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O Livro do Prazer: A Psicologia do

Êxtase – Austin Osman Spare


O Livro do Prazer (Auto-Amor)
também intitulado O Livro do
Êxtase ou Estudo sobre a
Psicologia do Amor é sem dúvida o
trabalho mais importante do genial
Austin Osman Spare, filósofo e
magista percursor e de certa forma
grande responsável pelo
nascimento da Magia do Caos. Seu
tema é a completa desconstrução
de universos conceituais como a
mais poderosa arma mágica que
um ocultista pode ter.

Sem medo podemos dizer que as


ciências ocultas podem ser divididas entre antes e depois do Livro
do Prazer. Da mesma forma a escalada pessoal de cada um que lê-lo
não ficará indiferente ao seu conteúdo. Ele cobre os fundamentos da
sigilização, o controle da mente subconsciente, a criação de
alfabetos mágicos e a prática da postura da morte.

Esta versão que o projeto Morte Súbita inc trás até você é baseada
na edição original de 1913 e é um verdadeiro mergulho num livro tão
original que a maior parte do movimento ocultista até hoje ainda não
o entendeu. Um mergulho sem volta.

Prefácio
A obra de arte que amamos é aquela, como na frase de Sra.
:
Mountstuart de Meredith, que tem um perfil vago, e é lançada para
ser compreendida, não dissecada.

Explicações, rótulos, nós rapidamente desconfiamos, mas após


nosso primeiro encanto é interessante que examinemos os alvos e
métodos do artista e apreciemos os pensamentos atrás deles.

Com seu primeiro livro de desenhos, o caótico e maravilhoso “Earth


Inferno” (1905), Austin Osman Spare nos deu explicações que, se
não acrescentam nada materialmente ao nosso deleite na vitalidade
dos ‘designs’, dificilmente poderiam ser dissociadas deles, e
aumentam o nosso interesse na personalídade de seu criador. Seu
segundo livro, “A Book of Satyrs” (1907), tratava de exposições
pictóricas, e, embora um avanço na técnica fosse aparente e a
concepção mais madura, este trabalho não foi plenamente
satisfatório como o primeiro. Desde a publicação destes livros a obra
de Spare progrediu, as melhores qualidades de cada um foram
mescladas e somadas para ter resultado em desenhos como “A
Postura da Morte”. Neste sentido não seria absurdo citar de minhas
notas, sobre um das mais importantes de suas exibições posteriores
a da Bailliê Gallery, Bruton Street, Londres, no final de 1911:

Homem que daria forma aos nossos vagos pensamentos, e que iria
sugerir e simbolizar ideias abstratas pictorialmente, deve tomar sua
tarefa com um equipamento técnico completo ou logo de inicio seria
um convite ao desastre, e se, ao se olhar para alguns destes
desenhos a lápis, estaremos inclinados a nos ressentirmos de uma
frugalidade de invenções tão negligente ao que parece a primeira
vista uma afirmação incoerente, deveríamos olhar os desenhos a
lápis e tinta, “The Psychology of Ecstasy”, e ali ver uma trabalho
completo, uma obra da qual, o supérfluo eliminado, emerge uma
vitalidade tão controlada e concentrada que nos satisfaz logo de
inicio, até mesmo se ficarmos intrigados quanto ao seu significado, o
:
que, em apresentação mais íntima, desvelar alguns de seus
segredos. Retorne agora a maioria dos desenhos, e não deveríamos
nós estarmos contentes de podermos observar o nascimento de
ideias pictóricas? Não deveríamos nos deleitar nestas formas que
brotam de formas, estas linhas saltando como chamas do papel?”

Podemos reprovar Spare em uma coisa ele nos deu demais, e não
fomos capaz de digerir! Agora ele vem em nosso auxílio com este
livro mágico, os desenhos que podem ser tidos como explicações do
texto – seu credo – e enquanto alguns poderão estar interessados
principalmente nesta revelação das obras da mente do artista,
outros através da mesma revelação poderão ver a si mesmos mais
claramente como realmente são, e sem dúvida poderão estar
tentados a seguir esta trilha para uma vida mais prazerosa, ao Prazer
(Amor Próprio) que dá título ao livro, e pode ser interpretado como o
Êxtase da Completa Auto-Realização.

Adicionarei uma palavra de agradecimento ao autor artista por sua


gentileza em dar me a oportunidade de escrever esta pequena nota,
e com a esperança de que o livro possa trazer uma sempre
crescente admiração por suas obras,abrirei o caminho para o amigo.

Setembro,1913. Ernest H.R.Collings

Definições
As palavras: Deus, religiões, fé, moral, mulher,etc (sendo estas
formas de crença), são usadas expressando diferentes “meios”
como desejo controlador e de expressão: uma ideia de unidade
através do medo de uma forma ou outra que deve levar a escravidão
os limites imaginados pela ciência que adiciona a alto preço uma
polegada a mais na nossa altura: não mais.

Kia: A liberdade absoluta na qual ser livre e poderoso o suficiente


:
para ser “realidade” e livre a qualquer tempo: portanto não é
potencializada ou manifesta (exceto por sua possibilidade
instantânea) através de ideias de liberdade ou “meios”, mas através
do Ego que está livre para recebe-las , estando livre de ideias sobre
isto e não acreditando. Quanto menos for dito sobre isto (Kia) menos
obscura ela será. Lembre-se que a evolução ensina através de
terríveis punições que a concepção é a realidade fundamental mas
não a liberdade de evolução fundamental.

Virtude: Arte Pura.

Vicio: Medo, crença, fé, controle, ciência e coisas semelhantes.

Amor Próprio: Um estado mental, humor ou condição causada pela


emoção do riso tornando-se o princípio que permite ao Ego
apreciação ou associação universal permitindo a inclusão antes da
concepção.

Exaustão: O estado de vacuidade levado pela exaustão de um


desejo através de alguns meios de dissipação quando o humor
corresponde a natureza do desejo,isto é, quando a mente está
preocupada pela não realização do desejo e procura alivio.
Dominando este estado de espírito e modo de viver a vacuidade
resultante sera sensitiva a sugestão sutil do Sigilo.

As diferentes Religiões e Doutrinas como


meios de se chegar ao Prazer, Liberdade e
Poder
O que há para se acreditar além do Eu? O Eu é a negação da
perfeição como realidade. Nenhum homem jamais viu a si mesmo
em tempo algum. Somos o que acreditamos e o que isto implica
através de um processo de tempo na concepção criação é causada
através da fórmula.
:
Ações são expressões de ideias unidas na crença; sendo inerentes
elas são obscuras, sua operação indireta, facilmente elas enganam a
introspeção. Os frutos da ação são bi-partidos, Paraíso ou Inferno,
sua Unidade ou Vazio ( purgatório ou Indiferença). No Paraíso há o
desejo pelas Mulheres, no Inferno o desejo intenso. O Purgatório é a
expectativa atrasada, Indiferença mas desapontamento até o
restabelecimento. E então verdadeiramente eles são um e iguais. O
sábio, prazer procura, tendo percebido que são “diferentes graus de
desejo” e nunca desejáveis, abandona a Virtude e Vicio e torna-se
um Kiaísta. Controlando o Tubarão de seu desejo ele cruza o oceano
do princípio dual e se engaja no amor próprio.

Religiões são a projeção da incapacidade, as imaginações do medo,


o venerador da superstição, que o paradoxo é a verdade, e muitas
vezes a ornamentação da imbecilidade. Como uma virtude na Ideia
para maximizar o prazer sem grandes custos, remita os seus
pecados e perdoe-os, a expressão da manipulação do medo
governante. Sim. O que você ordenou em sua religiosidade, é o seu
próprio suplício, imaginário embora o seja; O prospecto não é
agradável; você aprendeu! Ele tornou-se inato e seu corpo é
sensitivo.

Alguns louvam a ideia da Fé. Acreditar que são Deuses(ou algo mais)
os faria tal- provando por tudo o que fazem, estarem plenos de não-
crença. Melhor é admitir incapacidade ou insignificância, do que
reforçá-la através da fé; visto que o superficial “protege” mas não
muda o vital. Portanto rejeite o primeiro pelo último. Sua fórmula é
decepção e eles estão enganados, a negação de seu propósito. Fé é
recusa, ou a metáfora da Estupidez, daí ela sempre falhar. Para
tornar sua escravidão mais segura, os Governantes empurram as
religiões pela garganta de seus escravos, e sempre da certo; aqueles
que escapam são poucos, portanto sua glória é maior. Quando a fé
acaba, o “Eu” permanecerá só. Outros menos tolos, obscurecem a
:
mente com a ideia de que Deus é uma concepção deles mesmos,e
como tal sujeito a lei. Então, esta ambição de fé, será tão desejável?
Eu próprio, ainda não vi um homem que não seja Deus.

Outros novamente, e aqueles que possuem muito conhecimento,


não podem dizer a você exatamente o que é “crença”, ou como
acreditar no que desafia as leis naturais e a crença existente.
Certamente não é dizendo “eu acredito”; esta habilidade há muito foi
perdida. Eles são ainda mais sujeitos ao Que Deus está sempre nos.
Céus ou que o Todo – Poderoso inconcebível emana sua concepção
ou negação – comete suicídio, etc. desnorteamento e distração pois
diretamente abrem suas bocas cheias de argumento; sem poder e
infelizes a menos que espalhem sua própria confusão, para ganhar
confiança eles devem adotar dogmas e maneirismos que excluem a
possibilidade…. Através da iluminação de seu conhecimento eles
deterioram em realizações. Não observamos eles caírem no raio de
suas explicações? Na verdade, o homem não pode acreditar por fé,
ou ganho, nem pode ele explicar o seu conhecimento a menos que
nascido de uma nova lei. Sendo nós tudo, qual o motivo de
imaginarmos que não somos?

Seja místico.

Alguns acreditam na prece… ainda não aprendeu que tudo que for
pedido sera negado? Que isto seja a raiz de nosso Evangelho. Oh, tu
que estas vivendo a vida de outras pessoas! Ao menos que o desejo
seja subconsciente, ele não se realiza, não, não nesta vida. Então
dormir é melhor que rezar. Quiescência é desejo oculto, uma forma
de “não pedir”; através disto a fêmea obtém muito do homem. Utilize
a oração (se você precisa orar) como um meio de exaustão, e
através disto você irá obter o desejo.

Alguns fazem muito para mostrar a similaridade de diferentes


:
religiões; certamente com isto eu provo a possibilidade da ilusão
fundamental, mas isto eles não percebem nunca. Deste Mandato
eles são o escárnio, pois quanto eles se arrependem! Eles sofrem
mais conflitos que os não iluminados. Com o que eles podem
identificar as suas próprias desilusões ou medos eles chamam de
verdades. Eles nunca veem esta similaridade e a quintessência das
religiões , Sua própria pobreza de imaginação é o paliativo da
religião. Melhor é mostrar a diferença essencial entre as religiões.
Também o é conhecer os vários meios; não é o seu objetivo enganar
e governar? Certamente então, para o alcance do transcendental.
Deus e religião não deveriam ter lugar.

Alguns louvam a assim chamada verdade, mas dão a ela muitos


recipientes; esquecendo sua dependência eles atestam a sua
afinidade e paradoxo, a canção da experiência e ilusão. Paradoxo
não é “verdade”, mas a verdade de que nada pode ser verdadeiro
para sempre. O que suplanta o paradoxo e esta implícito (“não
necessariamente”), farei a base de meus ensinamento.
Determinamos o deliberativo, a “verdade” não pode ser dividida.
Amor próprio somente não poderá ser negado e é o amor próprio
como tal quando paradoxal, sob qualquer condição, dai ele sozinho
ser verdade, sem acessórios e completo.

Alguns louvam a Magia cerimonial, e acham que sofrem grande


Êxtase! Nossos hospícios estão cheios, o palco está lotado! É
simbolizando que nos tornamos o simbolizado? Se coroar-me Rei,
serei eu um Rei? Deverei ser na verdade um objeto de repulsa e
pena. Estes Magos, cuja insinceridade é a sua proteção, não passam
dos almofadinhas desempregados dos Bordéis. Magia não passa
da habilidade natural de uma pessoa em atrair sem pedir;
celebrar o que não é afetado, sua doutrina é a negação das deles.

Eu os conheço bem e o seu credo de aprender que ensina o medo


:
de sua própria luz. Vampiros, eles são os próprios piolhos em
atração. Suas práticas provam a sua incapacidade, eles não tem
magia para intensificar o normal, a alegria de uma criança ou pessoa
sadia, nada para evocar prazer ou sabedoria deles mesmos. Seus
métodos dependem de um pântano da imaginação e de um caos de
condições, seu conhecimento é obtido com menos decência do que
a hiena obtém seu alimento, eu digo que eles são menos livres e que
não tem a satisfação do mais cruel dentre os animais. Auto-
condenados em sua repugnante obesidade, sua falta de poder, sem
mesmo a magia do charme pessoal ou beleza, eles são ofensivos em
seu mau gosto e em suas barganhas para aparecer. A liberdade de
energia não é obtida pela sua escravidão, e grande poder não pela
desintegração. Não é porque nossa energia (ou produto mental) esta
ultra-confinada e dividida, que não somos capazes de agir
magicamente?

Alguns acreditam que tudo e qualquer coisa é simbólico, e pode ser


transcrito, e explicar o oculto, mas daquilo em que eles não
acreditam. (Grandes verdades espirituais?) Então argumente uma
metáfora, confundindo com cuidado o óbvio que desenvolve a
virtude oculta. Esta corpulência não necessária, contudo impressiva,
não é revoltante? (O Elefante é grande demais, mas extremamente
poderoso, o porco embora nojento não alimenta o desprezo do
nosso bom gosto.) Se uma homem não é um herói para o seu
serviçal, menos poderá ele permanecer um místico nos olhos dos
curiosos; conformidade ensina a bufonaria. Adorne seu significado,
embora seja censurável (como fato) , após você ter mostrado a sua
honestidade. Verdade, embora simples, nunca necessita de
argumento da confusão pela obscuridade; seu próprio simbolismo
puro abraça todas as possibilidades como um “design” místico.
Tome seu lugar no senso comum e você incluirá a verdade que que
não pode mentir; nenhum argumento terá então prevalecido. A
:
perfeita proporção sugere nenhuma alteração e o que não tem
serventia apodrece.

Eles rejeitam todo o moderno simbolismo (*1) e alcançam um limite


absurdo muito cedo. Não contando com mudança (*2) e (às vezes) a
natureza arbitrária do simbolismo ou a chance de uma loucura
preservada, por sua adoção do tradicional sem uma Ciência,como
uma indicação do presente, seu simbolismo é caótico e sem sentido.
Não conhecendo a retribuição primitiva, eles tem êxito em projetar a
sua própria pobreza através desta confusão, explicando os antigos
símbolos. As crianças são mais sábias. Esta aglomeração de
antiguidade apodrecida, unida a doença da ganância é seguramente
a oportunidade para a caridade? Esquecendo ideias vistosas
aprenda as melhores tradições observando suas próprias funções e
o moderno sem preconceitos. Alguns valorizam a crença em um
código moral doutrinário, que eles natural e continuamente
transgridem, e nunca obtêm o seu propósito. Dada a correta
natureza, eles obtêm êxito em seu próprio governo, e são os mais
saudáveis, sãos e que tem maior prazer. Isto poderá ser chamado de
a negação da minha doutrina, eles obtêm uma satisfação permitida
aonde a minha é completa. Que ele demore aqui, que não é forte
para a grande obra. Na liberdade ele poderá se perder. Então abram
as asas sem medos simplórios.

Outros dizem que somente o conhecimento é eterno, é a eterna


ilusão de aprender – o Mandato do aprendizado do que já sabemos.
Diretamente perguntamos a nós mesmos “como” induzimos a
estupidez; sem este conceito o que poderá haver que não saibamos
e realizemos? Outros pela concentração, ela não o libertará, a mente
concebendo a lei é escravidão. Chegando neste ponto, você irá
desejar a desconcentração. Dissociação de todas as ideias menos
uma não é liberdade mas realização imaginativa, ou a fúria da
criação. Outros novamente, que todas a coisas são emanações do
:
Espírito Divino, como raios do Sol, por isso a necessidade de
emancipação? Na verdade coisas são necessárias através de sua
concepção e crença. Então, destrocemos e mudemos a concepção,
e esvaziemos a crença.

Esta e muitas outras doutrinas, são declaradas por mim como as


perpetuadoras do pecado e ilusão. Cada uma e todas dependentes
de uma implicação confusa, obscura e ainda criada da dualidade da
consciência para seu prazer. No medo eles vomitariam sangue
fresco aonde eles veriam os frutos de suas ações e prazeres. Assim
acreditando em doutrinas amplamente diferentes , eles são pelo
principio dual, parasitas necessários um do outro. Como drogas e a
faca do cirurgião, eles simplesmente anulam ou no melhor dos casos
removem o efeito. Eles não podem mudar ou remover a causa
fundamental (a lei).” Oh, Deus, tu és o ambiente estagnado.”

Tudo é charlatanismo: estas religiões cuja própria existência


dependem de seu fracasso, são tão cheias de pobreza e confusão,
tem somente multiplicado os argumentos, assim como são cheias de
argumentos elas são perniciosas, tão coroadas de não-essências,
sendo tão estéreis de qualquer prazer livre nesta vida ou outra, eu
não poderia sus tentar suas doutrinas. Seu critério para o prazer-
morte. Seria melhor o homem renunciar a todas elas, e abraçar o seu
próprio e invencível propósito. Ele não pode ir mais longe, e isto é a
sua única libertação. Através disto ele poderá colocar seu prazer
aonde desejar, e encontrar a satisfação.

*1 Todos os meios de locomoção, máquinas, governos, instituições,


e tudo essencialmente moderno, e simbolismo vital da operações de
nossa mente, etc.

*2 O símbolo da justiça conhecido dos Romanos não é simbólico do


Divino,ou a nossa justiça, ao menos não necessariamente ou
:
usualmente. A vitalidade não é exatamente como água nem somos
nós árvores; mais como nos mesmos, que incidentalmente
poderemos incluir árvores em algum lugar não conhecido muito mais
óbvio nas nossas obras no presente.

O devorador de religiões
Kia, em sua Manifestação Transcendental e Concebível. Ela não
necessita de nome, para designá-la. Eu a chamarei de Kia e não
ouso reivindicá-la como a mim mesmo.

A Kia que pode ser expressa por ideias concebíveis, não é a Kia
eterna, que destrói toda a crença mas é o arquétipo do “eu” , a
escravidão da mortalidade. Esforçando para descrever “ela”, escrevo
o que poderá ser mas não usualmente chamado do “livro das
mentiras”. A não ortodoxia do que é original – uma “visão” valente
que transmite de algum modo através do incidental, cuja a verdade
está em algum lugar além.

A Kia poderá vagamente ser expressa em palavras como o “Nem


uma Coisa nem Outra”, o “Eu” não modificado na sensação de
onipresença, a iluminação simbolicamente transcrita no alfabeto
sagrado, e do qual falarei. Sua emanação é a sua própria
intensidade, mas não necessidade, ela existe e sempre existirá, o
quantum virgem através de sua exuberância ganhamos existência.
Quem ousa dizer onde, porquê e como ela se relaciona? Através do
trabalho do tempo o descrente habita o seu limite. Não se
relacionando mas permitindo todas as coisas, Isto foge a concepção,
embora seja a quintessencia da concepção como o que permeia o
prazer no significado. Anterior ao Céu e Terra, em seu aspecto que
transcende estes, mas não inteligência ela poderá ser tida como o
principio sexual primordial, a ideia do prazer no no amor-próprio.
:
Somente ele que alcançou a postura da morte pode compreender
esta nova sexualidade é o seu amor todo poderoso satisfeito. Ele que
é sempre servil a crença, entupido de desejo, identifica-se com tal e
não pode enxergar nada além de suas infinitas ramificações na não
Satisfação. A progenitora de si mesma e todas as coisas, mas não se
parece com nada, esta sexualidade em sua simplicidade primitiva,
incorpora o eterno. O tempo não a mudou, por isso a chamo de
nova. Este princípio sexual ancestral , e a ideia do eu, são uma só e
as mesmas, esta semelhança sua exatidão e infinitas possibilidades,
a dualidade primordial, o mistério dos mistérios, a Esfinge dos
portais da espiritualidade.

Todas as ideias concebíveis começam e terminam como luz em sua


emoção, o êxtase que a criação da ideia do eu induz. A ideia é unida
pela fórmula do eu, a sua realidade necessária como continuidade, a
pergunta para todas as coisas, todo este universo visível e invisível
saiu dela. Assim como a unidade concebeu a dualidade, ela produziu
a trindade, produziu o tetragamaton. Dualidade sendo unidade, e
tempo, o complexo da concepção, o eterno refluxo da realidade
primordial na liberdade sendo a trindade de dualidades, são os seis
sentidos, os cinco aspectos do sexo projetando como ambiente para
a auto-assimilação na negação, como uma sexualidade completa.

Sendo o tetragamaton das dualidades ela é doze vezes partida


através de arranjos, o complexo humano, e poderá ser chamada de
os doze mandamentos do crente. Ela concebe o decimal eterno, sua
multiplicidade abraçando a eternidade, da qual brotaram as formas
multi-facetadas, que constituem a existência. Vitalizada pelo sopro
do amor próprio, a vida é a consciência de uma pessoa. O Eu sendo
a força oposta, é alternadamente conflito, harmonia, vida e morte.
Estes quatro princípios são um e os mesmos a concepção
considerada como o “eu” completo ou a consciência daí eles
poderem ser mesclados em uma unidade e Simbolizados.
:
Uma forma feita de duas, que é tri-partida e tem quatro direções.

A Lei Transcendental, a Lei e o Testamento do


“Novo”
A lei de Kia é o seu próprio árbitro, além da necessidade, quem
poderá apreender a inominável Kia? Óbvio mas ininteligível, sem
forma, seu design é o mais perfeito. Seu desejo é a
superabundância, quem poderá afirmar seu misterioso propósito?
Através de nosso conhecimento ela torna-se mais obscura, mais
remota, e nossa fé – opacidade. Sem atributos, não conheço o seu
nome. Quão livre ela é, não tem necessidade de soberania (Reinos
são seus próprios ladrões.) Sem linhagem, quem ousará reclamar
parentesco? Sem virtude, quão agradável é em seu amor próprio
moral. Quão poderosa ela é em sua afirmação de “Não precisa ser –
não importa”! Amor próprio em completa perspectiva, serve ao seu
próprio e invencível propósito de êxtase. Alegria suprema simulando
oposição e o seu equilíbrio. Ele não sofre dor, nem ele se fatiga. Ela
não e auto-atrativa e independente? Seguramente não poderemos
chamar a isto de equilíbrio.

Poderemos nós nada além de imitarmos a sua lei, toda a criação sem
comando se uniria e serviria a nosso propósito em prazer e
harmonia. Kia transcendendo a concepção, é imutável e inesgotável,
não há a necessidade de iluminação para vê-la. Se abrimos as
nossas bocas para falar dela, não é dela mas de nossa dualidade;
que seja poderosa em sua simplicidade primordial. Kia sem
conceber, produz seus encontros como a plenitude da criação. Sem
afirmação, a mais poderosa das energias, sem insignificância ela
poderá se parecer a menor dentre todas as coisas. Sem distinção,
ela não tem favoritismos, mas nutre a si mesma. No medo toda a
criação, a reverência, mas não exalta a sua moral, de modo que tudo
morre não formosamente. Favorecemos a nós mesmos com o poder
:
que concebemos dela, e ela age como uma mestra, nunca a causa
da emancipação. Assim para sempre do “Eu” devo eu amoldar Kia,
sem semelhança, mas com o que pode ser tido como a verdade.
Desta consulta nasce a escravidão, não é pela inteligência que nos
livraremos. A lei de Kia é sempre propósito original, indeterminado,
sem mudança de emanações,através de nossa concepção elas se
materializam e são de dualidade, o homem toma as suas leis desta
refração, suas ideias ’realidade’.

Com o que ele equilibra seu êxtase? Medida por medida de intensa
dor, tristeza, e desgostos. Com o que faz a sua rebelião? Com a
necessidade de escravidão. Dualidade é a lei, realização através do
sofrimento, relaciona-se e opõe-se através de unidades de tempo.
Êxtase por qualquer período de tempo é difícil de se obter, e tem que
ser muito trabalhado.

Vários graus de desgosto alternando com rajadas de prazer e


emoções menos ansiosas, pareceriam ser a condição da consciência
e existência. Dualidade de uma forma ou outra e consciência
enquanto existência. E a ilusão do tempo, tamanho, entidade, etc… o
limite do mundo. O princípio dual e a quintessência de toda a
experiência, nenhuma ramificação aumentou sua simplicidade
primordial, mas e somente a sua repetição, modificação ou
complexidade, nunca a sua evolução completa. Não posso ir além do
que a experiência do eu assim retorna e une novamente e
novamente, sempre em um anti-clímax. Pois sempre retroceder a
simplicidade original através de infinitas complicações é a sua
evolução. Nenhum homem entendera “Porquê” através de suas
obras. Conhecer isto é a ilusão que abraça todo. O saber da
existência. O homem mais velho que não pode tornar-se mais sábio,
e pode ser tido como a mãe de todas a coisas. Portanto acredite que
toda a experiência é ilusão, e a lei da dualidade. Assim como o
espaço invade um objeto dentro e fora, similarmente interiormente e
:
além deste sempre mutante cosmos, há o principio não secundário.

*1 Sobre este “Eu”. Toda a concepção é o princípio dual, a lei que é a


condição.

*2 O princípio sexual não modificado refratado através do princípio


dual emana uma infinita variedade de emoções ou sexualidades, que
podem ser chamadas de suas ramificações. ‘Nenhuma Coisa Nem
Outra’ ou a Sexualidade não modificada. Princípio Dual.

Modificações

Através de inúmeras encarnações, nosso “eu” eventual é derivado


dos atributos com os quais dotamos o nosso Deus, o Ego abstrato
ou principio conceptivo. Toda a concepção e uma negação de Kia,
dai nós sermos sua oposição, nosso próprio mal. Somos o conflito
do que negamos e afirmamos a respeito de Kia. Seria como se não
pudéssemos ser muito cuidadosos em nossa escolha pois ela
determina o corpo que habitamos.

Solilóquio sobre Deus


Quem Alguma Vez Pensou Deste Modo?

Algo está causando Dor e algo energiza a Agonia. Será que isto não
é causado através da Ideia latente de Suprema Alegria? E esta eterna
expectativa, este acúmulo de ornamentos em decomposição, este
pensamento sempre-presente e co-incidente com a vaidade que
precede a morte? Oh, pensamento esquálido, do mais mórbido mau
humor, como posso devorar-te e salvar minha Alma? Ele sempre
responderá – Preste as devidas honrarias; o Medico é o Senhor da
existência, esta superstição da medicina não é a essência da
covardia, o agente da Morte?
:
Estranho que ninguém se lembre de estar morto? Você alguma vez
já viu o Sol? Se você já viu então não viu nada morto – a despeito de
suas crenças. O que é mais morto, “você” ou este corpo? Qual de
vocês dois tem o maior grau de consciência? A julgar pela expressão
somente – qual de vocês parece estar apreciando mais a Vida?
Talvez esta “crença” na morte seja a “vontade” que tenta a “morte”
para a sua satisfação, mas não pode te dar nada além de sono,
decomposição, mudança, inferno?

Este constante sonambulismo é o não satisfatório.

Você não acredita em Espíritos e Deus porque não os viu? O que:


Você nunca viu os fantasmas zombeteiros de suas crenças? A
Risonha Confusão de sua humildade ou Deus da Cobiça — as suas
grotescas ideias do “Eu”? Sim, suas próprias faculdades e as suas
mais corajosas mentiras são Deuses: Quem é o assassino de seus
Deuses – senão um Deus!

Não é prova que você tenha existido antes? Que desculpa! Ninguém
voltou para nos contar? Que advogado do diabo! Você não passa do
que foi—mudou de alguma maneira? Você é o primeiro que
reencarnou para nada? “Quem sabe” são possíveis! Pode você agir
diferente do usual? Nunca me cansarei de assegurar que você
constantemente age diferente!

Qual é a “feiura” que ofende? É o vago conhecimento de que você


irá ter de mudar seu pensamento – que você está germinando o que
você contém? Você está sempre se lembrando do que esqueceu;
hoje poderá ser o dia do ajuste de contas – de acreditar através da
força no que você desacreditou? Agora se hoje e ontem em tudo
menos na aparência – então amanhã também é hoje – o dia da
decomposição: Diariamente é este universo destruído, é por isso que
você é consciente! Não há Vida e Morte? Tais ideias deveriam ser
:
pura comédia.

Não Há Dualidade?

Você é consciente da alegre Borboleta que observa e você é


consciente de ser “Você”; a borboleta é consciente de ser “ela” e
como tal, é uma consciência tão boa e igual a sua, isto é, do seu ser
“você”. Portanto esta consciência de “você” que vocês dois sentem
é o mesmo”você”? Portanto, vocês são um e os mesmos os
mistérios dos mistérios e a coisa mais simples no mundo para ser
entendida: Como você poderia ser consciente do que você não é?
Mas você deveria crer de um modo diferente? Então, se você magoa
a Borboleta você magoa a si mesmo, mas a crença de que você não
magoa a si mesmo te protege de se magoar – por algum tempo! A
crença se cansa e você é estupidamente magoado! Faça o que tu
queres – crença é sempre a sua própria inconsistência. O desejo
contém tudo, daí você deve acreditar em tudo- se você crê: Crença
parece excluir o senso comum.

Não há dúvidas a respeito – esta consciência de “Tu” e”Mim” é o


torturador que não é bem vindo mas está sempre pronto – embora
ele “necessite não o ser” de modo algum: Não é uma questão de
Medo? Você tem medo de entrar em uma caverna de Tigres? ( Ei, eu
te asseguro que é uma questão de honradez – (nata ou cultural) – se
você entra voluntariamente ou é empurrado, e se você sai vivo ou
não! ). Embora diariamente você destemidamente entre em cavernas
habitadas por criaturas mais terríveis do que Tigres e você sai ileso –
porquê?

A Alegoria

Grandes cientistas estão descobrindo as propriedades mortais dos


micróbios que eles descobriram que nós respiramos, e que de
:
acordo com seus cânones deveriam nós destruir; deveríamos já
estar mortos? Tenha fé! Os cânones da ciência estão bem certos,
eles não desapontam a dúvida. Nossa grande familiaridade – este
“impulso ao conhecimento” certamente nos trará a doença e a morte
que eles trazem: E também nos dão em compensação os seus
poderes de destruição! Para a destruição de quem? As coisas serão
ajustadas! É este o valor da vontade? Este “desejo – de poder” –
como é preservador de vida! Que distante de uma seleção
discriminadora! Quão agradável! Os mais nobres exploradores! Ó
vós cientistas! – prossigam na descoberta do Abismo! Quando você
estiver encharcado de ciência – o relâmpago denunciará o
assassinato? Uma nova esperança nascerá? Novas criaturas para o
circo? (A concepção do) Deus deve sempre desenvolver a sua
inércia para a transmutação de seu próprio Oposto, porque ela o
contém!

O mestre deve ser o doloroso aprendiz de sua estupidez?

A ideia de Deus sempre significa esquecimento da supremacia e


Devoção. Então deveria ser suplantada pelo medo, não é?

Não há Ateísmo, ninguém é livre da auto-biografia, não há quem


desfrute do prazer sem medo?

A ideia é a ausência de sua realidade indisputável ou realidade


inerente!

Quando a concepção é comemorativa ao esquecimento poderá ser a


realidade para você? Quando a oração — (você esta sempre orando)
transmuta para Blasfêmia – você está atraente o bastante para ser
ouvido – o seu desejo será gratificado! Que salto-mortal de
humildade!

Ou Deus é projetado como mestre pelo medo ou como o habitante


:
interior pelo amor. Deuses nós somos o tempo todo, é por isto que a
divindade é sempre potencial. A sua constante geração, o eterno
atraso é vida. Esta inveja do Mestre ou Criador – a esperança
fundamental de se seguir uma conduta é também existência e o
confisco da “Vida”!

Não há um fato científico, ele sempre implica em seu oposto como


fato semelhante, este é o “fato”. Então porque se perturbar em
provar que algo é fato? Esta vã esperança de provar finalidade é
morte em si, então porque mistificar o “Desejo”? Você provou
(através da matemática!) que o sol está a milhões de milhas distante
de ’você’ – você irá agora melhorar a sua eficiência; Natureza—este
impulso para a antítese de suas verdades, logo provará (através da
matemática e na hora que você o desejar! ) que o Sol não existe de
modo algum! Ou se você desejar – ela provará conclusivamente que
o Sol está milhões e milhões de milhas mais distante ou milhões de
milhas mais perto do que você jamais imaginou. Que pensador mais
extraordinário! Estes fatos e outros já são conhecidos da borboleta,
dos piolhos, dos insetos – e talvez de você mesmo? Quais os
sentidos que são mais verdadeiros – os seus ou os de uma mosca?
Você irá eventualmente adotar a visão dela – seus pensamentos e
sabedoria – você já foi uma alguma vez? Você o é agora mas não as
despertou – você o será novamente em poder! Espantoso
progresso! Que realizações tão meritórias! Tão cruéis! O progresso
deveria ser cuidadosamente examinado e o que você obteve através
da conveniência da ciência.

Um pensamento para perspectiva você é sempre o que você mais


deseja – o provável! O seu desejo é viver de acordo com o seu
desejo, e isto você está sempre realizando. Que sentimento mais
nobre! você já “o” é — “o satisfeito” — “o sem-desejos” — “o que é
real”! Você está embriagado com isto!
:
Não há ilusão mas consciência! Esta consciência – é sempre o
sorridente monumento comemorativo de “Caso você alguma vez
aproveitou a Vida”!

O Deus da ‘‘Vontade” é a ordem para obedecer, a sua Justiça todos


temem – é uma Espada – seu mérito pela obediência! “Vontade” é
comando a crença, a sua vontade é o que você acreditou ativamente
desejando para você mesmo crença! “Vontade” é complicação, o
meio dos meios. Chame ou não esta vontade de ‘livre’ além da
vontade e Amor Próprio — eu não conheço melhor nome. Ela é livre
para acreditar no que deseja. Você é livre para acreditar em nada
relacionado a crença. A “Verdade” não é difícil de ser entendida! A
verdade não tem vontade — vontade não tem verdade! Verdade é a
“vontade”, nunca acreditada ela não tem verdade! “Pode ser” é a
certeza imediata! Esta Esfinge que nos assombra nos ensina o
valor do “nada desejar”? Então não há risco maior do que o
Conhecimento Absoluto — se pouco já é perigoso — e quanto a
Onisciência? O poder Todo Poderoso não tem acessórios!

Ciência é a amaldiçoada dúvida do possível, sim, do que realmente


existe! Você não pode conceber uma impossibilidade, nada é
impossível, você é o impossível! Dúvida é atraso — tempo —mas
como ela pune! Nada é mais verdadeiro do que outra coisa: o que
você ‘não’ é! – Você sempre respondeu verdadeiramente?

Você se auto-tiraniza, então constantemente esquece do que lembra


você resiste a objetos sensoriais e mostra resistência as faculdades
acreditando ou não. Estas faculdades são numerosas como os
átomos que você ainda não viu, e são infinitas como o número ‘um’ –
elas ganham vida sob a vontade. Você adota algumas em alguma
época – o conhecimento você fala através delas – você entenderia a
sua gramática esta que você desonra falando mais alto que suas
palavras! Eu não confiaria na sabedoria do Todo Poderoso.
:
Crença é sempre o seu próprio tentador a crer de um modo
diferente; você não pode acreditar na liberdade mas você pode estar
livre da crença? Tão pouco pode você acreditar na “Verdade” mas
você não necessita se comprometer. O modo de Vida não é pelos
“meios” – estas doutrinas – minhas doutrinas muito embora elas
permitam ao devoto auto-nomeado imitar a minha realização— que
eu fique ruborizado! O homem das tristezas é o Mestre! Eu ensinei—
deveria eu ensinar a mim mesmo ou a ti novamente? Não por uma
dádiva dos Céus ! Maestria iguala-se ao aprendizado – iguala-se ao
constante não-aprendizado! Todo Poderoso é ele que não aprendeu
e poderoso é o bebê – ele tem somente o poder de assimilar!

O mais solecístico dos tolos agora pergunta “como poderemos


escapar das inevitáveis evoluções da concepção – pois tudo está
sempre fecundando”? Minha resposta tolerará a todos os meios,
todos os homens, todas as condições. Ouça, Oh, Deus que és,
embora sejas Deus. Quando a mente não é uma capacidade
adicional em perceber, o impossível torna-se conhecido; através do
simples estado de “Nem uma Coisa Nem Outra” o Ego torna-se o
Observador Silencioso e fica sabendo sobre tudo isso! o “Por que” e
“Como” do desejo está contido dentro do místico estado de “Nem
uma Coisa Nem Outra” e o bom senso prova que este é o estado do
leite, o mais nutritivo! Palhaço como sou – embora todas as minhas
ideias tenham partido daí (e, meu amigo, todas as suas), mas
sempre fui um mandrião – um velho pecador que via outros mais
poderosos antes de si mesmo.

Postura da Morte
Ideias do Eu em conflito não podem ser assassinadas, através da
resistência elas são uma realidade – nenhuma Morte ou sagacidade
as sobrepujou, mas é o seu reforço de energia. O morto nasce
novamente, e novamente repousa no ventre da consciência. Ceder a
:
maturidade é declarar a decadência quando é através da não
resistência, é retrocesso a simplicidade primordial e a passagem ao
original é unidade sem a ideia. Desta ideia, esta fórmula de não-
resistência germinando. “Não importa – agrade a você mesmo.”

A concepção do “eu não sou” deve por necessidade seguir a


concepção de “eu sou”, por causa de sua gramática, assim como
seguramente neste mundo de tristezas a noite vem após o dia. O
reconhecimento da dor como tal, implica na ideia de prazer, e assim
com todas as ideias. Através desta dualidade deixe-o lembrar de rir
todas as horas, reconhecer todas as coisas, não resistir a nada;
então não há conflito, incompatibilidade ou compulsão como tal.

Transgredindo a concepção através de um


simbolismo lúcido
Homem implica em Mulher, eu transcendo estes através do
Hermafrodita, este novamente implica em um Eunuco (*l); todas
estas condições eu transcendo através de um princípio de “Nem
uma Coisa nem Outra”, muito embora “Uma Coisa” seja vago, o fato
de concebê-la prova a sua palpabilidade, e novamente implica em
“Uma Coisa” diferente. (*2)

Mas o princípio do “Nem uma Coisa Nem Outra” destes dois, é o


estado aonde a mente passou além da concepção, ela não pode ser
equilibrada, visto que ela implica somente em si mesma. O princípio
do “eu” alcançou o estado de “Não importa – não precisa ser”, e não
se relaciona a forma. Salvo e além disto, não há outro, portando ele
sozinho é completo e eterno. Indestrutível, ele tem poder para
destruir – por conseguinte ele sozinho é a verdadeira liberdade e
existência. Através dele vem a imunidade para toda a tristeza,
portanto o espírito do êxtase. Renunciando a tudo pelos métodos
mostrados, abrigue-se nisto. Seguramente ele é a moradia de Kia?
:
Uma vez tendo sido (mesmo Simbolicamente) alcançado, é a nossa
libertação incondicional da dualidade e tempo – acredite nisto como
verdade. A crença livre de todas as ideias exceto o prazer, o Karma
através da lei (desprazer) rapidamente esgota a si mesmo. Neste
momento além do tempo, uma nova lei poderá encarnar, sem o
pagamento de dar, todo o desejo satisfeito, ele (*3) tendo se tornado
o gratificador, através de sua lei. A nova lei será o arcano do místico
desequilibrado. “Não importa – não precisa ser”, não há
necessidade, ” agrade a você mesmo” é o credo. (*4)

Neste dia poderá haver deliberação. Sem dependência, o que você


deseja acreditar pode ser realidade. “Ele” (*5) é adulado através
desta imitação, a verdade revelada a mim através de todos os
sistemas de governo mas ele em si não é governado? Kia, o gozo
supremo. Esta é a Ciência gloriosa de agradar-se a si mesmo através
de um novo acordo, a arte do Amor Próprio através do
reconhecimento, a Psicologia do Êxtase através da não – resistência.

Notas:

*1 Assexuado

*2 Eles sendo duais fazem analogia a certos tipos primitivos de


princípios sexuais na natureza. Eles são mostrados mais nitidamente
no alfabeto sagrado, sendo muito obscuros para serem explicados
através de palavras ortodoxas e gramática.

*3 O Ego

*4 A crença sempre lutando pela negação plenitude através da


multiplicação, é mantida livre através da retenção nisto.

*5 “Ele”, o Ego, agora torna-se o “Absoluto.”


:
O Ritual e Doutrina
Deitado de costas preguiçosamente, o corpo expressando a emoção
de bocejar, suspirar, enquanto concebendo através do riso, esta é a
ideia da postura. Esquecer do tempo com aquelas coisas que são
essências refletindo a sua falta de sentido, o momento está além do
tempo e a sua virtude aconteceu.

De pé, na ponta dos pés, com os braços rígidos, una atrás as mãos,
entrelaçadas e esticando o máximo, o pescoço esticado –
respirando profunda e espasmodicamente, até que uma tonteira e
uma sensação que vem em rajadas, deem exaustão e capacidade
para a primeira.

Fitando o seu reflexo até que ele torne-se nublado e você não
reconheça-se, feche os olhos (isto usualmente acontece
involuntariamente) e visualize. A luz (sempre um X em curiosas
evoluções) que é vista deve ser mantida, nunca a deixando partir, até
que o esforço é esquecido, isto dá uma sensação de imensidão (que
reflete uma pequena forma ), cujo limite você não pode alcançar. Isto
deveria ser praticado antes de se experimentar o que se segue. A
emoção que é sentida é o conhecimento que te responde o porquê.

A postura da morte é inevitavelmente acelerada, através dela nós


escapamos de nosso interminável atraso – através dela, o Ego é
levantado como se fosse uma folha em uma tempestade – na
rapidez do indeterminável, o que está sempre por acontecer torna-
se a sua verdade. Coisas que são auto-evidentes deixam de ser
obscuras, visto que através de sua própria vontade ele satisfaz o seu
desejo, conhece isto como a negociação de toda a fé vivendo isto, o
fim da dualidade da consciência. Da crença, um estado de morte
positivo, tudo o mais como o sono, um estado negativo. Será o
cadáver de tudo o que acreditamos, e despertará um cadáver. O Ego
:
submisso a lei, busca inércia no sono e na morte. Conheça a postura
da morte e a sua realidade na aniquilação da lei – a ascensão da
dualidade. Neste dia a lamentação sem lágrimas do universo será
reduzida a cinzas… mas ele escapa ao julgamento! E quanto a “eu”, o
mais desafortunado dos homens! Nesta liberdade não há
necessidades, ousarei dizer mais? Preferiria cometer vários pecados
do que com prometer-me. Há muitos exercícios preliminares, tão
inumeráveis quanto os pecados. Fúteis em si mas designativos dos
meios fundamentais.

A postura da morte é a redução de toda a concepção (pecado) ao


“Nem uma Coisa Nem Outra” até que o desejo seja satisfeito
agradando a si mesmo. Através disto e nenhum outro a inércia da
crença; a restauração da nova sexualidade e o sempre original amor
próprio em liberdade estão unidos. A vacuidade primordial (ou
crença) não é alcançada pelo exercício de focalizar a mente em uma
negação de toda a coisa concebível, a identidade da unidade e
dualidade, caos e uniformidade, etc, etc, mas fazendo isto agora,
não eventualmente. Perceba e sinta-se sem a necessidade de um
oposto, mas de seu parente. Perceba luz sem sombras através de
sua própria cor como contraste, evocando a emoção do riso na hora
do êxtase em união, e através da prática até que esta emoção seja
incansável e sutil. A lei da reação é combatida através da inclusão.
Adoraria ele uma centena de prazeres de uma só vez, contudo muito
de seu êxtase, ele não perde, mas grande geração toma lugar. Que
ele pratique isto diariamente, de acordo, até que ele chegue ao
centro do desejo. Ele imitou o grande propósito. Assim, todas as
emoções deveriam encontrar equilíbrio na hora da emanação, até
que se tornem uma só. Assim, obstruindo a crença e o sêmen da
concepção, eles se tornam simples e cósmicos. Através de sua
iluminação não há nada que não possa ser explicado. Certamente
que encontro satisfação no êxtase.
:
Eu agora te contei um segredo de grande importância, eu o conhecia
na infância. Até mesmo assiduamente lutando por uma vacuidade de
crença, a pessoa é cósmica o suficiente para habitar no íntimo dos
outros e apreciá-los. Entre os homens poucos sabem o que eles
realmente acreditam ou desejam, deixe ele iniciar, quem saberá,
através da localização de sua crença até que ele enxergue a sua
vontade. Existindo como dual, eles são idênticos em desejo, através
de sua dualidade não há controle, pois vontade e crença estão
sempre em discórdia, e cada um moldaria o outro para seus próprios
fins, como resultado nenhum ganha pois o prazer é um abrigo de
tristezas. Que ele os una.

Os nebulosos inimigos nascidos do


estagnante auto-hipnotismo
Crença natural é a intuição que compele a crença através daquilo
que é experienciado reagindo, e dominado por turnos; tudo deve
associar-se através de sua emoção definida, simulada por aqueles
em harmonia; os discordantes, perdem a persuasão e inibem. Então
através de seu próprio trabalho a crença é limitada e determinada
para você. A maioria de nossas ações podem ser seguidas até um
desejo sub-consciente (para liberdade) em conflito com o hábito,
uma obediência a um fatalismo inerente que se apoia em ações
“boas e más” já cometidas (em existência passada) contra uma
preservada moralidade (A moralidade elementar ou medo de não
agradar) e cuja reação se expressa como espontaneidade,
involuntariedade, autonomia, deliberação, etc, assim que a ocasião
chegue.

O resto deve-se a uma tradicional doutrina moral conflituosa que se


tornou constitucional (parcialmente adotada para governar e regular
esta reação). Em sua origem, uma ideia do que era então
convenientemente bom e mau… Para maximizar o prazer através de
:
um compromisso arbitrário de abstenção e desempenho do desejo
temido. Assimilado pelo engano de sua origem divina, seus dogmas
são recompensados pela obediência, punição para a transgressão,
ambos valendo para sempre (neste e em outro mundo). Este código
moral é uma paródia dramatizada da faculdade conceptiva, mas não
é nunca tão perfeita ou simples nisto que permita excessiva
liberdade para mudanças em qualquer sentido, deste modo torna-se
dissociada da evolução, etc… e este divórcio perde qualquer
utilidade e, por necessidade para a sua própria preservação e a
harmonia desejada, desenvolve contradições ou uma complicação
para dar afinidade.

Transgredir os seus mandamentos, a desonestidade nos mostra a


sua iniquidade, para a nossa justificativa; ou simultaneamente nós
criamos uma desculta ou razão para o pecado através de uma
distorção do código moral, que permite alguma incongruência.
(Usualmente retendo alguns pecados imperdoáveis e uma lei não
escrita). Esta confissão negativa é um racionalismo dissimulado que
permite desculpas adventícias… Um processo de auto decepção
para satisfazer e sumariamente te persuadir à probidade. Qual
dentre nós tem qualquer desculpa exceto amor-próprio?

Não criamos nem confessamos uma moralidade que é conveniente,


que conduz a si mesma ao crescimento, e permanece simples, que
permite a transgressão sem desculpas ou punições. Seria sábio e
sensato que fosse assim, qualquer que seja o estado das coisas em
sua mente. A natureza eventualmente nega que isto afirma: Através
da permanente associação com o mesmo código moral ajudamos o
desejo a transgredir. Desejo destas coisas é negado, quanto mais
você restringe mais você peca, mas o desejo igualmente deseja a
preservação do instinto moral, então o desejo é o seu próprio
conflito (e fraco o bastante). Não tenha medo, o Touro da terra não
tem mais nada para fazer com a sua poluída consciência, as suas
:
estagnantes ideias de moralidade. O micróbio solitário pareceria sem
medo.

A complexidade da crença (Conheces a ti


mesmo)
A Natureza da crença iguala todas a possibilidades
fundamentalmente verdadeiras através da identificação pela cultura
a uma ideia de tempo, então o que não é temporal não é verdadeiro,
e o que não é verdadeiro, prognóstico. Pensar em uma coisa, implica
na possibilidade de uma outra ideia contraditória mas não
dissociada, crença é tornar “uma” mais convincente. A condição da
crença é a negação ou limite imposto na capacidade da vitalidade.
Acreditar deste modo é uma concentração e um aprendizado para
excluir o implicado através da adoção de uma hipótese ou fé que
reflita sem preocupações ou enganosamente racionalize o rejeitado.
Verdade não é a verdade da formula.

O centro da crença é o amor por si mesmo, projetando o ambiente


mas permitindo a sua distorção para simular a negação, uma
ambição para se tornar ulterior ao auto desejo, mas você não pode ir
mais longe que o centro, assim multiplica-se (acredita-se) de modo
a tornar-se não ciente do fundamental. Agora esta recusa em
acreditar no que se acredita e exatamente como se acredita, é a
primeira condição a todos aqueles que estão desejosos em qualquer
sentido seja ele qual for; o homem que está. apaixonado à força
torna-se um mentiroso, auto-hipnotizado pela sua mórbida
ornamentação. Você conhece os resultados… Você somente pode
“verdadeiramente acreditar” em uma coisa, embora a sua
complexidade seja essencial (assim como a verdade parece matar*),
desde modo o imaginado prossegue para sempre.

A imaginação aprende que a ideia é a sua compulsão. Para explicar o


:
“porquê” da crença ( ou de qualquer outra coisa), precisamos
transcender seu cisma. Através da completa consciência em como o
eu ama estão os meios. Como imitamos esta lei de dualidade em
todos os nossos processos de crença, isto não é tão fácil como
parece. Quem transgrediu a lei da concepção? Quem não tem
medo? Embora através deste pecado , esteja o científico do que
determina o Cético. Graciosamente compelindo ou esperando
desapontamento na hora do desejo é o método de localizar o seu
engano, uma consciência que sozinha dá a chance de investigação.

Além disto está algo arbitrário, o que interrompe, o que ordena a lei,
a imitá-la através da “razão” não passa de amaldiçoar as
consequências. Razão é crença, crença é medo de sua capacidade,
a fé de que você não é todas as maravilhas da criação, abandonar a
possibilidade de ser o criador. E atraso… O poço da crença recebe
todas as terríveis aversões da vitalidade. Crença não é liberdade.
Crença cria a sua experiência necessária, o progresso germina em
retrocesso. Considere a realidade em qualquer lugar – e a sua
crença poderá ser muito pequena para a sua habitação. Oh, vós que
tens muita fé em Deus, mergulhe nisto através da adoração do eu!
Ah! tolo homem, adore o glorioso em liberdade. Quando a morte se
aproxima, a fé em Deus e o desejo das mulheres não te salvarão,
para que servem eles quando o embranquecimento e decadência se
instala e o corpo torna-se um objeto de repulsa? E qual a serventia
do conhecimento e caridade quando a realidade é conhecida?
Desembainhe a espada do eu. Ideias do Todo Poderoso deveriam ser
constantemente mortas e qualquer proibição deveria ser
questionada.

Quem quer que seja que estude sua natureza um pouco, deve ele o
“eu” investigar com extraordinária conduta. Ele pode compelir
qualquer coisa sem ofender. Assim como a tendência dos mais
cheios de desejos cessa diante da publicidade e morte, assim o faz a
:
moral diante do perfeito prazer. Um lampejo da verdade nasce da
pureza no amor – quando o desejo é sem medo, quando ele não
deseja possessão. Quando o pensamento é preenchido pela visão. O
foco que é todo prazer perde-se na vontade dele, ele é atração, o
centro de atenção das mulheres. Quando o princípio da crença é
isento de fé, estéril em possuir ideias de Deus – ele é indestrutível.
Somente quando não há medo de qualquer forma há a realização da
identidade com a realidade (liberdade).

Para elas não há perigo na negligência, não havendo discriminação.


Para ele que é cônscio da diferença mais sútil há medo. Enquanto
houver percepção de auto-recriminação ou consciência, haverá dor
germinando: não há liberdade. Ele que acredita em tudo que percebe
ou imagina, incorre em pecado. Acreditando sem sentir perturbação,
esquecendo as ideias de externo e interno, ele considera tudo como
‘eu’, e é a consciência da não resistência, não tem horizontes: ele é
livre. Vendo os olhos brilhantes, bocas que se parecem botões de
rosas, seios e traseiros de bonitas mulheres, você se torna
amorosamente atraído, mas se você tiver medo, lembre-se
constantemente de que elas são simplesmente os seus bem
cuidados ‘carne e osso’ após a tortura.

O espaço entre o eterno e o “eu”, não é uma doutrina moral? Não


acreditando em tudo acredita-se e, assiduamente sem ansiedade
não acreditando ( pelo processo do ” Nem uma Coisa Nem Outra”), o
princípio torna-se simples e cósmico o suficiente para incluir o que
você está sempre desejando, e você está livre para acreditar no que
era impossível. O desejo é tão poderoso ele não pede permissão, e
não sofre consequências, mas o êxtase de sua possessão. Contra
ele nada pode agir; ele queima, como celuloide jogado em uma
fornalha – a velha loucura de prometer coisas em favor de uma
“outro” imaginado. A mão está a liberdade do Paraíso, o Caminho, a
Verdade, e a Luz, e nenhum ouse dizer isto por si mesmo mas
:
através de mim, na Verdade eu sozinho sou “Eu”, minha vontade
incondicionada é mágica. Aqueles que viveram muito em suas
naturezas irão de algum modo se sentir familiares com tal sensação,
quão pobre ela possa ser.

Prefácio ao Amor Próprio


Sejamos honestos: Tu és “aquilo”, supremo na liberdade o mais
desejável, intocado pelos seis entorpecedores. A sexualidade
trabalha, de modo que a Morte possa ser colhida pelo desejo. Os
elusivos caprichos dos sentidos são perigosos, por causa da
probidade que você aprendeu a obedecer e controlá-lo. O fogo do
inferno arde porque você o “concebeu” e cessará quando você
identificar o Ego com todas as possibilidades de suas qualidades,
acreditando através do processo do “Nem Uma Coisa Nem Outra”.

Você é fogo embora você esteja chamuscado: Porque você


“desejou” a crença (de modo diferenciado ou não – não faz
diferença) e o ciclo da crença prossegue e sempre obriga, então um
dia você acreditará diferente e o fogo não mais machucará… estará
você salvo? Haverão outros meios de magoá-lo?

Neste estado que não o é, não há consciência do sentido que tu és


“aquilo” (Kia), que é soberbo, além do escopo da definição – não há
a tentação da liberdade,”isto” não foi a causa da evolução. Portanto
“isto” está além do tempo, consciência e inconsciência, tudo ou
nada, etc; isto eu percebo através do “Nem uma Coisa Nem Outra”
que está automaticamente além de qualquer ideia, sempre livre em
todos os sentidos. Talvez isto “não seja obscuro através de uma
contínua reflexão e vagamente sentido pelas mãos da inocência –
mas quem é que entende significados tão simples? “isto” não é
nunca percebido, sendo o Êxtase imperceptível do “Nem Uma Coisa
Nem Outra” sempre presente mas oculto pela exaustão através do
:
ciclo da Unidade. A certeza de consciência é sempre a incerteza do
que é percebido ou experimentado em qualquer estado que seja, a
constante dúvida soletrando, modo, dor, decadência, e assim por
diante – a causa da evolução, a eterna imperfeição.

Oh, desejo, ouça! No que diz respeito à virulência o desejo espiritual


é tão fatal quanto o sensual. Aspiração em relação ao “supremo” é
uma rede de desejos mortais por causa da covardia que dentro
habita, portanto, alguma sabedoria não satisfeita aguardando a
exploração para sofrer a sua evolução. Não há sabedoria final – não
há desejo final. Como pode algo acabar? O hoje já terminou? Estas
coisas são sem fim.

Uma pessoa deseja coisas deste mundo, mas aonde esta a diferença
de desejar o “Supremo Gozo”? Qual é o mais egoísta? Qual é o que
está mais perto de você? Qual agrada mais ao Criador? Você tem
certeza dos desejos do Criador e estará você certo quanto aos seus
próprios desejos? Será você o Criador ou somente você mesmo,
enquanto você afetuosamente imagina o seu conteúdo?

Todos estes desejos, o quão poderosos possam ser, você encarnará


um dia – sim, fotografe. Estas coisas já existem – muito breve você
terá fotografias espirituais (não forjadas) – mas não com a câmera
que você atualmente usa. O pioneiro é sempre o velho tolo. Uma
reflexão: alguns espíritos já são fotografados – os micróbios.

Você está livre do desejo de algo? Crença é desejo eterno O desejo é


a sua própria crueldade, os grilhões que fazem a mão trabalhar era
algum mundo — desconhecido; nada está sempre morto e nenhum
pensamento morre, o mestre torna-se o escravo e a posição se
alterna; há muito que você acredita nisto,está na carne de suas
gerações com o mais impiedoso Juiz: A zombaria de todas as suas
mudanças ou a inversão de seus valores: Esta constante maldição e
:
blasfêmia — não haverá mais alívio no conhecimento do nascente e
inflexível mestre que impõe tarefas? Não está os nossos corpos
manchados com seu sangue? Não esteve o mundo sempre
ensanguentado? Não são os nossos prazeres senão uma pausa para
beber o sangue da matança? Oh, mentirosos determinados, vós
ainda não conhecem a mentira, ela pode ser a Verdade!

O Ego é desejo, então tudo é fundamentalmente desejado, o desejo


é sempre uma previsão preliminar de uma terrível da satisfação
oculta pela sempre presente glória vã. O milênio rapidamente virá e
partirá. Os homens serão maiores que os Deuses que eles sempre
conceberam e haverá maiores desagrados. Você é sempre o que
você é mas você poderia o ser de modo diferente!

Uma pessoa ou uma nação, não importa o quão vã ou satisfeita, cai


inevitavelmente no desconhecido e inevitável desejo, que o consome
aos poucos através destas condições, qualquer condição! A mente
torna-se firme de desejo em desejo corno uma devoção, mas
quando realizado ele então é eternamente desejável? (ou até mesmo
por um período de um milhão de anos). No Paraíso teus pés terão
grilhões! Portanto remova o conceito de que o desejo é puro,ou
impuro, ou tem uma aparência, remova isto através do “Nem Uma
Coisa Nem Outra”. Até mesmo se o desejo for para a exaustão do
desejo através do “Nem Uma Coisa Nem Outra” ou para realização
em uma esposa é desejo – a sua evolução é sem fim. Portanto
remova o desejo de qualquer forma através do “Nem Uma Coisa
Nem Outra”. Remova a ilusão de que há Espírito e Não Espírito (esta
ideia nunca trouxe resultados benéficos). Remova todos os
conceitos pelo mesmo processo.

Tão logo permaneça a noção de que há “uma escravidão


compulsória” neste mundo ou até mesmo nos sonhos, haverá a tal
escravidão. Remova o conceito de Liberdade e Escravidão em
:
qualquer Mundo ou Estado através da meditação na Liberdade pela
Liberdade através do “Nem Uma Coisa Nem Outra”.

Graças a isto sabemos. Vampirismo está mais que provado até


mesmo através de fortes conjecturas que sempre que sangue é
chupado, isto é feito por um morcego Vampiro, estando longe a
possibilidade de isto ter sido feito por um ser humano ou divino:

Portanto “Kiaize” o desejo através do “Nem Uma Coisa Nem Outra”,


a mais brilhante fórmula muito além da satisfação. O vácuo que tudo
abraça e que reduz “tudo” ao senso comum e sobre a qual o
Universo repousa.

Portanto não creia em nada neste livro através do “Nem Uma Coisa
Nem Outra” , e dispense o conceito do “Nem Uma Coisa Nem Outra”
usando o “Nem Uma Coisa Nem Outra”, e acredite que isto “não é
necessário” ou a conclusão de agradar a si próprio, porque ele “Não
precisa ser e Não importa”.

Acredita – se nisto “todo o tempo” como a Verdade da “Vontade”,


não a coisa acreditada , visto que os meios para se chegar a um fim
significam evolução a meios infindáveis. Nesta mais admirável
simplicidade não há início ou fim da sabedoria ou do que quer que
seja, então corno poderia estar relacionada a conceitos e
inteligência.

Rafael Zen
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