizer o que somos e sentimos a Deus é preciso dialogar com Ele e termos certeza de
Sua presença em nós.

ORAR significa colocar-se em atitude íntima em que a alma procura


comunicar-se com Deus.

Ordem - Cada impulso divino tem a sua função e se desenvolve em perfeita


ordem.

Não se vem ao mundo para gozar, mas para aprender. Mas aprender o quê?
Que existe uma ORDEM codificada numa Lei, pela qual a vida é regida por
normas, equilíbrios, princípios, um todo não só abstrato e teórico, mas
também real, vivo, funcionando, que rege com fatos, infligindo dor a cada
violação.
Orgânico - Antes que cada um de nós nascesse, já existia o esquema de
nossa estrutura orgânica.
É o caso de uma reencarnação planejada.

Num todo ORGÂNICO, nenhum ser pode viver isolado.


P
Paixão - A minha paixão é subir, sutilizar-me espiritualmente.

As PAIXÕES são grandes forças que não devem ser destruídas, mas utilizadas
e elevadas, já que na evolução tudo caminha por continuidade.

Minha PAIXÃO é evadir-me das baixas camadas da animalidade humana.

Palavra - Minha palavra é universal como a luz do sol.

Minha PALAVRA se dirige às profundezas da consciência.

Minha última PALAVRA é de amor, de paz, de perdão, para todos.

Paraíso - A idéia de paraíso exprime, justamente o estado ao qual a evolução


levará o homem no futuro.

É necessário subir do inferno, onde a discórdia cria a infelicidade, ao


PARAÍSO, onde a concórdia gera a felicidade.

No fundo da descida está o inferno; no ápice da subida, o PARAÍSO.

O PARAÍSO é o reino da ordem, da harmonia, da paz.

O problema do PARAÍSO, isto é, de nossa felicidade, como todos os


problemas humanos, é um problema individual, antes que seja um problema
coletivo.

Somos, pois, pobres seres decaídos no mal e na dor. Triste tributo este, que é
justo porque foi desejado. Mas Deus está junto de nós. Ele está junto de nossa
humanidade no seu aspecto de Cristo, que conosco colabora na reconquista do
PARAÍSO perdido.
PARAÍSO e inferno são estados mentais de alegria ou dor, criados por nós
mesmos, existentes cada um na forma por ele próprio gerada.

Passado - O passado não morre, mas revive sempre no presente.

Todo o PASSADO nos liga ao que fomos e fizemos. O que semeamos,


devemos colher.

Paz - Eu venho para unir, não para dividir; trago paz e não guerra.
Quanta PAZ dá à alma o Evangelho com sua confiança em Deus.

Pecado - Como para as doenças há médico e farmácia, também para os


pecados, as religiões oferecem todos os remédios.

O denominado PECADO original, a ingestão do fruto proibido da árvore do


bem e do mal, não simboliza o ato sexual, necessário à vida, mas a degradação
do amor espiritual em amor carnal, do qual deriva apenas uma gênese falsa,
destinada a acabar na morte.

O PECADO é agradável, porque satisfaz a própria natureza inferior. Por isso


se pratica. A renúncia para subir é penosa. Por isso se foge dela.

Pensamento - A nossa visão avança e com isto o universo se torna para nós
sempre mais pensamento.
Preocupados, com a matéria, nem prestamos atenção que o universo verdadeiro é o
espiritual. Cada ser é um espírito em evolução.

Com os PENSAMENTOS e atos atuais, construímos os hábitos e instintos


futuros, que dirigirão nossos pensamentos e atos de amanhã.

Na minha registração inspirativa, sempre observei que a técnica funcional do


PENSAMENTO é, neste caso, diversa da que utilizo no estado normal, para os
comuns trabalhos mentais da vida. O primeiro é um pensamento espontâneo,
automático que foge ao controle e à análise, independente da minha vontade
de pensar e esforço de raciocínio para compreender. Parece até que os dois ti-
pos de pensamentos sejam antagônicos e se elidam, porque a intervenção
consciente do pensamento cerebral paralisa o funcionamento do intuitivo.

O criador das obras do PENSAMENTO é o ser que está mais perto de Deus na
Terra.
O homem que cria no PENSAMENTO já opera fora do espaço e do tempo.
Se opera fora do referencial espaço-tempo, está operando com o referencial do espírito.

O PENSAMENTO é vibração e transmite-se por onda. Esta excita apenas as


vibrações de ondas afins. O que desperta uma idéia em vossa consciência ou
memória é precisamente a presença da onda, idéia afim.

O PENSAMENTO se materializa, passando do superconsciente ao


subconsciente, através do dinamismo do consciente.
O superconsciente intui, o consciente controla, o subconsciente fíxa.

Os resultados dos acontecimentos dependem de nossa conduta e esta depende


de nossos PENSAMENTOS que, por sua vez, dependem de nossa forma
mental, isto é, das qualidades individuais.

Religiões, filosofias e ciência, síntese de todo PENSAMENTO humano, ainda


vão unificar-se espiritualmente.
No futuro todas vão usar o mesmo referencial: Deus.

Perdão - O perdão representa vantagem, porque liberta quem perdoa de


todas as consequências, ao mesmo tempo que não apaga o débito do ofensor, o
qual tem de prestar contas não a um homem (o ofendido), mas a Lei de Deus.

Quem apenas PERDOA, não reage e não exige compensação, mas admite a
ofensa e a dívida dos outros, a seu respeito. Mas, para que se transfira
completamente de nós para a Lei a função realizadora da justiça, é necessário
não conservar na mente a lembrança da ofensa, nem a do ofensor.

Sobre cada espinho nasceu uma rosa, sobre cada dor uma alegria, sobre cada
ofensa uma carícia de PERDÃO.
Palavras de Pietro Ubaldi em relação a ele mesmo, mostrando como se perdoa.

Período - Cada período divide-se em três fases que são espírito, energia,
matéria. Apresentam-se nesta ordem sucessiva no período de descida ou
involução, e na ordem inversa, no período oposto, no evolutivo, que é o nosso.
Na descida a substância divina permaneceu inalterável em cada fase, assim permanece no
seu retorno ao Pai: Para não confundir o espírito com a matéria, da qual é o seu princípio
diretor, basta usar o referencial Deus ou a Lei.
Enquanto o primeiro PERÍODO da queda ou involução significara destruição
do universo espiritual e a criação ou construção de nosso universo físico, este
segundo período de subida ou evolução significa a destruição da matéria como
tal e a reconstrução do universo originário, espiritual.

Personagem - O nosso personagem queria ser cristão segundo Cristo e não


de acordo com o mundo. Uma paixão mística o dominava, numa ânsia de
ascensão para viver o seu ideal sempre mais intensamente. Tudo fazia sob o
olhar de Cristo, sentia o pensamento e o calor que emanava daquela presença.

Personalidade - A evolução avança para uma progressiva expansão da


personalidade.

A nossa PERSONALIDADE é constituída por tudo o que herdamos do


passado, vivido com a nossa experiência, lançado e confirmado por longa
repetição, agora volta com uma inabalável vontade de continuar se rea-
lizando na mesma direção, resistindo a toda tentativa de desvio.
Isso tanto para o bem quanto para o mal, daí a grande vantagem de fincar a nossa
personalidade no bem.

A PERSONALIDADE é constituída por um feixe de forças em movimento e o


destino é a trajetória desse movimento.

A PERSONALIDADE humana não é um ponto, mas uma zona onde se


distinguem três partes: subconsciente, consciente e superconsciente.

Cada um de nós é uma PERSONALIDADE resultante de um conjunto de


qualidades bem definidas, mas em contínua transformação, razão pela qual, o
ser existe em forma de uma trajetória em curso, como entidade que navega
através do seu transformismo, individuada pelo típico feixe de forças que a
constituem.

É mais fácil remover uma montanha do que remover um tipo de


PERSONALIDADE, fruto de quem sabe quantos milênios de vida.

Esses são os três tipos biológicos da PERSONALIDADE: a besta, o homem e o


super-homem.
Nós estamos na fase hominal, querendo superar a besta e alcançar a super-humana. A
besta - os instintos negativos, o homem - a razão, a super-humana - a intuição.
Na sua estrutura, a PERSONALIDADE humana poderia ser comparada ao
espectro solar: infravermelho (sub-consciente), espectro visível (consciente),
ultravioleta (superconsciente).

Ninguém pode deixar de ser o que é e agir conforme a sua


PERSONALIDADE. As nossas obras nos perseguem e somos feitos de nosso
passado.

O estudo de nossa PERSONALIDADE significa um profundo ato de


introspecção, que se realiza através de um severo e sincero exame de
consciência.

Para saber pensar e agir por si próprio, é preciso ter uma PERSONALIDADE.

Quando a PERSONALIDADE se desloca através de seu transformismo e


percorre a trajetória do seu destino, nesse caminho ela atrai para si as forças
afins que encontra e repele aquelas com as quais não sintoniza.
É bom examinar se a nossa personalidade está atraindo somente coisas boas ou coisas más
também. O caminho para nos acercarmos só do bem, já conhecemos: vigilância e oração.

Pietro Ubaldi - Agora posso compreender o que ganhei com não ter querido
perder tempo a ocupar-me de riquezas. Se tivesse corrido atrás delas, não teria
em mão senão um filme de experiências terrenas de negócios que me teriam
pregado neste ambiente inferior. Triste resultado. Bem ao contrário, encontro-
me tendo nas mãos uma riqueza minha, que me leva um pouco mais para
diante em direção ao S (Sistema). Isto muda a minha posição evolutiva,
impelindo-me para mais alto plano de existência, o que é o resultado máximo
que se pode obter numa vida. Na próxima existência, com um cérebro mais
aperfeiçoado, órgão adequado às novas capacidades mentais adquiridas e
produto de um ambiente mais adiantado, poderei dispor de meios de
compreensão e expressão mais evoluídos para satisfazer ainda mais a minha
máxima aspiração, que é evoluir.
Fantástico, pensa em retornar à Terra para evoluir ainda mais. Pietro renunciou a sua
riqueza, pouco antes de começar a missão. Era rico e se fez pobre, para que com a sua
pobreza nós nos enriquecêssemos.

PIETRO UBALDI - É neste vazio das coisas terrenas que atinjo a plenitude
das coisas do céu. Quanto mais me afasto do que é humano, tanto mais me
avizinho das coisas divinas. Delas se enche esta imensidade deserta, para que
se abram as portas do céu e apareçam as grandes visões. Elas constituem já
uma aproximação, um antecipar-se da libertação, tentativa e ensaio de uma
vida maior que me espera. Nesta paz infinita se vai formando pouco a pouco a
grande corrente que se agiganta e se torna poderosa; toma-me, absorve-me em
seu seio, depois me envolve como num turbilhão e me arrasta consigo para
longe. Para onde? Não sei. Leva-me para outro plano de existência, onde já
não sou eu que penso, mas o universo. E a sua vida que pensa dentro de mim,
porque não existo mais como eu separado, que vive e pensa isoladamente, mas
sou um eu unido ao todo, um elemento que vive e pensa como um momento
da vida e do pensamento do existir universal. Encontramo-nos, então,
verdadeiramente fora do mundo, para além dos seus limites e das suas
dimensões.
Estas palavras estão no último capítulo de Um Destino Seguindo Cristo, que foi escrito em
Grussaí (a 30 Km de Campos) quando passava o verão de 1964 em companhia do casal
Arléa e José Amaral.

PIETRO UBALDI - O cérebro envelhece e desaparece. Eu fico. O corpo


morre. Eu vivo. A minha vida se desloca do plano físico ao espiritual e se
concentra na sua parte mais alta, que não morre. O meu ser se enfraquece em
um nível e se fortalece em outro, no qual sobrevivo. Quanto mais o corpo
definha, tanto mais me fortaleço no espírito. Morro de um lado para
ressuscitar do outro. Tenho a sensação de morrer só na parte inferior de mim
mesmo. E uma separação que não dá nenhuma sensação de perda, porque vale
mais a parte que se adquire. Como é belo morrer quando se viveu assim! Fica-
se na parte mais profunda e vital do próprio ser!

Plano - Cada um gravita segundo o próprio peso específico, no próprio plano


evolutivo.
Peso específico aqui tem o sentido espiritual, o parâmetro é o espírito.

Para ascender a um PLANO biológico superior é necessário haver percorrido


os inferiores.

Planta - Aquela pobre ignorante plantazinha sabe, pois, viver por si mesma,
conhece os meios adequados para isso, proporcionados ao seu escopo e ao
ambiente, sabe escolhê-los e coordená-los. Ela quer viver. Ela quer crescer e
sabe crescer. Ela quer reproduzir-se e sabe como fazê-lo.

Dentro dessa PLANTA existe uma alma, embora sem o grau espiritual que
atingiu no homem; ainda que não passe de uma esmaecida manifestação que o
consciente universal ou alma do Todo extendendo à periferia da sua
manifestação, individualização particular, diante do Todo, imersa no
inconsciente.
É o seu psiquismo que a orienta na vida.

Pobre - As classes que mais possuem devem cooperar, de todos os sentidos,


com classes mais POBRES e menos evoluídos.

O POBRE de hoje pode encontrar no Evangelho uma autorização à conquista


do seu bem estar, uma legitimação do seu esforço para subir.

O princípio de assistência ao POBRE, a suavização ou a supressão das


desigualdades econômicas é um dever e se expande sempre mais no mundo
inteiro, inclusive nos regimes capitalistas.

Ora, se o POBRE hoje está adquirindo direitos, implica para ele, também, o
cumprimento de correspondentes deveres.

POBRE de espírito quer dizer: permanecer, mentalmente, desprendido daquilo


que se continua a possuir materialmente. Trata-se de uma posição assumida,
corrigindo a parte negativa da riqueza e transformá-la em positiva, de tal
forma que a posse não seja condenação.

Pobreza - A POBREZA não surge para ser contemplada, nem pode ser resolvida
com paliativos, mas é um problema que enfrenta desafios em busca de
solução. Logo, a pobreza, hoje, é um defeito dos povos e não uma virtude,
sendo indispensável que se lute para eliminar este defeito.

A verdadeira POBREZA - a indigência - é um degradante rebaixamento ao


nível de vida animal, que pode levar a um retrocesso involutivo e paralisar o
desenvolvimento de um povo.

Hoje, em vez de fazer da POBREZA um problema espiritual sem resolvê-lo,


deve-se procurar suprimi-la com meios positivos de técnica produtiva e de
organização econômica coletiva. Diz um provérbio chinês: "Se quiseres ajudar
um pobre, não lhe dê um peixe, mas ensina-o a pescar".

No passado, em muitas ordens religiosas, voto de POBREZA significava, na


realidade, voto de ociosidade. Hoje, em nosso caso, voto de pobreza quer
dizer voto de trabalho, oposto como reação corretiva ao abuso de quem vive
na abundância sem trabalhar, servido pelo labor dos outros.
Poder - O homem não está ainda maduro para conceber e exercitar o poder
como função social, para o bem coletivo.

Polêmica - Quem polemiza, mesmo que seja para sustentar a mais sagrada
das verdades, revela a sua natureza de involuído, que nunca consegue afastar-
se do método do seu baixo nível evolutivo.

Positividade - Positividade significa retidão, honestidade,


sinceridade, justiça, responsabilidade etc., qualidades possuídas pelo
indivíduo e usadas no lan-çamento da sua trajetória. Negatividade
significa o contrário.

Povo - Não é o povo que escolhe, elegendo um chefe (os sistemas eletivos
não o são em absoluto) mas é o chefe que, por ser o mais poderoso, conseguiu
vencer todos os outros pretendentes, e se faz livremente escolher pelo povo em
grande parte sugestionado e inconsciente.

Os POVOS, como os indivíduos, devem aprender por si mesmos, por meio de


seus erros e dores.

Prece - A atitude fundamental da prece deve ser de obediência, de adesão à


vontade de Deus, de harmonização entre nós e a Sua Lei que é perfeita.

Na PRECE cada qual revela sua própria natureza, isto é, demonstra neste seu
ato para com Deus todas as qualidades do seu tipo biológico.

Previdente - Cristo nos diz que para ser previdente não é necessário estar
angustiado, pois a ânsia que, frequentemente, introduzimos em nosso trabalho,
é uma força negativa, como uma nuvem negra, que obscurece a compreensão
e estorva as diretrizes, diminuindo a produtividade.

Primitivo - Neste nível, primitivo, não pode existir senão a ética do próprio
interesse. A ética diz que se deveriam seguir os ditames da consciência. Mas
para o primitivo, os ditames da consciência são exatamente os do seu
interesse.

O PRIMITIVO é forte e ignorante, procura suprir a falta de inteligência com a


brutalidade; é tão ingênuo que acredita seja possível vencer com a força.
O PRIMITIVO é rápido em suas decisões porque pensa pouco e age muito.

Quanto mais o ser é PRIMITIVO, tanto menor é o patrimônio de idéias que


possui para se orientar e resolver os casos da sua vida. Assim, os seus
problemas da consciência são muito simples.

Princípio - Imitir o princípio espiritual de um ser humano na forma física de


um animal, de um inseto, seria como querer que o oceano entrasse num rio.

Os dois PRINCÍPIOS fundamentais da Obra são: imparcialidade e


universalidade.
Esses dois Princípios são os que orientam a divulgação da Obra, pelo Instituto Pietro
Ubaldi.

Progredir - Cada conquista perde valor, se não serve para avançar. O


caminho da subida está feito para ser percorrido. A lei é progredir. A
evolução é uma pista onde não é possível deitar-se para dormir.

Progresso - Do progresso nascerá o novo tipo biológico, base das


humanidades futuras.

O processo de espiritualização interessa de perto à vida, porque significa


PROGRESSO ao longo do caminho da evolução, que nos seus níveis elevados
se resolve em espiritualidade.

O PROGRESSO caminha em direção a Deus e as manifestações mais elevadas


são: bondade e justiça.

O PROGRESSO coletivo não pode ser alcançado senão com o progresso de


cada um.

O PROGRESSO é uma conquista laboriosa e só pode realizar-se por etapas.

Propriedade - A PROPRIEDADE é ainda um fato sadio e necessário ao


homem no seu nível atual, embora esteja pronto a fazer mau uso dela.

A vida não quer a PROPRIEDADE monopolizante, exploração do próximo,


mas uma propriedade função-social para o bem coletivo.
Quanto mais se civiliza uma sociedade humana, tanto mais o conceito de
PROPRIEDADE se transforma em sentido anti-separatista, isto é, em função
de utilidade coletiva.

Um dos maiores abusos da PROPRIEDADE e riqueza é o de aproveitá-los


como meio de luxo e ócio, em vez de cumprir com o dever de utilizá-las como
meio para realizar um maior trabalho produtivo, em proveito da sociedade.

Uma PROPRIEDADE maculada por desonestidade, furto, exploração do


próximo, uma riqueza injusta, é um fenômeno desequilibrado que não pode
manter-se de pé e portanto cedo ou tarde acaba desfazendo-se.

Protagonista - A maior sabedoria de nosso protagonista foi a de amar e


assim domesticar a dor.
Aqui o protagonista é Pietro Ubaldi, mas pode ser você, eu, qualquer um..

A realização dos sonhos do PROTAGONISTA estava situada muito longe da


Terra. Aqui era apenas um exilado de passagem, dirigindo-se para outros
lugares. Não vivia apenas uma breve existência no mundo, porém uma vida
imensa na eternidade. Ele tinha nascido e existia para produzir uma Obra de
pensamento que não era apenas uma construção espiritual para o bem dos
outros.

Algo de indelével emergia do passado do PROTAGONISTA, impressões


potentes que os milênios não tiveram a força de fazer esquecer. Por momentos
aflorava da profundidade do seu espírito, como uma visão, a recordação de
uma figura querida e sublime, que encarnava o seu ideal e constituía o seu
modelo. Contemplava-O, reconhecia-O, não podia esquecê-Lo. Ele, o Cristo,
era o centro da sua vida, como um destino que não se pode deixar de seguir.
A visão refere-se ao apostolado junto de Cristo, na Galiléia e em toda Palestina.

Aquela luz estava antes da culpa e depois da expiação do PROTAGONISTA.


Cristo era a sintonização mais palpitante daquela vida e sempre ressurgia
diante daquela alma, sempre com profunda emoção. Este era o sulco mais
fortemente traçado e que ali se tornara indelével.

A Obra representava a ascensão a um novo grau de evolução que aproximava


o PROTAGONISTA sempre mais do seu modelo. Havia entrado no seu campo
gravitacional, e a sua órbita já não podia girar senão ao redor Dele, Cristo, res-
tringindo sempre mais as suas espirais.
Cristo esplendia no destino do PROTAGONISTA, no seu passado e no seu
futuro.

Evangelicamente, o PROTAGONISTA suportava e exer-citava as virtudes da


humildade e da paciência.

O centro da vida do PROTAGONISTA estava no espírito.

O Evangelho para o PROTAGONISTA era uma afirmação, uma conquista, um


acréscimo de vida, uma expansão, e não, como significava para o mundo, uma
repressão ou uma mutilação. Era por isso que ele vivia o Evangelho: não por
um esforço de virtude, mas para sua satisfação. No fundo, ele se realizava
conforme a sua natureza.

O passado do PROTAGONISTA era, sem dúvida, ex-tenso e rico de profundas


experiências.

O PROTAGONISTA havia cometido, por certo, uma queda, que agora


exclamava, fatalmente, justiça e expiação.
O Protagonista refere-se a uma reencarnação anterior a esta que descera espiritualmente.

O PROTAGONISTA opera a própria transformação, a ascensão espiritual.

O PROTAGONISTA por intuição, obtivera uma visão do funcionamento


orgânico do universo.

O PROTAGONISTA via a grande e amada figura de Cristo andar pelas Terras


da Galiléia, às margens do lago de Tiberíades; de Belém a Nazaré, a
Jerusalém; da pobre manjedoura ao Getsêmani e ao Gólgota.
Os evangelistas mensionam apenas dois apóstolos que acompanharam Cristo do
Getsêmani ao Gólgota, Pedro e João. Esta visão está no capítulo trinta de História de um
Homem, rica de detalhes com uma nota no rodapé. É a reencarnação de Pietro Ubaldi há
dois mil anos, na Palestina.

Providência - Há uma Divina Providência para cada um.

Quando tivermos merecido, podemos ter certeza de que se verificará para nós
o milagre da Divina PROVIDÊNCIA: nada nos deixará faltar do que
precisarmos, seja para a alma, seja para o corpo.
Pietro Ubaldi teve oportunidade de ver a Divina Providência funcionar muitas vezes em
sua vida.

Psicanálise - A causa da neurose coletiva, que se vai cada dia mais


espalhando, é a desordem espiritual, é a coisa mais urgente a curar. Eis como a
psicanálise, se cumprir uma função orientadora, pode adquirir uma grande
importância social.

A função fundamental da PSICANÁLISE pode ser não somente a de corrigir


defeitos e curar doenças, mas a de ajudar o ser a evoluir, seguindo o caminho
que vai do AS (Anti-Sistema) ao S (Sistema), impulsionando-o para formas de
vidas progressivas e mais felizes.

A tarefa da PSICANÁLISE é a de construir destinos sadios e felizes, dando


saúde às almas, curando os doentes, fortalecendo os fracos, sanando feridas,
tudo isso no terreno do espírito, como o médico do corpo faz no terreno da
vida física.

Psicanalista - A função do psicanalista não é a de combater as neuroses só


para superá-las, mas é a de acompanhá-las utilizando-as para ajudar o desen-
volvimento do paciente.

A tarefa do PSICANALISTA é a mesma da Lei, é a de impulsionar e dirigir o


paciente para que volte ao caminho certo, reconstruindo-se na ordem da qual
se havia afastado.

Na prática, o PSICANALISTA tem que lutar contra duas exigências opostas: 1)


a de impulsionar o paciente pelo caminho da evolução, superando os instintos
inferiores, porque este é o caminho da salvação; 2) a de tratar os complexos,
eliminando os choques que os gerou, no esforço para realizar aquela
superação.

O método de tratamento, por sublimação, pode ser aplicado com tanta maior
amplitude quanto mais o paciente é evoluído. O tratamento deve ser
proporcionado às capacidades de compreensão e reação do indivíduo. Cabe ao
PSICANALISTA compreender e julgar.

O PSICANALISTA pode tornar-se além de médico, mestre de evolução,


funcionando, também, como construtor de personalidade.
Psiquismo - A ameba já possui todas as propriedades básicas biológicas:
metabolismo, movimento, respiração, digestão, secreção, sensibilidade,
reprodução e psiquismo.
A ameba é um ser vivo unicelular, em evolução, com forma e substância, corpo e princípio
diretor.

Com o homem, o PSIQUISMO assume um poder preponderante na evolução, um poder


tão decisivo que tornou consciente do fenômeno da evolução, até o ponto não só de
compreendê-lo, como de assumir a direção dele.
O homem além do instinto e da razão, é dotado de intuição, embora na fase embrionária
para os menos evoluídos.

No animal, o PSIQUISMO nele ainda inconsciente para enfrentar o ambiente,


produz, plasmando a matéria celular do organismo físico, alguns órgãos
determinados, que funcionam como instrumentos.

O PSIQUISMO individual sobrevive nas plantas, nos animais, no homem.


Q
Queda - A desordem da queda permaneceu sempre circunscrita dentro da
ordem maior do Sistema.
A desordem é qualidade do Anti-Sistema, é temporária, e a ordem pertence ao Sistema, é
permanente.

A encarnação repete a QUEDA cada vez que uma alma retoma um corpo; cada
vida representa uma etapa da subida, ao longo do caminho da evolução, e uma
porção de fadiga e de dor com que é ele percorrido, assim realizando
progressivamente a própria redenção.
A queda maior foi a primeira, no AS (Anti-Sistema), as demais são pequeninas, somente
enquanto a alma não evolui suficientemente, até parar de cair.

A essência da QUEDA não é, portanto, um ato de punição, mas o afastamento


de Deus, desejado pela criatura, que tem fatal necessidade de subir novamente
a Ele, se quiser reencontrar a vida.

Cada um teve a sua QUEDA particular conforme a sua culpa.

Cumpre-nos, pois, aqui realçar que a expressão “QUEDA dos anjos”


representa uma redução da realidade. Na medida limitada da psicologia
humana. De fato, o fenômeno ocorreu em planos de existência tão elevados,
que para nós se situam no superconcebível; ocorreu em dimensões em que as
nossas representações de espaço e de tempo não têm mais sentido. A imagem,
pois, que tivemos de escolher representa u’a mutilação e não uma expressão
da realidade.
Quando falamos de queda, vem em nossa mente a idéia de queda espacial e não conceptual
ou espiritual, porque não usamos o referencial espírito, a Lei ou Deus. Não houve queda
espacial.

Demonstramos que nosso universo físico é o resultado de uma QUEDA do


espírito, da qual nasceu a matéria ou forma.
Nasceu a matéria. Não foi o espírito que se transformou em matéria.
É certo que a QUEDA foi devida à falta de conhecimento das consequências
da revolta, mas é também certo que a criatura não poderia ser onisciente, igual
a Deus.

É lógico que não agrada ao homem a teoria da QUEDA, pois ela implica sua
culpabilidade e o dever de aceitar-lhe as consequências.
A nossa condição de não aceitar a responsabilidade da queda, prova de que realmente
caímos.

Esta perda de consciência, no ato de descida na forma material, é um eco do


primeiro motivo da QUEDA, que volta e se repete a cada reencarnação.

Não é concebível que a QUEDA possa ter produzido uma despersonalização,


pois que ela significaria uma anulação de personalidade, isto é, da
individualização do “eu sou”.
A nossa queda (espiritual) só mudou as nossas qualidades e não a nossa individualidade,
continuamos filhos de Deus, centelhas divinas.

No fundo da natureza humana está a tragédia da QUEDA, em razão da qual a


alma, centelha divina, desceu para a ilusão da matéria e dos sentidos, num
corpo vulnerável a tudo e num ambiente ingrato, em que a conquista do
progresso lhe custa esforço permanente.

O desmoronamento do Sistema (parte) com a QUEDA se nos apresenta como


um processo pelo qual as criaturas são projetadas do centro à periferia,
distanciando-se de Deus.
Repetimos: o referencial é o próprio Deus. Aqui não tem sentido centro espacial

O motivo da QUEDA dos anjos e do pecado original repete-se a todo instante


entre nós, em nossa vida cotidiana.
São nossas quedinhas que se repetem diariamente.
R
Razão - Não invoqueis a prova do prodígio, quando podeis possuir a da
razão e da fé.
A razão e a fé pertecem ao espírito e o prodígio à matéria.

Reencarnação - A cada passo, morte e reencarnação. Não há outra maneira


para realizar o transformismo evolutivo.

A REENCARNAÇÃO é uma verdade biológica positiva, que hoje pertence já à


ciência; é fato objetivo independente das afirmações de qualquer escola ou
religião.
Buda, há 400 A.C., já citava a reencarnação em seus ensinamentos.

A teoria da REENCARNAÇÃO está em harmonia com as leis da natureza que


conhecemos, como a indestrutibilidade da substância, pela qual, se as
mudanças se operam só na forma, a personalidade humana poderá mudar, mas
não ser destruída.
A matéria é destrutível, mas a substância que a anima é indestrutível.

A teoria da REENCARNAÇÃO, é uma coisa séria e não deve ser usada para
satisfazer vã curiosidade. Quem chega a ter intuições a respeito, estude a si
mesmo, faça pesquisas íntimas para conhecer-se e reconstruir a história de seu
destino, para melhor trabalhar de acordo com a Lei de Deus.
O conhecimento de reencarnações passadas só é útil para melhor obedecer à vontade de
Deus e retificar a trajetória de nosso destino.

Eis que a técnica da REENCARNAÇÃO se enxerta em cheio no processo


evolutivo, base do transformismo que representa a condição de renovação, de
salvação, sem a qual não se pode voltar a Deus.

No sistema REENCARNACIONISTA o eu é uma individuação eterna,


personalidade em formação pela evolução, e única responsável diante da Lei;
personalidade que colhe em bem ou mal, sob a forma de destino, o que ela
quis livremente semear.

O fenômeno da REENCARNAÇÃO não é estático, mas em contínua


transformação, no sentido de que ele se torna cada vez mais vida e cada vez
menos morte.
O tempo de desencarnação é tanto menor quanto mais primitivo é o ser. Os evoluídos
demoram mais a vir a este mundo, porque estão mais adaptados ao outro.

O ritmo vida-morte, iniciado com a primeira queda, poderá ser lentamente reabsorvido e
esgotar-se, até o regresso a Deus, lá onde se extingue a REENCARNAÇÃO.

O segredo está em não se deixar atrair cegamente por uma matriz, escravo do
desejo, mas em saber escolhê-la com inteligência, para obter uma
REENCARNAÇÃO e uma vida não de simples satisfação, mas de progresso.
Eis a grande vantagem de evoluir, ter o direito e poder escolher a família onde nascer.

O segredo para a escolha de uma REENCARNAÇÃO, que nos faça, mais tarde,
sofrer menos possível, é o desapego de tudo, é o não se deixar atrair pelos
velhos instintos, que nos reconduzem aos antigos ambientes, é o saber
desamarrar-se de tudo que a ele nos prende, para poder entrar em ambientes
melhores, ainda que estes não correspondam a nossos gostos do momento.

Os que admitem a REENCARNAÇÃO e negam a teoria da queda, não


percebem como estão ligadas fundamentalmente as duas coisas, e que,
negando eles a queda, negam o Anti-Sistema e tudo o mais que possa explicar
a presença da morte e dessa alternativa vida-morte, que se chama
reencarnação.
Queda e reencarnação são concordantes. Queda significa mergulhar no Anti-Sistema e o
ciclo vida-morte-vida está contido nele. O ciclo nascer-morrer-renascer é o processo
reencarnatório. Ambas têm o mesmo sentido espiritual.

Quando dizemos evolução orgânica temos de dizer também evolução do


princípio espiritual que a gera, o que implica a necessidade de existências
sucessivas, ou seja as REENCARNAÇÕES.

REENCARNAÇÃO significa uma série de vidas humanas sucessivas


para a mesma personalidade espiritual.
Sem REENCARNAÇÃO, perderia o sistema do universo todo o poder de
recuperação, para corrigir sua imperfeição e voltar à perfeição, e a dor seria
um tormento sem sentido, nem escopo útil.

Só com a teoria da REENCARNAÇÃO, podem conciliar-se os dois extremos


opostos: liberdade e responsabilidade de um lado e determinismo de outro.

Religião - A função das religiões não é somente a de afirmar princípios, mas


também a função prática de dirigir as consciências, de educar as massas.

A minha RELIGIÃO é a união com Deus no pensamento e nos atos.

A RELIGIÃO do biótipo superior é imparcial e universal, não um partido de


grupo.
Quanto mais evoluído o dirigente, mais imparcial e universal é a sua filosofia de vida.

A universal RELIGIÃO do espírito, que compreende todas as outras, pede


apenas que se ame a Deus amando o próximo como a si mesmo.

As RELIGIÕES tomam um significado biológico positivo, mesmo perante a


ciência materialista, na medida em que elas cumprem uma função
evolucionista fundamental, a espiritualização.

As RELIGIÕES, tantas e, erro imperdoável, todas lutando entre si,


exclusivistas na posse da Verdade e isto em nome do próprio Deus, aplicando-
se não a procurar a ponte que as una, mas a cavar o abismo que as divida.

Como na ciência, também nas RELIGIÕES, a investigação deveria ser livre,


não fechada e condenada. As várias doutrinas deveriam ter, como tudo o que
existe, também uma porta aberta para o caminho da evolução.

Em todas as RELIGIÕES, as mesmas qualidades, próprias do homem:


absolutismo, dogmatismo, farisaísmo, proselitismo, imperialismo etc.

Não se voa com uma asa só. Com a RELIGIÃO apenas, se cai na superstição,
só com a ciência, resvala-se para o materialismo.

Quando a RELIGIÃO fundamentar-se no céu, não haverá, como não há para os


santos, razão de rivalidades na Terra e desaparecerão todos os males que dela
derivam.
Quando uma RELIGIÃO dita normas de vida para transformar o homem, este
procura transformá-las num meio para satisfazer as suas necessidades e vencer
na sua luta pela vida. Deste modo, ele adapta a religião às suas próprias
comodidades, de maneira que lhe sirva e, se não lhe serve, não a aceita.
Existem religiosos que servem-se da religião e não colaboram com a religião.

RELIGIÃO de substância, é a religião do exemplo, da bondade e do amor.

Respeitamos todas as RELIGIÕES e doutrinas; não pretendemos de maneira


alguma destruí-las ou superá-las, a fim de as substituir por outras. Ensinamos,
sempre, o maior respeito pela fé e filosofia alheias.
Temos aqui a aplicação dos princípios: imparcialidade e universalidade.

Também as RELIGIÕES evolvem, pois que se aperfeiçoam as relações entre a


alma e Deus, que elas exprimem.
Se tudo evolui, a religião que se estagna fica superada e tende a desaparecer. O fanatismo
religioso é um dos caminhos que leva à estagnação.

Uma RELIGIÃO, por ser mais inteligente e consciente, representará uma


posição espiritualmente mais avançada, um maior grau de compreensão do
pensamento de Deus.

Renúncia - Colocado diante do impulso da evolução, o homem sente mais a


pena da renúncia ao seu mundo e da separação da própria materialidade, do
que a alegria de crescer num mundo maior, ligando-se a uma forma mais alta
de vida: a do espírito.
O ser humano é imediatista, prefere este mundo, que vê e toca, embora transitório, ao
outro que não vê, nem toca, mas é eterno.

Renunciar - Renunciar ao próprio egoísmo para colaborar com o seu


semelhante, não é, apenas, uma regra evangélica, mas também um progresso
social: é uma lei de evolução da vida para todos, sejam de que religião ou
filosofia forem.

Responsabilidade - A responsabilidade é relativa ao grau de evolução,


porque age em função da maior ou menor extensão da zona de determinismo
ou livre-arbítrio, que predomina na personalidade.
Falo de RESPONSABILIDADE substancial, não da aparente que os homens se
impõem mutuamente, por necessidade de defesa e de conveniência.

Ressurreição - A ressurreição significa um ressurgimento para uma nova


vida que se substitui à velha, continuando sob outra forma, segundo outro tipo
de existênciaespiritual em vez de material.
Essa ressurreição pode acontecer conosco, durante esta vida. " Ressuscitai com a minha
ressurreição" (Grandes Mensagens).

Hoje, aqui, neste cume do Alverne, não choro mais a minha paixão em Cristo
e a paixão do mundo, mas canto a minha RESSURREIÇÃO em Cristo e a
ressurreição do mundo.
Pietro Ubaldi escreveu "Ressurreição" no Monte Alverne, onde fez solenemente seus três
votos: "Senhor, sou Teu servo, nada mais quero do que isto"; "Senhor, eu Te ofereço a mim
mesmo pela salvação do mundo"; e "Senhor, seguir-Te-ei até à cruz". Foi nesse monte
que São Francisco de Assis recebeu os estigmas (Ascensões Humanas)

No dia da RESSURREIÇÃO, repito-vos a palavra da ressurreição.

O AS (Anti-Sistema) se manifesta com o seu feroz assalto feito de dor


(crucificação) e o S (Sistema) com o seu luminoso triunfo na esfera da vida
(RESSURREIÇÃO).
O Anti-Sistema e o Sistema se defrontam na paixão de Cristo. O Sistema é o vencedor.

Retidão - Por retidão, entendemos o vasto sentido de positividade em


qualquer campo, que significa altruísmo, construtividade, espírito de
colaboração e unificação, os quais levam ao estado orgânico da sociedade,
baseado na ordem.
Como está faltando espírito de retidão no mundo e em nós mesmos...

Procurar o Reino de Deus e a Sua justiça significa, em substância, viver com


RETIDÃO, admitindo, também, que o homem honesto cumpra
espontaneamente o seu dever de trabalhar. Ora, a quem cumpre este dever,
ainda que não se preocupe com o amanhã, é bem difícil que venha a faltar o
necessário.

Reunificação - Se, no fundo da queda, o ser atingiu seu estado de máximo separatismo,
no cimo da ascensão o ser só pode atingir o seu estado de máxima reunificação.
Revelação - Dos planos mais altos, descem as revelações que se comunicam
a vós por sintonização de ondas psíquicas, partindo de seres de outras esferas;
consciências imateriais não perceptíveis aos vossos sentidos, que vossa razão
não pode individualizar.

Não vos assusteis com essa palavra: REVELAÇÃO não é apenas aquilo de que
nasceram as religiões, mas também qualquer contato da alma humana com o
pensamento íntimo que existe na criação, contato que revela ao homem um
novo mistério do ser.
Revelação, aqui tem um sentido amplo, retira a idéia egoísta de uma revelação fechada em
determinados princípios.

Revolta - A revolta foi determinada por um novo impulso, derivado do egocentrismo da


criatura, que se colocou em movimento contrário ao egocentrismo de Deus.
O egocentrismo de Deus é altruísta e o da criatura é egoísta.

A REVOLTA padeceu de um erro fundamental de estratégia: o de haver


confundido semelhança com identidade. Deus, na Sua bondade com a criatura
e por amá-la, fizera-a semelhante a Ele, mas não idêntica, isto é, da mesma
natureza, mas não da mesma potência.
Confundindo semelhança com identidade, a criatura sentiu-se poderosa e afastou-se do
Criador, para experimentar seu próprio poder. O resultado de sua experiência foi o Anti-
Sistema.

Em sua sabedoria e bondade, Deus previu tudo e de modo que a REVOLTA


não pudesse produzir uma ruína definitiva do Sistema.
O ser caído contém o germe de sua própria reconstrução, retorno ao Sistema.

Revolução - A revolução do evoluído não se faz polemizando para destruir


as velhas verdades, mas explicando e vivendo as novas.

Rico - As posições de rico e pobre são cíclicas e todos as percorrem por


turnos, obrigados a fazer esforços e a aprender lições, num trabalho útil para
evoluir, o que representa o precioso resultado final desse belo jogo.
Riqueza e pobreza se repetem e se alternam ao longo de nossa trajetória evolutiva, pelos
milênios afora. Tudo na vida é experiência para evoluir.

Hoje a luta entre RICOS e pobres não é mais uma circunscrita luta de classes,
mas é luta entre povos. O problema não é mais de ordem interna, mas
mundial. Ele não respeita mais à justiça social, mas dele depende a
manutenção da paz. Isto porque povos pobres assaltam os povos ricos.
Na prática, é necessário distinguir um RICO do outro e um pobre do outro,
porque nem todos são iguais.

Não sejais RICOS por fora e pobres por dentro, mas ricos por dentro e pobres
por fora.

Os povos RICOS terão o dever de ajudar os povos pobres e estes terão o


direito de ser ajudados; também terão o dever de fazer frutificar com o seu
trabalho as ajudas recebidas para não se tornarem sempre pesados.

Se os pobres conhecem a necessidade e a preocupação para obter o necessário,


os RICOS sentem outra miséria, não econômica, mas que consiste na
inquietação de poderem ser derrocados a cada momento, de terem de suportar
a mentira em seu redor e de arriscarem à decadência a que leva a vida
improdutiva.

Riqueza - A vida quer a riqueza produtiva, que se associa ao trabalho por ser
fruto dele e admite também a riqueza hereditária, isto é, recebida
gratuitamente desde que seja a mesma fecundada por novo trabalho.

É legítima a RIQUEZA, quando ela é um meio para realizar a ascensão


evolutiva.

É necessário compenetrar-se de que pobreza não existe na infinita RIQUEZA


de Deus, de que os bens são ilimitados e constantemente irradiados, sempre
prontos a saciar qualquer possível necessidade.

É verdade que a RIQUEZA pode ser fruto de operosidade, disciplina,


poupança, inteligência. Riqueza lícita, honestamente ganha, benéfica e
bendita, que é vantagem para a sociedade, porque produto não de extorsão,
mas de laboriosidade positiva.

Há dinheiro que não pode dar prazer. Possui-lo não é lucro, mas perda; não é
RIQUEZA, mas pobreza; foi substancialmente impregnado de qualidades
negativas e é uma força de destruição.

Não é empobrecendo os ricos que se podem enriquecer os pobres, mas


fazendo os pobres produtores de RIQUEZA, para sua própria vantagem.

O valor da RIQUEZA depende do uso que se faz dela.


Parece impossível sem a correspondente pobreza espiritual, atingir-se à
RIQUEZA material e, sem a cor-respondente pobreza material, atingir-se à
riqueza espiritual.

Quando tivermos aprendido a lição do desapego, quanta RIQUEZA poderá


chegar! Aprendida a lição da renúncia, quanta abundância! Aprendida a lição
da humildade, quanto poder!

Rússia - Não há necessidade pois, de agredir a Rússia. Se não for destruído


pelos outros, será o próprio comunismo soviético que matará o Comunismo
soviético.
Essa profecia se cumpriu integralmente com a derrubada do muro de Berlim e a queda do
regime totalitário na Rússia.

O verdadeiro merecimento da RÚSSIA de hoje, é o de haver imposto, com


suas formas violentas, à atenção do mundo, o problema da justiça econômica,
que assim teve de ser tomado em consideração, a sério, em escala bem ampla.
S
Sabedoria - Na sabedoria divina o mal está a serviço do bem.

Só a SABEDORIA pode tranformar a Terra em paraíso.

Salvar - Quem quer, esteja onde estiver, pode sempre salvar-se.

Santa - Não pode negar-se que uma pedra satisfaça totalmente às virtudes de
pobreza, castidade e obediência, pois ninguém é mais pobre, casto e obediente
que uma pedra. No entanto, bem longe está uma pedra de ser santa.

Santidade - A Santidade é algo de positivo, de construtivo no espírito, e não


apenas destrutivo no corpo; é feita com a renúncia, só para conquistar mais e
em ponto mais alto; é feita com a solidão apenas para abraçar todas as
criaturas; é feita com os ócios materiais e aparentes da contemplação,
unicamente para dinamizar-se numa atividade espiritual maior.

A SANTIDADE é antes de tudo um fato privado entre a alma e Deus, único


que pode julgar o mérito.
Da nova moral nasce outro tipo de SANTIDADE, ou seja, a que não corre
apenas atrás de miragens egoístas mas se projeta em direção ao próximo para
ajudá-lo a viver.

Santo - Enquanto o santo está vivo, muitas vezes o perseguem e até o matam.
Só quando foi de todo embora, quando a sepultura está bem fechada, e se está
bem seguro de que não fala mais, então nasce o grupo que o santifica.

Presentemente, ao lado do SANTO, tem valor também o cientista, igualmente


útil no meio social, porque amplia a inteligência, e vale tanto quanto
desenvolver a bondade.

Satanás - A personalidade de Satanás está presente em todos os seres como


princípio de trevas, enquanto Deus está presente neles como princípio de luz.
Treva significa: inconsciência, matéria, prisão na forma, estado involuído. Luz
significa: consciência, espírito, libertação, estado evoluído.

A realidade é que, embora SATANÁS e seu poder pareçam espantosos, o nosso


universo está impregnado da presença de Deus imanente, de modo que a
vitória está garantida e as portas infernais não prevalecerão.

Como Deus está situado no centro do sistema, assim SATANÁS está situado na
periferia do Anti-Sistema.

Quando o homem desce até ao delito, nele encontramos uma sempre maior
personificação de SATANÁS.

Relegar SATANÁS e os maus, num inferno eterno, não é ato digno de Deus, já
que não podemos admitir que Sua criação possa ter, nem mesmo apenas em
parte, um fim tão desgraçado.

SATANÁS é a treva que se aninha em cada ângulo, no qual se ocultam o mal e


a dor para nos golpearem traiçoeiramente. Satanás é o veneno depositado no
fundo de toda taça, a dor sempre pronta para macular as nossas alegrias. É a
moléstia que assalta a saúde, é a morte que espreita a passagem da vida. É a
traição que está no fundo da amizade. É o ódio em que está prestes a trans-
formar-se no amor. É o princípio de destruição que secretamente mina todas
as construções humanas. É o princípio do mal que sempre busca manchar a
obra do bem. É um princípio que toma forma concreta em atos e pessoas.
Satanás é ignorante diante do céu.

Semeadura - A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Portanto


livres, mas responsáveis.

A SEMEADURA do passado é o presente, o presente é a semeadura para


futuro.
É a lei de causa-efeito, livre-arbítrio e determinismo.

Semear - Ide pelo mundo e semeai no tempo a nova civilização do espírito.

Semente - Muitos são incapazes de ver uma árvore na semente e não


conseguem aperceber-se de sua existência, a não ser quando plenamente
desenvolvida.
Assim podemos ver no corpo forte de um atleta ou franzino de uma criança almas em
evolução.

Tal como a SEMENTE produz o fruto e o fruto produz a semente, o


pensamento produz a ação e a ação produz o pensamento.

Senhor - Enfrentei as forças titânicas da vida, para superá-las. Elas se


rebelaram e fizeram de mim um farrapo. Tremi na solidão das noites de
insônia; arrastei-me nas vias de meu dever, de unhas e cotovelos, quando os
pés já me sangravam. Tenho vivido para sofrer e tenho sofrido para amar-Te,
Senhor.

Que importa se ganhei ou perdi, se estou bem ou mal, se sou rico ou pobre,
amado ou amaldiçoado, se Tu estás aqui, SENHOR, e eu não me encontro
mais sozinho, se Tu estás ao meu lado e me animas?

SENHOR, eu sou o Teu servo, nada mais quero do que isto.

SENHOR, eu Te ofereço a mim mesmo pela salvação do mundo.

SENHOR, seguir-Te-ei até à cruz.


Esses foram os três votos que Pietro Ubaldi fez no início da missão (1937) e os repetiu e
viveu a vida inteira.

Ser - O mais importante, de tudo isso, é que vamos subindo de um plano de


existência para outro mais elevado, onde vão desaparecendo a prepotência, a
injustiça, a maldade, as lutas e os sofrimentos que atormentam o ser nos
planos inferiores.

O SER é livre, mas o universo é um conserto musical onde qualquer


dissonância produz sofrimento.

O SER inferior continuará a agredir o mais evoluído, acreditando estar


vencendo, enquanto perde a melhor ocasião para subir; e o mais evoluído
continuará a sacrificar-se até conseguir, com a bondade e o amor, derrubar as
portas do egoísmo e da ignorância, vencendo a animalidade e fazendo emergir
o homem de seu baixo plano de vida.

Os dois extremos do SER, Sistema e Anti-Sistema, continuam frente a frente


mesmo em nosso mundo.
Para o SER perfeito, a liberdade só pode ser uma: a de existir de acordo com a
ordem daquela perfeição, porque sem aquela ordem não pode existir perfeição.

Todos os SERES tendem a reagrupar-se, à proporção que evoluem, em


unidades coletivas, em colônias, em sistemas sempre mais abrangentes.

Sexo - A determinação do sexo, é feita pelo espírito, conforme ele, dadas as


suas qualidades, ache mais adequado para si viver num corpo masculino ou
num feminino.
O ser para evoluir tem necessidade das qualidades masculinas e femininas, que se fixam
através das reencarnações.

Não se pode menosprezar a função do SEXO como elemento equilibrador na


formação e na saúde psíquica da personalidade.

São os dois tipos complementares de atividade humana: no homem, a força


para vencer, e na mulher, o amor para gerar. No primeiro, temos o chamado
SEXO forte, e no segundo, o belo sexo.

Será lícito o livre uso do SEXO quando ninguém ficar prejudicado, nem o
indivíduo, nem o outro termo, nem terceiros, nem os filhos já nascidos, ou
gerados.

Temos dois modelos que a vida nos oferece em nosso planeta em relação ao
fenômeno do SEXO, inclusive o da raça humana. Neste terreno, derivam dois
tipos fun-damentais da ética:
1) A ética feminina do amor, de natureza sexófila.
2) A ética masculina da força, e de natureza sexófoba.
Sexofilo - amigo do sexo, sexófabo - aversão ao sexo.

Sexófoba - À corrupção do reinado de Luís XV, com a sua ética sexófila


dirigida para o prazer, seguiu-se a revolução francesa com o feroz puritanismo
de Robes-pierre e o período guerreiro napoleônico, com a sua ética
SEXÓFOBA voltada para a conquista.

No mundo, encontramos povos de diversas naturezas: os guerreiros


conquistadores, com virtudes masculinas de força, trabalho, inteligência, e
uma forma mental que despreza o amor, da qual deriva uma ética
SEXÓFOBA; e os povos pacíficos, sensíveis, com virtudes femininas de
bondade, tranquilidade e sentimento e uma forma mental que aprecia o amor,
da qual deriva uma ética sexófila.

Se as leis religiosas, muitas vezes, seguem a direção SEXÓFOBA, não é por


sua culpa. Tomam essa atitude, por falta de amadurecimento do ser humano. É
perigoso conceder liberdade a um ser que ainda não possui capacidade para
dela fazer bom uso; pelo contrário, é instintivamente levado ao abuso.

Sexofobia - A mulher se tornou econômica e socialmente independente,


livre da sua habitual e natural submissão ao homem. Se ganhou de um lado,
perdeu de outro. Conquistou respeito, liberdade, poder, mas perdeu a sua
posição de rainha no domínio do amor, que interessa ao homem e é
fundamental para a mulher. Essa transformação da sexofilia em sexofobia
pode ter gerado um povo rico, de elevado padrão de vida, economicamente
poderoso, mas nem por isso um povo feliz.

A SEXOFOBIA do Cristianismo justifica-se pela necessidade de impor, à


força, ordem e disciplina ao ser humano involuído, inexperiente e
inconsciente, levado a procurar na lei mais um meio para dela evadir-se do
que compreender a vantagem de obedecer-lhe.

Sexual - Com a América do Norte, no terreno da ética sexual, prevaleceu o


princípio sexófobo, como aconteceu no facismo, no nazismo, no comunismo,
embora tenha acontecido por razões diversas e para atingir finalidades
diferentes.

Para atingir a reunificação, ambos os biótipos espirituais, com qualidades


masculinas e femininas, precisam atravessar todas as experiências tanto do
próprio tipo SEXUAL como do oposto, pois só assim, somando-se e
completando mutuamente suas complementações, podem fundir-se e assim
formar o biótipo completo, em que coexistem todas as qualidades do ser.

Sexualidade - A reforma é grande. Trata-se de mudar a atual comum


psicologia do amor. Trata-se de não concebê-lo apenas como função animal
reprodutiva, em que se unem dois corpos; mas sobretudo, como função de
geração espiritual, na qual se fundem duas almas. Eis que a sexualidade
aparece com um significado positivo, além da sua função multiplicadora no
plano material.
Vemos assim na Terra almas de tipo masculino encarnadas em corpos
SEXUALMENTE masculinos, da mesma forma que em corpos sexualmente
femininos; e ao contrário, almas do tipo feminino, encarnadas em corpos
sexualmente femininos, como também em corpos sexualmente masculinos.

Sintonia - Sintonia quer dizer capacidade de ressonância. Espiritualmente


sintonia é simpatia, isto é, capacidade de sentir em uníssono.

Sistema - Com a evolução, é mister reconstruir todo o Sistema. A cada passo


adiante, os métodos do Sistema substituem os do Anti-Sistema. Avança-se
lutando e sofrendo por um caminho áspero e cheio de pedras e espinhos.

Nem todo o SISTEMA se transformou em Anti-Sistema. Uma parte do Sistema


permaneceu íntegra em sua perfeição, ao passo que na outra parte, rebelde, a
ordem se desfez na desordem.

No fundo do Anti-Sistema está sempre o SISTEMA, no fundo dos espíritos


decaídos, está sempre a originária centelha divina.
Como a queda foi qualitativa, as qualidades divinas da criatura permaneceram com ela em
estado latente.

No SISTEMA todos os seres sentem, pensam e existem em perfeito uníssono,


formando uma união como se fora somente um ser.

O que arruinou, não foi o SISTEMA, como obra perfeita não podia arruinar-se,
mas foram os seres que se precipitaram no Anti-Sistema, em que tudo se
emborcou. Assim caíram os elementos rebeldes, mas não a obra de Deus que
permaneceu inviolável.

O que significa reingressar no S (SISTEMA)? Significa sair da zona de atracão


do AS (Anti-Sistema), para entrar na do S, significa sair do campo
gravitacional de signo negativo para entrar no campo gravitacional de signo
oposto, positivo.

Social - Bastaria compreender e aplicar o Evangelho para conseguir a


igualdade social.

Sonhos - Nos sonhos o subconsciente nos devolve as impressões recebidas,


revela-nos os seus segredos, conta-nos a sua verdadeira história, o que lhe é
proibido de dia pela consciência acordada que sabe, na luta pela vida, como
cada sinceridade pode ser fraqueza perigosa.

Subconsciência - A subconsciência é consciência profunda, um organismo


mais íntimo; o ser interior, a verdadeira personalidade.

Subconsciente - Não é fácil ser lúcido no subconsciente, saber fazer


funcionar esta consciência profunda.

Nas jazidas do SUBCONSCIENTE fica depositado tudo o que nele colocamos.


De lá, ele está pronto para ressuscitar no consciente da vida atual.

No SUBCONSCIENTE está escrita nossa história, no consciente o esforço da


subida, no superconsciente o futuro.

O que de fato dirige a psicologia das massas é o SUBCONSCIENTE, com os


seus impulsos atávicos, que chamamos de instintos, filhos de experiências
primitivas.
Somente assim podemos compreender tanto desatino cometido pela massa enfurecida
quando alguém dá o grito de comando.

O SUBCONSCIENTE abrange tudo o que foi aprendido no passado, gravado


na alma por longa repetição e que volta e continua funcionando em forma de
automatismos ou hábitos adquiridos.

O SUBCONSCIENTE é um inconsciente inferior, feito de material já


conquistado que o ser possui em síntese, adquirido com sua sabedoria. O
superconsciente é um inconsciente superior a conquistar, que constituirá a sua
sabedoria futura. O primeiro transmite ao consciente os resultados das suas
experiências em forma de impulsos sintéticos. O segundo transfere ao
consciente os seus pressentimentos, antecipações situadas ainda fora das suas
experiências e à espera delas.

O SUBCONSCIENTE não raciocina, não procura saber ou explicar, mas


repetindo a lição aprendida, conforme as qualidades adquiridas,
inconscientemente, envia de volta os impulsos com os quais o eu foi formado
no passado.

Sublimação - Amanhã, numa humanidade mais evoluída, a vida poderá


aplicar princípios mais adiantados, tais como os da sublimação espiritual.
Em substância, evolução biológica e SUBLIMAÇÃO espiritual são a mesma
coisa. Esses são os primeiros passos no caminho da subida. Trata-se de
transformar o mundo da matéria no do espírito, com todas as suas qualidades.

Sublime - O maravilhoso e o sublime podem a cada passo nascer dentro de


nós.

Substância - A forma não pode criar a substância, de que depende a


felicidade dos filhos e o futuro das raças.

A SUBSTÂNCIA de coisa alguma pode ser destruída; ressurge de outra


maneira.

Não podemos admitir que a SUBSTÂNCIA divina fosse de natureza material,


mas apenas espiritual.

Quando a SUBSTÂNCIA toma a forma dinâmica se chama energia.

Temos uma eterna e indestrutível SUBSTÂNCIA que do estado de puro


pensamento (espírito, alfa) pode passar ao de energia (beta), e desta,
finalmente, ao de matéria (gama), involutivamente; e ao contrário,
evolutivamente permanecendo ela sempre substância do Todo, o último
irredutível elemento da realidade que só pode ser Deus, centro do ser,
princípio e fim de todas as transformações.

Todos nós sabemos que nada se cria e nada se destrói, mas isto no que se refere à
SUBSTÂNCIA eterna e não quanto à forma em que a idéia abstrata venha a manifestar-se.

Superconsciência - A superconsciência é a percepção interna, intuição,


síntese, infinito, absoluto, dimensão de +x, a fase super-humana.

Superconsciente - O subconsciente, o consciente e o superconsciente são


como três andares do mesmo edifício e o ser pode morar no inferior, no médio
ou no superior, andares que correspondem aos diferentes níveis de evolução.
Quem mora no inferior não pode conhecer o que há no superior, até que entre
em seu novo aparta-mento, subindo a escada, degrau a degrau. Mas quem
mora no apartamento superior se lembra do que há nos inferiores, onde já
morou no passado. Pode acontecer que o homem racional, consciente em seu
comportamento, siga os instintos animais que voltam através do
subconsciente, andar inferior onde residiu no passado. Isto significa
momentâneo retrocesso a posições evolutivas atrasadas.

O SUPERCONSCIENTE revela ao homem, em lampejos de intuição, fases de


evolução superiores, que pertencem ao futuro. Essa é a zona das revelações
das religiões, como das novas descobertas da ciência.

O SUPERCONSCIENTE representa para o atual biótipo humano uma fase de


evolução ou nível biológico ainda a explorar e conquistar, que hoje somente
alguns atingem, pioneiros do porvir, como são os heróis, os gênios, os santos,
isolados, fora de série.

Relativamente a um dado nível de evolução, o ser pode encontrar-se em três


posições diferentes: a do SUPER-CONSCIENTE, do consciente e do
subconsciente.

Super-homem - Acompanhamos o homem em suas ascensões, pelos


caminhos do trabalho, da renúncia, da dor, do amor, todos convergentes para
sua maturação biológica e sua transformação em super-homem.

O SUPER-HOMEM, seja ele poeta, artista, músico, filósofo, cientista, herói,


chefe, santo; seja ele de preferência um intelectual que desenvolve as forças
do pensamento, um dinâmico da vontade e da ação, ou um místico que cria no
campo do sentimento e do amor, no ímpeto de sua fecundidade; ele é sempre
um tipo de superconsciência e na sublimação de sua personalidade, um gênio.

Supernormal - Como Galileu descobriu o céu, Co-lombo novos continentes


e hoje se conquista o espaço, estamos aqui adentrando no supernormal,
aventurando-nos nas superiores e inexploradas amplidões do espírito.
T
Tempo - O tempo existe somente como medida de transformismo
(involutivo-evolutivo), cessando quando este termina.

TEMPO é o ritmo, a medida do transformismo fenomênico, um tempo mais


amplo que a medida de vosso Universo físico e dinâmico.

Terra - A Terra é um inferno porque vós sois demônios. Tornai-vos anjos e


a Terra será um paraíso.

Em nosso planeta e dentro de nós existem todos os recursos para fazer da


TERRA um jardim, e de nós, anjos.

Quando o ponto de referência é o corpo e a TERRA, função dos quais se pensa


e se vive, tudo permanece nesse plano.
Quando o ponto de referência é o espírito, os fatos e fenômenos a ele relacionados
permanecem nesse referencial.

Sou um exilado na TERRA e busco desesperadamente a minha gente e a minha


pátria distante.
Emmanuel revelou por Chico Xavier que Pietro Ubaldi interpreta o pensamento das altas
esferas de onde ele provém.

Trabalhar - Parar além do repouso indispensável é culpa de lesa-evolução.


Quem vadia rouba à sociedade e a si mesmo. O novo mandamento é
trabalhar.

Trabalho - Amai o trabalho como disciplina do espírito, como escola de


ascensões, como absoluta necessidade da vida, correspondente aos
imperativos supremos da Lei, que impõe vosso progresso mediante vosso
esforço.
Ao conceito limitadíssimo, egoísta e socialmente danoso, de TRABALHO
lucro, é preciso substituí-lo pelo conceito de trabalho-dever e de trabalho-
missão.

Aprendei na escola do TRABALHO  o primeiro direito da vida.

Como todas as coisas, também o TRABALHO, para ser fecundo e criador,


deve estar saturado de amor.

O TRABALHO não é uma condenação social dos deserdados, mas um dever de


todos, ao qual não é lícito fugir.

O TRABALHO não é uma necessidade econômica, mas uma necessidade


moral.

Oh! que tremendo TRABALHO este nascer, viver e morrer, para renascer,
reviver, remorrereste dever de evoluir para levantar-se das quedas, para
redimir-se na dor, para liberar-se e retornar ao espírito!

Realizai o TRABALHO oferecido por vosso destino e não invejeis quem está
no ócio.

Trajetória - A Lei é justa, as trajetórias, as responsabilidades, os destinos


são individuais.

O tipo de TRAJETÓRIA ou destino é estabelecido pelos impulsos que o


indivíduo, com o seu livre arbítrio, tem o poder de lançar no campo fechado
da própria personalidade, que assim estabelece o tipo de órbita que ela deve
percorrer.

Quando uma TRAJETÓRIA é anti-Lei só há uma solução: o choque contra a


Lei, isto é, o esfacelar-se contra as suas invencíveis resistências e ficar massa-
crados. Depois sofrer, pensar e aprender, através da experiência, uma dura
lição.

Transformação - A involução é um processo de transformação dos valores


positivos do S (Sistema) nos negativos do AS (Anti-Sistema). A evolução é o
processo inverso, de transformação dos valores negativos do AS (Anti-
Sistema) nos positivos do S.
A obra de TRANSFORMAÇÃO ética, mental e espiritual, que o homem
concebe como conteúdo da evolução, começa a aparecer com a consciência no
nível humano, da qual encontramos as primeiras tentativas nos exemplares de
vida mais atrasados, nos animais, e mais atrás, nas plantas.

Na TRANSFORMAÇÃO biológica a vida vegetativa animal renasce, como


espírito, em fase mais adiantada.
Como a queda não foi no mesmo nível para os que se afastaram de Deus, o psiquismo de
muitos seres desceu a planos inferiores ao humano.

Transformismo - O transformismo é a forma de nossa existência, não


somos uma coisa fixa, mas uma trajetória em movimento.

Quem quer que possua olhos de ver e ouvidos de ouvir, sente que o mundo
está vertiginosamente lançado em direção a um TRANSFORMISMO evolutivo
de uma intensidade e rapidez sem precedentes.
U
Ultrafania - Ultrafania assume o poder de grande inspiração, ativa e
consciente.

Unidade - A lei das unidades coletivas é universal, e ninguém pode escapar


dela.

Unificação - A unificação é o caminho da ascensão.


As características da nova era serão a UNIFICAÇÃO e a universalidade.
O mundo está buscando a unificação, mas ainda não descobriu o caminho. Unificação sem
universalidade é mais difícil de ser alcançada.

O nosso princípio é a UNIFICAÇÃO. Mas não a de grupo, baseada em


sectarismo e proselitismo para lutar, isto é, para dividir e vencer alguém, e sim
uma unificação com a Lei de Deus, com a sua harmonia universal e ordem
suprema.

Um dos maiores problemas que o mundo de hoje tem de enfrentar e resolver, é


o da UNIFICAÇÃO em todos os campos: político, econômico, demográfico,
religioso, social.
Universo - As fases mais concebíveis e próximas de nosso universo são
matéria, energia e espírito. O UNIVERSO físico evolve para o dinâmico que
evolve para universo psíquico; mais além, evoluciona para planos
superpsíquicos.
A Grande Síntese apresenta um estudo completo sobre Universo físico, psíquico e
superpsíquicos.

Até mesmo os UNIVERSOS nascem, crescem, envelhecem e morrem.

Há dois UNIVERSOS: o verdadeiro, de natureza espiritual, perfeito, e uma


contrafacção sua, imperfeita, o material, em evolução para a perfeição.
O funcionamento e a evolução do UNIVERSO comprovam a presença do
pensamento divino.

O UNIVERSO é criação contínua e se mantém apenas em virtude dessa


criação.

O UNIVERSO é organismo de forças que obedecem apenas a mãos


habilidosas e sábias.

O UNIVERSO é um grande organismo do qual eu, como todos, sou uma


pequena engrenagem, útil, inconfundível, necessária, eternamente em função.

O UNIVERSO é um movimento contínuo que não se desenvolve ao acaso, mas


segundo normas precisas, estabelecidas por uma lei que representa o
pensamento e a vontade de Deus.

O UNIVERSO, desde o plano físico ao espiritual, é um sistema orgânico,


dirigido por um princípio de ordem que sempre melhor realizamos, quanto
mais evoluímos.

Quanto mais se ascende, evolutivamente, mais sutilmente se sente o


UNIVERSO.

Todo o UNIVERSO gravita em redor de Deus e aos poucos acabamos por nos
fundir Nele.

Tudo é relativo em nosso UNIVERSO, que é relativo.


V
Velhice - Ao início de uma nova vida, o eu que, na velhice, enrolou-se sobre
si mesmo, fechando-se no subconsciente, desenrola-se na meninice e
juventude da nova encarnação, assumindo como ponto de partida da nova vida
o que foi o ponto de chegada no fim da precedente.
Temos que preocupar-nos, desde jovem, com o próximo nascimento lá ou cá novamente,
para que possamos evoluir sempre mais.

Para os evoluídos, mais fortes no espírito, a VELHICE significa fim e morte


apenas da própria forma exterior, material, fato que não mata, mas liberta a
parte espiritual do seu ser, parte cuja vida assim se intensifica com a velhice,
ao invés de decair.

Vencer - Vencer não por haver debelado um inimigo, sobrepondo mal a mal,
mas vencendo o mal com o bem.

VENCER para aproximar-se de Deus, vencer não para si mesmos mas para o
bem de todos.

Verdade - À concepção de uma verdade cada vez mais vasta, chega-se


através da unificação das verdades relativas particulares.

À medida que avançamos no conhecimento, menos nos sentimos sábios,


menos acreditaremos possuir a VERDADE, menos nos apresentaremos diante
de Deus com o orgulho do fariseu, que crê poder julgar a si mesmo e à Lei.
Não. A verdade não é uma cômoda paralisação em posições estabilizadas, mas
é o próprio, exaustivo e incessante caminhar ascensional para Deus.

A VERDADE absoluta, total, completa, nos escapa. Ela está em Deus, não no
homem.
A VERDADE não pode sofrer mudanças se olhada por esta ou aquela nação,
se observada por uma raça ou outra, porque a alma humana é sempre a mesma
em toda parte, se examinada em sua profundeza.

A VERDADE que desejaríamos só poderá ser o fruto da completa reconquista


do mundo perdido, porque ela está situada no ponto final da evolução,
realizada através do progresso de tantas verdades relativas.

A VERDADE só pode ser atingida por amadurecimento biológico, que é o


único que nos pode levar à compreensão, pois é ele que nos abre os olhos da
alma.

Às diferentes fases da evolução espiritual correspondem diversos graus de


conhecimento e diferentes aproximações de revelação da VERDADE.

Não é lícito violar o sagrado direito de pensar e de procurar a VERDADE.


Pode até mesmo acontecer que, quem formalmente esteja fora de uma religião
seja mais religioso e esteja mais próximo de Deus do que quem esteja dentro,
em plena ortodoxia.

O objetivo fundamental da verdadeira ciência é o mesmo que o das religiões: a


busca da VERDADE.

Permanecemos com o maior respeito por todas as VERDADES que o homem


possui e pelos grupos que às representam.

Vivemos num mundo de VERDADES relativas que podem parecer


contraditórias, enquanto são complementares. Assim espírito e matéria são
aspectos diferentes do mesmo princípio, olhados de pontos de vista distintos.
Trata-se de visões parciais que basta reunir numa visão global mais vasta, para
que desapareça nela a contradição.

Vibração - Gerador de vibrações não o é somente o mundo exterior, mas


também o mundo interior.

O que individualiza é o tipo de VIBRAÇÃO que constitui a manifestação de


vida do ser.

Tudo se resume em saber olhar, em saber sentir as VIBRAÇÕES do mundo


espiritual.
Vida - A maior parte dos seres humanos e todos os animais vivem sem nada
saber. Apenas obedecem aos impulsos da vida, que para eles tudo sabe.

A morte e a dor são o tributo de todas as formas periféricas de VIDA e, por


conseguinte, também da vida terrena.

A nossa VIDA atual apresenta-se, muitas vezes, como um fenômeno sem


causas e sem efeitos, se considerada isoladamente. Para ser compreendida, é
preciso concebê-la em função das vidas precedentes que a prepararam e das
vidas futuras que a completarão.

A plenitude da VIDA está em Deus e o ser a conquista subindo para Ele com a
evolução, enquanto a perde afastando-se Dele com a involução.

A única coisa que faço é ler no livro da VIDA e sou apenas um pobre
amanuense que procura transcrevê-lo e fielmente.

A verdadeira VIDA não é uma síntese de substância protéicas, mas consiste no


princípio que essa síntese estabelece e dirige; a vida não reside somente na
evolução das formas, mas na evolução do centro imaterial que as anima; a
vida não está na química complexa do mundo orgânico, mas no psiquismo que
a guia.

A VIDA é dura para quem pensa primeiro nos próprios deveres, numa
sociedade em que geralmente cada um costuma pensar antes de tudo nos
próprios direitos.

A VIDA é feita para evoluir, ainda que o faça através da dor, para uma alegria
cada vez maior.

A VIDA é grande e bela, mesmo na dor mais atroz e tenaz é sempre digna de
ser vivida.

A VIDA é para todos uma viagem, e cada trajeto dela representa um trecho
percorrido pelo homem no caminho de sua evolução.

A VIDA é sempre positiva, construtiva, saneadora. Somos nós que tomamos o


caminho negativo. Ela vem a nosso encontro para salvar-nos, empurrando-nos
do caminho errado para o certo.
A VIDA é um vaso a que se deve dar um conteúdo, um meio que necessita de
um fim.

A VIDA é verdadeiramente um caminho e, nas vicissitudes de cada dia, a alma


elabora o seu destino.

A VIDA enveredou por um caminho novo, para o psiquismo, que é o primeiro


grau da espiritualização.

A VIDA não é contra a riqueza mas é apenas contra a riqueza furto, contra a exploração,
contra a renda herdada sem esforço e gozada ociosamente, contra a riqueza parasitária, a
qual é improdutiva para a coletividade e, por isso, danosa.

A VIDA não é feita para gozar, mas para aprender. Compreendido isto,
logicamente se vê que tudo está em seu justo lugar e funciona como deve. É
necessário ter compreendido que a VIDA é uma escola, um laboratório
experimental.

A VIDA não é ócio, mas esforço de conquista.

A VIDA no além-túmulo significa um acordar na profundeza do inconsciente,


enquanto no período da matéria, a consciência fica limitada à superfície do
"eu". Mas é naquela profundeza que está escrita a história do indivíduo e está
escondida a parte mais importante e secreta da sua personalidade, aquela que é
tarefa da psicanálise descobrir.

A VIDA possui uma sabedoria íntima, muito acima de nossa vontade e


conhecimento, da qual somos grandemente devedores, por termos chegado até
aqui e conseguirmos sobreviver a cada minuto.

Cada um nasce com a sua personalidade já elaborada e, conforme a natureza


desta, escolhe o ambiente e plasma a sua VIDA; depois, segundo o que
escolheu e viveu, tem morte diversa e enfrenta o além.

Cada VIDA sobrepõe uma nova camada às precedentes, e elas nos contam toda
a história daquela existência. Cada um leva consigo o livro onde tudo foi
escrito, que não pode ser apagado, porém, lido.
Para os mais evoluídos acontece como se fosse um filme, em que é possível fazer a análise
do débito e do crédito contabilizados na Lei durante a vida.
Caminhando, caminhando, chega-se ao último ato. Aparece o extremo
horizonte para além do qual cai o pano. Na velhice quem viveu apenas para o
presente, na matéria, olha para trás com saudade, agarrando-se ao passado que
lhe foge. Quem viveu em função do futuro, no espírito, olha para a frente
cheio de esperança na direção de nova VIDA que o espera. O primeiro é
verdadeiramente velho, espírito e corpo. O segundo é velho apenas no corpo,
mas é jovem na alma. Para quem viveu preso à Terra, é o fim. Para quem
viveu olhando para o alto, é o princípio.

Como o que não morre não pode ter nascido, assim o que existia antes do
nascimento não pode morrer. O que não nasceu com a VIDA, não morre
quando a vida cessa.

É certo que a VIDA pensa. Vemos seus efeitos, que nos revelam uma
extraordinária sabedoria, porém, a vida não formula seu pensamento com
palavras, como fazemos nós. Ela age, não fala. Sua linguagem é concreta,
manifestando-se materializada nos fatos.

É difícil a arte de saber viver bem. A VIDA é um vaso que podemos encher
com o que quisermos.

É necessário não esquecer que a VIDA é uma escola, e uma escola é feita de
contínuas provas a serem superadas.

Elevar-se é a grande meta da VIDA, elevar-se pelos caminhos do espírito.

Em alguns momentos da VIDA é necessário sermos deixados sozinhos diante


do obstáculo.

Não desperdiceis vossas energias, não pareis à beira do caminho, não


adormeçais enquanto a VIDA está desperta e caminha; se cada dia tiverdes
sabido criar no espírito e na eternidade, se tiverdes dado a cada ato esse
objetivo mais alto e mais substancial, tereis caminhado com o tempo e não
direis: o tempo passou! Tereis renovado vossa juventude com vosso trabalho e
não tereis envelhecido tristemente. Então não direis mais da vida: vanitas
vanitatum.
O ponto máximo de vossa VIDA psíquica custa a chegar e, por vezes, só
aparece no fim, muito depois da juventude do viço físico, última delicada flor
da alma.

O verdadeiro objetivo de nossa existência, o de construirmos a nós mesmos,


não pode ser alcançado no limitado número de experiências de uma só VIDA.

Quanto mais nos elevamos, tanto menos estamos jungidos a formas de VIDA
na matéria, e menor é a necessidade da carne, produto da conjunção sexual
que é parte daquele mundo inferior e ilusório.
Só a elevação espiritual faz superar a matéria.

Quanto mais se desce, tanto mais a VIDA se contrai em uma dura casca de
egoísmo que não abre as portas ao amor. Quanto mais se caminha para o alto,
tanto mais a vida se oferece abrindo as portas ao amor.

Se a VIDA psíquica não é filha direta dos pais, tem parentesco com estes pela
via da afetividade, que a chama e atrai para determinado ambiente.

Se VIDA = permuta e permuta = psiquismo, então a vida = psiquismo.

Segundo as leis da VIDA, para poder dirigir, é preciso ter as qualidades necessárias e quem
não as tem deve obedecer.

Sem Amor por mais rica que seja a VIDA, ela é estúpida, sem objetivo
destituída de sentido.

Tudo na VIDA é uma contínua luta entre a necessidade de conservação, a que


preside o instinto do egoísmo, e a necessidade de expansão, a que preside o
instinto altruísta do Amor.

Virtude - A virtude deve engrandecer a vida, desenvolvê-la e não sufocá-la.

A VIRTUDE está em usar tudo com medida e desprendimento, com a


finalidade de viver, existir com o objetivo de evoluir.

Devemos ser virtuosos, porém com mais inteligência. Consiste a VIRTUDE


em fazer a vida elevar-se, e não em mutilá-la e matá-la.
Para o evolvido as VIRTUDES representam uma norma de vida das quais
experimentou a utilidade, uma disciplina que valoriza quem a segue, uma
lição bem assimilada.

Quem procura verdadeiramente a VIRTUDE, procura-a em si mesmo e não


nos outros e, se a possui, não a exibe para honrar-se.

Visão - A visão das grandes coisas de Deus escapa a quem olha de perto as
coisas humanas.

Continuei a observar aquela VISÃO. Setembro de 1931. As duas formas não


constituíam só uma indefinida manifestação de presença. Cada uma delas
transmitia à minha percepção interior uma típica e individual vibração que a
definia como pessoa. Foi assim que pude logo sentir com clareza inequívoca
que à minha esquerda estava a figura de São Francisco e à direita a de Cristo.
Esta visão está magistralmente descrita, com detalhes, no primeiro capítulo de Um
Destino Seguindo Cristo.

Visão da Lei de Deus - Um degrau após outro, no final da Obra e da vida,


encontro-me, agora, de olhos abertos com a visão da Lei de Deus. Escrevendo,
fui à escola e aprendi. Mas, ao mesmo tempo, quis explicar também aos
outros. Todavia não posso fazer com que o desejo de transmitir se possa
adquirir por simples leitura de livros. Isto porque não posso mudar a Lei. Ela
exige que a ascensão só se realize com o esforço de cada um, pelo qual se
conquista sua própria evolução. Nestas condições, contudo, o caminho pode
ser percorrido e a meta atingida por todos.

Visão da presença de Deus - A visão da presença de Deus não é uma


abstração, mas é a percepção de uma realidade viva e positiva. Esta realidade
objetiva é o S (Sistema), que se alcança por evolução, atingida pelo grau de
sensibilidade ou de desenvolvimento da capacidade perceptiva, pela
perspicácia psíquica ou pela elevação mental.

Visão de Deus - A visão de Deus pode ser alcançada por dois caminhos
diferentes: 1°) o da compreensão – intelectualmente desenvolvido –, da
estrutura e funcionamento orgânico do todo, isto é, por meio de um estado de
iluminação da mente que atingiu o conhecimento e que, através da obra na
qual Deus se expressa, contempla o seu lado espiritual; 2°) o da percepção,
por parte do evoluído sensibilizado, da irradiação de positividade e potência
criadora e saneadora, que emana do centro – Deus – com a imensa e
arrastadora onda da vida que tudo investe, sustenta e impele para o bem.

O evoluído pode atingir uma aproximação cada vez mais clara da VISÃO DE
DEUS, por estar Ele no ápice da escada da evolução, no fim do percurso que
vai do AS (Anti-Sistema) ao S (Sistema). Esta visão é o produto de um
amadurecimento e, por isso, ela se faz tanto mais clara quanto maior é o
desenvolvimento que pode alcançar cada indivíduo.
Estes pensamentos sobre a Visão de Deus estão no último capítulo do último livro: Cristo

Vitória - A vitória maior não é a que se conquista sozinho e para si, destru-
indo, mas a conquistada ao lado de Cristo, construindo, para o bem do
próximo.

A VITÓRIA real é a que vence com a bondade a maldade, com o altruísmo o


egoísmo, com o perdão a ofensa.

Vontade - É necessário transformar a tremenda vontade de viver que existe


em todos nós numa VONTADE de evoluir, porque é o evoluir que dá
significado e valor à vida.

Voz - A voz protegeu-me inúmeras vezes do perigo como se fora um amigo


vivo e inseparável.
Pietro Ubaldi está falando de Sua Voz - Cristo.

De além do tempo e do espaço chega a minha VOZ.

Filho meu, minha VOZ não despreza tuas pequeninas coisas de cada dia.

Humildemente, para vossa salvação, eu vos suplico: escutai a minha VOZ.

Minha VOZ é universal e se desvia das dissenções humanas.

Minha VOZ é ampla como o universo, solene como o infinito.


VIDA E OBRA DE PIETRO UBALDI
(SINOPSE)

FORMAÇÃO CULTURAL

Pietro Ubaldi, filho do casal Lavínia e Sante Ubaldi, nasceu em 18 de Agosto de


1886, às 20:30h de Roma. Nasceu em terras franciscanas, na cidade de Foligno, Província
de Perúgia (Capital da Úmbria). Foligno fica a 18km de Assis, cidade natal de S.
Francisco de Assis. Até hoje, as cidades franciscanas guardam o mesmo misticismo legado
ao mundo pelo grande poverelo de Assis, que viveu para Cristo, renunciando os bens
materiais e os prazeres deste mundo.
Pietro Ubaldi sentiu desde a infância uma poderosa inclinação pelo franciscanismo
e pela Boa Nova do Cristo. Não foi compreendido, nem poderia sê-lo, porque seus pais
viviam felizes com a riqueza e com o conforto proporcionado por ela. A Senhora Lavínia
era descendente da nobreza italiana, única herdeira do título e de uma grande fortuna,
inclusive do Palácio Alleori Ubaldi. O místico da Úmbria foi, então, educado com os
rigores de uma vida palaciana.
Como poderia ser fácil a um legítimo franciscano viver num palácio?
Naturalmente, sentiu-se deslocado naquele ambiente, um ex-patriado de seu mundo
espiritual. A disciplina no palácio, aceitou-a facilmente. Todos deveriam seguir a
orientação dos pais e obedecer-lhes em tudo, até na religião. Tinham de ser católicos,
praticantes dos atos religiosos na capela da Imaculada Conceição, no interior do Palácio.
Pietro Ubaldi foi sempre obediente aos pais, aos professores, à família e, em sua vida
missionária, a Cristo.
Formou-se em Direito (profissão escolhida pelos pais, mas jamais exercida por ele)
e em Música (oferecimento, também de seus genitores), fez-se poliglota, para comunicar-se
com outros povos — falava, fluentemente, inglês, francês, alemão, espanhol, português,
conhecia latim e grego. Mergulhou nas diferentes correntes filosóficas e religiosas,
destacando-se como um grande pensador cristão do século XX. Era um homem de uma
cultura invejável, o que lhe facilitou o cumprimento da missão. A sua tese de formatura na
Universidade de Roma, foi sobre a Expansão Colonial e Comercial da Itália para o
Brasil, muito elogiada pela banca examinadora e publicada, em 1911, num volume de 266
páginas pela Editora Ermano Loescher & Cia, de Roma (Itália). Após a defesa dessa tese,
o Sr. Sante Ubaldi lhe deu como prêmio uma viagem aos Estados Unidos, durante seis
meses.
LIBERDADE

Nem todas as obrigações palacianas lhe agradavam, mas ele as cumpriu até a sua
total libertação. A primeira liberdade se deu aos cinco anos, quando solicitou de sua mãe
que o mandasse à escola, e aquela bondosa genitora atendeu o pedido do filho. A segunda
liberdade, verdadeiro desabrochamento espiritual, aconteceu no ginásio, ao ouvir do
professor de ciência a palavra "evolução". "Minha primeira revelação interior me foi feita
ao ouvir meu professor de ciências, no Liceu, proferir a palavra "Evolução". Meu espírito
teve um sobressalto; brotara ao vivo uma centelha, sentira uma idéia central. Tornei-me, a
seguir, estudioso de Darwin, mas só para completar seu pensamento". Outra grande
liberdade para o seu espírito foi a leitura de livros sobre a imortalidade da alma e sobre a
reencarnação, tornando-se reencarnacionista, aos vinte e cinco anos, dito por ele numa
alocução, em 5 de outubro de 1951, na Federação Espírita do Estado de São Paulo: "Por
acaso — digo acaso, mas por certo era obra da Providência — caiu em minhas mãos O
Livro dos Espíritos de Allan Kardec. Eu era jovem, desorientado, não tinha, ainda,
passado pela experiência dos grandes problemas da vida. Li com grande interesse e vos
confesso que, em certo ponto, exclamei: achei!... Eureka! Poderia ter eu repetido:
encontrei, encontrei finalmente a solução que procurava e que me esclareceu!
Ela foi a primeira semente que deu origem ao meu adiantamento espiritual e
daquele dia em diante se foi tecendo a trama luminosa no esclarecimento de tal forma que,
ampliando-se, ele penetrou a ciência, a filosofia, a religião, os problemas sociais e os
problemas de todo o gênero.
Devo, entretanto, confessar-vos precisamente aqui, nesta noite e neste local, que a
Allan Kardec devo a primeira orientação e a solução positiva do problema mais complexo
que, mais de perto, interessava-me, considerando minha condição de ser humano". (...)
Daí por diante, os dois mundos, material e espiritual, começaram a fundir-se num
só. A vida na Terra não poderia ter outra finalidade, além daquela de servir a Cristo e ser
útil aos homens.

RENÚNCIA FRANCISCANA

Pietro Ubaldi casou-se aos vinte e cinco anos, seguindo orientação dos pais que
escolheram para ele uma jovem rica e bonita, possuidora de muitas virtudes, além de fina
educação. Como recompensa pela aceitação da escolha, seu pai transferiu para o casal
um patrimônio igual àquele trazido pela Senhora Antonieta Solfanelli Ubaldi. Este era,
agora, o nome da jovem esposa. O casamento não estava nos planos de Ubaldi, somente
justificável porque fazia parte de seu destino. Ele girava em torno de outros objetivos: o
Evangelho e os ideais franciscanos. Mesmo assim, do casal Antonieta e Pietro Ubaldi
nasceram três filhos: Franco (morto em 1942, na Segunda Guerra Mundial), Vicenzina
(desencarnou aos dois anos de idade, em 1919), e Agnese (falecida em S. Vicente (SP) —
1975).
Aos poucos, Pietro Ubaldi foi abandonando a riqueza, deixando-a por conta do
administrador, Ettore Seste Pacini. Após quinze anos de enlace matrimonial, em 1927, com
a desencarnação de seu pai, fez voto de pobreza, transferindo à família os bens que lhe
pertenciam. Aprovando aquele gesto de amor ao Evangelho, Cristo lhe apareceu. Isso para
ele foi a maior confirmação à atitude tomada. Em 1931, Pietro assumiu uma nova postura,
estarrecedora para seus familiares: a renúncia franciscana. Daquele ano em diante iria
viver com o suor do seu rosto e renunciava todo o conforto proporcionado pela família e
pela riqueza material existente. Fez concurso para professor de inglês, foi aprovado e
nomeado para o Liceu Tomaso Campailla, em Módica, Sicília — região situada no
extremo sul da Itália — onde trabalhou somente um ano letivo. Em 1932 fez outro
concurso e foi removido para a Escola Média Estadual Otaviano Nelli, em Gúbio, ao norte
da Itália, e ficou mais próximo da família. Nessa urbe, também Franciscana, trabalhou
durante vinte anos e fez dela a sua segunda cidade natal, vivendo num quarto humilde de
uma casa, pequena e pobre — pensão do casal Norina-Alfredo Pagani — Via della
Cattedrale, 4/6, situada na encosta de um grande monte.

O MISSIONÁRIO NA ITÁLIA

Na primeira semana de setembro de 1931, depois da grande decisão franciscana,


Cristo novamente apareceu a Pietro Ubaldi, desta vez acompanhado de Francisco de
Assis. O primeiro à direita e o segundo à esquerda, fizeram-lhe companhia durante vinte
minutos em sua caminhada matinal, na estrada de Colle Umberto, Perúgia. Estava,
portanto, confirmada sua posição.Vejamos a cena descrita por ele:
"Numa tranquila paisagem campestre da Úmbria franciscana, próxima de Perúgia,
um homem de 45 anos subia sozinho a doce inclinação de uma colina. Aquela manhã
radiosa estava perto de 14 de setembro, dia em que São Francisco, em 1224, recebeu os
estigmas no monte Alverne. (...)
Estava caminhando quando duas formas paralelas se delinearam. Isto durou cerca
de vinte minutos, pelo que teve tempo de controlar tudo e de fixá-lo na memória, para
depois analisar o fenômeno com a psicologia racional, positiva, independente de estados
emotivos. (...)
Continuou a observar. As duas formas não constituíam só uma indefinida
manifestação de presença. Cada uma delas transmitia à percepção interior uma típica e
individual vibração que a definia como pessoa. Foi assim que ele pôde logo sentir com
clareza inequívoca que à sua esquerda estava a figura de São Francisco e à sua direita a
de Cristo. (...)
A visão, no entanto, ficou indelével, gravada a fogo naquela alma, como uma
queimadura de luz, uma ferida de amor que jamais o tempo poderá cancelar, feita de
saudade, de uma contínua e angustiante espera para reencontrar-se."
Mais detalhes no livro Um Destino Seguindo Cristo, capítulo I.
Em 25 de dezembro daquele ano, chegou-lhe, de improviso, a primeira mensagem
de Cristo, Sua Voz, a "Mensagem de Natal". Por inspiração, ele sentiu que estava aí o
início de sua missão. Outras Mensagens surgiram em novas oportunidades, dentro de um
plano preestabelecido pelo Alto, todas com a mesma linguagem e conteúdo divino.
No verão italiano de 1932, começou a escrever A Grande Síntese, concluída em 23
de agosto de 1935, às 23:00 horas de Roma. Esse livro, com cem capítulos, escrito em
quatro verões sucessivos, foi traduzido para vários idiomas. Somente no Brasil já alcançou
vinte edições. Outros compêndios, verdadeiros mananciais de sabedoria cristã, surgiram
nos anos seguintes, completando os dez volumes escritos na Itália. Esta parte da Obra é
composta de:

Grandes Mensagens,
A Grande Síntese — Síntese e Solução dos Problemas da Ciência e do Espírito,
As Noúres — Técnica e Recepção das Correntes de Pensamento,
Ascese Mística,
História de Um Homem,
Fragmentos de Pensamento e de Paixão,
A Nova Civilização do Terceiro Milênio,
Problemas do Futuro,
Ascensões Humanas,
Deus e Universo.

O MISSIONÁRIO NO BRASIL

O Brasil é a terra escolhida para ser o berço espiritual da Nova Civilização do


Terceiro Milênio. Aqui vivem diferentes povos irmanados, independentes de raças ou
religiões que professem. Ora, Pietro Ubaldi exerceu um ministério imparcial e universal,
por isso, o destino quis trazê-lo para cá e aqui completar sua tarefa missionária.
Nesta terra do cruzeiro do sul, ele esteve em 1951 e realizou dezenas de
conferências de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Em 8 de dezembro do ano seguinte,
desembarcaram, no porto de Santos, Pietro Ubaldi e sua esposa acompanhados da filha e
duas netas (Maria Antonieta e Maria Adelaide), atendendo a um convite dos amigos de S.
Paulo para virem morar neste imenso país. É oportuno lembrar que Pietro Ubaldi
renunciou os bens materiais, mas não os deveres para com a família, que se tornou pobre
porque o administrador, primo de sua esposa, dilapidou toda a riqueza a ele entregue para
gerenciá-la.
Em 1953, retornou à sua missão apostolar, continuou a recepção dos livros e
recebeu a última Mensagem, "Mensagem da Nova Era", do livro Grandes Mensagens, em
S. Vicente (SP), no Edifício "Iguaçu", na Av. Manoel da Nóbrega, 686 — apt.º 92. Dois
anos depois, transferiu-se, com a família, para o edifício "Nova Era" (coincidência, nada
tem a ver com a Mensagem escrita na residência anterior), na praça 22 de janeiro, 531 —
apt.º 90. Em seu quarto-escritório, neste apartamento, completou a sua missão — a
segunda parte da Obra, chamada brasileira, porque escrita no Brasil:

Profecias,
Comentários,
Problemas Atuais,
O Sistema — Gênese e Estrutura do Universo,
A Grande Batalha,
Evolução e Evangelho,
A Lei de Deus,
A Técnica Funcional da Lei de Deus,
Queda e Salvação,
Princípios de Uma Nova Ética,
A Descida dos Ideais,
Um Destino Seguindo Cristo,
Pensamentos,
Cristo.

Escritores católicos, espiritistas, espiritualistas, filósofos, poetas e cientistas


prestaram homenagens a Pietro Ubaldi e à Sua Obra. Dentre eles, destacamos: Ernesto
Bozzano, Marc'Antonio Bragadin, Antonio D'Alia, Gino Trespioli, Paolo Soster, Enrico
Fermi, Riccardo Pieracci, Franco Lanari, Paola Giovetti, Moris Ulianich, Antonio
Pieretti, Monsenhor Mario Canciani, Padre Antony Elenjimittam, Dario Schena Sterza,
Padre Ulderico Pasquale Magni, Albert Einstein, Isabel Emerson, Gaetano Blasi, Maurice
Schaerer, Humberto Mariotti, F. Villa, Guillon Ribeiro, Carlos Torres Pastorino, Canuto
de Abreu, Clóvis Tavares, Medeiros Corrêa Júnior, Monteiro Lobato, Rubens C.
Romanelli, Emmanuel, Augusto dos Anjos, Cruz e Souza etc. A Obra de Pietro Ubaldi, sem
dúvida alguma, descortina outros horizontes a uma nova concepção de vida. O seu
conteúdo é a revelação cristalina da "Boa Nova" neste século e para o terceiro milênio.

DESENCARNAÇÃO DE PIETRO UBALDI

S. Vicente (SP), célula máter do Brasil, foi a terceira cidade natal de Pietro Ubaldi.
Aquela cidade praiana tem um longo passado na história de nossa pátria, desde José de
Anchieta e Manoel da Nóbrega até Pietro Ubaldi que viveu ali o seu último período de
vinte anos. O Mensageiro de Cristo, intérprete de "Sua Voz", previu o dia, mês e ano do
término de sua Obra — Natal de 1971 — com dezesseis anos de antecedência, em seu livro
Profecias. Ainda profetizou que sua morte aconteceria logo depois dessa data. Tudo
confirmado. Desencarnou no Hospital S. José, em S. Vicente, quarto nº 5, à 0:30 hora, em
29 de fevereiro de 1972. Saber quando vai morrer e esperar, com alegria, a chegada da
irmã morte, são privilégios de poucos... O arauto da Nova civilização do espírito foi um
homem privilegiado.

Natal de 1996

José Amaral

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