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Contada por um Animal.


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Mra uma vez, há muito tempo atrás, quando os
animais falavam, existia uma pequena girafa
com um grande pescoço, que sonhava em ser
aventureira, e queria ser assim e não como era.

A girafa chorava e chorava a toda hora porque


queria ser aventureira e não era.

Um dia ela chorava que nem uma desalmada


encostada a uma copa de uma árvore, um
rinoceronte que passeava por ali, ouviu e
achou aquilo demais.
Mntão perguntou à pequena girafa o que ela
tinha para chorar assim tanto.

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A girafa olhou a choramingar e fazendo beiços
respondeu aos soluços ao rinoceronte.
-Mu quero ser aventureira e não consigo. ± e
chorava e soluçava tanto que gaguejava ao
responder.

O rinoceronte deu um sorriso de compaixão e


disse:
-Oh! Amiga girafa, mas tu já és tão linda e bela,
porque queres ser diferente. ± e reforçou o que
disse com o seguinte ± tu assim como és comes
as mais frescas e doces folhas das árvores e
não as secas e amarelas do chão.
-Mas eu quero ser aventureira« bué! bué! ±
retorquia a girafa a chorar.
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Assim lá foi a girafa pelo seu caminho a chorar
e o rinoceronte também continuo o seu
caminho com pena de não ter ajudado a
coitada da pequena girafa que queria ser
aventureira.

A pequena girafa que queria ser um


hipopótamo, andou, andou« até ficar com
sede, e então procurou por água.

Até que viu um pequeno lago, que ainda o


calor não tinha secado, e dirigiu-se até ele.
Quando chegou ao pé viu a sua cara reflectida
na água« desatou a chorar fortemente.
Lembrou-se que era uma girafa e que queria
ser aventureira.
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M entretanto ali ao pé umas hienas que riam-se
desalmadamente« que davam fortes e
barulhentas gargalhadas reparam na girafa e
foram ter com ela.

-Porque choras? ± interrogaram as hienas a rir


que nem loucas.
- Mu« eu queeee« queria ser uma
aventureira. ± respondeu a girafa a chorar aos
soluços.

As hienas continuaram a rir mais ainda.


Naquele instante passou um abutre que viu
tudo o que se passou e imaginou que a girafa
seria um belo repasto e posou.
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Mntão interrompeu o choro da girafa e a risota
das hienas:

- As meninas hienas podiam ter dó e deixar em


paz a girafa doce e pequena. ± disse isto com
um ar de interesseira.
- Olha para o abutre!! Queres é papa. ± e
viraram as costas e foram embora com
enormes gargalhadas.

O abutre ficou a rodar a girafa a acarinhá-la,


mas a coitada da girafa chorava e soluçava
ainda mais.

« (continua)«
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