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Planejamento x Risco x Materialidade

Adalberto Oliveira
Ezequiel Coutinho
Murilo Amorim
Roberto Torres
Planejamento

Planejar é decidir com antecedência o que fazer, como, quando e quem


deve fazê-lo.


Dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria;

Identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais;

Organizar adequadamente o trabalho de auditoria;

Seleção dos membros da equipe de trabalho;

Direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho;

Coordenação do trabalho realizado por outros auditores e especialistas.

O planejamento da auditoria envolve a definição de uma estratégia


global para o trabalho, e o desenvolvimento do plano de auditoria.

Um planejamento adequado orienta o trabalho do auditor e auxilia a:


Planejamento

A estratégia global de auditoria define o alcance, a época e a direção da


auditoria, de forma a orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.


Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance;

Definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas;

Considerar os fatores significativos, para orientar os esforços da equipe de trabalho;

Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria; e

Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.

Ao definir a estratégia global, o auditor deve:


Planejamento

O Plano de Auditoria deve conter as descrições:


Da natureza, época e da extensão dos procedimentos de avaliação de risco;

Da natureza, época e da extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados;

De outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de
auditoria.

Ainda na fase de planejamento o auditor deve:


Atualizar e alterar a estratégia global e o plano, sempre que necessário, no curso da auditoria;

Planejar o direcionamento e supervisão da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho;

Documentar a estratégia global, o plano de auditoria e as possíveis alterações.
Riscos de Auditoria

Devido à complexidade das informações e o grande número de transações


contábeis a serem examinadas na execução de uma auditoria, é inevitável
o risco de que erros ou irregularidades existentes nos registros e nas
demonstrações contábeis possam não ser detectados durante a auditoria.

Risco de Auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião


tecnicamente inadequada, sobre demonstrações contábeis incorretas.

O auditor identifica e avalia os riscos, por meio de um completo


entendimento da entidade, do seu ambiente e controle interno.
Riscos de Auditoria

O auditor para analisar as áreas de risco, deverá trabalhar em dois níveis


diferentes, como destacado abaixo:


Geral – Observando a empresa como um todo, verificando as demonstrações contábeis, o controle
interno, a situação financeira e patrimonial, qual a qualidade e como a administração está definida.

Específico – Analisa as contas pelo seu saldo ou natureza e pelo número de transações efetuadas.

O Procedimentos de avaliação de riscos, incluem:


Indagações à administração e a outros na entidade, de forma a obter informações para auxiliar na identificação de riscos
devido a fraude ou erro;

Procedimentos analíticos;

Observação e inspeção.
Riscos de Auditoria

Depois de analisado o ambiente de controle e destacadas as áreas com


maiores possibilidades da ocorrência de riscos, o auditor deve aplicar
os procedimentos de auditoria, seguindo uma escala:


Risco mínimo – É necessário volume mínimo de testes ou revisão.

Risco Baixo – Fazer uma revisão analítica, com testes limitados de comprovação de saldos e transações; testes de
cumprimento de normas internas.

Risco intermediário – Testes de várias fontes de evidência de auditoria, apoiando-se preferencialmente em testes
de comprovação de saldos e transações.

Risco alto – Maior profundidade nos testes, a fim de conseguir embasamento para comprovação das transações.
Materialidade

Relevância ou materialidade, é a representatividade ou magnitude,


quantitativa ou qualitativa, de um item ou uma distorção em relação às
demonstrações contábeis como um todo ou em relação à informação
sob análise.


No primeiro caso, observa-se os fatos quanto aos seus valores numéricos, normalmente evidenciados pelo valor das contas envolvidas nas
Demonstrações Contábeis, os erros encontrados neste tipo de abordagem são geralmente detectados através de testes substantivos.

No aspecto qualitativo, preocupa-se com a veracidade das informações transmitidas aos usuários da informação contábil, quase sempre
refletidas nas notas explicativas ou quadros complementares das demonstrações contábeis.

Sob a ótica da auditoria, pode-se observar a materialidade de duas


formas distintas: Quantitativa ou Qualitativamente.
Materialidade

Distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for


razoavelmente esperado que elas possam, influenciar as decisões
econômicas de usuários, tomadas com base nas demonstrações
contábeis.

A idéia é que o auditor examine os itens que, se errados, causam um


impacto maior na situação patrimonial e financeira da empresa. Isso
permite ao auditor selecionar procedimentos de auditoria que,
combinados, possam reduzir o risco de auditoria a um nível aceitável.
Considerações Finais

Objetivos do auditor, nas diferentes fases da auditoria, segundo o CFC:


Planejar a auditoria de forma a realizá-la de maneira eficaz.

Planejamento - CFC Nº 1.211 - NBC TA 300



Identificar e avaliar os riscos de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, nos níveis de demonstração contábil e afirmações, por meio do entendimento da
entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade, proporcionando assim uma base para o planejamento e a implementação das respostas aos riscos identificados.

Identificação e Avaliação de Riscos - CFC Nº 1.212 - NBC TA 315


Aplicar o conceito de materialidade adequadamente no planejamento e na execução da auditoria.

Materialidade - CFC Nº 1.213 - NBC TA 320


Considerações Finais

O Auditor deve incluir na Documentação de Auditoria:


A estratégia global de auditoria;

O plano de auditoria; e

Eventuais alterações significativas ocorridas na estratégia global ou no plano de auditoria durante o trabalho, e as razões dessas alterações.

Fase de Planejamento


A discussão entre a equipe encarregada do trabalho, quando requerido, e as decisões significativas alcançadas;

Elementos-chave do entendimento obtido, referentes a cada um dos aspectos da entidade e do seu ambiente e de cada um dos componentes do controle interno; as fontes de informações a partir das quais foi
obtido o entendimento; e procedimentos de avaliação de riscos executados;

Os riscos identificados e avaliados de distorção relevante nas demonstrações contábeis; e

Os controles relacionados a respeito dos riscos.

Fase de Identificação e Avaliação dos Riscos


Considerações Finais

Fase de Identificação da Materialidade


Valores e fatores considerados na determinação de:

Materialidade para as demonstrações contábeis como um todo;

Se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis
ou divulgação;

Materialidade para execução da auditoria; e

Qualquer revisão no andamento da auditoria.
Considerações Finais

Para o desenvolvimento deste trabalho foram consultadas as seguintes


fontes:


RESOLUÇÃO CFC Nº 1.211 DE 27.11.2009

http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1211_2009.htm

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.212 DE 27.11.2009

http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1212_2009.htm

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.213 DE 27.11.2009

http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1213_2009.htm

Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos – Sergio Jund – 9.ed. – Elsevier, 2007.

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