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A EFICÁCIA DE UM ABRAÇO

Por Filipi Rosálio da Silva


A violência inibiu a demonstração de carinho característica do relacionemento humano

Um abraço por mais simplório que seja, pode dar um novo sentido à vida de
alguém, pode fazê-lo enxergar o quanto a sua existência nesse mundo é
importante. Um abraço pode silenciar a voz da rejeição e da acepção, que
arbitrariamente vocifera no âmago de muitas pessoas, evidenciando agora a voz
do valor que todos nós temos. Um abraço tem o poder de externar a preocupação,
o amor, e o interesse que temos por alguma pessoa.

Um abraço tem um efeito consolador; pode promover reconciliação, perdão e restauração; tem a
capacidade de quebrar as barreiras da indiferença e dos preconceitos, aproximando mais as
pessoas; unindo-as e acalorando relacionamentos arrefecidos.

Uma demonstração de carinho e de afeto é o que muitas pessoas precisam para redirecionar suas
vidas, e endireitarem suas veredas. Quantas pessoas abandonadas, menosprezadas, rejeitadas,
desprezadas e ignoradas nós temos em nosso mundo.

Essas pessoas vivem a espera do dia em que poderão ser abraçadas por alguém que realmente se
preocupe com elas. Infelizmente grande parte da sociedade hoje está sendo regida pelo “caudilho
do eu”, onde o “individualismo” é grifado, o sentido de coletividade foi esquecido, não existe uma
sincera e ardente preocupação com o próximo, são verdadeiros “narcisistas”. O “slogan” dessa
decaída sociedade é: “cada um por si e Deus por todos”.

Cada um te de se virar sozinho. E é justamente esse individualismo exasperado que tem corroído
os relacionamentos humanos, e o que é pior, a cada dia que se passa mais e mais pessoas tem
sido baleadas pelos trabucos desse mal.

Por causa dele as pessoas se desacostumaram com uma demonstração de carinho; a prova disso
está no fato de que no memento em que um abraço ou um carinho é oferecido, as pessoas logo se
retraem , se entrincheiram atrás de sua confiança, porque geralmente a preocupação de algumas
pessoas sempre vem de braços-dado com subjacentes interesses.

Precisamos mudar essa história, faz-se necessária a reversão dessa realidade assustadora e cruel,
o material bélico está em nossas mãos para pelejarmos nessa guerra contra a insensibilidade e o
individualismo; o mórbido sentimento da individualidade precisa urgentemente ser exilado de
nossas vidas, esse mal precisa ser expugnado.

Filipi Rosálio da Silva, teologia, IBAD

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