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Serviço público
Administração indireta
O Estado cria entidades de Administração com a intenção de interferir
no jogo econômico, e, sob essa capa da necessidade de criação de
Administração descentralizada, cria-se um aparato de forma a
organizar ou explorar uma atividade econômica. Ex.: Mercado
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A ordem econômica na Constituição de 1988
financeiro, de interferência direta do Conselho Monetário Nacional e o
Banco Central.
A economia desenvolve-se paralelamente ao Estado, embora este
tente segurá-la dentro de certos limites por meio de restrições.
Atuação direta
Como exposto anteriormente, a intervenção do Estado pressupõe agir
na esfera privada, sendo-lhe, em regra, vedado, salvo os casos
expressos em lei. Em contrapartida, o Estado é responsável pela
prestação de serviços públicos.
Apesar disso, pode o Estado intervir por direção ou indução,
conforme ensina Eros Grau.
a) Direção: o Estado exerce pressão sobre a economia.
Documentação jurídica
Trata-se do dever do Estado de preservar os documentos por ele
emitidos pertinentes ao interesse público, assegurando a sua
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LIMA, Ruy Cirne, in Princípios de direito administrativo brasileiro, p. 96
perpetuidade. Isso porque esses documentos registram fatos que têm
potencialidade de gerar efeitos jurídicos, atribuindo-lhes autenticidade
em repartições do próprio Estado, ou de particulares devidamente
credenciados para essa função.
Atividade instrumental
Trata-se da atividade que o Estado realiza determinados atos com a
finalidade de cumprir as suas finalidades, despendendo de recursos ou
realizando atos que envolva sacrifícios de direitos.
Ex.: Desapropriação de bens imóveis, cobrança de tributos,
recrutamento militar, promoção de concursos públicos.
Serviços públicos
Quando o ordenamento jurídico prescreve a conduta que deve ter o
Estado e fixa-lhe determinados comportamentos que lhe são
obrigatórios, impondo um dever de prestar determinada
atividade e esta vai beneficiar materialmente alguém ou toda a
sociedade, possibilitando-lhes usufruir comodidades, está a se falar de
serviço público.
Esse dever de prestar pressupõe o uso de determinada prerrogativas
do Estado para que este possa alcançar os seus objetivos. Frise-se
que privilégios do Estado não tem a conotação de fruição de benesses
e benefícios, devendo-se entender o termo com os deveres, os quais
estão expressos constitucionalmente ou em normas complementares.
Resumindo, há uma relação entre os privilégios usufruídos pela
Administração Pública com os objetivos que tem que alcançar,
havendo vício no comportamento administrativo caso deles se desvie.
Serviço público: é toda a atividade de oferecimento de utilidade ou
comodidade material fruível diretamente pelos administrados,
prestado pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes, sob um regime
de Direito Público – portanto, consagrador de prerrogativas de
supremacia e restrições especiais – instituídos pelo Estado em favor
dos interesses que houver definido como próprios no sistema
normativo.3 Contudo, o autor conclui que a noção de serviço público é
política e não jurídica, pois a Constituição e o rol de serviços públicos
elencados foram definidos segundo interesses do Legislativo
Originário.
Art. 175 da CF: Incumbe ao Poder Público, na forma da
lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de
serviços públicos.
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Celso Antônio Bandeira de Mello
Capítulo 6 – Ciência das Finanças e Direito
Financeiro
b) Contratos
c) Patrimônio
d) Receitas
e) Despesas
f) Direito Tributário
g) Tesouro
h) Responsabilidade funcional
i) Prestação de contas
No entanto, nem todo ingresso constitui receita uma vez que podem
entrar nos cofres públicos mas não permanecer, daí o nome: entrada
provisória. Também é provisória a entrada de dinheiro arrecadado a
titulo de empréstimos compulsório (compulsório pq o particular não
pode se recusar a pagá-lo e empréstimo pq deve ser devolvido em
condições que a lei previr).
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Segundo Geraldo Ataliba
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Regis não diferencia entrada de ingresso. Utiliza essas palavras como sinônimas.
9.2 A receita pública
Entradas ou ingressos:
→Movimento de caixa (entradas com destino de saída):
• Originarias (não tributarias)
→ Receitas (entradas definitivas)
• Derivadas (tributarias e outras; relação ao direito
público)
• Transferidas
9.6 Doação
A doação esta disciplinada no CC art. 538 a 564 “contrato em que uma
pessoa, por liberalidade, transfere de seu patrimônio bens ou
vantagens para o de outra pessoa”. Pode o particular efetuar doação
de seus bens ou quaisquer vantagens à Administração Publica, que
dirá se os aceita ou não. Uma vez operando a aceitação o bem passa a
integrar o patrimônio publico constituindo receita.
10.3 Tributo
10.15 Taxas
Transferidas
Federais:
Estaduais: Divididas de acordo com a competência
Municipais:
Capítulo 18 - O Orçamento
18.1 Conceito
Estão previstas no art. 165 da CF, são três: plano plurianual, lei de
diretrizes orçamentárias e a lei de orçamentos anuais.
18.10.1 Iniciativa
18.10.4 Emendas
• Definições de RECEITA:
Parâmetros gerais
A Lei Complementar 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal – foi
feita dentro de um “pacote” de transações financeiras do FMI com o
Brasil, tendo aquele exigido deste a aprovação de um texto normativo
que desse visibilidade às contas públicas.
Assim, o objetivo primeiro da LRF é dar visibilidade às contas públicas,
fixando, para tanto, responsabilidade fiscal como um dos princípios da
gestão pública de forma a impedir que os agentes públicos utilizassem
as verbas de maneira indolente.
A federação brasileira e as normas gerais de direito financeiro
A União é fruto de pacto político por meio do qual os Estados cedem
parte de sua soberania para ser administrada por ela, que tem
representação internacional. Assim, parte-se do pressuposto que há
uma repartição de competências entre as unidades federadas.
O problema que aponta o autor é o falso federalismo brasileiro, pois há
clara concentração de poder na União em detrimento dos Estados-
membros e Municípios, seja pelo excesso de concentração de recursos
da União, fazendo com que Estado e Municípios fiquem dependentes
de recursos transferidos, seja pela desproporcionalidade na
representação política.
Com isso, para que haja qualquer reforma tributária eficaz, deve-se,
primeiro, reformar o nosso atual modelo de Federação, calculando-se o
quanto cada ente federativo necessita para a sua subsistência,
independentemente dos recursos dos demais.
Receita corrente líquida: soma das receitas públicas, excetuadas as
transferidas e a contribuição dos servidores para custeio do sistema de
previdência e assistência social.
Lei de Diretrizes Orçamentárias
No Brasil, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO - tem como
principal finalidade orientar a elaboração dos orçamentos fiscal e da
seguridade social e de investimento do Poder Público, incluindo os
poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e as empresas públicas e
autarquias. Busca sintonizar a Lei Orçamentária Anual - LOA com as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública, estabelecidas
no Plano Plurianual (PPA). De acordo com o parágrafo 2º do art. 165
da Constituição Federal, a LDO:
Renúncia de receita
Discute-se a possibilidade de um ente federativo renunciar a uma
receita. Diz o autor que é possível, pois a natureza da renúncia não é
estritamente tributária, mas sim uma norma pré-jurídica, que antecede
o nascimento da obrigação tributária, sendo, portanto, plenamente
constitucional. Para tanto, só há duas possibilidades de se efetuar a
renúncia:
a) Mediante compensação de forma a manter a realização das metas da
LDO e que irá executar no âmbito da Lei orçamentária anual, ou
Geração da despesa
Art. 16 e seu inc. I: toda criação, expansão ou aperfeiçoamento de
ação governamental que acarrete aumento da despesa será
acompanhado de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes”. Essa
exigência de estimativa do impacto deve vir acompanhada de
“declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem
adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e
compatibilidade com o PPA e com a LDO (inc. II). Assim, a despesa só é
possível se “couber” dentro do orçamento.
Como já apontado, a administração não pode limitar as despesas de
origem constitucional ou legal para o pagamento da dívida, podendo-
se concluir que o mais é passível de redução ou não pagamento.
Portanto, a limitação poderá recair sobre as obrigações contratuais
assumidas.
Conceitos dados em aula:
Na fase de documentação, há o empenho, que é o reconhecimento
da dívida e o compromisso com o pagamento.
Na fase de liquidação ocorre o exame da despesa para a liquidação
do débito pelos Tribunais de Conta.
Na fase de pagamento, tem-se a obrigação de pagar.
Despesa obrigatória de caráter continuado: conforme o art. 17,
são aquelas que devem ocorrer por um período superior a 2 exercícios,
estando todas as condições, para tanto, elencadas nesses mesmo
artigo. Ex: o Chefe do Executivo implanta um programa de combate à
dengue.
Restos a pagar:
• Considera-se dívida pública
• As despesas não pagas no seu ano financeiro podem ser pagas a
qualquer tempo antes de se verificar a prescrição qüinqüenal em
favor da Fazenda Pública.
• Segundo o professor Régis, não é certo que o cumprimento
dessas despesas tenha o Judiciário como intermediador para a
cobrança, uma vez que são despesas e devem ser pagas
naturalmente, como qualquer despesa.
• Art42 LRF – limites ao governante: não se pode gastar, a partir
de 1º de maio do último ano do mandato, o que não se pode
pagar enquanto empossado. Isso se concerne apenas às
obrigações não previstas do orçamento, para que não sejam
realizados serviços sem a devida disponibilidade financeira para
saudá-los.
• Art 36 lei 4320/64 – expedição de nota de empenho
22.14.1 Da transparência
A gestão fiscal deverá ser a mais absoluta transparência, com
ampla divulgação, cumprindo, até, o que dispõe o art. 37/CF →
Princípio da publicidade → requisito de eficácia e de moralidade
dos atos administrativos.
O juiz tem competência para acolher ação contra atos ou
comportamentos ilegais do Poder Público → Jamais impor
decisões políticas ao Executivo (ex.: determinar a construção de
creche).
Transparência é assegurada mediante:
o Planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias;
o Prestação de contas e respectivo parecer prévio;
o Relatório resumido da execução orçamentária;
o Relatório de gestão fiscal.
Poder Público deve incentivar a participação popular e a
realização de audiências públicas, durante os processos de
elaboração e discussão dos planos, leis de diretrizes
orçamentárias e orçamentos anuais.
25.2 Organização
25.7 Competência
26.6.1 Introdução
“Os dois últimos serão pagos pelo seu valor relam em moeda
corrente, acrescido de juros legais, em pretações anuais, iguais e
sucessivas, no prazo máximo de dez anos, permitida a cessão dos
créditos”.
Resolução 43 do Senado:
Art. 3º Constitui operação de crédito, para os efeitos desta
Resolução, os compromissos assumidos com credores
situados no País ou no exterior, em razão de mútuo,
abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição
financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços,
arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas,
inclusive com o uso de derivativos financeiros.
§ 1º Equiparam-se a operações de crédito: (NR) Renumeração
dada pela Resolução nº 19, de
05/11/2003
I - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder
Público detenha, direta ou
indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo
lucros e dividendos, na forma da
legislação;
II - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou
operação assemelhada, com
fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão,
aceite ou aval de títulos de
crédito;
III - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com
fornecedores para pagamento a
posteriori de bens e serviços.
§ 2º Não se equiparam a operações de crédito: (AC) Redação
dada pela Resolução nº 19, de
05/11/2003
I - assunção de obrigação entre pessoas jurídicas integrantes do
mesmo Estado, Distrito Federal ou
Município, nos termos da definição constante do inciso I do art. 2º
desta Resolução; (AC) Redação
dada pela Resolução nº 19, de 05/11/2003
II - parcelamento de débitos preexistentes junto a instituições não-
financeiras, desde que não
impliquem elevação do montante da dívida consolidada líquida.
(AC) Redação dada pela
Resolução nº 19, de 05/11/2003
OUTROS RESUMOS
Capítulo 18 – O Orçamento
Regina
6
Cabe aqui a imputação de responsabilidade de congressistas na utilização da cota de passagens aéreas.
quais a União responda, ou que, em nome desta,
assuma obrigações de natureza pecuniária.