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Sem medo podemos dizer que as ciências ocultas podem ser divididas entre
antes e depois do Livro do Prazer. Da mesma forma a escalada pessoal de
cada um que lê-lo não ficará indiferente ao seu conteúdo. Ele cobre os
fundamentos da sigilização, o controle da mente subconsciente, a criação de
alfabetos mágicos e a prática da postura da morte.
Esta versão que o projeto Morte Súbita inc trás até você é baseada na edição
original de 1913 e é um verdadeiro mergulho num livro tão original que a
maior parte do movimento ocultista até hoje ainda não o entendeu. Um
mergulho sem volta.
Prefácio
A obra de arte que amamos é aquela, como na frase de Sra. Mountstuart de
Meredith, que tem um perfil vago, e é lançada para ser compreendida, não
dissecada.
Homem que daria forma aos nossos vagos pensamentos, e que iria sugerir e
simbolizar ideias abstratas pictorialmente, deve tomar sua tarefa com um
equipamento técnico completo ou logo de inicio seria um convite ao desastre,
e se, ao se olhar para alguns destes desenhos a lápis, estaremos inclinados a
nos ressentirmos de uma frugalidade de invenções tão negligente ao que
parece a primeira vista uma afirmação incoerente, deveríamos olhar os
desenhos a lápis e tinta, “The Psychology of Ecstasy”, e ali ver uma trabalho
completo, uma obra da qual, o supérfluo eliminado, emerge uma vitalidade tão
controlada e concentrada que nos satisfaz logo de inicio, até mesmo se
ficarmos intrigados quanto ao seu significado, o que, em apresentação mais
íntima, desvelar alguns de seus segredos. Retorne agora a maioria dos
desenhos, e não deveríamos nós estarmos contentes de podermos observar o
nascimento de ideias pictóricas? Não deveríamos nos deleitar nestas formas
que brotam de formas, estas linhas saltando como chamas do papel?”
Podemos reprovar Spare em uma coisa ele nos deu demais, e não fomos capaz
de digerir! Agora ele vem em nosso auxílio com este livro mágico, os
desenhos que podem ser tidos como explicações do texto – seu credo – e
enquanto alguns poderão estar interessados principalmente nesta revelação das
obras da mente do artista, outros através da mesma revelação poderão ver a si
mesmos mais claramente como realmente são, e sem dúvida poderão estar
tentados a seguir esta trilha para uma vida mais prazerosa, ao Prazer (Amor
Próprio) que dá título ao livro, e pode ser interpretado como o Êxtase da
Completa Auto-Realização.
Definições
As palavras: Deus, religiões, fé, moral, mulher,etc (sendo estas formas de
crença), são usadas expressando diferentes “meios” como desejo controlador e
de expressão: uma ideia de unidade através do medo de uma forma ou outra
que deve levar a escravidão os limites imaginados pela ciência que adiciona a
alto preço uma polegada a mais na nossa altura: não mais.
Kia: A liberdade absoluta na qual ser livre e poderoso o suficiente para ser
“realidade” e livre a qualquer tempo: portanto não é potencializada ou
manifesta (exceto por sua possibilidade instantânea) através de ideias de
liberdade ou “meios”, mas através do Ego que está livre para recebe-las ,
estando livre de ideias sobre isto e não acreditando. Quanto menos for dito
sobre isto (Kia) menos obscura ela será. Lembre-se que a evolução ensina
através de terríveis punições que a concepção é a realidade fundamental mas
não a liberdade de evolução fundamental.
Virtude: Arte Pura.
Ações são expressões de ideias unidas na crença; sendo inerentes elas são
obscuras, sua operação indireta, facilmente elas enganam a introspeção. Os
frutos da ação são bi-partidos, Paraíso ou Inferno, sua Unidade ou Vazio
( purgatório ou Indiferença). No Paraíso há o desejo pelas Mulheres, no
Inferno o desejo intenso. O Purgatório é a expectativa atrasada, Indiferença
mas desapontamento até o restabelecimento. E então verdadeiramente eles são
um e iguais. O sábio, prazer procura, tendo percebido que são “diferentes
graus de desejo” e nunca desejáveis, abandona a Virtude e Vicio e torna-se um
Kiaísta. Controlando o Tubarão de seu desejo ele cruza o oceano do princípio
dual e se engaja no amor próprio.
Alguns louvam a ideia da Fé. Acreditar que são Deuses(ou algo mais) os faria
tal- provando por tudo o que fazem, estarem plenos de não-crença. Melhor é
admitir incapacidade ou insignificância, do que reforçá-la através da fé; visto
que o superficial “protege” mas não muda o vital. Portanto rejeite o primeiro
pelo último. Sua fórmula é decepção e eles estão enganados, a negação de seu
propósito. Fé é recusa, ou a metáfora da Estupidez, daí ela sempre falhar. Para
tornar sua escravidão mais segura, os Governantes empurram as religiões pela
garganta de seus escravos, e sempre da certo; aqueles que escapam são
poucos, portanto sua glória é maior. Quando a fé acaba, o “Eu” permanecerá
só. Outros menos tolos, obscurecem a mente com a ideia de que Deus é uma
concepção deles mesmos,e como tal sujeito a lei. Então, esta ambição de fé,
será tão desejável? Eu próprio, ainda não vi um homem que não seja Deus.
Seja místico.
Alguns acreditam na prece… ainda não aprendeu que tudo que for pedido sera
negado? Que isto seja a raiz de nosso Evangelho. Oh, tu que estas vivendo a
vida de outras pessoas! Ao menos que o desejo seja subconsciente, ele não se
realiza, não, não nesta vida. Então dormir é melhor que rezar. Quiescência é
desejo oculto, uma forma de “não pedir”; através disto a fêmea obtém muito
do homem. Utilize a oração (se você precisa orar) como um meio de exaustão,
e através disto você irá obter o desejo.
Alguns acreditam que tudo e qualquer coisa é simbólico, e pode ser transcrito,
e explicar o oculto, mas daquilo em que eles não acreditam. (Grandes
verdades espirituais?) Então argumente uma metáfora, confundindo com
cuidado o óbvio que desenvolve a virtude oculta. Esta corpulência não
necessária, contudo impressiva, não é revoltante? (O Elefante é grande
demais, mas extremamente poderoso, o porco embora nojento não alimenta o
desprezo do nosso bom gosto.) Se uma homem não é um herói para o seu
serviçal, menos poderá ele permanecer um místico nos olhos dos curiosos;
conformidade ensina a bufonaria. Adorne seu significado, embora seja
censurável (como fato) , após você ter mostrado a sua honestidade. Verdade,
embora simples, nunca necessita de argumento da confusão pela obscuridade;
seu próprio simbolismo puro abraça todas as possibilidades como um “design”
místico. Tome seu lugar no senso comum e você incluirá a verdade que que
não pode mentir; nenhum argumento terá então prevalecido. A perfeita
proporção sugere nenhuma alteração e o que não tem serventia apodrece.
Esta e muitas outras doutrinas, são declaradas por mim como as perpetuadoras
do pecado e ilusão. Cada uma e todas dependentes de uma implicação
confusa, obscura e ainda criada da dualidade da consciência para seu prazer.
No medo eles vomitariam sangue fresco aonde eles veriam os frutos de suas
ações e prazeres. Assim acreditando em doutrinas amplamente diferentes ,
eles são pelo principio dual, parasitas necessários um do outro. Como drogas e
a faca do cirurgião, eles simplesmente anulam ou no melhor dos casos
removem o efeito. Eles não podem mudar ou remover a causa fundamental (a
lei).” Oh, Deus, tu és o ambiente estagnado.”
Tudo é charlatanismo: estas religiões cuja própria existência dependem de seu
fracasso, são tão cheias de pobreza e confusão, tem somente multiplicado os
argumentos, assim como são cheias de argumentos elas são perniciosas, tão
coroadas de não-essências, sendo tão estéreis de qualquer prazer livre nesta
vida ou outra, eu não poderia sus tentar suas doutrinas. Seu critério para o
prazer-morte. Seria melhor o homem renunciar a todas elas, e abraçar o seu
próprio e invencível propósito. Ele não pode ir mais longe, e isto é a sua única
libertação. Através disto ele poderá colocar seu prazer aonde desejar, e
encontrar a satisfação.
O devorador de religiões
Kia, em sua Manifestação Transcendental e Concebível. Ela não necessita de
nome, para designá-la. Eu a chamarei de Kia e não ouso reivindicá-la como a
mim mesmo.
A Kia que pode ser expressa por ideias concebíveis, não é a Kia eterna, que
destrói toda a crença mas é o arquétipo do “eu” , a escravidão da mortalidade.
Esforçando para descrever “ela”, escrevo o que poderá ser mas não
usualmente chamado do “livro das mentiras”. A não ortodoxia do que é
original – uma “visão” valente que transmite de algum modo através do
incidental, cuja a verdade está em algum lugar além.
A Kia poderá vagamente ser expressa em palavras como o “Nem uma Coisa
nem Outra”, o “Eu” não modificado na sensação de onipresença, a iluminação
simbolicamente transcrita no alfabeto sagrado, e do qual falarei. Sua
emanação é a sua própria intensidade, mas não necessidade, ela existe e
sempre existirá, o quantum virgem através de sua exuberância ganhamos
existência. Quem ousa dizer onde, porquê e como ela se relaciona? Através do
trabalho do tempo o descrente habita o seu limite. Não se relacionando mas
permitindo todas as coisas, Isto foge a concepção, embora seja a quintessencia
da concepção como o que permeia o prazer no significado. Anterior ao Céu e
Terra, em seu aspecto que transcende estes, mas não inteligência ela poderá
ser tida como o principio sexual primordial, a ideia do prazer no no amor-
próprio.
Somente ele que alcançou a postura da morte pode compreender esta nova
sexualidade é o seu amor todo poderoso satisfeito. Ele que é sempre servil a
crença, entupido de desejo, identifica-se com tal e não pode enxergar nada
além de suas infinitas ramificações na não Satisfação. A progenitora de si
mesma e todas as coisas, mas não se parece com nada, esta sexualidade em
sua simplicidade primitiva, incorpora o eterno. O tempo não a mudou, por isso
a chamo de nova. Este princípio sexual ancestral , e a ideia do eu, são uma só
e as mesmas, esta semelhança sua exatidão e infinitas possibilidades, a
dualidade primordial, o mistério dos mistérios, a Esfinge dos portais da
espiritualidade.
Poderemos nós nada além de imitarmos a sua lei, toda a criação sem comando
se uniria e serviria a nosso propósito em prazer e harmonia. Kia
transcendendo a concepção, é imutável e inesgotável, não há a necessidade de
iluminação para vê-la. Se abrimos as nossas bocas para falar dela, não é dela
mas de nossa dualidade; que seja poderosa em sua simplicidade primordial.
Kia sem conceber, produz seus encontros como a plenitude da criação. Sem
afirmação, a mais poderosa das energias, sem insignificância ela poderá se
parecer a menor dentre todas as coisas. Sem distinção, ela não tem
favoritismos, mas nutre a si mesma. No medo toda a criação, a reverência,
mas não exalta a sua moral, de modo que tudo morre não formosamente.
Favorecemos a nós mesmos com o poder que concebemos dela, e ela age
como uma mestra, nunca a causa da emancipação. Assim para sempre do “Eu”
devo eu amoldar Kia, sem semelhança, mas com o que pode ser tido como a
verdade. Desta consulta nasce a escravidão, não é pela inteligência que nos
livraremos. A lei de Kia é sempre propósito original, indeterminado, sem
mudança de emanações,através de nossa concepção elas se materializam e são
de dualidade, o homem toma as suas leis desta refração, suas ideias
’realidade’.
Com o que ele equilibra seu êxtase? Medida por medida de intensa dor,
tristeza, e desgostos. Com o que faz a sua rebelião? Com a necessidade de
escravidão. Dualidade é a lei, realização através do sofrimento, relaciona-se e
opõe-se através de unidades de tempo. Êxtase por qualquer período de tempo
é difícil de se obter, e tem que ser muito trabalhado.
Modificações
Através de inúmeras encarnações, nosso “eu” eventual é derivado dos
atributos com os quais dotamos o nosso Deus, o Ego abstrato ou principio
conceptivo. Toda a concepção e uma negação de Kia, dai nós sermos sua
oposição, nosso próprio mal. Somos o conflito do que negamos e afirmamos a
respeito de Kia. Seria como se não pudéssemos ser muito cuidadosos em
nossa escolha pois ela determina o corpo que habitamos.
Estranho que ninguém se lembre de estar morto? Você alguma vez já viu o
Sol? Se você já viu então não viu nada morto – a despeito de suas crenças. O
que é mais morto, “você” ou este corpo? Qual de vocês dois tem o maior grau
de consciência? A julgar pela expressão somente – qual de vocês parece estar
apreciando mais a Vida? Talvez esta “crença” na morte seja a “vontade” que
tenta a “morte” para a sua satisfação, mas não pode te dar nada além de sono,
decomposição, mudança, inferno?
Qual é a “feiura” que ofende? É o vago conhecimento de que você irá ter de
mudar seu pensamento – que você está germinando o que você contém? Você
está sempre se lembrando do que esqueceu; hoje poderá ser o dia do ajuste de
contas – de acreditar através da força no que você desacreditou? Agora se hoje
e ontem em tudo menos na aparência – então amanhã também é hoje – o dia
da decomposição: Diariamente é este universo destruído, é por isso que você é
consciente! Não há Vida e Morte? Tais ideias deveriam ser pura comédia.
Não Há Dualidade?
Você é consciente da alegre Borboleta que observa e você é consciente de ser
“Você”; a borboleta é consciente de ser “ela” e como tal, é uma consciência
tão boa e igual a sua, isto é, do seu ser “você”. Portanto esta consciência de
“você” que vocês dois sentem é o mesmo”você”? Portanto, vocês são um e os
mesmos os mistérios dos mistérios e a coisa mais simples no mundo para ser
entendida: Como você poderia ser consciente do que você não é? Mas você
deveria crer de um modo diferente? Então, se você magoa a Borboleta você
magoa a si mesmo, mas a crença de que você não magoa a si mesmo te
protege de se magoar – por algum tempo! A crença se cansa e você é
estupidamente magoado! Faça o que tu queres – crença é sempre a sua própria
inconsistência. O desejo contém tudo, daí você deve acreditar em tudo- se
você crê: Crença parece excluir o senso comum.
A Alegoria
Grandes cientistas estão descobrindo as propriedades mortais dos micróbios
que eles descobriram que nós respiramos, e que de acordo com seus cânones
deveriam nós destruir; deveríamos já estar mortos? Tenha fé! Os cânones da
ciência estão bem certos, eles não desapontam a dúvida. Nossa grande
familiaridade – este “impulso ao conhecimento” certamente nos trará a doença
e a morte que eles trazem: E também nos dão em compensação os seus
poderes de destruição! Para a destruição de quem? As coisas serão ajustadas!
É este o valor da vontade? Este “desejo – de poder” – como é preservador de
vida! Que distante de uma seleção discriminadora! Quão agradável! Os mais
nobres exploradores! Ó vós cientistas! – prossigam na descoberta do Abismo!
Quando você estiver encharcado de ciência – o relâmpago denunciará o
assassinato? Uma nova esperança nascerá? Novas criaturas para o circo? (A
concepção do) Deus deve sempre desenvolver a sua inércia para a
transmutação de seu próprio Oposto, porque ela o contém!
Não há um fato científico, ele sempre implica em seu oposto como fato
semelhante, este é o “fato”. Então porque se perturbar em provar que algo é
fato? Esta vã esperança de provar finalidade é morte em si, então porque
mistificar o “Desejo”? Você provou (através da matemática!) que o sol está a
milhões de milhas distante de ’você’ – você irá agora melhorar a sua
eficiência; Natureza—este impulso para a antítese de suas verdades, logo
provará (através da matemática e na hora que você o desejar! ) que o Sol não
existe de modo algum! Ou se você desejar – ela provará conclusivamente que
o Sol está milhões e milhões de milhas mais distante ou milhões de milhas
mais perto do que você jamais imaginou. Que pensador mais extraordinário!
Estes fatos e outros já são conhecidos da borboleta, dos piolhos, dos insetos –
e talvez de você mesmo? Quais os sentidos que são mais verdadeiros – os seus
ou os de uma mosca? Você irá eventualmente adotar a visão dela – seus
pensamentos e sabedoria – você já foi uma alguma vez? Você o é agora mas
não as despertou – você o será novamente em poder! Espantoso progresso!
Que realizações tão meritórias! Tão cruéis! O progresso deveria ser
cuidadosamente examinado e o que você obteve através da conveniência da
ciência.
Crença é sempre o seu próprio tentador a crer de um modo diferente; você não
pode acreditar na liberdade mas você pode estar livre da crença? Tão pouco
pode você acreditar na “Verdade” mas você não necessita se comprometer. O
modo de Vida não é pelos “meios” – estas doutrinas – minhas doutrinas muito
embora elas permitam ao devoto auto-nomeado imitar a minha realização—
que eu fique ruborizado! O homem das tristezas é o Mestre! Eu ensinei—
deveria eu ensinar a mim mesmo ou a ti novamente? Não por uma dádiva dos
Céus ! Maestria iguala-se ao aprendizado – iguala-se ao constante não-
aprendizado! Todo Poderoso é ele que não aprendeu e poderoso é o bebê – ele
tem somente o poder de assimilar!
O mais solecístico dos tolos agora pergunta “como poderemos escapar das
inevitáveis evoluções da concepção – pois tudo está sempre fecundando”?
Minha resposta tolerará a todos os meios, todos os homens, todas as
condições. Ouça, Oh, Deus que és, embora sejas Deus. Quando a mente não é
uma capacidade adicional em perceber, o impossível torna-se conhecido;
através do simples estado de “Nem uma Coisa Nem Outra” o Ego torna-se o
Observador Silencioso e fica sabendo sobre tudo isso! o “Por que” e “Como”
do desejo está contido dentro do místico estado de “Nem uma Coisa Nem
Outra” e o bom senso prova que este é o estado do leite, o mais nutritivo!
Palhaço como sou – embora todas as minhas ideias tenham partido daí (e, meu
amigo, todas as suas), mas sempre fui um mandrião – um velho pecador que
via outros mais poderosos antes de si mesmo.
Postura da Morte
Ideias do Eu em conflito não podem ser assassinadas, através da resistência
elas são uma realidade – nenhuma Morte ou sagacidade as sobrepujou, mas é
o seu reforço de energia. O morto nasce novamente, e novamente repousa no
ventre da consciência. Ceder a maturidade é declarar a decadência quando é
através da não resistência, é retrocesso a simplicidade primordial e a passagem
ao original é unidade sem a ideia. Desta ideia, esta fórmula de não-resistência
germinando. “Não importa – agrade a você mesmo.”
A concepção do “eu não sou” deve por necessidade seguir a concepção de “eu
sou”, por causa de sua gramática, assim como seguramente neste mundo de
tristezas a noite vem após o dia. O reconhecimento da dor como tal, implica
na ideia de prazer, e assim com todas as ideias. Através desta dualidade deixe-
o lembrar de rir todas as horas, reconhecer todas as coisas, não resistir a nada;
então não há conflito, incompatibilidade ou compulsão como tal.
Neste dia poderá haver deliberação. Sem dependência, o que você deseja
acreditar pode ser realidade. “Ele” (*5) é adulado através desta imitação, a
verdade revelada a mim através de todos os sistemas de governo mas ele em si
não é governado? Kia, o gozo supremo. Esta é a Ciência gloriosa de agradar-
se a si mesmo através de um novo acordo, a arte do Amor Próprio através do
reconhecimento, a Psicologia do Êxtase através da não – resistência.
Notas:
*1 Assexuado
*3 O Ego
O Ritual e Doutrina
Deitado de costas preguiçosamente, o corpo expressando a emoção de bocejar,
suspirar, enquanto concebendo através do riso, esta é a ideia da postura.
Esquecer do tempo com aquelas coisas que são essências refletindo a sua falta
de sentido, o momento está além do tempo e a sua virtude aconteceu.
De pé, na ponta dos pés, com os braços rígidos, una atrás as mãos,
entrelaçadas e esticando o máximo, o pescoço esticado – respirando profunda
e espasmodicamente, até que uma tonteira e uma sensação que vem em
rajadas, deem exaustão e capacidade para a primeira.
Fitando o seu reflexo até que ele torne-se nublado e você não reconheça-se,
feche os olhos (isto usualmente acontece involuntariamente) e visualize. A luz
(sempre um X em curiosas evoluções) que é vista deve ser mantida, nunca a
deixando partir, até que o esforço é esquecido, isto dá uma sensação de
imensidão (que reflete uma pequena forma ), cujo limite você não pode
alcançar. Isto deveria ser praticado antes de se experimentar o que se segue. A
emoção que é sentida é o conhecimento que te responde o porquê.
Além disto está algo arbitrário, o que interrompe, o que ordena a lei, a imitá-la
através da “razão” não passa de amaldiçoar as consequências. Razão é crença,
crença é medo de sua capacidade, a fé de que você não é todas as maravilhas
da criação, abandonar a possibilidade de ser o criador. E atraso… O poço da
crença recebe todas as terríveis aversões da vitalidade. Crença não é liberdade.
Crença cria a sua experiência necessária, o progresso germina em retrocesso.
Considere a realidade em qualquer lugar – e a sua crença poderá ser muito
pequena para a sua habitação. Oh, vós que tens muita fé em Deus, mergulhe
nisto através da adoração do eu! Ah! tolo homem, adore o glorioso em
liberdade. Quando a morte se aproxima, a fé em Deus e o desejo das mulheres
não te salvarão, para que servem eles quando o embranquecimento e
decadência se instala e o corpo torna-se um objeto de repulsa? E qual a
serventia do conhecimento e caridade quando a realidade é conhecida?
Desembainhe a espada do eu. Ideias do Todo Poderoso deveriam ser
constantemente mortas e qualquer proibição deveria ser questionada.
Quem quer que seja que estude sua natureza um pouco, deve ele o “eu”
investigar com extraordinária conduta. Ele pode compelir qualquer coisa sem
ofender. Assim como a tendência dos mais cheios de desejos cessa diante da
publicidade e morte, assim o faz a moral diante do perfeito prazer. Um
lampejo da verdade nasce da pureza no amor – quando o desejo é sem medo,
quando ele não deseja possessão. Quando o pensamento é preenchido pela
visão. O foco que é todo prazer perde-se na vontade dele, ele é atração, o
centro de atenção das mulheres. Quando o princípio da crença é isento de fé,
estéril em possuir ideias de Deus – ele é indestrutível. Somente quando não há
medo de qualquer forma há a realização da identidade com a realidade
(liberdade).
Para elas não há perigo na negligência, não havendo discriminação. Para ele
que é cônscio da diferença mais sútil há medo. Enquanto houver percepção de
auto-recriminação ou consciência, haverá dor germinando: não há liberdade.
Ele que acredita em tudo que percebe ou imagina, incorre em pecado.
Acreditando sem sentir perturbação, esquecendo as ideias de externo e
interno, ele considera tudo como ‘eu’, e é a consciência da não resistência, não
tem horizontes: ele é livre. Vendo os olhos brilhantes, bocas que se parecem
botões de rosas, seios e traseiros de bonitas mulheres, você se torna
amorosamente atraído, mas se você tiver medo, lembre-se constantemente de
que elas são simplesmente os seus bem cuidados ‘carne e osso’ após a tortura.
O espaço entre o eterno e o “eu”, não é uma doutrina moral? Não acreditando
em tudo acredita-se e, assiduamente sem ansiedade não acreditando ( pelo
processo do ” Nem uma Coisa Nem Outra”), o princípio torna-se simples e
cósmico o suficiente para incluir o que você está sempre desejando, e você
está livre para acreditar no que era impossível. O desejo é tão poderoso ele
não pede permissão, e não sofre consequências, mas o êxtase de sua
possessão. Contra ele nada pode agir; ele queima, como celuloide jogado em
uma fornalha – a velha loucura de prometer coisas em favor de uma “outro”
imaginado. A mão está a liberdade do Paraíso, o Caminho, a Verdade, e a
Luz, e nenhum ouse dizer isto por si mesmo mas através de mim, na Verdade
eu sozinho sou “Eu”, minha vontade incondicionada é mágica. Aqueles que
viveram muito em suas naturezas irão de algum modo se sentir familiares com
tal sensação, quão pobre ela possa ser.
Você é fogo embora você esteja chamuscado: Porque você “desejou” a crença
(de modo diferenciado ou não – não faz diferença) e o ciclo da crença
prossegue e sempre obriga, então um dia você acreditará diferente e o fogo
não mais machucará… estará você salvo? Haverão outros meios de magoá-lo?
Oh, desejo, ouça! No que diz respeito à virulência o desejo espiritual é tão
fatal quanto o sensual. Aspiração em relação ao “supremo” é uma rede de
desejos mortais por causa da covardia que dentro habita, portanto, alguma
sabedoria não satisfeita aguardando a exploração para sofrer a sua evolução.
Não há sabedoria final – não há desejo final. Como pode algo acabar? O hoje
já terminou? Estas coisas são sem fim.
Uma pessoa deseja coisas deste mundo, mas aonde esta a diferença de desejar
o “Supremo Gozo”? Qual é o mais egoísta? Qual é o que está mais perto de
você? Qual agrada mais ao Criador? Você tem certeza dos desejos do Criador
e estará você certo quanto aos seus próprios desejos? Será você o Criador ou
somente você mesmo, enquanto você afetuosamente imagina o seu conteúdo?
Todos estes desejos, o quão poderosos possam ser, você encarnará um dia –
sim, fotografe. Estas coisas já existem – muito breve você terá fotografias
espirituais (não forjadas) – mas não com a câmera que você atualmente usa. O
pioneiro é sempre o velho tolo. Uma reflexão: alguns espíritos já são
fotografados – os micróbios.
Você está livre do desejo de algo? Crença é desejo eterno O desejo é a sua
própria crueldade, os grilhões que fazem a mão trabalhar era algum mundo —
desconhecido; nada está sempre morto e nenhum pensamento morre, o mestre
torna-se o escravo e a posição se alterna; há muito que você acredita nisto,está
na carne de suas gerações com o mais impiedoso Juiz: A zombaria de todas as
suas mudanças ou a inversão de seus valores: Esta constante maldição e
blasfêmia — não haverá mais alívio no conhecimento do nascente e inflexível
mestre que impõe tarefas? Não está os nossos corpos manchados com seu
sangue? Não esteve o mundo sempre ensanguentado? Não são os nossos
prazeres senão uma pausa para beber o sangue da matança? Oh, mentirosos
determinados, vós ainda não conhecem a mentira, ela pode ser a Verdade!
Graças a isto sabemos. Vampirismo está mais que provado até mesmo através
de fortes conjecturas que sempre que sangue é chupado, isto é feito por um
morcego Vampiro, estando longe a possibilidade de isto ter sido feito por um
ser humano ou divino:
Portanto “Kiaize” o desejo através do “Nem Uma Coisa Nem Outra”, a mais
brilhante fórmula muito além da satisfação. O vácuo que tudo abraça e que
reduz “tudo” ao senso comum e sobre a qual o Universo repousa.
Portanto não creia em nada neste livro através do “Nem Uma Coisa Nem
Outra” , e dispense o conceito do “Nem Uma Coisa Nem Outra” usando o
“Nem Uma Coisa Nem Outra”, e acredite que isto “não é necessário” ou a
conclusão de agradar a si próprio, porque ele “Não precisa ser e Não importa”.