Fundação Educacional Lucas Machado

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais

Departamento de Patologia
Disciplina de Parasitologia

ANTRAZ
Eduardo Machado Rossi Monteiro
Eustáquio José Pimenta de Azevedo Júnior

Maio - 2004
 ANTRAZ

Definição

 Antraz é uma doença zoonótica causada pelo

Bacillus anthracis, um bacilo Gram + que tem
a capacidade de formar esporos. Possui três
formas humanas primárias, que são:
cutânea, inalatória e gastrointestinal.
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Etiologia
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Etiologia

Vagão de locomotiva
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Outras denominações
 Carbúnculo;

 Doença dos classificadores de lã;

 Úlcera siberiana;

 Pústula maligna;

 Edema maligno, etc.

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Incidência
 Sua incidência é estimada em 2.000 a 20.000
casos/ano;
 Destes, aproximadamente 95% são do tipo
cutâneo;
 Epidemia no Zimbabwe, entre 1978 e 1980,
quando cerca de 10.000 casos de antraz
cutâneo foram relatados. Outra epidemia de
menor intensidade na Sibéria em 1979.
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Epidemiologia
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Epidemiologia
 Os casos de antraz são divididos em
agrícolas ou industriais.
 Antraz agrícola: resulta do contato direto com
secreções de animais infectados.
 Antraz industrial: resulta de contato com
esporos de antraz que contaminam produtos
animais( pêlo de cabras, lã, couro, etc.).
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Epidemiologia
 Ocasionalmente, casos humanos são
transmitidos por picadas de insetos ou
ingestão de carne infectada mal cozida ou
crua.
 Não ocorre transmissão de um ser humano
para outro.
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Diagnóstico
 Conhecimento prévio da história
epidemiológica da doença (antraz cutâneo);
 Antraz por inalação raramente suspeitado
antes da morte. Observa-se alargamento do
mediastino. Coloração por Gram do escarro
mostra B. anthracis.
 Testes sorológicos: ELISA.
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Diagnóstico
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Diagnóstico
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Patogênese
 Esporos penetram pele, TGI ou pulmão
 Fagocitado por macrófagos
 Transportado para linfonodos regionais
 Germinação em nodos regionais,
mediastianais (inalatório)
 Produção local de toxinas
 Edema e necrose
 Bacteriemia e toxemia
 Implantação em outros sistemas orgânicos
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Patogênese
Fator de Edema Antígeno Protetor Fator Letal
(FE) (AP) (FL)
MW 89,000 MW 83,000 MW 90,000

Aumento AMPc

Lise do
Edema Local
Macrófago
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Antraz Cutâneo

Mortalidade
20%
dos casos
não tratados
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Antraz Cutâneo

7º dia
4º dia
2º dia
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Antraz Cutâneo

Formação de escara

Edema e lesões típicas

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Antraz Cutâneo

Úlcera e anel vesicular

Escara negra com vermelhidão
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Antraz Cutâneo
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Antraz Cutâneo
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Antraz Inalatório

Mortalidade
90%
dos casos
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Antraz Inalatório

Alargamento de Mediastino Derrame Pleural

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Antraz Inalatório
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Antraz Inalatório
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Antraz Gastrointestinal

Mortalidade
40%
dos casos
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Antraz Gastrintestinal
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Tratamento
 Penicilina G. Poucos B. anthracis tem
resistência. Doses de 6 em 6 horas, 2
milhões de unidades por vários dias. Depois
de melhora da lesão, administrar por mais 7
a 10 dias V.O.
 Para alérgicos a penicilina, as alternativas
são: estreptomicina, eritromicina, tetraciclina
e cloranfenicol.
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Tratamento
 Não deve ser feita nenhuma cirurgia de
excisão da lesão. Deve-se apenas cobrir a
lesão com um curativo estéril.
 Edema acentuado no pescoço pode exigir
intubação ou traqueostomia.
 Antraz por inalação ou gastrointestinal, doses
da ordem de 24 milhões de unidades por dia
de penicilina G
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Prognóstico
 Antraz cutâneo: se tratado, mais de 99% de
cura. Se não tratado, taxa de letalidade de 20
a 25%.
 Antraz gastrointestinal: taxa de letalidade de
25 a 75%.
 Antraz por inalação: taxa de letalidade de 80
a 100% dos casos.
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Bacilo
Antraz Vacina Exposição
ao bacilo do
Antraz
Antígeno
Protetor (AP) Fator Letal Fator de
FL FE Edema
AP AP
filtrado

Doença
e
Morte

Vacina contém AP Sistema imune

extraído de bacilo desenvolve anticorpos Anticorpos neutralizam AP,
enfraquecido não- (Y) para AP, parte comum da toxina do
letal. protegendo contra Antraz.
infeccção..
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Vacina
14 dias 14 dias

Dose 1 2 3 4 5 6

12 meses

18 meses
6 meses
4 semanas
0

2 semanas

150 dias 180 dias 180 dias

da 3a dose

 Seis injeções em 18 meses, mais reforço anual

 Não comprima o calendário
 Ajuste o calendário para atrasos individuais
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}
Pele
Tecido
subcutâneo
Deltóide
Músculo
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Bioterrorismo
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Bioterrorismo
 Esporos sobrevivem por longo período
 Esporos espalham-se pelo ar
 Infecção alastra-se no decorrer de uma
semana
 Assinou-se tratado entre 143 países que
bane seu uso
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Bioterrorismo
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Bioterrorismo
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Bioterrorismo
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