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OPERAÇÕES DE

TORNEAMNTO
NOTAS DE AULA
Ma. Auxiliadora Ferreira Blum
auxiblum@hotmail.com
OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO
• As ferramentas para torneamento sofreram um
processo evolutivo ao longo do tempo. A demanda
da produção, cada vez mais acelerada forçou a
procura por ferramentas mais duráveis e eficientes.
Dos cinzéis utilizados nas operações manuais
até as pastilhas cerâmicas de alta resistência.
OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO
• Os primeiros passos de pesquisa passaram pela procura
das melhores geometrias para a operação de corte. A
etapa seguinte dedicou-se à busca de materiais de
melhores características de resistência e durabilidade.
Finalmente passou-se a combinar materiais em novos
modelos construtivos sincronizando as necessidades
de desempenho, custos e redução dos tempos de
parada no processo produtivo. Como resultado desta
evolução consagrou-se o uso de ferramentas compostas,
onde o elemento de corte é uma pastilha montada sobre
uma base.
DENOMINAÇÕES DE
FERRAMENTAS E OPERAÇÕES
WIDIA E BITS
• Denominação comuns de ferramentas de corte.
• WIDIA - Uma pastilha de pó de carbono de
tugstênio e outros componentes, submetidos a calor
(altas temperaturas) e pressão (compressão),
processo este chamado de sinterização.

• A WIDIA foi fabricada a primeira vez, na Alemanha


pela empresa KRUPP. A WIDIA também é
conhecida por outros nomes como por exemplo
metal duro ou pastilha de carbeto de tungstênio.
BITS
Ferramentas de corte utilizadas no
torno, como tbm em outras
máquinas. Possuem r uma
geometria específica, de acordo
com a operação, material e
máquina. Normalmente são
ferramentas de aço
rápido, também
denominada de “ferro” ou bits.

O bit de aço rápido é normalmente


afiado com o auxílio de um rebolo a
partir de uma barra de seção quadrada.
OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO
• TORNEAMENTO RETILÍNEO -Processo de
torneamento no qual a ferramenta se desloca
segundo uma trajetória retilínea.
O torneamento retilíneo pode ser:
• Torneamento cilíndrico;
• Torneamento radial;
• Perfilamento;
• Torneamento cônico.
OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO
• Torneamento cilíndrico
• No processo de torneamento a ferramenta se
desloca segundo uma trajetória paralela ao eixo
principal de rotação da máquina. Este pode ser
externo ou interno.
OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO
• Torneamento radial
• Processo de torneamento
no qual a ferramenta se
desloca segundo uma
trajetória retilínea,
perpendicular ao eixo
principal de rotação da
máquina.
• A) Quando o
torneamento radial visa a
obtenção de uma
superfície plana, ele é
denominado torneamento
de faceamento .
OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO
• B) Quando o
torneamento radial
visa a obtenção de
um entalhe circular,
ele é denominado
sangramento radial.
OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO
• Perfilamento
• Processo de torneamento no qual a ferramenta se
desloca segundo uma trajetória retilínea radial ou
axial , visando a obtenção de uma forma definida,
determinada pelo perfil da ferramenta.
OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO
• Torneamento Curvilíneo.
• Processo de torneamento no
qual a ferramenta se desloca
segundo uma trajetória
curvilínea.
• É uma combinação instantânea
dos movimentos axial e radial.
OPERAÇÕES DE
TORNEAMENTO
• Rosqueamento
• como o próprio nome indica,
neste caso, velocidade de
corte e avanço são tais a
promover o filetamento da
peça de trabalho com um
passo desejado.
Para isto, é preciso engrenar a
árvore do cabeçote fixo com o
fuso de avanço por meio de
engrenagens.
OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO
• Recartilhamento;
• Quando se deseja tornar uma superfície áspera, como o
cabo de algumas ferramentas, ou de qualquer peça, usa-se
uma ferramenta que possa imprimir na superfície da mesma
o desenho desejado.
Cabo de recartilhar.
OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO
• Torneamento cônico
• Processo de torneamento no qual a ferramenta
se desloca segundo uma trajetória retilínea,
inclinada em relação ao eixo principal de
rotação da máquina.
TORNEANDO PEÇAS CÔNICAS
• No torno temos duas maneiras de tornear
peças cônicas.
• 1º) Caso: Se a peça não tiver grandes
dimensões em relação ao torno, podemos
realizar o calculo do ângulo de inclinação do
carro, quando esta inclinação não for fornecida
no projeto da peça.
TORNEAMENTO

Dd
cateto oposto 2 Dd
tg   
cateto adjacente c 2c
TORNEAMENTO
• Onde será aproximadamente o ângulo de
inclinação do carro superior para tornear a
peça dada.
• D = Diâmetro maior da peça;
• d = Diâmetro menor da peça;
• C= Comprimento da peça.
TORNEAMENTO
• 2º Caso - Calculando o desalinhamento da contra-
ponta, (cabeçote móvel),para peças cilíndricas a
contra-ponta do torno deve estar perfeitamente
alinhada, no caso de uma superfície cônica teremos
que desalinhar a contra-ponta (cabeçote móvel) com
o ângulo necessário para construir a peça projetada.
E calcular o valor da medida necessária para o
desalinhamento.
TORNEAMENTO

Dd
cateto oposto M 2 Dd (D  d )L
tg   
cateto adjacente L c

2c
M 
2c

TORNEAMENTO
• L = Comprimento total da peça;
• C = Comprimento da parte cônica;
• D = diâmetro da parte maior do cone;
• d = diâmetro da parte menor do cone;
• M = Medidas do desalinhamento;
•  = ângulo de inclinação do cone.
TORNEAMENTO
• No caso de não termos o valor de um dos
diâmetros das peças, o dado fornecido
seja a conicidade.
TORNEAMENTO
• O percentual da conicidade se refere a
variação do diâmetro da peça em relação
ao comprimento da peça cônica, a qual
denominamos de vd (variação de diâmetro
por unidade de comprimento).
• Para calcular M,
então: M = vd .L
2
TORNEAMENTO
• EXERCICIOS:
• 1- Calcular o ângulo de inclinação do carro do
torno para tornear a peça abaixo projetada.
• Dados: D = 60 mm, d= 10 mm; C = 80 mm; L =
110 mm
TORNEAMENTO
EXERCICIOS:
2- Calcular a(s) medida(s) necessárias para realizar as
conicidade(s). Descriminar as operações necessárias par
fabricação da peça.
TORNEAMENTO
• Torneamento de desbaste
É uma operação de usinagem que visa obter
na peça a forma e as dimensões próximas das
especificadas.
• Torneamento de acabamento
É uma operação de usinagem destinada a
obter na peça as dimensões finais, ou um
acabamento superficial especificado, ou
ambos.
PARÂMETROS DE CORTE
• Velocidade de corte é a velocidade com a qual se dá a
retirada de cavaco.
• A velocidade de corte varia com a ferramenta, avanço,
profundidade de corte, material da peça, tipo de máquina e
natureza da operação (desbaste ou acabamento). A escolha
da velocidade de corte apropriada resulta num custo mínimo
de usinagem da peça.
• No torneamento, a velocidade de corte é ao mesmo tempo a
velocidade tangencial da peça. Os valores de
• vc dependem de diversos fatores, mas os principais são:
material da peça e da ferramenta.

dn
v m / min
1000
TORNEAMENTO
• AVANÇO
• Avanço (f) [mm/rotação]. Para que uma nova superfície seja
gerada, é necessário, além do movimento de rotação, que a
ferramenta se desloque em relação à peça de maneira
longitudinal, transversal ou numa composição destes dois
movimentos. Este movimento é denominado avanço.
• O avanço “a” varia conforme a constituição da peça a usinar,
da ferramenta e com a natureza do trabalho.A tarefa de
calcular os valores exatos do avanço não é fácil, entretanto
são fornecidos valores limites(faixas de operação) que o
operador escolherá.
TORNEAMENTO
• Profundidade de corte (ap) [mm]. Para que material seja
removido, é necessário que a ferramenta penetre de uma
dada profundidade na peça. No caso do torneamento de um
cilindro observe-se que cada milímetro de profundidade
retirado promove a diminuição de dois milímetros no diâmetro.
TORNEAMENTO
• A área da seção de
corte “s” é a área da
seção de cavaco e no
torneamento temos:
s  ap
s  bh
TORNEAMENTO –
Calculando o avanço
• Tabela com valores de avanço limites,em relação a
quantidade de material e ao tipo de operação.
TORNEAMENTO –
Calculando o avanço
• Tabela com valores do Teor de carbono e a relação com as
denominações do aço.
TORNEAMENTO –
Calculando o avanço
• Para uma correta escolha do avanço, pode ser útil
estabelecer uma relação entre avanço (A) e profundidade de
passe (P).
• Aém da tabela é fornecida uma sugestão, em certos trabalhos
de desbaste, manter os valores de A situados entre 1/10 e 1/6
dos de P (expressões feitas, obviamente, em milímetros).
• Exemplo
• Para 3 mm de profundidade, o valor do avanço deve situar-se
entre:
A = 3/6 = 0,5 mm e
A = 3/10 = 0,3 mm.
TORNEAMENTO –
Calculando o avanço
• Como exemplo, se o material usinado é gusa doce, a área os
avanços 0,1 -0.8, verificando na tabela, pela relação alculada
teremos: a faixa entre 0,3-0,5.
• Entretanto se o material usinado é C 40 (aço duro), erificando
na tabela, 0,1 -0.4, e 0,3-0,5, fornecida pela relação sugerida.
• OBS: Desde que as duas áreas tenham em comum os
avanços 0,3 - 0,4, adota-se um valor situado entre esses
avanços. Uma combinação da tabela com o valor
apresentado nos cálculos.
TORNEAMENTO-
Calculando o tempo.
• O tempo disponível inclui:
• o tempo de preparação (tr), tempo de manejo (tm), tempo
formado por possíveis imprevistos (ti) e tempo principal (tp).
• O tempo de preparação – É o tempo destinado ao preparo da
máquina, interpretação do desenho para realizar a operação.
• O tempo de manejo – É o tempo que faz parte indiretamente
do progresso do trabalho a realizar, executar na máquina já
pronta as operações necessárias para posicionar as
ferramentas.
• Tempo possíveis imprevistos – Tempo que aparece sem
estar previsto, como ex: lubrificar a máquina, consertar um
determinado acessório.
• O tempo principal – É o tempo em que se dá o avanço para
realizar a operação, isto é o tempo de corte.
TORNEAMENTO-
Calculando o tempo.
• Para o tempo principal temos a seguinte
fórmula:
• Tp = comprimento torneado (mm) /
avanço (mm/rot) x rotação por minuto
(rot/min)
• Tp = mm/( mm/rot / rot/min)
• Tp= min
TORNEAMENTO-
Calculando o tempo.
• 3) Cálculo do tempo empregado no
torneamento.
• Tempo de preparação.;
• Tempo da utilização dos acessórios ou de
manejo;
• Tempo principal, realização da operação;
• Tempo extra caso que ocorra um imprevisto.
TORNEAMENTO-
Calculando o tempo.
• Dados:
• Material: Aço meio duro – Aço 1040.
• Operação;Torneamento cilíndrico.
• d= 80 mm;
• L1 = 490 mm;
• L2 = 5 mm; .
• L3 = 5 mm.
• Calcular o tempo empregado no torneamento.

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