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Há poucos dias, ativistas do movimento gay disseram num debate que a tradução
Revista e Atualizada da Sociedade Bíblica do Brasil de 1 Coríntios, capítulo 6, verso 9
(“Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados,
nem sodomitas”) está errada à luz do original grego.
A segunda palavra (arsenokoitai) é traduzida por “sodomitas” na RA, CNBB, EP, TB,
Figueiredo e na CIN; por “pessoas de costumes infames” na BJ; por “homossexuais”
na BP e CT; e por “devassos” na EPC. A Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)
engloba os dois casos sob a classificação geral de “homossexuais”. Já a paráfrase da
Bíblia Viva (BV) diz que os adúlteros, os efeminados e os sodomitas cometem
“pecados sexuais”.
Odayr Olivetti, um dos tradutores da NVI, explica que “a comissão procurou fazer
uma tradução clara, distinguindo bem os termos, e se respaldou não só na
abrangência geral dos termos gregos (que o pudor faz com que até os lexicógrafos
reduzam ao mínimo suas explicações), mas também no contexto geral das epístolas
paulinas. As expressões “passivos” e “ativos” salientam a abrangência dos que agem
como homens e dos que agem como mulheres no intercurso sexual não natural”. 2
Paulo não termina o assunto com a expressão “não herdarão o reino de Deus”, mas
com a espetacular notícia de que algumas de suas ovelhas em Corinto eram
homossexuais passivos ou ativos, mas deixaram de ser depois que foram alcançados
pela graça de Deus, o que pode acontecer também hoje em dia (1 Co 6.11).