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ARTIGOS - PERFIL DO EXECUTIVO EM LOGÍSTICA BRASILEIRO

Data: 10/09/2008 
Monica Barros

 
Este artigo tem por objetivo apresentar o perfil do executivo de logística brasileiro. Grande parte das análises é resultado da pesquisa
“Perfil do Executivo de Logística”, realizada anualmente durante o Fórum Internacional de Logística no Rio de Janeiro.

Neste primeiro artigo serão apresentadas as transformações no ambiente empresarial e, consequentemente, na carreira do executivo de
logística, além de algumas estatísticas descritivas sobre o perfil do profissional de logística brasileiro.

INTRODUÇÃO

O perfil do profissional brasileiro, independentemente da sua área de atuação, vem sofrendo alterações nos últimos anos. A maior
competitividade exigida pelo mercado de trabalho, aliada à globalização, à evolução da tecnologia e à grande disponibilidade de
informações, faz com que o executivo moderno tenha que desenvolver novas competências. Se no passado o diploma de graduação era
praticamente sinônimo de emprego certo, hoje o executivo que deseja manter-se na vanguarda de sua especialidade deve fazer
investimentos contínuos em capacitação.

No caso específico do profissional de logística, além das mudanças no ambiente de trabalho, nos últimos anos o conceito de logística
sofreu alterações, passando a ter um escopo mais abrangente. Isso é positivo para o executivo, já que novas oportunidades de trabalho
passaram a existir. O reflexo desta evolução pode ser percebido através dos organogramas das empresas, visto que atualmente é
comum a logística ter uma função de destaque, semelhante às áreas comercial, de marketing ou finanças.
 Figura 1 – Mudanças no ambiente empresarial
Modelos organizacionais mais tradicionais, criados quando a concorrência era menor, os ciclos dos produtos mais longos e a incerteza
mais controlável, buscavam perseguir a excelência nos negócios através da gestão eficiente de atividades isoladas, como vendas,
finanças, compras e transportes, dentre outras. Desta forma, as atividades logísticas eram desempenhadas na maioria das vezes por
especialistas focados em sua área de atuação. Esses profissionais, por serem avaliados por indicadores como custos de transportes
mais baixos, menores estoques e compras ao menor preço, preocupavam-se apenas com as suas tarefas, esquecendo-se muitas vezes
de que faziam parte de uma organização única.

O reflexo disso no organograma é a fragmentação das atividades logísticas em diferentes áreas, em geral pouco integradas. Essa
fragmentação geralmente implica em execução de tarefas sem coordenação interfuncional, frequentemente resultando em duplicação de
ações, desperdícios e conflitos de interesses entre as gerências, além da não otimização dos custos totais da organização.

Hoje em dia, os mercados globalizados e dinâmicos e os clientes cada vez mais exigentes, geraram uma necessidade de readequação

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