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GERENCIAL
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
CONTABILIDADE GERENCIAL
Seja bem-vindo(a)!
Olá, prezado(a) acadêmico(a)! Seja bem-vindo(a) ao livro de Contabilidade Gerencial.
Pelo fato deste livro ter sido organizado especialmente para o seu estudo, procuro aqui
mostrar qual é a melhor maneira para estudá-lo, e desta forma lhe proporcionar maior
aproveitamento.
Eu sou o professor Me. Silvio César de Castro, trabalho junto à Unicesumar no ensino da
contabilidade há mais de dez anos e fiquei imensamente feliz em poder construir este
material para nossos alunos. Essa satisfação se dá tendo em vista que com isso tive a
liberdade de incorporar todos os aspectos que acredito serem importantes aos nossos
acadêmicos em relação ao ensino da contabilidade.
Agora faço um breve relato, para facilitar o entendimento da obra por você, acadêmi-
co(a) leitor(a).
Na unidade I, chamada Da Contabilidade: Aspectos Introdutórios e Patrimônio Contábil,
procurei introduzir os aspectos básicos e conceituais da contabilidade geral, focando
sua função principal, que é evidenciar a informação necessária para a tomada de deci-
são, ou seja, para a gestão do negócio. Por isso, iniciei o assunto com o tópico Contabili-
dade e seu posicionamento científico, demonstrando que a contabilidade é uma ciência
social com objeto de estudo e objetivos próprios, assim como mencionamos o seu cam-
po de atuação. Trabalhamos também nas questões com os princípios contábeis, dando
foco ao regime da competência. Foram tratados também os aspectos relacionados aos
atributos da informação contábil, que podem inclusive ser ampliados a qualquer tipo de
informação utilizada para a tomada de decisão. Ou seja, a Informação Contábil, elencan-
do os usuários e os principais atributos da informação contábil.
Em relação ao Patrimônio Contábil, inserimos subsídios relacionados ao objeto de estu-
do da contabilidade, o patrimônio. Dessa forma, iniciamos primeiramente com a defini-
ção e conceitos do Patrimônio Contábil, que se refere ao patrimônio da própria empresa
dividido em bens, direitos e obrigações. Junto a isso, será discorrido de forma introdutó-
ria aquilo que será foco da próxima unidade, ou seja, o Balanço Patrimonial.
Portanto, nosso propósito nessa unidade é que você compreenda as bases da contabili-
dade e a sua função de apoio à gestão.
Na unidade II, denominada de Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Resultado do
Exercício, serão apresentados os dois principais relatórios da contabilidade. Primeira-
mente, explicarei de forma detalhada, porém simples e bem ilustrada, como é constitu-
ído o balanço patrimonial de uma entidade por meio de seus respectivos grupos: Ativo
e Passivo. Os prazos de classificação e sua estrutura de apresentação e também apro-
fundaremos nos subgrupos que compõem os grupos do Ativo e do Passivo, focando na
liquidez e nos prazos.
Será apresentado um importante aspecto, o das origens e aplicações de recursos, de-
monstrando de onde vêm e onde são utilizados os recursos das entidades, os quais são
a base e princípio do Balanço Patrimonial. Utilizamos também a metodologia de ba-
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
UNIDADE I
17 Introdução
33 Patrimônio Contábil
37 Considerações Finais
UNIDADE II
47 Introdução
48 Balanço Patrimonial
49 Ativo
49 Passivo
49 Patrimônio Líquido
51 PL=Ativo-Passivo Exigível
54 Origens E Aplicações
56 Estrutura Patrimonial
57 Ativo
SUMÁRIO
58 Ativo Circulante
61 Passivo
66 Balanços Sucessivos
68 Apresentação da Metodologia
70 Introdução
71 Custos
72 Despesas
88 Considerações Finais
UNIDADE III
101 Introdução
102 Depreciação
108 Exaustão
SUMÁRIO
UNIDADE IV
121 Introdução
122 Gastos
125 Investimentos
125 Receitas
126 Perdas
126 Desembolso
134 Matéria-Prima/Materiais
UNIDADE V
143 Introdução
169 Conclusão
171 Referências
Professor Me. Silvio César de Castro
CONTABILIDADE: ASPECTOS
I
UNIDADE
INTRODUTÓRIOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer a Contabilidade por meio do seu posicionamento
científico.
■■ Averiguar os objetivos, objeto e campo de atuação da Contabilidade.
■■ Distinguir os Usuários da Contabilidade.
■■ Tomar conhecimento dos Atributos da Informação Contábil.
■■ Identificar o Conceito de Patrimônio Contábil.
■■ Averiguar os itens do Ativo: bens direitos.
■■ Averiguar os itens do Passivo ou obrigações.
■■ Conhecer o Patrimônio Líquido.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Reconhecer a Contabilidade como ciência social
■■ Conhecer o objetivo da Contabilidade e sua abrangência
■■ Identificar os usuários da Contabilidade e os atributos da informação
contábil
■■ Compreender os elementos que compõem o patrimônio contábil
■■ Classificar os itens entre ativo, passivo e patrimônio líquido
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INTRODUÇÃO
Tem-se percebido que a maioria das pessoas que nunca tiveram contato com a
literatura a respeito da Contabilidade julga-a como uma ciência exata. No entanto,
tendo a contabilidade objeto próprio de estudo – o patrimônio das entidades (pes-
soas físicas e jurídicas), que o examina de forma mais intensa qualitativamente,
buscando descrever e explicar as mutações patrimoniais, do que quantitativa-
mente, faz com a mesma seja considerada como uma ciência social.
Nesse sentido, esta unidade tratará dos objetivos, objeto e campo de atuação
da contabilidade, bem como dos seus princípios, que são regidos pelo Conselho
Federal de Contabilidade.
É de suma importância também o conhecimento dos atributos da informa-
ção contábil, bem como dos tipos de usuários da informação contábil e o foco
que cada um deles tem em relação à demanda de informações que a contabili-
dade proporciona.
Por fim, teremos a apresentação de como se constitui o patrimônio contábil,
com ênfase na origem a aplicações de recursos de uma organização.
Introdução
I
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concernentes à sua aplicação prática, na solução de questões concretas.
O patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – por exemplo, da
Economia, da Administração e do Direito – que, entretanto, o estudam sob
ângulos diversos daquele da contabilidade, que o estuda nos seus aspec-
tos quantitativos e qualitativos. A contabilidade busca, primordialmente,
apreender, no sentido mais amplo possível, e entender as mutações sofridas
pelo patrimônio, tendo em mira, muitas vezes, uma visão prospectiva de
possíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da ação do homem,
quanto, embora quase sempre secundariamente, dos efeitos da natureza
sobre o patrimônio.
A Contabilidade é conside-
rada um sistema com objetivo
de fornecer informações a
uma gama de usuários. As
informações são elaboradas
com base no objeto de estudo
da Contabilidade, ou seja, o
patrimônio das entidades. Em
relação ao patrimônio, que
será objeto de estudo mais
adiante, pode-se informar
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por hora que são os bens os diretos e as obrigações de cunho financeiro, ou seja,
mensuráveis em moeda corrente, das entidades (FIPECAFI, 2000).
Essas informações a respeito do patrimônio são disponibilizadas em forma de
relatórios/demonstrações, impressas ou não, podendo ser analisadas pelos usuá-
rios sob a ótica financeira, econômica e de produtividade, entre outros aspectos da
entidade em questão, e têm como objetivo a tomada de decisões (FIPECAFI, 2000).
Nesse contexto, a Contabilidade Gerencial é um dos segmentos da contabili-
dade geral ou financeira que se relaciona mais ao registro, controle e gerenciamento
do patrimônio das organizações. A contabilidade gerencial visa avaliar financei-
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Diante do exposto, pode-se afirmar que os objetivos da contabilidade são:
■■ Proceder ao registro da estrutura societária da organização, bem como
alterações futuras.
■■ Registrar, analisar e controlar o patrimônio das entidades.
■■ Gerar informações para tomada de decisão da administração.
■■ Gerar informações para terceiros com vínculo de interesse para com o
empreendimento (acionistas, investidores, fornecedores, governo etc.).
Silva(2002) afirma que a Contabilidade pode ser estudada de modo geral (para
todas as empresas) ou em particular (aplicada em certo ramo de atividade ou
setor da economia). Assim, no estudo da Contabilidade, pode-se enfocar, den-
tre outros, os seguintes ramos:
■■ Contabilidade Comercial e de Serviços.
■■ Contabilidade Industrial
■■ Contabilidade Bancária.
■■ Contabilidade Hospitalar.
■■ Contabilidade Pública.
■■ Contabilidade Agropecuária.
■■ Contabilidade Securitária.
■■ Contabilidade de Transporte (rodoviário, marítimo, aéreo).
■■ Contabilidade das Pessoas Físicas e Atividade Rural.
■■ Contabilidade de Autônomos.
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA
Art. 1º. Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta
Resolução.
§ 1º. A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da
profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Conta-
bilidade (NBC).
§ 2º. Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a
essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação
dada pela Resolução CFC nº. 1282/10).
CAPÍTULO II
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO
Art. 2º. Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predo-
minante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à
Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patri-
mônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10).
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1282/10):
I) o da ENTIDADE;
II) o da CONTINUIDADE;
III) o da OPORTUNIDADE;
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1282/10);
VI) o da COMPETÊNCIA; e
VII) o da PRUDÊNCIA.
SEÇÃO I
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O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Art. 4º. O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Con-
tabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de
um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independente-
mente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por
consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos
seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta
em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
SEÇÃO II
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Art. 5º. O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes
do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução
CFC nº. 1282/10).
SEÇÃO III
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apre-
sentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e
tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na di-
vulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da
informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10).
SEÇÃO IV
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Art. 7º. O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componen-
tes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das
transações, expressos em moeda nacional.
§ 1º. As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e
combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pa-
gos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são
entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos
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valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas
circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão
necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componen-
tes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos se-
guintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equiva-
lentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes
fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os pas-
sivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não des-
contados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período
das demonstrações contábeis;
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes
de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os
passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não des-
contados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obriga-
ções no curso normal das operações da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo
futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso
normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente,
descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário
para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liqui-
dado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favo-
recimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda
nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamen-
to da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
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da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1282/10).
(O artigo 8º, seu § único, e os incisos I, II e III, que tratavam do Princípio da Atuali-
zação Monetária, foram revogados pela Resolução CFC nº. 1282/10).
Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em vigor a
partir de 1º de janeiro de 1994.
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$ 30 $ 30 $ 30 $ 30 $ 0 $0
Veja como ficaria o lançamento dessa transação pelo regime de competência:
$ 20 $ 20 $ 20 $ 20 $ 20 $ 20
A receita só é considerada no regime de caixa quando for recebida, indepen-
dente do momento que esta foi realizada. O que considera aqui é o momento
que foi recebida e não o momento em que foi efetuado o negócio e emitido a
nota fiscal de venda. Lembrando, a contabilidade trabalha com o regime de
competência.
Havendo a venda de um bem para pagamento futuro, ou seja, uma venda a
prazo, no regime de caixa a receita só será considerada quando for recebida, ou
seja, no dia que a parcela correspondente for quitada pelo cliente. Esse agenda-
mento do recebimento da parcela será efetuado junto ao fluxo de caixa. Já no
regime de competência, a receita é considerada receita ganha no momento da
negociação, ou seja, o total da emissão da nota fiscal de venda, independente do
momento que será paga.
Exemplo:
Na venda de mercadorias a prazo no mês de janeiro no valor de $ 200,00,
sendo o recebimento em quatro parcelas iguais de $ 50,00, sendo uma parcela
àvista e as demais três parcelas nos próximos meses, veja como ficaria:
$ 50 $ 50 $ 50 $ 50 $ 0 $0
Lançamento dessa transação pelo regime de competência:
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$ 200 $ 0 $0 $0 $0 $0
Veja que nesse caso da venda, como supostamente a mercadoria sai da
empresa no momento da venda, ou seja, ela deixa o patrimônio da empresa, ela
é contabilizada em sua totalidade no primeiro mês. Resumindo:
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No entanto, verifica-se que pode existir uma variedade de usuários com necessi-
dades de informações específicas. Nessa variedade, existem dois grupos distintos:
internos e externos. A Resolução 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade
conceitua:
Os usuários internos incluem os administradores de todos os níveis,
que usualmente se valem de informações mais aprofundadas e espe-
cíficas acerca da Entidade, notadamente aquelas relativas ao seu ciclo
operacional.
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■■ confiabilidade;
■■ tempestividade;
■■ compreensibilidade; e
■■ comparabilidade.
1.4 – DA CONFIABILIDADE
1.4.1 – A confiabilidade é atributo que faz com que o usuário aceite a
informação contábil e a utilize como base de decisões, configurando,
pois, elemento essencial na relação entre aquele e a própria informação.
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reza formal, como a organização espacial e recursos gráficos empregados,
até a redação e técnica de exposição utilizadas.
§ 1º A organização espacial, os recursos gráficos e as técnicas de exposi-
ção devem promover o entendimento integral da informação contábil,
sobrepondo-se, pois, a quaisquer outros elementos, inclusive de natu-
reza estética.
§ 2º As informações contábeis devem ser expressas no idioma nacio-
nal, sendo admitido o uso de palavras em língua estrangeira somente
no caso de manifesta inexistência de palavra com significado idêntico
na língua portuguesa.
1.7 – DA COMPARABILIDADE
1.7.1 – A comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimento
da evolução entre determinada informação ao longo do tempo, numa
mesma entidade ou em diversas Entidades, ou a situação destas num
momento dado, com vista a possibilitar-se o conhecimento das suas
posições relativas.
1.7.2 – A concretização da comparabilidade depende da conservação dos
aspectos substantivos e formais das informações.
Parágrafo único – A manutenção da comparabilidade não deverá consti-
tuir elemento impeditivo da evolução qualitativa da informação contábil.
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PATRIMÔNIO CONTÁBIL
Dando continuidade ao que foi verificado na unidade anterior, onde foi definido
como objeto de estudo da contabilidade o patrimônio das entidades, essa uni-
dade tem como objetivo explorar de forma mais aprofundada o que compõe o
patrimônio. Segundo Miranda (2002, p. 19), o patrimônio “é o conjunto de bens,
direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica, com finalidade
definida e mensurável economicamente”. Isso será verificado com o auxílio de
exemplos que possam tratar do assunto com uma maior proximidade da prá-
tica das entidades no dia a dia. Diante do balanço patrimonial, o lado esquerdo
acomoda o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma entidade, e o lado
direito inclui as obrigações a serem pagas por essa entidade.
BENS
Segundo Ferrari (2001), bens representam tudo o que pode ser avaliado econo-
micamente e que satisfaça necessidades humanas/corporativas.
Pode-se classificar os bens em:
■■ Tangíveis, corpóreos, concretos ou materiais.
■■ Intangíveis, incorpóreos, abstratos ou imateriais.
Patrimônio Contábil
I
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■■ De renda: não destinados aos objetivos da empresa (imóveis destinados
à renda ou aluguel).
■■ De consumo (não duráveis ou que são gastos ou consumidos no processo
produtivo); depois de consumidos, representam despesas: combustíveis e
lubrificantes, material de escritório, material de limpeza etc.
Bens Móveis
São os bens que fazem parte do patrimônio das entidades que se movem ou podem
mover-se, todos os objetos materiais que podem se transportar ou mudar sua
localização sem perder as características e direitos a eles inerentes.
Bens Imóveis
São aqueles bens que fazem parte do patrimônio das entidades que se não movem,
são de forma geral inertes, imutáveis. Bem que não é móvel, como terrenos, pré-
dios, edifícios, casas etc.
DIREITOS
São valores a serem recebidos de terceiros, por vendas a prazo ou valores de pro-
priedade da empresa que se encontram em posse de terceiros. A tendência é de
que os valores correspondentes aos direitos se tornem bens.
Exemplos:
Títulos a receber, clientes, contas a receber, notas promissórias a receber,
dinheiro depositado no banco, aplicações financeiras, adiantamento a funcio-
nários, empréstimos a sócios etc.
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Propriedade
Fávero et al. (1997) esclarecem que, para ter propriedade, é necessário possuir o
legítimo poder de decisão sobre o destino do objeto. Nem sempre para ser o pro-
prietário é necessário ter a posse. Um arrendamento mercantil (Leasing) de uma
máquina ou veículo, pelo qual a empresa pagará aluguel mensal, não se caracteriza
como ativo, embora o bem esteja dentro da empresa (posse e não propriedade).
Avaliável em Dinheiro
O mesmo autor afirma que qualquer bem ou direito dever ser mensurável em
dinheiro para poder ser considerado como ativo de uma empresa.
Ludícibus e Marion (2000) colocam que um dos itens mais significativos que
normalmente não é contabilizado como ativo, pois não tem um valor objetivo, é
o que denominamos de Goodwill (traduzido para o português como Fundo de
Comércio, Aviamentos e Mais Valia). Para eles, inicialmente pode-se dizer que
goodwill é o valor a maior, um ágio, de uma empresa em virtude de bons serviços
prestados; da imagem/reputação; dos consumidores conquistados ao longo dos
anos etc. Esses aspectos considerados positivos, e outros, no momento de se ava-
liar uma empresa, podem representar montantes algumas vezes maiores que seu
ativo tangível, no entanto, não existe a possibilidade de ser realizar uma avalia-
ção precisa dado o seu subjetivismo, assim sendo, o goodwill não é demonstrado.
Patrimônio Contábil
I
OBRIGAÇÕES
Segundo Miranda (2002, p. 18), as obrigações “constituem-se em ato da pessoa
ou empresa dispor de algum bem ou serviço e que em troca destes originam um
compromisso futuro de pagamento, representado por um documento, como as
duplicatas a pagar”. São dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natu-
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reza assumidos perante terceiros ou bens de terceiros que se encontram em
posse da entidade.
Exemplos: financiamentos, empréstimos bancários, salários a pagar, impos-
tos a pagar etc.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio líquido é constituído pela soma dos bens mais os direitos menos
as obrigações, ou seja, (pl=bens+direitos-obrigações). Como o próprio nome
sugere, patrimônio líquido significa a fatia de recursos que é da própria enti-
dade, pois se somar o que ela possui (bens) mais o montante do que tem para
receber (direitos) e efetuar a quitação do que ela deve (obrigações), o que resta
é o líquido (patrimônio líquido).
Exemplo:
Se uma empresa possui em bens: $ 50.000; direitos: $ 60.000 e em obriga-
ções $ 40.000, seu patrimônio líquido será:
PL= 50.000+60.000-40.000
PL = 70.000
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar da maioria das pessoas que nunca tiveram contato com a Contabilidade
pensarem, ela não uma ciência exata, mas sim social, e tem como objeto de estudo
o patrimônio das entidades. Lembrando que o patrimônio é tudo aquilo que
pode ser mensurado financeiramente nas entidades/empresas, tais como esto-
ques, veículos, contas a pagar, contas a receber, dinheiro no banco e em caixa etc.
A contabilidade é regida por uma série de princípios que foram normatiza-
dos pelo Conselho Federal de Contabilidade.
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Aplicações Origens
ATIVO PASSIVO
Aplicações Origens
BENS
OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS
do
Estoques
an
Fornecedores
am
Caixa
s
iro
Financiamentos
ecl
Veículos
rce
R
Empréstimos Bancários
rá
Te
Edificações
Se
de
Impostos a pagar
pit
Instalações
Ca
o
DIREITOS
nd
ma
Duplicatas a Receber
o
cla
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
pri
Impostos a Recuperar
Re
Pró
al
Lucro/prejuízo acumulado
pit
Os
Aplicação financeiras
BENS + DIREITOS - OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS = PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Considerações Finais
1. Responda:
a. Quais os objetivos da contabilidade?
Caro(a) aluno(a), este vídeo mostra a questão dos bens, direitos e obrigações:
<http://www.youtube.com/watch?v=EyAaG1B1iXk>.
Este vídeo apresenta os usuários da informação contábil:
<http://www.youtube.com/watch?v=NBzn-Hftrx8>.
Este vídeo apresenta questões relacionadas aos objetivos da contabilidade:
<http://www.youtube.com/watch?v=w1EOtXgc4QU>.
Acesse a homepage e veja como ela apresenta um conjunto de termos que são utilizados na
contabilidade. A contabilidade utiliza termos que são inerentes a ela, assim como existem termos
que são inerentes a outras áreas, como a medicina, por exemplo. Conhecê-los e saber o que
significam ajuda muito a entender melhor a contabilidade.
Fonte: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/glossario.htm>.
II
BALANÇO PATRIMONIAL
UNIDADE
E DEMONSTRATIVO DE
RESULTADO DO EXERCÍCIO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Tratar de alguns aspectos introdutórios sobre os relatórios dessa
unidade.
■■ Evidenciar os itens do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.
■■ Visualizar os recursos patrimoniais por meio das Origens e
Aplicações.
■■ Verificar a técnica de aprendizado denominada de Balanços
sucessivos.
■■ Apresentar o funcionamento do DRE: Demonstrativo de Resultado do
Exercício.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ A importância do Balanço Patrimonial
■■ A composição do ativo, passivo e patrimônio líquido
■■ Obter compreensão sobre receitas e despesas
■■ Compreender os itens que compõem o DRE
■■ De que forma os recursos ingressam nas entidades
■■ Compreender as variações patrimoniais por meio de balanços
sucessivos
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INTRODUÇÃO
Introdução
II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Lado Direito – Obrigações e o Capital
Lado Esquerdo – Bens e Direitos
investido pelos sócios
Tabela 1: Balança Patrimonial
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: O autor
ATIVO
De acordo com Miranda (2002, p. 17), “o ativo representa a parte dos valores
positivos do patrimônio, tudo aquilo que a entidade possui ou que ela tem a rece-
ber de terceiros. Abrange o conjunto de bens e direitos da entidade”.
PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ativo
II
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
BENS OBRIGAÇÕES
Estoques Fornecedores
Máquinas, Imóveis, Veículos Salários a pagar
Dinheiro Empréstimos e Financiamentos
DIREITOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Duplicatas a receber Capital Social
Banco conta movimento Lucro/Prejuízo acumulado
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Tabela 2: Balanço Patrimonial
Fonte: O autor
PL=ATIVO-PASSIVO EXIGÍVEL
PL=Ativo-Passivo Exigível
II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Iudícibus e Marion (2000) esclarecem que em contabilidade, Curto Prazo sig-
nifica normalmente o período de até um ano. Para facilitar a interpretação e
análise do balanço, existe uma preocupação constante em estabelecer uma ade-
quada distribuição de contas.
Para tanto, duas regras básicas orientam a distribuição de contas no Balanço
Patrimonial:
Prazo: em contabilidade CURTO PRAZO significa normalmente o período
de até um ano.
Grau de Liquidez decrescente: os itens de maior liquidez são classificados em
primeiro plano. Os de menor liquidez aparecem em último lugar. Por exemplo,
entre três contas: Estoque disponível e Duplicatas a Receber, o mais líquido é o
disponível (1O lugar); em segundo lugar, recebe-se mais rapidamente as dupli-
catas do que os estoques (estes possuem uma liquidez mais lenta – 3º lugar).
Assim, pode-se relacionar tudo aquilo que a empresa receberá no Curto Prazo
(aquilo que será transformado em dinheiro) confrontando com tudo aquilo que
será pago no Curto Prazo:
ATIVO PASSIVO
Itens que já são dinheiro ou que serão
Todas as contas que serão pagas rapi-
transformados em dinheiro rapida-
damente, no Curto Prazo, ou até 1 ano.
mente (Curto Prazo).
O grupo seguinte seria o das contas que a empresa espera muito tempo para
receber (Ativo), confrontando com as contas que se demora muito para pagar
(Passivo). Que são denominados de Longo Prazo.
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Recebe-se rapidamente Paga-se rapidamente
Recebe-se lentamente, no Longo Prazo Demora-se muito tempo para pagar
Caso a empresa tenha de esperar mais de um ano para receber, pode-se denomi-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nar esse grupo de Realizável a Longo Prazo. E, por outro lado, se o período para
pagar é superior a um ano, denomina-se um Exigível a Longo Prazo. Assim, no
Passivo, existem compromissos que se pagam relativamente rápido (menos de
um ano) e compromissos demorarão mais de um ano para se pagar (exigível a
longo prazo). E o terceiro grupo será de contas que não serão pagas enquanto a
empresa estiver em atividade (IUDÍCIBUS; MARION, 2000). Esses autores com-
plementam o que é o caso do Patrimônio Líquido: enquanto a empresa estiver em
um processo de continuidade, não precisa pagar (não exigível) aos seus donos.
Iudícibus e Marion (2000) afirmam que no Ativo, o que se recebe de forma
mais rápida encontra-se em primeiro lugar (circulante), posteriormente, vem o
que demorar mais tempo para receber. Nesta sequência, em terceiro lugar, vem
o grupo dos itens que a empresa não receberá, pois não estão à venda, mas des-
tinados ao uso e à renda (permanente). Esses itens permanecem muito tempo
dentro da empresa, daí serem chamados de permanentes.
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dos recursos próprios, consistindo no
(imóveis, máquinas, equipamentos, investimento inicial efetuado pelos
veículos etc.). sócios e resultados obtidos com as
atividades da empresa. Não é exigível,
ou seja, não precisa pagar.
Quadro 3: Balanço Patrimonial - Prazos
Fonte: O autor
ORIGENS E APLICAÇÕES
Origens E Aplicações
II
Mercado
Microambiente
ATIVO PASSIVO
Recursos de
Bens
terceiros
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Recursos
Direitos
Próprios (PL)
ESTRUTURA PATRIMONIAL
Enquanto vigorou a lei 6.404/76, que regulamentava as Sociedades por Ações, apli-
cável às demais sociedades, a estrutura patrimonial era dividida da seguinte forma:
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
Permanente
Investimentos Permanentes Resultado de Exercícios Futuros
Imobilizado Patrimônio Líquido
Diferido
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Não Circulante Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Investimentos Permanentes
Imobilizado Patrimônio Líquido
Intangível
ATIVO
Ativo
II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ATIVO CIRCULANTE
atividade do empreendimento.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
à manutenção das atividades do empreendimento.
■■ Obras de arte.
Imobilizado: Constituem Ativos Imobilizados os bens e direitos de natureza perma-
nente, destinados à manutenção das atividades do empreendimento, que incluem:
IMOBILIZADO
Edifícios 500.000,00
Veículos 300.000,00
Instalações 150.000,00
Equipamentos 130.000,00
Móveis e Utensílios 28.000,00
Implementos 120.000,00
Maquinários Agrícolas 250.000,00
Terrenos 300.000,00
Sistema Aplic. Software 150.000,00
Ferramentas 45.000,00
Marcas e Patentes 180.000,00
Benfeitoria em Imóveis de Terceiros 250.000,00
Quadro 4: Balanço Patrimonial – Imobilizado
Fonte: O autor
PASSIVO
Passivo
II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tua o pagamento dentro do próprio mês.
ICMS a Recolher: Representa os valores relativos às obrigações do empre-
endimento com o Governo Estadual no que se refere às vendas efetuadas com
incidência desse imposto.
Fornecedores: Destina-se a registrar as aquisições de matérias-primas, ativo
permanente, uso e consumo, serviços adquiridos para pagamentos a prazo.
Passivo Não Circulante: Neste grupo são escrituradas as obrigações da
empresa vencíveis após o exercício seguinte, inclusive financiamentos para a
aquisição de direitos do ativo permanente.
É formado pelos seguintes subgrupos:
■■ Empréstimos e Financiamentos.
■■ Provisão para Imposto de Renda.
■■ Fornecedores.
■■ Provisão para Riscos Fiscais e Outros Passivos Contingentes.
São contas que são assim denominadas por serem de naturezas inversas aos gru-
pos aos quais pertencem.
As principais contas redutoras de ativo são:
Provisão para devedores duvidosos: Destina-se a registrar os valores rela-
tivos às possíveis perdas no recebimento de títulos.
Duplicatas descontadas: Utilizada para registrar os valores que são entre-
gues às instituições financeiras nas operações de desconto de recebíveis para
captação de recursos para capital de giro.
Depreciação acumulada: Registra por meio de metodologia própria a perda
do valor dos itens do ativo imobilizado por uso, desgaste ou obsolescência.
E a principal conta redutora de patrimônio líquido é:
Prejuízos acumulados: Registra o resultado negativo de um período de
avaliação das receitas versus as despesas de um empreendimento. Para que o
resultado seja prejuízo, as despesas precisarão ser maiores que as receitas no
mesmo período.
Exemplos:
No Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo:
Patrimônio Líquido:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Aplicações Origens
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante - AC Passivo circulante - PC
Caixa Empréstimos e Financiamentos
Bancos Conta Movimento Fornecedores
Aplicações Financeiras Salários a Pagar Será reclamado/
O recurso já está
Duplicatas a Receber INSS a Recolher Exigido
disponível ou
( - ) Desconto de duplicatas FGTS a Recolher
estará no máximo Endividamento,
( - ) Provisão para devedores Provisão de Férias
em um ano obrigações de curto
duvidosos Provisão de 13. Salário
Adiantamento a funcionários Seguros a Pagar prazo, até um ano
Materiais de consumo Gratificações a Diretores,
Material de escritório Adm a Pagar
Material de Limpeza Gratificações a Empregados
Ativo não Circulante a Pagar
Recurso estará Títulos a Pagar
Realizável a Longo Prazo Utilidades e Serviços a Pagar
disponível após
um ano Duplicatas a Receber Obrigações Sociais
Adiantamento de Clientes
( - ) Desconto de duplicatas
Dividendos a Pagar
Permanente
Passivo não Circulante Endividamento de
Terrenos longo prazo,
Contruções em andamento Empréstimos Será reclamado/
Financiamentos
Exigido
obrigações após
( - ) Depreciação acumulada de um ano
construções em andamento Impostos a Pagar
Não se aplicam
prazo, infraestrutura Instalações
da entidade ( - ) Depreciação acumulada de Patrimônio Líquido - PL
Instalações Não será Riqueza líquida,
Capital Social reclamado
não se aplicam
Máquinas e equipamentos
Lucro ou prejuízos acumulados prazos
( - ) Depreciação acumulada de
Máquinas equipamentos
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante - AC Passivo circulante - PC
Caixa Empréstimos e Financiamentos
Bancos Conta Movimento Fornecedores
Aplicações Financeiras Salários a Pagar
Duplicatas a Receber INSS a Recolher
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ATIVO PASSIVO
Instalações Impostos a Pagar
( - ) Depreciação acumulada de Instala-
Patrimônio Líquido - PL
ções
Máquinas e equipamentos Capital Social
( - ) Depreciação acumulada de Máqui-
Lucros ou prejuízos acumulados
nas e equipamentos
Veículos Origens = Passivo
( - ) Depreciação acumulada de Veículos Aplicações = Ativo
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Marcas e patentes Capital Próprio = PL
( - ) Amortização acumulada de Marcas
Não Exigível = PL
e patentes
Benfeitorias em imóveis de terceiros Capital de Terceiros = PC e ELP
( - ) Amortização acumulada em imóveis
Passivo Exigível = PC e ELP
de terceiros
Reserva Florestal PL = Ativo – Passivo Exigível
( - ) Reserva Florestal – exaustão acumu-
PL = Ativo – PC - ELP
lada
Quadro 5 - Plano de contas simplificado
Fonte: O autor
BALANÇOS SUCESSIVOS
Balanços Sucessivos
II
APRESENTAÇÃO DA METODOLOGIA
BALANÇO PATRIMONIAL
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Patrimônio Líquido
Banco 20.000,00 Capital Social 20.000,00
Total do Ativo 20.000,00 Total do Passivo 20.000,00
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Patrimônio Líquido
Banco 20.000,00 Fornecedores 7.000,00
Estoques mat.prima 7.000,00 Patrimônios Líquido
Capital Social 20.000,00
Total do Ativo 27.000,00 Total do Passivo 27.000,00
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Banco 20.000,00 Fornecedores 7.000,00
Estoques mat.prima 7.000,00 Exigível a Longo Prazo
Ativo permanente Financiamentos 50.000,00
Trator 50.000,00 Patrimônio Líquido
Capital Social 20.000,00
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Banco 19.000,00 Fornecedores 7.000,00
Estoques mat.prima 7.000,00 Exigível a Longo Prazo
Estoques mat.diversos 1.000,00
Ativo Permanente Financiamentos 50.000,00
Trator 50.000,00 Patrimônio Líquido
Capital Social 20.000,00
Total do Ativo 77.000,00 Total do Passivo 77.000,00
Apresentação da Metodologia
II
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INTRODUÇÃO
RECEITAS
Segundo Ferrari (2001), receita representa a entrada de recursos para o Ativo, sob
forma de dinheiro, direitos a receber e outros. Entre outras formas, tem origem
nas vendas de mercadorias (empresa comercial), de produtos (empresa indus-
trial) ou serviços (empresa prestadora de serviços). São entradas de elementos
para o ativo do empreendimento, na forma de bens ou direitos, que sempre pro-
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CUSTOS
DESPESAS
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Ferrari (2001) conceitua despesas como “variações negativas do patrimônio
líquido. Entre outras formas, tem origem no consumo de bens e na utilização de
serviços. Visam, direta ou indiretamente, à obtenção de receitas”.
Favero et al.(1997, p. 95) descrevem que “despesa representa os sacrifícios de
recursos com que a entidade se vê obrigada a arcar para a obtenção da receita”.
Exemplificando: para que um empreendimento possa comercializar certo produto,
vários “esforços” financeiros ocorrem para colocar esse produto em condições
de comercialização. São efetuados gastos com a aquisição das mercadorias,
transporte, estocagem, mão de obra etc, representam os sacrifícios financeiros
efetuados para queo empreendimento possa obter a receita da comercialização
das mercadorias. Os autorem lembram que nunca é tarde lembrar que em con-
dições normais, esse sacrifício não deve superar os benefícios esperados, pois
nesse caso não valeria a pena tal esforço, ou seja, às despesas seriam superiores
as receitas e conclusivamente o resultado seria prejuízo (FAVERO et al. 1997).
A ocorrência de uma despesa se dá quando se consomem ou utilizam bens
e serviços no processo de se obter receitas. A contabilidade reconhece a despesa
através de sua contabilização em contas de natureza específica, aqui denomina-
das de contas de resultado ou diferenciais.
As despesas representarão:
■■ Uma diminuição do Ativo, sem alterações dos valores do Passivo, quando
forem pagas à vista.
■■ Um aumento do Passivo, sem alterações dos valores do Ativo, quando
o almoxarifado, tanto à vista como a prazo, não pode ser caracterizada como
despesa. Necessário se torna a ocorrência do consumo, que é o fato gerador da
despesa para caracterizar sua ocorrência (FAVERO et al. 1997).
Dentro do contexto de um empreendimento que produz ou fabrica produ-
tos, despesa é o valor dos insumos não identificados com a produção e que
são consumidos para o funcionamento do empreendimento, isto é, refere-se
às atividades não produtivas do empreendimento, geralmente sendo sepa-
radas em Administrativa, Comercial e Financeira. Portanto, as despesas são
diferenciadas dos custos pelo fato de estarem relacionadas com a adminis-
tração geral do empreendimento, ao passo que os custos estão ligados com a
fábrica e a produção.
Gastos
Gastos
Despesas
II
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de seu saldo para os lucros ou prejuízos acumulados.
A Demonstração do Resultado do Exercício é, tão somente, a estruturação,
ordenação da movimentação desta conta que transitoriamente recebe todas as
receitas custos/despesas.
OBJETIVO
OBRIGATORIEDADE
CONTEÚDO
Despesas
II
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vendas, da qual é deduzido o custo total correspondente a essas ven-
das, apurando-se a margem bruta, ou seja, o lucro bruto;
RECEITA BRUTA
(–) Deduções
(=) RECEITA LÍQUIDA
(–) Custos dos produtos vendidos
(=) LUCRO BRUTO
Ficam claras, nesta estrutura simples, as informações de como a receita foi sendo
“consumida” pelos diversos gastos e distribuições, os resultados após estas dedu-
ções e o que restou para sócios e a própria empresa.
Esta riqueza de detalhamento é que propicía o número de informações neces-
sárias para a tomada de decisão, que é o propósito fundamental da contabilidade.
FORMA DE APRESENTAÇÃO
b. De serviços
b. Devoluções
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a. De vendas
b. Administrativas
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e exterior, de produtos, mercadorias ou serviços. Outras receitas de caráter ope-
racional secundário devem figurar após o Lucro Bruto.
É interessante notar que a legislação tributária define a Receita Bruta como
vendas faturadas menos impostos diretos não cumulativos, como o IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados) que, portanto, não se inclui entre os impostos
incidentes sobre vendas. Assim, a Receita Bruta é dada pelas vendas faturadas
menos esses impostos, enquanto a Receita Líquida é dada pela Receita Bruta
menos as deduções de abatimentos e devolução, menos os impostos incidentes
sobre vendas, como ICMS, ISS, e menos os encargos diretamente proporcionais
às vendas, como PIS e COFINS.
Isso não é exatamente o que prevê a Lei das S.A., que não faz nenhuma dis-
tinção entre as citadas categorias de impostos, bem como não se refere a encargos
proporcionais às vendas.
Transportes.
■■ ISS – Impostos Sobre Serviços.
■■ PIS – Programa de Integração Social.
■■ COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social.
CPV EI CPP EF
Onde,
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como também o custo de alguns materiais que porventura tenham sido utiliza-
dos na prestação destes. Há, porém, casos de empresas prestadoras de serviços
que não evidenciam na demonstração do resultado o custo dos serviços presta-
dos, contabilizando-o com as despesas operacionais.
Para as empresas comerciais, caracterizadas pela atividade de compra de
mercadorias para serem revendidas no mercado, o custo das mercadorias ven-
didas apresentam os seguintes componentes:
CMV EI CL EF
Onde,
CMV= Custo das Mercadorias Vendidas
EI = Estoque das mercadorias destinadas à venda no início do exercício
CL = Compras líquidas
EF = Estoque das mercadorias destinadas à venda no final do exercício
Após deduzidos os Custos de Produção, obtemos então o Lucro Bruto.
DESPESAS OPERACIONAIS
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Destinação dos Lucros:
■■ Debêntures: são juros de títulos de longo prazo emitidos para captar recur-
sos (empréstimos) junto ao público em geral.
■■ Funcionários e administradores: complemento à remuneração destes,
normalmente definido em estatuto ou contrato social.
■■ Própria empresa: retenção do lucro para reinvestimento.
■■ Doações: para instituições ou fundos de assistência ou previdência de
empregados.
Tipos de Lucros:
■■ Lucro Operacional: oriundo da atividade operacional da empresa.
■■ Lucro Não operacional: oriundo de eventos não ligados à atividade fim.
■■ Lucro Tributável: base de cálculo para o IR e a CSLL.
■■ Lucro Cessante: suposto lucro que a empresa teria se não tivesse disposto
de um determinado bem.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Banco 19.000,00 Fornecedores 7.000,00
Estoques mat.prima 7.000,00 Exigível a Longo Prazo
Estoques mat.diversos 1.000,00
Ativo Permanente Financiamentos 50.000,00
Trator 50.000,00 Patrimônio Líquido
Capital Social 20.000,00
Total do Ativo 77.000,00 Total do Passivo 77.000,00
Fatos Administrativos:
1. Venda de 60% do estoque pelo valor de $ 15.000,00 (venda total), sendo 40% à
vista e 40% a prazo. Impostos na ordem de 12%. Comissão aos vendedores na
ordem de 7%. Tanto impostos como comissões serão pagas no próximo mês.
2. Pagamento de fornecedores no valor de $ 3.300,00.
3. Utilização de 30% dos materiais diversos.
4. Pagamento de parcela do financiamento do trator, valor de $ 1.200,00. Conside-
re $ 370,00 de juros embutido na parcela.
5. Reconhecimento de depreciação do trator no primeiro mês, valor de $ 1.040,00.
Impacto no balanço patrimonial:
Venda à vista Aumento no saldo do Banco $ 6.000,00
Venda a prazo Criação da conta Duplicatas a Receber $ 9.000,00
Baixa de 60% do estoque Redução na conta Estoque $ 4.200,00
Impostos – 12% s/ vendas Criação da conta Impostos a recolher $ 1.800,00
Comissões – 7% s/ vendas Criação da conta Comissões a pagar $ 1.050,00
Pagamento a fornecedores Redução do saldo de Fornecedores e $ 3.300,00
redução no saldo de Banco
Utilização de 30% dos ma- Redução do saldo de Estoques de $ 300,00
teriais diversos Materiais Diversos
Pagamento da 1ª parcela do Redução da conta Financiamentos
financiamento trator (somente o principal) e redução na $ 1.2000,00
conta Banco (valor total da parcela)
Reconhecimento de depre- Criação da conta redutora Deprecia- $ 1.040,00
ciação ção Acumulada – Tratores
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
Banco 20.500,00 Fornecedores 3.700,00
Duplicatas a Receber 9.000,00 Impostos a recolher 1.800,00
Estoque Matéria-Prima 2.800,00 Comissões a pagar 1.050,00
Estoque Mat. Diversos 700,00
NÃO CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE Financiamentos 49.170,00
PERMANENTE
Tratores 50.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(-) Deprec.Acumulada – Tratores (1.040,00) Capital Social 20.000,00
Lucros Acumulados 6.240,00
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio desta unidade, foi possível ter uma noção muito clara da disposição
dos bens, direitos e obrigações e, consequentemente, do patrimônio líquido das
entidades. Os bens e direitos se tornaram o ativo e as obrigações se tornaram
o passivo e o patrimônio líquido. Foi possível também verificar que o passivo
nada mais é que as origens (entradas) dos recursos patrimoniais, e o ativo cor-
responde ao local onde esses recursos são aplicados. Eu costumo dizer que o que
a empresa possui está no ativo, o passivo é apenas para justificar de onde está
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vindo os recursos. Isso pode ser melhor observado com a utilização do método
de ensinoaprendizagem dos balanços sucessivos. Apesar de trabalhoso e não uti-
lizado na prática das entidades, esse método é muito útil no entendimento da
movimentação dos recursos patrimoniais.
Foi possível também perceber que para o balanço patrimonial ser melhor
organizado, ele teve os seus recursos divididos em grupos. O ativo atualmente
está dividido em ativo circulante, onde contempla os recursos que são disponí-
veis ou serão recebidos em até um ano. No ativo circulante, fica registrado os
recursos que são utilizados no “giro” da empresa. No ativo não circulante, são
classificados os recursos que serão recebidos após um ano ou que não são para
o “giro” da empresa, ou seja, a infraestrutura, máquinas, móveis, veículos, equi-
pamentos, edificações, e os investimentos da entidade.
No lado direito do balanço patrimonial, chamado de passivo, existem três
grupos, o passivo circulante, onde são classificadas as obrigações que serão
reclamadas em até um ano. No passivo não circulante, as obrigações que serão
reclamadas após um ano. E por fim, o patrimônio líquido, onde ficam registra-
dos os recursos transferidos pelo sócios para iniciar as atividades da empresa
(capital social) e o resultado (lucro/prejuízo) que a empresa obtém com a ativi-
dade que ela desenvolve. E é sobre como a empresa chega ao resultado (lucro/
prejuízo) que nos dedicaremos na próxima unidade.
O demonstrativo de resultado (DRE) é o que chamo de detalhamento da
conta lucro/prejuízo acumulado, que se encontra no patrimônio líquido do
balanço patrimonial. Ele é um relatório que sumariza o que foi realizado na enti-
dade em um determinado período, naquilo que essa entidade se propôs a fazer
Considerações Finais
1. Descreva 3 fontes de receitas das entidades.
2. Explique o que são Despesas e cite cinco exemplos.
3. O que significa o resultado apurado no DRE?
Atividade Resolvida
1. A Cia Industrial Rio Negro Ltda. apresentou em 16/03/2007 um balancete com
as seguintes contas:
ATIVO PASSIVO E PL
Circulante Circulante
Caixa 3.500 Cofins a Recolher 5.918
Bancos Conta Corrente 154.885 Emprést. e Financ. 135.498
Títulos a Receber 90.000 Férias e 13º Salários a Pagar 79.685
Duplicatas a Receber 197.000 Fornecedores 350.000
(-) Duplicatas Descontadas (45.000) Grata Dir. Adm. a Pagar 58.197
(-) Provisão p/ Créd. de Liq. Duvidosa (5.000) Grat. a Empreg. a Pagar 92.849
Aplicação de Liq. Imediata 92.492 IR a Recolher 19.159
Empréstimo a Diretores 16.548 ICMS a Recolher 1.800
Adiantamento a Terceiros 17.927 Obrig.Fiscais e Sociais 71.928
Impostos a Recuperar 85.498 PIS a Recolher 1.640
Material de Escritório 9.294 Salários a Pagar 59.807
Material de Limpeza 1.851 Títulos a Pagar 31.975
Matérias-Primas 165.000 Utilidades e Serv. a Pagar 19.248
Mercadorias para Revenda 651.000 Adiant. de Clientes 97.169
Produtos Acabados 25.546 Total do PC 1.024.873
Total do AC 1.460.541 Exigível a L.P.
Realizável a L.P. Emprést. e Financ. 300.324
Títulos a Receber 37.500 Títulos a Pagar 19.789
Impostos a Recuperar 23.006 Total do ELP 320.113
Duplicatas a Receber 86.000
(-) Provisão p/ Créd. de Liq. Duvidosa (8.570) Patrimônio Líquido
Total do RLP 137.936 Capital Social 785.156
Permanente Lucro Acumulado 1.993.036
Obras de Arte 73.119 Total do PL 2.778.192
Terreno 543.000
Investimentos Temporários 216.256
Instalações 115.422
92 - 93
ATIVO PASSIVO E PL
(-) Instalações Deprec. Acumulado (25.400)
Máquinas e Apar. e Equip. 154.655
(-) Máq. e Ap. e Equip. Dep. Acumul. 20.000)
Móveis de Utensílios 21.542
(-) Móveis e Utens. Deprec. Acumul. (4.700)
Veículos 651.651
(-) Veículos – Deprec. Acumul. (80.000)
Obras em Andamento 879.156
Total do AP 2.524.701
TOTAL 4.123.178 TOTAL 4.123.178
RESOLUÇÃO:
DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO 01/04/2007 A 30/04/2007
RECEITA BRUTA 300.000
Vendas de Mercadorias 300.000
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA (83.831)
Devoluções de Vendas (11.250)
Descontos Incondicionais (60.000)
Simples Federal (6.863)
Simples Estadual (5.719)
(=) RECEITA LÍQUIDA 216.169
(-) CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA (150.000)
(=) LUCRO BRUTO 66.169
(-) DESPESAS OPERACIONAIS (56.200)
DESPESAS C/VENDAS (30.000)
Salários (20.000)
Telefone (5.000)
Comissões (3.000)
94 - 95
RESOLUÇÃO:
Combustíveis (2.000)
DESPESAS ADMINISTRATIVAS (25.000)
Salários (12.000)
Pró-labore (6.000)
Aluguel (2.000)
Depreciação (5.000)
DESPESAS FINANCEIRAS (4.000)
Juros Pagos (3.000)
Desc. Conced. (1.000)
RECEITAS FINANCEIRAS 2.800
Juros Ativos 2.000
Desc. Auferidos 800
(+/-) RESULTADO NÃO OPERACIONAL 80.000
Venda de Imob. 50.000
Venda de Invest. 30.000
(=) RESULTADO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 89.969
PARTICIPAÇÕES (8.000)
Part. Empregados (5.000)
Part. Administ. (3.000)
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 81.969
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
Professor Me. Silvio César de Castro
ATIVO PERMANENTE:
III
UNIDADE
IMOBILIZADO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer os itens e funcionamento do Ativo Permanente.
■■ Verificar a aplicação e cálculo da Depreciação.
■■ Verificar a aplicação e cálculo da Amortização.
■■ Verificar a aplicação e cálculo da Exaustão.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Identificação dos Itens do Ativo Permanente
■■ Conceito e Forma de Cálculo da Depreciação, Amortização e Exaustão
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 100 - 101
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INTRODUÇÃO
Nos recursos aplicados no Ativo Permanente, como o próprio nome sugere, estão
todas as aplicações de recursos feitas pela empresa de forma permanente (fixa),
que são representadas pelos:
■■ Bens adquiridos para uso da empresa.
■■ Aplicações de recursos na compra de ações ou quotas de outras empre-
sas de caráter permanente.
■■ Aplicação de recursos em despesas que devam onerar o resultado de vários
exercícios, sendo assim, o Ativo Permanente está dividido em três grupos.
Introdução
III
ATIVO PERMANENTE
A LEGISLAÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada perio-
dicamente nas contas de
■■ Depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm
por objetivo bens físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por
uso, ação da natureza ou obsolescência.
■■ Amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na
aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer
outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto
sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado.
■■ Exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua explo-
ração, de direitos cujo objetivo sejam recursos minerais ou florestais, ou
bens aplicados nessa exploração.
DEPRECIAÇÃO
despesa operacional.
O lançamento característico da depreciação é:
D-Despesas (ou custo) de Depreciação - DRE
C- Depreciação Acumulada – Balanço Patrimonial
A conta devedora é de resultado e representa o encargo econômico suportado
pela entidade. Já a conta credora retifica o bem do ativo sujeito à depreciação,
integrando o Balanço Patrimonial, sendo demonstrada juntamente com a conta
do bem que ela retifica, em subtração a seu saldo.
NOTA: o encargo de depreciação somente é computável no resultado do
exercício a partir da época em que o bem é instalado, posto em serviço ou em
condições de produzir.
O valor da depreciação acumulada não poderá ultrapassar o custo de aqui-
sição do bem a que se refere corrigido monetariamente. O mesmo se aplica à
amortização e à exaustão.
Os encargos de depreciação dos bens do ativo imobilizado que tenham ocor-
rido durante a fase pré-operacional serão escriturados no ativo diferido para
posterior amortização, no prazo mínimo de cinco anos e máximo de dez anos.
Não é admitido o registro de quota de depreciação em relação aos seguintes bens:
■■ Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos e construções.
■■ Prédios e construções não alugados nem utilizados por seu proprietário
na produção de seus rendimentos ou imóveis destinados à venda.
■■ Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de
arte ou antiguidades.
Depreciação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Veículos 20% 5 60
Computadores e periféricos 20% 5 60
CONTA SALDO
Veículos 200.000,00
(–) Depreciação Acumulada - Veículos (40.000,00)
DEPRECIAÇÃO ACELERADA
No que concerne aos bens móveis, poderão ser adotados em função do número
de horas diárias de operação os seguintes coeficientes de depreciação acelerada
sobre as taxas normalmente utilizáveis (RIR/1999, art. 312):
■■ 1,0 – para um turno de 8 horas de operação.
■■ 1,5 – para dois turnos de 8 horas de operação.
■■ 2,0 – para três turnos de 8 horas de operação.
Depreciação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
minado bem esteve em operação por dois ou três turnos de 8 horas, conforme o
caso, dependendo, exclusivamente, do tipo de atividade exercida pelo contribuinte.
Como elementos de prova, visando a convencer a autoridade fiscal de sua
adequada utilização, poderão ser apresentados, entre outros: folha de pagamento
relativa a 2 ou 3 operadores diários para um mesmo equipamento que necessite
de um único operador durante o período de 8 horas; produção condizente com
o número de horas de operação do equipamento; consumo de energia elétrica
condizente com o regime de horas de operação etc.
AMORTIZAÇÃO
A taxa anual de amortização será fixada tendo em vista o número de anos res-
tantes de existência do direito ou o número de exercícios sociais em que deverão
ser usufruídos os benefícios das despesas registradas no ativo diferido.
A amortização dos componentes do ativo diferido se sujeita a dois prazos:
a. um mínimo de cinco anos, para fins fiscais;
b. um máximo de dez anos, que é aplicável a todas as pessoas jurídicas que
possuam escrituração contábil regular.
Depreciação
III
CONTA VALOR
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Benfeitoria em imóveis de terceiros 120.000,00
(–) Amortiz. Acum. Benfeitoria em imóveis de terceiros (24.000,00)
Observe que o saldo acumulado refere-se a 2 anos de amortização
EXAUSTÃO
Exemplo
Empresa Euca & Lipto também é proprietária de uma reserva formada por
reflorestamento com 10.000 eucaliptos, cujo custo da cultura formada é de R$
100.000,00.
Supondo que na primeira colheita até o final do exercício de 2009 será de
4.800 árvores. Qual será o custo dos recursos florestais extraídos?
CONTA VALOR
Reserva de reflorestamento de eucalipto 100.000,00
(–) Exaustão Acumulada – Res. de reflorest. de eucaplito (48.000,00)
CONTROLE DE BENS
Controle de Bens
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tros e controles individuais para cada unidade de propriedade do imobilizado.
Isso se faz necessário para que a Contabilidade possa registrar adequada e pre-
cisamente os valores históricos e as respectivas reduções no seu valor.
Abaixo segue um modelo de ficha de Controle de Bem.
IDENTIFICAÇÃO DO BEM
Nomenclatura:
Descrição:
Localização:
Adquirido em:
Fornecedor:
Nr. Documento:
Taxa de Depreciação:
Valores Contabilizados
Data Valor de Depreciação Depreciações Outras
Sub total Total
Mês Dia aquisição do exercício acumuladas Movimentações
Observações
Quadro 6: Imobilizado - ficha de identificação de bens
Fonte: O autor
Vide abaixo alguns exemplos com valores aleatórios de como ficariam preenchi-
das as fichas de controle de bens dos itens que compõem o Ativo Permanente.
IDENTIFICAÇÃO DO BEM
Nomenclatura: VEÍCULOS
Descrição: Caminhão Volvo VM310 ano 2009
Localização: Reserva PR
Adquirido em: 05/01/2009
Nr. Documento: 123454
Taxa de Depreciação 20% aa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Valores Contabilizados
IDENTIFICAÇÃO DO BEM
Nomenclatura: BENFEITORIAS EM IMÓVEIS DE TERCEIROS
Descrição: Gastos para adaptar o armazém em nome do sócio Nilton Silva
Localização: Reserva PR
Adquirido em: 31/01/2008
Nr. Documento: diversos
Taxa de Depreciação 10% aa
Controle de Bens
III
IDENTIFICAÇÃO DO BEM
Valores Contabilizados
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quadro 8: Imobilizado - ficha de identificação de bens – exemplo
Fonte: O autor
IDENTIFICAÇÃO DO BEM
Nomenclatura: RESERVA DE REFLORESTAMENTO DE EUCALIPTO
Descrição: Reflorestamento de 10.000 eucaliptos
Localização: Reserva PR
Adquirido em: 05/01/2009
Nr. Documento: 123454
Taxa de Depreciação 25% por corte
Valores Contabilizados
Qtde de Custo de Exaustão do Exaustão
Data SubTotal Total
árvores Formação exercício acumulada
01/01/2009 10.000 100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 100.000,00
31/12/2009 4.800 -12.000,00 -12.000,00 -12.000,00 88.000,00
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Caixa 5.000,00 Imposto Federal Simples 28.000,00
Bco. Cta. Mvto. 115.000,00 Imposto Estadual Simples 32.000,00
Merc. p/ Revenda 200.000,00 Despesas Administrativas 57.000,00
Dupl. a Receber 400.000,00 Títulos a Pagar 25.000,00
(-) Dupl. Descontadas (100.000,00)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ativo Permanente
Imobilizado
Edifícios 800.000,00
(-) Edificios - Deprec.Acumul (3.666,67)
Veículos 150.000,00
(-) Veiculos - Deprec.Acumul (4.166,00)
Microcomputadores 100.000,00
(-) Micro - Deprec.Acumul (3.322,67)
Instalações 100.000,00
(-) Instalações - Deprec.Acumul (1.666,33) Patrimônio Líquido
Marcas e Patentes 30.000,00 Capital Social 1.236.000,00
(-) Marcas e Patentes - Amort.Acumul (13.000,00) Lucro/Prejuízo Acumulado 3.930.176,66
Benfeitoria em Imv. Terceiros 6.000,00
(-) Benf.Imov.Terc - Amort.Acunul (1.166,67)
Reserva Florestal - Mogno 5.000.000,00
(-) Res.Flor.Mogno - Exaust.Acumul (1.470.835,00)
TOTAL 5.308.176,66 TOTAL 5.308.176,66
Controle de Bens
III
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ção de direitos da propriedade e quaisquer outros com existência ou exercício
de duração limitada. Ou seja, prazo legal ou contratual. Não existe uma tabela
com o prazo para cada tipo de item. Isso é determinado pelo prazo de um con-
trato, uma validade legal.
A exaustão é a perda de valor dos recursos minerais e florestais por sua explo-
ração. Também não existe uma tabela para a exaustão de cada tipo de recurso
florestal ou mineral. O cálculo da exaustão é feito nas unidades extraídas ou pro-
duzidas relacionadas com o custo do bem. Ou seja, ela é proporcional ao que foi
explorado no período contemplado.
Prezado(a) acadêmico(a), esse vídeo mostra aspectos sobre ativo imobilizado das empresas:
<http://www.youtube.com/watch?v=AeFqXNQIVQw>.
CONTA SALDO R$
Veículos 160.000
(-) Veículos - Depreciação Acumulada (60.000)
CONTA SALDO R$
Benfeitoria em Imóveis de Terceiros 50.000
(-) Benf. em Imov. Terc. - Amort. Acuml (42.000)
Tendo em vista que o contrato para utilização do imóvel é de 12 meses, qual o saldo
da conta (-) Benf. em Imov. Terc. - Amort. Acumulada em 31/01/2004?
ATIVIDADES RESOLVIDAS
CONTA SALDO R$
Veículos 240.000
(-) Veículos - Depreciação Acumulada (60.000)
CONTA SALDO R$
Benfeitoria em Imóveis de Terceiros 90.000
(-) Benf. em Imov. Terc. - Amort. Acuml (42.000)
Tendo em vista que o contrato para utilização do imóvel é de 12 meses, qual o saldo
da conta (-) Benf. em Imov. Terc. - Amort. Acumulada em 31/01/2004?
(90.000 / 12) * 1 = 7.500
42.000 + 7.500 = 49.500
Resposta: R$ 49.500,00
116 - 117
CONTA SALDO R$
Reserva Mineral - Prata 12.000.000
(-) Res. Mineral - Prata Exaustão Acum. -
Resposta: R$ 3.600.000,00
MATERIAL COMPLEMENTAR
Contabilidade Básica. 7ª
MARION, José Carlos
Editora: ATLAS
Ano: 2004
Sinopse: Marion apresenta, por meio do capítulo 15, vários aspectos relacionados ao imobilizado
de forma que a depreciação, amortização e exaustão afeta os itens do ativo permanente.
Aborda também questões relacionadas à depreciação acelerada e dos seus efeitos perante o
Demonstrativo de resultado do exercício e o balanço patrimonial.
Professor Me. Silvio César de Castro
IV
CONTABILIDADE DE
UNIDADE
CUSTOS: CONTROLES
GERENCIAIS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer os conceitos e terminologias utilizadas na contabilidade de
custos.
■■ Verificar o uso da matéria-prima.
■■ Como calcular e identificar os custos com a mão de obra.
■■ Identificar e efetuar o rateio dos custos indiretos de fabricação.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ A importância da gestão de custos nas organizações
■■ O significado dos termos mais utilizados na contabilidade de custos
■■ Como a matéria-prima é avaliada
■■ Quais os elementos que fazem parte da composição do custo de mão
de obra
■■ O que são os Custos Indiretos de Fabricação – CIFs
120 - 121
INTRODUÇÃO
©shutterstock
Introdução
IV
EMPRESAS INDUSTRIAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Mão de Obra
Produto
Matéria-Prima Custos Indiretos
Formado
GASTOS
CUSTOS
DESPESAS
Gastos
IV
Estoque MP Matérias-
-Primas
Materiais e máterias- Custos
-primas armazenados
aguardando saída
para o processo
de fabricação Mão de
Obra Outros
Custos
Indiretos
Vendas
Despesas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Estoque Mercadorias
Mercadorias prontas
Adm para serem vendidas
Outras
Despesas
Indiretas
Gastos
Despesas
Comercial
Vendas
Custos
Indústria
Despesas Fábrica
Administrativo
Gastos
INVESTIMENTOS
RECEITAS
Investimentos
IV
PERDAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
rada como redução do custo dos produtos; as sucatas as têm consideradas como
receitas extraordinárias.
DESEMBOLSO
Por meio do quadro anterior, percebe-se que os custos e despesas fixas não
sofrem alterações proporcionais às variações no nível de atividade da empresa.
Os gastos fixos podem até sofrer alteração de valor de um mês para o outro,
geralmente correspondente à correção de preços do fornecedor do produto ou
serviço, como se pôde perceber no quadro 8, entre o período de maio e junho.
No entanto, isso não o torna variável. Para que um gasto seja variável, ele pre-
cisa ter a característica de modificar o seu montante alicerçado na alteração do
nível de atividade da empresa.
Nesse sentido, um gasto fixo não significa que os valores de um determi-
nado período, geralmente mensurados mensalmente, possuam valores iguais
todos os meses. Um exemplo desse aspecto pode ser verificado por meio do
quadro seguinte.
Exemplo: Produto X em relação à Segurança da Fábrica
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Abril 1.000 $ 4.450 $ 4,45 $ 4.450
Maio 1.200 $ 4.550 $ 3,79 $ 4.550
Junho 900 $ 4.700 $ 5,22 $ 4.700
Quadro 11: Custos e Despesas Fixas
Fonte: O autor
ro
io
ho
ro
ro
to
ril
ço
iro
iro
br
lh
Ma
mb
Ab
b
b
os
ar
ne
re
Ju
em
tem
tu
Ju
M
Ag
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Ja
ze
Ou
v
Fe
Se
De
No
Gasto Fixo Quantidade Produzida
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
São gastos (custos e despesas) que estão relacionados de acordo com o volume
produzido ou serviço, ou seja, o total dos gastos variáveis cresce à medida que
o volume de atividades da empresa aumenta.
Ex. custos variáveis: Mão de obra direta, matéria-prima, embalagens etc.
Ex. despesas variáveis: Comissões de vendas, impostos e tributos sobre as
vendas, fretes e carretos etc.
Em uma fábrica de carteiras: Custo com matéria-prima
Pôde-se verificar por meio do quadro anterior que os gastos variáveis são fixos
unitariamente, no entanto, variáveis em seu montante no período analisado.
O gráfico seguinte demonstra o comportamento dos gastos variáveis em
relação ao nível de atividade da empresa, ou seja, variam na mesma proporção
em que o nível de atividade também sofre variações.
20.000,00
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
15.000,00
10.000,00
5.000,00
0,00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
São custos e despesas que não necessitam de critérios para serem mensuráveis
e identificados aos produtos fabricados ou serviços prestados. Podem ser iden-
tificados de forma objetiva e direta no produto.
Exemplos: matéria-prima, mão de obra direta, impostos e tributos sobre
as vendas, embalagens, insumos etc. Na fabricação de carteiras escolares: cola,
espuma, tinta, ferro, solda, tecido, parafusos, plástico etc.
Geralmente, podem ser identificados visualmente no produto, ou mensu-
rados sem a utilização de métodos adicionais de alocação, também chamados
de rateio.
Exemplo:
Laranja
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Cadeiras
São custos e despesas que não são identificados nos produtos ou serviços, não
são mensurados diretamente. Ou seja, são gastos que não podem ser identifica-
dos com precisão com as receitas geradas.
Exemplos: Vigilância, Aluguel, Mão de obra indireta, depreciação etc.
Com os gastos indiretos, não existe a possibilidade de se agregar custo aos
produtos de forma direta, pois não podem ser mensurados de forma direta aos
produtos. Supondo que o aluguel de uma fábrica seja de $ 10.000,00 mensais e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a mesma produz quatro modelos de produtos, A, B, C e D. Qual montante do
custo do aluguel será direcionado para cada produto, sendo que a quantidade
produzida de cada um foi diferente? O aluguel pode ser identificado e mensu-
rado diretamente em cada produto? A resposta é não. Será necessário recorrer
a alguma forma subjetiva pra alocar o custo do aluguel aos produtos, ou seja,
será necessário efetuar o rateio por algum critério definido.
Exemplo:
Bovinos Bovinos
Milho
de Corte de Leite
Figura 10: Gastos indiretos
Fonte: O autor
poderá ser alocado diretamente aos produtos. Logo, essa mão de obra é con-
siderada indireta.
Mesas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Cadeiras Carteiras
Janelas
ELEMENTOS DE CUSTOS
Elementos de Custos
IV
MATÉRIA-PRIMA/MATERIAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A maneira de se controlar de forma pontual o que está sendo gasto com
matérias-primas e insumos é por meio da ficha de estoque e dentro da metodo-
logia de controle de estoque. Não interessa se é produto ou mercadoria que está
sendo controlado, existe a necessidade de se controlar eficientemente os recur-
sos da entidade.
De forma geral, trata-se mais de um aspecto conceitual, pois, enquanto as
mercadorias (produtos acabados) entram prontas no estoque da empresa e saem
também prontas por meio das vendas, as matérias-primas chegam ao estoque da
empresa e saem primeiro para a produção e voltam para o estoque como pro-
duto acabado. Resumidamente, não tem importância se aquilo que está sendo
controlado chama-se matéria-prima, mercadoria, produto, insumo etc., a meto-
dologia de controle é a mesma.
MÃO DE OBRA
Aux.
Seguros 13 Salário Grafit.
Creche
De uma forma geral, pode-se afirmar que o custo de mão de obra é todo
e qualquer gasto que a empresa tenha efetuado diretamente ao funcionário
pelos serviços prestados ou indiretamente através dos encargos ou benefícios
(plano de saúde, seguro etc.) para manutenção do seu bem-estar, treinamen-
tos etc., dispensando, assim, enumerar todos os fatores que integram o custo
da mão de obra.
Mão de Obra
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ENCARGOS SOCIAIS
INSS 20% $ 8.000,00
FTGS 8% $ 3.200,00
SAT 2% $ 800,00
SENAI 1% $ 400,00
SESI 1,5 $ 600,00
S.EDUC. 2,5% $ 1.000,00
2 (=) Encargos Sociais anual $ 14.000,00
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CUSTOS DESPESAS
Gastos incorridos na produção Gastos incorridos no processo
de novos bens ou serviços de geração de receitas
1. O que são custos de produção de bens e serviços? Quais são os principais gastos
necessários para a produção de um bem?
2. Quais são os principais fatores de custos em uma indústria?
3. Como os gastos de uma empresa podem ser classificados?
4. Conceitue desembolsos. Dê exemplo de um desembolso depois da ocorrência
do gasto.
5. Conceitue despesas.
6. Conceitue perdas e desperdícios.
7. Como se classificam os gastos em relação às variações no volume da produção
e das vendas?
8. Como se classificam os gastos quanto à forma de identificação e apropriação aos
diversos produtos e serviços produzidos simultaneamente?
9. O que você entende por custos fixos?
10. Quais são as principais características dos custos fixos?
11. O que você entende por custos variáveis?
12. O que você entende por custos diretos?
13. O que você entende por custos indiretos?
MATERIAL COMPLEMENTAR
Essa obra, elaborada pelo CRC SP, apresenta conceitos sobre a construção e
utilização de modelos para análise de custos e para a tomada de decisões
por gestores de pequenas e microempresas.
<http://www.crcsp.org.br/portal_novo/publicacoes/manuais_pmes/con-
teudo/m04.pdf>.
V
CONTABILIDADE DE
UNIDADE
CUSTOS: ASPECTOS
DECISÓRIAIS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Efetuar o Rateio dos Custos Indiretos de Fabricação.
■■ Conhecer os principais métodos de custeio.
■■ Calcular e interpretar a margem de contribuição.
■■ Calcular e interpretar o ponto de equilíbrio.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Identificar a mais adequada maneira de se efetuar o rateio dos CIFs
■■ Conhecer os dois métodos de custeio mais utilizados
■■ Reconhecer a utilização da Margem de Contribuição
■■ Verificar a partir de qual nível de atividades a empresa se torna
rentável
142 - 143
INTRODUÇÃO
Por meio da ilustração a seguir, pode-se visualizar de forma mais eficiente como
se efetua o rateio de um custo indireto. Nesse caso, foi utilizado como rateio o
aluguel da fábrica e o mesmo foi rateado (distribuído) pela quantidade de cada
produto produzido. Assim, pode-se dizer que o custo indireto foi rateado dire-
tamente sobre os produtos.
5 9
R$ 10.00/20 = R$ 500,00
4 2
Divide-se pelo
Aluguel R$ 10.000 total de base de
rateio conhecida 5 + 9 + 4 + 2 = 20 produtos
R$ 500,00 5 R$ 2.500,00
4 R$ 2.000,00
9 R$ 4.500,00
2 R$ 1.000,00
Introdução
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
C 80 ($120.000/150)*80 $ 64.000
Total 150 _ $ 120.000
Quadro 13: Rateio de custo indireto ao departamento
Fonte: O autor
da universidade. Pode-se dizer que a base de rateio nesse caso será a quantidade
de alunos dos cursos da faculdade.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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MÉTODOS DE CUSTEIO
O custeio por absorção, de acordo com Martins (1992, pg. 39), “consiste na apro-
priação de todos os custos de produção aos bens elaborados e só os de produção;
todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os
produtos feitos”, ou seja, vem a ser a apropriação de todos os custos (sejam eles fixos
ou variáveis) à produção do período. Os gastos não fabris (despesas) são excluídos.
Pode-se, então, concluir que Custeio por Absorção é um processo de apura-
ção de custos, cujo objetivo é ratear todos os seus elementos (fixos ou variáveis)
em cada fase da produção.
O Manual de Contabilidade por Ações (1990 p. 510) define custeio por absor-
ção da seguinte forma:
[...] devem ser adicionados ao custo da produção os custos reais incor-
ridos, obtidos através da contabilidade geral, e pelo sistema por absor-
ção, o que significa a inclusão de todos os gastos relativos à produção,
quer diretos, quer indiretos com relação a cada produto.
A Boa Pesca Ltda. é uma pequena empresa A Boa Pesca Ltda. processa anualmente 14
cearense especializada na industrialização toneladas de cartilagem, sendo que o ren-
dos resíduos de pescados. Tais resíduos são dimento é de 10% do peso desses resíduos,
adquiridos das diversas indústrias que ou seja, para cada quilo de cartilagem de
exploram as atividades de pesca na região. tubarão, obtêm-se 100 gramas do pó.
Durante o mês de novembro, foram produ- tubarão, com 100 gramas cada.
zidos 1.200 potes de pó de cartilagem de
Solução
a. Separação dos custos e despesas, fixos e variáveis.
$
a) Receitas brutas = 900 unidades x $ 85 76.500
Deduções das vendas brutas
b) Tributos sobre as vendas (10.400)
c) Receitas líquidas = (a) – (b) 66.100
Menos
d) Custo dos produtos vendidos = 900 unidades x $ 34 (30.600)
e) Lucro bruto = (c) – (d) 35.500
(–) Despesas variáveis e fixas
Salários e encargos do pessoal administrativo (8.500)
Aluguel do prédio do escritório administrativo (1.500)
Energia elétrica do escritório (300)
Depreciação das máquinas do escritório administrativo (250)
Salários e comissões dos vendedores (3.000)
f) Total das despesas variáveis e fixas (13.550)
Lucro líquido antes do imposto de renda e da contribuição social = (e) - (f) 21.950
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CUSTEIO VARIÁVEL
Custeio Variável
V
CUSTEIO VARIÁVEL $
Total dos custos variáveis de produção 37.200
Quantidade de potes industrializados no mês 1.200
Custo de cada pote – custeio variável 31
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) Receitas brutas = 900 unidades x $ 85 76.500
Deduções das vendas brutas
b) Tributos sobre as vendas (10.400)
c) Receitas líquidas = (a) – (b) 66.100
d) Custo dos produtos vendidos = 900 unidades x $ 31 (27.900)
e) Lucro bruto = (c) – (d) 38.200
(–) Despesas variáveis e fixas
Salários e encargos do pessoal administrativo (8.500)
Aluguel do prédio do escritório administrativo (1.500)
Energia elétrica do escritório (300)
Depreciação das máquinas do escritório administrativo (250)
Salários e comissões dos vendedores (3.000)
f) Total das despesas variáveis e fixas (13.550)
g) Custos fixos de produção (3.600)
Lucro líquido antes do imposto de renda e da contribuição social =
21.050
(e) menos (f) menos (g)
Como base no mesmo exemplo utilizado no custeio por absorção, pode-se veri-
ficar as diferenças na utilização desses dois métodos. Durante o mês de abril,
foram produzidas 1.500 unidades e vendidas 1.300 unidades pelo valor de $
80,00 cada unidade.
Esses aspectos podem ser observados por meio do quadro anterior. O custeio
direto/variável oferece mais informações úteis e relevantes para a tomada de
decisão do que as demais abordagens do método de custeio, principalmente por
evidenciar, de forma clara e objetiva, a margem de contribuição que a instituição
precisa ter para suportar determinado volume de atividade, de modo a absorver
os seus custos fixos e gerar resultados favoráveis.
O objetivo de qualquer informação contábil é sua utilização gerencial e o pro-
cesso de tomada de decisão, um sistema de custos não é um fim em si mesmo.
Em outras palavras, ele é uma ferramenta gerencial, que existe para fornecer
ao administrador dados de custos necessários para dirigir os assuntos de uma
organização. Assim, o método de custeio variável/direto é o método conceitu-
almente adequado para a gestão econômica do sistema empresa, no âmbito da
contabilidade de custos, enquanto o método de absorção não é adequado para
tomadas de decisão.
Só são apropriados à produção os custos variáveis, quer diretos, quer indi-
retos, os custos fixos contabilizados diretamente (juntamente com as despesas)
sob a alegação de que estes ocorrerão independentes do volume de produção da
empresa. Portanto, os custos fixos não são considerados como custos de produ-
ção, e sim como despesas.
Custeio Variável
V
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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A margem de contribuição consiste na diferença entre o preço de venda e a soma
das despesas e custos variáveis de um produto ou serviço. Para que se possa chegar
à margem de contribuição, é de fundamental importância a segregação dos gastos
entre variáveis e fixos. A margem de contribuição pode ser apurada da seguinte forma:
Por meio do quadro anterior, pode-se verificar que o produto por unidade que
apresenta a maior margem de contribuição no mês é a carteira, no entanto, o
produto que mais contribuiu para amortizar os gastos fixos da empresa foi aca-
deira, mesmo possuindo a menor margem de contribuição unitária. Isso foi
possível pelo fato do volume de vendas das cadeiras ter sido representativamente
superior às carteiras. Nesse sentido, é importante verificar que nem sempre o
produto que apresenta a maior margem de contribuição por unidade é o mais
interessante para a empresa, pois o volume produzido e comercializado é um
fato relevante nesse sentido.
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b. Exemplo de margem do cálculo contribuição por filial:
FILIAIS 01 02 03
$ $ $
Volume de vendas no mês 5.000.000 4.000.000 6.000.000
Gastos variáveis
Despesas variáveis no mês (1.000.000) (900.000) (1.800.000)
Custos variáveis no mês (1.500.000) (1.000.000) (2.200.000)
Margem de contribuição por filial 2.500.000 2.100.000 2.000.000
Margem de contribuição global da empresa 6.600.000
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PONTO DE EQUILÍBRIO
Ponto de Equilíbrio
V
Receita
Lucro
Ponto de Gastos
equilíbrio Variáveis
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Gastos Fixos
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PEF + saldo de caixa proje- Gastos fixos - Gastos não desemb. + SD Caixa Projetada.
tado receita bruta. PEF = x100
% Margem de contribuição unitária
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que a empresa poderá obter em diversos níveis de atividades de produção e de
vendas, mantidas constantes as demais variáveis, tais como margem de con-
tribuição total das despesas e custos fixos. O ponto de equilíbrio econômico
corresponderá ao nível de atividade necessário para se atingir o resultado
esperado, ou projetado.
Fórmulas:
R$ 180.000
PEC = = 30.000
R$ 6,00
Isso significa que a empresa apresentará um resultado igual a zero quando pro-
duzir e vender 30.000 unidades de enlatado.
2. Qual a receita bruta fará com que o resultado da empresa seja zero?
R$ 180.000
PEC = x 100 = R$ 390.000
46,15
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R$ 180.000 - R$ 12.000
PEF = 28.000 unid
R$ 6,00
R$ 180.000 - R$ 12.000
PEF = x 100 = R$ 364.000
R$ 46,15
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
V
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cálculo custo de produção. É um processo de apuração de custos, cujo objetivo
é ratear todos os seus elementos (fixos ou variáveis) em cada fase da produção.
Já o custeio variável elimina esse problema de rateio, onde são considerados
custos de produção somente aqueles inerentes aos produtos produzidos (variá-
veis). É por meio do custeio variável que surge a margem de contribuição.
A margem de contribuição talvez seja o mais importante tema quando se
fala da fabricação de produtos e sua viabilidade e rentabilidade na comercializa-
ção. A margem de contribuição mede de forma brilhante o quanto determinado
produto oferece de sobra financeira para amortizar os gastos da entidade que
independem da existência de atividade (gastos fixos). Isso ocorre diretamente
conectado com o mercado, face o cálculo da margem de contribuição se iniciar
com o preço de venda, sendo depois deduzidos os gastos inerentes à fabricação
e venda daquele bem (gastos variáveis). Outro aspecto importante é o fato da
margem de contribuição medir não somente a sobra financeira de uma unidade
de determinado produto, bem como de toda a linha de produção de cada tipo
ou modelo de produto, total da empresa, filial, divisão de negócios, setor etc.
Avançando a unidade, pôde-se perceber que a margem de contribuição é que
oferece subsídios para a o cálculo do ponto de equilíbrio. Foram abordados três
pontos de equilíbrio, cada um ofertando metodologia de cálculo para se encon-
trar o nível de atividade em volume (quantidade) e faturamento (receita bruta).
Foi também apresentada uma metodologia de cálculo para múltiplos produtos.
Prezado(a) acadêmico(a), esse vídeo mostra aspectos sobre Margem de Contribuição e Ponto de
Equilíbrio:
<http://www.youtube.com/watch?v=q-JRlgrAiEA>.
Esse vídeo apresenta explicações sobre o rateio dos custos indiretos de fabricação:
<http://www.youtube.com/watch?v=QO_oUO3tHSw>.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS