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- Apresentação da disciplina -
Avaliação:
1ª avaliação –
2ª avaliação –
3ª avaliação –
4ª avaliação –
O aluno que necessitar faltar em alguma avaliação deve procurar o professor para fazer a
prova em até 1 (uma) semana após a realização da mesma. Só poderá fazer a prova trazendo um
atestado que justifique a falta, protocolado pela secretaria.
Referências Bibliográficas:
MANDARINO, D.G.; FÁVARO, H.A.R.; NIETO, T.F.; ROCHA, A.J.F. Desenho Geométrico e Introdução ao
projeto. São Paulo: Plêiade, 1996.
I – Introdução:
Para estudarmos as cônicas, abandonaremos brevemente o universo em que se desenvolvem
nossos estudos, isto é, o plano. No espaço tridimensional, define-se uma figura geométrica chamada cone.
A figura seguinte apresenta um cone circular, ou seja, um cone cuja base é um círculo:
II – Elipse:
1. Definição:
Elipse é o lugar geométrico dos pontos P de um plano cuja soma das distâncias a dois pontos
fixos desse plano é constante.
A 1A 2 2a : eixo maior
Elipse = P I dPF1 dPF2 2a
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2.1. Determinação dos focos F1 e F2 conhecendo-se os eixos maior (A1A2) e menor (B1B2):
Traçar um arco de circunferência com centro em B1 ou B2 e raio A1O.
2.2. Determinação do eixo menor (B1B2), conhecendo-se o eixo maior (A1A2) e os focos F1 e F2:
Traçar uma reta perpendicular ao eixo maior pelo ponto médio O.
Traçar um arco de circunferência com centro em F1 ou F2 e raio A1O.
De modo análogo, traçar outras circunferências com centros nos focos da elipse cuja soma dos raios
seja igual a A1A2, encontrando outros pontos pertencentes à elipse.
Os vértices A1, A2, B1 e B2 e os pontos encontrados 1, 2, 3, 4, ... pertencem à elipse.
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
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2.4. Determinação de uma reta tangente à elipse e da sua normal por um ponto T:
III – Hipérbole:
1. Definição:
Hipérbole é o lugar geométrico dos pontos P de um plano , tais que a diferença de suas distâncias
a dois pontos fixos desse plano é constante e menor que a distância entre esses pontos fixos.
Hipérbole = P I dPF1 dPF2 2a
2a < 2c
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2.1. Determinação dos focos F1 e F2 conhecendo-se os eixos real (A1A2) e imaginário (B1B2):
Traçar um arco de circunferência com centro em O e raio A1B1.
2.2. Determinação do eixo imaginário (B1B2), conhecendo-se o eixo real (A1A2) e os focos F1 e F2:
Traçar uma reta perpendicular ao eixo real pelo ponto médio O.
Traçar um arco de circunferência com centro em A1 ou A2 e raio OF1.
De modo análogo, traçar outras circunferências com centros nos focos da hipérbole cuja diferença dos
raios seja igual a A1A2, encontrando outros pontos pertencentes à curva.
Os vértices A1 e A2 e os pontos encontrados 1, 2, 3, 4, ... pertencem à hipérbole.
A construção do segundo ramo da hipérbole é análoga, pois a curva é simétrica.
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
105
2.4. Determinação de uma reta tangente à hipérbole e da sua normal por um ponto T:
IV – Parábola:
1. Definição:
Parábola é o lugar geométrico dos pontos P de um plano eqüidistantes de um ponto fixo F e de
uma reta fixa d do plano, tal que F d.
De modo análogo, traçar outras retas di paralelas à reta d e traçar as circunferências i com centros no
foco F da parábola e raios iguais às distâncias entre di e d, obtendo outros pontos pertencentes à
parábola.
O vértice V e os pontos encontrados 1, 2, 3, 4, ... pertencem à parábola.
2.2. Determinação de uma reta tangente à parábola e da sua normal por um ponto T:
Exercícios:
6. São dados seis pontos da parábola e a reta diretriz. Determine o vértice da parábola e trace as retas
tangente e normal no ponto P:
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14. Triângulos
I – Nomenclatura:
Nos exercícios deste capítulo, uniformizaremos as notações geométricas seguintes:
Vértices: pontos A, B e C.
Lados: AB c; BC a e AC b.
II – Classificação:
Quanto aos lados:
III – Construção:
3. Construa um triângulo isósceles ABC de base AB medindo 50 mm, sabendo que os outros lados
medem 30 mm.
4. Construa um triângulo isósceles ABC que tem perímetro 130mm e cuja base BC mede 40mm.
6. Determine todos os triângulos isósceles ABC possíveis. Sabe-se que o vértice C pertence à reta m.
IV – Pontos Notáveis:
1. Circuncentro – Mediatrizes (O):
É o ponto de encontro das mediatrizes dos lados do triângulo.
3. Triângulo obtusângulo:
2. Incentro – Bissetrizes ( I ):
É o ponto de encontro das bissetrizes dos ângulos internos do triângulo.
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
121
O incentro está a igual distância dos lados do triângulo e, portanto, é o centro da circunferência
inscrita ao triângulo, ou seja, a circunferência que tangencia seus lados.
Exercícios:
O baricentro divide cada mediana em duas partes tais que a parte que contém o vértice é o dobro
da outra.
Exercícios:
2. Determine o baricentro de um triângulo ABC cujo ângulo obtuso mede 120º, a = 50 mm e c = 35 mm.
3. Triângulo obtusângulo:
Exercícios:
1. Construa um triângulo eqüilátero cujo lado tenha 100 mm e determine seu incentro, baricentro,
ortocentro e circuncentro. O que você concluiu? ____________________________________________
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125
Exercícios:
2
1. Construa um quadrado de área 9,0 cm .
2
2. Construa um triângulo isósceles de área 10,0 cm e base 5,0 cm.
2
3. Construa um losango de área 20,0 cm e diagonal maior 8,0 cm.
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129
Portanto:
A1 = A2
Logo, os triângulos de áreas A1 e A2 são equivalentes.
Na realidade, todos os triângulos de mesma base (b) e mesma altura (h) serão equivalentes entre
si:
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130
Exercícios:
2. Construa um triângulo ABC que tem um dos ângulos da base de 45°, equivalente ao triângulo dado.
A B
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131
Exercícios:
1. Dado o triângulo ABC, construa o triângulo RST equivalente ao triângulo dado, sabendo que a base RS
mede 4,5 cm.
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
132
2. Dado o triângulo ABC, construa o triângulo DEF retângulo com 4,0 cm de altura, equivalente ao
triângulo dado.
Procedimento:
Traçar uma diagonal relativa a dois lados consecutivos quaisquer, por exemplo, a diagonal EC.
Construir o triângulo ECD’ equivalente ao ECD, tal que D’ seja obtido pelo prolongamento do lado BC.
Destacar o pentágono ABD’EF, que é equivalente ao hexágono ABCDEF.
Exercícios:
3.2. Processo para obter polígonos equivalentes com um número maior de lados:
Procedimento:
Traçar uma reta passando por um dos vértices e cortando um dos outros lados, por exemplo, a reta DE.
Construir o triângulo DEC’ equivalente ao DEC, tal que C’, D e A não sejam colineares.
Destacar o pentágono ABEC’D, que é equivalente ao quadrilátero ABCD.
Exercícios:
Exercícios:
I – Polígonos semelhantes:
1. Definição: dois polígonos são semelhantes se:
Os ângulos correspondentes são congruentes;
Os lados correspondentes são proporcionais, isto é, as razões entre as medidas dos lados que se
correspondem são iguais.
Observações:
Os ângulos e os lados correspondentes são chamados de homólogos.
A razão entre os lados homólogos é chamada razão de semelhança (k).
Por exemplo:
2. Construções:
2.1. Construir o polígono A’B’C’D’, semelhante ao polígono ABCD dado, na razão 2.
5
2.2. Construir um triângulo A’B’C’, semelhante ao triângulo ABC dado, cuja razão de semelhança é k = .
7
É dado o triângulo ABC.
Dividir um dos lados do ABC, no caso AB , em 7 partes iguais (referentes ao denominador da razão
dada).
Traçar, a partir de B’, uma paralela ao lado BC , determinando no lado AC , o ponto C’.
5
O triângulo A’B’C’ determinado é semelhante ao triângulo ABC na razão , ou seja:
7
A' B' B' C' C' A' 5
AB BC CA 7
2.3. Construir um pentágono A’B’C’D’E’, semelhante ao pentágono ABCDE dado, cuja razão de semelhança
7
ék= .
4
É dado o pentágono ABCDE.
Dividir um dos lados do polígono ABCDE, no caso AB , em 4 partes iguais (referentes ao denominador
da razão dada).
Traçar, a partir do ponto B’, uma paralela ao lado BC , determinando no prolongamento da diagonal
AC , o ponto C’.
Traçar, a partir do ponto C’, uma paralela ao lado CD , determinando no prolongamento da diagonal
AD , o ponto D’.
Traçar, a partir do ponto D’, uma paralela ao lado DE , determinando no prolongamento do lado AE , o
ponto E’.
7
O pentágono A’B’C’D’E’ determinado é semelhante ao pentágono ABCDE na razão , ou seja:
4
A' B' B' C' C' D' D' E' E' A' 7
AB BC CD DE EA 4
Exercícios:
1
1. Construa o triângulo ABC semelhante ao triângulo DEF na razão .
2
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140
3
2. Construa o triângulo PQR semelhante ao triângulo ABC na razão .
2
3
3. Construa o retângulo FGHI semelhante ao retângulo ABCD na razão .
4
2
4. Construa o quadrado MNOP semelhante ao quadrado ABCD na razão .
3
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141
4
5. Construa o losango FGHI semelhante ao losango ABCD na razão .
3
8. Construa o triângulo ABC semelhante ao triângulo PQR sabendo que PQ e AB são lados homólogos.
1
9. Construa um cubo semelhante ao cubo dado na razão .
2
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143
3
10. Construa uma figura semelhante à dada na razão .
2
II – Homotetia:
1. Definições:
Duas figuras semelhantes dispostas de tal modo que os seus lados homólogos sejam paralelos são
chamadas figuras homotéticas.
Por exemplo:
paralelos.
.
As retas que passam pelos vértices homólogos encontram-se em um mesmo ponto chamado
centro de homotetia ou ponto polar:
centro de
homotetia
A’ pertence à reta OA ;
Existe um número real k, de modo que OA' k OA .
Exemplo:
Para k = 3: Para k = -3:
2. Ampliação e Redução:
Podemos usar a homotetia como um recurso para ampliar e reduzir qualquer figura geométrica:
Por meio de uma homotetia direta (k > 0), podemos:
ampliar, se k > 1
reduzir, se 0 < k < 1
Por meio de uma homotetia inversa (k < 0), podemos:
ampliar, se k < -1
reduzir, se -1 < k < 0
k>0
Homotetia Direta
k<0
Homotetia Inversa
3. Construções:
3.1. Consideremos, por exemplo, o ABC e um ponto O (centro de homotetia):
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
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O triângulo A’B’C’ é homotético ao triângulo ABC, na razão k = 3. Isto é, ampliamos o triângulo ABC
através da homotetia direta.
Justificativa:
OA' 3 OA ( 1)
Por construção, OB' 3 OB ( 2 ) . Dessa forma, os triângulos OAB e OA'B’ são semelhantes (caso LAL).
OC' 3 OC ( 3 )
Usar o mesmo procedimento anterior para obter B’ (e B’’) e C’ e (C’’) ou, a partir de A’ (e A’’), determinar
nas retas OB e OC, respectivamente, os pontos B’ (e B’’) e C’ (e C’’), de modo que
A' B' // A' ' B' ' // AB e B' C' // B' ' C' ' // BC .
Os triângulos A’B’C’ e A’’B’’C’’ são homotéticos ao triângulo ABC, nas razões k 1 = -1 e k2 = -2. Isto é,
A’B’C’ é o triângulo invertido do triângulo ABC e A’’B’’C’’ é a ampliação inversa do triângulo ABC.
1
3.2. Construir o homotético de um quadrilátero ABCD, de centro O na razão k = :
3
Traçar as retas que passam por O e pelos vértices do quadrilátero.
1
Determinar o ponto A’ em OA , de modo que OA' = . OA . (Utilizar a divisão de segmentos em partes
3
iguais).
A partir de A’, determinar nas retas OB, OC e OD, respectivamente, os pontos B’, C’ e D’, de modo que
A' B' // AB, B' C' // BC, C' D' // CD e D' A' // DA .
1
O quadrilátero A’B’C’D’ é homotético de ABCD, na razão k = . Isto é, reduzimos o quadrilátero ABCD
3
através da homotetia direta.
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
148
7
3.3. Construir o homotético de um pentágono ABCDE, de centro O na razão k = :
5
Traçar as retas que passam por O e pelos vértices do pentágono.
7
Determinar o ponto A’ em OA , de modo que OA' = . OA . (Utilizar a divisão de segmentos em partes
5
iguais).
A partir de A’, determinar nas retas OB, OC, OD e OE, respectivamente, os pontos B’, C’, D’ e E’, de
modo que A' B' // AB, B' C' // BC, C' D' // CD, D' E' // DE e E' A' // EA .
7
O pentágono A’B’C’D’E’ é homotético de ABCDE, na razão k = . Isto é, ampliamos o pentágono
5
ABCDE através da homotetia direta.
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
149
Exercícios:
1. Os triângulos ABC e A’B’C’ são homotéticos e o ponto O é o centro de homotetia. Determine o ponto C’.
b) k = -2
1
c) k =
2
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151
2
d) k =
5
3
e) k =
7
f) k=3
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152
g) k = - 4
h) k = -1
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153
3
i) k=
2
10
j) k=
3
12
k) k =
5
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154
l) k1 = -3 e k2 = 4
1
m) k =
2
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155
17. Isometrias
I – Introdução:
Vimos a construção de figuras geométricas semelhantes que possuem os ângulos correspondentes
congruentes e os lados correspondentes proporcionais; isto é, as razões entre as medidas dos lados que se
correspondem são iguais (razão de semelhança (k)).
Quando duas figuras geométricas possuem razão de semelhança k igual a 1, dizemos que elas são
congruentes.
II – Translação:
A operação de transladar uma figura implica no deslocamento de todos os seus pontos de uma igual
distância, numa mesma direção e sentido.
Dada uma direção por um vetor v de comprimento u, consideremos um ponto qualquer P do plano.
Construímos P’ tal que PP’ seja paralelo e tenha mesmo sentido que v e PP’ = u:
Dizemos que P’ é simétrico de P por simetria translacional em relação ao vetor v .
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156
Exemplos:
1.) Transladar o ABC na direção do vetor v :
2.) Transladar o quadrilátero ABCD na direção do vetor v :
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
157
III – Reflexão:
Na reflexão, cada ponto da figura é associado ao seu simétrico em relação a uma reta (eixo de
reflexão ou simetria). É como associar a figura à sua imagem no espelho.
Consideremos uma reta r e um ponto P (Pr). Marcamos um ponto P’ na perpendicular por P à reta
r, no semi-plano oposto ao de P tal que P’M = PM, onde M é o ponto de interseção entre a reta r e a
perpendicular traçada:
Dizemos que P’ é simétrico de P por simetria reflexional ( ou simetria axial) em relação ao eixo r.
Exemplos:
IV – Rotação:
Rotacionar uma figura implica girá-la num plano, num determinado ângulo, tendo como base um
ponto dado, chamado centro de rotação.
Exemplos:
1.) Rotacionar o ABC num ângulo de 60º, tendo como centro de rotação o ponto O:
2.) Rotacionar o quadrilátero ABCD tendo ângulo de rotação 45º e centro de rotação o ponto O:
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160
Além dos 3 movimentos isométricos vistos acima, temos a reflexão transladada ( ou translação
refletida) que é uma combinação de translação e reflexão, cujo eixo é paralelo à direção de translação:
Exercícios:
1. Construa a figura simétrica a cada figura dada por simetria translacional em relação ao vetor v .
a)
b)
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161
c)
2. Construa a figura simétrica a cada figura dada por simetria axial em relação ao eixo r.
a)
b)
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162
c)
3. Construa a figura simétrica a cada figura dada por simetria rotacional tendo O como centro de rotação e
como ângulo de rotação.
a) = 30º
b) = 90º
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
163
c) = 180º
4. Construa os simétricos por simetria axial do ABC em relação aos eixos r1 e r2:
5. Dado o ABC, faça uma translação na direção do vetor v e, com o triângulo transladado, uma reflexão
em relação ao eixo r, onde r // v . Após, faça uma reflexão em relação à r do ABC e, com o triângulo
refletido, uma translação na direção de v . O que você observou? ______________________________
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164
18. Espirais
I – Introdução:
1. Definição: Espiral é qualquer curva plana gerada por um ponto móvel que gira em torno de um ponto
fixo, um polígono ou um círculo, ao mesmo tempo em que dele se afasta ou se aproxima segundo uma lei
determinada.
2. Elementos:
As espirais podem ter dois ou mais centros. Entre as mais importantes, estudaremos as espirais
policêntricas, a espiral de Arquimedes, a espiral áurea e a evolvente do círculo. A espiral de Arquimedes é
considerada verdadeira e as espirais policêntricas são consideradas falsas.
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
165
II – Espirais policêntricas:
O núcleo pode conter dois ou mais pontos. O polígono do núcleo pode ser regular ou irregular.
Construção:
Traçar uma circunferência de raio qualquer e centro O.
Dividir a circunferência e o raio em partes iguais. Neste exemplo, dividiremos em 8 partes congruentes.
Observação: quanto maior for o número de partes em que se divide a circunferência, maior será a
precisão da curva. O raio e a circunferência são sempre divididos pelo mesmo número de partes.
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
167
Com centro em O, traçar os arcos 1A’ em OA ; 2B’ em OB ; 3C’ em OC ; 4D’ em OD ; 5E’ em OE ; 6F’
em OF ; 7G’ em OG .
Traçar, a mão livre, a espiral pelos pontos O, A’, B’, C’, D’, E’, F’, G’ E H.
Arquimedes: matemático grego. Nasceu em Siracusa, na Sicília. Viveu entre 287 a.C. e
212 a. C. Muito jovem, começou a freqüentar a Biblioteca de Alexandria e a estudar
Matemática. Foi o pioneiro da Matemática Aplicada. Entre suas invenções, estão as
catapultas de bombardeio construídas com base no princípio da alavanca, por ele descrito.
Graças a elas, Siracusa resistiu por 3 anos aos ataques romanos. Deixou também, importantes
contribuições à Geometria, como a descoberta do volume de uma esfera: dois terços do volume de um
cilindro circunscrito nela. Arquimedes valorizou tanto essa descoberta, que pediu para gravar em seu túmulo
o desenho de um cilindro circunscrito em uma esfera. Um conto tradicional, relata que ao chegar à solução
de um dos seus problemas matemáticos, durante o banho, ele correu nu pelas ruas gritando “Eureka”
(achei).
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
168
IV – Espiral Áurea:
Vimos, no capítulo 6, a proporção áurea que tem sido motivo de estudo desde os mais remotos
tempos.
Ela representa, segundo os estudiosos, a mais agradável proporção entre dois segmentos ou duas
medidas. Há muito identificou-se essa proporção como sendo equivalente a 0,618:1.
Se desenharmos um retângulo cuja razão entre os comprimentos dos lados menor e maior é igual à
proporção áurea obtemos um retângulo de ouro.
AC
0,618
AB
Construção:
Construir um quadrado ABCD qualquer.
AB no ponto E.
Para completá-lo, basta traçar uma reta perpendicular a AE pelo ponto E, que intercepta o
prolongamento de CD no ponto F.
AEFD é um retângulo áureo.
Justificativa:
Seja L o lado do quadrado ABCD construído.
Por construção, o triângulo MBC é retângulo. Dessa forma, aplicando o Teorema de Pitágoras,
temos:
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
169
2
L 5L2
MC MB BC MC L2 MC2
2 2 2 2
2 4
L 5
MC
2
ME = MC, por construção. Assim, temos:
AE AM ME AE
L L 5 L
2
2
5 1
2
AD L AD 2 5 1 2 5 1 5 1
0,618
AE 5 1 5 1
AE L
5 1
2
4 2
Um retângulo áureo tem a interessante propriedade de, se o dividirmos num quadrado e num
retângulo, o novo retângulo é também de ouro. Repetindo este processo infinitamente, temos:
E unindo os cantos dos quadrados gerados, obtém-se uma espiral a que se dá o nome de espiral
áurea:
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
170
Vimos, também no capítulo 6, o pentagrama ou pentágono estrelado que era o símbolo especial da
escola pitagórica, esta figura envolvia um misticismo, provavelmente, devido às suas propriedades, pois ao
desenharmos um pentágono regular e traçarmos as suas diagonais, veremos que elas se cruzam e formam
um novo pentágono interior ao anterior. A interseção de duas diagonais também divide a diagonal na razão
áurea.
Podemos verificar que os triângulos ABC e BCD são semelhantes, pois têm os ângulos
correspondentes congruentes e, portanto, têm os lados correspondentes proporcionais:
l L l 5 1
l 2 Ll L2 0 0,618
Ll l L 2
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
171
Tal triângulo é chamado triângulo isósceles áureo. Assim como o retângulo áureo, ele tem a
propriedade de, se traçarmos a bissetriz de um dos ângulos da base, o novo triângulo é também de ouro.
V – Evolvente do círculo:
Na Evolvente do círculo, um ponto gira sobre uma tangente que rola em torno de um círculo fixo.
Construção:
Traçar uma circunferência de raio qualquer e centro O.
Dividir a circunferência em partes iguais. Neste exemplo, dividiremos em 12 partes congruentes.
Observação: quanto maior for o número de partes em que se divide a circunferência, maior será
a precisão do traçado da curva.
Traçar tangentes à circunferência nos pontos da divisão, conforme a figura abaixo.
Com centro em 12 e raio 11-12, traçar o arco 11-A.
Com centro em 1, 2, ... , 12, traçar os arcos seguintes, na seqüência alfabética apresentada na
construção.
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
173
Exercícios:
Referências Bibliográficas
ÁVILA, G. Retângulo áureo, divisão áurea e seqüência de Fibonacci. Revista do Professor de Matemática,
São Paulo, v. 6, p. 9 – 14, 1985.
BRAVIANO, G.; RODRIGUES, M.H.W.L. Geometria Dinâmica: uma nova Geometria? Revista do Professor
de Matemática, São Paulo, v. 49, p. 22-26, 2002.
DANTE, L.R. Uma proposta para mudanças nas ênfases ora dominantes no ensino da Matemática. Revista
do Professor de Matemática, São Paulo, v. 6, p. 32-35, 1985.
DOLCE, O.; POMPEO, J.N. Fundamentos da Matemática Elementar – Volume 9: Geometria Plana. São
Paulo: Atual, 1993.
GIOVANNI, J.R.; FERNANDES, T.M.; OGASSAWARA, E.L. Desenho Geométrico. São Paulo: FTD, 1996.
GIOVANNI, J.R.; BONJORNO, J. R. Matemática: uma nova abordagem, vol 3. São Paulo: FTD, 2001.
GUIMARÃES, J.L. Números camuflados. Revista Superinteressante, São Paulo, v. 10, p. 63 – 67, 1997.
KANEGAE, C.F.; LOPES, E.T. Desenho Geométrico. São Paulo: Scipione, 1999.
LINDQUIST, M.M.; SHULTE, A.P. Aprendendo e Ensinando Geometria. Tradução de Hygino H. Domingues.
São Paulo: Atual, 1994.
MANDARINO, D.G. et al. Desenho Geométrico e Introdução ao Projeto. São Paulo: Plêiade, s.d.
Desenho Geométrico – Maira Mendias Lauro
178
PAVANELLO, R.M. O abandono do ensino de Geometria: uma visão histórica. 1989. 196p. Dissertação
(Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1989.
PUTNOKI, J.C. Que se devolvam a Euclides a régua e o compasso. Revista do Professor de Matemática,
São Paulo, v. 13, p. 13-17, 1988.
WAGNER, E. Construções Geométricas. São Paulo: Coleção do professor de matemática, SBM, 1993.