Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Correio Sindical - Ano 1 - #8 - Maio de 2010
Correio Sindical - Ano 1 - #8 - Maio de 2010
MARCHA DOS
CATARINENSES PELA
VIDA E SAÚDE DA
CLASSE TRABALHADORA
Página 12
SINPRO-FPOLIS
promove
seminário sobre
Previdência Social
do Professor
Página 2
II ENTEC
Evento realizado em Araxá, Minas Gerais,
reuniu sindicalistas de todo o país para de-
bater as condições dos trabalhadores da
Educação e Cultura no Brasil. (Págs. 6 e 7)
2 CORREIO SINDICAL MAIO 2010
Editorial SINPRO-FPOLIS
promove debate
Agora, em maio tivemos o privile- De volta a estado, sobre PREVIDÊNCIA
gio de debater com classe trabalhado- participamos ativa- Social do Professor
ra de todo o Brasil as questões mais mente da Marcha
importantes das categorias da Educa- pela Vida e Saúde da O Sindicato dos Professores de Florianópolis,
ção e da Cultura. Foram teses apresen- Classe Trabalhadora SINPRO-Fpolis, promoveu no último dia 16 de
abril, um Seminário para discutir questões ligadas
tadas pelos doutores Antônio José que aconteceu no dia
a Previdência Social. O Seminário, que teve como
Barbosa – Mestre e Doutor em Histó- 28 de abril em Flori- Prof. Antonio Bittencourt Filho tema “A Previdência Social”, aconteceu no auditó-
ria pela UNB, João Malheiros – Mes- anópolis. rio João Paulo II, do Colégio Catarinense, centro
tre e Doutor em Educação, graduado O ato lembrou o Dia Mundial em da Capital, e teve como palestrantes o Dr Arnaldo
em Administração pela USP e Antônio Memória das Vítimas de Acidentes de Pescador, Chefe de Benefícios da Gerência do INSS
em Florianópolis, que falou sobre o tema, o Dr Mi-
Freitas, conselheiro do Conselho Na- Trabalho e trouxe também, outras ban-
guel de Lima Tavares, responsável pelo programa
cional de Educação sumidades nas deiras importantes à classe trabalhado- de Educação Previdenciária e Gerência Executiva
questões referentes educação e a cul- ra como: a redução da Jornada de tra- do INSS em Florianópolis e do Dr, Alexsandro Luiz
tura. A realização do II ENTEC, pro- balho para 40 horas semanais. dos Santos, do Sinpro-Fpolis, que discorreu sobre
as medidas possíveis sobre revisão de aposentado-
movido pela CNTEEC com execução
ria.
do IPET, foi oportuna e importante, Nesta edição do Correio Sindical, O Seminário reuniu, além
pois, nestes 3 dias debatemos os gran- você acompanha estas e outras matéri- de líderes Sindicais, professo-
des problemas pelos quais passam os as importantes que a FETEESC e seus res e outros interessados. A co-
Trabalhadores da Educação e da Cul- sindicatos associados promoveram nes- ordenação foi do Professor
Antônio B. Neto, Presidente do
tura e suas entidades sindicais, bem te mês. A propósito: Você sabe o que é
Sinpro-Fpolis, que em sua fala
como, tivemos a oportunidade de en- Assédio Material? Acompanhe também destacou a importância do de-
caminhar soluções para os referidos esta matéria, muito oportuna agora em bate num momento tão impor-
problemas. tempo de copa do mundo. Boa leitua. tante de discussão no Congres-
so Nacional sobre o fim do fa-
tor previdenciário e aumento
de aposentados e pensionistas do INSS. Na opi-
nião do Prof° Antônio, “a questão previdenciária
tem especial importância para os professores e pro-
fessoras, pois a maioria iniciou a carreira do ma-
gistério e tem direito a aposentadoria especial aos
25 anos para as mulheres e 30 anos para os ho-
mens. Estamos engajados na luta para manter a der-
rubada do fator previdenciário e assegurar aos pro-
fessores uma merecida e digna aposentadoria inte-
gral, sem nenhum redu-
tor”.
O Seminário con-
tou ainda com a Coor-
denação do Diretor do
Sinpro-Fpolis, Prof
Inácio Corrêa, e faz
parte da programação
de debates do Sinpro,
relacionadas aos inte-
resses dos Trabalhadores, reunindo, nesse evento,
em torno de 100 participantes.
Fique atento à programação de atividades do
SINPRO-Fpolis. Entre em contato com o Sindica-
to ou acesse o site http://portal.sinprofpolis.org.br
EXPEDIENTE
CORREIO SINDICAL - publicação do Movimento Sindical dos Trabalhadores da Educação de Santa Catarina - Rua Vereador Batista Pereira, 574, Balneário - Estreito, CEP 88075-600,
Florianópolis/SC - CP 12117 - Fones (48) 3244-5911 e 3248-1268.
Conselho Editorial: Antônio Bittencourt Filho (FETEESC), Carlos M. da Silva Bernardo (SINPROESC), José Argente Filho (STEERSESC), Antônio B. Neto (SINPRO-Fpolis), Élvio J. Kretzer (SAAE-
GFpolis), Sônia M. G. Carnevalli (SAAERS), Ademir Maçaneiro (SINPABRE). Secretário de Divulgação: Prof. Soares; Textos: Tabira Estevão; Jornalista responsável: Rogério Junkes (DRT-SC
775); Tiragem: 10 mil exemplares. Obs.: Os artigos assinados, publicados neste jornal, são de inteira responsabilidade de seus autores.
MAIO 2010 CORREIO SINDICAL 3
JURÍDICAS
Direitos do 383. TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA
EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS E
Trabalhador DA TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12,
“A”, DA LEI Nº 6.019, DE 03.01.1974.
Justiça reconhece SINPRO/FPOLIS como
na CLT (DJe divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)
legitimo representante da categoria dos
trabalhadores na instituição SESC.
A contratação irregular de trabalhador, mediante em-
Quantas vezes ouvimos as pessoas presa interposta, não gera vínculo de emprego com ente Assim, considerando que o Professor constitui categoria
no trabalho dizerem: ‘eu tenho os meus da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo profissional diferenciada, condeno o réu a, no prazo de dez
direitos’. Mas será que realmente você princípio da isonomia, o direito dos empregados terceiri- dias após o trânsito em julgado desta decisão, retificar a CTPS
sabe quais são os seus? zados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas da autora, fazendo constar a função de professora como sen-
Dessa forma, com o objetivo de es- asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos servi- do a desempenhada pela reclamante ao longo do contrato de
clarecer e contribuir para que esses di- ços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação trabalho.
reitos sejam efetivamente respeitados, analógica do art. 12, “a”, da Lei nº 6.019, de 03.01.1974. Como decorrência, reconheço o Sindicato dos Profes-
divulgamos uma compilação dos direi- O texto se trata Orientação Jurisprudencial da SBDI-1 sores de Florianópolis – SINPRO/FPOLIS como legítimo
tos fundamentais dos trabalhadores. do TST representante da categoria profissional da autora e as nor-
Os trabalhadores têm seus direitos mas coletivas juntadas às fls. 62/123 dos autos.
garantidos pela Consolidação das Leis DIRIGENTE SINDICAL TEM ESTABILIDADE Autos da Ação nº 05133-2009-034-12-00-0 /4ª vara Fpolis
do Trabalho (CLT). Alguns pontos fo- NO EMPREGO, MESMO QUE O
ram modificados por legislações espe- SINDICATO AINDA NÃO TENHA
cíficas ou alterações na própria CLT. REGISTRO NO MTE
Conheça aqui os principais direitos: O PROFESSOR ESTÁ
SEMPRE ERRADO
• Carteira de trabalho assinada des- Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tri-
de o primeiro dia de serviço; bunal Superior do Trabalho–TST:
• Exames médicos de admissão e de- O Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontana Pereira, Jô Soares
missão; relator do processo assim se expressou:
• Repouso semanal remunerado (1 fol- “O Supremo Tribunal Federal reconheceu que a estabi- O material escolar mais barato que
ga por semana); lidade sindical, prevista no referido artigo 8º, “existe mes- existe na praça é o professor!
• Salário pago até o 5º dia útil do mês; mo quando o sindicato da categoria profissional não está É jovem, não tem experiência.
• Primeira parcela do 13º salário paga registrado no MTE, não havendo que se falar em vincula-
É velho, está superado.
até 30/11. Segunda parcela até 20/ ção da estabilidade ao efetivo registro”, esclareceu o rela-
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
12; tor”.
• Férias de 30 dias com acréscimo de Tem automóvel, chora de “barriga cheia’.
Fundamentando sua decisão, o relator citou lição da
1/3 do salário; Desembargadora Alice Monteiro de Barros: “se a Consti- Fala em voz alta, vive gritando.
• Vale-transporte com desconto máxi- tuição e a CLT protegem o trabalhador a partir do registro Fala em tom normal, ninguém escuta.
mo de 6% do salário; de sua candidatura à direção do sindicato, mas necessário Não falta ao colégio, é um ‘caxias’.
• Licença-maternidade de 120 ou 180 se faz a proteção quando o sindicato se encontra em fase Precisa faltar, é um ‘turista’.
dias, com garantia de emprego até 5 de formação” (Curso de Direito do Trabalho, 5ª edição, p. Conversa com os outros professores,
meses depois do parto; 983, São Paulo: LTr, 2009). está ‘malhando’ os alunos.
• Licença paternidade de 5 dias cor-
Não conversa, é um desligado.
ridos; Justiça reconhece SINPROESC como
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
• FGTS: depósito de 8% do salário em legítimo representante da categoria
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
conta bancária a favor do emprega- dos trabalhadores em ONG (Associação
do; Horizontes). Brinca com a turma, é metido a engraçado.
• Horas-extras pagas com acréscimo Não brinca com a turma, é um chato.
Tenho que as atividades desenvolvidas pela reclaman-
de 50% do valor da hora normal; Chama a atenção, é um grosso.
te enquadram-se perfeitamente como sendo atividades de
• Garantia de 12 meses em casos de magistério e, por tal motivo, acolho o pleito exordial para Não chama a atenção, não sabe se impor.
acidente; declarar que ela trabalhou para a reclamada no cargo de A prova é longa, não dá tempo.
• Adicional noturno para quem traba- professora. A prova é curta, tira as chances do aluno.
lha de 22 as 5 horas; Determino, por conseguinte, que a reclamada proceda Escreve muito, não explica.
• Faltas ao trabalho nos casos de ca- à retificação da CTPS da autora para ali consignar o cargo Explica muito, o caderno não tem nada.
samento (3 dias), doação de sangue de professora. Fala corretamente, ninguém entende.
(1 dia/ano), alistamento eleitoral (2 Assim sendo, embora a reclamada tenha sua sede na ci- Fala a ‘língua’ do aluno, não tem vocabulário.
dias), morte de parente próximo (2 dade de São Paulo, mas tendo ela desenvolvido atividades
dias), testemunho na Justiça do Tra- Exige, é rude.
na área de ensino no Estado de Santa Catarina, está sujeita
balho (no dia); Elogia, é debochado.
ao cumprimento das normas coletivas aplicáveis à catego-
• Doença comprovada por atestado O aluno é reprovado, é perseguição.
ria profissional dos professores neste Estado. A demanda-
médico; da, portanto, estava obrigada ao cumprimento da CCT de O aluno é aprovado, deu ‘mole’.
• Aviso prévio de 30 dias, em caso de fls. 33/51. É, o professor está sempre errado, mas,
demissão; Autos da Ação nº0507-58.2010.5.12.0031/1ª vara de São se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!
• Seguro-desemprego. Jose.
4 CORREIO SINDICAL MAIO 2010
História do
Dia do Trabalhador
O principal dia
do trabalhador
Saiba que em 1886, no dia 1o de
maio, realizou-se uma manifestação
Maio. Mês
de trabalhadores nas ruas de Chica- dedicado ao dia
go, Estados Unidos. A manifestação
do Trabalhador
tinha como finalidade reivindicar a re-
dução da jornada de trabalho para 8 que é celebrado
horas diárias e teve a participação de
anualmente no
milhares de pessoas. Nesse dia teve
início uma greve geral nos EUA. Mas dia 1° em vários
no dia 3 de maio houve um pequeno
países do mundo,
levante de trabalhadores que se en-
frentaram com a polícia, resultando incluindo o Brasil.
na morte de alguns manifestantes.
No dia seguinte, outra manifestação
foi organizada como protesto pelos
acontecimentos dos dias anteriores. A
confusão terminou com 7 policiais
mortos por uma bomba, lançada por
desconhecidos. Em retaliação, a po-
Dia do Trabalhador no
lícia abriu fogo sobre a multidão, ma- Brasil
tando doze pessoas e ferindo dezenas.
Estes acontecimentos passaram a ser Até o início da Era Vargas (1930-1945) certos tipos de agre-
conhecidos como a Revolta de Hay- miação de trabalhadores de fábricass eram bastante comuns,
market. embora não constituísse um grupo político muito forte, dado a
Em 20 de junho de 1889, a Segun- pouca industrialização do país. Esta movimentação operária ti-
da Internacional Socialista, reunida nha se caracterizado em um primeiro momento por possuir in-
em Paris decidiu convocar anualmen- fluências do anarquismo e mais tarde do comunismo, mas com
te uma manifestação com o objetivo a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente
de lutar pelas 8 horas de trabalho diá- dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenci-
rios. A data escolhida foi o 1º de Maio, ados pelo que ficou conhecido como trabalhismo.
como homenagem às lutas sindicais Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aque-
de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 les movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um
uma manifestação no norte da França momento de protesto e crítica às estruturas sócio-econômicas
é dispersada pela polícia, resultando do país. A propaganda trabalhista de Vargas, sutilmente, trans-
na morte de dez manifestantes. Esse forma um dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia do Tra- Dia do Trabalhador no
balhador. Tal mudança, aparentemente superficial, alterou pro-
novo drama serve para reforçar o dia
fundamente as atividades realizadas pelos trabalhadores a cada
mundo
como um dia de luta dos trabalhado- Alguns países celebram o Dia do Trabalhador em
res. Nos meses seguintes, a Interna- ano neste dia. Até então marcado por piquetes e passeatas, o
Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas popu- datas diferentes de 1° de Maio:
cional Socialista de Bruxelas procla- • Austrália: A data de celebração varia de acor-
ma esse dia como dia internacional lares, desfiles e celebrações similares. Atualmente, esta carac-
terística foi assimilada até mesmo pelo movimento sindical que do com a região: 4 de Março, Nova Gales do
de reivindicação de condições labo- Sul (Sidney) e na Austrália Meridional..
rais. tradicionalmente une as Centrais de Trabalhadores, realizando
grandes shows com nomes da música popular. Na maioria dos • Estados Unidos: Celebram o Labor Day na pri-
Em 23 de abril de1919 o Senado meira segunda feira de setembro.
Francês ratifica o dia de 8 horas e países industrializados, o 1º de maio é o Dia do Trabalho. Co-
proclama o dia 1 de Maio desse ano, memorada desde o final do século XIX, a data é uma homena-
gem aos oito líderes trabalhistas norte-americanos que morre- Fatos importantes relacionados ao 1º de maio
como feriado. Em 1920 a Rússia no Brasil:
adota o 1º de Maio como feriado na- ram enforcados em Chicago (EUA), em 1886. Eles foram pre-
sos e julgados sumariamente por dirigirem manifestações que • Em 1º de maio de 1940, o presidente Getulio
cional, sendo seguido por muitos Vragas instituiu o salário mínimo. Este deve-
países. Apesar de até hoje os Esta- tiveram início justamente no dia 1º de maio daquele ano. No
Brasil, a data é comemorada desde 1895 e virou feriado nacio- ria suprir as necessidades básicas de uma fa-
dos Unidos se negarem a reconhe- mília (moradia, alimentação, saúde, vestuário,
cer essa data como sendo o Dia do nal em setembro de 1925 por um decreto do presidente Artur
Bernardes. educação e lazer)
Trabalhador, em 1890 a luta daque- • Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do
les trabalhadores conseguiu que o Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalha-
dor, no Brasil, se expressa especialmente pelo costume que os Trabalho, destinada a resolver questões judici-
Congresso aprovasse a redução da ais relacionadas, especificamente, as relações
jornada de trabalho de 16 para 8 governos têm de anunciar neste dia o aumento anual do salário
mínimo. Outro ponto muito importante atribuído ao dia do tra- de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.
horas diárias.
balhador foi a criação da Consolidação das Leis do Trabalho -
MAIO 2010 CORREIO SINDICAL 5
COMEMORAR SIM, RECONHECER AS CONQUISTAS TAMBÉM! PORÉM HÁ MUITO O QUE FAZER...
TRABALHO INFANTIL
Por Pablo Zevallos Perfil do trabalho
infantil no Brasil
O trabalho infantil no Brasil
ainda é um grande problema so- Como já era de se esperar, o trabalho infan-
cial. Milhares de crianças ainda til ainda é predominantemente agrícola. Cerca
deixam de ir à escola e ter seus de 36,5% das crianças estão em granjas, sítios
direitos preservados, e trabalham e fazendas, 24,5% em lojas e fábricas. No Nor-
desde a mais tenra idade na la- O combate ao deste, 46,5% aparecem trabalhando em fazen-
voura, campo, fábrica ou casas de trabalho das e sítios. A Constituição Brasileira é clara:
família, muitos deles sem rece- infantil é menores de 16 anos são proibidos de trabalhar,
ber remuneração alguma. Hoje uma luta exceto como aprendizes e somente a partir dos
em dia, em torno de 4,8 milhões antiga de 14. Não é o que vemos na televisão. Há dois
de crianças de adolescentes en- muitas pesos e duas medidas. Achamos um absurdo ver
tre 5 e 17 anos estão trabalhando organizações a exploração de crianças trabalhando nas lavou-
no Brasil, segundo PNAD 2007.
públicas e ras de cana, carvoarias, quebrando pedras, dei-
privadas. A xando sequelas nessas vítimas indefesas, mas
Desse total, 1,2 milhão estão na
FETEESC, em costumamos aplaudir crianças e bebês que tor-
faixa entre 5 e 13 anos.Apesar de
1998, já nam-se estrelas mirins em novelas, apresenta-
no Brasil, o trabalho infantil ser
tratava esta ções e comerciais. A UNICEF declarou no Dia
considerado ilegal para crianças
questão, Mundial Contra o Trabalho Infantil (12 de ju-
e adolescentes entre 5 e 13 anos,
organizando nho) que os esforços para acabar com o traba-
a realidade continua sendo outra. seminários.
Para adolescentes entre 14 e 15 lho infantil não serão bem sucedidos sem um
anos, o trabalho é legal desde que trabalho conjunto para combater o tráfico de
na condição de aprendiz. O Peti crianças e mulheres no interior dos países e en-
(Programa de Erradicação ao tre fronteiras. No Dia Mundial contra o Traba-
Trabalho Infantil) vem trabalhan- lho Infantil, a UNICEF disse/referiu com base
do arduamente para erradicar o em estimativas que o tráfico de Seres Huma-
trabalho infantil. Infelizmente nos começa a aproximar-se do tráfico ilícito de
mesmo com todo o seu empenho, armas e drogas. Longe de casa ou num país es-
a previsão é de poder atender trangeiro, as crianças traficadas – desorienta-
balho. Desde que entrou em prá- juntamente com governos esta- das, sem documentos e excluídas de um ambi-
com seus projetos, cerca de 1,1
tica, no final de novembro de duais, pretendem instalar compu- ente que as proteja minimamente – podem ser
milhão de crianças e adolescen-
2005, o projeto de inclusão digi- tadores e acesso a internet banda obrigadas a entrar na prostituição, na servidão
tes trabalhadores, segundo acom-
tal do governo federal, Compu- larga em todas escolas públicas doméstica, no casamento precoce e contra a sua
panhamento do Inesc (Instituto
tador para Todos - Projeto Cida- até 2010. Com isso esperam que vontade, ou em trabalhos perigosos. Embora
de Estudos Socioeconômicos).
dão Conectado registrou mais de o acesso a informações contribu- não haja dados precisos sobre o tráfico de cri-
Do total de crianças e adolescen-
19 mil máquinas financiadas. am para um melhor futuro às nos- anças, estima-se que haverá cerca de 1.2 mi-
tes atendidos, 3,7 milhões esta-
Programas do Governo Federal sas crianças e adolescentes. lhões de crianças traficadas por ano.
rão de fora. Ao abandonarem a
escola, ou terem que dividir o
tempo entre a escola e o traba-
lho, o rendimento escolar dessas QUALIDADE x MODERNIDADE x PROFESSOR
crianças é muito ruim, e serão Para Refletir:
sérias candidatas ao abandono
escolar e consequentemente ao Toda instituição têm um custo para poder ser mantida; com o objetivo de manter-se sempre atua-
despreparo para o mercado de lizada dentro do contexto ensino-aprendizagem; as escolas particulares investem em infra-estrutura
trabalho, tendo que aceitar sub- e muitas vezes deixam de lado o investimento na valorização do professor, dentro desta ótica a
empregos e assim continuarem qualidade fica prejudicada.
alimentando o ciclo de pobreza Têm-se consciência da necessidade de adequação da escola à modernidade; no entanto toda valo-
no Brasil. Sabemos que hoje em rização da escola em termos de aquisição de novos materiais didáticos, equipamentos passa obriga-
dia, a inclusão digital (Infoinclu- toriamente pela valorização do professor em 1º lugar, responsável por mediar todo novo conheci-
são) é de extrema importância. mento e acima de tudo é a pessoa diretamente ligada aos alunos às vezes por mais tempo que a
Além da conclusão do ciclo bá- própria família.
sico de educação, e da necessi- PROFESSORES PRECISAMOS ESTAR UNIDOS PARA DEFENDER NOSSOS INTERES-
dade de cursos técnicos, e da con- SES - A LUTA POR QUALIDADE DE VIDA EXPRESSA POR MELHORES CONDIÇÕES DE
tinuidade nos estudos, o compu- TRABALHO E RENDA EM TODOS OS NÍVEIS DE ENSINO, MAS PRINCIPALMENTE AOS
tador vem se tornando funda- PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL.
mental em qualquer área de tra- Karla Bressan
6 CORREIO SINDICAL
II ENTEC
MAIO 2010
N A P R Ó X I M A E D I Ç Ã O “ C A R TA D E A R A X Á ”
8 CORREIO SINDICAL MAIO 2010
H
á quem concorde que as leis ção do recém nascido, da licença maternida- O 2º Encontro Nacional do Fórum Sindical dos Trabalha-
trabalhistas deveriam aca de, das férias remuneradas, 13.º salário, con- dores (FST) realizado no dia 18 de maio em Brasília-DF apro-
bar para sujeitarem-se os di tidos na Constituição Federal e na CLT e tan- vou uma nova pauta para o movimento sindical pelos próxi-
reitos e reivindicações dos tas conquistas da classe trabalhadora? En- mos dois anos.
Trabalhadores às negocia- tão, como deixar para uma negociação sem
Os dirigentes sindicais decidiram em sessão plenária que
ções de suas datas-base. Desta forma, uma o enforro da lei, as garantias que se deve ter
os trabalhadores brasileiros devem defender:
campanha salarial estaria afeita a uma igual- na relação capital/trabalho? Da forma como
dade de condições que contemplaria decisões pretendem, os empresários estariam sempre • o regime da unicidade sindical;
mais equânimes para ambos os lados: patro- numa posição privilegiada, donos de um jugo • a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas se-
nal e laboral, pois a legislação trabalhista, sobre o que é importante para eles e não para manais sem redução de salário;
segundo muitos empresários, da forma como os trabalhadores, pois detém o capital. Um • o direito de organização no local de trabalho;
está instituída no Brasil, dificulta em muito jogo articulado por eles na vertical, em que,
• a contribuição compulsória e assistencial e
a contratação e manutenção de Trabalhado- claro, estariam sempre na parte superior. Di-
• o fim do Fator Previdenciário.
res. Não é verdade. Se fosse, não vivería- ante de tais considerações, qual é, então, o
mos esse franco processo de expansão pro- papel dos Sindicatos? Os mais de 800 trabalhadores de Centrais Sindicais, Con-
dutiva das empresas, tal como gosta de Ícone do neoliberalismo, Milton Fried- federações e Federações de várias categorias aprovaram ainda a
certificar o Ministro do Trabalho, Carlos mann, Prêmio Nobel de Economia de 1976 manutenção e regulamentação do artigo 8º da Constituição
Lupi, com a criação de mais de um milhão e que foi emérito professor da Universida- Federal, as revogações imediatas das Portarias 186/2008 e 982/
de empregos gerados em 2009, após o fim de de Chicago , afirmava “que o desempre- 2010 do Ministério do Trabalho e Emprego, que atentam con-
da crise econômica de 2008 e que faz as go é resultado da pressão que os sindicatos tra a liberdade e autonomia sindical.
empresas contratarem. Se o empecilho fos- imprimem para aumentar o salário, e não O encontro aprovou ainda a defesa de um projeto de desen-
se mesmo a legislação trabalhista, não have- resultado do mercado capitalista”. Entendia volvimento e crescimento econômico-social, com soberania
ria contratação. O que há é um desinteresse que quanto mais empregos o mercado for- nacional e valorização do trabalho com geração de empregos e
por parte de empresários e também do go- jar, mais diminuídos ficarão os salários. Da- distribuição de renda, com reposição das perdas nos vencimen-
verno quando não flexibiliza a cobrança de vid Friedman, que morreu em 2006, é consi-
tos dos aposentados e pensionistas.
impostos, por exemplo. Basta ver o que fez derado o pai do teórico anarco-capitalista e
Entre os itens aprovados está a defesa do reajuste dos apo-
a redução do IPI em alguns setores como um dos mais destacados economistas do sé-
culo XX. Foi também um dos mais influen- sentados de 7,72%, a reforma agrária progressista com valori-
forma de sustentação da economia no mo-
mento da crise. A força produtiva vem do tes teóricos do liberalismo económico e de- zação da agricultura familiar e a ratificação da Convenção 158
trabalhador. Sem ele não se pode falar em fensor do capitalismo à moda Francesa, “ da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
desenvolvimento; sem ele não se pode atri- laissez-faire” e do “livre mercado”. Já o te- O senador Paulo Paim, esteve presente ao 2º Encontro Na-
buir lucro no setor produtivo ou de serviços; ólogo, defensor da Teologia da Libertação, cional do FST e voltou a defender o fim do fator Previdenciá-
sem o trabalhador e sua força produtiva não José Comblin , em sua obra “O Neolibera- rio, que ainda irá à votação do Senado. “Temos que jogar o
há como se estabelecer o crescimento eco- lismo. Ideologia dominante na virada do sé- Fator Previdenciário na lata de lixo. Hoje a economia anda bem
nômico. Crescimento que é fruto da distri- culo –, (Editora Vozes, 2001)”, cita que é e não se pode dizer que a Previdência Social está falida. Temos
buição da renda, através do pagamento de parte dominante da ideologia neoliberal, a que cobrar do governo o fim deste redutor”, frisou.
salários e concessão de benefícios aos Tra- redução ou extinção dos sindicatos de Tra- Também participou do encontro o presidente do Instituto
balhadores por força da lei, e não só, como balhadores organizados, pois pensa tal ideo- de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) Márcio Pochmann,
argumentam muitos, da habilidade nas es- logia, que o meio sindical só pensa em in-
que foi enfático ao defender a redução da jornada de trabalho.
tratégias administrativas do mercado. fluir nos preços e salários, perturbando a
“A redução da jornada de trabalho é primordial para uma soci-
O problema está mesmo na impertinên- espontaneidade do mercado, do qual se su-
edade superior com profissionais qualificados que possam aten-
cia de não se distribuir a renda de forma con- põe que nasce a justiça, Ele conclui, afirman-
der a demanda do mercado pós economia industrial. O traba-
digna. Não é a legislação um empecilho ao do que , “ infelizmente, o neoliberalismo tem
lhador precisa ter tempo para estudar, se qualificar e também
setor produtivo. Ao contrário, é a partir dela atingido seus objetivos em muitos países, na
usufruir do progresso que ajudou a construir”, considerou.
que se estabelece a regulação das condições medida que se verifica um enfraquecimento
mínimas de decência da força produtiva dos do movimento sindical”. Além do senador Paulo Paim (PT-RS) e do presidente do
Trabalhadores. Senão vejamos: será que por A importância da luta dos Trabalhadores IPEA Márcio Pochmann, compareceram ainda ao evento o se-
si só o empregador admitiria uma jornada por melhores condições de renda e trabalho nador Inácio Arruda (PCdoB-CE), e os deputados federais Pau-
de 44 horas semanais?; ( não querem dialo- estará sempre vinculada ao seu poder de ar- linho da Força (PDT-SP) e Dagoberto Nogueira (PDT-MS).
gar sequer quanto a redução para 40 horas ticulação, o que só será possível na medida O 2º Encontro Nacional do FST contou com a presença de
semanais); Seria ele um incentivador à re- em que estiver organizado. E, a isso, se atri- 23 entidades entre Confederações e Centrais Sindicais, entre
muneração de horas extras, de ganhos de bui o papel do Sindicato na defesa de uma essas a UGT.
produtividade e divisão de lucros; um defen- legislação que priorize a regulamentação da FONTE: http://www.fstsindical.com.br
sor dos direitos das mulheres à amamenta- força produtiva de forma digna.
MAIO 2010 CORREIO SINDICAL 11
Bancos de horas: assédio material ou apropriação indébita
Você sabe o que é assédio material?
Mário Lacerda* ga? Você é quem me deve, afi- lhido em oportunidade conve- deve pagamento e que o auxi- do ao pagamento das horas-
nal aqui não tem nada de gra- niente. liar ainda fará mais horas-ex- extras?
Assim como o assédio se- ça! Satisfeito com aquele novo tras para compensar o feria- Quanto da riqueza negada
xual e o assédio moral, a mu- Assim, o trabalhador volta emprego, o auxiliar de ensino dão. ao pagamento de muitas ho-
lher e o homem podem sofrer, para a choupana e avisa à mu- vê o raiar do dia como um O ano letivo passa, o auxi- ras-extras estará alimentando
no local de trabalho, outro tipo lher e aos filhos que não tem novo horizonte de esperanças liar trabalha sábado o dia todo, o lucro de poucos privilegia-
de humilhação. O assédio ma- dinheiro para vencer o mês, e de futuro melhor! trabalha domingo, trabalha dos?
terial ou apropriação indébita. pois o patrão fez as contas e Ao fim do primeiro mês de além da sua carga horária, tra- Será necessário comparar
Em alguns casos, quando avisou que não deve pagamen- trabalho, o empregado dirige- balha até o dia raiar, e, mes- a situação dos auxiliares de en-
o trabalhador rural vai pedir to. se ao empregador com a inten- mo assim, termina o ano de- sino, presos aos ferros do Ban-
emprego a um fazendeiro, este Moral da história: o traba- ção de receber o seu salário e vendo, porque, sem entender co de Horas, à situação dos es-
contrata a mão-de-obra, ofere- lhador já inicia a sua labuta as horas-extras trabalhadas. bem, concordou com a lógica cravos de outrora? Vivemos
cendo ao novo empregado devendo uma conta que não - Horas-extras? Mas eu, do tal Banco de Horas. uma nova senzala que nega o
uma toiça de banha de porco, contratou. graciosamente, não lhe dei uns O mais estranho é que nem pagamento do resultado do
um saco de arroz, um saco de Guardadas as devidas pro- dias de folga emendando o fe- todos os auxiliares de ensino trabalho?
feijão, um uniforme, uma en- porções, pode-se concluir que riadão? Lembra não? Você as- estão submetidos ao Banco de O Banco de Horas seria
xada, uma pá, um chapéu, um um fenômeno parecido ocor- sinou papel, mestre Jonas. Eu Horas, pois uns poucos funci- uma forma de assediar mate-
par de botas, uma choupana re com os trabalhadores sujei- fechei a escola, dispensei todo onários em algumas institui- rialmente o salário do empre-
para moradia e uma garrafa de tados aos ditames do Banco de mundo do trabalho, não hou- ções de ensino têm tratamen- gado, subtraindo-lhe o paga-
pinga. Horas. Nesse sentido, cabe ve qualquer atividade naque- to diferenciado do restante do mento das horas-extras traba-
Satisfeito com aqueles analisar o sistema adotado em les dias, até os alunos tiveram quadro de empregados. lhadas e seria uma forma de
“presentes” o trabalhador vê o algumas instituições de ensi- recesso, ninguém veio traba- A situação lembra os ver- assediar moralmente a auto-
raiar do dia como um novo no. lhar, e o senhor ficou em casa. sos do poeta Castro Alves, estima do trabalhador?
horizonte de esperanças e de Senão vejamos. Fazendo o quê? Descansando quando este em sua lírica - Estaremos diante de um
futuro melhor! Quando o auxiliar de ensi- às minhas custas! E mais, os Navios Negreiros - clamou: novo tipo de assédio, no qual
Ao fim do primeiro mês de no vai procurar trabalho pe- próximos feriados emenda- “Senhor Deus dos desgra- um grupo de privilegiados
trabalho, o empregado dirige- rante um empresário da edu- dos, já sabe, têm de pagar! çados! apropria-se indevidamente da
se ao empregador com a inten- cação, este contrata a mão-de- Você é quem me deve, afinal Dizei-me vós, Senhor única riqueza que o trabalha-
ção de receber o seu salário. obra, oferecendo ao novo em- aqui não tem nada de graça! Deus! dor possui. Qual seja a força
- Salário? Mas, eu, gracio- pregado um uniforme, um sa- Assim, o auxiliar de ensi- Se é loucura... se é verdade do trabalho?
samente, não lhe dei uma toi- lário que não remunera ade- no volta para a sua casa e avi- Tanto horror perante os Existe alguma moral para
ça de banha de porco, um saco quadamente e um contrato, no sa à mulher e aos filhos que céus?!” essa história?
de arroz, um saco de feijão, qual o trabalhador assina con- àquelas horas-extras trabalha- Haverá um Deus para os Devemos rir de tudo isso
um uniforme, uma enxada, cordando que, conforme reza das, com a intenção de engor- desgraçados - vítimas do Ban- ou devemos nos indignar?
uma pá um chapéu, um par de o calendário escolar, todo fe- dar o pagamento do mês, não co de Horas - e um Deus para
botas, uma choupana para riado emendado será compen- serão pagas, pois o patrão fez abastados, que se apropriam e Fonte: Diap
moradia e uma garrafa de pin- sado em outro dia a ser esco- as contas e avisou que não assediam o dinheiro destina- (*) Advogado, é diretor do Saep/DF
UGT/SC GARANTE
SUCESSO DA
MARCHA DOS
CATARINENSES
PELA VIDA E
SAÚDE DA CLASSE
TRABALHADORA
Aproximadamente três mil sem redução de salários, aplica- no ato. Dirigentes da UGT/RJ,
trabalhadores e trabalhadoras, li- ção do piso estadual de salários também participaram da mani- Instituto de Pesquisas e Estudos do
gados as Centrais e Movimentos a todos os trabalhadores catari- festação. Trabalhador - IPET e União Geral dos
Sociais, vindos de todas as regi- nenses e contra a criminalização O Professor Moacir Pedro
Trabalhadores de Santa Catarina –
ões do Estado, marcaram presen- dos movimentos sociais. Rubini, Secretário Geral da FE-
ça na Marcha pela Vida e Saúde A UGT/SC trouxe para a Ca- TEESC e também Secretário de UGT/SC firmam parceria para
da Classe Trabalhadora que pital Catarinense, cerca de mil e Educação e Formação da UGT/ execução de Curso de Oratória
aconteceu no dia 28 de abril em quinhentas pessoas ligadas a SC, falou em nome da Central e
Florianópolis. Central e foi a grande responsá- destacou a importância de man-
O ato lembrou o Dia Mundi- vel pelo sucesso do evento. termos a unidade do Movimento
al em Memória das Vítimas de Delegações ligadas a Sede Sindical, condição que tem pos-
Acidentes de Trabalho e trouxe Estadual na Grande Florianópo- sibilitado avanços significativos
também outras bandeiras impor- lis e as Macrorregionais do Pla- na conquista de melhorias a to-
tantes à classe trabalhadora nalto Serrano, Lages, Norte, Jo- dos os trabalhadores, fruto do O IPET – Escola Sindical - é um estabelecimento de ensino
como: a redução da Jornada de inville e Vale do Itajaí com sede amadurecimento das Lideranças registrado na Secretaria Estadual da Educação, e segue as dire-
trabalho para 40 horas semanais em Brusque marcaram presença Sindicais Catarinenses. trizes do PNQ – Plano Nacional de Qualificação.
Formação, Qualificação e Requalificação Profissional fazem
Texto e fotos: Paulo Cesar Amante - Assessor Comunicação FETEESC/UGT/SC
parte da missão do Instituto que já qualificou mais de 11.500
trabalhadores em diferentes áreas.
Em recente parceria firmada entre o IPET e a UGT/SC, me-
diante um protocolo de intenções e contrato previamente assi-
nado entre as partes, viabilizou-se o Curso de Oratória para Diri-
gentes e Assessores Sindicais filiados a Central.
O Curso aconteceu em Lages/SC nos dias 06 e 07 de maio de
2010. Além dos temas pertinentes a oratória, foram abordados
conteúdos importantes sobre Sindicalismo e Cidadania, assun-
tos que fazem parte da grade de todos os cursos ministrados pelo
IPET.
Promovido pela UGT/SC, executado e certificado pelo IPET,
o curso atendeu 30 participantes da Macrorregional do Planalto
Serrano. Em breve será a vez dos os companheiros da Macrorre-
gional Norte com sede em Joinville/SC terem a oportunidade de
participar do mesmo curso.
Paulo Cesar Amante
Assessor Comunicação FETEESC/UGT/SC