SEMINRIO IV Redes de Conhecimento !!!

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SEMINÁRIO IV

REDES DE CONHECIMENTO

Helga Schlüter Barbarini


Monica Luiza Graça de Ferrante
Nicoli Beltramin Scheffer
Vitor Lourenço Brum
Nilda Alves

Professora titular da UERJ, onde coordena o Laboratório


Educação e Imagem (www.lab-eduimagem.pro.br).

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Texto Base:Redes Cotidianas de Conhecimento e Valores
nas Relações com a Tecnologia
Modos como o conhecimento é
produzido
Metáfora da Árvore

Modo Hegemônico da Sociedade Moderna;


Caminho hierarquizado e linear;
Compactua com lógica dominante
O aluno/professor nada sabe, é preciso ensinar tudo
A partir desta lógica, seguem-se os
mecanismos de:
SELEÇÃO:
o que deve e o que não deve ser ensinado

HIERARQUIZAÇÃO:
O que é mais importante, o que é sem importância
Disciplinarização
1) Disposição da ciência e do conhecimento
em disciplinas.
“Essas disciplinas são aquelas nas quais estão os
conhecimentos considerados necessários e
aceitáveis para serem escolarizados para o que
precisam ser traduzidos para uma linguagem
pedagógica”
(ALVES,p.5)
2)Formar corpos dóceis (concepção foucaultiana)
Grupalização
Separação da sociedade em grupos
Normalização
Diz do usual, do “naturalmente”, do normal aceito
para cada grupo social.
Modos como o conhecimento é
produzido
REDES DE CONHECIMENTO

Redes cotidianas/conhecimento em redes


Redescobrir a lógica do que sempre usaram
Conhecimento em rede: sem caminhos obrigatórios
sem hierarquias
A REDE
“Múltiplos percursos para ir de cada ponto a cada
ponto. A rede implica e permite uma racionalidade
aguçada, mais complexa.A noção de complexidade, ou
melhor de complexificação, a idéia segundo a qual o
pensamento vai do complexo ao mais complexo, tal
como a própria prática social.Pode-se supor que hoje,
uma série de procedimentos analíticos envolvendo o
espaço e suas “implicações” técnicas vão se deslocar da
árvore para a rede, inclusive a análise do espaço mental
e social, do conhecimento, da linguagem, dos processos
sociais , da realidade urbana.”
(Lefebve,1983,p.35-36)
“A grande diferença introduzida
por esta nova forma está no
critério dominante na mesma e
cujo referencial básico é a prática
social.”(ALVES,p.7)

“Práticateoriaprática”
O reencontro com o empírico, com o cotidiano, com
o uso.
Contextos Cotidianos
1) O doméstico( o exemplo)
2) O da produção(aprendizagem)
3) O de mercado(concorrência)
4) O da comunidade(c0nvivencia social)
5) O da cidadania(participação social/força social)
6) O da mundialidade(virtualidade)
“ Nossa formação/educação cotidiana, portanto se faz
por processos complexos e em contato com
múltiplos saberes transversais” (ALVES,p.8)
“Cada aluno/aluna e cada
professor/professora que entra no
espaçotempo escolar carrega consigo a rede
de subjetividade que é.”

“O conjunto de conhecimentos cotidianos,


criados e trançados uns nos outros nos múltiplos
contextos cotidianos nos quais todos nós
vivemos, forma o que se pode ser chamado de
conhecimento praticado”(ALVES,p.12)
“ Arriscando mais, diríamos que só é possível entender
um sistema tal qual o de redes de significados,
representações e conhecimentos, se entendermos a
dinâmica de sua formação. Ou seja, identificar aspectos
das redes significa entender como são tecidas, e
entender como são tecidas, significa identificar seus
aspectos.logo, as redes só existem enquanto são tecidas.
Não são resultados, não são produtos, não existem
enquanto elementos particulares, quantificáveis.elas se
esgotam, se desfazem, durante o próprio processo de
sua produção.Mas como esse processo é continuamente
desencadeado, as redes(...), nunca se esgotam enquanto
produções”(FERRAÇO,2000.p.30)
Redes de conhecimento e tecnologia
“Buscando compreender os processos curriculares
cotidianos é preciso que nos ponhamos a entender,
antes, que conhecimentos os alunos tanto como os
professores já dominam, relativos aos meios tecnológicos,
bem como a relação concreta que mantém com os
mesmos.” (ALVES p. 20)
“...todos (professores)... criam, fora de seu
tempoespaço, inúmeras redes de contato
com a tecnologia. Nestas não só adquirem
informações, como criam conhecimentos,
entre outros e inúmeros aspectos, sobre
como trabalhar o meio e como ser
professor/professora que usa tecnologia.”
(ALVES, p. 20)
No desenvolvimento desta questão, é necessário
que se tenha o entendimento de que a apropriação,
o uso e a criação de tecnologias pelo professor e ,
portanto, a inclusão dos mesmos durante a sua
formação acadêmica e durante seus tantos anos
de prática profissional, estão inseridos entre os
direitos de posse e utilização do patrimônio
cultural produzido pela humanidade.
(ALVES, p.21)
Sua negação sistemática, seja pela posição de que “o bom
professor ensina até debaixo de um coqueiro”, seja pela
idéia de que ao ensinar o seu uso estaremos nos
“corrompendo em nossa pureza rousseaniana”, ou seu
mero consumo técnico, não correspondem às posições,
hoje, necessárias para se lidar com as questões de
direitos nos tempos presentes. Inserir o trabalho com
tecnologia na formação (inicial/continuada) de
professores como direito do exercício do magistério exige
muito mais do que a sua simples enumeração, o elenco
de suas possibilidades ou as suas técnicas de consumo.
(ALVES, p. 21)
Redes de Conhecimento

Passagem do currículo fechado, definido, para um


currículo aberto isso significa algo não linear,
não previsível e nem seqüencial - trabalha o
conhecimento em rede.

Conhecimento em rede sugere um entrelaçamento, uma


multiplicação de interseção, interação, reversão, processo
que se constrói na criação/produção,
elaboração/reelaboração do conhecimento.
Os conhecimentos são tecidos cotidianamente pelos
professores, dentro da diversidade de contextos
culturais por eles vividos na articulação entre ação, razão
e emoção.
Alimentação: visitar mercados, verificar condições de
embalagens, prazos de validade.

Saneamento básico: visita a estação de


tratamento,purificação da água, cloro.

Quando se trabalha em rede acontece a


articulação entre os conteúdos.
• O cotidiano escolar e os currículos em redes são
extremamente ricos em dinâmicas imprevistas, complexas
e multifacetadas que caracterizam as relações não-lineares
dessas redes.

• O desafio maior ao trabalhar com essas práticas não é levá-


las a um fechamento, mas correlacionar às transformações.

• Só é possível entender um sistema tal qual o de redes de


significados, representações e conhecimentos se entendermos
a dinâmica de sua formação.
A proposta curricular em rede da “Escola Vitória”e sua
materialidade: um projeto em construção

• Implementação da proposta do “currículo em rede” em


2001, objetivando solucionar os problemas cotidianos;
• Defasagem em relação aos pré-requisitos para a série
que cursavam;
• Coletivamente foi alterado os conteúdos programáticos;
• Em 2002 a perspectiva adotada seria por projetos;
• Projetos voltados para a valorização e o resgate da auto-
estima.
“ O reconhecimento e a aceitação de todos estes fatos
como problemáticas na formação e na atuação dos
profissionais de educação exige, mais uma vez, que se
afirme a necessidade de se entender, discutir e negociar
com múltiplos conhecimentos tecidos nas e entre as
várias redes dos contextos cotidianos que estão muito
além dos espaçotempo escolar, ou seja, dos cursos nos
quais pensamos ensiná-los .” (ALVES p. 20)

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