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Observaçã o à prá tica mé dica

Ruy Vilela Coimbra Neto


Grupo B2
01/04/2010

Visita ao Centro Obstétrico

Visitei o centro obstétrico do hospital São Paulo, sendo a Profa. Dra. Rosiane Mattar a responsável em nos
atender. No inicio participamos de uma reunião dela com os alunos do 6º ano em internato, em que ela
apresentou e comentou alguns casos de problemas na gravidez. Ela buscava sempre a participação dos alunos,
e se mostrava bem atenciosa. Além de nós havia residentes e outros professores na sala.
Eu não compreendi muitos dos termos utilizados, principalmente os relativos a testes para diagnósticos,
mas a discussão de casos complicados, e a melhor maneira para o diagnóstico e tratamento foi interessante.
Ao fim da reunião ela conversou com a gente, explicou que esperava que a gente podesse presenciar um
parto, mas que ainda não havia perspectiva de algum ocorrer naquela manhã. Enquanto isso a gente poderia
acompanhar uma residente que iria fazer alguns ultrassons.
Acompanhamos o ultrasom de duas pacientes. A primeira pareceu um pouco nervosa, talvez pela
presença de tanta gente na sala mesmo com a residente dizendo que a gente era aluno e iria acompanhar o
exame, ou talvez pela ansiedade em saber que tudo estava bem com o bebê. Ao ver o rosto do bebê, as
pernas, ouvir seu coração, a mãe se emocionou, e também me senti comovido. A residente fez algumas
medições, para saber o tamanho e peso do bebê, a quantidade de líquido amniótico, e outros exames que não
compreendi inteiramente, mas parecia medir o fluxo por alguns vasos sanguíneos.
A residente parecia já conhecer a paciente de exames anteriores, mas era bem direta, somente se
dirigindo mais pessoalmente à paciente para perguntar o nome do bebê.
Depois disso acompanhamos a Dra. Rosiane enquanto ela passava pelos leitos das pacientes e discutia
seus casos com os residentes e internos. Ela sempre questionava os residentes sobre a razão de as pacientes
terem passado por algum determinado procedimento, e estarem tomando algum remédio, ou se deveriam ter
alta ou não, como se estivesse testando seus conhecimentos, e capacidade de acompanhar os casos. Isso
aconteceu com todas as pacientes, que eram mulheres que haviam dado à luz recentemente.
Todos os leitos pareciam estar ocupados sendo que o espaço é pequeno e apertado.
Fomos depois para uma salinha, em que os médicos/residentes descansam, para realizar a entrevista.

Entrevista com a médica: Maria Rita de Sousa Mesquita

Graduada em medicina na UNISA em 1985, com residência em G.O. no Hospital e maternidade Leonor
Mendes de Barros durante 3 anos. Sempre quis dar aula na universidade, por isso ingressou no mestrado na
EPM em 1992, no serviço de obstetrícia e prestou um concurso para médico assistente da disciplina de
obstetrícia. Possui também doutorado em 2003 na EPM. É especialista em gestação de risco e coordena
ambulatórios como o de câncer e gravidez. Além das aulas na UNIFESP atende em consultório particular.
Para ela, o maior problema enfrentado pelos médicos é não conseguir resolver problemas dos pacientes,
e cometer erros, pois a medicina não é ciência exata.
Ela diz gostar dessas visitas dos calouros, e que a profissão médica permite à pessoa ter vida pessoal e se
divertir, que o bom médico não fica preso em um hospital toda sua vida. Ela gosta de música, de cantar, está
num segundo casamento com 2 filhos.

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