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Vida e Obra de Monteiro

Lobato

Colégio Professor Alfredo Freire


Aluno: Igor Araújo Mendes
Prof.ª: Érica

Recife, 04 de Novembro de 2010.


Literato e jornalista, José Bento Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, São Paulo, a 18
de abril de 1882. Descendente de antigos fazendeiros de café do vale do Paraíba cresceu
junto à zona rural, interessando-se pelo homem e pelos problemas do campo. Essa
vivência marcou a obra literária de Monteiro Lobato, que se afirmou como autor
regionalista. Por isso, criticou a Semana de Arte Moderna de 1922 como
"estrangeirismo". Ao revelar as duras condições de vida do interior brasileiro, Monteiro
Lobato seguiu os passos de Euclides da Cunha. Esses dois autores se distanciaram do
padrão literário das duas primeiras décadas do século XX, caracterizado pela influência
francesa e pela temática urbana. As principais obras de Monteiro Lobato pertencem à
fase regionalista: ‘Urupês’ (1918), livro de estreia; ‘Cidades Mortas’, ‘Ideias de Jeca
Tatu’ (ambos de 1919) e ‘Negrinha’ (1920). O personagem Jeca Tatu tornou-se símbolo
do caipira brasileiro, vítima da pobreza e do desamparo. No entanto, Monteiro Lobato
adquiriu fama principalmente pela literatura infantil, gênero em que foi pioneiro no país.
Personagens como o Visconde de Sabugosa, Tia Nastácia e Emília influenciaram mais
de uma geração de brasileiros. Esses e outros personagens do Sítio do Pica-pau Amarelo
representam satiricamente a sociedade patriarcal do interior, assim como o passado
imperial. A partir dos anos 20, o escritor dedicou-se principalmente a esse tipo de
literatura.
A vida de Monteiro Lobato foi também marcada por iniciativas editoriais e políticas.
Em 1918, fundou a primeira editora brasileira a atingir o grande público. A editora
Monteiro Lobato faliu em 1925, sendo substituída pela Companhia Editora Nacional.
Em 1943, fundou a Editora Brasiliense. Quanto à vida política, após um período em
Nova Iorque como adido comercial do Brasil de 1927 a 1929, retornou ao país
consciente dos problemas do subdesenvolvimento econômico. Daí empenhou-se em
campanhas pela exploração nacional do ferro e do petróleo, dedicando ao último à obra
‘O Escândalo do Petróleo’ (1936). Os esforços de Monteiro Lobato foram levados em
conta durante o governo de Eurico Gaspar Dutra e, principalmente, durante o segundo
governo de Getúlio Vargas, quando a Petrobrás foi criada. Monteiro Lobato faleceu na
cidade de São Paulo a cinco de julho de 1948.
Obras
O Saci-Pererê (1918), Urupês (1918), Problema Vital (1918), Cidades Mortas (1919),
Ideias de Jeca Tatu (1919), Negrinha (1920), A Onda Verde (1921), Mundo da Lua (1923)
O Presidente Negro (1926 , How Henry Ford is Regarded in Brazil (1926), Mr. Slang e o
Brazil (1927), Ferro (1931), América (1932), Na Antevéspera (1933), O escândalo do Petróleo
(1936), A barca de Gleyre, 2 Vol. (1944), Prefácios e entrevistas (1946), Zé Brasil (1947), La
nueva Argentina (1947)
Infantis:
O saci (1921), A aventura de Hans Staden (1927), Peter Pan (1930), Reinações de Narizinho
(1931) Viagem Ao Céu (1932), Caçadas de Pedrinho (1933), História do mundo para crianças
(1933), Emília no país da gramática (1934), Aritmética de Emília (1935), Geografia de Dona
Benta (1935), História das invenções (1935), Memórias de Emília (1936), D. Quixote das
crianças (1936), Serões de Dona Benta (1937), O poço do visconde (1937), Histórias de tia
Nastácia (1937), O pica-pau amarelo (1939)
O minotauro (1939), Reforma da natureza (1941), A chave do tamanho (1942), Fábulas e
Histórias Diversas, Os doze trabalhos de Hércules, 2 vol. (1944).
Graciliano

Colégio Professor Alfredo Freire


Aluno: Igor Araújo Mendes
Prof.ª: Érica

Recife, 04 de Novembro de 2010.


Graciliano Ramos de Oliveira (Quebrangulo, 27 de outubro de 1892 — Rio de Janeiro,
20 de março de 1953) foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e
memorialista brasileiro do século XX, autor de Vidas Secas.

Biografia
Graciliano Ramos viveu os primeiros anos em diversas cidades do Nordeste brasileiro.
Terminando o segundo grau em Maceió, seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou um
tempo trabalhando como jornalista. Voltou para o Nordeste em setembro de 1915,
fixando-se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste
mesmo ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em 1920, deixando-lhe
quatro filhos.

Foi eleito prefeito de Palmeira dos Índios em 1927, tomando posse no ano seguinte.
Ficou no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930. Segundo uma das
autodescrições, "(...) Quando prefeito de uma cidade do interior soltava os presos para
construírem estradas." Os relatórios da prefeitura que escreveu nesse período chamaram
a atenção de Augusto Frederico Schmidt, editor carioca que o animou a publicar Caetés
(1933).

Entre 1930 e 1936 viveu em Maceió, trabalhando como diretor da Imprensa Oficial e
diretor da Instrução Pública do estado. Em 1934 havia publicado São Bernardo, e
quando se preparava para publicar o próximo livro, foi preso em decorrência do pânico
insuflado por Getúlio Vargas após a Intentona Comunista de 1935. Com ajuda de
amigos, entre os quais José Lins do Rego, consegue publicar Angústia (1936),
considerada por muitos críticos como sua melhor obra.

Foi libertado em janeiro de 1937. As experiências da cadeia, entretanto, ficariam


gravadas em uma obra publicada postumamente, Memórias do Cárcere (1953), relato
franco dos desmandos e incoerências da ditadura a que estava submetido o Brasil.

Em 1938 publicou Vidas Secas. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro, como


inspetor federal de ensino. Em 1945 ingressou no antigo Partido Comunista do Brasil -
PCB (que nos anos sessenta dividiu-se em Partido Comunista Brasileiro - PCB - e
Partido Comunista do Brasil - PCdoB), de orientação soviética e sob o comando de Luís
Carlos Prestes; nos anos seguintes, realizaria algumas viagens a países europeus com a
segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, retratada no livro Viagem (1954). Ainda em
1945, publicou Infância, relato autobiográfico.

Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabou falecendo
em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer do pulmão.

O estilo formal de escrita e a caracterização do eu em constante conflito (até mesmo


violento) com o mundo, a opressão e a dor seriam marcas da literatura. Memória:
Graciliano foi indicado ao premio Brasil de literatura

Obras:
 Caetés (1933) (ganhador do prêmio Brasil de literatura);
 São Bernardo (1934);
 Angústia (1936);
 Vidas Secas (1938);
 A Terra dos Meninos Pelados (1939);
 Brandão Entre o Mar e o Amor (1942);
 Histórias de Alexandre (1944);
 Infância (1945);
 Histórias Incompletas (1946);
 Insônia (1947);
 Memórias do Cárcere, póstuma (1953);
 Viagem, póstuma (1954);
 Linhas Tortas, póstuma (1962);
 Viventes das Alagoas, póstuma (1962);
 Alexandre e outros Heróis, póstuma (1962);
 Cartas, póstuma (1980);
 O Estribo de Prata, póstuma (1984);
 Cartas à Heloísa, póstuma (1992);
 Um Cinturão (2000).
 Carne (1932

Traduções:

Graciliano Ramos também dominava o inglês e o francês. Realizou algumas traduções:

 Memórias de um Negro de Booker T. Washington, (1940);


 A Peste de Albert Camus, (1950).

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