Você está na página 1de 10

O Teatro é a Representação da Vida

 Teatro tem origem grega, Theatron (rego) – o que se


vê.

 Tem origem na Grécia, partindo da necessidade do


Homem de exteriorizar sentimentos e emoções.

 Começou por ser a narração de lendas ligadas aos


deuses da mitologia grega.

 Na Grécia e Roma antigas, os escritores produziam


tragédias e comédias.
 Durante a Idade Média existiu um género de teatro que recebeu
o nome de popular.

 Eram representados breves quadros religiosos alusivos a cenas bíblicas


e encenados em datas festivas, sobretudo no Natal e na Páscoa.

 A encenação era feita no interior das igrejas.

 O texto e a encenação eram reduzidos .

 Posteriormente algumas pessoas do povo começaram a participar nos


espectáculos, introduzindo alterações cada vez maiores.
 À medida em que aumentava o número de participantes, o caráter
religioso ia ficando para trás, assumindo, aos poucos, um caráter
profano.

 Profano – é o que fica fora, diante (pro) do templo (fanu).

 O teatro popula disseminou-se por feiras, mercados e castelos da


Europa e nos reinos ibéricos (Castela, Leão, Navarra e Aragão).

 Foi por esse fluxo castelhano que o teatro penetrou em Portugal, pelas
mãos de Gil Vicente.
 O teatro de Gil Vicente caracteriza-se, antes de tudo, por ser primitivo, rudimentar e popular.

 Gil Vicente deu consistência literária às representações teatrais que existiram.

 Surgiu e desenvolveu-se no ambiente da Corte, para servir de entretenimento nos animados serões
oferecidos pelo Rei.

 As peças festejavam vários acontecimentos: nascimentos/casamentos; partidas/chegadas do rei ...

 O seu teatro serviu de ponte entre a Idade Média e o Renascimento, fixou nas suas peças o momento
em que duas formas de cultura se defrontavam.

 Enquanto comediógrafo propriamente dito, Gil Vicente destaca-se como o mais importante autor de
teatro em toda a história da Literatura Portuguesa.
Designação genérica das peças de Gil Vicente.

São peças de gosto tradicional:


- de assunto religioso ou profano;
- sério ou cómico;
- sem divisões em actos e cenas.
Em 1562, Luís Vicente dividiu a obra do seu pai em:

- MORALIDADES peças alegóricas de cariz


religioso que podem conter elementos da
Bíblia.

- FARSAS com tipos e ambientes da sociedade


da época e com intuitos satíricos.

- COMÉDIAS E TRAGICOMÉDIAS de tema


profano e de grande espectáculo, representadas
em ocasiões festivas da corte.
Gil Vicente utiliza vários processos geradores do
riso na sua crítica social –SÁTIRA.

Criticar, provocando o riso nos espectadores, não


só era mais divertido e adequado à função lúdica
que o teatro vicentino tinha, como também
permitia que a crítica fosse mais facilmente aceite.
1. CÓMICO algo que resulta de uma coincidência, um contraste, um
desajuste, seja comportamental ou situacional.

- Cómico de SITUAÇÃO resultado da própria situação, das


circunstâncias criadas pelas personagens.

- Cómico de CARÁCTER resulta do temperamento, da maneira de


ser ou estar, da personalidade.

- Cómico de LINGUAGEM resulta do uso de vários recursos


linguísticos que têm como função provocar o riso
a) Uso de calão
b) Diferentes registo de língua
c) Ironia
d) Jogo de palavras
e) Pragas, rezas, provérbios
f) Latim macarrónico
2. IRONIA
- Recurso muito utilizado por Gil. Vicente,
- Diz-se o contrário do que se pensa, usando uma
entoação que o dê a entender.

3. TIPOS
- Personagem- tipo que representa uma classe, uma
profissão, uma idade.
- Personagens detentoras de características atribuíveis
ao grupo social, profissional ou etário a que
pertencem, sem densidade psicológica e interior que
poderia fazer delas casos únicos e singulares.

Você também pode gostar