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DO AMOR
AO
CASAMENTO

Uma Coletânea de Mensagens


De Líderes de Juventude e Pastores

DIVERSOS AUTORES
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ÍNDICE
VIDA SENTIMENTAL ................................................................ 5
1. ANSIEDADE PELA VIDA SENTIMENTAL..........................................................6
2. NÃO AGUENTO MAIS ESPERAR UM(A) NAMORADO(A) ...............................8
SEXUALIDADE ......................................................................... 14
3. SEXO, UM PECADO? .....................................................................................15
4. O COMPORTAMENTO SEXUAL MODERNO ...................................................18
5. POR QUE NÃO POSSO FAZER SEXO? ...........................................................22
6. MASTURBAÇÃO É PECADO? .........................................................................29
7. 10 PERGUNTAS SOBRE A VIRGINDADE ........................................................34
8. PORNOGRAFIA ..............................................................................................45
9. PERGUNTAS SOBRE SEXO ANAL ..................................................................56
PRÉ-NAMORO .......................................................................... 60
10. COM QUE TIPO DE PESSOA DEVO NAMORAR? .........................................60
11. COMO SABER SE UM RELACIONAMENTO É DE DEUS? ............................67
12. COMO SABER SE UM NAMORO É DA VONTADE DE DEUS? ......................70
13. É ERRADO NAMORAR OU CASAR COM ALGUÉM MAIS NOVO(A)? .........72
14. NAMORO VIRTUAL É PECADO? .................................................................74
NAMORO ................................................................................... 78
15. OS 10 MANDAMENTOS DO NAMORO .........................................................79
16. NAMORO OU CORTEJO? ............................................................................81
17. PRINCÍPIOS PARA O NAMORO .................................................................102
18. EU BASEAREI MEU NAMORO NOS PADRÕES DE DEUS ...........................106
19. QUAL A VONTADE DE DEUS PARA O SEU NAMORO? .............................111
20. COMO SABER SE UM NAMORO É DA VONTADE DE DEUS? ....................113
21. CIÚMES É DE DEUS? ................................................................................115
22. QUANDO O NAMORO É PREJUDICIAL?....................................................119
23. QUANDO UMA RELAÇÃO DEVE ACABAR? ...............................................123
NOIVADO ................................................................................ 126
24. COMO ESCOLHER O SEU CÔNJUGE .........................................................127
25. CURSO PARA NOIVOS ...............................................................................128
CASAMENTO .......................................................................... 145
26. CASAMENTO NO SENHOR .........................................................................146
27. O CASAMENTO: PACTO MATRIMONIAL ..................................................149
28. O QUE FAZER QUANDO O CASAMENTO ESTIVER POR UM FIO? ...........160

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VIDA
SENTIMENTAL

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CAPÍTULO 1

ANSIEDADE PELA
VIDA SENTIMENTAL
Persevere firme naquilo que você quer alcançar, certa-
mente quando você menos imaginar e esperar, o que você
quer para sua vida sentimental vai acontecer
A ansiedade é um sentimento muito forte que aparece no cora-
ção de muitas pessoas e não tem fase da vida para aparecer. Esse
sentimento faz com que o ser humano queira alcançar antecipada-
mente os seus objetivos, suas metas e conquistas. Esse sentimento é
algo que atrapalha a vida de qualquer pessoa; por isso Deus, através
da Bíblia Sagrada, nos mandou tomar cuidado no que diz respeito à
ansiedade, como está escrito no livro de Tiago 5.7: “Sede, pois, ir-
mãos, pacientes.” E ser paciente é o oposto de ser ansioso, ser com-
pletamente contrário àquela pessoa que apressadamente deseja ver
as suas conquistas realizadas imediatamente e, muitas vezes, nem se-
quer estar preparada para tomar posse das mesmas e saber adminis-
trá-las como convém.
Na vida sentimental isso também acontece, principalmente com
aqueles que estão sozinhos ou aqueles que querem reconstruir sua
vida sentimental encontrando uma outra pessoa, uma vez que o rela-
cionamento anterior se acabou. Então, a pessoa tem pressa de encon-
trar logo alguém, de buscar a pessoa amada, querida, e às vezes a
ansiedade faz com que troque a bênção que espera de Deus pela mal-
dição que este mundo acaba oferecendo.
De repente você é a pessoa que não tem conseguido ser paci-
ente, está ansioso no aguardo do retorno da sua fé, de seus propósitos
com Deus, enfim, daquilo que o seu coração deseja. Por mais ansioso
que você esteja, você não vai conseguir fazer com que Deus mova as
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Suas mãos para abençoar do jeito que você quer e no tempo que você
deseja. Ao contrário, Deus fará segundo a Sua própria vontade, pois
assim certamente será o melhor para aqueles que desejam a felici-
dade sentimental, reconstruir a sua felicidade, encontrar a pessoa
certa para namorar, noivar e se casar.
Por exemplo, quando você coloca uma leiteira no fogo, obvia-
mente com leite dentro, e fica ali vigiando o leite para que ele não
ferva e transborde sujando todo o fogão, a sensação é de que está
demorando bastante tempo para ferver. Mas quando ela põe no fogo
e dá as costas para fazer outra coisa, rapidamente acontece o processo
de fervura e o leite derrama sujando o fogão. Então a pessoa pensa:
— “Poxa, como esse leite ferveu rápido!”
É assim que acontece quando colocamos nas mãos de Deus
aquilo que queremos e precisamos para nossas vidas, e você para a
sua vida sentimental. Então, saiba meu amigo(a), que Deus age no
Seu tempo. Se você continuar lendo o capitulo 5 do livro de Tiago
no versículo 11, diz: “Eis que temos por felizes os que perseveram
firmes.”
Que Deus faça o seu coração descansar, confiando e crendo que
Ele certamente há de lhe abençoar.

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CAPÍTULO 2

NÃO AGUENTO MAIS ESPERAR


UM(A) NAMORADO(A)
Como é bom amar! Na adolescência desperta-se a paixão. Des-
cobre-se o outro. Ah! O primeiro namoro, o primeiro beijo... O sonho
de poder um dia amar e ser amado(a), casar e ser feliz para sempre.
Mas, o tempo passa, e o(a) namorado(a) não vem... — Deus esque-
ceu-se de mim! Todo mundo tem namorado, só eu que não! Algum
dia já passou isso em sua cabeça?
O fato de estar solteiro para muitos é fator de muita frustração.
Alguns, por não terem encontrado a pessoa certa, acabam desani-
mando. A vida cristã parece ficar vazia, sem motivação. Alegam até
falta de poder para testemunhar, e muitos tem o desejo de afastar-se
por completo de Deus.
“Se Deus não é capaz de me dar um(a) namorado(a), não dá
para entregar as outras áreas da minha vida à Ele”, racionalizam, e
iniciam uma “briga” com Deus.
CAUSAS VARIADAS
As causas de alguns não encontrarem sua cara metade, podem
ser várias:
• Falta De Habilidade Para Conversar Com As Pessoas - Uns
acham-se tímidos demais, não conseguem expor seus pensamentos e
conversar descontraidamente. Evitam contatos, principalmente com
o sexo oposto.
• Dificuldade De Estabelecer Relacionamentos Profundos -
Não conseguem colocar para fora algo do seu íntimo. São capazes de
conversar sobre tudo, mas sentem grandes dificuldades de comparti-
lhar seus sentimentos.
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• Auto-Rejeição - Pessoas que não se amam, possuem uma
baixa auto-estima, sentem-se inferiorizadas e acham que ninguém
será capaz de amá-las.
• Dificuldades Familiares - Por motivo de alguma enfermidade
na família, problemas financeiros, impossibilidade dos pais susten-
tarem a casa, principalmente os que são filhos mais velhos, acabam
tendo que assumir estas responsabilidades e não encontram espaço
para se dedicarem à sua vi-da afetiva.
• Traumas Emocionais - Pessoas que em algum momento de
sua vida, sofreram grandes perdas, ou abusos emocionais e até
mesmo sexuais, adquirem bloqueios que os impedem de aprofundar
seus relacionamentos afetivos.
• A Falta De Uma Relação Afetiva Eficiente Com O Pai - A
ausência do pai, por motivo de morte ou divórcio. Ou lares, onde os
pais não desenvolveram um relacionamento de amizade e compa-
nheirismo, criam nos filhos inseguranças, dificultando o contato com
pessoas do sexo oposto e uma sexualidade sadia.
Existem muitas outras causas que podem impossibilitar uma
pessoa de se relacionar afetivamente. O importante é que esses mo-
tivos sejam detectados e tratados, mesmo que isso implique em bus-
car ajuda de um terapeuta profissional cristão e de bom testemunho.
ESPERAR OU IR À LUTA?
Deus nos fez criaturas sociais (não é bom que o homem esteja
só, Gn. 2.18), emocionais e afetivas, portanto querer compartilhar
sua vida com alguém é perfeitamente natural. Se você tem esses an-
seios, louve a Deus por isso! Você é normal! O que devo fazer en-
quanto não tenho um(a) namorado(a)?
Encontramos várias atitudes entre os solteiros:
• Os Que Não Mostram A Cara. Fecham-se no seu mundo,
não vão a lugar algum e ficam esperando que o “eleito” caia do céu,
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num enorme pacote, com um lindo laço de fita. Acham que ao saírem
para conhecer outras pessoas, Deus os castigará pela “falta de fé” de
não terem aguardado.
• Os Conformados, Mas Ao Mesmo Tempo Fatalistas.
“Deus quer assim, esse é o meu destino, morrerei solteiro”.
• Os Reclamões, Murmuradores - Só se queixam e não fazem
nada para mudar a situação.
• Os Desesperados. Morrem de medo de ficar “encalhados”.
Seja qual for a sua atitude diante da vida de solteiro, uma coisa
é certa: enfrente o fato sem abaixar seus padrões. Não é porque o
tempo de espera está longo demais, que você vai sair por aí e dedicar-
se a qualquer um. Isso pode marcar negativamente você e a outra
pessoa.
“Eu quero encontrar alguém, casar e ser feliz. Mas não vou
jogar-me nos braços do primeiro que aparecer”, confirma Regina,
25 anos. “A minha atitude é de esperar em Deus que, tenho certeza
confirmará em meu coração, a pessoa que Ele tem para mim”, sus-
tenta Jussara, que aos seus 28 anos, diz ir tocando seus projetos de
vida enquanto seu namorado não vem.
Existem os que vão à luta. “Sempre que posso, vou à congres-
sos, acampamentos, programações de outras igrejas. Além de poder
conhecer alguém interessante, que pode ser a minha cara metade,
faço novas amizades”, comenta Luís Roberto, 23 anos. Aproveitar
este período de solteiro, para cultivar amizades, é uma das grandes
vantagens desta fase. Muitos dos nossos amigos que temos até hoje,
são pessoas que conhecemos no período que ainda nem namoráva-
mos.
As pessoas interessantes, que até levávamos diante de Deus em
oração, para saber se seria uma boa opção para namorar, tornaram-
se grandes amigas. O período de aproximação (conversa e amizade

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desinteressada), para um conhecimento melhor um do outro, com ob-
jetivos de um futuro namoro, contribuiu para fazer surgir uma ami-
zade sadia, apesar do namoro nem acontecer.
O QUE FAZER QUANDO ALGUÉM
PARECE INTERESSANTE?
Quando surge uma pessoa que, à primeira vista parece adequada
a suas expectativas, o melhor a fazer é aproximar-se, buscar conhecê-
la melhor, através de bons papos. Detalhe: a pessoa interessante, nem
precisa saber de imediato as suas intenções. Depois de muitas obser-
vações e avaliações, os princípios bíblicos obedecidos, muita oração
e paz no coração, você poderá chegar a algumas conclusões. Caso
haja reciprocidade de sentimentos, (que a esta altura, depois de tanta
conversa, você já deve ter sentido o clima, certo?) É o momento de
declarar seus objetivos, abrir o jogo e juntos buscarem uma definição
para os rumos do relacionamento: — Namoro ou Amizade?
A iniciativa, não tem que necessariamente, partir dos homens.
“Essa história de ficar esperando o rapaz abrir o jogo, para mim
isto é coisa dos tempos da minha avó! Se o cara tá dando bandeira,
está dentro dos meus padrões, espero o momento certo e chamo para
um papo franco. Quero saber dele, quais as suas intenções,” admite
Rosane, 24 anos. A estudante de psicologia Marta, 22 anos, também
confirma e acrescenta: “Se ele vier com papo de que eu estou con-
fundindo as coisas, peço para dar um tempo. Aí, passamos um perí-
odo sem até mesmo nos telefonarmos. Se as atitudes dele me levaram
a chegar a essa conclusão, peço para tomar cuidado com a forma
de tratamento para comigo. Sugiro que não seja tão amável tra-
tando-me de forma diferenciada das outras garotas”.
“Nada como um distanciamento para esfriar a cabeça e definir
melhor os sentimentos”, é assim que funciona com Carlos, 27 anos,
que também tem colocado isso em prática.

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SOLTEIRO, DE BEM COM A VIDA
Neste tempo de ministério entre a juventude temos encontrado
pessoas adultas solteiras, que sentem-se muito bem. Encontraram
uma forma equilibrada de ajustar-se à sua realidade e estão de bem
com a vida. — “Eu não me casei, e me sinto bem assim. Sou super
ativa na minha igreja, gosto de sair de casa, estar com os amigos e
viajar,” é o que conta Maria Helena, 39 anos.
Acreditar que só o casamento traz felicidade, é um mito. Quem
fica a vida inteira vivendo sob este estigma, só perdeu tempo na vida.
O casamento é bom, foi instituído por Deus e também é uma
benção. Mas, é preciso percorrer um caminho de luta e crescimento,
para obter-se harmonia entre os cônjuges. O sofrimento não escolhe
estado civil. Portanto, buscar uma vida equilibrada e feliz, é um de-
safio para todo ser humano, seja casado ou não. Ser solteiro não é
maldição, nem praga e nem desgraça. É um estado circunstancial
para alguns, ou um dom dado por Deus, para outros. O dom do celi-
bato, ou seja permanecer solteiro, está na lista dos dons citados na
Bíblia. É um presente do Pai para alguns dos seus filhos, para que
sirvam de modo especial ao Reino de Deus.
Você não tem sentido o toque do Espírito, pa-ra uma vida dedi-
cada a Ele, sozinho, sem um cônjuge? Dentro de você há uma von-
tade de ter alguém, para compartilhar sua vida? Uma coisa é certa:
dom de celibato você não tem!
Se você não está namorando, aproveite este tempo para buscar
conhecer-se melhor. Informar-se sobre os padrões de Deus para o
namoro, como construir relacionamentos duradouros; os planos de
Deus para uma vida de casado. Enfim, tudo que possa dar-lhe uma
boa preparação para uma vida a dois. Assim, quando Deus, em sua
soberania colocar em sua vida a pessoa com quem você irá se casar,
você também terá cumprido a sua parte, nesse processo de espera.
Qualquer que seja o momento em que você esteja passando, (se o
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tempo de espera aos seus olhos está sendo longo demais), lembre-se
sempre o que diz
Paulo, ... “a vontade de Deus é boa perfeita e agradável” (Rm
12.2).

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SEXUALIDADE

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CAPÍTULO 3

SEXO, UM PECADO?
“Nos últimos dias haverá tempos difíceis. Pois os homens
serão egoísta, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingado-
res, ingratos, desobedientes... Não terão amor para com
os outros e serão duros, caluniadores, sem domínio pró-
prio; violentos e inimigos do bem. Serão traidores, atre-
vidos e cheios de orgulho. Amarão mais os prazeres do
que a Deus. Terão a forma exterior da nossa religião,
mas rejeitarão o seu verdadeiro poder. Afaste-se dessa
gente. Alguns deles entram nas casas e conseguem domi-
nar mulheres fracas, que estão cheias de pecado e que
são levadas por toda espécie de desejos.” 2 Tm. 3.1-6
Deus Criou o Ser humano com o fim principal de ser honrado e
glorificado por ele (Jo. 14.15, 23). E, esta condição de nos achegar-
mos diante do Seu Trono nos é concedida, quando dizemos não ao
pecado e tomamos posse do sacrifico de Cristo (Ef. 2.10; 2Co. 5.17;
7.1) E concedeu-nos o Espírito Santo para habitar em nosso ser, que
após a restauração, torna-se templo.
Vendo o diabo que o Senhor tem um amor extremo pelo ho-
mem, voltou-se contra este, para destruí-lo, tornando-os seus segui-
dores, discípulos. Esta é a realidade de nossos dias, vivemos em tem-
pos finais, proféticos. Dias nos quais o maligno tem agido com todo
poder explicitamente. No aspecto espiritual vêem-se as religiões de-
claradamente satânicas crescendo assustadoramente; os cultos afros
cada vez mais em evidência; a igreja de Roma contextualizando seus
ritos, etc.
No social, as desgraças são alimento para os programas de TV.
É a fome, violência, a falta de teto, o emprego escasso. Etc.

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Mas, o enfoque principal desta mensagem é a degradação moral
da humanidade, patrocinada pelo diabo, que tem se acentuado cada
dia mais. O Sexo é a grande arma nas mãos do maligno e ele tem
sabido usá-la muito bem. E muitos têm sido aprisionados pelas cor-
rentes da imoralidade.
O Senhor deixou o sexo inicialmente com uma forma de procri-
ação, como é comum a todos os animais, no entanto, em sua miseri-
córdia permitiu que as relações sexuais fossem prazerosas e que na-
turalmente completasse a vida conjugal. O aproveitando-se disso, o
diabo plantou nos corações a malícia e esta tem tomado os homens.
A mulher tornou-se um objeto e sua imagem sedutora é usada em
quase todos os aspectos.
Na mídia, para segurar os níveis de audiência, vemos as novelas
e filmes com conteúdo altamen--te eróticos.
Os comerciais vendem de pneu a arroz.
Vivemos em dias, nos quais o sexo tem um apelo extremamente
forte, a ponto de envolver até mesmo alguns crentes.
MAS, O SEXO VERDADEIRAMENTE É RUIM?
De formal alguma; é um canal de prazer deixado por Deus aos
homens e quando praticado de forma normal e natural e dentro de
uma união é totalmente aceitável.
a) Uma Prática Natural:
Rm. 1.24-27; 6.19; Ef. 4.19; Hb. 13.4; 2Pe 2.10
É facilmente comprovada pela ciência a função de cada órgão
de nosso corpo. E os órgãos que foram criados por Deus para as re-
lações sexuais, são a vagina e o pênis. Um foi feito para o outro.
Naturalmente. Os homens ímpios, influenciados pelo maligno, tor-
naram a verdade do Senhor em mentira e tomado por paixões infa-

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mes, deixaram o modo natural das relações. Todas as formas antina-
turais de relacionamento sexual são contrárias à vontade de Deus,
por exemplo: Sexo anal; oral; masturbação; uso de vibrador; entre
pessoas do mes-mo sexo; etc.
b) Exclusiva No Casamento:
Mt. 5.27,28; 1Co. 7.2,5; At. 15.29; 1Co. 7.2
O Sexo é uma benção deixada por Deus aos homens para serem
praticadas exclusivamente dentro de uma União legal e normal. Sua
prática fora do casamento é pecado!
c) Inaceitável No Namoro/Noivado:
Gl. 5.19; 1Co. 6.18; Ef. 5.3; Cl. 3.5
A impureza é um pecado sexual. Todos os atos impuros prati-
cados entre casais de namorados são frutos da carne. A fornicação é
um pecado! Com certeza não vamos encontrar na Bíblia um texto
que literalmente faça alusão às práticas sexuais impuras de uma
forma explicita; mas, no conjunto da Palavra, facilmente vemos que
tudo aquilo que é praticado de uma forma antinatural ou impura é
errado.
A Palavra do Senhor é assim mesmo, simples e de fácil enten-
dimento. Para que todos que a leiam, possam praticá-la. Mt. 11.25;
1Co. 2.1-5. As controvérsias existentes no meio cristão sobre o as-
sunto, têm suas origens em vidas que se deixam influenciar pelos
espíritos maus e buscam dar vazão aos desejos da carne.
Devemos dar lugar ao Espírito de Deus, jamais aos espíritos
malignos. O amor a Deus e a santidade no viver, é indispensável.

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CAPÍTULO 4

O COMPORTAMENTO
SEXUAL MODERNO
1 Tessalonicenses 4:1-8
Uma das causas da desintegração da família é, sem dúvida al-
guma, o atual comportamento sexual pregado pela mídia que, de ma-
neira avassaladora, tem tomado conta dos lares nesta virada de sé-
culo. É comum encontrarmos pais frustrados, filhos revoltados e fa-
mílias divididas por causa de problemas de natureza sexual. Quais as
orientações que a Bíblia tem a dar sobre este assunto?
I - OS PARÂMETROS BÍBLICOS PARA O RELACIONA-
MENTO SEXUAL
Deus criou os seres humanos dotados de sexualidade. E estabe-
leceu o matrimônio para que, dentro dele, os casais pudessem culti-
var as relações sexuais, Gn. 2: 24; Hb. 13: 4; I Co. 7:1-5. Mas, a
sociedade tem voltado as costas à Palavra de Deus e ao bom senso.
Que problemas isso ocasiona?
1) O Relacionamento Sexual Antes Do Casamento.
Em nome de uma liberdade de consciência, jovens e adolescen-
tes são convidados a praticar sexo sem temores. Contudo, esse en-
volvimento precoce pode trazer sérios problemas, porque é uma re-
lação que sempre procura satisfazer o próprio prazer. Mas, onde fi-
cam os sentimentos ternos, sem os quais as relações sexuais não têm
sentido?
Relações pré-nupciais podem gerar sentimentos de culpa, inse-
gurança, dificultando o relacionamento harmonioso do casal posteri-
ormente.

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O hábito da relação pré-marital torna mais difícil manter a fide-
lidade dentro do casamento. A pessoa que não se disciplinar na prá-
tica da continência anterior ao casamento, achará difícil conter-se se-
xualmente nas ocasiões em que tal atitude possa tornar-se necessária
dentro do casamento, por causa de enfermidade, viagens, gravidez
ou por outros motivos. Não existe anticoncepcional absolutamente
eficiente, e o casal que se envolve nesse tipo de relação sempre corre
o risco de gerar filho. Isso sem contar que está exposto às doenças
sexualmente transmissíveis.
2) O Adultério.
A infidelidade conjugal tem sido a causa da destruição de inú-
meros lares, separação de casais, revolta de filhos, além de ser uma
abominação ao Senhor, Pv. 7: 25-27; I Co. 6: 15-19. O adultério leva
aquele que o pratica a um caos moral, espiritual e até financeiro. Vêm
a vergonha, o abalo emocional e a angústia. Veja Pv. 5:3, 4.
As consequências espirituais do adultério são a separação de
Deus, Is. 59: 1; Sl. 66: 8; o desânimo, Sl. 51: 12; a aplicação da jus-
tiça de Deus, Hb. 13: 4. Se não houver sincero arrependimento e
volta para Deus, virá, então, a condenação eterna, I Co. 6: 9.
II - DISTORÇÕES MORAIS EM
UMA SOCIEDADE SEM DEUS
No texto de Rm. 1:24-32, o apóstolo Paulo escreve acerca de
desvios de comportamento. Nos vv. 26 e 27, menciona o homosse-
xualismo que, em conjunto com os pecados citados nos vv. 29 a 31,
está sob a condenação divina. A realidade da situação exposta pelo
apóstolo é tão clara em nossos dias que existem segmentos da socie-
dade que aceitam a união civil entre homossexuais. E não poucas
pessoas, até mesmo com o nome de cristãos, interpretando a Bíblia a
seu bel-prazer, tentam justificar tais pecados. Todavia, advertências
seríssimas são ignoradas, tais como, Lv. 18:22; a história de Sodoma

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e Gomorra em Gn. 19:1-38; e o próprio texto de Rm. 1:24-32. Veja
também o texto de I Co. 7:2.
COMO LIDAR COM ESSA SITUAÇÃO?
 Entender que há cura para o homossexual mediante um tra-
tamento sério, confissão sincera e arrependimento verdadeiro, I Co.
6: 11; I Jo. 1: 9
 Agir com o coração de Deus, que não ama o pecado, mas ama
o pecador, restaurando-o.
 Reconhecer que o homossexualismo é apenas mais um dos
inúmeros atos reprovados pela justiça divina. Pecados tais como
a injustiça social, o roubo, as impurezas, a desonestidade, etc., estão
relacionados na mesma condenação, I Co. 6:9-11.
 Procurar ajudar os que incorrerem em tais erros, através
de aconselhamento, oração, levando-os a viver uma nova vida em
Cristo Jesus, II Co. 5:17.
III - A FAMÍLIA DEVE PRECAVER-SE
Como devem proceder os pais na orientação dos filhos?
a) A Educação Sexual. Os filhos precisam de encontrar em
seus pais a resposta para seus dilemas através de uma conversa
franca.
b) O Cultivo Da Vida Espiritual. Nunca devem faltar no lar a
oração, a comunhão, a leitura de bons livros, incentivo à participação
aos cultos e, acima de tudo, a constante leitura da Bíblia, Sl. 119: 9.
c) Dizer “Não” A Tudo O Que Contraria As Verdades De
Deus, e não permitir que amigos que não conhecem a Bíblia doutri-
nem a família, Ef. 5: 11.

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d) Fazer Com Que O Lar Seja Um Ambiente De Felicidade
E Segurança, pois muitos filhos tentam compensar essa falta fa-
zendo aquilo que é reprovável como uma expressão de revolta e re-
beldia da sua parte.

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CAPÍTULO 5

POR QUE NÃO


POSSO FAZER SEXO?
O SEXO E A MÍDIA
1. A Pressão Da Turma
“Cara, você ainda está na dúvida? É claro que você deve pra-
ticar sexo com sua (seu) namorada (o)! Todo mundo faz isto! Por
que você quer ser diferente? De que planeta você veio, para ter
idéias tão atrasadas?”. Já escutou seus amigos pressionando você,
com este tipo de conversa? Não caia no “papo” deles!
A vontade de Deus, quanto à relação sexual, é que ela tem que
ser realizada no contexto do casamento. Entretanto, a Mídia, (ou seja,
os meios de comunicação: TV, revistas, jornais, cinema, Internet
etc.) está fazendo uma pressão tremenda, para mudar valores éticos
e morais de muitas pessoas, inclusive dos seus amigos.
Assim sendo, você que está recebendo “pressão da turma”,
para mudar comportamentos e jogar fora tudo o que aprendeu até
aqui (através do ensino de seus pais e também da Igreja), CUI-
DADO! Sua turma foi pressionada pelo “lado ruim da Mídia” e caiu
na conversa dela — VOCÊ TAMBÉM VAI CAIR?
2. Vivendo Uma Vida Dupla
Muitos jovens cristãos, de tanto serem pressionados pelos ou-
tros, começam a achar que os amigos é que estão com a razão. Pas-
sam então a desprezar conceitos que aprenderam desde a infância,
através de seus pais e também da Igreja. Vivem uma vida dupla: na
igreja são os “certinhos”; fora dela, agem conforme seus desejos
mandarem. Estes jovens afirmam que não aguentaram a pressão, por-
que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
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A verdade é que existe muito menos informação, sobre o que a
Bíblia diz sobre o assunto, em comparação com a verdadeira enxur-
rada de convites, para fazermos o que Deus não quer.
Ainda é um “tabu” para muitas igrejas, falar abertamente, ins-
truindo os jovens sobre a área sexual. Outras igrejas, até promovem
a instrução do assunto, mas de cinco em cinco anos, esquecendo que
o trabalho de Satanás tem uma regularidade muito maior que a nossa.
Está na hora de perdermos o medo de falar claramente sobre este
assunto.
3. A Influência Dos Meios De Comunicação
Percebemos isso acontecer quando, após catástrofes (como:
grandes enchente, secas prolongadas, terremotos, ou ainda o auxílio
a refugiados de guerra), são utilizados os meios de comunicação para
um pedido de ajuda internacional. A ajuda chega, porque o povo foi
mobilizado para fazer o bem. Mas infelizmente, nem sempre a ação
da Mídia é requisitada para promover o que é bom.
Custa muito caro manter uma TV, um Jornal, uma Revista em
atividade. Assim, quem anuncia nestes meios de divulgação, também
paga caro. Com este raciocínio, podemos concluir que a Mídia é
mantida financeiramente por quem pode pagar. As programações são
realizadas, visando cativar a preferência de quem assiste, para que
no intervalo, as empresas que pagaram caro, implantem seus produ-
tos nas mentes dos ouvintes.
Existem vários livros, fora do meio evangélico, que questionam
a atuação dos meios de comunicação de massa. Entre eles, citamos o
escritor Teixeira Coelho, que no livro “O Que é a Indústria Cultu-
ral?”, Editora Brasiliense, mostra que (com raras exceções) a Mídia
torna-se representante da Indústria Cultural. Ela é capaz de fazer da
Cultura um objeto de consumo. Muitas vezes, a sua atuação torna as
pessoas alienadas, anestesiadas, promovendo um conformismo so-
cial. Acabam interferindo cada dia mais na vida do indivíduo, a ponto
23
de em alguns assuntos tão importantes, como a ética e cidadania, dei-
xarem os ouvintes sem reação ou sem reflexão crítica. O produtor faz
uma pressão aos consumidores, com objetivo maior de visar lucros e
mais lucros. Querido adolescente: precisamos entender que em mui-
tos casos, para vender mais, a Mídia pode tentar pressionar você a
jogar fora valores éticos e morais, usando mal a “liberdade de im-
prensa” que ela tem. Assim, temos que ser críticos de tudo o que
ouvirmos, para não termos “a cabeça feita” por gente que fala bo-
nito, mas acaba provocando nossa destruição moral, afastando-nos
dos padrões de Deus.
4. A Sensualidade Nas Propagandas Comerciais
Estudiosos do comportamento humano, tais como sociólogos e
psicólogos têm descoberto que a área sexual é muito sensível para
nós. Através de um despertamento sexual, você pode fazer com que
as pessoas mudem de atitudes e opiniões, passando até por exemplo,
a comprar coisas que anteriormente não estavam querendo. Hoje em
dia, se você fizer uma pesquisa informal em sua casa, perceberá que
mais ou menos 70% das propagandas comerciais, usam “SENSUA-
LIDADE” para vender seus produtos. Assim sendo, a mensagem que
na verdade é repetida nas mentes é: “Seja sensual, seja sensual, seja
sensual!”. Quem não agir desta forma, “não pode ficar na turma”.
Algumas vezes, os comerciais trazem mulheres com cabelos
maravilhosos, sendo balançados em câmera lenta e homens “caindo
a seus pés”, só para sugerir determinada marca de shampoo. Quando
as garotas que assistem à propaganda, compram e usam o tal sham-
poo, percebem que era um produto como outro qualquer! Mas as me-
ninas compraram e usaram, atraídas pela possibilidade de serem mais
bonitas, sensuais e desejadas, como a propaganda sugeria. FORAM
ENGANADAS! O objetivo era fazê-las comprar!

24
5. O Sexo Em Novelas E Filmes
Diariamente, idéias a respeito de infidelidade, amor por inte-
resse, sexo fora do casamento, vem minando os valores antigos, que
passam a ser encarados como “ultrapassados”. Assim, a pergunta: -
“Por que não posso fazer o mesmo?”, começa a ser uma pressão
constante na mente.
É muito comum encontrarmos tramas, onde as esposas regular-
mente constituídas, são mostradas como verdadeiras bruxas e as
amantes, tornam-se as heroínas. Existe então, um aberto incentivo à
idéia de que a coisa mais natural do mundo, é ir para a cama com a
pessoa que lhe agrada, mesmo não sendo casado com ela. Sabe como
a Deus chama esta atitude? ADULTÉRIO (quando envolver alguém
casado) e FORNICAÇÃO (quando envolve solteiros) e as duas ati-
tudes são consideradas PECADO!
Estas idéias vão entrando bem devagar em nossas mentes, go-
tejando a cada dia. Da mesma forma como na propaganda comercial,
a repetição destas idéias erradas todos os dias (capítulo a capítulo),
vai plantando SEMENTES DE DÚVIDA quanto aos padrões dados
por Deus, como fidelidade, honra, paciência, amor verdadeiro etc.
Além disso as histórias de amor, apresentadas em filmes e novelas,
trazem uma LIBERAÇÃO SEXUAL que é sugerida como fruto de
“modernidade, inteligência”. Estes enredos mostram um padrão de
“sonho, ideal, onde tudo é bom”, que quase nunca apresentam as
CONSEQÜÊNCIAS REAIS de se praticar o chamado “SEXO LI-
VRE DE PRECONCEITOS”.
Quer ver um exemplo? Você já viu alguma vez, o mocinho da
história (aquele que vai para a cama com várias mulheres) ficar do-
ente, com uma doença venérea? Nunca, não é? Sabe por que? A no-
vela ou o filme, não quer lhe contar sobre a REALIDADE da vida -
quer mostrar apenas a ILUSÃO, de que as CONSEQÜÊNCIAS
NÃO O ALCANÇARÃO!

25
Mas pergunte a qualquer médico, o risco que qualquer ser hu-
mano normal corre, se ficar se relacionando sexualmente com vários
parceiros. Ele lhe dará os índices altíssimos, atendidos nos hospitais
de todo o país, de pessoas infectadas por diversas doenças. Certa-
mente as novelas e os filmes NÃO CONTARÃO ESTA HISTORIA,
PORQUE NÃO LHES INTERESSA CONTAR ES-TA VERDADE!
ELES DESEJAM MOSTRAR ILUSÕES! Meu caro adolescente,
você é quem deve decidir: VOCÊ QUER A VERDADE OU VIVER
ILUDIDO, tendo péssimos resultados desta ilusão?
6. As Consequências São Reais
Não aceite ser enganado! Tudo o que fazemos tem consequên-
cias, sejam elas BOAS ou MÁS! Quem se relaciona sexualmente
fora dos padrões de Deus (ou seja, fora do contexto do casamento),
terá consequências.
Isto quer dizer que mesmo que não aconteça uma gravidez in-
desejada ou o aparecimento de doenças venéreas (que se atingirem o
feto, poderão lhe ocasionar defeitos físicos etc.), certamente resultará
em graves consequências familiares, psicológicas e espirituais. Tudo
porque você estará “atropelando etapas” de sua vida, para as quais
você ainda não está preparado.
QUE TAL OPTAR POR FAZER O QUE É CERTO
AOS OLHOS DE DEUS?
Isto trará como consequência SAÚDE PARA O CORPO E
PARA A MENTE! Nada se compara a obedecer a vontade de Deus!
Quando Moisés estava para entrar na Terra Prometida, reuniu o povo
e deu suas últimas recomendações, lembrando a eles que se fossem
fiéis ao Senhor e aos Seus ensinamentos, a CONSEQUÊNCIA é que
seriam muito felizes e prósperos na nova terra.
Porém, se o povo se desviasse da vontade de Deus, dando ouvi-
dos aos conceitos errados dos povos que seriam seus vizinhos, a
26
CONSEQUÊNCIA é que eles não viveriam por muito tempo naquele
lugar. Mas Moisés deixou bem claro que QUALQUER DECISÃO
TERIA SU-AS CONSEQUÊNCIAS:
“Vê que proponho hoje, a vida e o bem, a morte e o mal;
se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que AMES
ao Senhor teu Deus, ANDES nos seus caminhos e GUAR-
DES os seus mandamentos e os seus estatutos e os seus
juízos, então VIVERÁS e te multiplicará e o Senhor teu
Deus te abençoará (...) Porém, se o teu coração SE DES-
VIAR, e não quiseres dar ouvidos e FORES SEDUZIDO, e
te INCLINARES a outros deuses e OS SERVIRES, então
hoje te declaro que certamente PERECERÁS; (...) ESCO-
LHE POIS A VIDA, para que vivas tu e a tua descendên-
cia, amando o Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz
e apegando-te a Ele, pois disto depende a tua vida e a tua
longevidade;”. Dt. 30:15-20
O apóstolo Paulo, falando aos Romanos, comenta que antes de
nos convertermos a Jesus, fazíamos coisas terríveis, que hoje nos ar-
rependemos. Se continuássemos nelas, nosso caminho seria a vida
eterna longe de Deus, PORQUE A CONSEQÜÊNCIA DE CONTI-
NUAR NO PECADO, É A MORTE!
“Quando vocês eram escravos do pecado, não faziam a
vontade de Deus. Porém, o que é que vocês receberam de
bom, quando faziam aquelas coisas de que agora se enver-
gonham? Pois o resultado de tudo aquilo é a morte. Mas
agora vocês foram libertados do pecado e são escravos de
Deus. Por isso a vida de vocês está completamente dedi-
cada a ele, e como resultado terão a vida eterna. Porque
o salário do pecado é a morte, mas o presente de Deus é a
vida eterna, para quem está unido com Cristo Jesus, o
nosso Senhor.” Rm. 6:20-23 (BLH).

27
Paulo, em Gálatas é até mais claro, dizendo que DE DEUS
NÃO SE ZOMBA! Aquilo que você escolher, TRARÁ SUAS CON-
SEQÜÊNCIAS, SEJAM BOAS OU MÁS!
“Não se enganem: de Deus não se zomba. Aquilo que uma
pessoa plantar, é isso mesmo que colherá. Se plantar o que
a sua natureza humana deseja, essa mesma natureza lhe
dará colheita de morte. Porém se plantar o que agrada o
Espírito de Deus, do Espírito colherá a vida eterna.” Gl.
6:7-8 (BLH).
NÃO SE DEIXE ENGANAR POR FALSAS HISTÓRIAS!
DECIDA AGORA MESMO FAZER A VONTADE DE DEUS, NA
ÁREA SEXUAL OU EM QUALQUER ÁREA DE SUA VIDA!

CAPÍTULO 6

28
MASTURBAÇÃO
É PECADO?
Vivemos em uma era de liberdade de expressão e de um estilo
“livre” de vida. Hoje vemos nos filmes, nas novelas, nas músicas,
nas danças, nas roupas da moda, etc., uma comercialização do sexo.
Em Gênesis 1:28, Deus disse ao homem: “E Deus os abençoou e
Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e su-
jeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus,
e sobre todo o animal que se move sobre a terra”, ou seja, o sexo
tinha uma função procriativa e fez Deus uma mulher idônea para
Adão para que, dela, ele desfrutasse e, com ela, enchesse a terra (Gn.
2:18).
Hoje em dia o sexo está tão banalizado que não há mais aquela
expectativa dos noivos em se descobrirem aos poucos, em maravi-
lharem-se um com o outro vivendo uma novidade maravilhosa de um
toque, de uma fragrância, de surpresas que fortalecem o casamento e
o amor. Com tamanha sobrecarga de “normal” (sexo antes do casa-
mento é normal, homossexualismo é normal, filhos drogados é nor-
mal, você tem que aceitar...), porque não devemos ensinar nossos fi-
lhos a se masturbarem? Não é normal?
VAMOS FALAR DE ÁREAS CINZENTAS DA MORALIDADE
Ao considerar as questões sexuais que não estão especifica-
mente relacionadas na Escritura, tenha em mente certas experiências
pré-sexuais que conduzem facilmente à lascívia ou à luxúria.
NOSSOS PENSAMENTOS
A batalha pela pureza sexual sempre começa na mente. Aquilo
em que pensamos constantemente, acabamos fazendo. Enchemos
nossa mente com o bem ou o mal, o puro ou o impuro, o certo ou o

29
errado. Muitos crentes tentam abrigar ambas as tendências em seus
pensamentos.
O pecado sexual declarado é concebido na mente, desenvolvido
em várias experiências pré-sexuais, e finalmente torna-se realidade,
quando a oportunidade aparece. Não somente a imoralidade resul-
tante é pecado - os pensamentos impuros também são pecados. As
palavras de Jesus, no Sermão da Montanha, são freqüentemente ci-
tadas a este respeito: “Ouvistes o que foi dito: Não adulterarás. Eu,
porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a
cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela” Mt 5:27 e
28. Não se confunda, a ponto de dizer: “Visto que já pequei em meu
coração, posso também pecar com o corpo”. Estes pecados não são
os mesmos! Um é o pecado da mente, e em pensamento apenas uma
pessoa peca. O outro é um pecado da mente e do corpo, e, com o
corpo, duas pessoas pecam. Na mente, não há união física. Com o
corpo, os dois chegam a se conhecer um ao outro de maneira irrever-
sível. Note que, em Mt. 5:28, Jesus menciona não apenas olhar, mas
olhar para cobiçar. Isto implica um desejo ativo, imaginando uma
união ou contato sexual.
Paulo diz que o crente de espírito controlado, na batalha espiri-
tual, está “levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo”
(II Co. 10:5). E Pedro diz: “Cingindo os lombos do vosso entendi-
mento, sede sóbrios... não vos conformeis às concupiscências que
antes tínheis na vossa ignorância” (I Pe 1:13 e 14). Não podemos
impedir todo pensamento impuro de entrar na mente, porém somos
realmente capazes de controlar os pensamentos que permanecem e
se desenvolvem.
NOSSOS OLHOS
O que nossos olhos vêem e lêem produz e controla a maior parte
de nossos pensamentos. As Escrituras ensinam que os olhos são a
“candeia do corpo” (Mt. 6:22,23) e que se os “olhos forem maus”,
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o corpo “será tenebroso”. Esta verdade descreve mais do que um
fato físico. Refere-se ao que os olhos deixam entrar na mente.
O apóstolo João adverte contra a “concupiscência dos olhos”
(I Jo. 2:16). Salomão escreveu: “Dirijam-se os teus olhos para a
frente e olhem as tuas pálpebras diretamente diante de ti. Pondera a
vereda de teus pés, e serão seguros todos os teus caminhos” (Pv.
4:25,26). Salomão também diz: “Filho meu, dá-me o teu coração; e
deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos. Porque cova profunda
é a prostituta; e o poço estreito é a aventureira” (Pv. 23:26,27).
Devemos nos afastar da pornografia que vem sendo despejada
em nosso caminho, lembre-se: “os olhos são a candeia do corpo”.
Se você não resiste à tentação, não olhe. Você não pode ser tentado
a se masturbar se estiver lendo passagens da Bíblia.
MASTURBAÇÃO É PECADO?
A maioria dos não-crentes e também muitos crentes crêem que
a masturbação não apresenta nenhum problema. Certamente, não
acham que é pecado e que só constitui um problema quando é uma
obsessão e um substituto psicológico total para as relações sexuais
normais.
A muitos mitos sobre a masturbação, em escritos católicos e
protestantes antigos, a este respeito. Alguns destes mitos são que a
masturbação causa danos físicos, que destruirá a habilidade sexual
no casamento ou que causará distúrbios emocionais. Estes mitos
eram basicamente táticas para amedrontar e tinham pouca base em
fatos.
Não há passagem específica na Escritura que fale diretamente
da questão da masturbação. Há quem chame a atenção para Gn 38:8-
10 e I Co 6:9-10. Concordo com o escritor Herbert J. Miles, que estas
passagens não falam de masturbação.

31
Mesmo assim, a Bíblia fornece orientações que lhe permitirão
decidir se a masturbação é pecado ou não. Reflita sobre as seguintes
observações:
1. Vejamos A Definição De Lascívia E Luxúria: “Gratifica-
ção dos sentidos u indulgência para com o apetite; dedicado aos ou
preocupado com os sentidos” e “desejo sexual intenso”. A masturba-
ção encaixa-se definitivamente nestas definições (veja Gl 5:19).
Pode-se praticar a masturbação sem lascívia ou luxúria?
2. O Teste Seguinte É O De Sua Vida Mental. Jesus disse:
“Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher
para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mt.
5:27,28). Quando uma pessoa pratica masturbação, o que se passa
em sua cabeça? As cachoeiras de Paulo Afonso? Pode alguém se
masturbar sem imaginar um ato sexual ou ao menos cenas sensuais?
O que é que você acha? Se você pratica a masturbação, pode sua
mente permanecer pura?
3. Em Seguida, Reflita Sobre A Santidade E A Intenção Da
Relação Sexual No Casamento. Sem sombra de dúvida, a mastur-
bação é uma tentativa de experimentar as mesmas sensações que são
atribuídas ao casamento. É um substituto do ato verdadeiro - uma
farsa, uma falsificação, um dolo.
4. A Masturbação É Também Totalmente Egocêntrica. Uma
das características do egocentrismo é a auto-indulgência. Paulo des-
creve o modo de vida de quem é controlado por Satanás, dizendo:
“Todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Ef 2:3).
5. A Masturbação Pode Nos Levar À Escravidão. Quando
uma pessoa é dominada por uma indulgência carnal, ela peca. “Não
reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes
às suas concupiscências” (Rm 6:12). Paulo também diz: “Todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém. Todas as
32
coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma
delas” (I Co 6:12). Você é escravo da masturbação?
Reflita sobre os cinco enunciados acima, para determinar se,
para você, a masturbação é pecado.
Liberte-se!
O impulso sexual é uma parte normal, dada por Deus, de qual-
quer homem ou mulher saudável. Envergonhar-se disto é duvidar da
bondade de Deus para conosco. Abusar dele é contrariar a Graça que
Deus tenciona para nós. Ele nos criou com muitos impulsos e dese-
jos, que podemos desenvolver ou usar de maneira errada. Como um
deles, o impulso sexual ativa ou destrói os relacionamentos, de
acordo com seu controle e aplicação.
A masturbação é um problema comum. Não devemos ter medo
de conversar sobre ela nem de ajudar as pessoas a superá-la. Homens
e mulheres acham que é um hábito igualmente opressivo, e buscam
ajuda para a superação do problema. Compaixão, e não condenação,
deve ser nossa resposta.
Minha conclusão é que a masturbação não deve fazer parte da
vida do crente. I Coríntios 6:18-20, Gálatas 5:19 e I Tessalonicenses
4:3-7 são passagens que falam sobre a questão do uso de nossos cor-
pos devidamente no sexo. Embora não possamos assentar todos os
argumentos que dizem que a masturbação é pecado, não podemos
negar que ela é resultado da lascívia e da paixão. Mas, na liberdade
da Graça de Deus, podemos escolher fazer o que é sagrado e direito
aos olhos de Deus. Fique com Deus.
CAPÍTULO 7

33
10 PERGUNTAS SOBRE
A VIRGINDADE
1) O Que Vem A Ser A Virgindade?
R: Virgindade - Estado de pessoa virgem, isto é que nunca pra-
ticou um ato sexual, estando puro, intacto, que nunca foi usado; inex-
plorado.
2) Porque Tem Crescido O Número De Adolescentes E Jo-
vens Que Tem Tido Experiências Sexuais Tão Cedo?
R: Conforme pesquisa que realizei durante um ano entrevis-
tando jovens mães (adolescentes e jovens) cheguei à conclusão que
existe ainda uma lacuna quando o assunto em pauta é virgindade.
Entendo que a família tem a maior porcentagem de responsabilidade
em educar e ensinar os filhos, porém a Igreja também tem uma parte
na responsabilidade em orientar o jovem, pois a Bíblia Sagrada nos
revela claramente a respeito da virgindade, e o porquê de ser virgem
e o que fazer para guardar-se para o matrimônio. A escola também
tem uma boa porcentagem na responsabilidade em passar para o jo-
vem a respeito da virgindade, no entanto vemos não só a escola, mas
o Governo e algumas entidades e veículos de comunicação, como as
novelas; onde tanto o sexo entre adolescentes como ser mãe indepen-
dente é normal.
Ao invés de ensinar ao jovem a manter-se virgem até o matri-
mônio, evitando assim doenças, uma gravidez indesejada ensinando-
os a fazer segundo a palavra de Deus, como diz as Escrituras Sagra-
das; todavia vemos estes ensinando os jovens a como usar o preser-
vativo. Temos consciência que por de trás desta “preocupação da
mídia, existe uma preocupação muito maior em todo este processo

34
de comercialização, que por sinal é bem lucrativo, do que se preo-
cupar como será o futuro destes jovens nos quais entram tão cedo
para o mercado do sexo”.
3) Quando A Bíblia Fala A Respeito Da Virgindade, Ela Se
Dirige Ao Homem Também?
R: Sim. Se analisarmos as Escrituras Sagradas, veremos o após-
tolo Paulo dirigindo-se aos homens solteiros, no capítulo 7, respecti-
vamente nos versículos 1e 8 na carta aos Coríntios: “..., é bom que o
homem não toque em mulher; más por causa da impureza cada um
tenha a sua própria esposa; bom seria se os solteiros e viúvos fossem
como eu, todavia aos que não conseguem dominar-se, bom é que se
casem, pois é melhor casar do que se abrasar”. Entendemos que
Paulo exorta o homem solteiro a cuidar das coisas que pertencem ao
Santuário de Deus, como também ele mesmo o fez, todavia se for
para o homem andar em fornicação, prostituição, antes, seja melhor
casar-se e ter uma esposa, pois é melhor casar do que se abrasar.
Tanto na época em que Paulo escreve aos Coríntios como nos
dias de hoje, muitas pessoas acham que podem andar em adultério,
fornicação e continuarem a oferecer sacrifícios agradáveis a Deus, e
o Senhor Jesus os receber. Todavia a fornicação, a impureza e o adul-
tério fazem partes das obras da carne, como está registrado na carta
aos Gálatas, no capítulo 5: “Andai no Espírito e jamais satisfareis à
concupiscência da carne. A respeito das quais eu (Paulo escreve ins-
pirado pelo Espírito Santo de Deus) vos declaro, como já outrora,
vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas
praticam”.
4) Porque O Homem Valoriza A Virgindade No Matrimô-
nio?
R: Segundo pesquisas recentes, é grande a porcentagem de ho-
mens que procuram para constituir um lar, mulheres virgens. Muitos
homens sentem-se inseguros, outros por outro lado tem “medo” de
35
seu desempenho sexual ser comparado com o de outro, e outros ainda
tem medo de após terem relações sexuais com a parceira, não satis-
fazerem-na a ponto de ela procurar outro que lhe satisfaça. Todavia
o homem cristão valoriza a virgindade não por tais motivos fúteis,
más por ser conhecedor da Palavra de Deus, a qual ensina que a mu-
lher virgem é comparada à noiva de Cristo, na qual é pura, santa e
imaculada, de um só esposo. (II Coríntios 11:2).
5) A Virgindade Está Fora De Moda?
R: Para responder a esta pergunta, vejamos primeiramente o
que significa o termo moda: “costume ou estilo, em geral efêmero,
aceito e imitado por um grupo ou meio social em certa época ou
lugar”.
A Bíblia nos diz que devemos ser não imitadores de tais modis-
mos efêmeros, pois com a mesma intensidade que aparecem, com o
passar do tem-po, desaparecem, dando lugar para novos conceitos.
Todavia a Bíblia nos revela na carta aos Efésios (cap. 5; 1) para
que sejamos imitadores de Deus, no qual é Santo e imutável. Passam-
se séculos, porém sua palavra continua a mesma.
Logo; podemos entender que a virgindade não pode ser compa-
rada com o termo “moda”.
6) Virgindade Tem A Ver Com A Cultura De Um Povo?
R: podemos dizer que cultura de um povo é a herança social
que um indivíduo adquirido grupo em que vive (costumes, tradições,
vestuário, alimentação, e etc.). Portanto cada sociedade transmite ás
novas gerações o patrimônio cultural que recebeu de seus antepassa-
dos; todavia há um processo de mudança social que acaba influenci-
ando as informações que foram recebidas de geração em geração,
mesmo porque acontece a miscigenação entre os povos, dando início
a uma nova cultura. Entendemos então que os usos e costumes mu-
dam conforme a cultura da época; no entanto a doutrina que a Bíblia
36
Sagrada nos revela é imutável, inabalável, inalienável, chegando in-
clusive a ser o único Livro conhecido mundialmente; no qual afirma
que: “a mulher se deixe a conhecer somente ao seu marido”, isto é
que tenha relações sexuais somente depois de consumado o matri-
mônio monogâmico.
7) Os Casais Que Se Guardaram Virgens Para O Matrimô-
nio Se Arrependeram Após O Casamento, Por Não Terem Tido
Outras Experiências?
R: Não. Durante um ano entrevistei casais de várias classes so-
ciais que se casaram virgens e 98% de 100 entrevistados, disseram
que não se arrependeram, e que não se sentiram em desvantagem em
relação aos que haviam tido experiências antes do matrimônio;
mesmo porque o casamento significa união, ajuste entre duas partes,
onde ambos irão a partir daquele momento iniciar uma nova fase de
vida; desfrutando não só dos móveis, da casa, e do enxoval que serão
usados pela primeira vez, mas também do sexo, e juntos, estarão di-
vidindo suas experiências e anseios, e a cada dia surgindo uma nova
descoberta.
8) Existe Um “Tabu” Quanto A Se Manter Virgem Sol-
teiro(a)?
R: Existe uma diferença entre liberdade e libertinagem. Somos
chamados por Deus para sermos livres, todavia as pessoas que não
tem base Bíblica, confundem liberdade de ação com libertinagem.
Para alguns grupos que vivem dissolutamen-te, e são escravos da mí-
dia, concordam quando a mesma dá ênfase para o adultério, homos-
sexualismo, lesbianismo, e sexo entre adolescentes e jovens, exposto
nas novelas, em filmes, revistas, e etc., achando que ser virgem é um
fato ultrapassado.
No entanto aquele que segue os conselhos que o salmista, ins-
pirado por Deus escreve no Salmo 1: “Bem aventurado o varão que

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não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho
dos pecadores, nem assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem
o seu prazer na lei do Senhor e na sua lei medita de dia e de noite.”
A mulher e o homem que não andam segundo o que estes “tais”
grupos com atitudes perniciosas pensam, e sim buscam na Palavra
de Deus as respostas para os seus problemas, estes serão bem suce-
didos, mesmo porque não estão firmados na mídia, que com a mesma
intensidade que aparecem, desaparecem, más sim em Cristo, no qual
é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
9) Porque A Bíblia Compara A Mulher Virgem Com A
Noiva De Cristo?
R: Por que a noiva de Cristo, que é a Igreja, para ser arrebatada
com Jesus, tem que estar pura, santa, imaculada e sem mancha, co-
nhecedora de um só esposo, que é Cristo para que não seja contami-
nada com vãs doutrinas. Da mesma maneira sejam também as mu-
lheres virgens, conhecedoras de um só esposo. Referências: O Evan-
gelho de São Mateus 25; 1 ao 13, II Coríntios 11:2, Levítico 21;14.
10) Perante A Bíblia, Como Ficam As Mulheres Que Em-
bora Não São Mais Virgens, No Entanto Tem Desejo De Casar-
Se E Constituir Um Lar, E Ter Uma Vida Com Cristo?
R: A partir do momento em que houve arrependimento e con-
fissão, há remissão do pecado. Podemos ler na carta aos Romanos,
no capítulo 8, precisamente no versículo 1: “Agora, pois, já nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. Também na Se-
gunda Carta aos Coríntios capítulo 5 e versículo 17 leremos: “Aquele
que está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já se foram e eis
que tudo se faz novo”.
Ao lermos as passagens que retratam a peregrinação de Cristo
na terra; veremos com certeza Jesus falando com mulheres adúlteras,
ladrões, prostitutas, pessoas enfermas; enfim vemos Jesus perdoando

38
e “sarando” os corações feridos, dando- lhes oportunidade para ini-
ciar uma nova fase de vida, desta vez em santidade. O caso da mulher
pecadora, que se encontra no Evangelho de Lucas, cap.7 e versículos
36 ao 50; nos retrata a história de uma mulher na qual todos a discri-
minavam por ser ela pecadora, porém esta mulher foi até Cristo, com
o coração quebrantado, e Jesus perdoou seus pecados. Vemos casos
similares como “A mulher Samaritana”; “A mulher adúltera” e ou-
tros nos quais vemos Jesus imputando-lhe seus pecados e dando-lhes
oportunidade de terem uma nova vida, sem acusações, sem ressenti-
mentos, sem medo do porvir.
POR QUE SEXO ANTES DO CASAMENTO É PECADO?
A resposta simples é: porque a Bíblia diz. No entanto, diferen-
temente de outros mandamentos, a proibição de fornicação (sexo an-
tes do casamento) é difícil de ser simplesmente aceita. Não ouvimos
por aí ninguém questionando porque devemos não matar, roubar, ou
mesmo amara ao próximo como a si mesmo. Quando se fala em se
manter virgem até o casamento, até mesmo cristãos de verdade (mui-
tos só se dizem cristãos) têm seus questionamentos. Não que alguém
duvide que seja errado, só não se sabe bem porquê. De fato, como
obedecer algo que não entendemos é muito mais difícil, muitos caem
em tentação pela ignorância de não compreenderam a maravilhosa
vontade de Deus.
Há algum tempo atrás, quando sua avó se casou, por exemplo,
essa dúvida nem seria trazida à baila. Tão claro como hoje as pessoas
sabem que não deve se matar ou roubar, se sabia que o sexo era para
depois do casamento (ao menos para as mulheres). Hoje em dia, fazer
sexo fora do casamento é “normal” e ter uma vida sexual ativa é
aclamado como sendo necessário para que a pessoa seja saudável e
“de bem com a vida”. No entanto, esse mandamento veio direta-
mente de Deus e, ainda que o mundo cada vez mais tente levar-nos a

39
crer que guardar-se para o casamento é sem sentido e ultrapassado,
tem em si a perfeição que tudo que vem de Deus possui.
Muitas pessoas não sabem nem ao menos onde se encontra na
Bíblia esse mandamento. Então vamos começar por aí. Dependendo
da tradução as palavras mudam, mas você pode encontrar esse man-
damento em Atos 15:20, 15:29, 21:25.
“Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações
dos ídolos, das relações sexuais ilícitas, do que é sufocado
e do sangue.” At. 15:20
“Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e
do sangue, e da carne sufocada, e das relações sexuais ilí-
citas; e destas coisas fareis bem de vos guardar. Bem vos
vá.” At. 15:29
“Quanto aos gentios que creram, já lhe transmitimos de-
cisões para que se abstenham das cousas sacrificadas a
ídolos, do sangue, da carne de animais sufocados e das
relações sexuais ilícitas.” At.21:25
Mas o que a Bíblia diz sobre o sexo:
1. Deus É A Favor Do Sexo.
Ele o criou puro, limpo, bonito e deseja que suas criaturas o
desfrutem plenamente no casamento.
2. O Propósito Do Sexo É:
a. Procriação - a extensão do amor dos pais na concepção dos
filhos.
b. Comunicação - unidade conjugal.
c. Recreação - o prazer conjugal.
3. Deus planejou o sexo para o casamento.

40
Confira em Gen.1:28 Hebreus 13.4; 1 Tessalonicenses 4. 3-8; 1
Coríntios 6. 12-20.
“Então Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos e
multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre
os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os
animais que se arrastam sobre a terra.” Gn. 1:28
“Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem má-
cula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará.” Hb.
13:4
“Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santi-
ficação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um
de vós saiba possuir o seu próprio corpo em santidade e
honra, não com desejo de lascívia, como os gentios que
não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém iluda
ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é vingador
de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos
e testificamos. Porque Deus não nos chamou para a impu-
reza, mas para a santificação. Portanto, quem rejeita isso
não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o seu
Espírito Santo.” I Tessalonicenses 4. 3 ao 8.
Diante da avalanche devastadora que atualmente tenta transfor-
mar o sexo antes do casamento em um fato normal e totalmente acei-
tável; devido a força implacável que a pressão dos amigos e da mídia
exerce; pela assustadora proliferação do sexo precoce, é evidente a
necessidade de um estudo claro, amplo, franco, aberto sobre estas
questões tão polêmicas, e que são tão reais à sua problemática de
vida.
Então você já sabe que é errado, mas por que é errado?
Como qualquer outro pecado, sexo antes do casamento, tem
suas conseqüências...

41
1.Efeitos Físicos
 Perda da virgindade;
 Gestação inesperada;
 Filho ilegítimo;
 Aborto;
 Casamento forçado;
 Doenças venéreas.
2. Relacionamentos Desfeitos
Muitos namoros e noivados terminam justamente devido ao en-
volvimento sexual. O sexo, que foi idealizado por Deus para ser uma
bênção quando praticado sob Seus princípios, torna-se uma catás-
trofe.
Para os dois jovens envolvidos é muito complicado desfazer o
relacionamento, livrar-se dos elos que os encurralou, equacionar as
dificuldades mútuas e as brigas constantes que surgem em decorrên-
cia. Há também a chance concreta de um dos dois sentir-se usado
pelo outro e, quando a relação termina, esse é um fator que machuca
demais.
3. Culpa
Assim como muitas formas de imoralidade e desobediência dos
padrões divinos, o sexo antes do casamento também produz culpa.
4. Abalo Emocional
O preço emocional para uma imoralidade sexual é imensurável.
Suspeita, desapontamento, tristeza, stress, sentimento de vazio são
algumas emoções destrutivas que a sucedem.
Uma garota afirmou:
- Depois da experiência você fica mais dependente do que
nunca do rapaz. Ele é a sua vida e você se sente inteiramente vulne-
rável. Quando meu namorado terminou comigo senti-me péssima,
42
horrível. Ao saber que após uma semana ele já tinha outra, fui inva-
dida por um sentimento de rejeição desesperador.
Eis o depoimento de outra moça:
- Pensei que a relação sexual seria mais satisfatória, mas me
enganei. Confessei a Deus o que fiz. Sei que Ele me perdoou. No
entanto, o que me entristece, é que nunca mais receberei minha vir-
gindade de volta. Temo pelo dia em que terei que contar ao homem
que o Senhor tiver escolhido e separado para mim, que ele não será
o primeiro.
5. Ataques Contra a Auto-Estima
A causa para um envolvimento sexual antes do casamento, tam-
bém pode vir a ser uma de suas consequências. Envolvimento sexual
fora do casamento acentua os sentimentos de insegurança, humilha-
ção e as dúvidas pessoais.
6. Escravidão Espiritual
A Palavra de Deus declara em 1 Pedro 2.11: “As paixões car-
nais fazem guerra contra a alma.” e em 1 Pedro 5.8, o apóstolo men-
ciona o diabo como nosso adversário, que anda ao nosso redor como
leão que ruge à procura de alguém para devorar. O sexo é o meio
pelo qual Satanás escraviza os seres humanos física, emocional e es-
piritualmente - ao mesmo tempo - em diversas oportunidades. O pe-
cado sexual prejudica o relacionamento e o caminhar do adolescente
com Deus. Já observei que jovens mergulhados em uma relação ilí-
cita são mais vulneráveis a outras tentações.
Acima de todas essas razões, fazer sexo fora do casamento im-
plica em desobedecer uma determinação de Deus. Quando pecamos
contra Deus pagamos o preço. O Espírito Santo se entristece e se
afasta, decepcionamos a nosso Senhor e Salvador - que nos garantiu

43
que nunca sofreríamos tentação que não pudéssemos resistir e aten-
demos a concupiscência da carne, voltamos a agir como a velha cri-
atura, voltamos ao jugo de Satanás.
Cabe a cada um de nós resolver o que fazer... Lembre-se “Tudo
posso naquele que me fortalece.” Inclusive esperar...
Fique com Deus.

CAPÍTULO 8
44
PORNOGRAFIA
O VÍCIO DE MARIDOS QUE PRODUZ SOFRIMENTO
E HUMILHAÇÃO NAS ESPOSAS
Sexo. Sua presença está com a raça humana desde o início dos
tempos, mas nem sempre se entendeu seu significado. Não foi criado
de qualquer jeito e sem pensar, mas planejado para completar uma
importante união. Tem o poder de criar e, se mal usado, pode devas-
tar. É fonte de grande prazer ou total destruição. E para os homens,
se tornou objeto de obsessão e exploração.
Lembra-se da profissão mais antiga do mundo? A prostituição
sempre foi um problema comum. As antigas cidades de Sodoma e
Gomorra representam o máximo da imoralidade sexual.
No entanto, o que acontece em nossa época é totalmente novo.
Antes da era das revistas pornográficas e da Internet, os homens
tinham de ir a algum lugar para cometer pecados sexuais. No pas-
sado, o sexo ilícito acontecia de duas formas mais comuns: nas zonas
de prostituição e nos casos de adultério. Era preciso muito esforço
para praticar fantasias sexuais, pois não havia fotos de mulheres nuas
ou de calcinha.
Mas hoje é diferente. Nunca antes foi como é agora.
Nunca antes existiu a oportunidade de alimentar e cultivar um
vício secreto. Com a chegada da Internet, tudo mudou. O que antes
estava longe e exigia esforço para alcançar, agora pode-se experi-
mentar com um simples clique do mouse. O sexo na Internet oferece
de tudo: bate-papos sexuais ao vivo com parceiros do mundo inteiro,
fotos e vídeos contendo imagens de excitantes corpos femininos, etc.
A consequência é que os homens acabam se tornando consumidores
descontrolados dessas ofertas.

45
Sem mencionar a TV e as revistas. Para todos os lugares onde
olham, os homens se deparam com imagens de mulheres sedutoras.
Até mesmo as super-heroínas mais “inocentes” dos programas de
TV têm seios grandes e sensuais e roupas bem curtas.
Assim é que, como o gênio da lâmpada pronto para satisfazer
aos desejos da imaginação de um homem, a Internet, as revistas e a
TV rodeiam os olhos e a mente masculina com suas estonteantes
iguarias de nudez e sexo. Será que seria difícil imaginar a reação dos
homens a esses convites? Anualmente, a indústria pornográfica lucra
uns 20 bilhões de dólares.
A PORNOGRAFIA NÃO É UM PROBLEMA?
Muitas vezes a pornografia é considerada um “crime sem víti-
mas”. Há pessoas que acham que não há nada de mais em ver fotos
e cenas de sexo ou de mulheres nuas. Mas no rastro desse vício há
casamentos desfeitos, esposas inocentes abusadas emocional e fisi-
camente, meninas e moças estupradas e famílias financeiramente de-
vastadas.
AS ESTATÍSTICAS SÃO DE ASSOMBRAR:
• As crianças, em média, são expostas à pornografia com a
idade de 8 anos.
• 75 por cento dos estupradores condenados confessam que
praticaram em suas vítimas as cenas que viram na pornografia.
• 80 por cento dos estupradores de crianças confessam que seu
problema começou através da pornografia.
Então, quem é que poderia afirmar que a pornografia não pre-
judica ninguém? As vítimas desse vício são homens, cujas fantasias
se tornaram desejos escravizantes. Elas são mulheres e crianças cujos
corpos são usados como objetos descartáveis. Elas são as filhas que
aprendem que o único modo de elas poderem receber amor é através

46
do sexo e da sedução. Elas são as famílias que experimentam a des-
truição de sua segurança e auto-estima porque um pai ou filho não
consegue mais ver as mulheres com dignidade e respeito, mas só
como objetos de prazer. Enquanto se debate se a pornografia é pre-
judicial, a sociedade paga um alto preço com o aumento de casamen-
tos desfeitos e crimes sexuais violentos.
Há a necessidade de os homens serem conscientizados e ajuda-
dos a não fazer pouco caso dos riscos que a pornografia fácil da In-
ternet representa. A seguir apresentamos testemunhos de vítimas:
ESPOSAS DE VICIADOS EM PORNOGRAFIA
Estive casada com um homem abusivo durante 18 anos. Ele me
usava para praticar suas fantasias pornográficas. Desrespeito, raiva,
desprezo, humilhação, dor, confusão e traumas profundos são apenas
algumas das palavras que descrevem o modo como me sentia quando
lembro o que vivi. Procuro não pensar no passado para não ficar
doida. Tentei tudo o que eu podia para me conduzir conforme as mu-
lheres das fotos. Pensei que fazendo isso salvaria meu casamento.
Logo percebi que eu não era nada, a não ser um objeto para ser usada
e abusada para satisfazer os prazeres dele. Escapei do sofrimento,
mas paguei um preço alto. Meus filhos e eu sabemos que a porno-
grafia prejudica de muitas formas. Mas Deus é fiel e ele está restau-
rando os muitos anos de traumas. Ex-esposa de um viciado em por-
nografia.
Tudo começou quando meu marido passou a dar olhadas em
revistas pornográficas. Depois, ele começou a ir a clubes de strip e
procurar prostitutas. Laurie Hall, esposa de um viciado em pornogra-
fia.
Sou casada há mais de 14 anos. Todo esse tempo, meu marido
sempre foi viciado em pornografia. Odeio até mesmo usar essa pala-
vra. Ele usa revistas, Internet e vai a lojas de materiais pornográficos.
Ele me arrastou para esse vício durante anos e eu acompanhei, só
47
para agradar a ele. Mas acabei não aguentando mais. Ele começou a
abusar de mim física, mental e verbalmente. O que é mais difícil de
aceitar é quando ele diz que a pornografia não teve efeito algum em
nossa família. Deus nos ajude. Esposa de um viciado em pornografia.
Meu marido e eu parecíamos ter um bom casamento exterior-
mente, mas eu sofria abusos verbais e experimentava bem pouco
amor e intimidade. Meu marido estava sempre ocupado demais para
mim. Quando recebi uma ligação telefônica de uma mulher com
quem ele estava envolvido, as peças do quebra-cabeças de 25 anos
começaram a se encaixar. Nos anos seguintes, descobri que meu ma-
rido tinha uma vida secreta que incluía um antigo vício sexual a mui-
tas formas de pornografia, inclusive casos, vídeos obscenos, porno-
grafia na TV por assinatura, etc. Há anos estou me recuperando dos
abusos emocionais, rejeição, traições, falta de intimidade, humilha-
ção e vergonha que faziam parte da minha vida. Foram experiências
dolorosas, mas com a ajuda de Deus agora estou a salvo, feliz e em
paz. Ex-esposa de um viciado em pornografia.
Fui casada durante 12 anos com um homem viciado em porno-
grafia. Esse vício controlava a vida dele e quase destruiu a minha. O
que começou como curiosidade para ele terminou como tortura para
mim, pois ele praticava em mim suas fantasias sádicas. A pornográ-
fica o capturou quando ele era ainda bem adolescente, e o controlou
até destruí-lo. Seus desejos e fantasias sexuais foram moldados pelas
imagens que ele via nas revistas e nos vídeos. A violência física co-
meçou bem cedo no nosso casamento, quando ele me disse que todas
as pessoas eram viciadas em sexo pervertido e em revistas. Ele me
segurava à força na cama e não me largava enquanto não praticava
sua relação violenta e dolorosa. Quando terminava, ele sentia re-
morso com o que havia feito e jurava nunca mais fazer. Com o
tempo, porém, ele aos poucos passou a agir como se ele tivesse di-
reito de usar a força para me obrigar a fazer o que ele queria. Nossa

48
certidão de casamento se tornou licença para ele me estuprar. Já faz
cinco anos que larguei
dele. O processo de minha recuperação tem sido longo, difícil e
caro. — Esse artigo foi resumido do testemunho escrito dado por
uma mulher da Califórnia à Comissão Judiciária do Senado dos
EUA. 23 de julho de 1991. O nome da mulher não foi revelado a
pedido dela.
IGREJAS PEDEM SOCORRO
Patrick Means, em seu livro Men’s Secret Wars (As Guerras
Secretas dos Homens), destaca um fato preocupante. Numa pesquisa
confidencial de pastores evangélicos e líderes leigos de várias igrejas
evangélicas, 64 por cento desses homens confirmaram que eles têm
problemas com vício sexual, inclusive pornografia e outras ativida-
des sexuais secretas. Especificamente, 25 por cento confessaram ter
cometido adultério depois de casados e depois de se tornarem cris-
tãos.
A chegada da Internet trouxe oportunidades incríveis para pro-
pagar de modo mais rápido o Evangelho, mas também trouxe conse-
qüências desagradáveis: um aumento dramático no número de evan-
gélicos, até pastores, seduzidos pela pornografia. A pornografia e o
vício sexual entre pastores são uma questão explosiva que as igrejas
evangélicas conservadoras e liberais, sem distinção, estão tendo de
enfrentar. “O problema não está em situação melhor nas igrejas pen-
tecostais”, diz Steve Gallagher, fundador do Pure Life Ministries.
Uma pesquisa nos EUA revela uma estatística sombria: 20 por
cento de todos os pastores costumam ver pornografia. As Assem-
bléias de Deus nos EUA estão lidando com o problema através de
uma comissão presidida por Almon M. Bartholomew. “Estamos es-
tabelecendo uma política para lidar com pastores que se tornaram

49
vítimas do vício da pornografia, como no caso da Internet,” Bartho-
lomew contou à revista Charisma. “Estamos recomendando medidas
para prevenir e corrigir o problema.”
Não se pode mais ignorar os problemas secretos que muitos
evangélicos estão enfrentando. Num estudo, os homens de uma
igreja foram convidados a responder se haviam comprado um bilhete
de loteria, assistido a um filme de TV com cenas de nudez e sexo,
olhado revistas pornográficas, se masturbado ou deixado de frequen-
tar os cultos da igreja por alguns meses e se eles eram divorciados.
Os resultados mostraram que, excetuando a compra do bilhete
de loteria, as respostas dos homens não apresentaram diferença com
o comportamento dos homens que não frequentam igreja. Em outras
palavras, as tendências dos homens evangélicos de ver sexo na TV,
revistas e Internet, de se masturbarem e se divorciarem os deixou no
mesmo nível de igualdade com os homens do mundo.
UM PROBLEMA QUE PRECISA SER TRATADO
Atualmente, até os profissionais da área de saúde mental reco-
nhecem que uma conduta sexual compulsiva é vício sexual. Esse tipo
de conduta torna o homem prisioneiro de desejos sexuais incontrolá-
veis, da mesma maneira que um drogado ou alcoólatra não consegue
viver sem a droga ou a bebida. Há as características comuns do vício:
descontrole, ansiedade, sensação de pressão para praticar o vício e
muitas vezes indiferença para com as consequências adversas. O ví-
cio é um problema espiritual, moral emocional. Os sintomas que apa-
recem na superfície apenas indicam que há uma ferida profunda na
alma.
Entretanto, o vício sexual não nasce da noite para o dia.
Pode começar quando se adquire o hábito de ficar observando
uma mulher bonita passar. O próximo passo é usar a mente para ima-
ginar fantasias com mulheres. Depois que diminui o sentimento de

50
culpa e o desejo de resistir à tentação visual, fica mais fácil observar
fotos de mulheres de calcinha em revistas e catálogos de roupas fe-
mininas. Quando as emoções já não se satisfazem completamente
com essas fotos, aí vem a vontade de ficar olhando as fotos que apa-
recem na Internet. A mente e o corpo começam a fazer viagens deli-
rantes ao mundo proibido das irresistíveis mulheres nuas.
O viciado em pornografia sofre isolado, mas quem realmente
colhe as consequências de seu pecado é sua família. Ainda que o ho-
mem consiga impedir seu hábito de se tornar uma obsessão, o tipo
de homem que ele se torna é bem diferente do marido e pai ou filho
que ele poderia ter sido. Ele tem dificuldade de se relacionar senti-
mentalmente com sua esposa. Além disso, ela não consegue competir
com as mulheres de fantasia que parecem perfeitas e fazem qualquer
coisa que ele exige. Não importa que ela se esforce, não importa que
ela o ame e não importa até onde ela esteja disposta a ir para satis-
fazê-lo: nunca é o suficiente.
Em plena era da Internet, poucas igrejas estão preparadas para
tratar do problema da pornografia fácil e instantânea e ajudar os ho-
mens. Raras vezes o assunto da pureza sexual ou da pornografia é
mencionado do púlpito. Algumas igrejas estão confusas e não con-
seguem tomar uma posição firme diante da questão homossexual en-
quanto outras fazem de conta que não estão vendo os casos de adul-
tério em seu meio. Que tipo de mensagem essa situação transmite
para os jovens? Já que muitos não mais acreditam na degradação do
pecado ou na realidade do céu e do inferno, o que poderia impedir
um evangélico de gozar os prazeres da pornografia na Internet?
Podemos tentar tratar das feridas dos pecados sexuais, mas os
traumas profundos das vítimas e dos viciados só poderão ser curados
de uma forma: na alma, pelo Dr. Jesus Cristo.
É hora de enfrentar o problema com seriedade

51
Os homens cristãos foram chamados e escolhidos por Deus para
abençoar suas famílias e comunidades. Eles são pastores e líderes
leigos que têm a responsabilidade de liderar, amar, sustentar e prote-
ger suas famílias e proclamar o Evangelho e discipular as pessoas.
Eles são guerreiros, protetores e instrumentos de Deus na sociedade.
Entretanto, os homens cristãos estão sendo alvos de um atirador
frio e calculista cujo único objetivo é aniquilar a alma dos homens.
Esse inimigo conhece bem as fraquezas masculinas. Derrubar os ho-
mens cristãos é o jeito que ele encontrou para agredir as igrejas cris-
tãs.
Por isso, precisamos adotar medidas contra seus ataques.
Homens, quando surge uma fantasia sexual, não podemos
acompanhá-la. Se entregarmos a mente só um minuto, teremos mais
dificuldades para vencer quando outras fantasias aparecerem. Se seu
problema são as revistas, fique longe das bancas de jornais. Se é a
Internet ou a TV por assinatura, desconecte-se. Se os catálogos de
roupas femininas da sua esposa são uma tentação para você, converse
com ela e peça-lhe que cancele sua assinatura. O que estou querendo
dizer é que é preciso tomar a decisão de parar antes que se perca o
controle. Faça como José: Fuja da tentação sexual (Gênesis 39:10-
12). Se você sente que já está além de suas forças, há pessoas que
podem ajudar.
Mulheres, é hora de despertar. Vocês precisam compreender as
dificuldades que seus maridos e filhos têm para proteger a mente e
mantê-la pura. Vocês precisam entender que cenas e imagens têm um
impacto muito forte na mente masculina. Acima de tudo, vocês pre-
cisam ver que nós precisamos da ajuda de vocês.
Pais, não podemos nos dar ao luxo de subestimar o potencial do
pecado. Vocês precisam treinar os filhos o mais cedo possível. Os
meninos precisam receber instruções de como cuidar dos olhos e da
mente. As meninas precisam entender que elas podem com muita
52
facilidade se tornar o alvo da fantasia dos homens. Quando vocês
rebaixam seus padrões e levantam a barra da saia delas, vocês ajudam
a alimentar a imaginação e os impulsos de outros homens.
Igrejas, não subestimem o crescimento do pecado. Apesar
disso, devemos ter atitudes de humildade e esperança, em vez de
medo e crítica. É preciso ajudar os irmãos que estão enfrentando lu-
tas. É preciso transmitir a segurança e a vitória de Cristo e acompa-
nhar os irmãos que se sentem fracassados e atormentados. Há a ne-
cessidade de os irmãos criarem grupos ou amizades dentro da igreja,
onde eles possam prestar contas e ser auxiliados.
Contudo, ao enfrentar o problema da pornografia, não devería-
mos pensar que somos melhores do que os outros. Sabemos que a
graça de Cristo é oferecida a todas as pessoas, até mesmo para quem
está envolvido em perversões sexuais.
Que essa graça nos dê a capacidade de ver o pecado como pe-
cado e poder para ministrar para os que estão sofrendo feridas na
alma. SINAIS DE ALERTA
• Ele usa termos vulgares quando se refere às mulheres ou
ao sexo?
• Ele gosta de falar de sexo ou de suas fantasias sexuais?
• Ele gosta de assistir a filmes na TV que contêm sexo ou
insinuações sexuais?
• Ele gosta de ficar acompanhando com os olhos as mulheres
que ele observa?
• Ele gosta de piadas com conteúdo sexual?
Se um homem que você conhece exibe esses sinais, ele pode
estar com algum problema de pornografia. Se for alguém da família,
pode ser o momento de você procurar a ajuda de um conselheiro de
confiança na igreja. PASSOS PARA A RECUPERAÇÃO Há espe-
rança para quem quer ajuda.
53
1. O Primeiro Passo É Você Confessar Que Tem Um Pro-
blema. Sua determinação de parar com suas próprias forças não vai
funcionar. Provavelmente, você já tentou muitas vezes antes. Você
precisa conversar com alguém de confiança.
2. O Passo Seguinte É Pedir A Ajuda De Alguém Que É
Mais Forte Do Que Você. Sua própria força nunca é suficiente. Não
importa os tipos de atividade sexual em que você esteve envolvido.
Ainda que você tenha praticado pecados pervertidos, o Deus que
criou você ama você profundamente. Ele demonstrou seu amor in-
condicional e perdão por nós enviando seu próprio Filho, Jesus
Cristo, para ser castigado por todos os nossos pensamentos e ações
repugnantes. Crer no poder curador do amor de Cristo é a maneira
mais eficaz de vencer o sentimento de vergonha que você tem tido
na sua vida.
3. Em Seguida Você Deve Lidar Com A Solidão Em Sua
Vida. A chave é procurar relacionamentos saudáveis. De modo es-
pecial, você precisa formar relacionamentos com homens a quem
você possa prestar contas. Você precisará da ajuda de outros homens
para deter sua atividade sexual errada. Grupos de apoio poderiam ser
a solução para você. Você também vai precisar de apoio espiritual.
Para você sentir ânimo em seu relacionamento com Deus você pre-
cisa fazer amizades com pessoas que têm os mesmo alvos espirituais
que você.
4. Você Também Precisará Trabalhar Seu Relacionamento
Com Sua Família E Amigos Íntimos. Amizade íntima com eles
pode ser um desafio real para você. Levará tempo e talvez seja ne-
cessária a orientação de um bom conselheiro da igreja. Se você é
casado, sua esposa pode estar precisando de tanta ajuda quanto você
— para tratar do sofrimento causado pelo seu vício. Muitos homens
que usam o sexo para lidar com mágoas sofreram traumas profundos
no passado — talvez tenham sido abusados sexualmente ou abando-
nados.
54
5. Você Precisa Saber Controlar As Mensagens Sexuais Ao
Seu Redor. Você precisa de ajuda para saber reagir às constantes e
enganadoras mensagens sobre a sexualidade que são tão comuns na
sociedade — as insinuações sensuais dos programas de TV, os e-
mails com convites sexuais, etc. Seu espírito ferido clama por paz e
cura. Você precisa da ajuda de um conselheiro de confiança.
A BELEZA FEMININA PROVOCA UMA REAÇÃO
PRIMÁRIA NOS HOMENS, AFIRMAM CIENTISTAS
13 DE NOVEMBRO, 2001
BOSTON, Estados Unidos — A visão de uma bela mulher pro-
voca uma reação de prazer no cérebro do homem similar à sentida
por uma pessoa que se alimenta quando está fome ou por viciados
que fazem uso de sua droga, afirmam cientistas. Em seu estudo, pu-
blicado pela revista Neuron, Dan Ariely, do Massachusetts Institute
of Technology, mostra que a beleza feminina afeta o cérebro do ho-
mem em um nível muito primário, e não em um plano intelectual.
“A beleza tem um efeito semelhante a uma droga”, explicou
Ariely, um dos autores do trabalho.
O cientista e sua equipe mostraram fotos de homens e mulheres,
com vários graus de atratividade, para um grupo de homens heteros-
sexuais, na faixa dos 20 anos, enquanto mediam as respostas de seus
cérebros com computadores. As mulheres bonitas ativaram os mes-
mos “circuitos de recompensa” que alimentos e cocaína. Os homens
tiveram uma reação negativa a fotos de homens bonitos, sugerindo
que eles se sentiram ameaçados pelos modelos, afirma Hans Breiter,
co-autor do estudo.
Breiter disse que provas de que a beleza estimula esses circuitos
cerebrais primários nunca foram mostradas antes. O cientista consi-
dera que essa descoberta contrapõe-se aos argumentos de que a be-
leza não é nada mais que um produto dos valores da sociedade. “Essa

55
não é uma resposta condicionada”, alega. Os pesquisadores afirma-
ram que suas conclusões podem ter grandes implicações para pes-
quisas sobre o que motiva os seres humanos.

CAPÍTULO 9

PERGUNTAS SOBRE
SEXO ANAL
Pergunta:
Gostaria de saber qual é o capítulo da Bíblia que proíbe o sexo
anal entre pessoas casadas. Até agora já vi muitas opiniões diver-
gente, mas sem citarem o texto bíblico.
Resposta:
Prezada Internauta:

56
Considerando que os humanos são os únicos seres vivos conhe-
cidos que fazem sexo pelo mero prazer e não apenas pela reprodução,
que a atividade sexual humana não depende de um ciclo biológico e
não se limita ao instinto, o homem se difere dos animais pela suas
faculdades mentais, pela sua estrutura psíquica, e por conta disso, a
libido está atrelada às necessidades de ordem psíco-afetivas que se
percebe através do corpo. Isso implica que, muito do que se percebe
nas preferências sexuais podem ser apenas sublimações dos incômo-
dos psíquicos do sujeito. E nesse caso, o recomendável é que se re-
solva o problema sem paliativos...
Além disso, é sabido de todos que o comportamento humano
não é regrado apenas pelas preferências de cada, pelas carências de
cada um ou por distúrbios psíquicos quaisquer. Hoje é muito comum
ouvir das pessoas que as preferências sexuais é uma questão particu-
lar de cada um, e que nós outros temos que reconhecer essas prefe-
rências aprendendo a respeitar as diferenças de cada um. E isso im-
plica que os valores morais dependem agora da vontade de cada um.
Porém, para os que acreditam em Deus e aceitam a Sua Palavra, há
de convir que, no que tange às práticas sexuais, e, em particular, o
sexo anal, há implicações morais que devem ser considerados in-
questionavelmente. Primeiro porque há uma explicação Fisiológica,
ao se afirmar que o ânus é parte do aparelho excretor, e em segundo
lugar, não por ordem de importância, a Bíblia não aprova o sexo anal.
Do ponto de vista fisiológico desrespeita a higiene, e se desrespeita
a higiene, agride a saúde. Em algumas pessoas compromete a saúde
até por outras razões que por não ser o objeto da nossa resposta não
vamos comentar. E quanto a Bíblia, a Palavra de Deus é clara no que
segue:
1. Em Romanos 1:26-29, o Apóstolo Paulo condena o sodo-
mismo (sodomitas é um termo bíblico para se referir aos que prati-
cam o sexo anal), o homossexualismo e todo tipo de perversão se-
xual.
57
2. Em Hebreus 13:4, o Apóstolo chega a chamar de adúlteros
os casados que vivem em leito de mácula. Na língua grega, texto ori-
ginal do Novo Testamento, a palavra “adúlteros” é mais esclarece-
dora. A palavra no Grego é a palavra “pornéia”, cujo significado é
o mesmo da palavra que está no 7° Mandamento. Ela não se refere
apenas as práticas sexuais fora do casamento, se refere a qualquer
atividade sexual proibida por Deus. Isso proíbe literaturas pornográ-
ficas, conversações pornofônicas e etc. É da palavra “pornéia” que
deriva no Português as palavras: “pornô”, “pornografia” e etc.
3. Em 1Coríntios 6:9, lemos uma lista dos que estarão perdi-
dos, e entre eles, constam os sodomitas. (1Timóteo 1:8-10).
4. Em Gálatas 5:19-21, e em Apocalipse 22:15, aparece outra
vez a mesma palavra como sinônimo de pecado.
5. Em Gênesis 18:17-22, a Bíblia se refere à Cidade de So-
doma. O pecado que tanto incomodou ao Senhor era de sexual. A
Arqueologia afirma que os sodomitas tinham maior preferência pelo
sexo anal e por isso essa prática ficou conhecida como sodomismo.
Em Gênesis 19:5, aparece o verbo conhecer, que significa ter rela-
ções sexuais. Os homens da cidade, de todas as idades, buscavam
sempre novas experiências sexuais e porque viram homens diferen-
tes na casa de Ló desejaram estuprá-los. Não sabiam que se tratava
de Anjos e em Gênesis 19:6-11, lemos que Ló, sobrinho de Abraão,
chegou oferecer as suas duas filhas, ambas virgens, para que os ho-
mens não molestassem os Anjos que estavam em sua casa. Não acei-
taram e os Anjos fizeram que todos ficassem cegos e naquela mesma
noite todos foram destruídos.
6. Em Colossenses 3:4-6, lemos que as inclinações pecamino-
sas (entre elas aparece à palavra pornéia), devem ser resolvidas antes
da Volta de Jesus para não ter que enfrentar a ira de Deus.

58
7. Mas em Atos 17:30-31, afirma que Deus não leva em conta
o tempo da ignorância, mas determina que todos, em todos os luga-
res, se arrependam antes do Juízo. Agora, em Tiago 4:17, diz que se
alguém sabe fazer o bem e não faz, comete pecado. E mesmo que
uma verdade não esteja tão clara para alguém, o Espírito Santo tocará
na consciência dos sinceros e, no mínimo, ficará uma dúvida. Nesse
caso, em Romanos 14:23, lemos que qualquer coisa que se faz com
dúvida é pecado. Prezada Internauta, me pareceu que a sua pergunta
reflete uma flagrante dúvida. Pelo que já foi exposto e para ajudá-la
tomar uma decisão, só me resta agora uma coisa; fazer minhas as
palavras do Profeta Elias (1Reis 18:21) quando se colocou diante do
povo de Israel e perguntou: “Até quando estareis em dúvida entre
dois pensamentos?”.

59
PRÉ-NAMORO

CAPÍTULO 10

COM QUE TIPO DE PESSOA


DEVO NAMORAR?
Nosso objetivo não é nos intrometermos em seu namoro ou nas
suas escolhas, porém lembre-se do que a Bíblia diz: “Foge também
das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com
os que, de coração puro, invocam o Senhor.” (II Timóteo 2:22)
Não é sábio namorar alguém que não ame a Deus.

60
A Bíblia diz em II Coríntios 6:14 e 15 - “Não vos prendais a
um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a jus-
tiça com injustiça? Ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que
harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o
incrédulo?” Amós 3:3 “Acaso andarão dois juntos, se não estiverem
de acordo?”
Não namore alguém que diz ser cristão mas não vive como um
cristão.
Bíblia diz em I Coríntios 5:11:
“Mas agora vos escrevo que não vos comuniqueis com aquele
que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou mal-
dizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem sequer co-
mais.”
Evite namorar pessoas coléricas.
A Bíblia diz em Provérbios 22:24:
“Não faças amizade com o iracundo; nem andes com o
homem colérico.”
Não namore um cristão preguiçoso.
A Bíblia diz em II Tessalonicenses 3:6:
“Mandamo-vos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo,
que vos aparteis de todo irmão que anda desordenada-
mente, e não segundo a tradição de trabalho que de nós
recebestes.”
O que mais conta é a beleza interior.
A Bíblia diz em I Pedro 3:4 –
“Mas seja o do íntimo do coração, no incorruptível traje
de um espírito manso e tranqüilo, que és, para que perma-
neçam as coisas.”

61
Namore alguém que tenha uma boa atitude.
A Bíblia diz em Romanos 15:5 e 6:
“Ora, o Deus de constância e de consolação vos dê o
mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo
Jesus Para que unânimes, e a uma boca, glorifiqueis ao
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Namore alguém que lhe anima e lhe apóia.
A Bíblia diz em Filipenses 2:1 e 2
“Portanto, se há alguma exortação em Cristo, se alguma
consolação de amor, se alguma comunhão do Espírito, se
alguns entranháveis afetos e compaixões, completai o meu
gozo, para que tenhais o mesmo modo de pensar, tendo o
mesmo amor, o mesmo ânimo, pensando a mesma coisa.”
Não pense só um no outro - preste atenção a outros também. A
Bíblia diz em Filipenses 2:4:
“Não olhe cada um somente para o que é seu, mas cada
qual também para o que é dos outros.”
Deixe que o relacionamento se desenvolva passo a passo. A Bí-
blia diz em 2 Pedro 1:6:
“E à ciência o domínio próprio, e ao domínio próprio a
perseverança, e à perseverança a piedade, e à piedade a
fraternidade, e à fraternidade o amor.”
O que deve evitar quando sair a namorar.
A Bíblia diz em Romanos 13:13:
“Andemos honestamente, como de dia: não em glutonarias
e bebedeiras, não em impudicícias e dissoluções, não em
contendas e inveja.”
O namoro não deve incluir relações sexuais.
62
A Bíblia diz em I Coríntios 6:13 e 18:
“Mas o corpo não é para a prostituição, mas para o Se-
nhor, e o Senhor para o corpo... Fugi da prostituição.
Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do
corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio
corpo.”
Mantenha-se puro(a).
A Bíblia diz em I João 3:3:
“E todo o que nele tem esta esperança, purifica-se a si
mesmo, assim como ele é puro.”
A que se ganhe emocionalmente, os desejos e as atividades se-
xuais devem ser mantidas sob o controle de Cristo.
A Bíblia diz em 1 Tessalonicenses 4:3 a 5 –
“Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santi-
ficação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um
de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não
na paixão da concupiscência, como os gentios que não co-
nhecem a Deus.”
Antes De Começar, Este Namoro É De Deus?
“Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos
céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja
feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. (Mt
6.9,10)
A vida cristã é fundamentalmente um relacionamento com o
Criador. Nesse relacionamento, através de Jesus Cristo, Deus nos dá
abundante vida. Nesse relacionamento, ainda, o cristão é dependente
de Deus, feito uma nova criatura, e se torna servo para atualizar a
vontade de Deus em sua vida. E como o princípio básico é o serviço,
Deus expressa a Sua vontade, e o faz soberanamente, e nós buscamos

63
cumpri-la. Para nós, portanto, é uma prioridade. Assim, a Escritura
Sagrada o declara: “aquele que faz a vontade de Deus permanece
para sempre”. Isso nos traz a realização de uma promessa que se
encontra em Hebreus 10.36: “Porque necessitais de perseverança,
para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a
promessa”. Então, onde entra a família, ou o crente em vias de for-
mar a sua família, o seu lar, em termos de preparo para o casamento,
e de realizar a vontade divina no namoro, e no noivado, e no seu
próprio casamento, tenha ele um, dois anos, alguns meses apenas, ou
muito tempo de casado?
BUSCANDO A VONTADE DE DEUS NO NAMORO
(Salmo 37.4)
Namoro é coisa moderna. No passado não era assim, em algu-
mas culturas, ainda hoje, também não é assim; não havia nem há na-
moro. O casamento era arranjado pelos pais, pois havia muitas con-
veniências envolvidas, questões econômicas, patrimoniais (para que
não houvesse divisão de terras, de posses, os casamentos eram feitos,
quantas vezes, dentro das próprias famílias), havia questões políticas.
Gilberto Freyre fala em seu Casa Grande e Senzala a respeito de mo-
cinhas que se casavam com doze, treze anos com homens bem mais
velhos, com trinta e tantos, quarenta e tantos anos. Ele diz com uma
nota de muita tristeza que quando essas meninotas/esposas estavam
com 22, 23 anos já eram mães de muitos filhos e praticamente mu-
lheres acabadas, sendo que muitas morriam bem cedo. Pobres bisa-
vós e trisavós nossas. Até se chegar aos dias de hoje, à escolha indi-
vidual do namorado ou namorada, um longo caminho foi percorrido.
Namoro é uma etapa para conhecimento recíproco da natureza,
da consistência e da estabilidade dos sentimentos que estão envolvi-
dos e dos que a ele deram origem. Infelizmente, e com freqüência, o
namoro se torna uma corrida mal orientada e desenfreada, que ter-
mina com um casamento às pressas. É uma fase importantíssima pelo
64
fato de conduzir a um aprofundamento de relações que é o noivado.
É uma fase de educação de sentimentos, de abrir muito os ouvidos e
os olhos.
Aliás, “namoro” é palavrinha interessante. Vem do verbo
“enamorar-se”, ou seja, “sentir amor por alguém, e inspirá-lo a al-
guém”. É via de mão dupla. Namorar é buscar amor; é o vestibular
do casamento; é período de conhecimento; é período de relaciona-
mento social, e intelectual, e psicológico, e, também, espiritual. As
famílias começam a se relacionar, e, assim, cada um vai descobrir
quais os valores éticos, morais, comportamentais da família do outro.
E não se iluda não, esses fatores que a família tem vão influenciar no
casamento. Como é o lar, como se conduzem, como se comportam o
pai, a mãe, os irmãos?
Em Ezequiel 16.44 está registrado que “tal mãe, tal filha”, dito
que têm uma variação na sabedoria popular. Dizem que se você qui-
ser saber como vai ser a sua esposa daqui a vinte anos, é só olhar para
a mãe dela.
Compete aos pais a orientação para o amor. Namoro prematuro,
precipitado, pode ser bonitinho, mas, também, altamente problemá-
tico. O envolvimento sentimental é forte demais para a cabecinha da
garota, e para o coração do rapazinho. É vontade de Deus que você
O busque com respeito ao namorado ou a namorada, pois não o diz
Amós: “Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”.
Isso vale para o namoro também. É por essa razão que é preciso co-
meçar do modo certo. E voltando à Palavra de Deus:
“Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos;
pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? Ou que
comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre
Cristo e Belial? Ou que parte tem o crente com o incré-
dulo? E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos?
Pois nós somos santuário do Deus vivo, como Deus disse:

65
Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus
e eles serão o meu povo. Pelo que, saí vós do meio deles e
separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e
eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para
mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”.
É vontade de Deus que Jesus Cristo esteja incluído no namoro,
bem no meio de vocês dois: “Portanto, quer comais quer bebais, ou
façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus”.
“...Para a glória de Deus” inclusive o namoro. É vontade de Deus
que você encare o namoro com muita seriedade. E Ele deve confir-
mar o namoro? A resposta só pode ser Sim, por isso há princípios de
orientação para quem já está namorando ou se encaminhando para
isso. O primeiro é o senso da vontade de Deus. Porque Deus eviden-
cia o que é bom e o que não serve, o que tem esperança de mudar, e
o que não a tem. Se você começa a namorar, e acha que vai ser “mis-
sionária” àquele rapaz, e acha que ele vai mudar, e ele não muda,
não case! Nem noive, porque muito provavelmente seu casamento
vai ser problemático como o seu namoro está sendo. Por esse motivo,
a Bíblia usa uma expressão sempre repetida: “Esperar No Senhor.”
Você precisa “esperar no Senhor”; às vezes, espera-se muito no An-
tônio, no João, na Rosinha, mas ninguém quer esperar no Senhor até
que Ele apresente a Sua vontade. Muitos não querem, e pegam o ôni-
bus errado, e se dão mal mais adiante no casamento: o Senhor mostra
o bem e o mal, o certo e o errado.
Outro princípio no namoro é o senso da afinidade mútua de va-
lores. Você precisa ter os mesmos valores que ela, e vice-versa, o que
você aprendeu na Escritura precisa ser o valor também dele ou dela,
os espirituais, mentais e físicos. Aí toca o enorme problema do na-
moro misto. Deve o rapaz namorar uma moça fora do círculo cristão?
Uma moça crente deve namorar um rapaz fora do seu círculo? Minha
opinião pessoal, referendada na Bíblia é “não”, porque a Bíblia diz

66
“Não vos ponhais em jugo desigual”, pois muita lágrima vai ser der-
ramada, muito coração vai sangrar quando vo-cê, jovem cristão ou
cristã, tiver interesse numa atividade evangelística (o dia de culto
mesmo), e ele ou ela vai para outro lugar ou atividade que sua cons-
ciência não está pedindo. O namoro deve ter, então, um alicerce es-
piritual. Pecar contra o corpo é pecar contra o Espírito; mas Deus se
preocupa com esse assunto, e, assim, você não está só. Naquele mo-
mento mais quente do namoro, lembre-se que você não está só, pois
tem o recurso da oração, e de dizer “basta!” Aliás, quem estabelece
limites é a moça, não esqueça! É ela quem vai dando limites, e o
primeiro limite da moça cristã (e, de resto, de qualquer moça) é
“Pára aí! Não, senhor; não é hora, não; não é agora, não; e não é
assim, não!” Por outro lado, no namoro tudo deve ter o aval do Se-
nhor. Quando Cristo é o Senhor, problemas de abrasamento e preci-
pitação são controlados e dominados. Sem Jesus Cristo, porém, vai
ficar muito difícil, terrível e desesperançosamente difícil o namoro
ter dignidade e propósito.
CAPÍTULO 11

COMO SABER SE UM
RELACIONAMENTO É DE DEUS?
Em minha prática com solteiros cristãos, constantemente eu re-
cebo um e-mail que inclui alguma coisa sobre qual seria a vontade
de Deus. A pessoa diz: Conheci alguém na Internet há algumas se-
manas/meses e é evidente para nós que nossa relação é de Deus” ou
acaba com a pergunta — “Como saber se esse relacionamento é da
vontade Deus?”
Eu certamente acredito na vontade de Deus e sei que Cristo
disse que deveríamos sempre buscar a vontade do Senhor para nossas

67
vidas. No entanto, o que normalmente segue a esses e-mails transpa-
rece alguma pressa nessas pessoas em buscar a vitória tão desejada....
Outros e-mails que recebo falam de histórias de cortar o cora-
ção, onde como no começo do relacionamento tinha-se a certeza de
que a relação era da vontade de Deus mas o casamento, ou sexo, ou
rejeição ou qualquer outro motivo está acabando com a relação e,
então, a pessoa acaba ficando muito confusa.
Deixe-me dividir com você algumas idéias relacionadas a von-
tade de Deus e o relacionamento afetivo, principalmente aqueles que
envolvem Internet.
Se você se descobrir discutindo casamento depois de alguns e-
mails e você nunca encontrou a pessoa frente-a-frente, eu não acre-
dito que a vontade de Deus possa ser conhecida nesse momento. Vá
devagar e deixe que o tempo revele a você se esse é o melhor, o re-
lacionamento certo para você.
Deus usa outras pessoas de nossas vidas para confirmar Sua
vontade para nós. Não, elas não são perfeitas mas podem nos dar
ótimos conselhos. Não peça opinião para alguém que você sabe que
vai te dizer “Sim, vai fundo!” Ore e pense em quem em sua família
e seu círculo de amigos são cristãos e vão estar com você em oração
sobre esse relacionamento.
Procure sempre o conselho de um pastor (ou esposa de pastor)
que você saiba que são bom em ajudar pessoas. Eles poderão lhe dar
conselhos práticos e espirituais que possam lhe fazer entender como
se sair bem nessa situação. Não fale apenas uma vez e pensa que já
é o bastante, o ideal é que vocês conversem várias vezes sobre o as-
sunto.
Pare antes de começar qualquer coisa e se faça as seguintes per-
guntas:
— “O que essa pessoa tem que eu não poderia viver sem?”

68
— “O que essa pessoa tem (característica ou situação) que se-
ria ruim num futuro casamento?”
Faça uma lista de tudo de bom e ruim e examine essa lista com
muito cuidado. Você não conhece a pessoa o bastante para fazer a
lista — principalmente no lado ruim? Você precisa dar mais tempo
a esse relacionamento. Todo mundo tem um lado ruim e se você não
consegue encontrá-lo, então eu acho que você não conhece essa pes-
soa de verdade.
É maravilhoso encontrar alguém com quem possamos orar e
discutir as coisas de Deus. Esse é um ingrediente essencial para um
relacionamento cristão saudável e de sucesso. Orações a distância,
pelo telefone ou pela internet não é a mesma coisa que você orar com
a pessoa ao seu lado. Mas cuidado: oração requer intimidade e eu
sugiro que esse nível de oração não deve ser compartilhado em um
estágio inicial de relacionamento. Essa intimidade pode acabar mas-
carando outras coisas que você deveria estar observando.
Qual é a motivação de ambos para usar a Internet para encontrar
um relacionamento? No caso, ambos estão “procurando” alguém -
o que não é ruim - mas você deve reconhecer que outras coisas estão
envolvidas. DÊ TEMPO AO TEM-PO e deixe Deus confirmar em
você, mais e mais, de variadas maneiras que esse é o relacionamento
que ele deseja para você.
Uma outra coisa: seu relacionamento é uma relação de compa-
nheiros ou um dos dois está sempre dando e outro recebendo? Suas
conversas normalmente giram em torno do que agrada a vocês? O
outro é centralizador e continuamente traz a conversa para ele pró-
prio? Relacionamentos devem ser momentos saudáveis de carinho e
compartilhamento e não só coisas que fazem vocês dois se sentirem
bem. A Internet é um veículo maravilhoso para se conhecer pessoas.
E também para se criar expectativas - e muitas vezes vão além da
realidade. Deus pode usar a Internet para trazer alguém para sua vida.

69
Ele tem feito isso com muitos e pode fazer o mesmo com você. No
entanto, não se apresse quando conhecer uma pessoa interessante. Dê
tempo e curta constritor uma relacionamento saudável e profundo.
Veja como a pessoa é com seus amigos e sua família. Deus vai reve-
lar sua vontade a vocês aos poucos.
Talvez Deus guie você a se relacionar com outras pessoas para
que você construa boas amizades. Boas amizades vão trazer a você
muitas oportunidades de conhecer a pessoa que você está procu-
rando.

CAPÍTULO 12

COMO SABER SE UM
NAMORO É DA VONTADE
DE DEUS?
“Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se
uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” (Mateus
7:16)
A fase do namoro é muito confusa para os jovens que abrem o
coração para alguém. Geralmente casais se gostam, trocam beijos,
mas há incompatibilidade de gênios, brigas, ciúmes, etc.... E se o na-
moro para o não-cristão já é complicado, para o jovem cristão é mais
ainda, pois este está sempre querendo saber, mesmo com tudo dando

70
certo, se é da “vontade de Deus”. Oram, jejuam, mas diante da pri-
meira briga, pensam: “Será mesmo de Deus?!” Isso acontece todos
os dias, em todos os lugares, em todas as igrejas. E é difícil para o
jovem discernir a vontade de Deus quando o coração fala mais alto.
Daí, como última solução, as “irmãs de oração” são procuradas por
centenas de casais de jovens pra orar e ver “se Deus fala alguma
coisa”.
Essas irmãs também são conhecidas como “vasos” da igreja,
pois elas tem dons de visão, revelação ou profecia. Estamos debaixo
da soberana vontade de Deus, do Seu querer. E debaixo desta sobe-
rana vontade, Deus nos deu o chamado livre-arbítrio. Quando o Se-
nhor me diz que uma determinada pessoa não é de sua vontade para
casar comigo, é porque aquela pessoa, com toda certeza, está usando
de engano na igreja, não tem compromisso com Deus e brincando
com meus sentimentos. Não estou dizendo que a pessoa é “do di-
abo”, mas que está sem compromisso com a Seara, e isso pode acar-
retar em sérios prejuízos a longo prazo, e Deus está me guardando.
O Senhor nos diz: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua
mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”. (Gêne-
sis 2:24) Ou seja, ele já nos autorizou a escolher alguém. O que nos
resta é pedir a Deus DIREÇÃO para sabermos se estamos com uma
pessoa de compromisso. Não existe essa de você gostar de uma pes-
soa, e mesmo que essa pessoa seja uma bênção, séria, honesta, fiel a
vida cristã, Deus dizer: “Não é da minha vontade!”. Se ambos estão
se gostando, isso não existe!!! Isso só pode ser “profetadas” de quem
está com ciúme, inveja, etc. Há vários casos desses. Esse papo de
dizer “Eis que a tua escolhida está lá no Japão” não tem respaldo
bíblico. Muitas das vezes o irmão está gostando de alguém, e fica
baseando a sua esperança em revelações e visões de “vasos” da
igreja. Acredito nos dons, e creio que Deus possa mesmo revelar e
falar com seus servos, mas Deus nunca nos deixará confusos, pois
“Deus não é Deus de confusão”. (1 Coríntios 14:33).
71
Perguntar se o meu propósito de casar com uma pessoa é da
“vontade de Deus”, é como se eu perguntasse a Deus: “Senhor, eu
posso evangelizar fulano?” Poxa, o Senhor já me ordenou, já me
autorizou a evangelizar. Claro que eu vou analisar a situação, ver se
a pessoa quer mesmo ouvir a Palavra de Deus, e pedir direção (não
esqueça disso) ao Senhor na evangelização. Mas que é da vontade de
Deus que eu evangelize, isso é sem dúvidas!!! Portanto, escolher al-
guém, PEDINDO DIREÇÃO A DEUS, para um futuro casamento,
não é pecado, porque Deus não deixará seus servos enganados.
“Amados, se o nosso coração não nos condena, temos con-
fiança para com Deus”. (1 João 3:21)

CAPÍTULO 13

É ERRADO NAMORAR
OU CASAR COM ALGUÉM
MAIS NOVO(A)?
Essa pergunta aparece de vez em quando. E ela se relaciona
tanto sobre homens com mulheres mais novas quanto mulheres com
homens mais novos. Será que a Bíblia diz algo sobre isso? Não, não
existe nenhum versículo que diga que cristãos não devem casar com
alguém mais novo ou muito mais novo. Culturalmente, isso varia de
uma cultura para outra, mas Deus não dá nenhuma instrução especí-
fica sobre relacionamentos e idade.
Existem considerações práticas que cada pessoa deve fazer so-
bre namorar alguém mais novo OU mais velho. Sugiro a qualquer
pessoa que esteja em um relacionamento assim a não se apressar e
dar bastante tempo para considerar todos os aspectos e implicações.

72
Embora o comportamento social tenha mudado muito, ainda
existem problemas com casais formados por mulheres mais velhas
com homens mais novos e homens mais velhos com mulheres mais
novas. Na maioria das vezes, o número de anos é que faz a diferença
entre o ser aceito e o ser criticado. Uma diferença de alguns 4, 5 anos,
não é o mesmo que uma diferença de 10, 15 anos. E se a mulher for
mais velha, o preconceito será sempre maior do que se o mais velho
fosse o homem. Um casal onde ela fosse mais velha, mas não apa-
rentasse, dificilmente encontraria preconceito, mas se for flagrante o
número de anos que a separam de seu namorado/marido, a situação
seria bem diferente.
Além disso, dependendo do número de anos que os separem,
cada um poderá ter prioridades diferentes. Imaginemos uma mulher
com 35 anos namorando um rapaz de 25. Com essa idade, ele ainda
irá sofrer grandes mudanças, podendo passar de um emprego para
outro sem se preocupar com segurança, por exemplo. Já ela, aos 35,
estaria numa fase de consolidar o que conseguiu. Ele poderia desejar
esperar mais um pouco antes de se casar. Ela poderia preferir casar
logo, para que pudesse ter logo um bebê. Não significaria que ela é
uma velha para ele, mas certamente ela é diferente de quando tinha
25 anos, e não há nada pior do que não compreender essas diferenças.
Outro problema poderia ser a pressão social de parentes, amigos e da
igreja, que poderiam não aceitar bem o fato dos dois estarem juntos.
À mulher caberá demonstrar a todos e a seu companheiro, também,
que ela o reconhece, apesar da diferença de idade, como o cabeça do
casal. Ela tem de estar disposta a ser submissa a ele, ainda que tenha
mais experiência de vida. Assim como ele deve estar aberto a apren-
der coisas novas com alguém mais experiente.
Existem também vantagens. Enquanto o mais novo faz o outro
se sentir mais jovem, experimenta a sensação de sentir-se mais ma-
duro. Sob o aspecto psicológico, o amor por alguém mais jovem tam-
bém permite reviver a juventude, levando aquele que é mais velho a
73
desafiar de forma saudável e alegre o processo natural de envelheci-
mento. Dessa forma, as chances de sobrevivência desse relaciona-
mento dependerão em grande parte dos motivos que levaram os dois
a se unirem. No entanto, quando uma mulher mais velha e um ho-
mem mais novo — ou vice versa — se amam e tem total consciência
dos perigos potenciais da diferença de idade, trazem um ao outro algo
muito especial e bonito. Mas ambos precisarão ser suficientemente
maduros para assumir os preconceitos e dificuldades que virão. A
escolha de um companheiro(a) é uma coisa pessoal, baseada em pre-
ferências individuais, no temperamento, nas perspectivas de vida. E
quando ambos servem a Deus e buscam Sua vontade, pode-se ter a
certeza de que qualquer dificuldade será vencida se houver perseve-
rança e fé para isso.
CAPÍTULO 14

NAMORO VIRTUAL
É PECADO?
A grande questão sobre sites de namoro virtual está justamente
em como usar esse serviço. E para o cristão surge uma dúvida ainda
maior: “É pecado?”
“Nossa sociedade, cada vez mais, é uma sociedade das coisas
‘prontas’. Desapareceu o artesão. Queremos a família pronta. O ca-
samento pronto. A amizade pronta. A pessoa pronta. Mas todo rela-
cionamento exige tempo, paciência e dedicação. No amor, só se
salva quem for artesão.” Essa afirmativa é do consultor comporta-
mental, Antônio Roberto Soares. Suas palavras foram publicadas no
artigo intitulado “A Construção do Amor” e publicado no Jornal Es-
tado de Minas, de 16 de maio, 2002. Antônio Roberto Soares tem 58
anos de idade. Começou estudando Filosofia, depois cursou Direito,

74
Administração de Empresas e vários cursos de Psicologia Organiza-
cional e do Comportamento. Hoje, trabalha como consultor de em-
presas e atua na área há mais de 25 anos. É casado e tem 7 filhos.
Suas palavras são pertinentes, se analisarmos que hoje vivemos a
chamada era do imediatismo, que tem na internet uma grande aliada.
Se por um lado a internet é vantajosa no sentido de velocidade,
já que as informações são transmitidas quase que instantaneamente
e em tempo real, essa mesma velocidade deixa suas marcas. A paci-
ência nesse contexto já não é uma grande virtude. Se considerarmos
que hoje tudo é relativo, inclusive e principalmente os valores, tudo
é válido. Mas será mesmo tudo válido?
No caso da internet, por exemplo, a rapidez com que as coisas
acontecem é surpreendente. E as relações interpessoais também não
poderiam ser uma exceção. Esse é um fator de preocupação até
mesmo para especialistas da área. Milhões de pessoas em todo o
mundo passam horas em frente ao computador na busca da sua “cara
metade virtual”. Para se ter uma idéia o portal Terra, um dos maiores
do Brasil, possui mais de 7 mil pessoas cadastradas no site “Almas
Gêmeas” - site de namoro virtual - e que tem como slogan: “Namo-
ros virtuais são mais reais do que você imagina”. O chamado na-
moro virtual é uma realidade da sociedade moderna. E essa é uma
realidade que se caracteriza pela falta de compromisso e o anoni-
mato. Esses são um dos atrativos dessa nova onda, onda essa que
pode conduzir, cada vez mais, a portos nada seguros. É o caso recente
do imigrante brasileiro, Saul dos Reis Júnior, de 24 anos, há catorze
vivendo nos Estados Unidos, que matou a americana Christina Long,
de apenas 13 anos. Christina foi morta dentro do carro do brasileiro,
no estacionamento de um shopping center, no dia 17 de deste ano.
Os dois se conheceram pela internet, por meio de um bate-papo vir-
tual. O que poderia ser uma simples “brincadeira” acabou em tra-
gédia. A vida de Saul nunca mais será a mesma. Se for julgado por
homicídio, poderá ir para o corredor da morte.
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A grande questão sobre sites de namoro virtual está justamente
em como usar esse serviço. E para o cristão surge uma dúvida ainda
maior: “É pecado?” Ciro Eustáquio, pastor na Igreja Batista da La-
goinha afirma: “O dia dos namorados se aproxima e as pessoas es-
tarão cada vez mais propensas e determinadas a encontrar sua cara-
metade para que aquele dia não passe em branco. Nós, cristãos, pre-
cisamos buscar de Deus o discernimento para que possamos buscar
sim, mas com moderação e dentro do propósito de Deus que é a pu-
reza e a santidade. Sendo assim, a pessoa que vai navegar pelas pá-
ginas da internet, que vai procurar alguns chats para um papo legal,
visando, quem sabe, encontrar aquela pessoa com a qual vai se ca-
sar, precisa navegar pela internet em santidade”, comenta. Como,
então, podemos usufruir da internet sem “defraudar” os princípios
da Palavra de Deus? Isso é possível. Ciro Eustáquio, oferece algumas
dicas. Ele, juntamente com sua esposa, Iara Diniz, lidera o Ministério
Edificando um Novo Lar, que tem como objetivo dentre outros ofe-
recer todo o suporte necessário à formação de uma família.
1. Novas Amizades. “Procure fazer amizades visitando sites
evangélicos. A maioria deles possui salas de bate-papo onde você
poderá entrar e ter agradáveis surpresas, pois, ali estão os nossos
irmãos. Os sites não evangélicos estão contaminados porque o que
domina as pessoas que lá estão é a mente do mundo, e o mundo jaz
do maligno.”
2. Discernimento. “Tenha sempre em mente que os assuntos a
serem tratados deverão acontecer de forma harmoniosa e pura. Cui-
dado com as pessoas que logo sugerem uma certa intimidade. São
sites evangélicos, mas a porta está aberta e entra quem quiser. Uti-
lize o discernimento que Deus te deu para saber ante de uma ovelha
ou um lobo.”
3. Sabedoria. “Fale das coisas do Senhor. A melhor maneira
de conhecer alguém é falando daquilo que Deus tem feito em sua

76
vida. Assim, poderá testemunhar e ouvir a experiência da outra pes-
soa. Saberá com certeza se é nova criatura ou não.”
4. Prudência. “Não dê de imediato as suas informações pesso-
ais como telefone, endereço e outras referências. Afinal de contas,
até que possa conhecer bem a pessoa que está do outro lado, vai
demorar um pouquinho.”
5. Novos Paradigmas. “Estabeleça seus valores. Lembre-se da
passagem de Romanos 12 verso 1 que nos adverte”: “E não vos con-
formeis com este século, mas, transformai-vos pela renovação da
vossa mente para que experimenteis qual seja a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.”
6. Confiança. “Finalmente valorize a si próprio(a). Deus não
tem o bom, mas sim o melhor para você. Tão somente creia e espere
no Senhor porque certamente bênçãos sem medida serão derrama-
das sobre a sua vida a partir do momento que você tiver de conhecer
aquela pessoa que você vai fazê-la feliz e versa.”
A Bíblia transcende ao tempo. As orientações de Deus são as
mesmas desde o tempo do pergaminho até a chegada da comunica-
ção virtual. Por isto está escrito: “Passará o céu e a terra, mas as
minhas palavras não passarão.” (Mc 13:31.) A santidade é o quesito
indispensável para que se possa ver a Deus. O desejo do Senhor é
que cada cristão se conserve puro, em santidade. “Porquanto está
escrito: Sereis santos, porque eu sou santo.” (I Pe 1:16.) Ao se co-
municar via internet, o cristão deve sempre observar os cuidados para
se conservar santo, não deixando de ser santuário do Altíssimo por
estar atrás de um teclado. “Para vos confirmar os corações, de sorte
que sejam irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai,
na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos.” (I Ts.
3:13.)

77
NAMORO

78
CAPÍTULO 15

OS 10 MANDAMENTOS
DO NAMORO
QUAIS SÃO OS 10 MANDAMENTOS DO NAMORO?
Namoro é uma fase muito bonita. É definida como o ato de ga-
lantear, cortejar, procurar inspirar amor a alguém. O namoro cristão,
tenha a idade que tiver, deve ser uma convivência afetiva preliminar
que amadurece e prepara o casal para o compromisso mais profundo.
O contrário disso, longe dos princípios de Deus, pode resultar em
uma experiência nociva e traumática. Observe alguns princípios que
ajudam a manter o seu namoro dentro do ponto de vista de Deus.
1. Não Namore Por Lazer: namoro não é passatempo e o cris-
tão consciente deve encarar o namoro como uma etapa importante e
básica para um relacionamento duradouro e feliz. Casamentos sóli-
dos decorrem de namoros bem ajustados.
2. Não Se Prenda Em Um Jugo Desigual (II Co. 6:14-18):
Iniciar um namoro com alguém que não tem temor a Deus e não é
uma nova criatura pode resultar em um casamento equivocado. E
79
atenção: mesmo pessoas que frequentam igrejas evangélicas podem
não ser verdadeiros convertidos ou não levarem o relacionamento
com Deus a sério.
3. Imponha Limites No Relacionamento: O namoro moderno,
segundo o ponto de vista dos incrédulos, está deformado e nele inti-
midade sexual ou práticas que levam a uma intimidade cada vez
maior são normais, mas o namoro do cristão não deve ser assim, o
que nos leva ao próximo mandamento.
4. Diga Não Ao Sexo: Deus criou o sexo para ser praticado en-
tre duas pessoas que se amam e têm entre si um compromisso per-
manente. É uma bênção para ser desfrutada plenamente dentro do
casamento; fora dele é impureza.
5. Promova O Diálogo E A Comunicação: conversar é essen-
cial, estabeleça uma comunicação constante, franca e direta e não
evite conversar sobre qualquer assunto.
6. Cultive O Romantismo: a convivência a dois deve ser mar-
cada por gentileza, cordialidade e romantismo. Isso não é cafona,
nem é coisa do passado e traz brilho ao relacionamento.
7. Mantenha A Dignidade E O Respeito: o namoro equili-
brado tem um tratamento recíproco de dignidade, respeito e valori-
zação. O respeito é imprescindível para um compromisso respeitoso
e duradouro. Desrespeito é falta de amor.
8. Pratique A Fidelidade: infidelidade no namoro leva à infi-
delidade no casamento. Fidelidade é elemento imprescindível em
qualquer tipo de relacionamento coerente à vontade de Deus, que
abomina a leviandade.
9. Assuma Publicamente Seu Relacionamento: uma pessoa
madura e coerente com a vontade de Deus não precisa e nem deve
lutar contra seus sentimentos ou escondê-los.

80
10. Forme Um Triângulo Amoroso: namoro realmente cristão
só é bom a três: o casal e Deus. Ele deve ser o centro e o objetivo do
namoro.
Deixe Deus orientar e consolidar seu namoro. Viva integral-
mente as bênçãos que Deus tem para você através do namoro. E seja
feliz.

CAPÍTULO 16

NAMORO
OU CORTEJO?
Os verbetes que dão título a essa matéria, embora pareçam, não
são sinônimos. Para os mais desavisados e, quem sabe, para as gera-
ções mais jovens, talvez côrte possa parecer uma parte do processo
de namoro, mas, na verdade, o termo trata de um processo específico
e pouco usual em nossos dias. Cortejar ou fazer a côrte é uma prática
antiga e de fundamental importância para os relacionamentos que se
pretendem duradouros e conscientes. Mas, para entender essa prática
que caiu em desuso e hoje é alvo de resgate, é necessário conhecer o
contexto em que era empregada e qual é a proposta atual.
Nas sociedades medievais, e até há poucos séculos, era comum
que os reis e nobres casassem entre si para preservar genealogias,
tradições, bens e posses adquiridas. Um costume que foi assimilado
pelas sociedades, adotado por famílias que se pretendiam compará-
veis à nobreza e herdado pelo senso comum ao longo das gerações.
Normalmente, os pais escolhiam quem seria o marido de suas filhas
quando acreditavam ser tempo de casá-las. Outras vezes, as mulheres

81
eram prometidas, logo após o nascimento, para honrar diferentes pro-
pósitos, inclusive dívidas.
Os maus exemplos das realezas, que se esbaldavam em relacio-
namentos ilegítimos, e o caráter pejorativo da penhora das filhas, por
parte dos familiares, acabaram por deturpar essa prática dando lugar
a um processo menos autoritário, onde os pais indicavam os maridos,
com base em um conhecimento prévio e abrangente da origem social
e familiar do pretendido, embora as mulheres continuassem sem o
poder de escolha. Assim, seguindo o curso natural das sociedades, os
relacionamentos deixaram de ter caráter de imposição. Hoje, busca-
se atingir um estado de maturidade mútua entre os co-relacionados.
Em diferentes momentos, personagens da narrativa bíblica vi-
venciaram histórias que ilustram bem como era resolvida a questão
do casamento no seio do povo de Deus. Muito antes das convenções
sociais se estabelecerem, Deus se preocupou com os relacionamen-
tos. E deixou exemplos como o de Jacó, que durante 14 anos cortejou
e trabalhou por Raquel. Ambos sabiam e nutriam o amor deles, em-
bora as condições e a trapaça de Labão os obrigasse a ficar separados.
O que permitiu que esse e tantos outros relacionamentos se tornas-
sem memoráveis e dignos de serem relatados no Livro Sagrado foi
exatamente o caráter de pureza existente neles. O caráter humano de
Raquel e Jacó serve de incentivo para se entender os propósitos de
Deus.
O RETORNO ÀS VEREDAS
Um trabalho desenvolvido pelo ministério Family Fundation
International, criado e liderado pelo pastor norte-americano Craig
Hill, busca resgatar os valores e preceitos das chamadas “veredas
antigas”, que não são mais do que as orientações dadas por Deus e
das quais o homem se desviou ao longo do tempo. Esse ministério
atua em vários países, inclusive no Brasil. Segundo Rogério Goulart,
coordenador do Veredas Antigas, ministrado em Belo Horizonte pelo
82
Ministério Aliança, o seminário tem esse nome porque ao pesquisar
e texto de Jeremias 6:16, em hebraico, Craig descobriu que as pala-
vras originais significam literalmente “caminhos dos quais a Igreja
se desviou”. Dentre esses caminhos Rogério enumera as finanças, a
côrte, etc. “Conhecer e trilhar as veredas antigas significa aceitar a
identidade e o destino estabelecidos por Deus para cada um de nós.
Quando desconhecemos isso, somos levados para essas tentações di-
rigidas pelo inimigo, sendo que o propósito de Deus é maior e muito
melhor do que qualquer coisa que Satanás possa nos oferecer”,
afirma Rogério.
CÔRTE, UMA VEREDA
“Vede e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom ca-
minho. Andai por ele e achareis descanso para as vossas
almas.”
Com essas palavras, o profeta Jeremias anunciava os caminhos
e propósitos que Deus espera de seu povo. Para Janice Goulart, co-
ordenadora e facilitadora do Veredas Antigas, a vereda citada em Je-
remias 6:16 é a receita que se aplica a todo tipo de relacionamento,
principalmente os familiares. Para ser uma família feliz é preciso
compreensão, aceitação e sobretudo conhecimento do querer de
Deus para a sua descendência. Assim, nada mais óbvio do que traba-
lhar a formação do novo lar quando, ainda, em sua fase embrionária,
a côrte.
Janice lembra que nos casamentos citados na Bíblia, como no
caso de Isaque e Rebeca, os pais escolhiam os esposos para seus fi-
lhos. E acrescenta: “O pai de Isaque sabia que a família de Rebeca
vivia dentro dos mesmos princípios que eles, nas mesmas veredas de
Deus. Hoje, o que se vê são gerações destruídas porque as medidas
de proteção dadas por Deus foram quebradas, de geração em gera-
ção.” E, avalia: “É difícil começar um trabalho que visa resgatar
um princípio de Deus. Mas estamos semeando. Uma geração que
83
semeia, começa a se reproduzir. Não podemos ficar de braços cru-
zados vendo os nossos jovens agindo de acordo com os padrões im-
postos pela mídia e pelo processo de comunicação normal, e não
fazer nada.”
As sementes de bons caminhos começam a ser lançadas. E, cer-
tamente, serão frutíferas porque todos os preceitos de que o homem
precisa já foram estabelecidos por Deus e, para mantê-los, Ele levan-
tou Jeremias, Timóteo, Paulo e tantos outros ministros contemporâ-
neos. O fundamento de todas as coisas começa e termina no Seu mo-
ver e não poderia ser diferente com os relacionamentos humanos.
A expectativa de Janice tem fundamento. Percebe-se que já
existe uma tendência de não se entrar na “onda” atual: todos são de
todos e ninguém é de ninguém. Está havendo uma certa saturação
desses padrões de comportamento e isso está levando jovens a uma
reflexão maior e a um certo critério com relação à escolha do par. A
falta de alguém, como os pais, para ajudar é visível.
OS PAIS
O pastor Cléber William Ferreira da Silva, líder do Ministério
Aliança, entusiasmado com a proposta da côrte, explica: “A côrte
visa principalmente trabalhar os pais. Queremos alcançar os jovens
através dos pais. Eles passam muita insegurança, por não estarem
vivendo dentro dos padrões estabelecidos por Deus. O primeiro mo-
delo deveria ser os pais, dentro de casa. Mas o que se vê são os pais
transferindo a responsabilidade de educação e formação para a es-
cola, para a igreja, para a sociedade.” Segundo o pastor, quando as
coisas não dão certo, os pais colocam a culpa nas instituições. Se os
pais não se colocam no papel de modelo para os filhos, eles vão bus-
car outros, em outros lugares. Modelos mostrados pela mídia, por
exemplo, que trazem um apelo muito forte. Pais assim, afirma Clé-
ber, mais tarde só podem fazer uma coisa: chorar pelos filhos.

84
“Os pais devem ensinar seus filhos a guardarem seus corações
e a entregarem seus sentimentos a Deus.” Cléber crê que se outras
pessoas se somarem ao Aliança nessa proposta, alcançarão bons re-
sultados. “Queremos que as famílias vivam um padrão de excelên-
cia, que elas desfrutem de tudo aquilo que Jesus conquistou na cruz
do calvário. Muitas vezes queremos fazer o nosso próprio caminho,
em vez de andar nos caminhos de Deus. Precisamos nos voltar à
Palavra e resgatar esses valores que são eternos”, enfatiza.
NAMORO
“Os adolescentes, quando começam a despertar para o na-
moro, agem como as pessoas mais velhas, que visam, quase sempre,
tirar proveito do parceiro”, alega o pastor. “Não existe namoro na
Bíblia. Existe é compromisso e amizade. O namoro hoje começa com
o primeiro olhar. Um agrada da aparência do outro, do jeito de fa-
lar, de vestir, mas não existe amizade, confiança, algo mais sólido.
Às vezes, começam a namorar sem se conhecerem. Tanto é que, se
aparecer uma moça ou um rapaz mais atraente, tanto a moça quanto
o rapaz que estão namorando não medirão esforços para ‘ficar’ com
a outra ou com o outro. É comum o namoro se tornar inimizade por-
que, muitas vezes, as pessoas se sentem traídas, usadas e abusadas
pelo outro.”
Cléber admite que o namoro é uma legalidade para que aconteça
a defraudação já que, para muitos, namorar é tirar proveito, é satis-
fazer a si próprio, como a relação sexual antes do casamento.
Ainda hoje sabe-se que pessoas requerem do parceiro o relaci-
onamento mais íntimo como “prova de amor”. Essa prática está tão
cristalizada que muitas vezes, no imaginário das pessoas, já existe
essa máxima: “Quem ama, transa.”

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COMPORTAMENTO E MÍDIA
“A defraudação pode trazer ao casal uma vida sexual proble-
mática, sentimento de culpa, ciúmes, insegurança”, comenta Cléber.
“Quando passamos por cima da linha divisória estabelecida por
Deus, atraímos maldição sobre nós.” Os jovens, com o apelo da mí-
dia, muitas vezes querem demonstrar ser uma coisa que não são e
acabam perdendo grandes oportunidades de desenvolver amizades
com pessoas do sexo oposto. Eles se tornam imaturos e inseguros.
“Essa insegurança faz com que mintam, enganem a si mesmos, por-
que a mídia e seus colegas cobram deles determinado comporta-
mento”, sentencia Cléber. “Um exemplo é quando um menino de 15
anos é criticado pelos colegas por não estar saindo com nenhuma
garota. Já começam a colocar em dúvida a masculinidade dele. O
fato de não namorar passa a ser uma vergonha.”
A maioria dos jovens não consegue trabalhar essa questão e
chegar ao casamento sem temores. “Eu não vejo nenhum problema
de moças e rapazes terem amizade. O que é preciso é que em pri-
meiro lugar dêem seus corações a Deus para que Ele escreva a his-
tória da vida deles. A côrte é esse relacionamento de amizade entre
duas pessoas onde ambas entregam seus corações a Deus e permi-
tem que o próprio Deus diga se, ou quando aquela amizade deve se
encaminhar para um casamento.” E prosseguindo: “Quan-do o ca-
samento começa errado, ocorre o sofrimento em consequência do
pecado: famílias desestruturadas, filhos nas drogas, na prostituição,
violência, etc. Em um casamento nascido de um relacionamento
como a côrte, os jovens enxergam muito além do mundo natural.”
SAINDO DO MURO
Paoletti Silva, que divide com o marido, Cléber, a coordenação
do Ministério Aliança, da Igreja Batista da Lagoinha, declara que
muitos jovens crêem no relacionamento da côrte. Mas quando eles
se deparam com a multidão que está dizendo o contrário, que namoro
86
é sexo, liberdade, ele acaba se diminuindo ou ficando isolado. “Creio
que, através desta proposta, muitos vão ser despertados por estar-
mos falando em uma coisa na qual eles acreditam.” E complementa:
“Esses que estão isolados, totalmente excluídos, irão começar a sim-
patizar com a idéia e se abrirem mais. Já estamos tendo um retorno
positivo de jovens, filhos de casais conhecidos nossos. Eles comen-
tam que leram os livros que recomendamos, que pensam da mesma
forma que os autores e que têm vivido dentro aquele parâmetro.”
A coordenadora do Ministério Aliança afirma que muitos jo-
vens que simpatizam com a côrte se omitem, temendo serem ridicu-
larizados por pensarem diferente. “Creio que através do trabalho,
essas pessoas vão começar a se manifestar. Os jovens que se dispu-
serem, como alguns que já se decidiram, irão trabalhar conosco na
implantação da visão dentro da nossa comunidade. Nada é melhor
do que outro jovem para compartilhar suas idéias e testemunhos,
sem vergonha e sem medo.”
MOMENTO DE DECISÃO
A côrte, em princípio, não tem a intenção de noivado, nem de
um futuro casamento; é uma simples amizade. Com a convivência,
as pessoas ficam se conhecendo melhor. Segundo Cléber, chega uma
hora que Deus fala ao casal: “Agora é hora de vocês assumirem um
compromisso e se manterem íntegros para o casamento.” Para ele o
envolvimento dos pais nesse relacionamento é fundamental. “Eles
devem estar presentes em todas as decisões, apoiando, encorajando.
Isso traz muita segurança ao filhos e a eles próprios, porque ficam
tranqüilos sabendo que os filhos estão caminhando em um relacio-
namento puro, voltados para o Senhor”, finaliza.
NAMORAR É SAUDÁVEL
Namorar é bom demais! Mas antes é preciso responder algumas
perguntas...

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1. Por Que Namorar?
O que você pensa sobre o namoro? Você já fez essa pergunta a
si mesmo? Ela pode ajudar muito a definir com que idade deve-se
começar a namorar. Tudo depende da maneira como você vai encará-
lo. Se for com seriedade e compromisso, pode-se dizer que o seu
equilíbrio emocional está começando.
Iniciar um namoro com 12 ou 13 anos, geralmente causa priva-
ções de estar com outros amigos, jogar o esporte que gosta, porque
o(a) namorado(a) pode ficar com ciúmes. Por que queimar etapas da
sua vida antes da hora? Assumir a seriedade do namoro tão cedo?
Adolescência é para se curtir os amigos, viver muitas aventuras. Será
que você está preparado(a) para dedicar-se tanto a uma pessoa?
O namoro não é apenas um momento de emoção a dois. Ele é
um período muito importante e deve ser levado a sério em nossas
vidas. A sua base deve ser firmada num amor de verdade e não em
uma paixão desenfreada. E isso leva tempo para se adquirir.
O namoro é o tempo das descobertas. Descobrir o máximo
como é o outro: sua personalidade, temperamento, caráter, afinidades
e hábitos. Além de oferecer também uma oportunidade para se de-
senvolver amizade e companheirismo.
Você entrou num namoro só por causa das carícias? Cuidado!
Elas são muito atraentes e envolventes, mas costumam cegar nosso
entendimento para outras áreas importantes. Numa dessas, você
pensa que o(a) garoto(a) é um príncipe (ou princesa), de repente você
está com o maior “sapo” nas mãos.
2. Com Quem Vou Namorar?
Você já pensou nas qualidades que espera encontrar na pessoa
amada? Observe as dicas a seguir e decida somente após uma séria
avaliação.

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DICAS PARA UM BOM NAMORO:
• O que ele(a) pensa sobre Deus?
• Ele(a) dá testemunho de uma vida comprometida com Deus?
• Ele(a) é bondoso(a)? Educado(a)?
• Como ele(a) reage às suas fraquezas e defeitos?
• Como reage aos problemas que a vida traz?
• Ele(a), é companheiro(a)? É amigo(a)?
• É briguento(a)?
• Ele(a) é sensível? Demonstra consideração?
• Já estabeleceu alvos para o futuro?
• Como ele(a) lida com dinheiro?
Sem dúvida, é difícil encontrar todas essas qualidades numa só
pessoa. Veja se a pessoa corresponde às expectativas que você con-
sidera essenciais. Coloque seus anseios quanto a ela em oração e es-
pere em Deus. Lembre-se que Ele pode responder sim, não ou espere.
O coração humano sempre tem dificuldade em ESPERAR.
Deus por toda a Bíblia, nos orienta a esperar por Ele, como em Salmo
46.10 “Aquietai-vos e sabei que eu Sou Deus.”. Quando ao invés de
aquietar, nós nos inquietamos e começamos a agir por conta própria,
acumulamos frustrações e problemas.
Ao procurarmos o querer do Senhor para nossas vidas, desco-
brimos a grande verdade descrita em Rm. 12.2 “A vontade de Deus
é boa perfeita e agradável”. Ele sempre quer o melhor para nós.
Você encontrou a pessoa certa? Já sente-se com maturidade su-
ficiente para encarar o amor e suas responsabilidades? Orou ao Se-
nhor, e obteve uma resposta afirmativa, até de seus pais? Vá em
frente, invista nesse namoro. Vai valer a pena! Caso contrário, vá

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curtir sua juventude, seus amigos e cada etapa desta emocionante
fase da vida, pois ainda não é o seu tempo para namorar.
Namorar é muito bom! Mas, namorar dentro da vontade de
Deus é melhor ainda!!!
Namoro Segundo a Bíblia, O Que É?
a) A Bíblia
Podemos quase dizer que o namoro não é bíblico, pois não en-
contramos onde este tipo de amizade chama-se namoro. Geralmente
os pais escolhiam os companheiros para seus filhos e quando um jo-
vem demonstrava interesse em uma moça, era já pensando em casa-
mento. A Bíblia fala em noivado, que é o período antes do casa-
mento. Este período é tão importante, que é feito uma comparação
entre Cristo e a Igreja. Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Davi, Salomão
e outros, provavelmente tenham namorado com suas esposas, porém
pouco temos sobre este período de relacionamento. Isaque e Rebeca
(Gn. 24.63, 67); Jacó e Raquel (Gn. 29.9, 20); Sansão (Jz. 14 - casa-
mento misto); Boaz e Rute (Rt. 2.5); Davi e Mical (I Sm. 19.12 e
25.44); José e Maria (Mt. 1.18); Salomão e Sulamita (Ct. 1).
b) Principio da Amizade
“Há amigo mais chegado que um irmão” Pv. 18:24
Já que não temos um ensinamento claro na Bíblia sobre namoro,
devemos dar uma orientação cristã no assunto. O primeiro relaciona-
mento entre dois jovens deveria ser uma amizade e não um namoro.
Tanto a moça como o rapaz deve ter e fazer muitas amizades e dente
essas amizades escolher quem quer namorar.
c) O Pré-Namoro Ou Flerte
Dentre as várias amizades, um vai se destacar... Naturalmente,
você vai preferir estar junto daquela pessoa mais do que com as ou-

90
tras (por mais tempo) e daí começa o namoro. Desta maneira dificil-
mente você erra na escolha, pois você conhece a pessoa antes do na-
moro. O caso de começar o namoro sem antes ter amizade com a
pessoa, corre o risco da decepção e quase sempre não dá certo. Jo-
vens volúveis e sem conteúdo ficam dando em cima de garotas es-
tranhas, pois as conhecidas não se deixam enganar. “Amor a primeira
vista” é muito perigoso, pois difícil não é começar um namoro ou
casamento, difícil é continuar namorando ou permanecer casado! O
Flerte é brincar com os sentimentos alheios. Você não quer nada sé-
rio e fica dando esperança ao outro. Isto é errado e a Bíblia condena.
d) Namoro - Definição
O que é namoro? Para que se namorar? Já paramos para pensar
sobre isto? Porque, para que e como você namora?
Dicionário:
Namorar: cortejar, inspirar amor a, apaixonar, cativar, desejar
ardentemente, empregar todos os esforços para obter, ficar encan-
tado, etc.
Namoricar: namoro por pouco tempo, amizade leviana, dis-
trair-se com sentimentos de outrem, etc.
Naturalmente cada um tem sua definição. O namoro para nós
deveria ser uma amizade bem especial por alguém que a gente co-
meça a amar e ser amado por ela. O tempo de namoro é uma confir-
mação de que aquela pessoa é a escolhida por Deus e por nós, para
ser nossa (o) companheira (o). Deve ser levado a sério sem exagero
a ponto de pensar que o namoro não pode terminar.
e) Motivação Correta
É a vontade de Deus: “Não é bom que o homem esteja só”. É
encontrar a pessoa que será minha (meu) companheira(o). É verificar
e confirmar se é aquela pessoa.

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f) Motivação Errada
Namorar por namorar. Namorar para passar tempo. Namorar
para mostrar que é atraente. Namorar para não ficar “pra trás”. Na-
morar porque é um bom partido. Namorar para contrariar meus pais.
Namorar para provar que já sou “gente”. Namorar por sentir-se atra-
ído sexualmente. Namorar para levá-lo a Cristo, etc.
g) Meios Para Conquista No Namoro
 Agradar a Deus em primeiro lugar (Sl. 37:4).
 Orar e pedir a Deus.
 Esperar tranquilo e despreocupado.
 Mostrar qualidades interiores.
 Cuidar bem se sua aparência.
 Mostrar-se educado e gentil.
 Ser bom filho, bom aluno, bom funcionário, alegre, espor-
tivo, social.
Dicas Práticas: Usar um olhar, um sorriso, indiretas, dar aten-
ção especial, presentear, procurar estar junto.
h) Meios errados de conquista no namoro
Mostrar o que não somos (querer aparecer). Despertar desejos
sexuais. Ex. roupas, gestos, palavras. Mostrar sofrimento e despertar
sentimentos de pena. Mostrar-se de difícil conquista. Ficar se ofere-
cendo para o outro.
i) Quem Conquista? O Rapaz Ou A Moça?
Os dois devem se conquistarem. Se apenas um conquista, o ou-
tro fica prejudicado e terão problemas futuros.
j) Permissão Dos Pais
Sendo de menor, nunca namore sem a permissão de seus pais.
Um namoro desobediente não tem a bênção de Deus.

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k) Faça Este Teste Bíblico No Seu Namoro 1 Coríntios 13.4:8
Aplicação
O amor é paciente. Ele ou ela é paciente com você e vice-
versa, não brigam ou tem muitas irritações, ira, raiva,
etc.?
O amor é benigno. Você sente que o outro quer exclusiva-
mente seu bem e vice-versa, o namoro é bom, produz bem
a vocês e aos outros?
O amor não arde em ciúmes. Vocês tem muito ciúmes um
do outro, não permitem outras amizades? Brigam por
causa disto?
O amor não se ufana. Ele ou ela fica contando vantagens
porque lhe conquistou ou namora com você, como um tro-
féu conquistado?
O amor não se ensoberbece Será que um dos dois tem o
amor soberbo, vaidoso, orgulhoso, sentindo-se melhor que
os outros?
O amor se conduz convenientemente. Um dos dois é de
comportamento inconveniente, isto é, provoca situações
embaraçosas entre os familiares, amigos ou mesmo
quando estão à sós?
O amor não procura seus interesses A pessoa que ama ou-
tra, nunca procura seus próprios interesses, levar vanta-
gem sobre a outra, o melhor para si.
O amor não se exaspera Você ou o outro é melindroso?
Fica irritado, emburrado facilmente? Maltratam um ao
outro? Se aborrecem sempre?

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O amor não se ressente do mal. Perdoa facilmente? Es-
quece mesmo? Não ficam emburrados? Não lembram bri-
gas passadas, ciúmes, etc.?
O amor não se alegra com a injustiça. Você fica alegre se
o outro está em situação difícil? Faz comparações com ou-
tros? Justifica seus erros com as fraquezas da outra pes-
soa?
O amor alegra-se com a verdade Custe o que custar, a ver-
dade lhe trás alegria? Você encobre os erros de seu com-
panheiro ou vice-versa?
O amor tudo sofre. Vocês dois estão dispostos a sofrer um
pelo outro, perseguições, renunciar um pelo outro os pri-
vilégios, etc.?
O amor tudo crê Vocês confiam realmente no sentimento
um do outro, ou são desconfiados, sem segurança, se vi-
giam?
O amor tudo espera. Vocês esperaram a permissão dos
pais, esperam o tempo certos para “os carinhos”, o tempo
certo para o casamento?
O amor tudo suporta. O namoro suporta os obstáculos:
distância, concorrência, a espera, o segundo lugar, etc.?
O amor verdadeiro tem estas características, seja ele dirigido a
Deus, a família, ao namorado ou ao próximo. Estude com seu ou sua
namorada este texto bíblico e tire outras aplicações particulares para
vocês dois. São quinze itens, se sua nota for menos que oito, é bom
pensar em outro namoro.
l. Diferenças entre Amizade, Amor e Paixão
Amizade: afeição, simpatia, dedicação, identificação pessoal,
amor sem atração física.

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Amor: sentimento profundo de afeição, conjunto de fenômenos
cerebrais e afetivos que constituem o instinto sexual. Amizade com
atração sexual.
Paixão: sentimento excessivo, capaz de perturbar o juízo, afeto
violento, amor ardente, sentimento abrasador. Um desejo sexual sem
amizade.
m) Sexo No Namoro
Carinho: afago, cuidado, meigo. Na verdade há um conceito
errado de carinho. Os namorados confundem carinho com carícias.
No namoro deve haver muito carinho e pouca carícia. O tempo de
namoro é do carinho, do noivado é o começo das carícias e o tempo
de casado, é das carícias preparando para o ato sexual. O carinho
produz e desperta o amor. As carícias produzem erotismo e desperta
o desejo sexual. O final de um carinho é um forte sentimento de
amor, o final de uma carícia é o orgasmo ou ato sexual.
Dicas Práticas De Carinho: um meigo olhar, um afagar de ca-
belo, um presente, ser gentil e educado, um toque no queixo, brincar
com o nariz, não só ficar de mãos dadas, mas fazer carinho nas mãos,
elogiar, etc. O carinho cabe nas amizades, namoros, noivados e no
casamento.
Carícia: apalpar, alisar, contato com a pele do corpo para fins
sexuais. Segundo Dr. Fritz Kahn, acariciando-se a pele, principal-
mente em regiões erógenas como: seios, nádegas e órgãos sexuais,
provoca-se uma excitação nervosa, como carga elétrica, que aumenta
conforme os estímulos ritmados das carícias, até o ponto máximo do
orgasmo (Nossa Vida Sexual). A carícia tem como objetivo princi-
pal, preparar o corpo para o ato sexual. Depois que a pessoa está ex-
citada ela não tem condições de agir pela razão, agindo assim pelos
seus instintos. É difícil alguém interromper uma ação depois de estar
excitado.

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Beijo: a boca é a mais importante zona erógena depois dos ór-
gãos sexuais. Ela tem quatro estímulos de excitação: táteis, térmicos,
olfativos, gustativos. O beijo simples (no rosto, mãos, etc.) mostra
afeto e carinho. O beijo bocal (prolongado nos lábios) mostra desejo
forte. O beijo nos lábios é a carícia mais excitante antes do ato, aliás,
é a preparação última para o ato sexual.
n) Perigo do Sexo no Namoro
O problema é o seguinte: Até que ponto podemos ter intimida-
des físicas no namoro sem haver defraudação ou perigo de prejuízo
dos dois?
Muita liberdade sexual provoca desinteresse do rapaz. Afasta-
mento de Deus e de seu trabalho. Encontros somente para intimida-
des físicas. Leva ao ato sexual. Do ato sexual a uma gravidez ines-
perada.
Aquilo que seria tão lindo e maravilhoso se torna vergonhoso,
humilhante, triste, desesperador, um verdadeiro caos!
Ex.: O rapaz abraça a moça, beijam-se prolongadamente nos
lábios, ele começa a lhe fazer carícias nas regiões erógenas, a moça
fica também excitada e permite que ele lhe tire parte da roupa e sem
perigo, diz o rapaz, pede para pôr seu membro sexual na moça. Neste
ponto, geralmente a moça não está preparada para o ato! E mesmo
que seja uma “brincadeira de amor” o resultado é uma gravidez. O
preço de alguns minutos de prazer é uma vida inteira de arrependi-
mento e na nossa sociedade machista, quem mais sofre é a garota.
NAMORO E CASAMENTO
“Bastou um olhar para o meu coração disparar, tudo o que
mais quero agora é estar com ele(a).”
Deus enviou o homem com esta necessidade de Ter alguém a
seu lado. Disse o Senhor: “Não é bom que o homem fique só, far-
lhe-ei uma adjutora que lhe corresponda.” (Gn. 2-18)
96
Queridos Jovens, mais do que nunca, Deus através do Espírito
Santo, está alertando para a seriedade do namoro, por isso ao esco-
lher alguém que dividirá com você as bênçãos desse compromisso,
peça a direção de Deus, pois em primeiro lugar o seu maior compro-
misso é com o Senhor. O namoro não pode tornar-se um impedi-
mento para a realização da obra de Deus, quantos jovens por torna-
rem-se namorados possessivos, deixam de participar do seu grupo de
louvor, dos cultos, se afastam da família, dos irmãos e no final, o
namoro termina com brigas, ciúmes e frustrações?
Lembre-se que todo o namoro tem que ter um ideal. Pelo menos
que se pense em casar. Portanto FICAR é pecado. “... Cada um tenha
opinião bem definida em sua própria mente ...” Bem aventurado é
aquele que não se condena naquilo que aprova. Mas aquele que tem
dúvidas, é condenado..., porque o que faz não provem de fé; e tudo
que não provem de fé é pecado. (Ro. 14:5c; 22b; 23).
O alvo do namoro é o casamento e o alicerce para um casamento
feliz e abençoado está em um namoro debaixo da proteção e orienta-
ção segura e eficaz da Palavra de Deus.
“Esta é a vontade de Deus para a vossa santificação: Que
vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba
possuir o próprio corpo em santificação e honra; não no
desejo da lascívia, como os gentios, que não conhecem a
Deus.”; e que, nesta matéria ninguém oprima ou engane
seu irmão. O Senhor é vingador de todas as coisas. Pois
Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santi-
ficação. - 1 Ts. 4:3-7:
Tendo visto com pesar o grande número de adolescentes grávi-
das, CRIANÇAS CUIDANDO DE CRIANÇAS, muitas vezes por
não receberem uma orientação segura dos pais e da igreja, e outras
por não darem crédito à palavra ministrada. Jovens, desfrutem de sua
mocidade no temor do Senhor.

97
Deus sabe que o prazer sexual é bom, porque foi Deus que o
criou, mas tem reservado esse privilégio para os casados, exclusiva-
mente. Deus deixou para nós um padrão a ser seguido, por isso todo
o namoro que segue o padrão do mundo, as consequências são: Ca-
samentos prematuros fadados a não durar muito tempo, marcas emo-
cionais profundas que acompanharão o jovem por toda sua vida.
Se você está vivendo um namoro fora dos padrões de Jesus,
tome agora uma atitude de fé. “Levantar-me-ei, e irei Ter com meu
Pai.” (Lc. 15:18 )
Confessarei e abandonarei todo pecado, pois o meu corpo é tem-
plo do Espírito Santo, foi comprado pelo precioso Sangue de Cristo,
e é para glorificar a Deus.
Se você iniciou seu namoro sem a oração e a imposição das
mãos do seu pastor, procure-o e peça a ele que os abençoe.
EU TEREI SOMENTE UM NAMORO CRISTÃO
O casamento foi designado para ser uma unidade. São duas per-
sonalidades interligadas na harmonia de sentimentos, pensamentos e
vontade. Um casamento misto, isto é, uma pessoa que confessa Jesus
como Senhor de sua vida e uma pessoa que não confessa Jesus, de-
senvolvem uma vida marital mascarada, onde a unidade é um alvo
que não será atingido. A Palavra de Deus mostra dogmaticamente
com que tipo de pessoa você deve se casar. Em II Coríntios 6.14-18,
o apóstolo Paulo nos diz:
“Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos;
pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que
comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre
Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incré-
dulo? E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos?
Pois nós somos santuário de Deus vivo, como Deus disse:
Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus

98
e eles serão o meu povo. Pelo que, saí vós do meio deles e
separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e
eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para
mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.”
A imagem visual que Paulo escolheu neste trecho é a de uma
junta de bois que estão lado a lado. Os coríntios entenderam que no
Antigo Testamento Deus proibira a prática de lavrar com juntas de
boi e jumento, dois animais de espécies diferentes (Deuteronômio
22.10).
Os animais em canga desigual não podem lavrar o campo efi-
cazmente porque não puxam juntos. Paulo está dizendo que o cristão
não deve igualar-se ao incrédulo, o que pode incluir casamento ou
qualquer outro relacionamento íntimo da vida.
Uma pessoa que não confessa Jesus Cristo como Senhor, não
tem o espírito de Deus (I Coríntios 2.14). O crente tem o espírito de
Deus, portanto possui a mente de Cristo. Isto é, ele tem capacidade
de entender as coisas de Deus pelo Espírito que habita nele. Em um
casamento desigual(misto), falta unidade espiritual, portanto, não há
possibilidade de conversar sobre assuntos espirituais com harmonia
e entendimento. Sem a presença do Espírito Santo, a mente do incré-
dulo é hostil para com Deus e não é possível estar sujeito à lei de
Deus (Romanos 8.7). Esta hostilidade se manifesta no casamento
através de uma atitude de indiferença ou, às vezes, agressão.
Como crentes, nós somos a fragrância de Cristo, o bom perfume
tanto para os que são salvos como para os que se perdem (II Coríntios
2.15,16). Para os que se perdem a Palavra de Deus diz que somos
cheiro de morte. Em outras palavras, o crente pode exalar um odor
desagradável, metaforicamente falando, para um parceiro descrente.
Certamente isto não é uma boa receita para a felicidade matrimonial.

99
A Palavra de Deus diz que quando nós nos convertemos, o amor
de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Ro-
manos 5.5). Entretanto, o parceiro descrente não pode corresponder
com este mesmo amor. Isto força o parceiro crente a dar constante-
mente de si, mesmo sem ser correspondido.
As instruções bíblicas concernentes ao casamento são as mes-
mas para o crente como para o descrente. Em Efésios 5.22-31, a Pa-
lavra de Deus ensina aos maridos a amarem as suas esposas com o
amor ágape. É o mesmo amor que Cristo demonstrou à sua noiva, a
igreja. Mas se este amor não for derramado em seu coração, ele será
incapaz de amar a sua mulher dessa maneira.
Neste mesmo trecho Paulo exorta as mulheres a serem submis-
sas a seus maridos. A mulher descrente provavelmente não vai acei-
tar esta instrução, especialmente depois de ter sido desafiada, há al-
guns anos, pelo feminismo a lutar feroz e insanamente pela igualdade
entre os sexos. Também, ela será incapaz de submeter-se a seu ma-
rido, sem o poder do Espírito Santo atuando em sua vida. Sendo as-
sim, é absolutamente essencial que ambos sejam crentes em Jesus.
Se você é uma moça e pretende casar-se com um rapaz descrente,
você será obrigada a aceitar a liderança dele, que é uma liderança não
cristã; Ou se você rapaz, está pensando em casar-se com uma moça
descrente é provável que ela terá dificuldade em submeter-se à sua
liderança por não entender o que é a submissão e por não ter capaci-
dade espiritual para ser uma mulher de Deus.
COMPARAÇÕES
Crente x Descrente,
Justiça x Injustiça
Luz x Trevas
Cristo x Diabo
Santuário De Deus x Os Ídolos
100
Que privilégio poder juntos colocar as discórdias, desaponta-
mentos ou crises diante do Senhor! Cheguei à conclusão, através dos
muitos casos que tenho acompanhado, que realmente um casamento
misto leva a consequências desastrosas. Pergunto: se há tanta tristeza
em tais casamentos, por que esse problema se agra a cada dia? Creio
que há pelo menos QUATRO causas:
a. Duas pessoas incrédulas se casam. Depois, um se converte
criando um casamento desigual.
b. Às Vezes Um Crente Casa Achando Que A Outra Pessoa
É Também Crente. Ela se envolve emocionalmente a tal ponto que
fica cega espiritualmente, impossibilitando o discernimento do es-
tado espiritual do seu/sua noivo(a).
c. Em muitos casos o crente conscientemente desobedece o
Senhor namorando um descrente. Mesmo sabendo que não é a
vontade de Deus, está tão apaixonado(a) que é incapaz de tomar uma
decisão “fria e objetiva”, terminando com o relacionamento. Este
caso me preocupa mais, porque o crente está vivendo em rebelião
contra Deus independente das consequências de seu relacionamento.
d. Há uma falta de convicção e clareza nos líderes, isto é,
pastores e conselheiros da igreja, para instruir a nossa mocidade
sobre os conceitos bíblicos acerca do namoro, noivado, casa-
mento e sexo.

101
CAPÍTULO 17

PRINCÍPIOS PARA
O NAMORO
Há cinco Princípios para o Namoro:
1. Princípio De Plantar E Colher
Lembrete: polegar.
Faz-se os buracos com o polegar para se plantar sementes de
ameixa.
“Nasceu um monte de ameixeiras!!! Mas por que? Eu
odeio ameixas! Tinha esperança de que nascessem maçãs!
... mas plantei ameixas.”
Quando se fala em uma semente, deve-se hoje mesmo imaginar
a árvore e seus frutos - as consequências. Raciocine e seja prudente.
Seja sábio!
Se eu fumar, terei como consequências câncer, tuberculose,
dentes escuros, mau hálito.
Pessoas que dizem “posso namorar uma pessoa não cristã” são
pessoas que não vêem o quadro todo, com suas consequências no
futuro.
Tudo que eu faço no namoro trará consequência, dará frutos,
cedo ou tarde.
2. Princípio Do Fogão
Lembrete: dedo indicador.
Fico usando o indicador para colocar a mão no forno à lenha
quente.
102
“Ah! Eu sou mais esperto que os outros! Todo mundo põe
a mão na chapa e se queima. Eu vou provar que não me
queimarei!”
“Coloco saliva no dedo, e... psst! Viu? Não me queimei!
Mais um pouco de saliva, e... psst! Viu só? Há! Não me
queimei! Olha!!! psst!... psst!... psst!... Não queimou, não
queimou!!! Olha! psssst! Aaaiiii! Auuu, me queimei, me
queimei...”
Há dois tipos de pessoas: as que vêem os outros se queimarem
e pensam “se eu fizer isto, também vou me queimar” e as que pensam
que são mais fortes e inteligentes que os outros, e acham que nunca
o que aconteceu aos outros poderá acontecer com ela.
As primeiras aprendem com os que se queimaram. As outras
são prepotentes. Não dão valor a conselhos (mesmo bíblicos, como
Pv.6:25, 27-28) e acham que errar de vez em quando não é tão grave:
não viciará nem trará consequências e, afinal, “eu tenho o controle
da situação” - até o dia de não o terem...
Se eu nunca namorar uma pessoa não cristã terei quase certeza
de que não me casarei com uma pessoa não cristã.
3. Princípio Do Central
Lembrete: dedo central.
O maior dos dedos, que está no centro, é o dedo central. O pri-
meiro dedo a tocar é este. “Estamos fazendo algo juntos para
Cristo?”
“Quem é o centro da nossa vida e dos nossos relacionamen-
tos?” Se sou cristão e tenho um namoro cristão, então estou afir-
mando que ele é o centro de minha vida e do meu namoro.

103
“Amo mais a Cristo ou a minha mãe?” Se minha mãe estivesse
na nossa frente quando estamos sozinhos (nos amassando, por exem-
plo), eu me envergonharia? Mas Jesus sempre está comigo!
Jesus deve estar sempre entre nós. Não peça licença para Ele
em hipótese alguma!
Lembre-se do primeiro dedo a tocar: que seus toques sejam san-
tos.
4. Princípio Da Aliança
Lembrete: dedo do anel, da aliança do casamento.
Sinceramente, só saberei se casarei com a pessoa que está ao
meu lado quando estiver casado. Portanto, o que temos feito juntos?
Levarei para o casamento as consequências de tudo o que fiz
antes dele, sozinho ou com outras pessoas.
5. Princípio Do Rebaixamento
Lembrete: dedo mindinho.
Não rebaixe os seus padrões de namoro. Estabeleça padrões e
não os viole. Planeje com antecedência o que vai e o que não vai
fazer no namoro. Saiba com quem vai e com quem não vai namorar.
Se decidir não estabelecer padrões de namoro, o que fazer
quando alguém não temente a Deus te convidar a fazer coisas ou ir a
lugares impróprios? Não pensarei: “Na igreja ninguém se interessa
por mim... aquele rapaz não é da igreja mas tá tão afim de mim... me
convidou para sair... vou namorar com ele!”
Se estabeleço padrões, nem esquento a cabeça: a resposta já está
determinada! E Deus honrará minha atitude!
Elevar meus padrões não é a chave para conseguir namorados,
mas para conseguir-se um conjugue melhor.
Alguns padrões para o namoro
104
Início do namoro
Exemplos: “Eu quero conhecer a pessoa por meses/anos antes
de namorarmos.”; “Eu não vou deixar que ninguém pegue na minha
mão ou me abrace antes que me namore.”
“E se meu companheiro começar a fazer algo que está fora dos
padrões que defini?” Diga “não” imediatamente e exponha seus pa-
drões! Não fique pensando! Se você cortar na hora, vai funcionar,
mas se você disser depois de 3 quadras para ele largar de sua mão...
Isso chama-se respeito. Adquire-se alto nível de respeito com
estas atitudes. Por exemplo, se vocês estão andando lado a lado, e o
rapaz começa a esbarrar a mão dele na sua (“ai, a mão dele é tão
forte! Tão cheia de pêlos!!!”) e enfim pega em sua mão, mas você
delicadamente pede para que ele largue, ele nem arriscará abraçá-la!
Bobeira tudo isso nos nossos tempos?
DEFINA PADRÕES CLAROS E PRÁTICOS.
Coloque-os diante de Deus e você terá então a prova de como
Ele te honrará com um excelente namorado e cônjuge! Ele é o mesmo
ontem e hoje, sabe das suas necessidades e desejos. Confie nEle, afi-
nal Ele te ama mais do que você possa imaginar, e quer o melhor
para você! Ele sabe de coisas que você nem pode imaginar sobre
você e seu companheiro! Sabe o que vai no coração de ambos!
Há muitos jovens que só querem namorar para poderem ter a
emoção de beijar. Você poderá manter-se livre destes definindo pa-
drões.

CAPÍTULO 18

105
EU BASEAREI MEU
NAMORO NOS PADRÕES
DE DEUS
PADRÕES NO NAMORO
RELACIONAMENTO DE CONFLITO RELACIONAMENTO DE LIBERDADE
Quando os desejos sexuais se tornam mais Quando os desejos sexuais, os pensamen-
fortes do que os desejos espirituais, causam tos, vontades e emoções são controlados
conflito entre o casal e entre eles e Deus Os pelo Espírito, o casal desfrutará de um rela-
pensamentos, vontades e emoções são de- cionamento de liberdade.
turpados.

EU BASEAREI MEU NAMORO NOS PRINCÍPIOS


E PROPÓSITOS DE DEUS
Os valores, alvos, e comportamento de duas pessoas que namo-
ram, noivam e casam precisam ser baseados nos conceitos e propó-
sitos de Deus. Para um casamento cristão, é imprescindível que am-
bos tenham Cristo como centro de suas vidas.
Para que uma pessoa cristã tome uma decisão correta na escolha
do seu namorado, ela precisa conhecer a outra pessoa. Por isso sugiro
um período de “amizade profunda”. Este período serve para saber:
a. Se A Outra Pessoa Já Tomou Uma Decisão De Seguir A Jesus.
b. Qual É O Nível De Comprometimento Dela Com Cristo.
c. Quais São Os Seus Hábitos Devocionais?
• Ela lê a Bíblia diariamente?
• Conversa com Deus?
• Faz parte de uma igreja local que prega e ensina a Palavra
de Deus?

106
d. Que Tipo De Relacionamento Ela Tem Com Os Pais?
Tudo isto e mais ainda, faz parte do conhecimento que uma pes-
soa cristã deve possuir antes de iniciar o namoro. Este período de
“amizade profunda” serve para ter conversas abertas, ler a Palavra
de Deus, orar, passear, etc. Porém, não há nenhum envolvimento fí-
sico, mas sim envolvimento espiritual, mental e emocional, a fim de
que a decisão seja racional e dentro dos padrões de Deus.
Deus quer participar do seu namoro. O crente tem a tendência
de dividir a vida em atividades espirituais e as “cotidianas”. Por
exemplo: muitos jovens pensam que lecionar na Escola Dominical é,
naturalmente, uma atividade espiritual. Mas nunca julgam que con-
versar com sua garota ou seu namorado, comer uma pizza juntos,
seja uma atividade espiritual. O apóstolo Paulo derruba esta idéia
quando fala em I Coríntios 10.31:
“Quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qual-
quer; fazei tudo para a glória de Deus.”
Como um casal pode basear seu namoro nos princípios e pro-
pósitos de Deus, se Deus não tem parte integral nesse namoro? Deus
quer que os dois cresçam em sua vida espiritual. Esta será a melhor
maneira de desenvolver unidade espiritual em seu relacionamento.
Se não desenvolverem este alicerce, seu casamento não poderá resis-
tir às tempestades e crises que a vida conjugal há de trazer. Jovem,
sem os princípios e propósitos de Deus claramente definidos, não há
base para tomar decisões no seu namoro, noivado e casamento.
Quando a intimidade física se desenvolve antes da intimidade espi-
ritual uma nuvem de culpa aparece entre o casal e entre eles e o Se-
nhor. A unidade é alcançada quando os dois procuram chegar a Deus
através de suas vidas pessoais, quando cada um desenvolve seu rela-
cionamento com Deus, o resultado será maior capacidade de comu-
nicar e melhor comunhão no namoro.

107
PADRÃO DA SOCIEDADE
No padrão da sociedade cada pessoa procura suprir as próprias
necessidades através do relacionamento do namoro e noivado. O ra-
paz geralmente busca intimidade física e a moça quer comprometi-
mento emocional. Conscientemente ou inconscientemente cada um
tenta inclinar a balança para o seu lado, disposto a suprir suas neces-
sidades mais imediatas.
PADRÃO DE DEUS
No padrão de Deus deve-se procurar suprir as necessidades do
outro através do relacionamento do namoro e noivado. A sua moti-
vação deve ser “outro-centralizada” e não auto-centralizada.
Quando há um comprometimento aos padrões de Deus o valor da
outra pessoa é prioritário. Se Deus achou tão valiosa a vida de uma
pessoa a ponto de entregar Seu próprio Filho para morrer por ela,
então, cada um deve estar pronto a entregar sua própria vida pelo
outro.
PLANO DE DEUS OBJETIVOS A SEREM A SEREM PROCEDI- CONFLITOS QUANDO SÃO VIO-
ALCANÇADOS MENTO LADOS OS PRINCÍPIOS DE DEUS
ESPÍRITO Unidade no Espírito de Deus A Namoro/Noivado Quando há envolvimento físico
unidade espiritual é alcançada antes do casamento, o casal fica
Consciência de quando as duas pessoas podem, derrotado na vida cristã e perde a
Deus plena e livremente, comparti- liberdade de compartilhar a sua
lhar suas experiências em rela- fé. Tal procedimento traz frustra-
ção às maneiras como Deus está ções, desconfiança e sentimentos
trabalhando em suas vidas. de culpa
ALMA Unidade mental e emocional A Namoro/Noivado Há uma luta muito grande para
unidade da alma é alcançada conservar as emoções originais, o
Intelecto Emo- através dos planos para o futuro romantismo começa a desapare-
ções Vontade feito pelo casal. Há um compar- cer. A personalidade da outra pes-
tilhamento de coisas que gostam soa fica escondida.
e não gostam para aprenderem
como viver e trabalhar juntos.
CORPO Unidade Física No casamento a Casamento Auto-condenação e raízes de
Físico união física é consumada atra- amargura se desenvolvem. Há
vés do ato sexual. Mc 10.7,8; Gn. falta de comunicação e sentimen-
2.24; I Co. 6.16; Hb. 13.4; I Co. tos de desconfiança. A frieza se
7.1-5. desenvolve através das lembran-
ças. Sentimentos de culpa trazem
frustrações e medo.

108
ALGUMAS SUGESTÕES SOBRE COMO DESENVOLVER
OS PADRÕES DE DEUS NO NAMORO
a. No Início Do Namoro, Planejem Atividades Que Envol-
vam Participação Em Grupo. Isto vai ajudá-los a evitar situações
e atividades que possam estimular seus impulsos sexuais. Em outras
palavras, evitem longos períodos a sós.
b. Estabeleçam Algumas Regras De Conduta No Seu Na-
moro Ou Noivado Que Sejam Coerentes Com Os Princípios Bí-
blicos. Por exemplo: manter linhas de comunicação bem abertas so-
bre o relacionamento físico. Às vezes, as carícias estão sendo exces-
sivas e um dos dois está sendo defraudado, ou ambos. Quando isso
ocorrer, há necessidade de comunicar esse sentimento ao seu par-
ceiro.
c. Coloquem A Palavra De Deus Como Regra De Fé E Prá-
tica No Relacionamento. Isto quer dizer que vocês vão ler a Palavra
juntos e procurar aplicações práticas para sua vida. Por exemplo: po-
dem estudar juntos o livro de Filipenses, procurando colocar em prá-
tica os seus princípios, conversando e orando sobre o que Deus falou
aos seus corações.
d. Desenvolvam No Ambiente De Namoro Um Espírito De
Louvor E Oração. Às vezes, serão somente alguns momentos, en-
tregando uma certa atividade ou as suas vidas por um período de
tempo. Outras vezes, depois de uma conversa séria sobre uma difi-
culdade que um ou outro está passando, será uma oração íntima e até
com lágrimas. Um dos maiores problemas dos jovens casais é a in-
capacidade de orar, chorar juntos e louvar ao Senhor. Que casamento
pobre quando não há este tipo de comunicação com o Pai Celestial!
e. Procurem Ter Uma Comunicação Aberta. Um dos maiores
problemas do casamento é a falta de comunicação ou a comunicação
não aceitável, como por exemplo, gritaria, paneladas na cabeça, etc.
Aprendam logo no início do namoro a manter a linha aberta entre
109
vocês e entre vocês e o Senhor. Isso vai exigir disciplina e esforço.
Procurem resolver os problemas logo no início, sem deixar acumular
conflitos e sentimentos de rancor contra seu parceiro. Desenvolvam
um espírito de perdão. Aprendam a fazer as pazes e a esquecer as
ofensas de um para com o outro. Uma noiva, com muito orgulho,
algum tempo atrás me disse o seguinte: - Jaime, quero que você saiba
que em nosso namoro e noivado eu e o meu noivo nunca brigamos,
nem mesmo discutimos. Eu a fitei com um olhar de desconfiança e
disse: - Não tenho bem certeza, mas acho que seu relacionamento
está necessitando de mais honestidade e objetividade. Todo relacio-
namento tem que passar por provações e tempos difíceis, mas o amor
verdadeiro usará a tribulação para que o relacionamento se torne
mais profundo e significativo.
f. Procurem Ler Bons Livros. Sugiro os seguintes: “Uma Bên-
ção Chamada Sexo”, de Robinson Cavalcanti; “Abrindo o Jogo So-
bre o Namoro”, de Caio Fábio; “Casei-me com Você” e “Amor, sen-
timento a ser aprendido”, de Walter Trobisch; e “A Família do Cris-
tão” de Larry Christenson. Eles devem ser lidos juntos ou separados
e discutidos no contexto do namoro. Uma palavra de advertência:
durante o namoro, cuidado com as conversas íntimas sobre sexo. Isso
pode levá-los a se despertarem sexualmente. Não há nenhuma dúvida
em minha mente de que você quer um casamento feliz, vivido dentro
do padrão de Deus. Para que isso aconteça, você deve construir a sua
casa na rocha, que é Jesus Cristo e a Palavra de Deus. Decida em seu
coração que baseará seu namoro nos princípios e propósitos de Deus.
Que o Senhor os abençoe nesta decisão tão importante de suas vidas.

CAPÍTULO 19

110
QUAL A VONTADE DE DEUS PARA
O SEU NAMORO?
“E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele
que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” 1
João 2:17
“Aquele que faz a vontade de Deus permanece para sem-
pre”.
Essa é uma promessa que se encontra na Palavra de Deus. Além
desta, há outra, em Hebreus 10.36, afirmando claramente que preci-
samos ser firmes e perseverantes na Vontade de Deus: “Porque ne-
cessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a von-
tade de Deus, alcanceis a promessa”.
Quando falamos das coisas da Igreja, todos concordam que pre-
cisamos fazer a vontade de Deus... Mas e quando tratamos da nossa
família? E quando se trata de realizar a vontade de Deus no namoro,
no noivado e no seu próprio casamento? Especialmente no namoro,
onde parece que temos menos a perder, precisamos estar atentos à
vontade de Deus!
Namoro é coisa moderna. No passado não era assim. Em algu-
mas culturas, ainda hoje, também não é assim, não havia e nem há
namoro. O casamento é arranjado de acordo com as conveniências
envolvidas: questões econômicas, políticas e até mesmo patrimoniais
“provocam” casamentos. Assim, para não dividir a terra, os casa-
mentos podem ser feitos entre parentes.
Até se chegar aos dias de hoje, quando há uma escolha indivi-
dual do namorado ou namorada, um longo caminho foi percorrido.
O Romantismo, os direitos da mulher, a regulamentação do casa-
mento pela legislação moderna, tudo isto foi provocando mudanças,
até que você pudesse viver um grande amor, sem ter que brigar com
o mun-do.
111
Namoro, contudo, não é uma corrida mal orientada e desenfre-
ada, que muitas vezes, termina com um casamento às pressas. Na-
moro também não é “test drive”, para ver como fulana beija, como
beltrano é bom nisso ou naquilo...
Namoro é uma fase importantíssima pelo fato de conduzir a um
aprofundamento de relações que é o noivado. É uma fase de educa-
ção de sentimentos, de abrir muito os ouvidos e os olhos.
Aliás, “namoro” é uma via de mão dupla. Namorar é buscar
amor; é o vestibular do casamento; é período de auto-conhecimento
tanto quanto de conhecimento do outro. Como será que você reage
às diferenças dele(a)? Como reage diante das contrariedades?
Namoro também é o período de relacionamento social (especi-
almente com a(s) família(s)). Mas é principalmente um período de
relacionamento espiritual.
As famílias começam a se relacionar e assim cada um vai des-
cobrir quais os valores éticos, morais, comportamentais da família
do outro. E não se iluda não, esses fatores que as famílias têm vão
influenciar no casamento.

CAPÍTULO 20

112
COMO SABER SE UM
NAMORO É DA VONTADE
DE DEUS?
“Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se
uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” (Mateus
7:16)
A fase do namoro é muito confusa para os jovens que abrem o
coração para alguém. Geralmente casais se gostam, trocam beijos,
mas há incompatibilidade de gênios, brigas, ciúmes, etc.... E se o na-
moro para o não-cristão já é complicado, para o jovem cristão é mais
ainda, pois este está sempre querendo saber, mesmo com tudo dando
certo, se é da “vontade de Deus”. Oram, jejuam, mas diante da pri-
meira briga, pensam: “Será mesmo de Deus?!” Isso acontece todos
os dias, em todos os lugares, em todas as igrejas. E é difícil para o
jovem discernir a vontade de Deus quando o coração fala mais alto.
Daí, como última solução, as “irmãs de oração” são procuradas por
centenas de casais de jovens pra orar e ver “se Deus fala alguma
coisa”.
Essas irmãs também são conhecidas como “vasos” da igreja,
pois elas tem dons de visão, revelação ou profecia. Estamos debaixo
da soberana vontade de Deus, do Seu querer. E debaixo desta sobe-
rana vontade, Deus nos deu o chamado livre-arbítrio. Quando o Se-
nhor me diz que uma determinada pessoa não é de sua vontade para
casar comigo, é porque aquela pessoa, com toda certeza, está usando
de engano na igreja, não tem compromisso com Deus e brincando
com meus sentimentos. Não estou dizendo que a pessoa é “do di-
abo”, mas que está sem compromisso com a Seara, e isso pode acar-
retar em sérios prejuízos a longo prazo, e Deus está me guardando.

113
O Senhor nos diz: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua
mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”. (Gêne-
sis 2:24) Ou seja, ele já nos autorizou a escolher alguém. O que nos
resta é pedir a Deus DIREÇÃO para sabermos se estamos com uma
pessoa de compromisso. Não existe essa de você gostar de uma pes-
soa, e mesmo que essa pessoa seja uma bênção, séria, honesta, fiel a
vida cristã, Deus dizer: “Não é da minha vontade!” Se ambos estão
se gostando, isso não existe!!! Isso só pode ser “profetadas” de quem
está com ciúme, inveja, etc. Há vários casos desses. Esse papo de
dizer “Eis que a tua escolhida está lá no Japão” não tem respaldo
bíblico. Muitas das vezes o irmão está gostando de alguém, e fica
baseando a sua esperança em revelações e visões de “vasos” da
igreja. Acredito nos dons, e creio que Deus possa mesmo revelar e
falar com seus servos, mas Deus nunca nos deixará confusos, pois
“Deus não é Deus de confusão”. (1 Coríntios 14:33).
Perguntar se o meu propósito de casar com uma pessoa é da
“vontade de Deus”, é como se eu perguntasse a Deus: “Senhor, eu
posso evangelizar fulano?” Poxa, o Senhor já me ordenou, já me
autorizou a evangelizar. Claro que eu vou analisar a situação, ver se
a pessoa quer mesmo ouvir a Palavra de Deus, e pedir direção (não
esqueça disso) ao Senhor na evangelização. Mas que é da vontade de
Deus que eu evangelize, isso é sem dúvidas!!! Portanto, escolher al-
guém, PEDINDO DIREÇÃO A DEUS, para um futuro casamento,
não é pecado, porque Deus não deixará seus servos enganados.
“Amados, se o nosso coração não nos condena, temos con-
fiança para com Deus”. (1 João 3: 21)

CAPÍTULO 21

114
CIÚMES É DE DEUS?
O FLAGELO DA HUMANIDADE
Dois anos após a sua conversão, numa pequena cidade do inte-
rior o jovem foi despertado para o ministério por causa de uma men-
sagem num acampamento. Logo ele estava num dos mais renomados
seminários, preparando-se adequadamente para ser um pastor como
era o seu desejo.
No seminário, sua voz a todos encantava, e ele foi chamado a
participar do ministério de música. Expansivo e amigo de todos era
o companheiro ideal. No mesmo seminário, estudava uma moça
muito bonita, filha única, e tinha na família como pastores, seus avós,
tios, e alguns primos.
Dona de uma voz maravilhosa, logo foi selecionada para inte-
grar o conjunto musical do seminário. Contudo era muito tímida.
Mas a timidez não impediu que tanto ela como o jovem iniciassem
um namoro, que logo se transformou em noivado e ao fim do curso,
casaram-se.
O casal era admirado por todos e os professores e diretores do
seminário diziam que a igreja que os tivesse seria imensamente aben-
çoada. Após cinco anos à frente de uma pequena igreja, os resultados
apareceram, e já eram muitos os convertidos e alcançados pelo tra-
balho que o casal fazia naquela cidade do interior.
A pequena igreja havia construído um belo templo, a casa pas-
toral, era uma igreja missionária e alguns dos seus membros se pre-
paravam no seminário onde havia se formado o seu pastor. O minis-
tério do casal era exemplo para muitos.
O que ninguém sabia, fossem os parentes, os membros da igreja,
os amigos do casal, era que a vida deles era um tormento constante e
ininterrupto, por causa do ciúme doentio da mulher.
115
Eles haviam sofrido em silêncio durante todos aqueles anos. E
impotentes para solucionar adequadamente o problema buscaram
ajuda, que se mostrou inadequada e insuficiente, e diante disto só
lhes restou abandonar o ministério. Nunca mais ele pregou e eles ja-
mais tornaram a cantar juntos ou separados.
Quem conhecia a integridade do homem, sabia que as descon-
fianças da mulher eram totalmente infundadas e sem nenhuma razão
de ser. Os nomes foram omitidos, para a preservação dos citados, e
a situação poderia ser o inverso, com o homem sentindo ciúmes da
mulher.
Quantas histórias como esta você já viu ao longo da sua vida?
Se não for a sua história de vida. Não há aqui nenhuma pretensão de
julgamento ou mesmo empáfia. Pois isto é uma realidade constante
na vida de muitos. Quantas carreiras e vocações foram desprezadas
e abandonadas por causa dos ciúmes? Quantas vocês conhecem?
O primeiro crime da história da humanidade teve como pano de
fundo o ciúme. Quando Caim matou Abel, o fez envenenado pelo
ciúme. Ao longo da história da humanidade o ciúme tem destruído
lares, rompido com amizades, acabado com laços familiares, e inva-
riavelmente não tem sido tratado com a devida atenção. O ciumento
duvida de tudo e de todos, exaspera-se, o ciumento tem medo de per-
der.
As pessoas ciumentas são como todos nós, nossos vizinhos e
parentes, talvez com uma diferença: sofrem e muito pelos seus com-
portamentos e atitudes.
São maridos com comportamentos bruscamente alterados em
relação à esposa, após o nascimento do primeiro filho. São esposas
que não suportam ver o sucesso de seus maridos; mães que agem
com as suas filhas, como se elas fossem suas inimigas, ou são irmãos
que passam a vida se digladiando e disputando a atenção dos seus
pais a qualquer preço.
116
São homens e mulheres possessivos que se agridem, se destro-
çam e até se matam, tudo por causa do ciúme. O ciúme oprime, cons-
trange, avilta, maltrata, exaspera. O ciumento tem medo de perder.
A ação à sua atitude é o choro e a autocomiseração. Por vezes o ciu-
mento fica cego e não consegue ouvir a voz da razão. Chora, pede
perdão e torna a fazer de novo, e pior.
Alguns dizem que o ciúme é o amor possessivo. Mentira. Des-
lavada mentira. O amor jamais é possessivo. I Coríntios 13:4-5. Ao
procurar as razões do ciumento, vamos encontrá-lo mergulhado
desde a sua infância com ciúmes de seus carrinhos, suas bonecas, dos
seus pais, do seu cachorrinho de estimação...
E invariavelmente o ciumento tem baixa-estima, e julga-se ul-
trajado, desprezado e é extremamente possessivo. Ao se relacionar
no casamento, com o seu cônjuge ele o tem como sua propriedade
exclusiva e invariavelmente torna a vida em comum um suplício e
um tormento para ambos.
É comum o cônjuge do ciumento passar a vida toda justificando
o que não fez, e somente o faz para ter ou obter um pouco de paz, e
pensa que no dia seguinte tudo vai voltar ao normal. Ledo engano.
Novamente o ciúme vai eclodir tornando tudo áspero e obscuro.
Quantas vezes tantos são acusados sem nada ter feito, ou condenados
sem culpa alguma. Sofrem muito, tudo por causa dos ciúmes.
E vivem assim. Infelizes.
O ciumento precisa ser responsabilizado pelas suas atitudes.
Precisa saber que o ciúme é pecado e como tal deve ser tratado. Nada
difere o ciúme da mentira. Ambos são abomináveis.
Muitas vezes o ciúme é tratado como desvio de personalidade e
o ciumento como um coitado. Muitos terapeutas e conselheiros tra-
tam o ciúme com lições de casa, tarefas, deixando de lado as suas
consequências, como se elas fossem meras casualidades. O ciumento

117
exige, suspeita, e diz que os seus sentimentos dolorosos são as exi-
gências de um amor inquieto, e o seu desejo é o de apoderar-se do
outro em todos os aspectos. O ciumento vai sempre suspeitar do ou-
tro, vai sempre achar que o outro é infiel, mesmo que não seja. Por
conta disto vai vigiar, revistar bolsos, escutar conversas, vasculhar
agendas, rediscar o último número chamado no telefone, olhar para
onde o outro olha, vai fazer de tudo para “descobrir” uma infideli-
dade. Não importa. Aliás, nada importa ao ciumento. No convívio
com o ciumento uma coisa é certa: o ciúme vai explodir, mais hora
menos hora. O ciúme não respeita nada, ele vai de mal a pior.
E nos nossos púlpitos, como o ciúme é tratado? Ele simples-
mente não é tratado. Logicamente há as exceções. E vai corroendo
como um câncer que tal carcinoma vai transformar-se numa mortal
e devastadora metástase. Nada pode detê-lo. O exemplo é forte? Pois
é tudo isto e muito mais o ciúme. Mesmo porque muitos dos nossos
pastores padecem com o problema e não sabem como tratar o as-
sunto. Quantas vezes o ciúme leva a morte, pois o ciumento é des-
peitado, invejoso, e por causa disto tem medo e receio de perder al-
guma coisa. E por conta disto põe tudo a perder.
Você deve estar se perguntando o que fazer? Certamente a Bí-
blia tem as respostas necessárias para tratar o problema. I João 1:9
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos per-
doar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. Aí está o segredo
de como tratar o ciúme e conseqüentemente o ciumento: tratar o ci-
úme como pecado e todo pecado deve necessariamente ser confes-
sado. Concordam?

CAPÍTULO 22

118
QUANDO O NAMORO
É PREJUDICIAL?
O namoro não é necessariamente prejudicial, quando ambos an-
dam na direção de Deus e procuram viver em santidade. Ele pode
existir de modo edificante e construtivo. No entanto creio que as ati-
tudes positivas quanto ao namoro estão presas a esclarecimentos que
dissipam a ignorância básica patrocinadora dos comportamentos de-
saconselháveis.
“De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu ca-
minho? Observando-o segundo a Tua Palavra.” (Sl.
119.9).
Creio que o namoro prejudica quando é fora do tempo. O rela-
cionamento afetivo declarado e comprometido, que se concretiza
prematuramente, mui excepcionalmente é edificante e construtivo.
Geralmente, um namoro iniciado aos quatorze anos é um con-
dicionante de ciúmes desmedidos e um estimulante poderoso para a
prática sistemática da masturbação. Sem falar nos pensamentos per-
didos e que se lançam nos céus da paixão, atrapalhando os estudos
provocando uma ansiedade terrível quanto à chegada do tempo da
“consumação” plena do sentimento, na sua transformação. Em atos
amorosos.
Há também aqueles que namoram anos e anos sempre adiando
a data do matrimônio.
Tanto o namoro prematuro, como o demorado são tremenda-
mente prejudiciais.

119
O NAMORO É PREJUDICIAL QUANDO
NÃO TEM UM IDEAL
Quando dois jovens começam a namorar, isso não significa ab-
solutamente que eles irão se casar. Mas, deve significar, pelo menos,
que eles pensam em se casar.
Entregar a mão, o rosto, os lábios e o tempo a uma pessoa com
quem não se pensa em casar, é pecado.
A Bíblia diz em Romanos 14.5 e 23 que “cada um deve ter opi-
nião bem definida em sua própria mente” e ainda “que aquele que
tem dúvidas, é condenado”, se fizer qualquer coisa, “porque o que
fez não provém de fé (convicção); e tudo o que não provém de fé é
pecado.
Ter um ideal de casamento é outro elemento positivo para con-
solidar um namoro edificante.
O NAMORO TAMBÉM PREJUDICA
QUANDO É POSSESSIVO
Há namorados que são verdadeiros “sanguessugas”. Sentem-
se donos exclusivos do objeto de se amor. Negam-se a dividir os di-
reitos com os pais, os amigos e com a igreja. Esses relacionamentos
sempre terminam tensos, envoltos pelos ciúmes e frustrados. Um jo-
vem com real consciência cristã tem que entender o fato de que não
pode ser possessivo. Jesus recomenda que o seu discípulo aprenda a
renúncia (Lc. 14.33), que é o oposto da possessividade. Renunciar
não significa abandonar, mas, antes, compreender, em termos, os
exercícios da propriedade exclusiva.

120
O NAMORO SEMPRE PREJUDICA
QUANDO É LEVIANO
O leviano é o que não procura refletir antes de agir, o que não
está preocupado com a existência o não de sentimentos nobres, e que
muda de opiniões, comportamentos e atitudes rapidamente.
No caso prático do namoro, são aqueles que começam o namoro
sem uma avaliação séria e que, também o terminam por qualquer
motivo ou por outra “aventura” que supõem, mais emocionante.
A Bíblia ensina que o fim do leviano é, um dia, ser envergo-
nhado: “Que mudar leviano é esse dos teus caminhos? Também do
Egito serás envergonhado, como foste envergonhado da Assíria” (Jr
2.36).
Em provérbios 26.18 e 19, a sabedoria diz que “como louvo que
lança fogo, flechas e morte, assim é o homem que engana o seu pró-
ximo, e diz: Fiz isso por brincadeira.” O rapaz ou a moça leviano
estão fazendo uma mal muito grande ao que foi iludido e, também,
prejudicam-se inteiramente, pois estão formando dentro de si um ca-
ráter fraco e sem nobreza.
QUANDO INDISCIPLINADO
“Filho meu, atende à minha sabedoria; inclinam teu ou-
vido à minha prudência; para que observes a discrição, e
os teus lábios guardem o conhecimento. Porque os lábios
da mulher licenciosa destilam mel, e a sua boca e mais
macia do que o azeite; mas o seu fim é amargoso como o
absinto, agudo como a espada de dois gumes. Os seus pés
descem à morte; os seus passos conduzem-na ao in-
ferno...” (Pv. 5.1 a 12).
O versículo 12 diz que os problemas sexuais e sentimentais do
rapaz do texto, prendem-se ao fato de ele ter “desprezado no seu
coração a disciplina”.
121
A autodisciplina é um elemento fundamental na vida cristã. Sa-
ber a hora de chegar e de sair da casa da namorada, apesar de exces-
siva liberdade de certas famílias, é virtude excepcional. Também o
evitar lugares solitários e propícios para os “excessos”, é muitíssimo
recomendável. No entanto, o submeter-se à disciplina paterna é agra-
dável a Deus é útil para a instrução. Hebreus 12.8 a 11, diz que pre-
cisamos de correção. A disciplina do Senhor tem dois propósitos: a)
que não sejamos, por fim, condenados com o mundo (I Cor. 11.31 e
32 e; b) que compartilhemos da santidade de Deus e continuemos a
viver uma vida santificada, sem a qual nunca veremos o Senhor (vv.
10,11, 14).

CAPÍTULO 23

122
QUANDO UMA RELAÇÃO
DEVE ACABAR?
Às vezes, as coisas boas acabam. E as coisas más continuam a
acontecer, muitas vezes por negligência ou até mesmo medo. Talvez
o problema não esteja no elevado número de divórcios que se tem
visto ultimamente, mas sim no elevado número de casamentos que
se têm efetuado sem responsabilidade.
Mas afinal, quando é que uma relação deve terminar? Simples:
quando já não acrescenta nada de bom na vida de um ou dos dois.
Ou seja, se não está obtendo o que quer ou precisa da pessoa que está
namorando, ou se você percebeu que não era exatamente isto o que
você deseja para a sua vida. Talvez tenha chegado a hora de partir
para outra.
Pode parecer muito egoísta, mas a verdade é que ninguém fica-
ria feliz numa relação em que só uma das partes continua ligada à
outra por pena ou por obrigação...
E como é que você vai saber se deve ou não terminar a relação?
Alguns sinais normalmente mostram que a coisa já não vai muito
bem. Mas tenha em mente que é normal algumas situações aconte-
cerem de vez em quando, sem que isso queira dizer que a sua relação
está acabando!
• Se Você Já Não Conta Mais As Horas Ansiosamente Para
Estar Com Ele(a), ou se já não tem muita paciência para ouvir as
reclamações e acha que uma conversa entre vocês é uma espécie de
trabalho árduo pode ser um mau sinal.
• Comparações Entre o(a) Seu(a) Namorado(a) Com Ou-
tros(as) E Ele(a) Sai Sempre Perdendo. Isto acontece muito
quando se acha outras pessoas mais atraentes. Se ele(a) não é bem

123
aquilo que você queria e que muitas coisas precisam mudar, talvez
seja mais fácil procurar alguém que encaixe nas suas medidas.
• Críticas Por Tudo E Por Nada. Se Está Sempre Enchendo
A Cabeça Do Outro Por Qualquer Coisinha (se o fato do cabelo
está penteado para direita é porque está do lado direito. Se está pen-
teado para esquerda é porque está para esquerda... Enfim, não há ma-
neira de te agradar !!!), talvez o problema não esteja nele(a), mas sim
em você!
• Quando Gostamos De Alguém, Temos Tendência A Igno-
rar Certos Aspectos Que, Em Outras Situações, até nos poderiam
desagradar. Se está tendo dificuldade em fazer isto, pode ser um mau
sinal...
• Está Sempre Tentando Mudá-lo(a). É comum uma pessoa
apaixonar-se por outra que faz aumentar a quantidade de adrenalina
no sangue e, mais tarde, descobrir que essa adrenalina, a longo prazo,
só por si, não chega. Também há pessoas que se perdem de amores
por alguém pela sua calma e que acabam por achar que é exatamente
a muita calma dessa pessoa que está a acabar com a atração! Tentar
mudar a pessoa pela qual nos apaixonamos é, no mínimo, um contra-
senso.
• É Sempre Você Quem Se Dá. As relações são feitas de uma
troca mútua de afetos. Se uma das partes só recebe, é sinal que não
está empenhada em fazer com que a relação resulte.
• Já Não Se Sente Bem Em Relação A Você Mesmo(a). Pode
parecer estranho, mas lembre-se de como se sentia quando vocês co-
meçaram a sair juntos... Sentia-se bem, não é? Se este sentimento não
existe mais... Bem, é hora de rever a relação!
Devemos esgotar todas as tentativas para tentar recuperar o na-
moro ou o noivado, mas é preciso repensar e refletir se vale a pena

124
continuar. A oração, a orientação divina é a melhor forma de saber-
mos o que devemos fazer com as nossas vidas. Deus é o melhor con-
selheiro!
“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e o mais
Ele fará.” (Salmo 37:5)

125
NOIVADO

126
CAPÍTULO 24

COMO ESCOLHER O
SEU CÔNJUGE
1) Escolha Ótimos Namorados. No mínimo você tem uma ca-
beça para pensar, um Deus a quem pedir e um livre arbítrio para de-
cidir.
2) Torne-Se Você Mesma Uma Pessoa De Deus. Pessoas que
são de Deus atraem outras que são de Deus (I Ts.4:3 - é a vontade de
Deus que sejamos santos).
Parábola da maratona de 50km: Não posso esperar as pessoas
que estão lá atrás (ou ao meu lado) na corrida pra Deus.
“Ah, não tem ninguém, nenhum rapaz em minha vida...”. Tenho
que prosseguir, e não baixar o meu ritmo ao dos que gosto ou quero
ao meu lado. Se o fizer, corro o risco de nem mesmo chegar ao fim
da corrida! Cada um tem seu ritmo, conforme sua consagração par-
ticular a Deus.
Como na maratona, um dia virá para me acompanhar alguém
que está no mesmo ritmo (espiritual) que o meu (ou até mais, quando
então correrei mais ainda!)
Lei da gravidade espiritual: Se estou num nível mais alto, é mais
fácil cair de nível tentando ajudar alguém a subir para o meu, do que
fazê-la subir ao meu. É uma lei natural! Experimente, de cima de
uma cadeira, ajudar uma pessoa a subir nela!
“Namorando, vou convertê-lo a Deus” - namoro não é lugar
para evangelismo! Não caia nessa cilada do inimigo!

127
CAPÍTULO 25

CURSO
PARA NOIVOS
Gn 2:18 - Lemos no capítulo 1 que tudo quanto Deus criara era
“muito bom”. Aqui pela primeira vez constatamos algo que “não era
bom’. Realmente não é bom que o homem fique sozinho. Uma auxi-
liadora foi criada por Deus para estar com ele. “idônea”, ou, “aquela
que lhe corresponde” ou “que está como diante dele”. Existem situ-
ações em que pessoas ficam sós. O ideal da criação de Deus é que
cada homem tenha sua esposa, cada mulher o seu marido.
Gn. 2:24 - Há três princípios sobre matrimônio neste texto:
1- Deixar Pai E Mãe - Gênesis originalmente foi escrito na lín-
gua hebraica. No hebraico há um verbo forte aqui, com o sentido de
“abandona”. Não somente deixar pai e mãe. É abandonar!
Obviamente que não há o sentido de desprezo nesta idéia. Mas,
sim, de uma real separação. O ideal é que o novo casal more LONGE
dos pais dele ou dela. Porque iniciam vida nova. O casal agora é uma
família: seus pais são apenas parentes.
O casal aprende a resolver todos os seus problema por si só.
Sem a interferência “da barra da saia da mãe”.
Suponhamos uma situação em que marido-mulher encontram-
se em discordância ou problema. Ele (ou ela) procuram a “mãezi-
nha”. O que essa mãe (ou sogra) responderá? Se for realmente sábia,
dirá - “não me conte nada! volte para seu lar! resolvam vocês mes-
mos!”
2 - Une-Se À Sua Mulher (União - O Fator “UM”) - tal prin-
cípio vale para ambos: Ele & Ela. Porém a maior ênfase é ao homem.

128
O marido se une à sua mulher. Este é o princípio da FOCALIZA-
ÇÃO. Ele focaliza sua atenção NELA. Geralmente é mais comum
que MULHERES focalizem sua atenção no lar. São elas que engra-
vidam, amamentam... O marido é que tem que aprender que, ca-
sando-se, sua vida é a ESPOSA; sua vida são os filhos; o lar enfim.
Seus pensamentos têm que estar 100 % voltados para o lar.
3 - Tornando-Se Os Dois Uma Só Carne - ambos uma só pes-
soa, na matemática de Deus 1 + 1 = 1. É uma linda semelhança com
Deus: Deus é um, e ao mesmo tempo, TRÊS. O casal é um, e ao
mesmo tempo duas pessoas.
Há um erro que as pessoas fazem ao dizer - “caso-me com fu-
lano; dou 50% de minha vida a ele; ele me dá 50% também. Soma-
dos, somos um casal 100%.” Erradíssimo. Se cada um dá só metade,
a quem darão a outra metade? E na matemática de Deus, duas meta-
des somadas resultarão num casamento pela metade.
O certo é: o homem inteiro (100%) doado à sua esposa;
A mulher inteira (100%) doada à seu marido;
Ambos somados dá exatamente 100%, nada menos, nada mais!
Mental: (conversa, relacionamento humano, sem segredo, sem
barreiras!
Físico: (corpo, sexo, contato íntimo, carícias, etc.) - esta parte é
objeto de um estudo especial a respeito. Sobre a benção do sexo, do
íntimo contato matrimonial
Gn 2:25 - estavam nus e não se envergonhavam! Há 2 sentidos
para “estar nu”
Físico: (corpo, sexo, contato íntimo, carícias, Mental: (conversa, relacionamento humano,
etc.) – esta parte é objeto de um estudo especial sem segredo, sem barreiras!
a respeito. Sobre a benção do sexo, do íntimo
contato matrimonial

129
Estar nu, especialmente na MENTE: desnudam-se um perante
o outro. Relacionamento saudável! Pois guardar segredos adoece o
casal. Rancores guardados transformam-se em ressentimento com
“mau cheiro”. É terrível um casal onde não existe liberdade de ex-
pressão, onde cada um não pode falar o que gostaria de falar!
Perante o cônjuge, abrimo-nos inteiramente. Não há barreiras,
máscaras, nada. A mulher conhece cada defeito dele; as fraquezas e
limitações de seu marido. O homem conhece cada defeito dela; suas
fraquezas e limitações. Isso é saudável.
Pessoas que não abrem seu coração a seu próprio cônjuge, ou,
a ninguém, tornam-se neuróticas. Abrigam no próprio ser problemas
que nunca se resolvem porque não são ventilados. Emboloram. Tor-
nam-se ranzinzas e insatisfeitas. Como é bom ter alguém para desa-
bafar, abrir o coração, falar tudo, ser compreendido! E esse é o me-
lhor amigo (ou amiga) é o próprio cônjuge.
O AMOR
Perguntas:
1 - Como desenvolver o amor entre um casal?
2 - O amor “apaixonado” de namorados continua na vida con-
jugal?
3 - Os anos de casamento fazem o amor crescer ou diminuir?
Essas são as mais graves e importantes perguntas para um casal.
Pois nelas se encerra toda nossa vida. O casamento depende do amor:
nasce no amor, vive do amor, e sem amor o casamento acaba.
DOIS LADOS: UM TRISTE, OUTRO GLORIOSO
No Brasil, há alguns anos, uma estatística demonstrava: 40%
dos casamentos terminam em desquite. Isso significa que em 10 ca-
samentos feitos hoje, 4 se desfarão amanhã! E isso sem contar os

130
casais que, embora “vivendo juntos”, não se compreendem, apenas
“toleram-se”.
Um casal que se une realmente pela vontade de Deus, tem um
amor CRESCENTE. O amor de namorados, depois de noivos, depois
de lua de mel, vai se desenvolvendo. Quanto mais passam-se os anos,
maior é o amor conjugal! A compreensão, a ternura, a satisfação,
tudo aumenta!
COMO RESPONDER ÀQUELAS 3 PERGUNTAS ACIMA?
Primeiro: o Amor vem de Deus.
“Aquele que não ama, não conhece à Deus, pois Deus é
amor.” I Jo. 4:8
“amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de
Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus, e conhece
a Deus”. I Jo. 4:7
“Se de tal maneira nos amou, devemos nós também amar
uns aos outros”. I Jo. 4:11
 Só um casal que tem Deus no lar, é que tem o amor crescente.
Pois Deus é quem sustenta, alimenta, desenvolve o amor!
 Ilustração: um casal “quente”, “apaixonado”, pode ser com-
parado a um prato com comida quentinho. Tal prato é colocado sobre
uma mesa. Passam-se 2 horas: está gelado.
Um outro casal, mesmo não tão “quente”, é como um prato com
comida fria. Tal prato é colocado sobre a chapa de um fogão a lenha.
Passam-se muitas horas: o prato se aqueceu e não esfria! Só um casal
“em Jesus” é que não se esfria com o passar do tempo.
“... à imagem de Deus o criou, homem-mulher” - Gn. 1:27.
“Deus nos predestinou para sermos CONFORMES À
IMAGEM DE SEU FILHO ...” - Rm. 8:29

131
Só duas pessoas que TEMEM A Deus é que são transformadas
à própria imagem de Deus. Faz parte desta “figura” divina implan-
tada no casal, o AMOR.
O verdadeiro casamento é um triângulo. Não é “união de dois”.
Isso seria materialismo e seria incompleto. Deus é a 1a pessoa no
casamento. O amor de Deus é que nutre o amor conjugal.
Segundo: o amor não é “paixão”
Há um provérbio popular que faz uma caricatura do casamento:
“O amor é uma flor roxa que nasce no coração do trouxa!”
Amor-paixão é assim mesmo: imaturo, infantil, irracional, er-
rado. Pega fogo num minuto, noutro já apagou. Esse é o “amor” que
levam muitos a um casamento apressado, infeliz, fracassado.
Fp. 1: 9 e 10: “e também faço esta oração: que o vosso Amor
aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda percepção, para
aprovardes as coisas excelentes...”
Amor é CONHECIMENTO. Conhecimento tem a ver com
nossa capacidade de decisão: nós somos capazes de “tomar a decisão
de amar”.
“Amar” não é ser “arrebatado” por um sentimento irracional
por um fulano qualquer.
“Amar” (amor verdadeiro) é DECIDIR amar alguém. É conhe-
cer a pessoa e adquirira a habilidade de perceber se essa é a pessoa
certa para o casamento. Perceber “aprovar as coisas excelentes”.
Terceiro: A amor de Deus é ÁGAPE
O idioma original do Novo Testamento, o grego, possui três pa-
lavras para o termo em que em português define-se apenas como
“amor”.
Em grego as 3 palavras são:

132
 Eros - “amor erótico”. É o amor mais baixo. Egoísta,
individualista. Diz respeito ao sexo também - mas abrange mais
do que isso. É o amor que só quer ganhar, receber, e não quer
dar nada.
 FILIA - “amor familiar” - É “amar a quem ama”, é gos-
tar só de quem gosta de mim. É só fazer o bem a quem também
possa me ajudar.
 ÁGAPE - “amor sacrificial” - Este foi o amor que le-
vou Jesus a morrer pela humanidade. Este é o amor que um ca-
sal deve ter: cada um “morrer pelo companheiro”. Dar tudo. Sa-
crificar-se.
Quarto: O Amor Deve Ser Cultivado
No namoro há coisas características e peculiares:
- beijos - segredos - bilhetes - flores - perfume - carícias - sur-
presas - cartinhas - presentes - etc.
Por que tudo isso não continua na vida conjugal ??????
Uma moça, no namoro, se enfeita. Um rapaz dá flores à namo-
rada, toda para encontrar-se com o “amado”. Depois bilhetes, etc.
Casa-se com ela. Não dá mais casa-se com ele. Não se enfeita mais,
e rosas nem cartinhas. Não está cultivando o desanda a engordar. Não
cultivou o amor.
O romantismo do namoro deve ser preservado, cultivado, cui-
dado, como se fosse uma plantinha delicada que sem água seca logo.
As coisas mais “FÚTEIS”: beijinhos, carinhos, palavras românticas,
etc. é que são as mais importantes para um casal se amar sempre!
ORÇAMENTO FAMILIAR
Importância: Lucas 14: 28 à 30 - ter prudência como regra nos
permite experimentar o milagre multiplicador do Senhor (prosperi-
dade)

133
Planilha De Custos: é bom que o casal possua uma planilha de
custos mensais, isso nos ajuda a enxergar nossas necessidades bási-
cas, das quais não podemos abrir mão. Antes de casarmos não nos
damos conta de que teremos que pagar água, luz, gás, etc.
Exemplo:
ITEM CUSTO
Dízimos e ofertas
Alimentação
Moradia (Aluguel/Prestação)
Água/Luz/IPTU
Telefone
Saúde
Transporte
Pão e leite
Vestuário
Higiene e Beleza (cabeleireiro, depilação, etc.)

Planejamento De Gastos: uma vez que o casal já possua um


valor fixo mensal de gastos necessários, convém criar um planeja-
mento de gastos contendo os valores de entradas, os gastos necessá-
rios, investimentos extras (compra de casa, carro, passeios, objetos,
etc.)
Entradas (Soma dos Salários)
Saídas (Gastos Necessários)
Saldo
Investimentos Extras

MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS
Lucas 14:28 - “Pois, qual de vós, pretendendo construir uma
torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se
tem os meios para a concluir?”
Provérbios 10:22 - “Filhos são bênçãos e benção enriquece e
não acrescenta dores.”

134
Mateus 10:16b - “Sede, portanto, prudentes como as serpentes,
e símplices como as pombas”.
Filhos são dádivas divinas! Com toda alegria e certeza que afir-
mamos, mas ao mesmo tempo, temos a sabedoria e o discernimento
para sabermos PLANEJAR a edificação de nosso lar.
É perfeitamente bom e salutar o casal planejar todos os detalhes
de sua casa, de seu lar (móveis, finanças, atividades, etc.). Por que
não planejar também o MAIS IMPORTANTE, qual seja, o número
de filhos que terão?
Há maneiras de evitar-se filhos, para que, na hora desejada, eles
sejam acrescentados no lar.
Vejamos alguns dos métodos mais eficazes:
Mulher: Pílula anticoncepcional - impede a ovulação, deve ter
acompanhamento médico.
Homem: Camisinha: recolhe o esperma ejaculado. É mais se-
guro não permitir o amolecimento do pênis dentro da vagina para que
o esperma vaze.
A FISIOLOGIA DO SEXO
 A parte material (física) do sexo faz parte, também, do plano
de Deus para a felicidade de um casal.
 Deus criou o homem - mulher (casal) para desfrutar de um re-
lacionamento COMPLETO, cheio de satisfação e prazer. Em todas
as áreas, inclusive sexualmente.
(Gn 2:18; Gn 2:24; Gn 24:67; Pv 5:18 e 19; Pv 18:22; Hb 13:4)
 Um casal deve conversar sobre sexo, e conversar muito. Cada
um deve saber como o outro entende o assunto. Cada um deve saber
dar prazer ao outro.

135
 Jamais este assunto - NO CASAMENTO - deve ser “tabu” ou
“coisa vergonhosa”. Pelo contrário: deve haver toda abertura para
que ambos falem tudo o que quiserem.
SEXO E AMOR
A. A Parte Física Completa A Parte Mental, Emocional, Es-
piritual. É como um prêmio a duas pessoas que se amam. E isto lhes
dá segurança e felicidade.
Se houver sexo (físico) sem amor (espiritual, emocional), a
coisa se torna animal (qualquer animal tem sexo sem amor, sem mú-
tua entrega).
b. A felicidade está no AMOR. “Amor de Deus” é EN-
TREGA. É dar sem esperar receber. O homem é feliz no sexo na
medida em que consegue levar sua esposa a ter prazer. Da mesma
forma a mulher: deve dar o máximo de prazer a seu marido.
Infelizes os casais onde cada um pensa só em si mesmo. Aí é
provável que não haja entrosamento sexual.
c. O Amor É Permanente, Enquanto O Sexo É Transitório.
O amor é eterno. O verdadeiro amor é assim: cada um dá tudo ao
companheiro; cada um se entrega 100%. Não depende de o outro (ou
a outra) ser lindo ou não, essas qualidades físicas são passageiras.
As partes genitais
O homem e a mulher se completam, correspondendo-se mutua-
mente nas partes genitais de um e de outra.
HOMEM MULHER
Pênis Vagina
Glande Clitóris
Testículos Ovários
Espermatozóides Óvulos

136
A EXCITAÇÃO
É a vontade de usufruir do sexo. O corpo tem um “alarme” que
é acionado por alguns “botões”.
No homem esses “botões” são:
 Os olhos (simplesmente vendo, ele já se excita)
 O tato (pele, toques, mãos, especialmente os lábios)
 Mas, principalmente, a glande (parte mais sensível do pênis)
Na mulher os “botões” que ligam seu “alarme” são:
 O tato (toque, mãos, beijos, etc. em especial o pescoço, a raiz
dos cabelos, as coxas)
 Principalmente o clitóris
 Bico de seios
O primeiro sinal de alarme: na MULHER, a lubrificação vagi-
nal. No HOMEM, o endurecimento do pênis e também sua lubrifica-
ção.
ORGASMO
É o clímax do processo de excitação. Ambos se levam até este
“máximo”. No homem: aí ocorre a ejaculação (os espermatozóides,
imersos no líquido espermático, chamado esperma, são expelidos,
em contrações musculares); na mulher: há também uma ejaculação
(líquidos expelidos, contrações musculares).
O homem chega uma vez até o orgasmo e daí, para ter outro, é
preciso esperar. Alguns só tem um orgasmo.
A mulher pode chegar mais que uma vez ao orgasmo. (Leva
esta vantagem sobre o homem).
A excitação do homem é rápida, como rápida também a caída
da excitação após o orgasmo. Na mulher é tudo mais lento: tanto o

137
aumento como o declínio da excitação. O homem deve ser sensível
a esta “demora” da mulher. Jamais ser apressado.
PRECONCEITOS E TABUS
Vamos mencionar este assunto com perguntas:
1. Quem Gosta Mais De Sexo, O Homem, Ou A Mulher?
R. Ambos, igualmente. É comum dizer-se que o homem gosta
e a mulher “não deve gostar”. (ou se a mulher gosta, é malandra... )
Ambos gostam e precisam do sexo.
2. Quem Tem Mais Prazer No Sexo, O Homem Ou A Mu-
lher?
R. Ambos têm prazer. É provável, até, que a mulher tenha mais
prazer que o homem, por ter mais partes excitáveis, e por poder che-
gar ao orgasmo mais vezes.
3. Sexo Faz Bem À Saúde?
R. SIM. O corpo tem glândulas que estimuladas pela atividade
sexual emitem substancias que dão mais saúde à pessoa.
4. Falta De Sexo Faz Mal À Pessoa?
R. NÃO (ou sim conforme explico). Não, porque o aparelho
sexual jamais enferruja...funciona sozinho (se um homem não tem
relações, há a polução noturna, onde o excesso de espermatozóides é
expelido). Uma pessoa pode viver a vida toda sem sexo, e estar sem-
pre preparada para ter relações normalmente. “SIM” - faz mal - ape-
nas para as pessoas que “inculcam” (pensam demais, ficam psicolo-
gicamente sofrendo a falta...). O mal, portanto, é causado pela sua
mente, e jamais pelo sexo em si.

138
5. Sexo É Para Procriar Ou Para Ter Prazer?
R. Para as duas coisas. Podemos até dizer que é para o prazer.
Entendendo, nisto, que num casamento, onde duas pessoas se amam
fielmente, e cada uma procura dar prazer à outra. O sexo é uma forma
de louvar a Deus (obviamente na vida matrimonial, jamais fora), por-
que duas pessoas vivem o que Deus inventou: um prazer físico de
mútua entrega.
CASAMENTO & PROBLEMAS
Todo jovem, ao preparar-se para casar, deve saber que esse pre-
paro terá dois resultados na sua vida “a dois”:
1 - Não Terá Problemas No Casamento.
(afinal preparou-se para NÃO TER PROBLEMAS)
2 - SABERÁ ENFRENTAR os problemas do casamento.
(Com todo o preparo do mundo...sempre haverá problemas)
Em outras palavras:
Preparamo-nos para ter um casamento bom: sem conflitos. Mas
o importante é sabermos que conflitos e problemas sempre haverão,
e devemos ser sábios para enfrentar e vencer todo e qualquer pro-
blema!
Há 3 maneiras de enfrentar-se os problemas
1ª Maneira - ERRADÍSSIMA - o homem e a mulher, tendo
um determinado problema, colocam, cada um, A CULPA NO OU-
TRO.
2ª Maneira - MELHOR, MAS NÃO IDEAL - Ambos se
unem para, juntos, olhar, analisar o problema.
Isto é bom, mas não é o melhor, pois dificilmente os problemas
do casal são tão “externos” assim.

139
Os problemas começam DENTRO de nós. Dificilmente DE
FORA de nós.
3ª Maneira - MELHOR E MAIS SÁBIA - O homem procura
olhar “COM OS OLHOS DE SUA ESPOSA”, PARA DENTRO DE
SI MESMO, isto é, ele pensa: como ela me vê? Que defeitos eu te-
nho? O que tenho que a irrita? e assim por diante.
E o mesmo com a mulher: ela se olha como com os olhos do
marido.
Desta forma, cada um admitindo os próprios erros, todo e qual-
quer problema se resolve.
Quais as reações do verdadeiro cristão?
Os versículos abaixo referem-se a relacionamento humano em
geral. Mas vamos utiliza-los quanto AO CASAL PROPRIAMENTE
DITO.
Romanos 12: 17 à 21 - Aqui “inimigo” seria a esposa, ou o ma-
rido...
(e realmente, infelizmente, é muito comum a esposa ou o ma-
rido serem um dos piores inimigos de uma pessoa)
Vs 17 - A VINGANÇA é proibida por Deus. Proibidissima.
VS 18 - “quanto” depender de mim. Em outras palavras:
DEVO FAZER TUDO - TUDO E SEMPRE TUDO - para
ter paz com a minha esposa (ou meu marido). Nem que ela
(ele) não faça nada, mesmo assim FAREI TODA A MINHA
PARTE.
Vs 19 - A única vingança correta é a que procede de Deus.
Se alguém pratica o mal, Deus condenará. A pessoa pa-
gará, mas pela justiça divina, e não pela justiça humana.

140
Vs 20 - Fazer o bem a quem não merece não surte o mesmo
efeito que “colocar brasas na cabeças da pessoa”, isto é,
o ofensor ficará COM A CABEÇA QUENTE!
Por exemplo, a esposa maltrata o marido. O marido a ama e lhe
faz bem. Aí a cabeça dela ESQUENTA: “como é que eu o maltrato,
e ele só me acarinha?”. Aí ela acaba mudando de atitude. É assim
com qualquer casal.
Mateus 5: 38 à 42 - Também é um mandamento contra a vin-
gança
Nunca um casal resolverá problemas com vingança, com ran-
cores, com cara feia, com gelo, com birra, etc.
Basta seguir o princípio bíblico que as “brasas” vão “esquen-
tar” (para o bem) a cabeça da esposa ou do marido.
Vs 39 - “volta-lhe a outra”. É saber devolver uma ofensa
com amor. É não se vingar, mas expor-se à ofensa, Aí o
ofensor perde a graça.
Vs 40 à 42 - Fazer o que o outro precisa. Mesmo quando
a gene acha que ele (ela) não mereça mais nada; fazendo
bem, fazendo coisas A FAVOR até de quem está errado.
Isto produzirá a reconciliação, a resolução do problema.
DEVERES MARIDO & MULHER
O que precisa o marido fazer à esposa, para ser um bom marido?
O que ela deve fazer ao marido, para ser uma boa esposa?
Se fôssemos alistar um a um os diversos deveres de um para
com o outro, provavelmente esta lista seria bem longa.
Há. Porém, na Bíblia, DEVERES BÁSICOS.
Resumindo de acordo com a orientação bíblica, são somente
DOIS os deveres do homem para com sua mulher e DOIS os deveres

141
DELA para com ELE. Os texto básicos são: Ef. 5:22 à 33 e I Pe. 3:1
à 7 - Efésios 5:22 à 24 - I Pedro 3:1 à 6
ESPOSA
O primeiro dever da mulher, de acordo com estes versículos, é
a SUBMISSÃO:
O segundo dever da mulher, de acordo com EFÉSIOS 5:33 é o
RESPEITO
A mulher deve obedecer o marido e respeita-lo.
Efésios 5:25 - Efésios 5: 28 à 30 - I Pedro 3:7
MARIDO
O primeiro dever do marido: O AMOR
O segundo dever do marido: O CUIDADO
O homem deve amar a sua esposa e cuidar dela.
COMPLEMENTO
Uma das melhores definições de casamento é esta palavra
“complemento”. Ele e ela se completam. Cada um sozinho não é
mais um todo em si mesmo. Ele precisa dela e ela precisa dele para
se completarem. A diferença dos deveres mútuos dá vida e realidade
ao “complemento”. Enquanto a mulher anela um homem em quem
possa confiar, em quem possa descansar, amparada nele, o marido
anseia por uma mulher a quem possa se dedicar inteiramente e am-
pará-la.
NATUREZA HUMANA
Deus nos criou assim. Acima de valores sociais, psicológicos,
há o plano de Deus para sua criação. O complemento homem - mu-
lher (imagem de Deus) se expressa sendo que cada parte deve agir e
reagir seguindo seus dois deveres básico. Jamais a orientação divina
dá nisto a idéia de supremacia masculina ou humilhação feminina.
142
Os valores sociais é que têm torcido a verdade bíblica, dando-lhe in-
terpretações completamente erradas.
O dever do marido “AMAR” é seríssimo. “Como Cristo amou
a igreja”. Amou ao ponto do sacrifício. Este deve ser o amor dele
por ela: tudo gira em torno de agradá-la, de fazer tudo a favor da
esposa, e sem medir esforços. Quando o versículo 23 (Ef. 5:23) men-
ciona o cabeça, isto é uma riqueza a ser compreendida após o dever
do amor. Não há nunca na Bíblia o mandamento ao homem: “dê or-
dens à sua mulher”, nem “SEJA O CABEÇA”. O que é orientado ao
marido refere-se sempre ao seu primeiro dever: AMAR A ESPOSA.
“Ser Cabeça” é algo semelhante à função do cérebro para com
corpo humano. O cérebro zela admiravelmente por tudo, movimen-
tos, respiração, circulação do sangue, etc. E quando há um problema
(suponhamos um corte, um acidente) o cérebro dá o alarme: “pára
tudo”. Dirige todas as suas energias para reparar o mal. Assim o ma-
rido exerce sua função de amar e cuidar da esposa, sua posição de
cabeça deve ser um descanso para a mulher, uma benção, um fator
de contentamento constante para ela! Pois a mulher sentirá sempre
que Ela ocupa o 1° lugar nos pensamentos dele, que as atenções do
marido voltam-se prestimosamente para ela e a envolve em cuidados
e carinho.
QUESTÕES PRÁTICAS
1. Em Vista Dos Deveres, Quem É Mais Importante: O Ho-
mem Ou A Mulher?
R. Jamais ele ou jamais ela. Ambos são igualmente importantes.
2. Em Vista Dos Deveres, É Mais Difícil Ser Homem Ou Ser
Mulher?
R. O que ocorre geralmente é que cada um defende o “seu pró-
prio lado”. O homem diz que é mais difícil ser homem. A mulher,
que é mais difícil ser mulher. Mas certo é que para ambos os deveres
143
são difíceis. Igualmente difíceis. Ou, por outro lado, quando o casal
se ajusta sob a graça de Deus, ambos levando a sério os deveres que
Deus lhe outorgou, para ele e para ela torna-se fácil cumprir com
seus dois deveres básicos.
3. Por Que Não São Iguais Os Deveres Do Marido E Da Es-
posa?
R. Simplesmente porque homem e mulher são bem diferentes
um do outro. Fisicamente, pele, estrutura óssea e muscular, e a parte
mais óbvia, que é o aparelho sexual. Mentalmente, a parte feminina
se inclina mais a intuição e emoções; a parte masculina se inclina
mais ao racionalismo. Nenhum é completo - mas a fraqueza de um
se completa com a tendência mais acentuada do outro.
4. Submissão Significa Que O Marido Decide E A Mulher
Vai Atrás?
R. Isto é interpretação errônea. Um marido que ama nunca de-
cidirá nada que seja contrário à expectativa da esposa. Ambos terão
sempre diálogo e compreensão mútua, de sorte que a decisão será
sempre à dois. O marido pode dar a palavra final, mas a esposa terá
total participação na decisão a ser expressa. Este é o relacionamento
que Deus planejou para o casal, ambos caminham juntos, mas a es-
posa espera que o marido expresse as decisões às quais ela tranqui-
lamente se submeterá.

144
CASAMENTO

CAPÍTULO 26

145
CASAMENTO
NO SENHOR
1 Coríntios 7:39 ordena que se um cristão for se casar, deve
fazê-lo “somente no Senhor”. Obviamente isso proíbe o casamento
com incrédulos e, portanto, namorá-los, pois o propósito do namoro
é verificar se é a vontade de Deus que você se case com aquela pes-
soa. O pecado de cristãos professos namorando e se casando com
incrédulos levou à apostasia da igreja existente antes do dilúvio e à
destruição do mundo antigo pelo dilúvio (Gênesis 6:1-2)! Desobede-
cer ao mandamento de Deus casando-se (ou namorando) um não-
cristão é uma das diversas maneiras pelas quais um(a) filho(a) de
Deus coloca sobre seus ombros (o doloroso) jugo desigual: “Não vos
ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que socie-
dade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão,
da luz com as trevas?” (2 Coríntios 6:14). Dessa forma, diz a Con-
fissão de Fé de Westminster: “A todos os que são capazes de dar um
consentimento ajuizado, é lícito casar, mas é dever dos cristãos ca-
sar somente no Senhor; portanto, os que professam a verdadeira re-
ligião reformada não devem casar-se com infiéis, papistas ou outros
idólatras; nem os piedosos prender-se a jugo desigual por meio do
casamento com os que são notoriamente ímpios em suas vidas, ou
que mantêm heresias perniciosas” (XXIV:III).
Mas e se alguém for salvo após ter se casado, e Deus não tiver
convertido a outra parte, seja esposo ou esposa; ou, o que dizer se
um cristão se casar, pecando, com um incrédulo? Isso significa que
eles deveriam se divorciar? Não! “Aos mais digo eu, não o Senhor:
se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com
ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo e este
consente em viver com ela, não deixe o marido” (1 Coríntios 7:12-
13). Os cristãos devem se casar apenas com outros cristãos piedosos

146
e ortodoxos. Além do mais, se Paulo roga aos seus irmãos coríntios
“pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo” que eles falem a mesma
coisa, e estejam perfeitamente unidos em uma só mente e parecer, a
fim de que não houvesse divisões entre eles (1 Coríntios 1:10), quão
muito mais isso não se aplica a dois crentes que estão considerando
se tornarem uma só carne pelo matrimônio? Certamente, não deve
haver divisões entre eles! Sem dúvida, eles devem falar a mesma
coisa e ter a mesma disposição mental e o mesmo parecer!
Dois cristãos que estão contemplando o casamento devem ter a
mesma disposição mental e o mesmo parecer sobre a natureza do
próprio casamento (união de duas pessoas “até que a morte nos se-
pare”), os papéis de cada um no casamento (maridos como líderes
amorosos e esposas como auxiliadoras submissas, assim refletindo o
relacionamento de Cristo para com a Igreja), e os propósitos do ca-
samento (companheirismo íntimo e auxílio mútuo, criar crianças san-
tas, e evitar a fornicação). Eles devem, também, e obviamente, ter a
mesma disposição mental e o mesmo parecer no que diz respeito à
doutrina bíblica, conforme ela está resumida nas confissões Refor-
madas. Mas há outra forma de considerar a unidade requerida para o
casamento “somente no Senhor” (7:39). Somos ensinados por esse
versículo que devemos nos casar apenas com outra pessoa que con-
fesse e viva sob o senhorio de Jesus Cristo — seu governo e senhorio
soberanos de todas as coisas.
Cristo é Senhor da criação. Acaso seria casar “somente no Se-
nhor” se unir a um “teísta evolucionista” ou um “criacionista pro-
gressivo?” Tal pessoa nega o senhorio de Cristo, como aquele por
meio de quem foram feitas todas as coisas nos céus e na terra num
espaço de seis dias, porque ela se compromete com o evolucionismo.
Cristo é o Senhor da história, como soberano governador de todas as
coisas, mesmo do pecado e catástrofes e o anticristo, segundo o
eterno decreto de Deus (Efésios 1:11). Acaso seu namorado ou na-
morada crê nisso? Cristo é o Senhor da redenção, morrendo na cruz
147
para purgar os pecados de Seu povo (Mateus 1:21), Seu rebanho
(João 10:15), Sua semente (Isaías 53:10) e Sua igreja (Efésios 5:25)
— e não os pecados dos bodes (Mateus 25:33), nem os da descen-
dência da serpente (Gênesis 3:15), nem da sinagoga de Satanás (Apo-
calipse 3:9). Cristo é o Senhor da eleição e da reprovação (Romanos
9), da regeneração (João 3:8; Tiago 1:18), do chamado, da justifica-
ção, da adoção e da glorificação (Romanos 8:30). Como pode alguém
que recebeu a verdade da soberana graça ser “inteiramente unida, na
mesma disposição mental e no mesmo parecer” (1 Coríntios 1:10)
com alguém que faz a salvação de Deus depender do “livre-arbítrio”
do pecador? Cristo é o Senhor da igreja, como o seu único redentor,
cabeça e rei.
A sua vontade, nas Escrituras, deve determinar a doutrina da
igreja, seus sacramentos, disciplina, adoração e governo, e não os
sentimentos dos homens, a cultura moderna ou as tradições antigas.
Cristo é o Senhor da aliança, estabelecendo-a não apenas com os
crentes, mas também com a sua semente eleita (Romanos 9:6-13), e
ordenando o batismo das crianças desses crentes (Gênesis 17:7; Atos
2:39; 16:14-15; Colossenses 2:11-12). Cristo é o Senhor também do
todo de nossas vidas: corpo e alma; trabalho e descanso; família, lar,
filhos e amizades, etc. Ele é nosso senhor e nós somos sua proprie-
dade, de maneira que nossas habilidades, nosso tempo e possessões
devem se colocar a seu serviço — no namoro e no casamento igual-
mente! Assim, os cristãos devem se casar (e namorar) crentes orto-
doxos no temor de Jeová, buscando agradar a Cristo e em todo tempo
submeter-se ao seu senhorio e honrá-lo. Tais casamentos glorificam
a Deus, fortalecem a igreja e resultam em lares cristãos sólidos... e
esposas felizes e contentes (Salmos 127-128)!
CAPÍTULO 27

148
O CASAMENTO: PACTO
MATRIMONIAL
A família é o núcleo básico da sociedade. É no casamento que
se origina e se fundamenta a família.
“Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, [e unir-
se-á à sua mulher,] e serão os dois uma só carne; assim já
não são mais dois, mas uma só carne. Porquanto o que
Deus ajuntou, não o separe o homem.” (Marcos 10:7-9)
Considerações elementares que surgem dessa lei:
• O Casamento É Monogâmico, Surge Da União Entre Um
Homem E Uma Mulher. E os dois se tornam um.
• O Casamento É Uma União Total; Os Cônjuges Se Tor-
nam Uma Só Carne. Isto inclui todos os aspectos da vida do homem
e da mulher: unidade física, sexual, econômica, afetiva, espiritual,
etc.
I. O CASAMENTO FOI INSTITUÍDO POR DEUS
Não foi instituído por uma lei humana, nem idealizado por al-
guma civilização. O matrimônio antecede a toda cultura, tradição,
povo ou nação; é uma instituição divina. Portanto, é Deus quem de-
termina as leis e princípios que o regem.
• O casamento não é uma sociedade entre duas partes, onde cada
parte impõe suas condições. Por ser uma instituição divina, é Deus
quem estabelece as condições. Nunca o homem. Nem a mulher. Nem
os dois de comum acordo. Nem as leis de uma nação podem deter-
minar essas condições.
• Todo aquele que se casa deve aceitar as condições estabeleci-
das por Deus para o matrimônio.

149
• Como Deus é amor e infinitamente sábio, as leis e condições
que estabeleceu para o casamento são para o nosso bem e de toda a
humanidade.
II. UMA INSTITUIÇÃO CRIADA ANTES DA QUEDA
O casamento é um dos três elementos da vida humana estabele-
cida por Deus na criação, antes da queda:
Casamento- Gênesis 2:18
Trabalho - Gênesis 2:15
Descanso - Gênesis 2:1-3
Portanto, antes do problema da queda, Deus já havia estabele-
cido os padrões e condutas para essa tão importante relação. Assim
como o trabalho e o descanso são para toda a humanidade, quer se-
jam cristãos ou não, os princípios do casamento são, também, para
toda a humanidade.
É importante esclarecer isso pois alguns, de maneira descui-
dada, dizem que, como se casaram sem estar no Senhor, sua união
não foi feita por Deus, portanto podem se separar, pois não foi Deus
que uniu. Se pensarmos dessa forma estaremos dizendo que todos os
casais que não estão no Senhor, podem trair um ao outro livremente
pois não existe de fato um casamento; também estaremos dizendo
que nossos pais que não conhecem o Senhor, ou que se casaram sem
conhecer o Senhor, em verdade não eram casados. Por isso é impor-
tante sabermos que existem três elementos que determinam um ca-
samento que “Deus uniu”, elementos esses que regem todos os ho-
mens. Assim como a lei da gravidade afeta a todos, por ser uma lei
universal, o casamento é composto de leis universais que também
afetam a todos.
TRÊS ELEMENTOS DETERMINANTES DO CASAMENTO
Pacto mútuo

150
Testemunho Diante Da Sociedade
União sexual
1. Pacto Mútuo
O casamento é um pacto celebrado entre um homem e uma mu-
lher diante de Deus.
“E perguntais: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha
da sua aliança entre ti e a tua mulher, com a qual foste
desleal sendo ela tua companheira e mulher da tua ali-
ança” (Malaquias 2:14)
O pacto é uma ALIANÇA. São duas vontades que se compro-
metem formal e solenemente a ser marido e mulher. Esse pacto é
firmado, basicamente, pela palavra ao fazer os votos matrimoniais.
2. Testemunho Diante Da Sociedade
“Deixará o homem o seu pai e sua mãe...” Como o casamento é
um estado civil, o pacto deve ser celebrado diante da sociedade. Pa-
rentes, amigos e conhecidos tem de ser informados que esse homem
se casara com essa mulher em determinada data e que a partir dali os
dois estarão unidos no honroso estado de casados. O propósito dos
convites é justamente fazer público e notório o casamento. O pacto
matrimonial não pode ser feito em segredo. Gênesis 29:22; Rute 4:9-
11; Números 30.
3. A União Sexual
“E serão uma só carne”. O que sela e dá legitimidade é a união
sexual dos que fazem o pacto.
O pacto diante da sociedade tem de ser anterior a união física.
Primeiro “deixará o homem o pai e a mãe”, e depois “se unirá a sua
mulher.” As relações sexuais antes do casamento, são fornicação, e
são um pecado diante de Deus.

151
IV. O CASAMENTO É UM VÍNCULO SAGRADO E INDISSO-
LÚVEL

1. O Vínculo Matrimonial
“E o Senhor fez cair pesado sono sobre o homem, e este
adormeceu: tomou uma de suas costelas, e fechou o lugar
com a carne. E a costela que o senhor Deus tomara ao
homem, transformou-a numa mulher, e lha trouxe. E disse
o homem: Esta é afinal osso dos meus ossos e carne da
minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi
tomada. Por isso deixará o homem pai e mãe, e se une à
sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” (Gênesis
2:21-24)
“De modo que já não são mais dois, porém uma só carne.
Porquanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”
(Mateus 19:6)
“A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo,
se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser,
mas somente no Senhor.” (I Coríntios 7:39)
Estas passagens mostram com clareza:
• Que o vínculo da unidade matrimonial é fortíssimo. Homem e
mulher passam a ser uma só carne.
• Que é um vínculo realizado por Deus mesmo. “O que Deus
uniu.” Por isso é considerado sagrado.
• Que é um vínculo indissolúvel enquanto os dois cônjuges es-
tiverem vivos. Só a morte de um dos dois pode desfazê-lo.
• Que nenhum homem ou lei humana está habilitado para des-
fazer o vínculo matrimonial: “Não separe o homem.”. Qualquer pes-
soa que o faça deve saber que está se rebelando diretamente contra a
vontade de Deus.
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2. Separação, Divórcio E Novo Casamento
a. Separação
“Ora, aos casados, ordeno, não eu mas o Senhor, que a
mulher não se separe do marido (se porém ela vier sepa-
rar-se, que não se case, ou se reconcilie com seu marido);
e que o marido não se aparte de sua mulher.” (I Coríntios
7:10,11)
Deus diz claramente NÃO à separação. Se, for o caso, de o côn-
juge incrédulo se separar (I Coríntios 7:12-15), a opção é ficar só ou
se reconciliar, nunca contrair outro matrimônio.
b. Divórcio
“Todavia perguntais: Por que? Porque o Senhor tem sido
testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, para com
a qual procedeste deslealmente sendo ela a tua compa-
nheira e a mulher da tua aliança. E não fez ele somente
um, ainda que lhe sobejava espírito? E por que somente
um? Não é que buscava descendência piedosa? Portanto
guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém seja infiel
para com a mulher da sua mocidade. Pois eu detesto o di-
vórcio, diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de
violência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz
o Senhor dos exércitos; e não sejais infiéis.” (Malaquias
2:14-16)
Deus nos exige lealdade a nosso pacto matrimonial, pois Ele
não se agrada do divórcio.
c. Novo Casamento
“Ao que lhes respondeu: Qualquer que repudiar sua mu-
lher e casar com outra comete adultério contra ela; e se
ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adul-
tério.” (Marcos 10:11-12)
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Quando alguém se divorcia e se casa novamente, Deus não con-
sidera este novo estado como casamento, mas como adultério.
“Todo aquele que repudia sua mulher e casa com outra,
comete adultério; e quem casa com a que foi repudiada
pelo marido, também comete adultério.” (Lucas 16:18)
Se um homem solteiro casa com uma mulher divorciada, tam-
bém adultera e vice-versa.
“Ou ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei),
que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que
ele vive? Porque a mulher casada está ligada pela lei a
seu marido enquanto ele viver; mas, se ele morrer, ela está
livre da lei do marido. De sorte que, enquanto viver o ma-
rido, será chamado adúltera, se for de outro homem; mas,
se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúl-
tera se for de outro marido.” (Romanos 7:1-3)
d. A Suposta Exceção
“Aproximaram-se dele alguns fariseus que o experimenta-
vam, dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por
qualquer motivo? Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido
que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e
que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-
se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? Assim já
não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus
ajuntou, não o separe o homem. Responderam-lhe: Então
por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repu-
diá-la? Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações
Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não
foi assim desde o princípio. Eu vos digo porém, que qual-
quer que repudiar sua mulher, a não ser por (original é me
épi [mh epi] que quer dizer pondo de lado ou sem levar em
conta) causa de infidelidade (a palavra no original grego
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aqui é pornéia [porneia] que quer dizer fornicação, ou
seja relação sexual ilícita antes do casamento) e casar
com outra, comete adultério (a palavra no original é moi-
chéia [moicatai] que quer dizer relação sexual ilícita com
alguém casado(a) ); [e o que casar com a repudiada tam-
bém comete adultério.] Disseram-lhe os discípulos: Se tal
é a condição do homem relativamente à mulher, não con-
vém casar. Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem acei-
tar esta palavra, mas somente aqueles a quem é dado. Por-
que há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pe-
los homens foram feitos tais; e outros há que a si mesmos
se fizeram eunucos por causa do reino dos céus. Quem
pode aceitar isso, aceite. (Mateus 19:3-12)
Veja que interpretando de maneira literal Jesus não admite ex-
ceção para recasamento. A única “exceção” é por causa de fornica-
ção, ou seja relações sexuais ilícitas. A palavra pornéia é intencio-
nalmente mal traduzida na maioria das Bíblias protestantes, pois tra-
duzem como adultério ou infidelidade. Vamos ver porque isso. Até
à reforma a Igreja sempre creu nas verdades bíblicas acerca do casa-
mento. Porém depois da reforma houve uma tendência universal en-
tre os protestantes de proclamar e viver um evangelho “anti-cató-
lico”, ou seja, tudo que os católicos criam, ainda que fosse verdade,
era motivo de ser refutado pelos primeiros reformadores. Quando
Lutero finalmente se desvinculou da Igreja Católica por causa de
suas múltiplas heresias, ele se uniu a um humanista chamado Erasmo
de Roterdam, que influenciou tremendamente a vida e obra de Lu-
tero, principalmente no tocante ao divórcio e ao recasamento. O in-
teressante é que Erasmo foi considerado como herege pelos seus con-
temporâneos, principalmente por causa de sua visão extremamente
humanista da Bíblia. Porém seu ensino acerca do divórcio e recasa-
mento prevalece nas denominações evangélicas, justamente porque
é frontalmente diferente do ensino da Igreja Católica sobre o assunto.

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Esse é o motivo de, nas nossas Bíblias protestantes, a palavra
estar traduzida de uma maneira totalmente errada, pois de outro
modo traria um tremendo problema termos que concordar que o en-
sino católico, nesse ponto, está correto.
Nessa pergunta dos fariseus para Jesus temos que ver todo o
contexto da situação.
Haviam duas escolas rabínicas de pensamento sobre assunto, e
as duas discutiam exatamente o texto que os fariseus apresentaram a
Jesus:
“Quando um homem tomar uma mulher e se casar com
ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele
encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de
divórcio e lha dará na mão, e a despedirá de sua casa. Se
ela, pois, saindo da casa dele, for e se casar com outro
homem, e este também a desprezar e, fazendo-lhe carta de
divórcio, lha der na mão, e a despedir de sua casa; ou se
este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a
morrer; então seu primeiro marido que a despedira, não
poderá tornar a tomá-la por mulher, depois que foi conta-
minada; pois isso é abominação perante o Senhor. Não fa-
rás pecar a terra que o Senhor teu Deus te dá por he-
rança.” (Deuteronômio 24:1-4)
• A Escola De Hillel: Hillel interpretava coisa vergonhosa
como qualquer coisa que o homem visse na mulher que não o agra-
dasse, como por exemplo, se ela estivesse ficando feia, ou cozinhasse
mal, etc. Para Hillel e seus seguidores, qualquer motivo trivialidade
era motivo para uma carta de divórcio.
• A Escola De Sammai: Sammai admitia o divórcio e o recasa-
mento somente em caso de adultério, da mesma forma que a maioria
dos evangélicos crêem.

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Veja que o objetivo dos fariseus era que Jesus se posicionasse a
favor de uma dessas escolas de pensamento para dividir o povo con-
tra ele.
Mas qual foi a surpresa quando o nosso amado Salvador e Se-
nhor mostrou uma terceira opção mais sublime do que a religiosidade
dos fariseus, a ponto dos discípulos ficarem tão assustados que res-
ponderam: “Se tal é a posição do homem relativamente à mulher,
não convém casar!” Eles compreenderam que o compromisso era
para a vida toda e que só a morte poderia anular tal compromisso.
Também compreenderam que Jesus não estava aprovando nenhuma
das duas alternativas dos fariseus, porém estava mostrando outra al-
ternativa que expressava mais perfeitamente a suprema vontade de
Deus.
Jesus mostrou que “coisa vergonhosa” se referia a, quando um
homem, ao se casar com uma mulher, descobre que houve fornicação
(pornéia) e que portanto ela não é virgem. Dessa forma, ele pode pe-
dir a anulação do seu casamento desde que ele também seja virgem
e que faça essa anulação imediatamente, caso essa situação não o
agrade. Somente nesse caso é permitido o divórcio com a possibili-
dade de um novo casamento.
O fato de as leis do país permitirem o divórcio e o novo casa-
mento, não modifica em nada a situação dos cristãos, pois nós esta-
mos debaixo do GOVERNO DE DEUS, e Suas leis permanecem
para sempre.
3. Compromissos Contraídos Antes Da Conversão.
Qual deve ser a atitude do cristão diante dos compromissos con-
traídos antes da conversão?
Alguns que se “convertem” pensam que, por Deus haver per-
doado os seus pecados, podem então esquecer todas as dívidas que
tinha no passado. Assim o criminoso se “converte” e não responde

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diante da lei pelos seus atos perversos. Há pouco tempo nos telejor-
nais foi noticiado que uma moça fora violentada e assassinada por
um rapaz. Por sua vez o pai da moça, que era policial, começou uma
caçada obstinada atrás do rapaz com o intuito de prendê-lo. Alguns
meses depois, recebendo informações de anônimos e simpatizantes
da causa, descobriu que ele estava freqüentando de maneira ativa
uma denominação evangélica. Qual foi sua surpresa ao ver o rapaz
cantando e “louvando” com toda alegria bem na porta do salão da
congregação! Pego de surpresa, o “irmão” tentou fugir, porém não
conseguiu sendo finalmente preso. Quantos “testemunhos” esse ho-
mem deve ter dado sobre sua vida pregressa! Quantos aleluias ele
deve ter ouvido com a proclamação de sua belíssima “transforma-
ção”! Agora pense na angústia da família que não via o caso soluci-
onado.
Como seria de tremendo impacto para esses familiares se o ra-
paz tivesse feito o que Zaqueu fez quando se converteu:
“Tendo Jesus entrado em Jericó, ia atravessando a cidade.
Havia ali um homem chamado Zaqueu, o qual era chefe de
publicanos e era rico. Este procurava ver quem era Jesus,
e não podia, por causa da multidão, porque era de pe-
quena estatura. E correndo adiante, subiu a um sicômoro
a fim de vê-lo, porque havia de passar por ali. Quando Je-
sus chegou àquele lugar, olhou para cima e disse-lhe: Za-
queu, desce depressa; porque importa que eu fique hoje
em tua casa. Desceu, pois, a toda a pressa, e o recebeu
com alegria. Ao verem isso, todos murmuravam, dizendo:
Entrou para ser hóspede de um homem pecador. Zaqueu,
porém, levantando-se, disse ao Senhor: Eis aqui, Senhor,
dou aos pobres metade dos meus bens; e se em alguma
coisa tenho defraudado alguém, eu lho restituo quadrupli-
cado. Disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa,
porquanto também este é filho de Abraão. Porque o Filho
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do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.”
(Lucas 19:1-10)
Temos que saber claramente que a fé cristã nos leva a reconhe-
cer o valor ético e moral de tudo o que é legítimo, de todo pacto, de
todo voto. Se você tem dívidas que ainda não acertou, é seu dever
procurar seu credor e ver como será possível resolver essa situação
pendente, e não pensar que o perdão de Deus te libera desses com-
promissos.
Em que implica a conversão a Cristo? O que significa o arre-
pendimento? João Batista reivindicava frutos dignos de arrependi-
mento, evidências claras de mudança de coração e uma firme decisão
de abandonar a vã maneira de viver. Provérbios 28:13 expressa este
conceito em termos concisos: “O que encobre as suas transgressões
nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará miseri-
córdia.” A conversão não é conversão se a pessoa não abandona de-
finitivamente o seu caminho pecaminoso. Se uma pessoa está vi-
vendo em adultério quando chega a Cristo, obviamente não pode pre-
tender entrar no reino de Deus com seu pecado. De outro modo o que
significaria a salvação?
CONCLUSÕES FINAIS
Alguns podem pensar: “Se isto for assim, não vamos complicar
a vida de muita gente?” Ao contrário! Vamos simplificá-la, porque
já estão metidos em complicações. O que queremos fazer é ensiná-
los o que devem fazer para sair delas. Essa é a verdade de Deus, o
Evangelho de Cristo Jesus. Cristo rompe as cadeias, Cristo perdoa,
porém o que não se admite é que uma pessoa siga em uma conduta
imoral.

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CAPÍTULO 28

O QUE FAZER QUANDO


O CASAMENTO ESTIVER
POR UM FIO?
O grande desafio na vida de muitos casais é justamente até que
ponto conseguirão no decorrer dos anos quebrarem as rotinas, ou seja
os altos e baixos que interferem nos relacionamentos.
Para a maioria das pessoas trocar o cônjuge por outro, parece
ser a melhor opção uma vez que as possibilidades de se entenderem
tornam-se remotas e escassas. O fato é, que trocar de mulher ou de
marido, nunca foi e nunca será uma boa opção, visto que com o
tempo os mesmos ou outros problemas maiores, darão margens para
desentendimentos.
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O que fazer então quando o amor estiver dando sinais de esfri-
amento, colocando em risco a união e o amor do casal?
1. Enfrentar Os Problemas, De Frente, Sem Rodeios.
Eu particularmente não conheço nenhum casal que não tivesse
problemas de relacionamentos. Fatalmente os desentendimentos afe-
tarão mais dias ou menos dias a vida do casal em proporções menores
ou maiores dependendo da situação. Fugir do problema ou deixar
sempre para depois, como que ignorando o mesmo, pode aumentar o
sentimento de impossibilidade de solução. Por isso enfrentar de
frente, olho no olho e necessário. Conversar sobre os motivos que os
levaram ao desgaste emocional parece ser por demais evidente e
apropriado para cada tipo de conflito.
2. Entender A Diferença Que Existe Entre Emoções E Decisões
Pode Servir De Ajuda.
Existem relacionamentos que infelizmente estão alicerçados no
emocionalismo. Todas as ações pertinentes, individuais ou coletivas
são baseadas somente no estado emocional. E sabemos que não po-
demos e nem devemos confiar em nossas emoções, porque as mes-
mas deixam a desejar. Quer ver alguns exemplos: Você lembra da
sua época de namoro no tocante ao tempo que vocês gastavam jun-
tos. De fato a prioridade era ficar juntos se curtindo não e mesmo? O
que aconteceu depois do casamento, aquele frenesi ainda perma-
nece? Os beijos apaixonados ainda estão em evidencia ou simples-
mente com o tempo foram diminuindo até chegar quem sabe as bito-
cas ou nem isso. E com relação a pratica do sexo? No início do casa-
mento era todo dia, depois 5 vezes por semana, depois 3, 2, 1 vez por
semana. E hoje você nem se lembra quando foi a última vez? Mas
afinal, o que gera esta disparidade, que muitas vezes nem paramos
pra refletir? A parte emocional que todo ser humano tem e que está
em evidência, as emoções, precisam ser acompanhadas de boas de-
cisões, de boas escolhas. São boas escolhas que geram boas emoções,
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e não vice-versa. De fato você deve começar o seu dia trabalhando a
sua mente na direção destas escolhas. O seu relacionamento conjugal
vai melhorar, quando você entender que parte do sucesso do mesmo,
está em como administrar suas emoções em função de boas escolhas.
Em outras palavras, a cada dia você escolhe amar sua esposa, seu
marido e quando você faz isto confiando em Deus, o emocional es-
tará agindo a favor de vocês e o amor aquecerá novamente se ele
estiver a desejar.
PARA O HOMEM
Veja bem. Você pode escolher:
Amar a sua esposa cada dia, dizendo-lhe com sinceridade frases
de efeito do tipo: Eu amo você querida
Você e especial para mim
Não criticar nenhuma parte do seu corpo e nem ressaltar a sua
idade. Ajudá-la sempre que puder nos serviços de casa
Ajudá-la com os filhos: Levando-os a escola; Examinando ta-
refas; Levando para passear, etc.
Não antipatizá-la com comparações em relação a outras mulhe-
res
Mandar-lhe esporadicamente flores com declarações amorosas
Respeitar os seus momentos tediosos, principalmente em perí-
odos de menstruação, onde a mulher fica mais nervosa.
Em todo e qualquer lugar ter olhos sempre para ela.
Não interferir quando a sua esposa estiver disciplinando ou cha-
mando atenção dos filhos Na pratica de relações sexuais ser cari-
nhoso e compreensível para não machucá-la. Elogiá-la todos os dias
Evitar de levantar a voz e tratar os problemas sem agressões
verbais e muito menos físicas.

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Nunca mentir. Falar somente a verdade. Pedir perdão todas as
vezes que errar contra ela. Respeitar a sua individualidade.
Não bancar o marido ciumento, criando situações constrange-
doras no relacionamento. Arranjar tempo de qualidade para saírem
juntos. Orar por ela e com ela todos os dias.
PARA A MULHER
Veja bem. Você pode escolher:
Respeitar as decisões de seu marido, mesmo que alguns delas
não sejam lá muito boas.
Deixar de criticar ou falar mal dele com a sua família, vizinhos
ou amigos.
Bons momentos para praticar o sexo, sem pressa, e sem cobran-
ças quando ele a procura.
Ter como meta permanente, viver dentro do orçamento da fa-
mília. Estar do lado dele, nos momentos difíceis da vida.
Não interferir quando o seu marido estiver disciplinando ou
chamando atenção dos filhos
Não se opor as suas cariciais românticas, antes, durante e depois
dos momentos de relação sexual.
Evitar de levantar a voz. Tratar os problemas sem agressões ver-
bais e muito menos físicas.
Nunca mentir. Falar sempre a verdade. Pedir perdão todas as
vezes que errar contra ele. Evitar de ser uma mulher ciumenta.
Arranjar tempo de qualidade para saírem juntos.
Escolher os melhores momentos para apresentar os problemas
caseiros. Respeitá-lo na sua individualidade. Orar por ele e com ele
todos os dias.

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Quando ambos procurarem fazer boas escolhas, com certeza as
emoções entrarão em cena para tornar o casamento cada vez mais
forte, saudável e duradouro.
Lembre-se: Boas decisões, boas escolhas diárias, boas emoções
que solidificam o casamento.

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