Serviço Militar Obrigatório (SMO)

Texto Argumentativo
André da Silva Santos nº4 11º B

O serviço militar obrigatório, foi abolido em Portugal em 2004. Para além de Portugal,
muitos países também aboliram o SMO, mas mesmo assim, muitos países continuam a
ter o SM como obrigatório. Na figura abaixo podemos ver países que tem SMO e os
que não tem:

Legenda: vermelho: pais com SMO

Azul: pais sem SMO
Verde: pais sem forca armada
Laranja: abolição do SMO no prazo
de 3 anos

Observando a imagem, podemos concluir que a maioria dos países

desenvolvidos já não tem SMO. Entre eles estão os Estados Unidos da América, que
como todos sabemos têm um dos maiores e mais poderosos exércitos do mundo. Só
este facto mostra que o SMO não é necessário para sustentar um serviço militar. É sim
necessário dar a liberdade de escolha aos jovens. Dar oportunidade àqueles que
realmente pretendem seguir uma carreira militar, e não estar a gastar dinheiro em
recrutas temporários que ao fim do SMO seguem a sua vida (ou não) como antes do
SMO. Até pode haver um ou outro que goste e continue, mas geralmente não é isso
que acontece. É frequente sim muitos jovens terem que abandonar a sua carreira
desde cedo, só para cumprir o SMO podendo pôr em risco a sua carreira, seja ela
escolar ou profissional, pondo em causa o seu futuro. Para além disso, manter um
serviço militar de um país com recrutas de serviço contra a própria vontade e sem
qualquer motivação, não leva a que o serviço militar seja melhor, nem que todo o povo
seja militar. Quantidade não significa qualidade! E o que fazer para ter um serviço
militar com qualidade? Simples: incentivar jovens a seguir uma carreira militar. Isso iria
despertar jovens a seguir uma carreira militar, e acima de tudo, fazê-lo por gosto. Ou
seja, a qualidade do serviço militar seria maior, o nível de eficácia nas missões seria
maior. Pois executar tarefas que têm um nível de exigência tão elevado, não é fácil. E
para o conseguir é preciso treinar muito e ter muita força de vontade de fazê-lo. Por
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André da Silva Santos nº4 11º B

isso o que adiantaria meter pessoas contrariadas a fazer coisas destas, se no fim os
resultados seriam maus? Assim, com pessoas empenhadas, a fazerem o que realmente
querem, a taxa de sucesso é muito maior.
Para além das vantagens que a abolição do SMO traz para o estado, que
pretende um serviço militar de qualidade, também o povo tem vantagens. Pode assim
decidir à sua vontade sobre este assunto. Não é preciso ninguém andar a fazer
esforços enormes, pondo a sua integridade física em causa contra a sua própria
vontade, podendo assim levar a fim o seu projecto de vida, sem ter que interromper os
estudos ou a carreira profissional. E eu digo: ainda bem que em Portugal não há SMO!
Era o que mais me faltava, ir agora (pois vou fazer 18 anos) para o SMO, ter que
interromper os estudos, simplesmente para nada, pois não é ser militar que quero
para a minha vida. Ia para o SMO sujeito a aleijar-me muito a sério, sem qualquer
necessidade, ia para lá fazer seja o que fosse de qualquer maneira, sem me preocupar
se o fazia bem ou mal. Imagine-se uma força armada com militares como eu! Quando
fosse chamada para uma missão, seria o total desastre. Assim sem o SMO, em vez de
eu e outros que não querem lá andar nem por nada, vão só pessoas que realmente se
dedicam, e fazem aquilo por gosto, aumentando a probabilidade de sucesso numa
missão qualquer.
Para além das vantagens que a abolição trouxe quer ao governo quer a nós
jovens, se analisarmos a situação de alguns países, concluímos que nem sequer é
necessário ter um serviço militar muito vasto. O nosso país é um desses casos. Portugal
é um país pacífico e solidário, sem problemas ao nível do terrorismo conflitos civis.
Logo não há necessidade de pôr jovens a funcionar quase como escravos no SMO,
como ainda acontece na nossa antiga colónia, o Brasil.
Concluindo, o SMO nunca foi realmente vantajoso para qualquer país. E estou
feliz por Portugal ter abolido o SMO, e acho que outros países o deviam fazer também.
Aumenta a credibilidade do seu serviço militar, e dá ao povo o direito de opção.