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Piloto de Avião

Conhecimentos Técnicos
Aula 3
Piloto de Avião Aula3 – Conhecimentos Técnicos

Sistema de Lubrificação
• Duas superfícies, mesmo que bem polidas,
quando em contato apresentam atrito,
consequentemente desgaste.
• Óleo forma uma fina película entre elas,
mantendo-as separadas, diminuindo atrito e
desgaste.
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Propriedades do Óleo
• Viscosidade:
• É a resistência que o óleo oferece ao
escoamento. Ex: óleo + viscoso que água.
• Maior viscosidade do óleo no FRIO.
• Perde viscosidade conforme aumenta
temperatura.
• Viscosidade é determinada por Viscosímetros
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• Viscosímetro de Saybolt:
• Baseia-se no tempo que o óleo leva para escoar de
um recipiente padrão, a uma dada temperatura.

• Um óleo que leva 120 segundos para escoar de um


viscosímetro à temperatura de 210ºF recebe a
designação de
120SSU210
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SAE – Society of Automotive Engineers


• Outro método de se medir a viscosidade dos veículos
automotores.
• Classifica os óleos em 7 classes:
• SAE 10
• SAE 20
• SAE 30
• SAE 40
Quanto maior o número, maior a
• SAE 50
viscosidade do óleo
• SAE 60
• SAE 70.
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Óleos usados na aviação


• São designados pelos nº: 65, 80, 100, 120 e 140.
Classificação Aviação Classificação SAE
65 30
80 40
100 50
120 60
140 70

Pode-se notar que a viscosidade SAE é igual a metade do outro valor arredondado para a
dezena mais próxima
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Ponto de Congelamento e Fulgor:


• Congelamento: temperatura em que o óleo
deixa de escoar.
• Fulgor: temperatura acima do qual o óleo pode
se inflamar, quando em contato com chama.
Os bons óleos tem baixo ponto de congelamento
para funcionar em baixas temp. e ponto de
fulgor elevado, para lubrificar em temperaturas
elevadas
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Aditivos:
• Substancias químicas adicionadas ao óleo para
melhorar suas qualidades.
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Aditivos:
• Antioxidantes – servem para evitar a oxidação
do óleo, combinação do oxigênio do ar com o
óleo, formando substâncias corrosivas, borras,
etc.
• Detergentes – Servem para dissolver as
impurezas sólidas que se depositam nas peças
do motor.
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Aditivos:
• Antiespumantes – Evitam a formação da
espuma, a qual provoca falta de óleo nas
peças a serem lubrificadas.

Os aditivos e o próprio óleo perdem suas


qualidades com o uso ou com o tempo, por
isso, o óleo deve der trocado periodicamente.
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Tipos de lubrificação
• Dependendo da maneira de levar o óleo até as
peças, os sistemas de lubrificação do motor
são classificadas em 3 tipos:
• Salpique;
• Pressão;
• Mista.
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Lubrificação por Salpique


• O óleo é espalhado dentro do motor pelo
próprio movimento das peças.
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• video no desktop!
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Lubrificação por pressão:


• O óleo é impulsionado sob pressão para as
diversas peças do motor, através de uma
bomba de óleo.

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Lubrificação Mista
• Para simplificar a lubrificação, quase todos os
motores usam o sistema de lubrificação mista,
onde algumas peças são lubrificadas por
pressão(eixo de manivelas, comando de
válvulas) e outras por salpique.
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Componentes do Sistema de Lubrificação

• Reservatório – Pode ser o próprio carter, são


chamados motores de “cárter molhado”.
Nos motores de “cárter seco” há um
reservatório independente para armazenar o
óleo.
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• O nível de óleo no reservatório deve ser


verificado periodicamente, porque o motor
perde óleo devido a vaporização, à queima
dentro dos cilindros, a pequenos vazamentos
etc.
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Componentes do Sistema de Lubrificação

• Radiador de óleo
• Serve para resfriar o óleo que circula no
motor.
• Entra quente, em contato com o ar perde
temperatura e aumenta a viscosidade.
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Bomba de óleo
• Geralmente são do tipo engrenagem:
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Bombas de óleo: Tipos


• Bomba de pressão (ou de recalque) – Envia o
óleo para o motor, sob pressão.

• Bomba de recuperação (ou de retorno)-


Retira o óleo que circulou no motor, levando-o
de volta para o reservatório.
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Filtro de óleo
• Serve para reter as impurezas do óleo, através
de uma fina tela metálica ou de discos
ranhurados superpostos.
• O filtro deve ser substituído periodicamente
antes que seu elemento filtrante seja
obstruido.
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Válvulas

• Reguladoras de pressão- Serve para manter a


pressão abaixo de certo limite especificado; se
o limite for ultrapassado, parte do óleo será
devolvida para ao reservatório, aliviando a
pressão na linha.
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Válvula
• Uniderecional – Impede o retorno do óleo no
sentido contrário ao normal.
• De contorno ou de “by-pass”- Oferece uma
passagem alternativa ao óleo, quando a
passagem normal fica obstruída. Pode ser
usada em filtros, permitindo a passagem
direta do óleo quando obstruído o filtro.
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Instrumentos do Sistema de Lubrificação

• Servem para verificar o bom funcionamento


do sistema e detectar anormalidades.
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Manômetro de Óleo
• É o primeiro instrumento a ser observado
durante a partida do motor;
• Com o motor frio subirá acima dos limites;
• Conforme aquecimento do motor a pressão
do óleo baixará até atingir os valores normais
especificados.
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Termômetro de óleo
• Indica temperatura do óleo no seu ponto mais
quente, após circular no motor;

• Um motor só deve ser acelerado após atingir a


temperatura correta.
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Performance do motor a pistão


• Cilindrada – é o volume deslocado pelo pistão
durante seu curso. A cilindrada de um motor
de vários cilindros é igual a soma das
cilindradas de todos cilindros.
• Volume do Cilindro- é a cilindrada somada ao
volume da câmara de combustão
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Eficiência
• Motores aeronáuticos é na ordem de 25% a
30%;
• Recursos disponíveis para aumentar a
eficiência:
• Melhorar a construção do motor, reduzindo
atrito, facilitando o fluxo da mistura e gases
queimados, etc.
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• Aumento da taxa de compressão: defini-se


taxa de compressão como a razão entre o
volume do cilindro e o volume da câmara de
combustão.
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Definições de Potência
• Potência teórica – Liberada pela queima do
combustível;
• Representa a totalidade da energia calorífica
contida no combustível
• Determinada pelo Calorímetro
• Não depende do motor, mas tão somente do
combustível
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Definições de Potência
• Potência indicada- Desenvolvida pelos gases
queimados sobre o pistão;
• Determinada pelos indicadores, que medem
diretamente as pressões dentro do cilindro;
• Depende do combustível e do bom projeto do
motor.
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Definições de Potência
• Potência efetiva- potência que o motor
fornece no eixo da hélice;
• É a potência indicada deduzida das perdas
internas do motor;
• É medida no dinamômetro;
• Também conhecida como Potência ao freio
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Definições de Potência
• Potência útil- também chamada de potência
tratora ou potência de tração: transmitida
pelo grupo motopropulsor ao avião;
• É a potencia efetiva X eficiência da hélice;
• Ex: Pot. Efetiva = 200hp
Eficiência da hélice = 90%

200hp X 0.9 = 180hp


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Sistema de alimentação

• Finalidade de fornecer mistura ar-combustível


aos cilindros na pressão e na temperatura
adequadas e livres de impurezas.
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Sistema de Indução
• Função de admitir o ar externo, eliminar suas
impurezas e aquecê-lo até uma temperatura
adequada, caso necessário.
• Constituído por:

Bocal de admissão, filtro de ar, aquecedor de ar,


válvula de ar quente e coletor de admissão.
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Sistema de superalimentação
• Motor aspirado: pistão aspira o ar através da
rarefação que ele cria no cilindro e no tubo de
admissão;
• Pressão interna de um motor aspirado é
sempre menor que a pressão atmosférica;
• Perdem potência com o aumento da altitude
devido a redução da densidade do ar.
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Sistema de superalimentação
• Motor turbo-alimentado: ar enviado sob
pressão para os cilindros;
• O compressor mantém a pressão no tubo de
admissão acima da pressão atmosférica,
contribuindo para aumentar a potência do
motor.
• Maior altitude, mais solicitado fica o
compressor até atingir a altitude crítica.
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Compressores
• Tipo Centrífugo: constituídos por uma
ventoinha.
• Giram em alta-velocidade
• Podem ser acionadas por engrenagens no eixo
de manivelas, ou por gases de escapamento.
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Manômetro de pressão de admissão


• Motor parado, indica pressão atmosférica;
• Motor em funcionamento indica a pressão no
coletor de admissão.
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Sistema de formação de mistura

• Finalidade de vaporizar a gasolina e misturá-la


ao ar.
• Pode ser através de carburador, injeção
indireta e injeção direta.
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Princípios formação de mistura


• Mistura  Razão entre as massas de ar e de
gasolina.
• Pode ser indicada de 3 formas:
• 1º - 10:1 (10 partes de ar e 1 de gasolina)
• 2º - 1:10 ( 1 de gasolina e dez de ar)
• 3º - 0,1:1 ( 0.1 de gasolina e 1 de ar)
O número maior sempre indica a proporção da
massa de ar
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Misturas:
• Quimicamente correta -> 15/1 = queima
perfeita

• Rica-> 10/1 = sobra gasolina

• Pobre-> 20/1 = falta gasolina


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Misturas Incombustíveis
• Quando há excesso ou falta de combustível a
mistura não entra em combustão,
impossibilitando o funcionamento do motor.
• Mais pobres que 25:1 – Falta gasolina

• Mais rica que 5,55:1 – Excesso de gasolina


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Fases operacionais do motor


• Fase operacional de marcha lenta:
• Menor RPM possível de maneira suave e sem
falhas;
• Mistura deve ser rica ( 10:1 );
• Ajuste feito no solo pelo mecânico
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• Fase operacional de decolagem:


• Máxima potencia;
• Mistura rica ( 10:1 );
• Temperatura aumenta rapidamente;
• Aplicado rapidamente, após decolagem há
redução de potência.
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• Fase operacional de subida:


• Potência máxima contínua; ( potencia máxima
suportada sem limite de tempo);

• Mistura rica moderada ( 12/1 );

• Conforme ganha altitude é necessário


correção altimétrica da mistura;
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• Fase operacional de cruzeiro:


• Mistura pobre 16/1;

• Mistura proporciona máxima economia de


combustível;

• Possibilita voar a máxima distância.


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• Fase operacional de aceleração:


• Arremetida;

• Mistura rica ( 10:1 );

• Bomba de aceleração rápida do carburador


entra em ação, injetando uma quantidade
adicional de gasolina no ar admitido.
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• Fase operacional de parada do motor:

• Parar o motor sempre cortando a mistura;

• Evita sobra de gasolina dentro do motor,


causando diluição do óleo.

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