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Tecnologia Química : 1º ano

Módulo 3

Movimento de Partículas Sólidas


num Fluido

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Prof: Fernando Sayal TQ – módulo 3: Movimento de Partículas num Fluido
Objectivos de Aprendizagem

• Reconhecer a importância da filtração;


• Identificar tipos de filtros a utilizar, malhas e processos
de limpeza de filtros;
• Explicar a necessidade do processo de centrifugação;
• Identificar diversos tipos de centrifugadoras, referindo
o respectivo funcionamento;
• Reconhecer a importância de sedimentação, referindo
as situações em que é utilizada;
• Justificar a importância do despoeiramento, referindo
as consequências para a saúde;
• Descrever os processos de retenção de poeiras e os
equipamentos utilizados.
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Conteúdos

• Filtração – necessidade, tipos de filtros, sua


substituição ou limpeza.
• Despoeiradores - necessidade do seu uso, métodos
utilizados, equipamentos e processos de
implementação
• Métodos de sedimentação – necessidade e processos
de execução.
• Centrifugadoras – finalidade e aplicação.

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FILTRAÇÃO

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Teoria da Filtração

• Filtração é a operação unitária pela qual se separa um sólido


de um líquido ou gás, mediante um meio poroso, que retém
o sólido mas deixa passar o fluido.
• No laboratório químico:
o a filtração simples de uma suspensão efectua-se muitas
vezes usando um funil cónico de vidro provido de um
papel de filtro,
o
Ou usando um funil de Buchner onde o líquido é aspirado
por uma bomba de vácuo.
• Na indústria, esta operação depara-se com as dificuldades
derivadas das grandes quantidades das suspensões e dos
sólidos em circulação;
• Formar-se-á durante o processo, uma camada espessa de
sólidos no filtro e, para alcançar uma elevada velocidade de
5 passagem de líquido, serão necessárias maiores pressões e
maiores áreas.

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FILTRAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO

Alimentação Na filtração, as partículas sólidas


suspensas num fluido são separadas
usando um meio poroso.

Ele separa as partículas numa fase


sólida (“bolo”) e permite o escoamento
Meio poroso de um fluido claro (“filtrado”).
Bolo

Filtrado

O fluido pode ser um gás ou um líquido.

O produto pretendido tanto pode ser o fluido clarificado como o bolo de


6partículas sólidas.

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Factores para escolha do tipo de equipamento

• Propriedades do fluido como viscosidade, massa


volúmica e propriedades corrosivas;
• Natureza do sólido como a dimensão e forma das
partículas, a distribuição granulométrica e as
características de empilhamento;
• Concentração de sólidos em suspensão;
• Quantidade de material a movimentar;
• O facto do material valioso ser o sólido, o líquido ou
ambos;
• Velocidade de filtração, caudal de filtração, pressões de
operação;
• Processo contínuo ou descontínuo (quando a resistência é
7 elevada)
• Facilidade de remoção do bolo.

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Factores de que depende a velocidade de filtração

• Queda de pressão entre a alimentação da suspensão e


o lado do meio filtrante;
• Área da superfície de filtração;
• Viscosidade do filtrado;
• Resistência do bolo de filtração;
• Resistência do meio filtrante;
• Entupimento dos poros do meio filtrante.

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O Meio Filtrante

• A função do meio filtrante é actuar como um suporte


para o bolo de filtração, ao passo que as camadas
iniciais do bolo constituem o verdadeiro filtro.
• No caso de materiais muito grosseiros, como feltro ou
flanela, algumas das partículas fina passam através do
leito e são aprisionadas no interior do próprio leito.
• O meio filtrante deve ser mecanicamente forte,
resistente à acção corrosiva do fluido e deve oferecer
uma resistência tão pequena quanto possível ao fluxo
do filtrado.
• Usa-se muitas vezes um material relativamente
grosseiro e não se obtém filtrado límpido enquanto
9 não se formam as camadas iniciais do bolo: o filtrado
turvo inicial deve, pois, ser recirculado.

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• Os Meios filtrantes mais importantes:

 Materiais tecidos, como: lã, algodão, linho, seda, vidro,


plásticos, fibras de nylon e metal.
 Chapas perfuradas de metal.
 Materiais granulares como: brita, areia, asbesto, carvão
e terra de diatomáceas.
 Sólidos porosos.
 Materiais de fibras entrecruzadas, sendo mais
largamente usado o papel poroso.

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O princípio da filtração industrial e o do equipamento de
laboratório é o mesmo, apenas muda a quantidade de material a
ser filtrado.

Bomba Filtro de O aparelho de filtração de laboratório


de vácuo Papel
mais comum é denominado filtro de
Büchner.
O líquido é colocado por cima e flui por
acção da gravidade e no seu percurso
encontra um tecido poroso (um filtro de
papel).
Como a resistência à passagem pelo meio
poroso aumenta no decorrer do tempo,
usa-se um vaso Kitasato ligado a uma
bomba de vácuo.

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Os filtros industriais podem ser feitos para funcionar:
em batelada (o bolo é retirado depois de cada partida) ou
em contínuo (o bolo sólido é retirado continuamente).

Os filtros podem funcionar:


- por acção da gravidade, o líquido flui devido à existência de
uma coluna hidrostática;
- por ação de força centrífuga;
- por meio da aplicação de pressão ou vácuo para aumentar
a taxa de fluxo.

O meio de filtração pode ser:


- um leito poroso de materiais sólidos inertes,
- um conjunto de placas, marcos e telas numa prensa,
- um conjunto de folhas duplas dentro de um tanque,
- um cilindro rotativo mergulhado na suspensão,
12 - um conjunto de discos rotativos mergulhados na suspensão.
- um conjunto de bolsas ou cartuchos dentro de uma carcaça.

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Tipos/Modelos de Filtros

• Areia
• Sólido poroso
• Prensa
• Folhas
• Rotativo
• Sacos

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Filtros de Areia (leito fixo)

Entrada do líquido Partículas sólidas separadas

Deflector
Partículas finas
Placa metálica
perfurada ou com Partículas grossas
ranhuras

Líquido clarificado

O tipo de filtro mais simples.


Usa-se no tratamento de água potável, quando se tem grandes volumes de líquido e
pequenas quantidades de sólidos.
A camada de fundo é composta de cascalho grosso suportado por uma placa
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perfurada ou com ranhuras. Acima do cascalho é colocada areia fina que actua
realmente como filtro.
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Filtro de Cerâmica Porosa

• O tratamento das soluções de todos os processos,


metalúrgicos, químicos, industriais, tóxicos exige o
equipamento mais eficiente e de menor custo
benefício.
• O recipiente consiste numa estrutura inferior com um
disco na parte superior.
• Os cartuchos cerâmicos são suspensos a partir de placa
colectora superior. Os cartuchos são facilmente
destacáveis

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Aplicações:

Purificação de Soluções Electrolíticas


• Purificação da solução de electro extracção de metais
• Recuperação de sólidos de metais preciosos
• Remoção de sólidos nos circuitos de reciclagem da solução

Limpeza de águas industriais para arrefecimento e águas


residuais
• Filtração de águas com o objectivo de retornar partículas
sólidas de valor ao ciclo de produção
• Filtração de overflow do espessador de concentrado para
devolver a fracção valiosa de componentes em suspensão
(sólidos) para posterior desidratação.

17 Filtração de Álcalis e Ácidos nas Misturas


• A limpeza do ácido sulfúrico e o seu retorno ao processo

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Limpeza dos gases quentes de aerossóis sólidos
Filtro poroso - plástico
• Espessamento de suspensões até 40-60% usando o
método húmido de purificação de gases e posterior
desidratação, incluindo a produção subsequente de
paletes ou de briquetes rolados. Isto permite a redução
de áreas usadas como poços de lama.
Filtro poroso de bronze • Limpeza de soluções de Amina nas indústrias de
produção de gás.

Indústrias
• Mineral e Hidrometalurgia
• Química, Industrial e Petroquímica
Filtro cerâmico de espuma de:
Carboneto de Zircónio, • PETRÓLEO-GASOLINA com composição mais alta de sulfureto de
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Carboneto de Silicone e
alumina
hidrogénio (ácido sulfídrico)

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Filtro Prensa

Um dos tipos mais usados na indústria.


Usam placas e marcos colocados em forma alternada.
Utiliza-se tela (tecido de algodão ou de materiais
sintéticos) para cobrir ambos os lados das placas.

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• Os Filtros-prensa foram introduzidos por volta do século XIX e
foram utilizados por muitos anos principalmente na separação
de lamas.
• Eram considerados máquinas de trabalho intensivo,
consequentemente não encontraram muita aceitação nas
indústrias de processo sofisticada e altamente automatizada.
• Isto ocorreu até meados dos anos 60 quando esta imagem
mudou pela introdução de mecanismos avançados, orientados
para obter bolos de baixa humidade que descarregam
automaticamente e permitem a lavagem do pano no fim do ciclo
de filtração.
Filtro de tecido

Alimentação

20 Filtrado

Marco
Bolo Placa
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É o modelo mais simples dos filtros de pressão e o de maior utilização
industrial.
Consiste num conjunto alternado de quadros ocos nos quais o bolo é
retido durante a operação de filtração e placas maciças que possuem
superfícies preparadas com sulcos ou furos que permitem a drenagem
do filtrado.

O meio filtrante, geralmente um


tecido, recobre ambas as faces
da placa. O conjunto de placas e
quadros é apoiado, de modo vertical,
sobre um par de suportes paralelos
fixos na estrutura do filtro.

Para proceder à operação de filtração, as placas e quadros pendurados no


suporte são comprimidos entre duas placas extremas, uma fixa e outra
21 móvel accionada por um macaco hidráulico.

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Num filtro prensa a descarga do filtrado pode ser do tipo
fechado ou do tipo aberto.
No tipo fechado existe um canal por onde passa o
filtrado que percorre todo o comprimento do filtro até
um tudo de descarga na extremidade;
No tipo aberto o filtrado é drenado através de torneiras
individuais localizadas em cada placa, para um
reservatório na parte inferior do tubo.

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Filtro-Prensa

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A alimentação é bombeada para a prensa e flui pelas armações.

Os sólidos acumulam-se como “bolo” dentro da armação.

O filtrado flui entre o filtro de tecido e a placa pelos canais de passagem e sai
pela parte inferior de cada placa.
A filtração prossegue até que o
Filtro de tecido
espaço interno da armação esteja
Alimentação completamente preenchido com
sólidos.

Nesse momento a armação e as


Filtrado
placas são separadas e o bolo é
retirado. Depois o filtro é remontado
e o ciclo repete-se.
Moldura
Bolo Placa

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Vantagens:
• Construção simples, robusta e económica;
• Grande área filtrante por área de implantação;
• Flexibilidade (pode aumentar ou diminuir o numero de
elementos para variar a capacidade);
• Não tem partes móveis;
• Trabalha com altas pressões;
• Manutenção simples - Apenas substituição periódica das lonas.

Desvantagens:
• - Operação intermitente,
• - Alto custo de mão-de-obra,
• - Lavagem do bolo imperfeita e demorada.

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Filtro de folhas

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Filtros de “folhas”

Foi projectado para grandes volumes de líquido e para ter uma lavagem
eficiente.
Cada folha é uma armação de metal oca coberta por um filtro de tecido.
As folhas são suspensas num tanque fechado.

A alimentação é introduzida no tanque e passa


pelo tecido a baixa pressão.
O bolo deposita-se no exterior da folha.
O filtrado flui para dentro da armação oca.
Após a filtragem, ocorre a limpeza do bolo. O
líquido de lavagem entra e segue o mesmo
caminho que a alimentação.
O bolo é retirada por uma abertura do casco.
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Vídeo Filtro Prensa

32 http://www.youtube.com/watch?v=6Nxkb-iEaBc

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Vídeo Filtro Prensa

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Vídeo Filtro Prensa

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Vídeo Filtro Prensa

35 http://www.youtube.com/watch?v=BhmgmPY1gbs

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Se não visualizou os vídeos, pode fazê-lo nos seguintes endereços web

• http://www.youtube.com/watch?v=3egFDlWXH-w&NR=1
• http://www.youtube.com/watch?v=stmcTY8WgNU
• http://www.youtube.com/watch?v=3xTe0NAe4lw&NR=1

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Filtros a Vácuo

• São filtros que operam sob baixa pressão, basicamente


inferiores à atmosférica, utilizando-se como principal
ferramenta a bomba de vácuo por ser a fonte motriz de
filtração.
• Podem ser de operação continua ou descontínua.
• Os filtros a vácuo contínuos possuem elevada
capacidade de processamento, maior que as demais
espécies de filtros
• Os filtros a vácuo descontínuos têm uma utilização
bastante restrita e específica.

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Vantagens

• Operação contínua
• Produção de filtrados relativamente limpos
• Acesso conveniente ao bolo para actividades do
operador ou retirada de amostras
• Controlo fácil de parâmetros operacionais tais como
relações da espessura ou da lavagem do bolo
• Grande variedade de materiais de construção

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Desvantagens:

• Humidade residual mais elevada no bolo

• Uma construção de difícil vedação para permitir a


presença de gases

• Difícil de limpar (principalmente no grau necessário para


aplicações com produtos alimentares)

• Consumo elevado de potência pela bomba de vácuo

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Filtros contínuos a vácuo

Classificam-se em três categorias: Tambor rotativo, disco


(ou vertical) e horizontais (tipos de mesa, de bandeja e
de correia).
Características:
• Possuem uma superfície filtrante na qual se deposita o
bolo por efeito do vácuo no ponto de entrada da polpa,
• O bolo retira-se por meios mecânicos ou pneumáticos,
• Apresentam uma válvula que regula a pressão abaixo da
superfície de filtração nos diferentes estágios de seu
percurso permitindo a drenagem do filtrado, lavagem e
secagem do bolo.
• O ciclo de operação deste filtro é, na realidade, uma
série de etapas descontínuas muito próximas que
40 simulam um processo contínuo.

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Filtros de Tambor Rotativo a Vácuo

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Página do fabricante RPA

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Filtro de tambor rotativo contínuo a vácuo.
Ciclo de lavagem
Ele filtra, lava e descarrega o bolo de
forma contínua. Secagem
Secagem

O tambor é recoberto com um meio


Descarga
de filtração conveniente. Uma válvula Carga da
automática no centro do tambor suspensão Válvula automática

activa o ciclo de filtração, secagem, Suspensão Formação do bolo


lavagem e retirada do bolo.

O filtrado sai pelo eixo de rotação.


Existem passagens separadas para o
filtrado e para o líquido de lavagem.
Há uma ligação com ar comprimido que se
utiliza para ajudar a raspadeira de facas na
retirada do bolo
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Filtro de tambor a vácuo, rotativo e contínuo.

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Filtro de tambor a vácuo, rotativo e contínuo.

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Vídeo - Filtro Rotativo a Vácuo (Produção de açúcar)

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http://www.youtube.com/watch?v=stmcTY8WgNU

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Vídeo Filtro Rotativo a Vácuo

48 Outro vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=OfPc8bjTrh8&feature=related

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Filtro contínuo de discos rotativos
É um conjunto de discos verticais que
giram num eixo de rotação horizontal.
Este filtro combina aspectos do filtro
de tambor rotativo a vácuo e do filtro
de folhas.
Cada disco (folha) é oco e coberto com
um tecido e é em parte submerso na
alimentação. O bolo é lavado, seco e
raspado quando o disco gira.

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Filtro contínuo de discos rotativos
•A alimentação é feita pelo fundo
•São usados geralmente em aplicações resistentes, tais como,
secagem nas indústrias de mineração de ferro, hematite, carvão,
alumínio, etc.
•O número de discos pode chegar aos 15 nas máquinas maiores
(300 m2)
•O espaço ocupado pelos filtros de disco é mínimo e o custo por
metro quadrado de área de filtração é o mais baixo

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Filtro contínuo de discos rotativos
Sequência operacional:
- Formação de vácuo na parte inferior
- Formação do bolo suspenso nos discos
- Secagem do bolo por vácuo
- Descarga do bolo
- Zona morta (recomeço do processo)

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Vídeo - Filtro Contínuo de Discos Rotativos

http://www.youtube.com/watch?v=fRhLqjAHT
Dk&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=ta0vRzEH
MJ4&NR=1
52 Outro vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=TqoKVCEeyPg&feature=rel
ated
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Filtro de Correia Horizontal

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Filtro de Correia Horizontal

http://www.youtube.com/watch?v=O6SVHhRbwWM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=drIlE5w0mdE&NR=1

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Filtro de bandejas inclináveis

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Filtro de Sacos

O filtro de sacos é de operação contínua e


limpeza automática. É composto por uma
armação metálica envolvida por sacos (ou
cartuchos).
O gás “sujo” é forçado a passar através dos
sacos, do exterior para o interior, ficando as
partículas retidas na sua superfície.
O gás limpo passa para o interior do filtro e
em seguida enviado ao exterior.
O processo de limpeza do cartucho é feito
automaticamente através de pulsos de ar
comprimido, do interior para o exterior.

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Teoria Básica da
Filtração !!!!!!

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1. Meios de filtração

O meio para filtração industrial deve:

• Retirar o sólido a ser filtrado da alimentação e gerar um


filtrado claro.

• Permitir que o bolo e o filtro sejam removidos de forma


fácil e limpa.

• Ser forte o suficiente para não rasgar e ser


quimicamente resistente às soluções usadas.

• Para que a taxa da filtração não fique muito lenta os


59 poros devem ficar livres e não ser obstruídos.

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2. Auxiliares de Filtração

Certos compostos podem ser usados para ajudar a


filtração, como a terra de diatomáceas que é formada
principalmente por sílica, a celulose de madeira e outros
sólidos porosos inertes.
Esses compostos podem ser usados de vários modos:

1. Como pré-cobertura antes da filtração


O auxiliar de filtração prevenirá os sólidos gelatinosos de
entupir o filtro e também permitirá um filtrado mais claro.
2. Como pré-cobertura antes da filtração num filtro
rotativo. Posteriormente, as fatias finas desta camada são
cortadas junto com o bolo.
3. Acrescentados à alimentação antes da filtração
Aumenta a porosidade do bolo e reduz a resistência à
60 passagem durante a filtração.

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DESPOEIRAMENTO
CICLONE
FILTRO DE MANGA
PRECIPITADOR ELECTROSTÁTICO
LAVADOR DE GASES
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Introdução
Um problema sério em muitas indústrias que lidam
com material particulado em correntes gasosas,
como numa siderurgia, em termos de poluição do ar
e de saúde pública, são as emissões desses gases
para a atmosfera e a consequente emissão de
partículas.

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Fontes de emissão de poluentes (Siderurgia)
• Preparação de matéria prima;
• Queima do gás de alto-forno;
• Peneiramento e transferência por correia;
• Movimentação de veículos em vias não pavimentadas;
• Processamento de escória;
• Vazamento do gusa;
• Carregamento do alto forno (topo).

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Características das Emissões (Siderurgia)

Como material particulado:


Ferro, sílica, óxidos metálicos.

Como gases:
Monóxido de carbono, dióxido de enxofre, gás
sulfídrico, formaldeído, amónia, hidrocarbonetos,
fluoretos,...

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Alto Forno

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A separação partículas sólidos do mistura gasosa é feita por
processos recorrendo a um ou a dois equipamentos:
ciclone
filtro de manga
saparador electrostático
lavador de gases

Esses processos têm como objectivos:


 limpeza de gases;
 evitar a poluição;
 segurança do processo;
 recuperar material arrastado.

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Ciclone

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• Os ciclones estão entre os antigos tipos de
equipamentos da indústria de material particulado.
• São usados em diferentes processos industriais, como
processos físicos de separação, como separador gás-
sólido, a sua estrutura é simples e possui baixo custo
de operação.
• Os ciclones podem ser adoptados para operar em
condições extremas, como altas pressões, altas
temperaturas e gases corrosivos, desde que usado o
material apropriado na sua construção.
• No seu funcionamento é estabelecido um movimento
rotativo para o fluido a ser purificado, de modo que a
força centrífuga aplicada às partículas, sendo maior que
as forças de coesão molecular e da gravidade, faz com
que as mesmas sejam lançadas de encontro às paredes,
retirando-as da massa gasosa em escoamento.
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Funcionamento

O ciclone é constituído por um cilindro vertical


com fundo cónico. As suas características
determinantes são:
- a secção de entrada,
- o corpo cilíndrico
- a transição cónica a partir do corpo
cilíndrico até ao ponto de saída do pó

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• A mistura de gás e partículas sólidas entra
tangencialmente pela parte superior.
• A entrada confere à mistura um movimento
giratório, o que desenvolve uma força centrífuga
que arrasta as partículas para a parede, de forma
radial, fazendo com que elas caiam no fundo, e
saiam pela parte inferior do cone.
• Ao entrar, o ar do ciclone flui para baixo numa
espiral ou vórtice adjacente à parede.
• Quando o ar se aproxima do fundo cónico, volta a
subir em espiral no centro do cone e do cilindro.
• Por conseguinte, forma-se um duplo vórtice onde
as espirais descendentes e ascendentes giram em
mesmo sentido.

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• Um ciclone é um dispositivo de precipitação em que as
forças que arrastam a partícula para fora têm altas
velocidades tangenciais,
• Assim geram-se forças várias vezes superiores à força
da gravidade;
• Os ciclones permitem separações muito mais efectivas
que as câmaras de precipitação por gravidade.
• Os limites de operação dos ciclones são temperaturas
de 1000 °C e pressões de 500 atm (Perry, 1984)

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• Os principais parâmetros relacionados com o projecto
e desempenho dos ciclones são
• o diâmetro médio de partículas,
• a queda de pressão
• a eficiência da recolha das partículas.

• Esses parâmetros são influenciados por:


• caudal de entrada de sólidos,
• tipo de fluido,
• natureza das partículas que serão separadas,
• geometria do ciclone, entre outras.

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Separador ciclónico ou ciclone

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A eficiência dos ciclones é afectada por
 factores dimensionais característicos do gás,
 propriedades do pó.

Vantagens
 Baixa potência consumida;
 Baixo custo;
 Não existe uma temperatura dos gases que limite o uso.
 Adequado para separar partículas de dimensões > 5 μm

Desvantagens

 Baixa eficiência de separação para partículas de dimensão < 5 µm


 Possibilidade de entupimento pela presença de altas
concentrações de pó, principalmente os de menor diâmetro, mais
higroscópicos e mais pegajosos;
75  Problema de abrasão.

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O arranjo de vários ciclones simples em paralelo constitui
uma unidade chamada multiciclone.

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Vídeo - Ciclone

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Vídeo - Ciclone

78 http://www.youtube.com/watch?v=fksCgBQeENs

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Vídeo - Ciclone

79 http://www.youtube.com/watch?v=TJ_I8Sx8T38&feature=related

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Vídeo - Ciclone

80
http://www.youtube.com/watch?v=hOi-CUx4v6U&feature=related

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As partículas de menores dimensões são captadas
por outro equipamento, como:

• Filtro de Tecido (manga).


• Precipitador Electrostático
• Lavador de Gases

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Filtro de Mangas

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Sistema de Despoeiramento de uma Caldeira

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A mistura sólido–gás passa através de um filtro, onde o
sólido fica retido.

A filtragem nos filtros de manga é realizada pela passagem


do ar carregado de partículas através de mangas onde
partículas ficam retidas na superfície e nos poros dos
fios.

Formando um bolo que actua também como meio filtrante.

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O meio filtrante
são mangas de
tecido ou
feltro.

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1. Os gases entram numa
câmara de separação,
onde as partículas mais
pesadas são separadas
por gravidade.

2. Então, o gás já menos


contaminado passa do
lado externo para o
interno das mangas
filtrantes, que reterão a
poeira.

3. O gás limpo é
direccionado para a
parte superior do filtro,
o plenum.

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A limpeza das mangas é feita por um pulso de ar
comprimido, em sentido contrário ao da filtração.

Suporte para a manga

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Vantagens
 Tem grande eficiência (até 99,9%) – podem separar partículas de
diâmetro < 1mm
 Sendo o uso deste tipo de filtro, um processo a seco, não haverá
geração de águas residuais.
 Perda de carga não excessiva;
 Resistência a corrosão

Desvantagens:
 Necessita de grande espaço para tratar grandes caudais de gases
 Alto custo
 Baixa resistência a altas temperaturas
 Empastamento devido a poluentes condensáveis e pegajosos

89  Possibilidade de entupimento

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A escolha dos Filtros de Mangas para controle de emissão
de particulados depende de diversos factores:

 Aplicação
 Acidez do gás de processo e materiais a serem recolhidos
 Eficiência requerida na separação das partículas
 Temperatura de operação
 Necessidade de recolher metais e toxinas como Chumbo,
Cádmio, Zinco, Dioxinas, HCl e Mercúrio
 Partículas Finas (PM10, PM2.5)

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Vídeo - Filtro de Mangas

91 http://www.youtube.com/watch?v=pGFIbKhLuLo&NR=1

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92 http://www.youtube.com/watch?v=y0bB7WGpN1g&NR=1

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Precipitador Electrostático

Categoria: MINERAÇÃO
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Categoria: MINERAÇÃO

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Categoria: MINERAÇÃO

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“A mais importante operação de filtragem é feita a seco,
nos precipitadores electrostáticos”.

O Filtro Electrostático é um equipamento que limpa gases


usando forças eléctricas para remover partículas sólidas
ou líquidas da corrente de gás.

O gás é ionizado quando passa pelos condutores carregados


com voltagens opostas.

Cerca de 80% das partículas em suspensão no gás, que


passam pelo campo eléctrico, adquirem carga positiva e
20% carga negativa.

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O material ionizado adere à placa colectora ligada à terra.

Os batedores (vibradores) têm a função de retirar o


aglomerado de partículas que aderiu, caindo pelas
tremonhas para remoção.

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Vantagens:
• Trata grandes caudais e a altas temperaturas;

• Alta eficiência de recolha para partículas pequenas

• Baixo custo de operação e manutenção;

Desvantagens:
• Custo inicial elevado;

• Requer grande espaço físico;

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Lavador de Gases

Utilizados para captação de materiais particulados


e/ou gases, por via húmida.
Tem como princípio de funcionamento o contacto
das partículas e/ou gases com um líquido de
lavagem, que é recirculado até um nível pré-
determinado de saturação.
Os materiais particulados são precipitados em
tanque próprio e posteriormente tratados ou
devolvidos ao processo.
A água introduzida na garganta é atomizada em
função da alta velocidade do gás, colidindo e
capturando o material particulado.
Na sequência, o ar passa por um separador de gotas
(ciclone), onde a água é separada e segue para o
105 circuito de recirculação de água.

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CENTRIFUGAÇÃO

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Centrifugação
Processo de separação em que a força centrífuga relativa gerada
pela rotação da amostra é usada para:

1. Sedimentar sólidos em líquidos,

2. Separar líquidos imiscíveis de diferentes densidades.

Princípio Físico
A força centrífuga relativa (FCR) é gerada quando uma partícula
ou conjunto de partículas é sujeito a um movimento circular

Quando a partícula é forçada a descrever uma trajectória circular


(adquirindo uma velocidade angular), é exercida na partícula
uma força de modo a tentar continuar na trajectória rectilínea.

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Quanto maior for o número de rotações por segundo, maior será a
força centrífuga aplicada na partícula.

Quanto maior for o raio da circunferência descrita pela partícula,


maior será a força centrífuga

A força centrífuga relativa é calculada da seguinte forma:

R - raio de centrifugação (centímetros)


N - velocidade de centrifugação (rotações por minuto - rpm)

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Vídeo centrífuga:
• http://www.youtube.com/watch?v=W0Y8ST5C1AA&feature=related
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SEDIMENTAÇÃO

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SEDIMENTAÇÃO
Processo de separação sólido-líquido que tem como
força propulsora a acção da gravidade.

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Classificação dos Processos de Sedimentação

► Sedimentação discreta (Tipo 1)


► Sedimentação floculenta (Tipo 2)
► Sedimentação em zona (Tipo 3)
► Sedimentação por compressão (Tipo 4)

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• Sedimentação discreta (tipo I): As partículas permanecem com
dimensões e velocidades constantes ao longo do processo de
sedimentação, não ocorrendo interacção entre as mesmas
• O tipo de partículas que são caracterizadas por este movimento são as de
saibro e areia. Não há variação da massa da partícula ao longo do
percurso. Trajectória rectilínea.

• Sedimentação floculenta (tipo II): a velocidade de


sedimentação das partículas não é constante, uma vez que as
mesmas se agregam ao longo do processo de sedimentação.
• Com o aumento do diâmetro das partículas, há um maior aumento da
sua velocidade de sedimentação ao longo da altura.
• Este tipo de decantação acontece na camada superior da decantação
primária devido à remoção dos sólidos em suspensão no esgoto bruto, na
camada superior de decantadores secundários e na remoção de flocos
químicos de águas e efluentes

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• Decantação Retardada ou zonada (tipo III): é caracterizada por
uma diminuição gradual da velocidade de decantação das
partículas em suspensão.

• Este fenómeno deve-se a um aumento de concentração de partículas e


devido à perturbação que o movimento de uma partícula provoca na
vizinha, retardando o seu movimento. Pode-se então formar um
agregado denso de partículas que decantam em conjunto deixando acima
deste o líquido com o aspecto de limpo.
• Este fenómeno ocorre no manto de lamas (Sludge Blanket) dos
decantadores de água floculada ou de decantadores secundários em
processos biológicos de tratamento de efluentes.

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Sedimentação por Compressão (tipo IV): Este tipo de
fenómeno ocorre quando a densidade de partículas é tal que
a decantação se faz por densificação, apenas pelo peso das
partículas que estão acima e das que vão sendo adicionadas a
estas.
 É um fenómeno semelhante à consolidação das argilas saturadas, que
sofrem adensamento por um aumento de tensões efectivas (tensão
entre partículas) e diminuição de tensões neutras (tensão no líquido),
através da drenagem progressiva da água intersticial devido ao peso do
maciço argiloso. Drenagem essa que é dificultada pelo muito baixo
coeficiente de permeabilidade da argila (k = 10 − 9cm / s), obrigando a um
adensamento bastante lento (vários anos).

 Este processo ocorre no fundo dos decantadores secundários e nos


espessadores de lamas de tratamento de água ou efluentes.

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Equipamentos de
controle de emissão
no contexto da
Produção + Limpa

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último
slide
é
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Melhor!
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