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Esta versão que o projeto Morte Súbita inc trás até você é baseada
na edição original de 1913 e é um verdadeiro mergulho num livro tão
original que a maior parte do movimento ocultista até hoje ainda não
o entendeu. Um mergulho sem volta.
Prefácio
A obra de arte que amamos é aquela, como na frase de Sra.
:
Mountstuart de Meredith, que tem um perfil vago, e é lançada para
ser compreendida, não dissecada.
Homem que daria forma aos nossos vagos pensamentos, e que iria
sugerir e simbolizar ideias abstratas pictorialmente, deve tomar sua
tarefa com um equipamento técnico completo ou logo de inicio seria
um convite ao desastre, e se, ao se olhar para alguns destes
desenhos a lápis, estaremos inclinados a nos ressentirmos de uma
frugalidade de invenções tão negligente ao que parece a primeira
vista uma afirmação incoerente, deveríamos olhar os desenhos a
lápis e tinta, “The Psychology of Ecstasy”, e ali ver uma trabalho
completo, uma obra da qual, o supérfluo eliminado, emerge uma
vitalidade tão controlada e concentrada que nos satisfaz logo de
inicio, até mesmo se ficarmos intrigados quanto ao seu significado, o
:
que, em apresentação mais íntima, desvelar alguns de seus
segredos. Retorne agora a maioria dos desenhos, e não deveríamos
nós estarmos contentes de podermos observar o nascimento de
ideias pictóricas? Não deveríamos nos deleitar nestas formas que
brotam de formas, estas linhas saltando como chamas do papel?”
Podemos reprovar Spare em uma coisa ele nos deu demais, e não
fomos capaz de digerir! Agora ele vem em nosso auxílio com este
livro mágico, os desenhos que podem ser tidos como explicações do
texto – seu credo – e enquanto alguns poderão estar interessados
principalmente nesta revelação das obras da mente do artista,
outros através da mesma revelação poderão ver a si mesmos mais
claramente como realmente são, e sem dúvida poderão estar
tentados a seguir esta trilha para uma vida mais prazerosa, ao Prazer
(Amor Próprio) que dá título ao livro, e pode ser interpretado como o
Êxtase da Completa Auto-Realização.
Definições
As palavras: Deus, religiões, fé, moral, mulher,etc (sendo estas
formas de crença), são usadas expressando diferentes “meios”
como desejo controlador e de expressão: uma ideia de unidade
através do medo de uma forma ou outra que deve levar a escravidão
os limites imaginados pela ciência que adiciona a alto preço uma
polegada a mais na nossa altura: não mais.
Alguns louvam a ideia da Fé. Acreditar que são Deuses(ou algo mais)
os faria tal- provando por tudo o que fazem, estarem plenos de não-
crença. Melhor é admitir incapacidade ou insignificância, do que
reforçá-la através da fé; visto que o superficial “protege” mas não
muda o vital. Portanto rejeite o primeiro pelo último. Sua fórmula é
decepção e eles estão enganados, a negação de seu propósito. Fé é
recusa, ou a metáfora da Estupidez, daí ela sempre falhar. Para
tornar sua escravidão mais segura, os Governantes empurram as
religiões pela garganta de seus escravos, e sempre da certo; aqueles
que escapam são poucos, portanto sua glória é maior. Quando a fé
acaba, o “Eu” permanecerá só. Outros menos tolos, obscurecem a
:
mente com a ideia de que Deus é uma concepção deles mesmos,e
como tal sujeito a lei. Então, esta ambição de fé, será tão desejável?
Eu próprio, ainda não vi um homem que não seja Deus.
Seja místico.
Alguns acreditam na prece… ainda não aprendeu que tudo que for
pedido sera negado? Que isto seja a raiz de nosso Evangelho. Oh, tu
que estas vivendo a vida de outras pessoas! Ao menos que o desejo
seja subconsciente, ele não se realiza, não, não nesta vida. Então
dormir é melhor que rezar. Quiescência é desejo oculto, uma forma
de “não pedir”; através disto a fêmea obtém muito do homem. Utilize
a oração (se você precisa orar) como um meio de exaustão, e
através disto você irá obter o desejo.
O devorador de religiões
Kia, em sua Manifestação Transcendental e Concebível. Ela não
necessita de nome, para designá-la. Eu a chamarei de Kia e não
ouso reivindicá-la como a mim mesmo.
A Kia que pode ser expressa por ideias concebíveis, não é a Kia
eterna, que destrói toda a crença mas é o arquétipo do “eu” , a
escravidão da mortalidade. Esforçando para descrever “ela”, escrevo
o que poderá ser mas não usualmente chamado do “livro das
mentiras”. A não ortodoxia do que é original – uma “visão” valente
que transmite de algum modo através do incidental, cuja a verdade
está em algum lugar além.
Poderemos nós nada além de imitarmos a sua lei, toda a criação sem
comando se uniria e serviria a nosso propósito em prazer e
harmonia. Kia transcendendo a concepção, é imutável e inesgotável,
não há a necessidade de iluminação para vê-la. Se abrimos as
nossas bocas para falar dela, não é dela mas de nossa dualidade;
que seja poderosa em sua simplicidade primordial. Kia sem
conceber, produz seus encontros como a plenitude da criação. Sem
afirmação, a mais poderosa das energias, sem insignificância ela
poderá se parecer a menor dentre todas as coisas. Sem distinção,
ela não tem favoritismos, mas nutre a si mesma. No medo toda a
criação, a reverência, mas não exalta a sua moral, de modo que tudo
morre não formosamente. Favorecemos a nós mesmos com o poder
:
que concebemos dela, e ela age como uma mestra, nunca a causa
da emancipação. Assim para sempre do “Eu” devo eu amoldar Kia,
sem semelhança, mas com o que pode ser tido como a verdade.
Desta consulta nasce a escravidão, não é pela inteligência que nos
livraremos. A lei de Kia é sempre propósito original, indeterminado,
sem mudança de emanações,através de nossa concepção elas se
materializam e são de dualidade, o homem toma as suas leis desta
refração, suas ideias ’realidade’.
Com o que ele equilibra seu êxtase? Medida por medida de intensa
dor, tristeza, e desgostos. Com o que faz a sua rebelião? Com a
necessidade de escravidão. Dualidade é a lei, realização através do
sofrimento, relaciona-se e opõe-se através de unidades de tempo.
Êxtase por qualquer período de tempo é difícil de se obter, e tem que
ser muito trabalhado.
Modificações
Algo está causando Dor e algo energiza a Agonia. Será que isto não
é causado através da Ideia latente de Suprema Alegria? E esta eterna
expectativa, este acúmulo de ornamentos em decomposição, este
pensamento sempre-presente e co-incidente com a vaidade que
precede a morte? Oh, pensamento esquálido, do mais mórbido mau
humor, como posso devorar-te e salvar minha Alma? Ele sempre
responderá – Preste as devidas honrarias; o Medico é o Senhor da
existência, esta superstição da medicina não é a essência da
covardia, o agente da Morte?
:
Estranho que ninguém se lembre de estar morto? Você alguma vez
já viu o Sol? Se você já viu então não viu nada morto – a despeito de
suas crenças. O que é mais morto, “você” ou este corpo? Qual de
vocês dois tem o maior grau de consciência? A julgar pela expressão
somente – qual de vocês parece estar apreciando mais a Vida?
Talvez esta “crença” na morte seja a “vontade” que tenta a “morte”
para a sua satisfação, mas não pode te dar nada além de sono,
decomposição, mudança, inferno?
Não é prova que você tenha existido antes? Que desculpa! Ninguém
voltou para nos contar? Que advogado do diabo! Você não passa do
que foi—mudou de alguma maneira? Você é o primeiro que
reencarnou para nada? “Quem sabe” são possíveis! Pode você agir
diferente do usual? Nunca me cansarei de assegurar que você
constantemente age diferente!
Não Há Dualidade?
A Alegoria
Postura da Morte
Ideias do Eu em conflito não podem ser assassinadas, através da
resistência elas são uma realidade – nenhuma Morte ou sagacidade
as sobrepujou, mas é o seu reforço de energia. O morto nasce
novamente, e novamente repousa no ventre da consciência. Ceder a
:
maturidade é declarar a decadência quando é através da não
resistência, é retrocesso a simplicidade primordial e a passagem ao
original é unidade sem a ideia. Desta ideia, esta fórmula de não-
resistência germinando. “Não importa – agrade a você mesmo.”
Notas:
*1 Assexuado
*3 O Ego
De pé, na ponta dos pés, com os braços rígidos, una atrás as mãos,
entrelaçadas e esticando o máximo, o pescoço esticado –
respirando profunda e espasmodicamente, até que uma tonteira e
uma sensação que vem em rajadas, deem exaustão e capacidade
para a primeira.
Fitando o seu reflexo até que ele torne-se nublado e você não
reconheça-se, feche os olhos (isto usualmente acontece
involuntariamente) e visualize. A luz (sempre um X em curiosas
evoluções) que é vista deve ser mantida, nunca a deixando partir, até
que o esforço é esquecido, isto dá uma sensação de imensidão (que
reflete uma pequena forma ), cujo limite você não pode alcançar. Isto
deveria ser praticado antes de se experimentar o que se segue. A
emoção que é sentida é o conhecimento que te responde o porquê.
Além disto está algo arbitrário, o que interrompe, o que ordena a lei,
a imitá-la através da “razão” não passa de amaldiçoar as
consequências. Razão é crença, crença é medo de sua capacidade,
a fé de que você não é todas as maravilhas da criação, abandonar a
possibilidade de ser o criador. E atraso… O poço da crença recebe
todas as terríveis aversões da vitalidade. Crença não é liberdade.
Crença cria a sua experiência necessária, o progresso germina em
retrocesso. Considere a realidade em qualquer lugar – e a sua
crença poderá ser muito pequena para a sua habitação. Oh, vós que
tens muita fé em Deus, mergulhe nisto através da adoração do eu!
Ah! tolo homem, adore o glorioso em liberdade. Quando a morte se
aproxima, a fé em Deus e o desejo das mulheres não te salvarão,
para que servem eles quando o embranquecimento e decadência se
instala e o corpo torna-se um objeto de repulsa? E qual a serventia
do conhecimento e caridade quando a realidade é conhecida?
Desembainhe a espada do eu. Ideias do Todo Poderoso deveriam ser
constantemente mortas e qualquer proibição deveria ser
questionada.
Quem quer que seja que estude sua natureza um pouco, deve ele o
“eu” investigar com extraordinária conduta. Ele pode compelir
qualquer coisa sem ofender. Assim como a tendência dos mais
cheios de desejos cessa diante da publicidade e morte, assim o faz a
:
moral diante do perfeito prazer. Um lampejo da verdade nasce da
pureza no amor – quando o desejo é sem medo, quando ele não
deseja possessão. Quando o pensamento é preenchido pela visão. O
foco que é todo prazer perde-se na vontade dele, ele é atração, o
centro de atenção das mulheres. Quando o princípio da crença é
isento de fé, estéril em possuir ideias de Deus – ele é indestrutível.
Somente quando não há medo de qualquer forma há a realização da
identidade com a realidade (liberdade).
Uma pessoa deseja coisas deste mundo, mas aonde esta a diferença
de desejar o “Supremo Gozo”? Qual é o mais egoísta? Qual é o que
está mais perto de você? Qual agrada mais ao Criador? Você tem
certeza dos desejos do Criador e estará você certo quanto aos seus
próprios desejos? Será você o Criador ou somente você mesmo,
enquanto você afetuosamente imagina o seu conteúdo?
Portanto não creia em nada neste livro através do “Nem Uma Coisa
Nem Outra” , e dispense o conceito do “Nem Uma Coisa Nem Outra”
usando o “Nem Uma Coisa Nem Outra”, e acredite que isto “não é
necessário” ou a conclusão de agradar a si próprio, porque ele “Não
precisa ser e Não importa”.
Rafael Zen
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