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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA
DISCIPLINA: DESENV. DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR-
ORAL
ALUNAS: ALINE FERRAZ
JULIANA DIAS

Recife
2010
Tema

Problemas de alimentação em
crianças com doença do refluxo
gastroesofágico
Autoras:
Larissa Vieira Drent*
Elizete Aparecida Lomazi da Costa Pinto**
*Fonoaudióloga. Mestre pela
Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade Estadual de Campinas.
**Médica Pediatra. Professora Doutora
em Saúde da Criança e do Adolescente
pela Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade de Campinas.

Publicação: Pró-Fono R. Atual.


Cient. v.19 n.1 Barueri(SP) jan./abr. 2007
INTRODUÇÃO
Introdução

Do ponto de vista fonoaudiológico, pode-


se dizer que o padrão alimentar não está
adequado quando os alimentos que
constituem o cardápio da criança não
favorecem a evolução das funções
motoras orais ou quando há risco de
aspiração alimentar.
Introdução

O relato de pais e cuidadores mostra que


78% dos casos dos problemas
alimentares representam inadequação da
quantidade ingerida, em 50% dificuldade
para incorporar novas texturas.
( Goldani, 1999).
Introdução

As manifestações Clínicas de crianças


com doença do refluxo
gastroesofágico(DRGE) inclui
vômito,disfonia, regurgitação,
sensação de gosto ácido na boca,
problemas respiratórios, entre outros.
(Rudolph et.al, 2001)
Objetivo

Verificar a ocorrência de problemas de


alimentação em pacientes com doença do
refluxo gastro-esofágico(DRGE) definida
pelo exame de pHmetria esofágica de 24
horas.
MÉTODO
Método

Este estudo obteve a aprovação do Comitê de


Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade Estadual de Campinas
(FCM-UNICAMP).

Os responsáveis pelos sujeitos assinaram


termo de consentimento livre e esclarecido.
Método

Estudo analítico, observacional,


transversal das funções estomatognáticas
e do comportamento alimentar.

Foram avaliadas 25 crianças com


diagnóstico de DRGE (grupo caso) e 40
crianças saudáveis (grupo controle).
Método
Os critérios de inclusão foram pacientes com presença
de manifestações como vômito, regurgitação, chiado e
pneumonias de repetição. (G. Caso)

Foram excluídas crianças com manifestações


digestivas, pneumopatias, chiado e, ainda, distúrbios
do SE.
(G.Controle)
Método

Foram excluídos pacientes neurológicos,


portadores de síndromes genéticas,
pneumopatias crônicas ou cardiopatias.

O nível de significância adotado foi de 5%.


Método
3 etapas:
Etapa 1 Aplicação de um questionário
Baseado nos estágios:
Método
Etapa 2: Avaliação das estruturas
estomatognáticas. Foram examinadas as
seguintes estruturas: lábios, língua, palatos duro
e mole, frênulos labiais e lingual, dentes,
gengiva, bochechas e amígdalas.

Etapa 3: Avaliação das funções


estomatognáticas: Procedimento realizado para
o diagnóstico de distúrbios de sucção,
mastigação e deglutição.
RESULTADOS
E
DISCUSSÃO
Resultados e discussão

• Crianças com DRGE podem desenvolver


hipersensibilidade oral, o que dificulta a
aceitação de alimentos de diferentes
consistências e texturas.
(Strudwick, 2003).
Resultados e discussão
Resultados e discussão

• Trabalhos de Meira (1998) e Souza e Bitar


(2003), afirma que quando esses sintomas
são frequentes, dão origem ao
desequilíbrio de tensão da musculatura
posterior da boca e da região cervical,
dificultando o desempenho do sistema
estomatognático (SE).
Resultados e discussão
Resultados e discussão

• A faixa etária média das crianças examinadas


coincide com um estágio considerado imaturo da
mastigação, em decorrência principalmente ao
período da dentição mista.
(Motta e Costa, 2002).
• O que pode ter atuado como fator, nas alterações
no grupo controle, e mesmo assim, não geraram
queixas significativas de problemas alimentares.
Resultados e discussão

• Entre as crianças com DRGE, é possível


que sintomas digestivos decorrentes do
refluxo possam ter contribuído para o
aparecimento de prejuízos funcionais.
Resultados e discussão
Resultados e discussão

• Essa observação indica a possibilidade de


existência de alterações em mecanismos
além daqueles envolvidos com a dinâmica
oral, como alterações na motilidade
proximal do esôfago, capazes de gerar
problemas na deglutição.
Resultados e discussão
Resultados e discussão
• A respiração bucal pode dificultar o
desempenho das funções estomatognáticas
de alimentação (Marchesan, 2002)

• Alguns estudos também tem considerado que


a DRGE, pode ser a causa de condições como
sinusite, estenose sub-glótica, amigdalite
crônica.
( Ahmad e Bacth, 2004; Richter, 2004)
Resultados e discussão
Resultados e discussão
Resultados e discussão
• Segundo Douglas e Byron (1996), pais de
crianças com problemas de alimentação tendem
a restringir a oferta de alimentos.

• A não evolução de aceitação de diferentes


consistências e texturas podem contribuir para a
manutenção de padrões orais imaturos, na
medida que não oferece experiências sensório-
motoras para a adaptação a novos padrões de
sucção, mastigação e deglutição.
Resultados e discussão

• A presença desses distúrbios pode limitar


as oportunidades de ingestão e sugere
que a intervenção fonoaudiológica seja
incorporada ao tratamento em crianças
com DRGE, objetivando a adequação de
padrões orais de alimentação e a
evolução das funções oro - motoras.
CONCLUSÃO
Conclusão
Crianças com DRGE apresentaram maior
prevalência de problemas de alimentação de
ordens comportamental e estomatognática
quando comparadas a crianças saudáveis

A associação entre DRGE e distúrbios das


funções motoras orais podem gerar queixas de
problemas de alimentação, aumento do tempo de
alimentação e não evolução dos padrões orais de
alimentação.
Referências
• Drent, LarissaVieira. Pinto, Elizete Aparecida Lomazi da Costa.
Problemas de alimentação em crianças com doença do refluxo
gastroesofágico. Disponível em: www.scielo.com.br, acessado em
14/06/2010.
• GOLDANI, H. A. S. Motilidade do trato digestivo superior
em crianças com problemas de alimentação e refluxo
gastroesofágico Tese (Doutorado em Puericultura e pediatria) -
Faculdade de Medicina, USP. Ribeirão Preto.
• MARCHESAN, I. Q.; ZORZI, J. L.; GOMES, I. C. D. Tópicos em
fonoaudiologia. São Paulo: Lovise, 1998.
Problemas de alimentação em
crianças com doença do refluxo
Gastroesofágico

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA
DISCIPLINA: DESEN. DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR- ORAL
PROFESSORES: HILTON JUSTINO E LUCIANA STUDART
ALUNAS: ALINE FERRAZ
JULIANA DIAS

Recife
2010

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