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ANÁLISE DE CUSTOS E FORMAÇÃO DO PONTO DE EQUILIBRIO

 João Paulo Prestes buchard¹*, Carlos Neder C. Guimarães²*, Daiane Ribas³*

RESUMO: O presente artigo tem como finalidade demonstrar a importância que o


custo representa na produção de um produto, por este motivo, a contabilidade de custo,
torna-se uma ferramenta importante para a empresa, seja ela de pequeno porte, ou
grande porte, levando-se em consideração a grande competividade no mundo
globalizado, onde a informação está ao alcance do consumidor, e é de livre acesso, a
empresa terá que saber os seus custos de produção, bem como as alternativas dos
mesmos, para que possa tornar-se competitiva no mercado e continuar a sua atividade.
Neste trabalho procura-se demonstrar através da pesquisa realizada junto ao projeto de
implantação da empresa os custos relativos à produção de álcool e calculo do ponto de
equilíbrio da empresa, dados estes coletados através de pesquisa no plano da empresa,
bem como as demais informações juntos aos proprietários da empresa.

Palavras-chave: Contabilidade de custos, Ponto de equilíbrio.

ABSTRACT: The aim of this paper is to present the importance of the cost represents
in the production of a product, for this reason, cost accounting, becomes an important
tool for a company, for small-scale, or big-scale considering the great competitive in the
globalized world, where the information is for every consumer, and it?s free access, a
company has to know its production costs, also its alternatives about it, to become
competitive in the market and continues its activity.  This paper looks for show through
an issue carried out with a project of implantation from a company the related to costs
of alcohol production and calculation of the company?s balance point, the data were
collected through a research on the company?s level, and some other information with
the company?s owners were included as well.

Keywords: Cost accounting, Balance point.

______________________________________________________________________
___

*1 - Acadêmico; jppbuchard@bol.com.br;

*2 - Professor Orientador; neder160964@yahoo.com.br

*3 ? Professor tutor; daiaribas@yahoo.com.br

INTRODUÇÃO: Hoje, as empresas percorrem um caminho onde a


perfeição e a inovação é um diferencial na competitividade. Dessa forma é
de suma importância que a empresa busque o máximo de eficiência em
suas operações, e seu sucesso depende do conhecimento do mercado
em que a mesma atua.

              Neste trabalho efetuamos a analise dos custos para formar o ponto de equilíbrio
de produtos industrializados.
             Com isso o objetivo desse artigo é demonstrar os cálculos dos custos que a
empresa terá durante a sua produção, durante a sua atividade fim. 

               Partindo dessa premissa, as organizações se utilizam da contabilidade de


custos para tornarem-se cada vez mais atraentes, respondendo de forma positiva às
varias mudanças ocorridas tanto no âmbito interno quando externo de sua organização.
Os concorrentes, os clientes, o governo, os avanços tecnológicos e outros fatores que
diretamente influenciam no crescimento e, consequentemente, na existência de uma
organização. Assim sendo, as mesmas devem exercer um constante controle de seus
gastos a fim de continuar e consolidar-se no mercado. Como no mundo globalizado a
facilidade de encontrar o produto desejado é cada vez maior, a empresa necessita de
sobrevivência, o conhecimento dos elementos de formação de seus custos bem como o
ponto de equilíbrio da produtividade constitui-se numa vantagem competitiva relevante
para a organização.

               Como procedimentos metodológicos, foram realizados, pesquisa das despesas


relevantes da empresa, dentro do plano de negócios da empresa, e tabuladas em
planilhas para ter uma visão melhor das mesmas, bem como a busca de dados de
produtividade da matéria prima, e a capacidade de produtividade da empresa, para que a
mesma atinja o ponto de equilíbrio entre custo e produção.

I - CONTABILIDADE CONCEITO E DEFINIÇÃO


              Sá define a contabilidade da seguinte forma: “Contabilidade é a ciência que
estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e
comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais”
(1999, p. 42).

             É a ciência (ou técnica, segundo alguns) que estuda, controla e interpreta os
fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração
expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a
composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente de gestão
da riqueza patrimonial (FRANCO,).

              O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades econômico-


administrativas (RIBEIRO, 2002).

              A principal finalidade da contabilidade é permitir a obtenção de informações


econômicas e financeiras acerca da entidade (RIBEIRO, 2002).

              As informações de natureza econômica compreendem, principalmente, os


fluxos de receitas e de despesas, que geram lucros ou prejuízos, e as variações no
patrimônio da entidade.

              As informações de natureza financeira abrangem principalmente os fluxos de


caixas e do capital de giro (RIBEIRO, 2002).
              Segundo Ribeiro (2002, p. 35 e 36), estudar o campo de aplicação da
contabilidade significa saber em que a contabilidade é utilizada, ou seja, em que os
contabilistas trabalham.

              Assim, o campo de aplicação da contabilidade abrange todas as entidades


econômico-administrativas.

              “Entidades Econômico-administrativas são organizações que reúnem os


seguintes elementos: pessoas, patrimônio, titular, capital, ação administrativa e fim
determinado”.

              Como toda atividade profissional, a Contabilidade é também fundamentada em


princípios básicos, esses princípios são normalmente criados e aperfeiçoados em países
mais desenvolvidos, que empregam grandes montantes em pesquisa neste campo, sendo
que são de suma importância por se tratar de normas gerais aplicáveis em qualquer
circunstância, servindo de parâmetro para que ocorra uma uniformidade nas atitudes
daqueles que são responsáveis pelos trabalhos correspondentes.

              De acordo com Iudícibus (1998), os princípios são as diretrizes gerais que a
classe contábil deve seguir, são elas umas formas de lei que norteia e regula as
atividades contábeis no país.

              Conselho Federal de Contabilidade que publicou em 23 de Outubro de 1981 a


Resolução CFC 530 - Aprova os Princípios Fundamentais de Contabilidade, os quais
foram atualizados em 29 de Dezembro de 1993, através da Resolução CFC 750 ?
Dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade e instituindo os sete
princípios que são de observação obrigatória no exercício da profissão contábil.

1- Princípio da entidade

2- Princípio da continuidade

3- Princípio da oportunidade

4- Princípio do registro pelo valor original

5- Princípio da atualização monetária

6- Princípio da competência

7- Princípio da prudência

              Algumas características dos princípios fundamentais de contabilidade por


Iudícibus, Martins, Gelbcke (1995), como segue:

1- Princípio da Entidade: o patrimônio dos sócios não deve ser confundido com
patrimônio da empresa, ou seja, o sócio não tem direitos reais a parcelas do patrimônio
líquido até a Assembléia, os estatutos sociais ou a lei destinem uma parte dos lucros
para distribuição aos sócios ou o sócio que se retire da sociedade.
2- Princípio da Continuidade: as atividades operacionais da empresa devem ser tidas
com o tempo indefinido, até que surjam eventos que possam afetar essa premissa.

3- Princípio da Oportunidade: refere-se ao registro, apreensão e relato de todas as


variações sofridas pelo patrimônio da entidade no momento em que as situações
ocorrem. É a representação fidedigna, com precisão e objetividade das transações e
eventos ocorridos, ou seja, a tempestividade do registro.

4- Princípio do Registro pelo Valor Original: um ativo deve ser registrado na


contabilidade pelo valor que foi pago no momento da aquisição ou pelo custo dos
insumos utilizados para sua fabricação, ou seja, devem ser registrados pelo valor da nota
fiscal, e também precisam ser expressos em valor presente da moeda do país da
entidade, determinando a avaliação patrimonial. Os registros contábeis devem ser feitos
em moeda única, ou seja, a moeda de circulação no país, isso é muito importante para
que se possa agregar e homogeneizar elementos patrimoniais.

5- Princípio da Atualização Monetária: a contabilidade deve preocupar-se com eventos


econômicos e suscetíveis de avaliação monetária. Esse princípio é utilizado quando
existe perda do poder aquisitivo da moeda nacional, se realiza mediante de emprego de
indexadores, moedas referenciais, reais ou não, que reflitam a variação apontada por
índice geral de preços da economia brasileira.

6- Princípio da Prudência: quando houver uma correção de valores já escriturados deve-


se optar pelo menor valor para o ativo e o maior valor para o passivo.

7- Princípio da Competência: as receitas e despesas devem ser incluídas na apuração de


resultado em que ocorrer, independentemente de ser recebido ou pago. As convenções
de acordo com Iudícibus (1998, p. 26) são “as normas e procedimentos que qualificam e
delimitam a aplicação dos princípios”.

              Mais adiante, o autor descreve as convenções da seguinte forma:

8- Convenção da Objetividade: destaca que os registros contábeis devem ter suporte, em


documentação hábil que possam comprovar seus fatos.

9- Convenção do Conservadorismo-(prudência): deixa claro que quando o contador se


deparar com determinadas situações deverá: não antecipar receitas e apropriar todas as
despesas e perdas possíveis. Convenção da Materialidade-(relevância): para evitar
desperdícios de tempo e dinheiro, devem-se registrar na contabilidade apenas os eventos
que tenham importância pela sua materialidade.

10- Convenção da Consistência-(uniformidade): para não prejudicar a comparabilidade


dos relatórios contábeis, os critérios adotados não devem ser alterados, nos relatórios
periódicos para que não haja confusão de dados.

Isso não significa que em obediência a convenção da consistência não se possa adotar
um novo critério, porém quando feita a mudança, é importante que ela seja evidenciada
em notas explicativas para que não acarrete prejuízos nas análises que serão feitas
posteriormente.

II ? CONTABILIDADE DE CUSTOS

              Com o advento da revolução industrial, a proliferação das indústrias e


surgimento das máquinas e produção em grande escala, a função do contador torno-se
mais complexa, pois os dados para valorizar os estoques também eram mais complexos,
uma vez que as compra de mercadorias foram substituídas por compra de matérias-
primas e utilizava fatores de produção que as transformavam em produtos destinados à
venda. Com isso, a apuração do custo dos produtos vendidos deveria incluir todos os
elementos empregados na fabricação do produto (MARTINS, 2000).

              Com isso a solução foi à utilização do mesmo método de apuração do resultado
das empresas comerciais, com a substituição das compra pelo pagamento da matéria
prima consumida na produção, energia elétrica, etc., todos os gastos realizados na
industrialização dos produtos, que foram denominados custos de produção. E o ramo da
contabilidade que passou a controlar esses gastos passou a chamar-se contabilidade de
custos (MARTINS, 2000).

              A contabilidade de custos é uma atividade que se assemelha a um centro


processador de informações, que recebem dados, acumula os de forma organizada, para
análise e interpretação, podendo então produzir informações gerenciais e fiscais.

              Conforme Martins (2000), os custos são classificados de acordo com a relação
existente entre os produtos ou serviços e estrutura necessária para fabricá-los.

Os custos se classificam em diretos, indiretos, fixos, variáveis, padrão, primário, fabril,


de transformação e custos de oportunidade.

              Os custos diretos identificam-se com os produtos e variam proporcionalmente


com a quantidade produzida. Para Leone (2000, p. 59), custos diretos “são todos os
custos que se conseguem identificar com as obras de modo mais econômico e lógico”.

              Martins (2000) define, os custos diretos são aqueles que têm relação direta com
a fabricação do produto ou serviço, ou seja, se aumentar a produção de determinado
produto ou serviço, o custo aumentará na mesma proporção.

              Martins (2000, p. 53) salienta que: “Cada vez que for necessário utilizar
qualquer fator de rateio para a apropriação ou cada vez que há o uso de estimativas e
não de mediação direta, fica o custo incluído como indireto”.

              Leone (2000) ressalta, custos indiretos são todos os outros custos que
dependem do emprego em recursos, taxas de rateio, de parâmetros para o débito às
obras.

               Os custos fixos permanecem constantes dentro de determinada capacidade


instalada, independentemente do volume de produção.
              Bruni e Famá (2003, p.32), descrevem custos fixos da seguinte maneira: “são
custos que em determinado período de tempo e em certa capacidade instalada, não
variam qualquer que seja o volume de atividade da empresa”.

              Os custos variáveis são aqueles que se altera em decorrência do volume de


produção da empresa, o total do custo do período está proporcionalmente relacionada
com a quantidade de produção. Significa que os valores consumidos ou aplicados na
produção terão seu crescimento vinculado à quantidade produzida pela empresa. Logo
se ela não produzir nada, o custo variável será nulo.

              Descreve Martins (2000), que o valor do custo varia de acordo com o volume
de produção, sendo que materiais diretos são considerados custos variáveis.

              Os custos semivariáveis que variam em função do volume de produção na


empresa porem, possuem uma parcela fixa, que existirá independentemente de haver
produção, e a partir do momento que alcançar essa parcela com o nível de produção, é
que passa a ser variável.

               Custos semi-fixos permanecem fixos até um determinado nível ou faixa de


produção, e ultrapassando aquele patamar, surge a necessidade de aumentar até um
novo patamar de produção.

             

O custo-padrão é aplicado principalmente nas operações respectivas. Para Leone é


assim descrito:

Os custos-padrão são custos predeterminados. Entretanto, diferentemente dos custos


estimados e apesar de servirem para o controle, planejamento e tomada de decisões, são
calculados com base nos parâmetros operacionais. São aplicados, sobretudo em
operações repetitivas, quando os parâmetros ou indicadores físicos estão perfeitamente
definidos e quando os custos mantêm uma relação íntima com a variabilidade daqueles
dados quantitativos (2000, p. 66).

              Entende Bruni e Famá (2003, p.34), que custo-padrão é: “Custo estimado
presumindo-se maior eficiência técnica e financeira. Corresponde um valor ideal a ser
alcançado pela empresa”.

              Leone (2000, p. 76), descreve que: “O custo de oportunidade é o valor do


benefício que se deixa de ganhar quando, no processo decisório, se toma um caminho
em detrimento de outro”.

              Leone (2000, p.62), entende que: “Os custos do processo de fabricação de dois
ou mais produtos são comuns a esses produtos e deverão ser rateados, divididos e
alocados entre eles mediante a aplicação de um dos critérios disponíveis”. Ainda
descreve o autor que, em alguns processos produtivos, que uma fase da produção seja
comum a dois ou mais produtos.
              Leone (2000 p 69), explica que: “O custo fabril é a soma dos custos de material
direto, de mão-de-obra direta e das despesas indiretas de fabricação debitada à produção
durante determinado período”.

              Sobre o custo de produção Leone (2000, p. 174), salienta que: “A composição
do custo, formado por três elementos distintos e freqüentes o material direto, a mão-de-
obra direta e as despesas indiretas - é comum e generalizada a todas as atividades”.

              Para Leone (2000), o custo de produtos fabricados é igual ao custo de


fabricação, ou seja, a soma algébrica do estoque de produtos em processo. O custo de
fabricação apresenta o valor da produção de determinado produto.

              Para Martins (2000, p.124), materiais diretos são: “As matérias primas, os
componentes adquiridos prontos, as embalagens e os outros materiais diretos utilizados
no processo de fabricação são apropriados aos produtos por seu valor histórico de
aquisição”.

              Justifica Bruni e Famá (2003), que a mão-de-obra direta é todo salário devido
ao operário que trabalha diretamente no produto, cujo tempo pode ser identificado com
a unidade que está sendo produzida.

              Mão-de-obra é o trabalho pessoal aplicado à produção, e pode ser classificada


como direta ou indireta, conforme Martins (2000).

              São custos relacionados com a fabricação que não podem ser economicamente
identificados com as unidades que estão sendo produzidas, tudo aquilo que não se
configura como materiais diretos ou mão-de-obra direta.

O critério de custeio por absorção é assim descrito por Leone:

O custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da
área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos
ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa
particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou
serviço) absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação (2000,
p. 242).

              Argumenta Martins (2000), que o custeio por absorção consiste na apropriação
dos custos de produção aos bens elaborados, todos os gastos relativos à fabricação são
distribuídos para todos os produtos feitos.

              Caracteriza-se por adequar aos produtos somente os custos variáveis, ou seja,
que vierem com a sua quantidade produzida ou vendida, não se cogitando qualquer
espécie de rateio de custos ou despesas fixas aos mesmos.

              Define Neves e Viceconti (1998, p. 25) que no método de custeio direto:

São apropriados à produção somente os custos variáveis. Os custos fixos são


contabilizados diretamente a debito de conta de resultado (juntamente com as despesas)
sob a alegação (fundamentada) de que estes ocorrerão independentemente do volume de
produção da empresa.

III - PONTO DE EQUILÍBRIO


              O ponto de equilíbrio é quando o total da margem de contribuição se iguala ao
custo. Esse ponto indica a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não
ter prejuízo, acima desse ponto a empresa obtém seu lucro e abaixo dele ocorre o
prejuízo.

              Ressalta Padoveze, que o ponto de equilíbrio:

Evidencia, em termos quantitativos, qual é o volume que a empresa precisa produzir ou


vender, para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, além dos custos e
despesas variáveis que ela tem necessariamente de incorrer para fabricar/vender o
produto. No ponto de equilíbrio, não há lucro ou prejuízo (2003, p. 367).

              Segundo o mesmo autor, o ponto de equilíbrio da empresa, é importante porque


identifica o nível mínimo de atividades em que ela ou cada divisão deve operar.

              O Ponto de Equilíbrio Contábil em Unidades (PEC unid.) informa a quantidade


de produtos (metros, quilos, litros, peças etc.) que deve ser vendida para que o resultado
do período seja nulo (não haja lucro nem prejuízo).

              Quando uma empresa deseja saber o volume de vendas (em unidades ou em $)
que é suficiente para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos (exceto a
depreciação) e outras dívidas que a empresa tenha que saldar no período, como
empréstimos e financiamentos bancários, aquisições de bens etc., pode-se recorrer ao
cálculo do Ponto de Equilíbrio Financeiro (PE Fin.).

              Metas de vendas que proporcione um determinado valor de lucro, você pode
utilizar o Ponto de Equilíbrio Econômico para calcular o volume de vendas a ser
conseguido.

IV ? ESTUDO DE CASO

                A empresa escolhida para o estudo de caso é classificada como Micro


empresa, optante pelo simples nacional, trata-se de empresa , especializada na
Fabricação de Álcool  

                O instrumento de pesquisa utilizado foi um roteiro de entrevistas com os


proprietários, bem como a pesquisa junto ao plano de negócios da empresa, e demais
informações junto a fornecedores de matéria prima, e informações constantes nos
documentos da empresa.

a)      Dados para o estudo da empresa:

Duração da Safra meses 8


Capacidade de produção diária 900 lts
Dias trabalhado Mês 25
Entre Safra Mês 4
% de álcool extraído da
cana   8,50%

    b) Dados da Produção: Cana de Açúcar comprada:

Preço da Tn Total do
Produtividade   cana Custo
Matéria Prima Matéria
Necessária   De Açúcar Prima
Cana de Açúcar 2.117,647 tn R$ 30,00 tn  R$63.529,41
Quantidade de Álcool      
A ser Produzido 180.000 lts   35,294%

c)      Mão de Obra:

Nº de funcionários na  R$  R$


moenda 31.800,00 14.400,00
 R$  R$
Nº de funcionários na usina 31.800,00 14.400,00
Nº de Funcionários entre  R$
safra 21.200,00  R$ 4.800,00
13º salário      R$ 4.800,00
Férias 1/3      R$ 1.600,00
 R$
total     40.000,00
Contribuições do
empregador 8%   R$ 3.200,00
Custo por litro da mão-de-
obra     24%

Obs: foi calculado somente o FGTS, como contribuição relativa salários dos
funcionários.  

d)      Demais Custos:

Item       tarifa  
2800
Luz 700 kw/h Por mês kw/h  R$ 0,51  R$ 1.428,00
1500 12.000
Luz kw/h Por mês kw/h  R$ 0,51  R$ 6.120,00
Água 25 m³ Por mês 100 m³  R$ 2,97  R$ 297,00
Água 60 m³ Por mês 480 m³  R$ 2,97  R$ 1.425,60
manutenção          R$ 1.080,00
 R$
Depreciação         18.038,26
 R$
          28.388,86
          15,77%

Obs. luz e água: informamos os meses separadamente em que a empresa atua na entre
safra com gasto menor nestes itens.

Manutenção: foram colhidos junto aos administradores este valor com relação à
manutenção, visto que se trata de uma empresa com instalação nova.

Depreciação: Foi utilizado o índice de 10% de depreciação para o parque industrial.

V - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

                     De acordo com as informações verificadas no processo de levantamento de


dados e tabulados neste trabalho a empresa estudada, encontra-se dentro de um novo
ramo de atividade na região, estando ela em implantação, conforme mostra os dados
obtidos junto ao Sebrae, aonde mostra que no ano de 2002, 51% das pequenas empresas
sobreviveram e no ano de 2005 este índice subiu para 78%, um dos fatores que
influenciam na sobrevivência da empresa é uma logística operacional que ira fornecer
dados para a sustentação e o crescimento da atividade empresarial e representa a
capacidade do empresário utilizar de forma eficiente os fatores de produção, tais como:
capital, trabalho especializado, recursos tecnológicos disponíveis, reunindo-os na
atividade produtiva para a obtenção de melhores resultados.

                     Nesta empresa a qual efetuamos este trabalho de pesquisa, encontramos o


ponto de equilíbrio da empresa, dentro da produção de 180.000 litros de álcool na safra,
o percentual que se destina para cobrir os custos trata-se de 75,06% da produção, ou
seja, 135.108 litros.

         Ao efetuarmos uma analise juntamente com as pessoas responsáveis pela empresa,
colocamos a metodologia que foi utilizada para calculo do custo, bem como a
documentação colocada a nossa disposição, a partir destas colocações, Com base nos
dados auferidos, pode-se concluir que é fundamental a análise dos custos e formação do
preço de venda de industrialização sob todos os aspectos, visto que será um fator de
crescimento para a indústria. Como trata-se de uma nova atividade na região a busca por
redução de custos na produção terá que ser fundamental para a sobrevivência da
empresa, com relação ao  alto custo da matéria prima, terá que ser buscado uma maneira
de redução do mesmo, seja ele com produção própria de cana de açúcar, através do
arrendamento de áreas, ou a busca de parcerias com a classe produtora da região, estes
dois fatores acrescido do controle de seus custos através de um sistema que utiliza
métodos claros de cálculos de custo e de confiabilidade será determinante para a
empresa.

CONCLUSÃO: Ao concluir este trabalho, estamos diante de uma situação real, ao qual
fica evidente a necessidade de um controle efetivo de custo, trata-se de uma pequena
empresa, inserida num novo contexto produtivo da região, o fator custo será de suma
importância para a sobrevivência do negocio, visto que é um dos fatores que mais
influencia na produtividade, isto será determinante para a sua competitividade no
mundo global, a onde a pequena empresa está inserida.
            Ao efetuar este trabalho buscando os dados referentes a este negocio, senti mais
do que nunca inserido num novo contexto, onde a busca de novos negócios tende a
crescer, e sendo o controle de custo associado com a responsabilidade financeira e
responsabilidade ambiental e demais fatores que influenciam o negocio sem sombra de
duvida terá um futuro promissor e seus administradores estarão cumprindo com seu
objetivo no momento da criação da empresa.

REFERÊNCIAS

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