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Liderança e Empreendedorismo T4
Liderança e Empreendedorismo T4
EMPREENDEDORISMO
LIDERANÇA E EMPREENDEDORISMO
IMES
Instituto Mantenedor de Ensino Superior Metropolitano S/C Ltda.
William Oliveira
Presidente
MATERIAL DIDÁTICO
Equipe
Ana Carolina Paschoal, Andrei Bittencourt, Augusto Sansão, Aurélio Corujeira, Fernando Fonseca,
João Jacomel, João Paulo Neto, José Cupertino, Júlia Centurião, Lorena Porto Seróes, Luís Alberto Bacelar,
Paulo Vinicius Figueiredo e Roberto Ribeiro.
Imagens
Corbis/Image100/Imagemsource
© 2009 by IMES
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida
ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, tampouco poderá ser utilizado
qualquer tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem a prévia autorização, por escrito, do
Instituto Mantenedor de Ensino Superior da Bahia S/C Ltda.
2009
Direitos exclusivos cedidos ao Instituto Mantenedor de Ensino Superior da Bahia S/C Ltda.
www.ftc.br
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LIDERANÇA E EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
1 TEMA 1 – UM ESTUDO SOBRE A LIDERANÇA ........................................................................................ 4
5 REFERÊNCIAS............................................................................................................................................ 45
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LIDERANÇA E EMPREENDEDORISMO
Se a tecnologia está ocupando o mercado de trabalho, o que eu posso fazer para não perder
meu espaço?
Bom o primeiro passo é perceber o processo. Existe uma habilidade que a tecnologia ainda
não pode concretizar, que é a capacidade de analisar sistematicamente um fato, refletir sobre este,
avaliar seus desdobramentos e principalmente propor algo novo.
Sendo assim, vemos que ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho passa por um mo-
mento de reestruturação que exclui pessoas, ela clama por profissionais que tenham a capacidade
de inovar. Ou seja, como a inovação não ocorre em maquinas, logo se amplia a busca de pessoas
com esta capacidade.
Os empresários já perceberam que a capacidade inovadora é condição primeira no processo
de aumento de indicadores de eficiência e eficácia empresarial. Afinal, podemos ver a tecnologia
não garante diferencial competitivo significativo, ou seja, devido ao acesso fácil aos meios de pro-
dução, o que trará benefícios reais são aspectos mais subjetivos.
Cada vez mais as organizações investem nas pessoas, se tornando o foco contemporâneo da
gestão organizacional. Contudo vale a pena ressaltar que esta perspectiva não significa dizer que
todas as pessoas estarão incluídas neste foco. Na realidade, existe um numero pequeno de pessoas
que se enquadra no perfil profissional contemporâneo. Pois o que se busca hoje é por profissionais
capazes de inovar, de empreender, ou seja, de realizar coisa que as maquinas não podem executar.
Frente este fato, o mercado está cada vez mais seleto exigindo profissionais diferenciados,
não se pode fechar os olhos para o desdobramento disto, que é:
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O que fazer então com esta massa de desempregados funcionais? Há espaço para todos?
Em sala assistimos a uma entrevista de Waldez Ludwing, que comentou sobre o mercado de
trabalho. Este consultor de empresa mostra mudanças no mercado de trabalho, no que tange o
perfil do profissional do futuro. Através de metáfora, ele compara os agentes do mundo laboral
com arquétipo de figuras da escravidão, são eles:
• Senhor de engenho – “O dono” da empresa. Representa a macro gestão da instituição que não
se envolve com a execução, com a operacionalização da empresa.
• Capataz – “O gerente” da empresa. Responsável em coordenar o trabalho dos funcionários para
que sejam executadas as tarefas necessárias para o funcionamento da empresa de acordo com
que espera o senhor de engenho. Não desenvolve uma atividade especifica, logo não sabe execu-
tar nada, porém com grande capacidade de manter um controle sobre as atividades alheias.
• Escravo – “O funcionário”. O corpo operacional da empresa, os
executores das tarefas essenciais que por não darem significância ao
trabalho que executa, se tornam funcionários acomodado, limitado
e mediano. Em geral vêem o trabalho com algo cansativo e de pou-
co valor e como consequência não se desenvolve em quanto ser
humano.
Ludwing expõe que não haverá mais espaço no mercado para o capaz, ou o gerente que não
domina a execução do trabalho em todas as etapas; muitos menos para os escravos, ou funcionários
que não tenha um perfil de empreendedor ou de intraempreendedor.
Ou seja, cada vez mais características como autonomia, segurança, visão complexa do siste-
ma, pró-atividade, dinamismo, capacidade inovadora, persistência, dentre outras são critérios de
definição do funcionário que irá desempenhar um papel importante na instituição.
Precisamos despertar para o que chamo de “real significância do trabalho”. Que é desenvol-
ver a capacidade de compreender o quanto o trabalho que executa é importante na vida e na reali-
zação das pessoas, de forma geral. Quanto desenvolvida tal capacidade, que possibilita a pessoa dá
um propósito a sua existência, sua funções se tornam tão prazerosas quanto necessárias, e assim
chega a se tornar mais competitiva e contente enquanto profissional.
Para que isso seja possível é crucial que a pessoa direcione sua vida profissional na direção
em que acredita ser a melhor para si própria. É o que chamaremos de gostar do que faz, que é bem
diferente de fazer o que gosta.
As pessoas gostam de fazer inúmeras coisas, mas nem todas são viáveis, seja por questões
operacionais, econômicas, físicas ou culturais. Mas gostar do que faz, nos dá idéia de que uma vez
observados todos estes fatores a pessoa descobre o quão bom é realizar seu trabalho.
Por isso acreditamos que não se delega a carreira profissional à empresa. Ou seja, é você
quem deve planejar e executar as tarefas necessárias para se desenvolver profissionalmente. Lud-
wing afirma literalmente que “as empresas não são desenvolvedoras de carreiras, elas desenvol-
vem negócios onde sua carreira é importante”. No dia em que sua carreira não for mais necessária
ela não fará uso de seus dotes.
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Existem algumas frases de impactos, que vimos em sala, que acho importante mencionar aqui:
O AGRICULTOR FOI SUBSTITUÍDO POR UM ROBÔ E NA FABRICAÇÃO DO AU-
TOMÓVEL SUBSTITUÍRAM QUATRO OPERÁRIOS POR UM ROBÔ
Síntese
O mercado mudou e esta cada vez mais exigindo do profissional uma postura empreendedo-
ra. A tecnologia está avançando a passos largos e conseqüentemente está usurpando espaço no
mercado de trabalho, em função disto é cada vez maior o fim de determinados trabalhos e o sur-
gimento de outros, porém estes novos postos que surgem são destinados aos que possuem capaci-
dade inovadora, ou seja, uma postura empreendedora.
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Você saberia dizer qual (is) as diferença (s) entre desenvolvimento e crescimento econômico?
Se você já consegue perceber que são termos diferentes já é um grande avanço, pois a maio-
ria das pessoas que se formaram na década de 1970, não concebe isso tão facilmente. E mesmo sen-
sibilizados para esse aspecto ainda é difícil aplicar esse conceito na integra.
Temos que crescimento econômico, apesar de ser um indutor do desenvolvimento, ele por si
só não garante melhoria da qualidade de vida da população, logo não podem ser considerados
como termos sinônimos.
Nesta disciplina adotamos como conceito de Gilson Batista Oliveira para definir o desenvol-
vimento. Este autor postula que:
Então vemos que existem aspectos, antes inobservados, que devem ser considerados para se
propor o caminho para o desenvolvimento de um local. E em função desta perspectiva somado a
uma serie de discussões encabeçadas pelo movimento ambientalista, surge a definição de desen-
volvimento sustentável.
Esta terminologia tem como perspectiva mais disseminada a que a geração atual não deve con-
sumir os recursos de forma a impossibilitar que gerações futuras se beneficiem destes. O que nos
leva a uma perspectiva mais conservadora do meio, não só natural, mas social e econômico também.
A sustentabilidade está formada por um tripé que busca equilibrar a perspectiva social, a e-
cológica e a econômica de forma a criar meios de desenvolvimento que não algum destes aspectos
em detrimento de outro.
O empreendedorismo traz a perspectiva de equilibrar esses aspectos, sempre que os progra-
mas de fomento e incentivo a esta atividade sejam construídos no ímpeto de formar empreendedo-
res socialmente responsáveis.
Visto que pela característica da “destruição criadora”, aspecto conseqüente de uma atividade
empreendedora real e efetiva, o mercado e o arranjo produtivo se reestruturam. Sendo assim, os
empreendedores colocando no mercado novos produtos que atendam as necessidades da socieda-
de de forma mais eficiente, ao mesmo tempo em que atendem as exigências de desenvolvimento
sustentável, se tornam grande viés de desenvolvimento para o país.
Através do Monitor Global do Empreendedorismo (GEM), O Brasil sempre esteve entre os 10
paises mais empreendedores, tendo apenas uma queda em 2008 quando ficou em 13ª lugar. O que
não significou em queda dos índices desta atividade no país. Na verdade a pesquisa realizada pela
GEM incluiu outros paises que ficaram a frente do Brasil.
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Os principais indicadores vistos no GEM executivo de 2008 para o Brasil nos mostram os
seguintes dados:
Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial, do Brasil foi de 12%, o que significa que de
cada 100 brasileiros em idade adulta (18 a 64 anos) 12 realizavam alguma atividade empreen-
dedora. O que faz do Brasil o terceiro lugar entre os paises do G-20.
A atividade empreendedora vem mostrando um aumento no índice de sobrevivência em
relação ao tempo. Em 2008 temos 24% de empreendedores nascentes para 76% de empreende-
dores novos. Em 2001 esta taxa era 65% para empreendedores nascentes para 35% de empreen-
dedores novos.
A proporção de empreendedores por oportunidade em relação a empreendedores por ne-
cessidade também é importante para avaliar esta atividade, pois nos mostra a solidez dos mer-
cados. Já que a quantidade de empreendedores por necessidade denuncia que há uma exclusão
no mercado de trabalho que levam as pessoas a empreenderem. No Brasil esta taxa e de 2 para 1
(dois por oportunidade para cada um de necessidade). Apesar de ser uma melhoria, devemos
chegar a índices melhores, como o Francês que é de 8,35 empreendedores por oportunidade pa-
ra cada um por necessidade.
Apenas 3,3 % dos empreendedores brasileiros julgam seu produto inovador. Este índice é
muito baixo e refleti pouca reorganização do mercado nacional.
Somente 1,7% usam tecnologias disponíveis a menos de 1 anos. Ou seja, pouco incremen-
to tecnológico.
Somente 0,5% direcionam sua produção para a exportação.
Apenas 0,6% dos brasileiros adultos desenvolveram atividades que lhes permitiram se-
rem classificados como intraempreendedores.
Vemos que o Brasil, mesmo sendo considerado no geral um país com grande capacidade
empreendedora, tem um vasto campo no qual pode se desenvolver neste aspecto. Nosso país deve
sim buscar alargar estes índices visto que, segundo DOLABELA, “Não há crescimento econômico
sem empreendedorismo, não há nenhuma possibilidade de crescimento econômico e desenvolvi-
mento social sem o empreendedorismo”
Síntese
Vemos como o empreendedorismo é importante para o desenvolvimento, conceito diferente
ao de crescimento econômico, do país. Conhecemos alguns índices que vão caracterizar a atividade
empreendedora brasileira.
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Logo, quando um discente optar pela carreira de empreendedor se faz necessário vim de-
senvolvendo as habilidades que citamos acima. Que além de ser característica de um em-
preendedor, são também pré-requisitos básicos para qualquer profissional bem sucedido.
Porém, autores apontam que a educação brasileira em geral não tem uma formação que auxi-
lie na escolha de uma carreira empreendedora. Em geral, os brasileiros são educados a ser funcio-
nário, colaborador, trabalhador de uma organização.
Se perguntarmos a qualquer adolescente qual a profissão que ele deseja exercer, veremos que
muito poucos irão aponta por profissões nas quais sejam membros de uma organização, ou seja, já
imagina a carteira assinada. Mesmo quando alguns apontem para profissões de autônomos não
podemos contar como empreendedor de fato.
A percepção do senso comum de empreender ainda é limitada. Em geral, as pessoas pensam
que se trata de uma atividade solitária, e na verdade não necessita ser. Há casos que dois ou mais
estudantes se juntam e organizam suas atividades para iniciar uma atividade empreendedora.
De forma geral, as motivações que mais se apresentam quando perguntamos sobre a motiva-
ção em empreender são: Aumento de renda, Sair da rotina e a Necessidade de auto-
realização. Em contra partida, Ronald Jean Degen aponta que um obstáculo muito significa-
tivo, não só no Brasil, mas em toda America Latina, é a questão da imagem social, pois o em-
preendedor no inicio da suas atividades é considerado em situação que se julgam inferior.
Esta imagem é construída porque o esforço é crucial, logo é comum abdicar dos finais de se-
mana e feriados. Além disto, o quadro de funcionários do empreendimento deve ser enxuto inici-
almente e o empreendedor deverá acumular funções, tarefas e papeis.
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Mesmo não havendo uma formula secreta que leva uma pessoa a iniciar nesta atividade,
como opção de carreira, expomos em aula alguns pontos que ajudam a orientar uma pessoa
neste processo. São eles:
Autodesenvolvimento – capacidade de se auto avaliar para identificar competências, e habili-
dades. Afinal é dito que: “Quem conhece suas fraquezas reconhece sua fortalece”.
Perfil empreendedor – buscar adequar seu perfil com o perfil tradicional do empreendedor.
Lembre que qualquer competência pode e deve ser desenvolvida para lhe melhorar enquanto
profissional.
Criatividade – capacidade de criar algo. Busque treinar essa habilidade, pois é fundamental pa-
ra a carreira que escolheu.
Seja visionário – observe atentamente o mercado e busque perceber as oportunidades que se
apresentam. Enfrente as crises, projetando, de forma real, a organização. Já é sabido que “quan-
to maior a crise maior as possibilidades”
Net work – faça contatos. Crie uma rede de relacionamento que facilite não só informações, mas
tudo que diz respeito ao empreendimento.
Avalie o empreendimento – confirme se sua idéia é de fato uma oportunidade de negócio. Uti-
lize as ferramentas necessárias para evidenciar a viabilidade do negócio.
Acredite e faça acontecer – seja persistente no seu sonho e faça-o acontecer. Tenha capacidade
de concretizar o idealizado.
Mesmo sendo uma atividade complexa de se realizar é possível e traz inúmeras vantagens e
desvantagens para os que escolhem atuar neste campo. Nosso amigo e consultor de empresa, Sau-
lo Maciel, aponta como benefícios:
1 – Carga horária elevada, principalmente no inicio. Mas não só no inicio, existem momentos em
que demanda é elevadíssima, causando uma enorme sobrecarga de trabalho, exigindo que o em-
preendedor trabalhe até tarde da noite e muitas vezes nos finais de semana.
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2 – Tomada de decisão solitária. Mesmo que haja parceiros e sócios esta etapa é menos coletiva do
que em uma empresa convencional, onde existe uma estrutura hierarquia e colegas que auxiliam
neste processo.
3 - Pequena margem para erros operacionais. Problemas ao longo do percurso sempre acontecem,
porém o empreendedor precisa ter em mente que agir rapidamente é fator crítico de sucesso para o
seu negócio sobreviver e vir a prosperar
Mesmo com algumas adversidades, temos claro que empreender é uma exce-
lente opção de carreira também, principalmente no mundo contemporâneo, onde o
mercado de trabalho esta se reestruturando e se definindo dentro de um padrão
em que esta atividade será cada vez mais exigida e fomentada não só pelo Gover-
no, mas principalmente pelo mercado e pela sociedade.
Síntese
O empreendedorismo como opção de carreira é um aspecto cada vez exigido pelo mercado e
pela sociedade. Por isso é importante perceber não só as características do empreendedor, como
também conhecer as vantagens e desvantagens em se tornar esse agente de mudança social carac-
terístico do século XXI.
Em nossas aulas vimos os exemplos de Gica Mesiara, Roberto Vascon, Tai Quang, além do
caso do Spoleto. Que tal conhecermos outros personagens que “simbolizam” o espírito em-
preendedor?
Nosso primeiro exemplo é o de Abravanel, mais conhecido como Sílvio Santos. Filho de es-
trangeiros, e encantado pelas telas de cinema. Sua família teve sérios problemas financeiros duran-
te sua adolescência, o que o levou a se tornar vendedor ambulante aos 14 anos.
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Nos anos 40, a economia baiana volta a passar por um bom momento que permitiu a empre-
sa fechar parcerias importantes. Essas parcerias trouxeram obras de grande porte tais como a cons-
trução de pontes, industrias, oleodutos, aeroportos, etc.
Na década de 70, uma nova crise assombrou o cenário nacional, então Odebrech, buscou ou-
tra saída para enfrentar essa crise. Ou seja, Norberto internacionalizou seus negócios e passou a
vencer licitações em todo o Mundo.
Para ele o sucesso está ligado a duas questões essenciais: Não desanimar diante de circuns-
tancias desfavoráveis; e transformar problemas em oportunidades.
Síntese
Conhecemos a história de alguns ícones do empreendedorismo brasileiro e vemos como as
características que fizeram estes personagens obterem sucesso estão a disposição de qualquer pes-
soa. O que evidencia que o sucesso depende prioritariamente do empreendedor.
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Rede FTC
Faculdade de Tecnologia e Ciências
Faculdade da Cidade do Salvador
www.ftc.br
www.faculdadedacidade.edu.br
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